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Contribuições de Rui Barbosa e Januário Cunha Barbosa para a Educação Brasileira

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO 
NORTE DO ESPÍRITO SANTO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E 
CIÊNCIAS HUMANAS 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
SIBELE LUIZA CERQUEIRA DA SILVA 
 
 
 
 
RUI BARBOSA 
JANUARIO DA CUNHA BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO MATEUS 
2021 
SIBELE LUIZA CERQUEIRA DA SILVA 
 
 
 
RUI BARBOSA 
JANUARIO DA CUNHA BARBOSA 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito para aprovação 
na disciplina de Ciências: Conteúdos e seu ensino da 
Universidade Federal do Espírito Santo, Centro 
Universitário Norte do Espírito Santo 8° semestre do 
curso de Pedagogia. 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO MATEUS 
2021 
 
Rui Barbosa 
 
QUEM FOI: 
Rui Barbosa (1849-1923) foi um político, diplomata, advogado e jurista brasileiro. 
Representou o Brasil na Conferência de Haia, foi reconhecido como “O Águia de 
Haia”. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras e seu presidente 
entre 1908 e 1919. 
Família e infância: 
Nasceu em Salvador, Bahia, no dia 05 de novembro de 1849. Filho de João José 
Barbosa de Oliveira, médico, deputado provincial e diretor da Instrução Pública 
da Bahia, e de Maria Adélia Barbosa de Oliveira. Com cinco anos, Rui foi para 
a escola e em poucos dias já sabia ler e conjugar verbos. Em casa, recebia aulas 
de piano e oratória. Era uma criança triste e sobrecarregada de estudos. Era 
obrigado, pelo pai, a ler os clássicos portugueses. Com dez anos já recitava 
Camões. Em 1861, ingressou no Ginásio Baiano e em 1864 terminou o curso 
em primeiro lugar, recebendo medalha de ouro e pronunciando seu primeiro 
discurso em público. Terminando o curso de humanidades, preparava-se para 
estudar Direito, com apenas 15 anos de idade. Passou então o ano de 1864 
estudando alemão, lendo juristas e obras médicas de seu pai. Nessa época 
escrevia versos tristes e melancólicos. 
Formação e primeiro emprego: 
Em 1866, matriculou-se na Faculdade de Direito da cidade do Recife. Participou 
da Associação Acadêmica Abolicionista, entrou em conflito com um professor e 
foi obrigado a terminar o curso em São Paulo. Em 1870, graduou-se em Direito, 
e com dores de cabeça e vertigens, antecipou sua volta para a Bahia. 
Após o pai perder o emprego, Rui foi trabalhar com Manuel Pinto de Souza 
Dantas, no Diário da Bahia. Manteve longa amizade com Rodolfo Dantas, filho 
de seu patrão, e junto com a família passou seis meses na Europa, o que lhe fez 
bem para a saúde. Pouco depois de sua volta, falece seu pai e em seguida morre 
Maria Rosa, sua namorada. Torna-se diretor do Diário da Bahia e depois é 
nomeado, pelo conselheiro Manuel Dantas, para o cargo de secretário da Santa 
Casa de Misericórdia. 
Vida política: 
Membro do Partido Liberal, Rui Barbosa participa de comícios nos teatros e 
praças, defendendo eleições diretas, liberdade religiosa e regime federativo. No 
dia 21 de novembro de 1876, depois de uma disputa com o amigo Rodolfo, pelo 
coração da jovem, casa-se com Maria Augusta Viana Bandeira. Em 1877, com 
o partido em alta, ingressou na Câmara Baiana e no ano seguinte no Parlamento 
do Império. Empenhou-se pela reforma eleitoral, pela reforma do ensino e pela 
libertação dos escravos sexagenários. O controle dos votos feito pelos 
fazendeiros escravagistas e uma campanha contra os abolicionistas não 
reelegeu Rui Barbosa. 
Rui Barbosa voltou aos jornais, em março de 1889. Tornou-se redator chefe do 
Diário de Notícias. Na luta pelo regime federativo, começou a afastar-se do 
Partido Liberal. Nesse mesmo ano, durante o governo de Deodoro, exerceu as 
funções de Ministro da Fazenda. Dois fatos marcaram sua passagem: a 
Constituição de 1891, quase toda de sua autoria, e o encilhamento. Depois de 
graves crises e violenta inflação, Rui Barbosa deixou o governo. 
Em 1893 Rui Barbos assumiu a direção do Jornal do Brasil, onde combatia o 
governo de Floriano. Em 1895 foi eleito para o Senado. Em setembro eclodiu a 
Revolta da Armada. Mesmo sem ligação com o movimento, foi acusado de 
apoiá-lo e obrigado a exilar-se na Inglaterra. Em 1895, de volta do exilo, lutou 
pela anistia aos punidos por Floriano. 
O Águia de Haia: 
Em 1907, durante o governo de Afonso Pena, Rui Barbosa alcançou celebridade 
mundial ao representar o Brasil na Conferência de Haia, que reuniu as grandes 
personalidades da diplomacia mundial. 
O grande tema era a criação de uma corte permanente de justiça. Com seus 
longos discursos e atacando a classificação dos países pela sua força militar Rui 
Barbosa conquistou o respeito das nações. Sua volta ao Brasil foi uma festa. Já 
conhecido como a “Águia de Haia”, recebeu do presidente da República uma 
medalha de ouro. 
Candidato à presidência da república: 
Rui Barbosa foi lançado candidato à presidência da república em 1909, mas o 
escolhido foi o Marechal Hermes da Fonseca. Em 1919, o nome de Rui Barbosa 
surgiu com fortes possibilidades de ser indicado pelo Partido Republicano, mas 
Rui se recusou a comparecer à convenção, mas mesmo assim recebeu 42 votos. 
Epitácio Pessoa, paraibano, apoiado por São Paulo e Minas, venceu com 139 
votos. Embora derrotado, Rui Barbosa era respeitado nacionalmente. Foi 
convidado para chefiar a delegação do Brasil na Liga das Nações, mas recusou 
o convite. Em 10 de março de 1921, em ofício ao Senado, mostrando sua 
descrença na velha República, que os princípios e a lealdade que consagrou sua 
vida pública eram corpo estranho na política brasileira. 
Morte: 
Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, Rio de janeiro, para onde foi se convalescer 
de uma pneumonia, no dia 1.º de março de 1923. Foi sepultado em Salvador, 
Bahia, na galeria subterrânea do Palácio da Justiça – Fórum Rui Barbosa. 
 
