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Disciplina: Redação para o Enem Análise temática Data: Aluno: Redação Enem Tema proposto: O endividamento do povo brasileiro TEXTO 1 PERCENTUAL DE FAMÍLIAS COM DÍVIDAS CHEGA A 65,6% E ATINGE MAIOR NÍVEL DESDE 2010, DIZ CNC O percentual de famílias com dívidas no país subiu para 65,6% em dezembro, ante 65,1% em novembro, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (09/01/2020) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Trata-se do maior percentual da série histórica do levantamento, iniciado em janeiro de 2010. Em dezembro de 2018, o percentual era de 59,8%. O indicador considera dívidas os compromissos assumidos com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Apesar do nível recorde de famílias endividadas, houve queda no percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso (de 24,7% dos endividados em novembro para 24,5% em dezembro) quanto no percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes (de 10,2% em novembro para 10% em dezembro). Ambos os indicadores, entretanto, apresentaram alta em relação a dezembro de 2018. Disponível em: <//https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/09/percentual-de-familias-com-dividas-chega-a-651percent-e-atinge-maior- nivel-desde-2010. html>. TEXTO 2 2 TEXTO 3 SÓ 1 A CADA 10 BRASILEIROS CONSEGUIRÁ PAGAR DESPESAS DE INÍCIO DE ANO DE ACORDO COM PESQUISA FEITA PELA CNDL E PELO SPC BRASIL, APENAS 11% DOS ENTREVISTADOS AFIRMAM TER CONDIÇÕES DE PAGAR IPTU, IPVA E MATERIAL ESCOLAR Um levantamento feito pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que apenas 11% dos consumidores brasileiros têm condições de arcar com as despesas de início de ano, como IPTU, IPVA e material escolar, com os próprios rendimentos, sem que seja necessário economizar ou fazer reserva financeira ao longo do ano. A pesquisa ainda revela que 22% dos entrevistas não fizeram qualquer planejamento para honrar esses compromissos em 2020. De acordo com o levantamento, para o novo ano, a maior parte dos entrevistados, cerca de 26%, teve de economizar nas festas e nas compras de Natal para conseguir pagar as despesas do início de 2020. Outros 21% guardaram ao menos parte do 13º salário para honrar seus compromissos, enquanto que 17% disseram ter montado uma reserva ao longo do ano passado para cobrir os gastos no futuro. A pesquisa também revela que 14% dos entrevistados passaram a fazer algum bico ou atividade extra para garantir uma renda a mais. Disponível em: <https://noticias.r7.com/economia/so-1-a-cada-10-brasileiros-conseguira-pagar-despesas-de-inicio-de-ano-08012020>. TEXTO 4 Os motivos mais apontados para o aumento no número de devedores são: perda de emprego; queda na renda real; empréstimo do nome para consumo de terceiros e compras feitas sem controle. Desse modo, os principais fatores estão intimamente relacionados à recessão econômica que reflete num número maior de desocupados, que já alcançou 9,6 milhões neste ano (IBGE, 2016), à corrosão do poder aquisitivo, decorrente da pressão inflacionária, e aos juros mais altos no mercado. É notório que esses fatores são determinantes para o quadro de inadimplência do país, mas dois aspectos importantes contribuem para tal: o descontrole financeiro e o desconhecimento do brasileiro a respeito de sua própria dívida. Conforme estudos do SPC Brasil (2016), a maioria dos brasileiros não tem sobra de recursos ao final do mês, e seis, a cada dez pessoas, não sabem, exatamente, o montante devido, e 36%, para quais empresas devem. Apesar da renegociação da dívida, uma porcentagem significativa continua devendo parcelas (32,6%), enquanto 67,4% pagaram ou ainda estão pagando suas dívidas. A ampliação da oferta monetária via expansão do crédito às famílias, a partir da primeira década dos anos 2000, propiciou um “mundo desconhecido” ao brasileiro, com maior acesso a recursos e ao consumo. A demanda reprimida das décadas anteriores, aliada à ausência de educação financeira e de “hábito” de planejamento da população, entretanto, fez com que esse boom do crédito não fosse encarado com parcimônia. Para se ter uma ideia, uma pesquisa da S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey, realizada em 2014, aponta que o Brasil ocupa somente a 74ª posição em educação financeira, entre 144 países, índice inferior, inclusive, a países mais pobres e desiguais, como Madagascar e Zimbábue. Reconhece-se que a educação financeira é de extrema importância para a construção de uma cultura que privilegie a melhor gestão do orçamento e que se deve começar desde a infância. Como esta cultura ainda não está disseminada no país, é preciso que o brasileiro aprenda a colocar no “papel” suas despesas e suas prioridades, a fim de amenizar e/ou solucionar seus problemas financeiros. Mesmo que a nossa sociedade esteja, historicamente, acostumada a um orçamento apertado e venha cortando gastos com bens de consumo e serviços menos básicos, a saída da inadimplência torna-se difícil, sem a devida compreensão das dívidas e o controle dos gastos, sobretudo, em períodos de escassez de oferta de crédito e de economia em recessão. Ana Raquel Mechlin Prado possui graduação e mestrado em Economia e tem estudos com ênfase em Economia Industrial e Economia Contemporânea. (Redação - Agência IN) 3 PREPARANDO O PROJETO DE TEXTO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O endividamento do povo brasileiro”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. PROJETO DE TEXTO TEMA: TESE: PROBLEMA 1: PROBLEMA 2: PROPOSTA 1: PROPOSTA 2: ALUSÕES EM RELAÇÃO AO TEMA: Referência à fábula “Cigarra e Formiga”
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