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Patrimônio

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25
Lição 3 - O Patrimônio
Ao se falar dos componentes básicos da Contabilidade, deve-se mencionar 
o patrimônio das pessoas, físicas ou jurídicas.
Patrimônio é o conjunto de bens materiais e imateriais, direitos e obriga-
ções avaliáveis em moeda e vinculadas à entidade pela propriedade, posse 
ou controle, dos quais se possa dispor no desenvolvimento dos seus negó-
cios.
Por ter o patrimônio a função de externar riquezas, é necessário ter uma 
base econômica de mensuração, e esta base é o dinheiro.
Um item só poderá compor o patrimônio se for mensurável em dinheiro; 
não o sendo, deixa de integrar o patrimônio até que tenha prova cabal de 
sua base monetária, sendo que um item será mensurável em dinheiro desde 
que se veja utilidade dele. Por exemplo: uma pedra não era item patrimonial 
até que se viu a sua utilidade para fazer pisos, passando a ser mensurável 
em dinheiro.
1. Composição e Classificação do Patrimônio
Uma entidade seja ela pessoa física1 ou pessoa jurídica2, com ou sem fins lucra-
tivos, precisa satisfazer necessidades de ordem econômico-financeira, como 
compra de insumos para produção, máquinas e equipamentos. E, quando 
seus recursos próprios não são suficientes, necessitam efetuar empréstimos 
para obtenção desses recursos junto às instituições financeiras (Bancos Co-
merciais e de Financiamento, Privados e Estatais) e, como garantia dos re-
cursos monetários conseguidos, apresentam como garantia seu patrimônio.
O termo patrimônio significa, num primeiro instante, o conjunto de bens per-
tencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se também dos valores a 
receber ou dinheiro a receber. Em Contabilidade esses valores são identifica-
dos como direitos a receber ou simplesmente direito.
1. Pessoa Física
É o homem em si, a pessoa natural, o cidadão, cada um de nós.
2. Pessoa Jurídica
É a empresa, a entidade, a firma individual ou a sociedade formada por pessoas físicas ou por 
pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos.
26
Patrimônio é o conjunto de bens materiais e imateriais, direitos e obrigações 
avaliáveis em moeda, vinculados à entidade pela propriedade, posse ou con-
trole, dos quais a mesma pessoa possa dispor no desenvolvimento dos seus 
negócios.
É um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma ou mais 
pessoas físicas ou a uma pessoa jurídica, utilizado na atividade econômica ou 
social, com finalidade lucrativa ou não.
PATRIMÔNIO
Bens
Direitos
Obrigações
O patrimônio não é objeto de estudo exclusivo da Contabilidade, mas é tam-
bém objeto de estudo de outras ciências, como o Direito, que estuda as rela-
ções jurídicas a ele relacionadas, e a Economia, que estuda a maximização de 
sua utilização – já que os recursos sempre serão escassos e as necessidades de 
consumo sempre serão infinitas.
Nos relacionamentos comerciais, por exemplo, quando está em análise a con-
cessão de crédito, o patrimônio da parte requerente deverá ser analisado e 
avaliado quanto a sua veracidade, autenticidade e valores representados. 
A Contabilidade busca, primordialmente, apreender, no sentido mais amplo 
possível, e entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, tendo em mira 
muitas vezes uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tan-
to podem decorrer da ação do homem, quanto, embora quase sempre secun-
dariamente, dos efeitos da natureza sobre o Patrimônio.
Do ponto de vista contábil, o Patrimônio pode ser visto por dois aspectos:
• Aspecto Qualitativo
• Aspecto Quantitativo
Por aspecto qualitativo do Patrimônio, entende-se a natureza dos elementos 
que o compõem. Bens econômicos heterogêneos, como máquinas, edifica-
ções, dinheiro, valores a pagar, valores a receber, estoque, entre outros bens.