CONTRIBUIÇÃO NA HISTÓRIA POLITICA E NA EDUCACÃO BRASILEIRA 
A contribuição que Rui Barbosa deu ao país, ocorreu através das várias funções 
pois ele era, jurista, advogado, jornalista, parlamentar (senador e deputado), 
ministro de Estado e duas vezes candidato registrado a presidente da República 
(1909 e 1919). Ele fez muitas coisas e em algumas foi pioneiro como quando foi 
candidato que inseriu: Temas como construção de casa para operários; proteção 
ao trabalho de menores; limitação das jornadas laborais, em especial do trabalho 
noturno; igualdade salarial para ambos os sexos; amparo à mãe operária e à 
gestante; licença-maternidade; indenização por acidentes do trabalho; 
legalização do trabalho agrícola e seguro previdenciário. 
Também participou de todas as grandes questões de sua época, entre as quais 
a Campanha Abolicionista, a defesa da Federação e a própria fundação da 
República, e a Campanha Civilista. Mesmo admirando a cultura francesa, como 
todos os intelectuais de sua época, Rui também conhecia a fundo o pensamento 
político constitucional anglo-americano, que, por seu intermédio, tanto 
influenciou a nossa primeira Constituição republicana. 
O século XIX foi o século que difundiu a instrução pública e Rui Barbosa foi 
influenciado pelas discussões de sua época. Tanto que, empenhado num projeto 
de modernização do país, interessou-se pela criação de um sistema nacional de 
ensino – gratuito, obrigatório e laico, desde o jardim de infância até a 
universidade. Para elaboração do seu projeto buscou inspiração em países onde 
a escola pública estava sendo difundida, procurando demonstrar os benefícios 
alcançados com a sua criação. Para fundamentar sua análise recorreu às 
estatísticas escolares, livros, métodos, mostrando que a educação, nesses 
países, revelava-se alavanca de desenvolvimento. Suas ideias acerca desta 
questão estão claramente redigidas nos seus famosos pareceres sobre 
educação. 
Os pareceres sobre a Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior 
originou-se da análise do decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879, que reformava 
o ensino primário e secundário no município da Corte e o ensino superior em 
todo o Império. O decretofora apresentado pelo ministro Carlos Leôncio de 
Carvalho, membro do gabinete liberal, presidido por Cansanção de Sinimbu, 
num momento em que crescia o interesse pela instrução pública. Rui Barbosa, 
após fazer uma detalhada análise desse decreto, encaminhou um projeto 
substitutivo. 
A reforma proposta, assim como o decreto de Leôncio de Carvalho, referia-se ao 
ensino primário e secundário circunscrito ao Município Neutro, e ao ensino 
superior relacionado a todo o país; contudo, alertava que esta reforma poderia 
servir de exemplo às outras províncias. Ela restringia-se apenas ao Município 
Neutro devido a legislação nacional que, a partir do Ato Adicional de 1834, 
consagrava o ensino primário e secundário como competência das províncias, e 
apenas o ensino superior como competência do governo geral. 
Tendo em vista o prejuízo advindo desta divisão, ele recomendava a criação de 
um sistema nacional de educação e propunha uma reforma completa do sistema 
de ensino vigente. Rui Barbosa, ao analisar a situação escolar no país concluiu 
que em matéria de instrução tudo estava por ser feito. As bases para suas 
observações obedeciam a ideias gerais sobre educação obtidas a partir de 
estudos sobre experiências desenvolvidas em todos os países civilizados. Fez 
uma incursão atenta aos dados obtidos sobre o estado da instrução em diversos 
países, como a Inglaterra, os Estados Unidos, a França, a Suíça, a Alemanha, a 
Áustria, a Austrália, etc. Comparou estes dados aos que retratavam a situação 
do ensino no Brasil. Desta comparação ressaltou que eram deploráveis as 
condições da instrução que existiam no país, fosse em qualidade, em seu 
espírito ou seus instrumentos. 
Nos pareceres destacou a responsabilidade do Estado com a instrução pública; 
este deveria assumi-la consciencioso de que seria preciso dispender grandes 
verbas para a reforma do ensino. Reconhecidas as vantagens de um Estado 
esclarecido, todos os 5 países alargavam os orçamentos para as reformas de 
ensino. Para demonstrar isso, Rui Barbosa citou diversos países e o quanto de 
dinheiro estavam investindo em educação, universidades e laboratórios. 
O Brasil, porém, investia muito pouco. O princípio vital na organização do 
sistema de ensino em geral seria a introdução da ciência desde o jardim de 
infância até o ensino superior. O ensino de ciências era o eixo fundamental de 
sua reforma. A leitura dos pareceres sobre educação evidencia que ela foi posta 
como solução para um dos problemas que, segundo sua compreensão, 
comprometia o futuro do Brasil. Para ele, a formação da inteligência popular por 
meio da instrução escolar era fundamental para a reconstituição do caráter 
nacional; a ciência estava de mãos dadas com a liberdade. Colocava a educação 
como um fator de desenvolvimento, a alavanca capaz de modernizar o país. Nos 
seus pareceres a educação foi apresentada como questão de vida ou morte. 
Era muito enfático nas suas conclusões e buscava todos os argumentos 
possíveis para sensibilizar o parlamento para sua importância. Influenciado pela 
literatura de seu período, pelos congressos de instrução organizados em vários 
países, juntamente com outros autores, encampou, por um período curto de 
tempo, a bandeira da instrução pública. A reforma de ensino proposta por Rui 
Barbosa procurava preparar para a vida. Esta preparação requeria o 
estabelecimento de um ensino diferente do ministrado até então, ensino este 
marcado pela retórica e memorização. Era preciso privilegiar novos conteúdos, 
como ginástica, desenho, música, canto e, principalmente, o ensino de ciências. 
Esses novos conteúdos, associados aos conteúdos tradicionais, deveriam ser 
ministrados de forma a desenvolver no aluno o gosto pelo estudo e sua 
aplicação. 
Para tanto, o método que guiaria este aprendizado basear-se-ia na observação 
e experimentação, procurando cultivar os sentidos e o entendimento. 
Recomendava, portanto, a adoção do método intuitivo. Para o autor em estudo, 
essas mudanças no sistema de ensino eram fundamentais para tornar o Brasil 
uma nação civilizada. 
 
