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Tema - O Crescente Endividamento das Famílias Brasileiras

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TEMA: O crescente endividamento das famílias brasileiras.
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/endividamento-das-familias-e-recorde-e-afeta-mais-ricos
A parcela de famílias brasileiras com dívidas (em atraso ou não) chegou a 78,3% em abril deste ano. A taxa é a mesma
observada no mês anterior, mas está acima dos 77,7% de abril de 2022. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC). A previsão é que o percentual de 78,3% se mantenha nos próximos dois meses e suba
para 78,4% em julho, segundo a CNC. A pesquisa indica que a parcela de inadimplentes – aqueles que têm contas ou
dívidas em atraso –, chegou a 29,1% das famílias do país, abaixo dos 29,4% de março, mas acima dos 28,6% de abril de
2022. O aumento ocorreu principalmente na classe média. Aqueles que não terão condição de pagar suas dívidas
somaram 11,6%, percentual superior aos 11,5% de março e aos 10,9% de abril do ano anterior. “Quem tem dívidas
atrasadas há mais tempo segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência em função dos juros elevados, que
pioram as despesas financeiras”, destaca a economista da CNC Izis Ferreira. A cada 100 consumidores inadimplentes
em abril, 45 estavam com atrasos por mais de três meses. Segundo a Peic, muitos consumidores têm recorrido ao
crédito pessoal, modalidade em que os juros tiveram o menor crescimento (média de 42% ao ano), para pagar dívidas
mais caras, como do cartão rotativo, por exemplo. Do total de consumidores endividados, 86,8% têm dívidas no cartão
de crédito e 9% com crédito pessoal. O uso dessa modalidade de crédito é o maior em um ano, enquanto o do crédito
pessoal supera os últimos seis meses, de acordo com a CNC.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-05/endividamento-atinge-783-das-familias-brasileiras-diz-cnc#:~:text=A
%20parcela%20de%20fam%C3%ADlias%20brasileiras,7%25%20de%20abril%20de%202022.
__________________________________________________________________________________________
Considerando que os textos acima são meramente de caráter motivador, redija uma dissertação argumentativa
sobre as causas, consequências indicando soluções para o crescimento do endividamento das famílias brasileiras.
Professor, Éverton Gusen.
Contato: (69) 99336-1162.
CAUSAS CONSEQUÊNCIAS SOLUÇÕES
Arrefecimento da economia Desestimulação do capital 
estrangeiro
Desemprego Endividamento e diminuição do
consumo
Abertura para investimento em 
capital privado e público
Inflação Elevação dos valores Investimento do poder público 
em obras
Juros altos Desestimula o consumo
Falta de educação financeira Falta de planejamento entre 
orç/desp.
Informalidade crescente Involução do orçamento
Parágrafo de introdução
De/da/do_______à/a/ao_______, passando por/pelo/pela_________. A/O PALAVRA-CHAVE vem
ampliando sua repercussão na/no_________. Nessa esteira, é elementar o desenvolvimento sobre:______,
bem como______.
De juros elevados a falta de educação financeira, passando pelo desestímulo do consumo. O
crescente endividamento da família brasileira vem ampliando sua repercussão nos fóruns sobre economia.
Nessa esteira, é elementar o debate sobre suas causas, bem como consequências.
Parágrafo D1
É fulcral iniciar a discussão discorrendo a respeito da/do__________. À vista disso,
ele/ela___________. Logo, evidencia-se a importância e a diversidade como________.
É fulcral iniciar a discussão discorrendo a respeito do desemprego e da inflação. À vista disso,
aquele é, pois o principal responsável pelo endividamento das famílias brasileiras; ele aconteceu mais
acentuadamente devido a recessão econômica vivida durante os efeitos das medidas restritivas anti-Covid-
19. Já esta desestimula o consumo, fazendo com que aja a diminuição na produção e consumo de bens,
especialmente, os duráveis. Logo, evidencia-se a importância e a diversidade da discussão sobre os eixos
econômicos brasileiro.
Parágrafo D2
O/A(s)________é/são tão presente(s) hodiernamente que, em grande parte da/do(s)_________ há
preferência, sobretudo por parte da/do(s)__________. Então, isso revela_________.