27
PATRIMÔNIO
Bens
Direitos
Obrigações
Aspectos Qualitativos
PATRIMÔNIO 
Bens
•Dinheiro em caixa
•Móveis
•Veículos
Direitos
•Duplicatas a receber
•Aluguéis a receber
Obrigações 
•Duplicatas a pagar
•Impostos a pagar 
O aspecto quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais 
em valores, o que demanda que a Contabilidade assuma posição sobre o que 
seja “valor”. Por isso os conceitos sobre a matéria são extremamente variados, 
mas que são representados pela diferença aritmética entre os bens e direitos 
e as obrigações, pelo prisma econômico-financeiro.
PATRIMÔNIO
Bens
Direitos
Obrigações
Aspectos Qualitativos
PATRIMÔNIO 
Bens
•Dinheiro em caixa 10.000,00
•Móveis 15.000,00
•Veículos 50.000,00
Direitos
•Duplicatas a receber 8.000,00
•Aluguéis a receber 5.000,00
Obrigações 
•Duplicatas a pagar 20.000,00
•Impostos a pagar 5.000,00
Patrimônio é o conjunto de bens avaliados em moeda corrente.
Pode-se dizer que o patrimônio de determinada entidade é de R$ 30.000,00, 
sem que seja especificada a qualidade dos componentes.
28
Os bens e os direitos representam a parte favorável (positiva) do patrimônio, 
e as obrigações, a parte desfavorável (negativa).
São os componentes patrimoniais:
Patrimônio de uma pessoa física ou jurídica 
Parte positiva
- Bens 
- Direitos
 (a receber)
Parte negativa
- Obrigações 
 (a serem pagas)
Bens + Direitos Obrigações exigíveis 
Bens
- Dinheiro
- Mercadoria em estoque
- Veículos
- Imóveis
- Marcas e patentes
- Ferramentas 
Direitos
- Depósito em bancos
- Duplicatas a receber
- Aluguéis a receber
Obrigações 
- Empréstimos a pagar
- Salários a pagar
- Fornecedores
- Contas a pagar
- Impostos a pagar
- Encargos sociais a pagar
2. Bens
É o conjunto das coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades das pes-
soas e das entidades.
BEM é aquilo que é seu e está em seu poder.
Em seu conceito econômico, é qualquer coisa suscetível de avaliação mone-
tária e que tenha a qualidade de satisfazer a uma necessidade humana. 
Em seu conceito contábil, são elementos materiais e imateriais, à disposição 
de uma entidade, que concorrem para que ela alcance seus objetivos.
O conceito de bens, do ponto de vista contábil, distinguiu-se do consagrado 
na Economia, pois a Contabilidade não considera os bens isoladamente, mas 
sim o conjunto de bens que formam o patrimônio da entidade.
Os bens, quanto à disposição, são classificados como:
Bens Próprios – são os que pertencem à entidade, distinguindo na Contabi-
lidade os que estão em poder da mesma (entidade) daqueles que estão em 
poder de terceiros (que dão origem aos créditos).
29
Bens de Terceiros – são os bens recebidos de terceiros com obrigação de fu-
turamente serem devolvidos ou pagos, ou seja, constituem as dívidas (bens 
adquiridos a prazo).
Os bens devem ter valor de uso, troca ou consumo. Existem dois tipos de bens: 
tangíveis e intangíveis.
2.1 Bens Tangíveis ou Materiais
São os que possuem forma física, são palpáveis, possuem consistência corpó-
rea. Exemplos: veículos, imóveis, máquinas, móveis e utensílios.