PONTO DE VISTA 
Rui Barbosa defendia nos pareceres uma estreita relação entre a escolarização 
e a industrialização, e de uma certa forma essa é uma questão até hoje, para ele 
a escola deveria ensinar para a vida. Ele foi bem perspicaz em observar o que 
acontecia nos outros países e tentar de alguma forma mesmo que adaptada 
trazer para o Brasil coisa que os outros nunca sequer cogitaram. Quando 
comparado com a educação dos outros países era nítida a diferença por exemplo 
na instrução dada aos professores e consequentemente na qualidade das aulas, 
os instrumentos utilizados enfim o que era o diferencial e precisava ser 
implementado. Essas mudanças mudariam o jeito que a educação era vista e 
aumentaria o interesse dos alunos visto que as aulas seriam mais dinâmicas e 
mais condizentes com a realidade. 
A proposta de criar um sistema nacional de ensino também veio como uma forma 
inovadora de se pensar a educação já que além disso defendia também um 
ensino gratuito laico e obrigatório e que fosse do jardim de infância até a 
Universidade o que garantiria a educação a toda a polução amenizando a 
dualidade que existia já que só tinha acesso a uma educação de qualidade e a 
Universidade era somente daqueles que possuíam um maior poder aquisitivo. 
Outra coisa que era defendida era a educação ser uma responsabilidade e assim 
deveria ser destinado uma maior verba já que pouco se investia já que era visto 
como algo sem muita importância e isso foi difícil de ser aceito já que o governo 
não quer ter gastos e sim lucro, como se a escola fosse uma espécie de comercio 
e os alunos apenas números. 
A ciência que era o eixo central de sua reforma deveria ser introduzida desde o 
jardim de infância e isso mostra uma valorização do conhecimento cientifico que 
hoje tem se perdido um pouco visto que cada vez mais vemos menos 
investimento na educação e consequentemente nas pesquisas. 
Rui Barbosa foi muito importante para a educação brasileira, isso por que na 
visão dele a educação era muito importante para o desenvolvimento intelectual 
da nação, por isso assim que assumiu o poder resolveu tomar diversas iniciativas 
nesse âmbito. Sua intenção era de contribuir para o desenvolvimento cultural e 
educacional do Brasil, e, por isso, teve um papel relevante na concepção das 
reformas do ensino para que o país pudesse ser visto de forma mais positiva 
pelo mundo. 
 