Outrossim, o endividamento e a diminuição do consumo são tão presentes hodiernamente que, em
grande parte dos casos percebe-se que isso traz a reboque o aumento nos valores de bens de consumo
especialmente os mais triviais, porque passam a ser mais demandados em detrimentos dos duráveis; isso
reflete diretamente na teoria da demanda e oferta, a qual, na medida em que se aumenta a demanda, aumenta-
se também os valores. Então, isso revela que o produto está disponível para alimentar o sistema econômico.
 Portanto, no combate às_________, é fundamental________.
Portanto, no combate ao endividamento do povo brasileiro, é fundamental que o poder público
estimule a economia abrindo o seu capital para investimento estrangeiro; sinergicamente, vários setores da
economia dependem da criação e manutenção da infraestrutura pública, com destacamento para: rodovias,
ferrovias, portos e aeroportos.
Texto completou
De juros elevados a falta de educação financeira, passando pelo desestímulo do consumo. O
crescente endividamento da família brasileira vem ampliando sua repercussão nos fóruns sobre economia.
Nessa esteira, é elementar o debate sobre suas causas, bem como consequências.
À vista disso, aquele é, pois o principal responsável pelo endividamento das famílias brasileiras; ele
aconteceu mais acentuadamente devido à recessão econômica vivida durante os efeitos das medidas
restritivas anti-Covid-19. Já esta desestimula o consumo, fazendo com que aja a diminuição na produção e
consumo de bens, especialmente, os duráveis. Logo, evidencia-se a importância e a diversidade da discussão
sobre os eixos econômicos brasileiro.
Outrossim, o endividamento e a diminuição do consumo são tão presentes hodiernamente que, em
grande parte dos casos percebe-se que isso traz a reboque o aumento nos valores de bens de consumo
especialmente os mais triviais, porque passam a ser mais demandados em detrimentos dos duráveis; isso
reflete diretamente na teoria da demanda e oferta, a qual, na medida em que se aumenta a demanda, aumenta-
se também os valores. 
Portanto, no combate ao endividamento do povo brasileiro, é fundamental que o poder público
estimule a economia abrindo o seu capital para investimento estrangeiro; sinergicamente, vários setores da
economia dependem da criação e manutenção da infraestrutura pública, com destacamento para: rodovias,
ferrovias, portos e aeroportos.
Revisão bibliográfica
TEMA: O crescente endividamento das famílias brasileiras.
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/endividamento-das-familias-e-recorde-e-afeta-mais-ricos
A parcela de famílias brasileiras com dívidas (em atraso ou não) chegou a 78,3% em abril deste ano. A taxa é a mesma
observada no mês anterior, mas está acima dos 77,7% de abril de 2022. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC). A previsão é que o percentual de 78,3% se mantenha nos próximos dois meses e suba
para 78,4% em julho, segundo a CNC. A pesquisa indica que a parcela de inadimplentes – aqueles que têm contas ou
dívidas em atraso –, chegou a 29,1% das famílias do país, abaixo dos 29,4% de março, mas acima dos 28,6% de abril de
2022. O aumento ocorreu principalmente na classe média. Aqueles que não terão condição de pagar suas dívidas
somaram 11,6%, percentual superior aos 11,5% de março e aos 10,9% de abril do ano anterior. “Quem tem dívidas
atrasadas há mais tempo segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência em função dos juros elevados, que
pioram as despesas financeiras”, destaca a economista da CNC Izis Ferreira. A cada 100 consumidores inadimplentes
em abril, 45estavam com atrasos por mais de três meses. Segundo a Peic, muitos consumidores têm recorrido ao
crédito pessoal, modalidade em que os juros tiveram o menor crescimento (média de 42% ao ano), para pagar dívidas
mais caras, como do cartão rotativo, por exemplo. Do total de consumidores endividados, 86,8% têm dívidas no cartão
de crédito e 9% com crédito pessoal. O uso dessa modalidade de crédito é o maior em um ano, enquanto o do crédito
pessoal supera os últimos seis meses, de acordo com a CNC.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-05/endividamento-atinge-783-das-familias-brasileiras-diz-cnc#:~:text=A
%20parcela%20de%20fam%C3%ADlias%20brasileiras,7%25%20de%20abril%20de%202022.
