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Aline David – ATM 2025/B 1 A função primária do sistema imunológico é defender o organismo de invasores. É um sistema destrutivo → procura invasores e os destrói. O neutrófilo possui receptores que só conseguem reconhecer coisas específicas em bactérias, por exemplo. Logo, nunca irá ligar em uma célula minha (endógena), mas sempre ligará em uma bactéria (exógena). Sistema Imunológico Inato: é um sistema bem antigo, logo, é compartilhado com vários tipos de seres, inclusive os menos complexos que os seres humanos. É quase obsoleto, nós não temos, mas se fossemos depender somente dele não daria certo. Todo o resto que não é linfócito T e nem linfócito B. Sistema Imunológico Adaptativo/Adquirido: surgiu como uma resposta evolutiva ao sistema inato. São os nossos linfócitos B, linfócitos T e seus derivados (anticorpo (Ig)). Os anticorpos são derivados apenas dos linfócitos B. Não dá para manter apenas o sistema adaptativo porque ele não funciona de imediato, uma vez que as células não estão prontas. Por isso, tem o sistema inato, o qual possui resposta imediata (pronta-resposta). O sistema inato, não resolve o problema, mas ganha tempo, segura o máximo de divisão celular até o sistema adaptativo aparecer. Desenvolvimento: o baço e os linfonodos servem para desenvolver o sistema adaptativo. Medula óssea, timo, linfonodos e baço → órgãos linfáticos (diretamente relacionados com o sistema imunológico). o Órgãos linfáticos primários: medula óssea e timo → produzem novas células ou maturam elas (maturação endógena). • É nesses órgãos que se fala o que é endógeno e o que é exógeno → seleciona os linfócitos que não serão autorreativos. se eu produzir linfócitos autorreativos e não os eliminar, terá uma doença autoimune. o Órgãos linfáticos secundários: baço e linfonodos → não produzem novas células, só maturam elas (maturação exógena). • Já sabem o que é meu, logo toda vez que for encontrado uma molécula diferente do que foi treinado vai ser usado o linfonodo e o baço para desenvolver o sistema adaptativo. Linfonodos inchados indicam infecção bacteriana ou infecção viral. SISTEMA LINFÁTICO: Não circula sangue, circula linfa. Não tem uma bomba → a pressão é muito menor do que no sistema circulatório. Não é fechado, é aberto. Inicia na periferia do corpo e vai se juntando com outros pedacinhos até se unirem em um único grande vaso que se liga no nosso sistema venoso. Tem forças que puxam o liquido para fora do vaso sanguíneo e tem forças que empurram o líquido para dentro do vaso sanguíneo. É normal as forças que puxam liquido para fora do vaso sanguíneo vencerem, logo, estão o tempo inteiro perdendo líquido. O sistema linfático recapta o líquido que saiu do vaso sanguíneo e devolve para o sistema sanguíneo. É montado para captar pedaços de invasores o tempo todo. Linfonodo: filtro imunológico de linfa. Fica filtrando a linfa e caso tenha algum invasor, esses invasores ficam retidos ali, provendo o encontro dos invasores com as células adaptativas (linfócitos B e T NAIVE). MEDULA ÓSSEA: É um órgão linfático primário. É constituída por tecido reticular, constituída por fibras reticulares (colágeno tipo III). Sistema Imunitário Aline David – ATM 2025/B 2 Células reticulares: fibroblasto daquele órgão. As fibras reticulares se localizam nas trabéculas (cavidades) do osso esponjoso, montando o tecido reticular através das células reticulares. Células tronco/germinativa: são responsáveis por produzir todos os tipos celulares que estão na corrente sanguínea. Essa célula se divide em duas, sendo que uma delas se subdivide em linhagem linfoide ou em linhagem mieloide, produzindo apenas uma única célula. Onde está sendo produzido as células da medula óssea, tem-se várias microrregiões e em cada uma é produzido um tipo celular diferente para não dar confusão. LT: produzido pela M.O → migra para o timo, onde ocorre a maturação endógena dos LT → se o LT passa pelo processo de maturação, ele sai do timo e forma LT NAINE. Por esse motivo, o timo também é considerado um órgão linfático primário. LB: produzido pela M.O → maturação frente antígenos endógenos (não é reativo frente suas próprias células – se for reativo elimina suas próprias células - autoimune) é feita pela M.O → LB NAINE (já foram testados se foram auto reativos ou não, ganhando esse nome). TIMO: É utilizado para maturar os linfócitos T. É um órgão pequeno, sendo que em crianças o timo é mais relevante. À medida que vamos crescendo, o timo vai ficando menos relevante. Não é que ele diminui, mas o corpo cresce e ele estabiliza. É revestido por uma “capa” de tecido conjuntivo denso, geralmente não-modelado, que delimita e dá forma para ele. Como se fosse uma “borracha” que é moldada para ficar no formato desejado. Essa capa se invagina para dentro do tecido, subdividindo a estrutura em compartimentos menores chamados de lóbulos. Vascularização: Dentro de cada lóbulo, há uma subdivisão onde tem uma região central (medular) e uma mais periférica (cortical). A vascularização usa o caminho formado pelo tecido conjuntivo, vasculariza os