Referências: 
CARDOZO, J. A contribuição de Rui Barbosa para a educação brasileira (1879-
1895). Grupolusofona.pt, 2015. 
DANIEL NEVES SILVA. Rui Barbosa: quem foi, trajetória, importância. 
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biografia/rui-barbosa.htm>. 
Acesso em: 25 fev. 2021. 
DILVA FRAZÃO. Biografia de Rui Barbosa - eBiografia. Disponível em: 
<https://www.ebiografia.com/rui_barbosa/#:~:text=Rui%20Barbosa%20(1849%
2D1923),presidente%20entre%201908%20e%201919.>. Acesso em: 24 fev. 
2021. 
GOMES, M.; INTRODUÇÃO, M.-U. O PROJETO DE RUI BARBOSA: O PAPEL 
DA EDUCAÇÃO NA MODERNIZAÇÃO DA SOCIEDADE. [S.l.], [s.d.]. 
Disponível em: <http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/a-
j/FCRB_MariaCristina_Projeto_RuiBarbosa.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2021. 
RUY SAMUEL ESPÍNDOLA. Contribuição de Rui Barbosa é única e 
transcendente ao seu tempo. Disponível em: 
<https://www.conjur.com.br/2019-abr-07/ruy-espindola-contribuicao-rui-
barbosa-transcende-tempo>. Acesso em: 24 fev. 2021. 
 
 
JANUARIO DA CUNHA BARBOSA 
 
QUEM FOI: 
Historiador, jornalista, poeta, biógrafo e político de muita importância no Primeiro 
Reinado, sendo ainda considerado um dos mais renomados filósofos brasileiros 
da sua época. Foi nomeado também pregador régio e cônego da Capela Real 
(posteriormente, Capela Imperial) em 1808, ano da chegada da corte portuguesa 
no Brasil. Nascido no Rio de Janeiro em 1780, Januárioda Cunha Barbosa 
perdeu os pais muito cedo e foi criado por um tio paterno, que cuidou de sua 
formação escolar e religiosa. Januário ordenou-se em 1803, assim que atingiu a 
idade necessária para tal. Em 1808, com a transferência da Família Real para o 
Brasil, foi nomeado Cônego da Capela Real (posteriormente, Capela Imperial), 
tornando-se pregador régio. Desde então, até o fim de sua vida, aos 66 anos, 
transitou ininterruptamente - quase sempre de forma harmoniosa – pelos altos 
escalões da política e da intelectualidade brasileiras. 
 
 
 
Atuação na Literatura: 
 