__________________________________________________________________________________________
Considerando que os textos acima são meramente de caráter motivador, redija uma dissertação argumentativa
sobre as causas, consequências indicando soluções para o crescimento do endividamento das famílias brasileiras.
Professor, Éverton Gusen.
Contato: (69) 99336-1162.
Endividamento atinge 76,6% das famílias brasileiras, mostra CNC
Em queda, índice de famílias inadimplentes ficou em 29% 
Ainda que em trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo, o endividamento ainda alcança cerca de
76,6% das famílias brasileiras, que têm dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de
loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e da casa. O
percentual referente ao mês de novembro representa um recuo de 0,5% no número de endividados, em
relação ao mês anterior.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic),
divulgada nesta segunda-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC).
A sensação de melhora nas condições econômicas do país, segundo o presidente da CNC, José
Roberto Tadros, pode estar por trás dessa queda. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em
menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os
orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão
conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.
Inadimplência
O índice de famílias inadimplentes ficou em 29% e foi outro índice que apresentou queda em
novembro. A redução é na comparação ao mês anterior, quando ficou em 29,7% e também ao
mesmo mês do ano passado, de 30,3). De acordo com o economista-chefe da CNC e responsável
pela pesquisa, Felipe Tavares, é o menor patamar desde junho de 2022.
Embora permaneça acima do nível de novembro do ano passado, que registrou 10,9%, o número de
pessoas que relataram falta de condições para pagar dívidas de meses anteriores caiu para 12,5%,
enquanto em outubro era 13%. “A queda, embora ainda pequena, traz um importante indício de
eficácia do programa Desenrola”, avalia o economista.
Dentro do número geral de endividados, que apresentou queda, a faixa de renda média, entre cinco
e dez salários mínimos, fez movimento contrário e teve alta do volume de pessoas endividadas,
voltando aos níveis observados em novembro de 2022. Ainda assim, boa parte desses consumidores
(35%) se considera “pouco endividada”. O grupo registrou também a quarta elevação seguida de
dívidas em atraso, chegando a 24,2%, o mais alto nível da série.
O maior percentual de dívidas em atraso (36,6%) ficou com os consumidores de baixa renda, com
até três salários mínimos. Conforme o economista, esses consumidores são os que têm maior
probabilidade de não conseguir arcar com essas dívidas, representando 17,2%. “Agravando a
situação de inadimplência, esses consumidores têm uma alta dependência de dívidas,
comprometendo 31,9% de sua renda”, completou.
O cartão de crédito ainda é o mais usado pelos endividados, e atingiu 87,7% do total de devedores,
o que significou aumento significativo na comparação com o mesmo período do ano anterior,
quando ficou em 86,4%.
Houve avanços também no crédito consignado, de 0,5 ponto percentual (p.p.), e no financiamento
imobiliário, de 0,4 ponto percentual. As outras modalidades perderam representatividade na carteira
de crédito dos consumidores.
Gênero
A pesquisa mostrou ainda que embora a proporção de consumidores endividados em 1 ano tenha
reduzido nos dois grupos de gênero, entre as mulheres o recuo foi mais expressivo, de 3,4 p.p., em
relação aos homens, de 1,5p.p..
O total de mulheres endividadas permaneceu com a tendência de queda na comparação ao mês de
outubro. Em comportamento diferente, o endividamento entre os homens teve pequeno aumento, de
0,4 p.p.. As mulheres são também as que mais relataram dificuldades de quitar todas as dívidas em
dia. Elas alcançaram 30,1%, enquanto os homens chegaram a 28%.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-12/endividamento-atinge-766-das-familias-brasileiras-
mostra-cnc
O desafio financeiro do futuro presidente sobre o endividamento das
famílias 
Equipe do Programa de Serviços Financeiros do Idec*
Há dez anos o cenário de endividamento tem crescido e com isso comprometido a renda das
famílias brasileiras. Impulsionado por uma forte expansão do crédito e fragilizado pela conjuntura
econômica do país, com índices elevados de desemprego, inflação, juros, perda do poder de
compra, falta de educação financeira e ausência de políticas de crédito responsável, o problema não
para de crescer e não pode ser ignorado pelos candidatos e candidatas à Presidência.  