lobos e sai. Os vasos maiores saem de dentro da capa de tecido conjuntivo se direcionando da região cortical para a região medular → irriga toda a volta dos lóbulos, formando um anel no c3entro, onde se originam os capilares irrigando o parênquima do tecido. Na região cortical tem vários LT, que se acumulam na capa de revestimento. À medida que vão maturando se aproximam da região medular → timócitos. Tem muitos macrófagos entre os timócitos e também muitas células reticulares epiteliais (produzem o estroma). O estroma do timo, praticamente não tem nenhuma fibra fazendo parte do seu estroma → uma célula reticulada epitelial gruda na outra, circundando os timócitos e dispensando a necessidade de fibras. Paredes de células constituídas por macrófagos, por timócitos e por células epiteliais → região medular. Aline David – ATM 2025/B 3 Os caras da periferia vão maturando, terminando a maturação na região medular. Entram nos capilares e saem como LT NAINE. Existe somente na região cortical, uma proteção/barreira (barreira hematotímica), todos os vasos sanguíneos estão enovelados nela. É semelhante a barreira hematoencefálica. É formada por várias células endoteliais e ao invés de ter astrócitos enrolando-as, são as células epiteliais que enrolam ela. A função dela é prevenir o contato dos timócitos da fase inicial de maturação com as proteínas circulantes. O timo não possui vasos linfáticos aferentes. Só possui vasos linfáticos eferentes. A maioria deles se encontra na própria capa de tecido conjuntivo. Ali eles absorvem todo o liquido que extravasa do sistema sanguíneo, desembocando em um vaso eferente. Corpúsculo de Hassal → encontrado somente na região medular. É formado por um embaraçamento de células reticulares epiteliais. Acredita-se que ele libera fatores que participam da etapa final da maturação dos timócitos. LINFONODOS: Quando a medula libera o linfócito B NAIVE e o timo libera o linfócito T NAIVE, uma vez que eles saem começam a localizar seus alvos, caindo na circulação e fazendo a recirculação de linfócitos → é um processo no qual eles ficam passando entre sangue linfa alternadamente, isso só acontece com os linfócitos NAIVE. Os linfonodos servem como tudo que está sendo captado pela linfa está sendo lavado ali. Os NAIVES precisam encontrar suas molecas, por isso eles fazem a recicurlação. Então, pelo menos uma vez por dia cada linfócito NAIVE tem que passar por dentro de todos os linfonodos. Sai do vaso sanguíneo entram no linfonodo (diapedese),e caso sua molécula não esteja no linfonodo ele é redirecionado para o sangue através da linfa e seguem para o próximo linfonodo. Possuem vasos linfáticos aferentes, onde a linfa entra no linfonodo. Toda vez que tiver uma infecção em uma determinada região, apenas os linfonodos em série irão acumular moléculas do invasor. Expansão clonal: ele começa a se expandir e é possível formar milhões de linfócitos de um só. Os linfonodos tem apenas um vaso linfático eferente, por onde sai o conteúdo da linfa (percola). O que forma o linfonodo e delimita ele é exatamente igual ao timo - uma capa de tecido conjuntivo denso não-modelado. É como se fosse uma bolinha de tênis oca. Diferente do timo, essa capa de tecido conjuntivo denso não forma lóbulos. A capa se invagina e delimita o espaço onde a aferência está chegando. A região cortical é a mais externa enquanto a medular é a mais interna do linfonodo. Aline David – ATM 2025/B 4 Na região cortical tem uma massa celular muito densa, as quais estão tão perto uma da outra formando uma “esponja” e tudo o que tenta passar por elas e que não é líquido fica retido ali. A região medular é constituída de como se fosse um tecido cordonal, formando como se fosse um “labirinto” com as paredes das células. O espaço sub capsular por onde a linfa se espalha e passa pelo meio da massa de células. Esse espaço está cheio de macrófagos, os quais possuem a função de fazer fagocitose de moléculas muito grandes. As células presentes na região cortical não estão organizadas randomicamente, elas estão organizadas em regiões específicas - Na região eferente não tem. Essas regiões são chamadas de folículos linfáticos ou de nódulos linfáticos, o qual são cheios de linfócitos B. Abaixo disso tem a região paracortical, a qual é povoada por linfócitos T. isso não quer dizer que esses linfócitos se localizam apenas ali, mas é onde tem sua grande maioria. No meio dos linfócitos B e T tem células reticulares, macrófagos, dendríticas (dentro do folículo são chamadas de células dendríticas foliculares e fora são apenas dendríticas). Isso é o que constitui a “esponja” – massa de células que retém as partículas na região cortical. Na região medular, tem uma proporção um pouco maior de linfócitos B do que de qualquer outra coisa, organizados em forma de cordão. No entanto, também possui linfócitos T, células reticulares e células dendríticas. O lugar que o vaso sanguíneo entra no linfonodo é chamado de hilo → espessamento do tecido conjuntivo denso que forma uma cápsula. As aferências dos linfonodos não entram pelo hilo, porém tudo o que tiver que sair sai pelo hilo. Os