Em sua vida, escreveu durante mais de 50 anos. Suas produções literárias se 
desenrolaram nos fins do século XVIII e início do XIX. O contexto histórico 
do Brasil nessa época dividia-se entre um futuro promissor, com a 
Independência e suas promessas de modernidade, e um passado colonial 
autossuficiente. Nessa realidade contraposta, elementos do pretérito e do 
presente conviviam de maneira não harmoniosa, identificáveis, portanto, em 
suas peças isso também se torna perceptível. 
Distinguiu-se como biógrafo dos principais homens de letras das gerações 
anteriores e mesmo dos que viveram no seu tempo. Foi um dos precursores da 
crítica e da história literária no Brasil. Sabe-se que muitos letrados de sua época 
o convidavam para presidir as recorrentes sessões literárias. 
O "Parnaso Brasileiro", a primeira antologia de poetas nacionais escrita por um 
autor brasileiro, publicada no Brasil em dois volumes, foi escrita entre 1829-1832. 
Possuindo motivações neoclássicas, sua notável obra pertencente ao 
movimento pré-romântico, já que ao reunir um corpus literário brasileiro, pode 
fazer os primeiros levantamentos do romantismo no Brasil. 
Contribuiu com biografias, necrológios e estudos para a Revista do Instituto 
Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB. Apoiou e incentivou a obra do 
historiador brasileiro Francisco Adolfo Varnhagen. 
Muitas de suas obras, como A Rusga da Praia Grande e Os Garimpeiros, 
satirizavam figuras políticas do império e por esses motivos catálogos perderam-
se de arquivos nacionais e bibliotecas. Um exemplo foi o caso da Rusga, que 
fazia chacota com o padre Marcelino Duarte (188-1860) que, para atacar o 
regente Feijó, se unira ao grupo dos exaltados. Este, como muitos de seus 
escritos, só podem ser encontrados fragmentados nos jornais fluminense do 
século XIX. 
Em grande parte dos trabalhos sobre a história da historiografia do Brasil, a figura 
de Januário da Cunha Barbosa é repetidamente mencionada por sua 
importância em promover investigações e relatórios científicos sobre as diversas 
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Modernidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neoclassicismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_pr%C3%A9-rom%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Necrol%C3%B3gio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Hist%C3%B3rico_e_Geogr%C3%A1fico_Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Hist%C3%B3rico_e_Geogr%C3%A1fico_Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Adolfo_de_Varnhagen
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_Ant%C3%B4nio_Feij%C3%B3
regiões da nação, proporcionando os princípios da identidade cultural, social e 
política, apesar de exclusivamente pensado para prestigiar o Estado. 
Cunha Barbosa não só foi relevante, como foi o autor da proposta da fundação 
de uma nova associação o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o 
IHGB. Dentro do instituto, o cônego ocupou o cargo de primeiro secretário 
perpétuo, sendo assim uma figura fundamental para o crescimento da instituição, 
atividade que levou até o final de sua vida. 
 
Maçonaria e Politica 
 
Ficou marcado na história em episódios importantes dessa época, como o Dia 
do Fico e a legislatura na Assembleia Nacional Constituinte, decisiva para a 
quebra entre colônia e metrópole. Com o processo de separação entre Brasil 
e Portugal, Cunha Barbosa foi preso e deportado para Le Havre, na França, por 
ordem do ministro da época, José Bonifácio. 
Ficou com certa fama de desertor por conta das mudanças no cenário político 
do Primeiro Reinado, que ora propiciaram o apoio do religioso Januário, ora seu 
afastamento de D. Pedro I. 
Ao ser nomeado redator do Diário Fluminense, jornal do governo, Januário da 
Cunha Barbosa defendeu e apoiou fielmente o herdeiro da dinastia. Esse cenário 
se modificou em 7 de abril de 1831, com a abdicação do imperador ao trono. A 
partir deste momento, Januário mudou de lado, e passou a atacá-lo, intitulando-
o entre outras palavras, de “déspota” e “tirano”, devido aos seus atos 
“antiliberais]”. 
O motivo pelo qual Cunha Barbosa foi exilado, é basicamente porque o cônego 
era membro da loja maçônica Grande Oriente do Brasil, grupo de Gonçalves 
Ledo, que defendia como ideologia política um governo regido pela soberania 
popular, que tivesse como representante D. Pedro I. Já o grupo de Bonifácio, 
valorizava uma constituição baseada em ideais da dinastia, de forma que 
restringisse a Assembleia Legislativa, garantindo autoridade suprema ao 
governante. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Fico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Fico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Nacional_Constituinte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deporta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Havre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_Fluminense
https://pt.wikipedia.org/wiki/1831
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%ADlio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ma%C3%A7onaria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Oriente_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Gon%C3%A7alves_Ledo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Gon%C3%A7alves_Ledo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Bonif%C3%A1cio_de_Andrada_e_Silva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1824
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinastia
Absolvido a 7 de outubro de 1823, após a saída dos Andradas do governo e por 
não haver provas no processo contra ele, voltou à pátria, sendo então nomeado 
por D. Pedro 1º, oficial da Ordem do Cruzeiro e também Cônego da Capela 
Imperial. Mais tarde o jovem Imperador lhe ofereceu sua fotografia, com 
dedicatória do próprio punho. Chegou a ser deputado na primeira Assembleia 
Legislativa, de 1826 a 1829. Entretanto, ao chegar ao fim de sua legislatura, 
assumiu a direção do órgão do governo, "Diário Fluminense". 
 