O uso crescente de crédito com taxas elevadas e prazos longos direciona uma parcela da renda para
o pagamento dos juros bancários, compromete a disponibilidade de recursos para garantir a própria
sobrevivência e, consequentemente, reduz o consumo e represa o ciclo produtivo de bens e serviços,
impedindo o crescimento econômico. 
Entretanto, o problema foi ignorado pela maioria dos 11 candidatos à Presidência, que não
apresentaram nenhum projeto ou informações sobre a solução do endividamento das famílias  (Jair
Bolsonaro - PL; Simone Tebet - MDB; Padre Kelmon - PTB; Soraya Thronicke - União Brasil;
Eymael - DC e Felipe D'Avila - Novo). 
Entre os cinco candidatos que apresentaram propostas envolvendo o sistema financeiro (Ciro
Gomes - PDT; Lula - PT; Leo Péricles - UP; Sofia Manzano - PCB e Vera Lúcia - PSTU), somente
Lula e Ciro Gomes apresentaram propostas para o enfrentamento direto do endividamento, com
foco na renegociação de dívidas, crédito e regulamentação. 
Para os dois candidatos - Lula e Ciro - que apresentam medidas de combate ao endividamento,
observa-se um maior grau de comprometimento, mas ainda um distanciamento sobre o real cenário
do endividamento no país, que exigirá mais empenho do que as medidas apresentadas.  
O que dizem as principais candidaturas sobre o endividamento das
famílias brasileiras
Lula
Para o candidato Lula, a renegociação de dívidas das famílias, priorizando quem recebe até três
salários mínimos, e das pequenas e médias empresas, por meio dos bancos públicos e incentivos aos
bancos privados, requer um compromisso em não só buscar a renegociação.  Como também em
rever o ciclo que realimenta o endividamento das famílias amparado em políticas de educação
financeira estruturantes e com criação de indicadores de desempenho. A proposta do plano de
governo também promete avançar na regulação e incentivar medidas para ampliar a oferta de
crédito e custo reduzido, aumentando a concorrência no sistema bancário.  
Lula também fez publicações na mídia, atribuindo o programa exclusivo para o endividamento das
famílias com as concessionárias de serviços públicos. Além da necessidade de políticas de
recuperação das condições de acesso aos serviços, o governo também deve estar atento às parcerias
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que estão sendo firmadas com as empresas para a concessão de crédito com descontona conta de
energia, evitando, assim, o maior endividamento das famílias.  
Bolsonaro
O candidato Jair Bolsonaro não traz nenhuma proposta, apontando o ciclo de prosperidade como
saída ao problema, que começa com o aumento do emprego, levando a um aquecimento do
consumo e maior arrecadação de impostos. 
Ciro Gomes
O candidato Ciro Gomes apresentou um plano de refinanciamento de dívidas das famílias e das
empresas. “Levando em conta que a dívida média das pessoas é de R$ 4.200 – quantia que a
maioria não tem como pagar – a proposta é estimular um leilão reverso onde ganha quem vender
por um valor mais baixo, concedendo desconto e financiando a dívida em 36 meses financiados
pelos bancos públicos Caixa e Banco do Brasil e até três anos de carência.” Propõe criar uma lei
anti ganância, que seria inspirada na Inglaterra, por meio da qual aquele que já tivesse pago o dobro
do que tomou emprestado teria a dívida considerada extinta por lei. Na mídia, o candidato também
incluiu a dívida com o Fies na renegociação dos contratos. 
Simone Tebet
A candidata Simone Tebet não apresentou proposta no programa de governo. Quando foi
questionada pela mídia sobre o tema, prometeu estímulo a novas instituições financeiras e o
fortalecimento das garantias para baratear o crédito e diminuir a insegurança jurídica.  