linfonodos possuem vênulas que saem (vênulas do endotélio alto - HEV). São elas que permitem a recirculação dos linfócitos NAIVE. As células dessas vênulas em vez de serem pavimentosas, são mais cuboides e por isso recebem esse nome. Elas possuem um receptor para selectina L (é um receptor envolvido no processo de diapedese específico para NAIVES, ela se liga nos receptores das HEV para realizar a diapedese. A selectina L existe no LB NAIVE. Assim, é possível que esses linfócitos identifiquem que estão dentro do vasinho do linfonodo. Se não tivesse isso, eles não conseguiriam sair do sangue cair na linfa, logo, elas permitem a recirculação linfática. Os folículos linfáticos geralmente aparecem como uma massa de células mais corada (mais roxa) – nódulos ou folículos primários. No entanto, há mais uma formação, onde o centro deles aparece clarinho e em volta uma massa de células bem escura, quando isso acontece são denominados de nódulos ou folículos linfáticos secundários. O centro translúcido é chamado de centro germinativo. Quando a gente está tendo uma resposta imunológica dependente de anticorpos, uma das etapas é fazer a reação do centro germinativo. Aline David – ATM 2025/B 5 BAÇO: Da mesma maneira que os linfonodos agem como um filtro imunológico para a linfa, no sangue, nós temos o baço que faz a mesma coisa. Evita que invasores entrem diretamente na corrente sanguínea. É envolvido por uma capa de tecido conjuntivo, a qual possui um espessamento chamado de hilo, no qual tudo o que tem que entra, e tudo o que precisa sair sai. O parênquima do baço é chamado de polpa esplênica. As trabéculas não formam um lobo fechado. As artérias trabeculares usam as trabéculas para furar as trabéculas para irem em direção à polpa esplênica ou parênquima do baço (subdividida em bolsa branca e bolsa vermelha) formando a artéria central. Imediatamente depois que ele sai, forma- se uma camada (bainha) de linfócitos T. Essa bainha é chamada de bainha linfocitária, sendo a região específica onde os linfócitos T se concentram. Ao lado de fora dessa bainha e ao longo dela, terá o nódulo linfático (local de maior concentração de linfócitos B). Como uma célula sabe para onde ela tem que se mover? Através da quimioatração. Polpa branca: bainha linfocitária + nódulo linfático. A área que fica à margem externa do nódulo linfático é chamada de zona marginal, a qual tem uma função importante para a nossa defesa comum a bactérias, que é a nossa flora intestinal. Essa zona é importante porque ela tem muitos plasmócitos (linfócitos B da zono marginal), não sãos os mesmos que formam o folículo, os quais participam de uma defesa imunológica de compostos que são frequentemente encontrados no nosso organismo, produzidos pela nossa flora intestinal. Quando a artéria central sai da polpa branca, pode ocorrer dois tipos de circulação: aberta (o vaso se ramifica e o sangue sai de dentro dele e se espalha). No meio da polpa vermelha tem vários cordões de células (paredes de células) muito semelhante a região medular do linfonodo, formando um labirinto, por onde o sangue vai passar. Faz com que todos os constituintes entrem em contato com a parede de células (compostas por macrófagos, linfócitos, etc). Esse sangue que se espalha ali é que forma a polpa vermelha. Ao longo da polpa vermelha, tem um monte de capilares sinusóides (otimizam a troca de células) que se localizam no meio dessas paredes de células, captando todo o sangue que interage com as paredes, e se dirigem para dentro da trabécula, e, a partir disso, vão formar o nosso sistema venoso para tirar o sangue dali. Dentro das trabéculas, ao invés de ter vênulas para captar esse sangue, é como se tivesse um furo no meio do tecido conjuntivo e esse tecido revestido com células endoteliais. Ao chegar perto do hilo vai se transformando um vaso venoso, saindo do baço como veia pequena ou uma vênula. Aline David – ATM 2025/B 6 O outro tipo de circulação é a circulação fechada. Quando a artéria central sai da polpa branca, ela se ramifica e se conecta direto com os capilares sinusóides. Polpa vermelha: capilares sinusoides + paredes de células. Hemocaterese: remoção de hemácias velhas da corrente sanguínea. Essa é mais uma das funções primordiais do baço. Os macrófagos identificam as hemácias velhas do tecido sanguíneo, eliminando- as, fazendo a renovação das hemácias. Células de Kupfer: macrófagos especiais que temos no fígado que também fazem hemocaterese. É comum pessoas que tem sistema imunológico autoimune ou muito responsivo, removerem o baço. o Por que? Para diminuir a função dele, de ser um filtro imunológico de sangue. Evitando o encontro de linfócitos T e B NAIVE. Isso fará com que tenha menos ativação do sistema imunológico. o Por que se opta por fazer remoção do baço e não nos linfonodos? Porque os linfonodos são vários e baço só tem um. Então é muito mais fácil tirar o baço do que vários linfonodos. O baço serve como um semi-reservatóriode sangue. É muito comum ter células musculares lisas randomicamente espalhadas no tecido conjuntivo.
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