CONTRIBUIÇÃO NA HISTÓRIA POLITICA E NA EDUCACÃO BRASILEIRA 
No final da década de 1830, a vida intelectual da capital do Império estava 
agitada. Em 1837, a fundação do Imperial Colégio de Pedro II, destinado a formar 
os novos homens de letras do Brasil, mobilizou a elite econômica e política 
carioca. No ano seguinte, é criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 
que, com o objetivo de coletar documentos históricos e escrever a História do 
Brasil, contou com a colaboração de literatos de todo o Império. Proliferam os 
poetas e romancistas brasileiros. A atividade editorial crescia desde a chegada 
da imprensa em 1808 e as livrarias, cada vez mais, tornavam-se locais de 
intercâmbio intelectual e debate político. A precoce maioridade de D. Pedro II se 
aproximava e, com ela, o fim do Período Regencial. Apesar das turbulências 
vividas nos anos anteriores nas províncias, poder-se-ia comemorar o êxito das 
Regências em manter a unidade política do vasto território brasileiro. 
Nesse contexto, a boa sociedade imperial, composta por uma elite imperial 
definida pela interseção entre poder econômico, político e intelectual, 
desempenharia um papel fundamental na formação da nacionalidadebrasileira. 
Em um esforço coletivo de inserção do Brasil no prol das nações civilizadas, 
buscava-se ao mesmo tempo marcar a seus ofícios sobre a singularidade dentro 
deste conjunto. A este grupo estava destinada a tarefa de definir e difundir a ideia 
do que significava “ser brasileiro” e levar adiante o projeto de construção da 
nação. Muitos membros dessa elite atuavam em diversas esferas de poder, 
alguns deles de forma surpreendentemente onipresente. É o caso de Januário 
da Cunha Barbosa, cujo exercício do cargo de Bibliotecário – o posto mais alto 
https://pt.wikipedia.org/wiki/1823
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_do_Cruzeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_Imperial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_Imperial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_Fluminense
da Biblioteca Pública da Corte - é apenas uma linha, das mais relevantes, de seu 
longo currículo. 
Em 1821, abraçou a causa da independência política, utilizando para tal o 
periódico Revérbero Constitucional Fluminense, criado em sociedade com seu 
então amigo Joaquim Gonçalves Ledo. O jornal durou exatamente um ano, 
tempo suficiente para garantir a proclamação da independência. Após 
rompimento com o governo e breve exílio – o qual foi considerado 
posteriormente, por ambas as partes, uma injustiça - Januário estava de volta à 
Corte, apoiando a Monarquia e o Monarca, que o condecorou com a Ordem do 
Cruzeiro e o nomeou para dirigir a Tipografia Nacional e o Diário Fluminense, 
órgão oficial do governo. Foi deputado na primeira Assembleia Legislativa do 
Brasil, entre 1826 e 1829, representando a Província do Rio de Janeiro, e ainda 
assumiu um segundo mandato em 1845 sem, no entanto, conseguir cumpri-lo 
integralmente. 
Ao longo de mais de 25 anos, lecionou a Cadeira de Filosofia Racional e Moral 
da Corte. Colaborou com vários jornais e revistas, como o satírico A Mutuca 
Picante (1834-35) e a Minerva Brasiliense. Escreveu orações, sermões, poesia 
e história, e publicou também o Parnaso brasileiro, ou coleção das melhores 
poesias dos poetas do Brasil, tanto inéditas 
A esta altura, consagrado como intelectual, político, jornalista, cronista e 
religioso, frequentador dos mais altos círculos políticos, Januário é convidado 
para assumir o cargo de Bibliotecário da Biblioteca Pública da Corte, substituindo 
Antônio Fernandes da Silveira. 
O Cônego aceita a árdua tarefa, mesmo sabendo que acumularia as funções do 
IHGB, provavelmente considerando a sua relevância para a construção e 
salvaguarda da memória nacional, além da promoção das letras e do 
conhecimento científico no Brasil. Seria certamente uma honra tornar-se 
"depositário de uma das preciosidades nacionais”, para usar suas próprias 
palavras. Pouco foi pesquisado a respeito de sua atuação como bibliotecário da 
BN. No entanto, parte da documentação disponível no acervo de Manuscritos da 
Biblioteca Nacional acerca de seu mandato permite reconstituir um pouco de sua 
atuação à frente da Instituição. 
Januário toma posse do cargo em 5 de novembro de 1839 e, após alguns meses, 
reforçando sempre a importância da Biblioteca Pública para embasar seus 
pedidos, elabora um breve diagnóstico das necessidades da instituição. 
Infelizmente, muitas dessas necessidades são reafirmadas ano a ano, em cada 
relatório, sem que fossem atendidas. 
Nesta época, a Biblioteca ainda ocupava o andar superior do prédio do Hospital 
da Ordem Terceira do Carmo. Com um acervo composto de pouco mais de 
70.000 volumes, o espaço é diminuto e inadequado para o armazenamento das 
obras. O ataque de insetos - traças e cupins - era quase permanente, danificando 
os livros, alguns deles, exemplares raríssimos. Um prédio mais adequado, 