Dividem-se em:
• Bens Numerários
• Bens de Venda
• Bens Fixos ou Imobilizados
• Bens de Renda
• Bens de Consumo
A discrição de cada um dos tipos de bens:
Bens Numerários: proporcionam liquidez imediata às entidades, isto é, são 
ou transformam-se rapidamente em “dinheiro”: caixa, bancos, aplicações fi-
nanceiras de liquidez imediata; 
Bens de Venda: são os bens adquiridos pela entidade para serem revendidos 
e que atendem ao objeto social da entidade. O exemplo tradicional está ligado 
aos Estoques;
Bens Fixos ou Imobilizados: são os bens duráveis, com vida útil superior a um 
ano, e utilizáveis na atividade operacional da entidade. Exemplos: Imóveis, 
Veículos, Máquinas, Móveis e Utensílios;
Bens de Renda: são os bens utilizados apenas para a obtenção de renda e, 
portanto, não se destinam a atender os objetivos da entidade. No comércio 
comprar e vender mercadorias; numa indústria, transformar insumos em 
produtos e vendê-lo. Outros exemplos são Ações de outras empresas, Obras 
de Arte;
Bens de Consumo: são os bens duráveis gastos ou consumidos nas ativida-
des normais da entidade. Depois de consumidos representam despesas. Por 
exemplo: material de escritório; combustíveis,materiais de limpeza.
Os bens também se classificam como: BENS MÓVEIS e BENS IMÓVEIS.
30
Bens de Uso Bens de Consumo Bens de Renda
Móveis (cadeira, Mesa) Clips Dinheiro
Máquinas e 
Equipamentos 
(computador, Bebedouro 
Elétrico)
Caneta, Lápis, Borracha, 
Papel Sulfite, Caderno
Calçado para Venda
Veículos
Açúcar, Café, Copo 
Descartável
Veículos para Venda
Balcões Material de Limpeza Roupas para Venda
Telefones Papel para Embalagem Telefones para Venda
Relógio de Ponto
Uniforme para os 
Funcionários
Papel Sulfite para Venda
Bens Móveis: são aqueles que podem ser removidos de seu local e ter utilida-
de flexível. Exemplo: mercadorias; máquinas; veículos, entre outros;
Bens Imóveis: têm natureza fixa, estão vinculados ao solo, não podendo ser 
deslocados de seu local de origem. Exemplos: edifícios, terrenos, entre outros.
2.2 Bens Intangíveis ou Imateriais
São bens incorpóreos caracterizados por gastos essenciais à operacionaliza-
ção das entidades e cujo montante se torna direito de propriedade por natu-
reza.
São os bens que embora de existência intangível, têm o reconhecimento da 
ordem jurídica, tendo para a entidade valor econômico.
Sua principal característica é sua inexistência como “coisa”, ou seja, não pos-
suem corpo nem matéria.
Bens Intangíveis ou Imateriais são elementos que visam a geração contínua e 
sempre crescente de benefícios.
Existem dois tipos de Bens intangíveis: os identificáveis – para os quais se po-
dem dar um nome:
 Marca;
 Patente;
 Ponto Comercial;
 Software.
31
Marca: construída ao longo do tempo, que agrega valor à entidade, relacio-
nada à credibilidade, confiança, qualidade, apesar de ainda tratadas como 
elementos exclusivos do marketing e da propaganda, ainda que sejam funda-
mentais para os negócios;
Patente: registro de método, processo, fórmula, que contabilmente estará 
representada pelos recursos despendidos no desenvolvimento do método/
produto;
Ponto Comercial: valor composto pelos relacionamentos da entidade com os 
agentes envolvidos com a entidade – internos e externos;
Software: tipo de produto desenvolvido e que contabilmente está represen-
tado por valores inferiores ao real valor de mercado do produto.
E os não identificáveis – cujo exemplo mais representativo é o Goodwill3 , que 
contempla, entre outros, os ativos humanos, pois quando uma entidade utili-
za recursos humanos, através da prestação de serviços que envolvam esforço 
intelectual com o objetivo de obtenção de benefícios futuros, tais recursos 
podem e devem ser classificados como Bens Intangíveis.
Algumas classificações para o Goodwill:
Goodwill Comercial – decorrente de serviços colaterais como equipe cortês 
de vendedores, entregas convenientes, facilidade de crédito, dependências 
apropriadas para serviço de manutenção; qualidade do produto em relação 
ao preço; atitude e hábito do consumidor como fruto de nome comercial e 
marca tornados proeminentes em função de propaganda persistente; loca-
lização da firma;
Goodwill Industrial – decorrente de altos salários, baixo turnover de empre-
gados, oportunidades internas satisfatórias para acesso às posições hierár-
quicas superiores, serviço médico, sistema de segurança adequado, desde 
que tais fatores contribuam para a boa imagem da empresa e também para 
a redução do custo unitário de produção devido à eficiência de uma força de 
trabalho operando nessas condições.