Outras candidaturas
As propostas pontuais dos candidatos apresentam destaques que prometem a estatização do sistema
financeiro, conforme indicam os programas de Vera Lúcia, Leo Péricles e Sofia Manzano. Além
da estatização, destacam o controle do sistema pelos bancos públicos, criação de instrumentos
populares e bancos regionais e foco no controle da dívida interna do país.  
O candidato Leo Péricles propõe a nacionalização do sistema bancário com controle estatal do
Banco Central. Redução das taxas de juros e limite de valor de crédito para entes privados. Além de
estímulo à abertura de pequenos bancos regionais de caráter público. Fora do programa, o candidato
promete anistiar a dívida de famílias com renda de até dois salários mínimos.  
A candidata Sofia Manzano não apresenta proposta direta para o problema do endividamento das
famílias. No entanto, destaca a necessidade de estatização e controle público das instituições
financeiras, com a criação de instrumentos para atender os interesses populares e manter o foco no
controle da dívida ativa do país. 
Para o Idec, algumas iniciativas sinalizam um direcionamento para o enfrentamento do problema,
mas é necessário um maior aprofundamento nas questões, com melhor entendimento do
funcionamento e impactos das linhas de crédito na vida das famílias. Mais orientação, uma política
de educação financeira mais efetiva e com indicadores reais de monitoramento da expansão do
crédito. Maior disciplina na oferta de crédito,  maior fiscalização e definição de regras e
transparência para a atuação das instituições ofertantes de crédito responsável. Além de medidas
mais duras com instituições que abusam do assédio direto ou por meio de correspondentes
bancários e redes sociais em relação a população idosa e em situação de vulnerabilidade social.  
As propostas apresentadas pelos candidatos Lula e Ciro preveem a expansão do crédito e a
limitação da taxa de juros. No entanto, a expansão do crédito deve ser amparada não somente nas
garantias constituídas, mas também no compromisso das instituições financeiras na promoção do
crédito responsável, redução dos juros, na transparência na oferta e no diagnóstico de riscos para o
tomador de crédito. 
A pauta sobre o endividamento das famílias deve ser de preocupação de todos os gestores públicos,
como um dos motores do crescimento da economia, através do consumo de bens e serviços. É
necessário que a população tenha acesso a crédito de boa qualidade para a promoção do bem-estar
social e consumo consciente. Não como complemento de renda para garantir a sobrevivência básica
na compra de alimento e medicamento, enquanto transfere uma parcela significativa de renda para o
setor financeiro por meio de juros, enfraquecendo o ciclo de desenvolvimento econômico, geração
de emprego e renda.  
Contexto e histórico sobre o tema no Brasil
Os fortes sinais de endividamento das famílias foram responsáveis pela proposição do Projeto de
Lei Complementar 282/2012 para incluir tratamento do superendividamento no Código de Defesa
do Consumidor. Foram dez anos de debates até a aprovação da Lei do Superendividamento
14.181/2021. A Lei já em vigor há um ano, ainda aguarda a regulamentação para a efetividade das
medidas aprovadas, enquanto o endividamento da população não para de crescer. 
Durante o período em que se discutiu a aprovação da Lei do Superendividamento, assistimos a uma
forte expansão da aquisição de crédito no país. Tivemos a entrada no mercado de crédito das
fintechs - empresas de tecnologia financeira com a promessa de maior competitividade no setor e
barateamento do custo do crédito. Tivemos a aprovação do Cadastro Positivo com a promessa de
redução de juros para os bons pagadores. O fortalecimento dos instrumentos de garantias jurídicas
como alienação fiduciária, criação da cédula de crédito bancário, desburocratização e celeridade na
busca e apreensão de veículos por inadimplência. Ampliação das margens de consignação que
saltou de 30% para 45% de margem de desconto mensal de parcelas, aumento do prazo de
pagamento de 60 para 84 meses para aposentados e pensionistas do INSS e para funcionários
públicos aumento para 96 parcelas.   