“menos acanhado”, é demanda constante do Bibliotecário. Essa mudança, 
entretanto, só vai ocorrer em 1858, para o prédio na Rua da Lapa (atual Rua do 
Passeio). 
O Cônego reivindica ainda o restabelecimento da Oficina de Livreiro e 
Encadernador, que havia funcionado anteriormente e se encontrava desativada. 
Ele lembra os riscos inerentes ao envio de obras de grande valor para 
encadernadores de fora da Biblioteca, além dos altos custos para esse tipo de 
trabalho. Não há indícios, até o final de sua gestão, de que tenha conseguido 
concretizar esse projeto. 
Insistente é o pedido para que seja feita “uma medida legislativa para que de 
todas as obras que se dão à luz, pelo menos nas tipografias desta Corte, um 
exemplar se depositasse nesta Biblioteca, como é costume em todos os países”, 
diz ele no Relatório Anual de 1841. Embora esta medida já fosse uma 
obrigatoriedade desde novembro de 1822 e tudo indicava que não estava sendo 
cumprida. Daí a sua demanda pela retomada da prática do depósito legal, que 
seria regulamentada definitivamente por lei apenas em 1907. 
A falta de pessoal também é um problema que aparece de forma recorrente nas 
solicitações do Bibliotecário. Contando com 11 ou 12 funcionários de diversos 
escalões, ele ressalta a carência principalmente de um número maior de 
jornaleiros que pudessem proceder com mais celeridade na higienização das 
obras (“único meio que encontra para evitar os ataques de insetos”), assim como 
de um corpo técnico qualificado para trabalhar na catalogação e inventário do 
acervo. Esse parece ter sido, aliás, um dos principais projetos do Cônego para 
a Biblioteca ao longo daqueles anos. Segundo o Bibliotecário, O catálogo era 
uma bagunça, feito sem qualquer metodologia, sendo muito difícil para o leitor 
encontrar o que procurava. Todo o sistema de catalogação deveria ser 
modernizado. Embora esta medida já fosse uma obrigatoriedade desde 
novembro de 1822, tudo indicava que não estava sendo cumprida. Daí a sua 
demanda pela retomada da prática do depósito legal, que seria regulamentada 
definitivamente por lei apenas em 1907. 
A falta de pessoal também é um problema que aparece de forma recorrente nas 
solicitações do Bibliotecário. Contando com 11 ou 12 funcionários de diversos 
escalões, ele ressalta a carência principalmente de um número maior de 
jornaleiros que pudessem proceder com mais celeridade na higienização das 
obras (“único meio que encontra para evitar os ataques de insetos”), assim como 
de um corpo técnico qualificado para trabalhar na catalogação e inventário do 
acervo. Esse parece ter sido, aliás, um dos principais projetos do Cônego para 
a Biblioteca ao longo daqueles anos. Segundo o Bibliotecário, o catálogo era 
uma bagunça, feito sem qualquer metodologia, sendo muito difícil para o leitor 
encontrar o que procurava. Todo o sistema de catalogação deveria ser 
modernizado. Ele recomenda o nome do Barão Carlos Roberto Planitz para fazer 
o inventário do acervo e a nova Catalogação das obras, mas, insatisfeito com o 
trabalho do Barão, transfere esta tarefa a José Ventura Bôscoli, que já ocupava 
o cargo de substituto regular de Januário. O inventário de obras e a reforma do 
catálogo seduziram o Bibliotecário: “tive oportuna ocasião para conhecer a 
riqueza até hoje imperceptível de clássicos raríssimos e edições antiquíssimas. 
Durante sua gestão, o trabalho avançou bastante, mas provavelmente não foi 
finalizado. 
Outro tema frequente é o programa de aquisições idealizado por Januário. Ele 
aponta, em todos os seus relatórios, a necessidade de se adquirir obras 
"modernas”, pois segundo seu entendimento a biblioteca é “muito bem servida 
de obras clássicas”, mas não possui as publicações mais recentes, procuradas 
com frequência pelos leitores, como as de Ciências Naturais, Política, Indústria 
e Artes. Ao longo de sua gestão, chegam várias remessas de livros diretamente 
de Paris, com as quais "vai esta Biblioteca tornando-se mais recomendável à 
leitura dos estudiosos porque já nela aparecem muitas obras modernas que de 
todo faltavam, visto a longa interrupção que houve na compra de livros”. Seu 
prestígio pessoal entre os homens de letras possivelmente colaboroupara que 
aumentassem as doações individuais. No primeiro ano de sua gestão, por 
exemplo, são registradas doações do historiador Francisco Adolfo de 
Varnhagen, de Domingos José Gonçalves de Magalhães, o editor Francisco de 
Paula Brito e Manoel de Araújo Porto-Alegre. 
Januário, um homem de múltiplos talentos e funções, trabalhador incansável, foi 
pregador, jornalista, político, historiador, cronista do Império, professor de 
Filosofia e por fim, bibliotecário da Biblioteca Pública da Corte. Certamente, a 
sua atuação na Biblioteca contribuiu para consolidar a presença da Biblioteca no 
rol das grandes instituições do Império do Brasil. 
Januário da Cunha Barbosa faleceu durante o exercício do cargo, em fevereiro 
de 1846, sendo substituído por José de Assis Alves Branco Moniz Barreto. 
 