Goodwill Financeiro – derivado da atitude de investidores e de fontes de fi-
nanciamento e de crédito em função da empresa possuir sólida situação para 
cumprir suas obrigações e manter sua imagem ou, ainda, obter recursos fi-
nanceiros que lhe permitam aquisições de matéria-prima ou mercadorias 
em melhores termos e preços.
Goodwill Político – em decorrência de boas relações com o Governo.
3. Goodwill
Palavra da língua inglesa que não tem tradução para o português, que representa todos os 
valores intangíveis relacionados aos empreendimentos, entre eles o Conhecimento.
32
O conjunto dos Bens e Direitos que as pessoas possuem: Pessoas Físicas e as 
Pessoas Jurídicas. 
Representam parte favorável do Patrimônio.
3. Direitos
São todos os valores que uma empresa ou um indivíduo tem a receber de 
terceiros e que se encontram em poder de terceiros, ou seja, são créditos a 
receber de terceiros.
Podem ser considerados reais quando atribuem prerrogativas sobre um bem, 
como o Direito à Propriedade, ou obrigacionais, quando atribuem a alguém a 
faculdade de exigir de terceiros, determinada prestação de cunho econômico, 
como o direito de exigir o pagamento de uma promissória.
Como exemplo:
Clientes (duplicatas a receber), Cheques a Receber, Notas Promissórias a Re-
ceber, Impostos a Recuperar entre outros
DIREITO é aquilo que é seu e está em poder de terceiros.
Em relação às entidades, o direito mais comum decorre das vendas a prazo, 
ou seja, quando se vendem mercadorias a outras entidades ou pessoas, o pa-
gamento não é efetuado no ato, mas no futuro: a entidade vendedora emite 
um documento comprobatório e de cobrança.
Exemplo em que um mesmo ITEM é classificado de maneira diferente, de 
acordo com a situação que se apresenta.
DINHEIRO: É um Bem que a entidade/empresa possui quando os valores es-
tão depositados em seu Caixa. O Dinheiro está em poder.
A partir do momento em que o dinheiro é depositado em uma Conta Bancá-
ria, passa a ser um Direito. O dinheiro está em poder de terceiros. É da enti-
dade/empresa, porém, ela terá que buscá-lo no Banco.
BANCO C/ MOVIMENTO: O dinheiro da entidade foi depositado em uma 
Conta Bancária. 
A partir deste momento, ele deixa de ser um Bem, e passa a ser um Direito.
A entidade passa a ser credora do Banco, podendo a qualquer momento exi-
gir o resgate.
Representam parte favorável do Patrimônio.
33
4. Obrigações
4.1 Obrigações Tangíveis
São todos os valores que a empresa ou o indivíduo tem a pagar a terceiros, 
em decorrência de dívidas ou compromissos assumidos perante terceiros de 
qualquer natureza ou espécie.
Exemplos: Fornecedores, Contas a Pagar, Impostos a Pagar, Salários a Pagar, 
entre outros.
Uma obrigação exigível bastante comum nas entidades é a compra de pro-
dutos, peças e insumos a prazo. Ao comprar a prazo a entidade fica devendo 
para o Fornecedor.
Por essa razão, essa obrigação é conhecida como FORNECEDORES.
As Obrigações com terceiros são denominadas Obrigações Exigíveis, isto é, 
compromissos que serão reclamados, exigidos: devem ser honrados e pagos 
na data do vencimento.
Exemplo:
Em caso de um Empréstimo Bancário, a empresa ou o indivíduo fica devendo 
ao Banco (empréstimo a pagar). Se a dívida não for liquidada na data do ven-
cimento, o Banco exigirá o pagamento.
