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Modelo biomédico

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ESTUDO DIRIGIDO – O MODELO BIOMÉDICO
a) Compreensão de saúde: Nesse modelo, pode-se definir a saúde pela presença ou ausência de fatores de risco, ou seja, a saúde seria somente a ausência de doenças. Esse modelo também considera a questão da saúde como individual e não como uma responsabilidade social.
b) Compreensão de doença: O modelo biomédico clássico denota uma compreensão dos fenômenos de saúde e doença com base nas ciências da vida, a partir da Biologia. Nessa abordagem, a doença é definida como desajuste ou falta de mecanismos de adaptação do organismo ao meio, ou ainda como uma presença de perturbações da estrutura viva, causadoras de desarranjos na função de um órgão, sistema ou organismo. Na era do progresso científico da bacteriologia, entendia Claude Bernard (BERNARD, 1865) que sempre existiria um mecanismo etiopatogênico subjacente às doenças. As doenças são definidas pela ação de agentes patogênicos; e o agente etiológico será entendido sempre como o causador de toda doença. Diante da etiologia da doença, o modelo biomédico adota uma lógica unicausal, também designada lógica linear, procurando-se identificar uma causa a qual, por determinação mecânica, unidirecional e progressiva, explicaria o fenômeno do adoecer, direcionando a explicação a se tornar universal (LUZ, 1988). 
c) Doenças mais prevalentes no período: Mycobacterium tuberculosis (1882), causador da tuberculose; outras doenças infecciosas.
d) Cuidados de saúde e/ou enfrentamento das doenças: Nesse modelo, a ênfase está na cura das doenças e não na promoção de saúde e prevenção de doenças. Desta forma, para tratar individualmente a doença em determinada faixa etária, o diagnóstico e, especialmente, o remédio eram fundamentais. 
e) Estrutura/organização dos serviços para enfrentamento dos problemas de saúde: o modelo biomédico em sua organização nega a saúde pública, a saúde mental e as ciências sociais, bem como não considera científicos e válidos outros modelos de saúde, como a homeopatia. O conhecimento e a prática de saúde são centralizados no profissional médico. Isso tem como consequência uma posição autoritária, unidisciplinar e com intenso uso do aparato que lucra com a doença: hospitais, exames, remédios, medicina altamente especializada. 
REFERÊNCIAS:
PUTTINI, Rodolfo Franco; PEREIRA JUNIOR, Alfredo; OLIVEIRA, Luiz Roberto de. Modelos explicativos em saúde coletiva: abordagem biopsicossocial e auto-organização. Physis. Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 753-767, 2010.   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em:  25 set.  2020.
VERDI, M. I. M.; ROS, M. A. da.; CUTOLO, L. R. A.; SOUZA, T. T. de.; Saúde e Sociedade: modelos conceituais em saúde. UNA-SUS. Disponível em:< https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33307/mod_resource/content/1/Unidade%201/top3_1.html>. Acesso em: 25 set. 2020.

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