O volume de crédito destinado às famílias, pela primeira vez em mais de 20 anos, superou o volume
de crédito destinado às empresas em 2017, conforme indicado no gráfico a seguir. As empresas, que
por sua natureza jurídica e pelas atividades que desempenham, têm o papel de impulsionar o
crescimento econômico,  com o aumento da produtividade e geração de empregos, recuaram na
contratação de crédito. Enquanto as famílias avançaram em mais de 10 pontos percentuais na
expansão do crédito em relação ao PIB nos últimos dez anos. 
Gráfico 1 - Evolução do crédito em relação ao PIB (2012-2022) 
https://idec.org.br/noticia/idec-lanca-livro-o-consumidor-na-era-da-pontuacao-de-credito
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.181-de-1-de-julho-de-2021-329476499
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.181-de-1-de-julho-de-2021-329476499
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/106771
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/106771
 
Com a expansão do crédito, os indicadores de inadimplência não conseguem captar a realidade
desse cenário. Inicialmente, porque uma das modalidades de crédito que mais cresceu nesse
período, o crédito consignado, possui baixa inadimplência, por ter o desconto das parcelas
diretamente na aposentadoria, pensão ou folha de pagamento.  
Para a população de baixa renda, que não possui bens e não tem acesso ao crédito consignado - que
supostamente é considerado de baixo custo, com taxa média 29% ao ano -, restam as operações de
crédito oferecidas por instituições de menor porte, que praticam taxas de juros extremamente
abusivas, ultrapassando 1.000,00% ao ano. Quase sempre localizadas em pequenas lojas de bairros
nas regiões mais pobres e remotas ou acessíveis por redes sociais.  
As instituições que operam crédito de má qualidade acabam sendo a alternativa para quem não tem
como comprovar renda, para quem está negativado, para os consumidores endividados com crédito
consignado. Também por meio de cartões de crédito bancário e de lojas de departamento. Além de
financeiras que operam com taxas de juros elevadas e correspondentes bancários que defendem o
acesso ao crédito consignado como alternativa aos agiotas que praticam taxas elevadas. Quando na
verdade as duas modalidades expõem os consumidores a um endividamentoexcessivo e muitas
vezes imposto pelas próprias instituições, que, uma vez amparadas pelas garantias contratuais,
ignoram a capacidade de pagamento dos consumidores e atuam com base nas regras jurídicas
constituídas ao longo dos anos para reduzir riscos e garantir a expansão do crédito a qualquer custo. 
Na última década, a política nacional de educação financeira popularizou o termo e garantiu o maior
acesso ao crédito. Pouco ou quase nada foi feito para garantir mais transparência na concessão do
crédito, redução dos juros, que apresentam historicamente as maiores taxas de juros para o crédito
das famílias. Onde os novos atores, as fintechs que entraram no mercado para garantir maior
competitividade junto aos grandes conglomerados financeiros, atuam na busca de créditos com
garantias e na oferta abusiva como as instituições tradicionais. 
A fiscalização sobre a atuação das instituições financeiras é precária, até mesmo a política de teto de
juros do cheque especial, que apesar de ainda muito elevada, atualmente com teto de 150% ao ano, 
reduzida praticamente pela metade em 2019, é descumprida por instituições que praticam taxas de 
https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/como-funciona-o-credito-consignado
237,69% ao ano, acima do teto. A informação disponível na base do Banco Central, como se essa 
prática estivesse coerente com a política de teto vigente para a modalidade.  
Diante de um cenário de endividamento crescente e muito preocupante, as propostas apresentadas 
por menos da metade dos candidatos se mostram muito tímidas e requerem um estudo mais 
aprofundado da realidade brasileira que está à mercê dos interesses do setor financeiro. E que, além 
de tudo, ainda geram custos adicionais de saúde pública com desequilíbrio, transtorno e depressão 
pela situação financeira, sobrecarrega o setor judiciário com o aumento de demanda para revisão de 
descumprimento da Constituição com a retenção de renda em patamares acima da garantia do 
mínimo existencial. 
https://idec.org.br/artigo/o-desafio-financeiro-do-futuro-presidente-sobre-o-endividamento-das-familias-brasileiras
https://idec.org.br/artigo/o-desafio-financeiro-do-futuro-presidente-sobre-o-endividamento-das-familias-brasileiras

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