Exemplos de elementos que representam Obrigações Exigíveis:
Elementos Expressão
Fornecedores
Contas
Aluguéis
Salários
Impostos
––
a Pagar
a Pagar
a Pagar
a Pagar
Significam os recursos captados no mercado.
Obrigação da entidade são aquelas que exigiam a entrega de Ativos ou Presta-
ção de Serviços em um momento futuro, em decorrência de transações pas-
sadas ou presentes.
Entendem-se como as dívidas ou obrigações para com terceiros a serem qui-
tadas, em momentos futuros, com a entrega de Ativos ou Prestação de Servi-
ços.
Obrigação é o resultado econômico a ser sacrificado no futuro em função de 
dívida e / ou obrigações contraídas perante terceiros. 
34
As Obrigações podem ser classificadas em:
- Obrigações de Funcionamento;
- Obrigações de Financiamento.
Obrigações de Funcionamento: são os recursos de terceiros originados para 
o funcionamento normal da entidade, nos quais não há cobrança explicita de 
juros.
Tais recursos podem ser:
- Fornecedores;
- Salários a Pagar;
- Impostos a Recolher.
Obrigações de Financiamento: são os recursos onerosos, as exigibilidades de 
curto e longo prazo, que servem tanto para o funcionamento normal da enti-
dade, como para ampliação e desenvolvimento.
Tais recursos podem ser:
- Empréstimos;
- Financiamentos.
Em se tratandode valores as Obrigações são normalmente conhecidos ou 
previamente estabelecidos, são as conhecidas como Obrigações Tangíveis, 
oriundos de um relacionamento comercial comum a todas as entidades ou 
indivíduos.
Representam parte desfavorável do Patrimônio.
4.2 Obrigações Intangíveis
Em algumas ocasiões, a incerteza quanto aos eventos envolvidos pode reque-
re dois tratamentos distintos:
- a estimativa do valor da obrigação;
- a omissão no grupo do Passivo.
Quando não houver elementos confiáveis para estimar seu valor, mas com 
ampla evidenciação em Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis, no 
que se refere à natureza e à razão que impede tal estimativa.
A não evidenciação de uma Obrigação, mesmo existindo a perspectiva dela 
se realizar, apesar de não ser mensurável, não desobriga a instituição de tal 
obrigação.
Essas Obrigações são conhecidas como Obrigações Intangíveis.
Podem ser gerados envolvendo aspectos Sociais e Ambientais e, que estão 
sempre intimamente ligados
35
As Obrigações Intangíveis são obrigações contraídas pela empresa em práti-
cas operacionais e comerciais usuais, às quais não estão vinculadas à aquisi-
ção de bens e serviços e oriundas de atos ou fatos abstratos que dificultam a 
mensuração e o reconhecimento da obrigação.
A verdadeira Obrigação Oculta ou Intangível é aquela cuja omissão de regis-
tro não ocorre deliberadamente, é resultante de práticas comuns que não 
costumam reconhecer a responsabilidade por serviços ou produtos de má 
qualidade, os malefícios que seus produtos podem provocar aos seus usuá-
rios ou ainda a degradação ao ambiente decorrente de seus processos de 
produção.