PONTO DE VISTA 
Na maioria dos países o conhecimento em geral é muito valorizado 
principalmente sua história, mas aqui no Brasil somente em 1838, que isso 
começou a mudar com a inauguração do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, 
que foi formada com o apoio do brigadeiro Raimundo de Cunha Mattos e do 
cônego Januário da Cunha Barbosa, tal instituição estabelecia o 
desenvolvimento de uma escrita de nosso passado realizada justamente após a 
consolidação de nossa independência em relação a Portugal, ou seja o Brasil 
agora passaria a ter a sua própria história. 
Além disso evidenciar uma maior autonomia isso também foi muito importante p 
marcar um momento de autonomia, tal marco teve suma importância também na 
orientação das pesquisas feitas pelo instituto e em um estilo de escrita 
compromissado com a formação de uma identidade, sem influências externas. 
Ao mesmo tempo em que ele almejava pensar e identificar nossa nação através 
do estudo do passado, o instituto também questionava, desde sua criação, se as 
informações então disponíveis sobre nossa experiência histórica eram confiáveis 
e que várias lacunas ainda deveriam ser preenchidas inclusive até hoje algumas 
perguntas continuam sem respostas. 
Em relação a formação da identidade nacional o IHGB aparece como uma 
alternativa capaz de identificar e constar a vida dos heróis que seriam vinculáveis 
ao projeto de desenvolvimento de nossa pátria já que agora o Brasil havia 
deixado de ser uma colônia eles olham a história como instrumento significativo 
para o alcance de uma nação capaz de aprender e se aprimorar com o que já 
viveu. 
Portanto Januário da Cunha Barbosa foi muito importante no sentido de ser um 
dos primeiros a se preocupar com a história do Brasil e talvez se não fosse essa 
iniciativa saberia menos ainda sobre o nosso pais. Daí a importância de sempre 
se incentivar a pesquisa, precisamos saber o passado para podermos construir 
um futuro melhor sem cometer os mesmos erros. 
 
Referências: 
CONTRIBUIDORES DOS PROJETOS DA WIKIMEDIA. Jornalista brasileiro. 
Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Janu%C3%A1rio_da_Cunha_Barbosa>. Acesso 
em: 26 fev. 2021. 
Januário da Cunha Barbosa. Disponível em: 
<https://bndigital.bn.gov.br/dossies/biblioteca-nacional-200-anos/os-
personagens/januario-da-cunha-barbosa/>. Acesso em: 26 fev. 2021. 
Januário Cunha. Disponível em: 
<http://bndigital.bn.gov.br/projetos/200anos/januarioCunha.html>. Acesso em: 
26 fev. 2021. 
Personagens da Biblioteca Nacional: Januário da Cunha Barbosa. Biblioteca 
Nacional. Disponível em: 
<https://www.bn.gov.br/acontece/noticias/2020/06/personagens-biblioteca-
nacional-januario-cunha-barbosa>. Acesso em: 26 fev. 2021. 
RAINER GONÇALVES SOUSA. A criação do Instituto Histórico Geográfico 
Brasileiro. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiab/a-criacao-
instituto-historico-geografico-brasileiro.htm>. Acesso em: 26 fev. 2021.

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