As instituições operam e estão sujeitas a gerarem Obrigações Intangíveis, 
através de atos de negligência, ou por ações involuntárias às quais se atribui 
as seguintes definições:
Atos de Negligência: ações operacionais ou éticas as quais os gestores pos-
suem conhecimento que estão levando a efeito procedimentos que podem 
ocasionar acidentes, deterioração ambiental ou de saúde, no entanto conti-
nuam operando dessa forma e contando que tais anormalidades não ocor-
ram ou passem desapercebidas;
Ações Involuntárias: ações para as quais não se tem gerência, passíveis de 
ocorrência independente da vontade dos gestores. Por mais que uma insti-
tuição possua controle de sua operação é impossível evitar ocorrências não 
planejadas;
Obrigações Operacionais: ausência de manutenção de equipamentos de 
prestação de serviços, treinamento inadequado de operadores, ausência de 
manutenção das instalações de prestação de serviços, estocagem inadequada 
ou com prazo de validade vencida de produtos oferecidos ao consumo, qua-
lidade da informação passada ao consumidor, não utilização de métodos que 
evitem doenças profissionais;
Obrigações de Consumo: utilização de materiais inadequados, utilização de 
componentes nocivos por ausência de testes, falhas de montagem, falhas de 
manipulação, falhas de acondicionamento, publicidade enganosa, apresenta-
ção insuficiente, apresentação inadequada;
Obrigações Ambientais: ações negligentes que provoquem efeitos climáti-
cos, depleção da camada de ozônio, chuva ácida, qualidade do ar, danos ad-
vindos de metais pesados, odores resultantes de resíduos orgânicos voláteis, 
poluição sonora, gerenciamento do lixo dos resíduos de conteúdo tóxico, va-
zamentos poluidores, efeitos antiecológicos, qualidade da água;
Obrigações Éticas: fabricação de produtos nocivos como tabaco, álcool ou 
produtos compostos de drogas com efeitos colaterais comprovados.
36
As ações involuntárias decorrem de acidentes normais de operação, causa-
dos por ações da natureza ou terceiros ou situações não deliberadas, para as 
quais a empresa não possui um gerenciamento, na medida em que ocorrem 
pelo simples fato da instituição estar operando e sujeita à falhas propositais, 
ou por desconhecer o mal causado pelo uso de seu produto ou serviço.
A determinação se uma ação empresarial é oriunda de negligência ou não é ma-
téria de Direito, cabendo à Contabilidade o registro do fato e demonstração dos 
efeitos econômicos e financeiros.
Representam parte desfavorável do Patrimônio.
5. Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido é constituído pelas Obrigações Não Exigíveis.
É o Capital próprio da entidade, os recursos que os sócios aplicaram no negó-
cio e, que não serão pagos, mas remunerados.
Os Sócios ou Acionistas não terão seu Capital pago, mas remunerado, com o 
resultado favorável (lucro) das atividades desenvolvidas.
Compõem os recursos próprios incorporados pelos sócios/proprietários.
O investimento inicial dos proprietários (a primeira aplicação) é denomina-
do, contabilmente, Capital Social.
Capital Social: designação genérica que representa o investimento inicial efetua-
do pelos sócios em uma entidade, para beneficiar-se dos lucros ou onerar-se com 
eventuais prejuízos.
Aspectos do termo CAPITAL SOCIAL:
Capital Autorizado: diz respeito à autorização dada pelo Estatuto Social da 
entidade (art. 168, da Lei n°. 6.404/76(1)). Permite o aumento do Capital inde-
pendentemente da reforma estatutária;
Capital Subscrito: é a parcela do Capital Autorizado que encontra colocação, 
ou seja, encontrou quem se comprometesse a entregá-lo à entidade na qua-
lidade de sócio;
Capital Não Subscrito: corresponde à parcela do Capital Autorizado que não 
foi colocado em circulação, ou seja, é a diferença entre o Capital Autorizado e 
o Capital Subscrito;
Capital Integralizado: é o valor efetivamente entregue pelos sócios para 
cumprimento total ou parcial da obrigação assumida quando da subscrição;
37
Capital a Integralizar: corresponde à parte da obrigação ainda não cumprida 
pelos sócios, ou seja, é a diferença entre o Capital Subscrito e o Capital Inte-
gralizado.
A figura a seguir demonstra visualmente os aspectos do Capital Social: 
CAPITAL AUTORIZADO
(-) Capital não Subscrito
(=) Capital Subscrito
(-) Capital a Integralizar
(=) Capital Integralizado
15.000
(5.000)
10.000
(3.000)
7.000
Se ocorrerem outras aplicações por parte dos proprietários, estará ocorrendo 
acréscimo ao Capital Social.
Capital Próprio: é a diferença entre a somatória dos Bens e Direitos menos as 
Obrigações com Terceiros e, subdividem-se em dois grupos, de acordo com 
sua origem:
- Capital de Formação; e
- Capital de Derivação.
Capital de Formação: é constituído pelas cotas ou ações do Capital, forneci-
das pelos sócios ou titular da entidade.
É o próprio Capital da entidade. Ao constituir-se uma entidade, o Capital re-
presenta o valor de que se dispõe para o início da exploração de determinada 
atividade.
É a fonte da formação do Patrimônio.
Essa fonte pode ser aumentada de acordo com a disposição dos sócios em 
elevarem sua contribuição para o Capital da entidade
Capital de Derivação: é constituído pelos Lucros ou pelas Reservas formadas 
pela própria atividade da empresa. Deriva dos Capitais de Formação, pois es-
tes pela sua própria finalidade geram lucros que se constituirão em Capitais 
Próprios.
Tais lucros podem vir a fazer parte dos Capitais de Formação, desde que se al-
terem os atos constitutivos da entidade, alterando-se o valor do Capital Social, 
com Lucros e/ou Reservas.
O Patrimônio Líquido não é só acrescido com novos investimentos dos pro-
prietários, mas também, isto é mais comum, com os rendimentos resultantes 
do capital aplicado. Esse rendimento é denominado Lucro.
O lucro resultante da atividade da instituição, obviamente, pertence aos só-
cios/proprietários (e/ou à instituição) que investiram na instituição (remune-
ração ao capital investido).
38
Do lucro obtido em determinado período, pela atividade empresarial, nor-
malmente uma parte é distribuída para os donos do capital (dividendos) e ou-
tra parte é reinvestida no negócio, isto é, fica retida (acumulada) na empresa.
A parte do lucro acumulado (retido) é adicionada ao Patrimônio Líquido. Des-
sa forma as aplicações dos sócios/proprietários vão crescendo.
A somatória das obrigaçõescom terceiros (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS) e as obri-
gações com sócios / proprietários (OBRIGAÇÕES NÃO EXIGÍVEIS) compõe as 
OBRIGAÇÕES TOTAIS da entidade.
6. Representação Gráfica do Patrimônio
Para tornar mais fácil o entendimento do que é o Patrimônio (ponto de par-
tida para se entender todo o mecanismo que envolve o processo contábil), 
vamos representá-lo por meio de um gráfico em forma de “T”.
Patrimônio
O “T” tem dois lados. No lado esquerdo, colocamos os bens e direitos: 
Patrimônio
Bens e
Direitos
No lado direito, colocamos as obrigações: 
Patrimônio
Obrigações
Então, a representação gráfica do Patrimônio fica assim: 
Patrimônio
Bens e
Direitos
Obrigações
39
E, com a identificação desses Bens, Direitos e Obrigações:
Patrimônio
Elementos Positivos Elementos Negativos
Bens
- Dinheiro em Caixa
- Móveis
- Veículos
Direitos
- Duplicatas a Receber
- Aluguéis a Receber
Obrigações
- Duplicatas a Pagar
- Impostos a Pagar
E, com a classificação dos Bens e Direitos, os elementos favoráveis do Patri-
mônio, como componentes do ATIVO.
Além, da identificação das obrigações, os elementos desfavoráveis do Patri-
mônio, como componentes do PASSIVO.
Patrimônio
Ativo Passivo
Bens
- Dinheiro em Caixa
- Móveis
- Veículos
Direitos
- Duplicatas a Receber
- Aluguéis a Receber
Obrigações
- Duplicatas a Pagar
- Impostos a Pagar
6.1 Características das Obrigações
Existem dois grupos de Obrigações: Obrigações Exigíveis e Obrigações Não 
Exigíveis.
 ► 6.1.1 Obrigações Exigíveis
São as obrigações com terceiros, que nos seus vencimentos devem ser honra-
das/ pagas pelas empresas.
Compõem o PASSIVO.
Exemplos: Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar entre outros.
 ► 6.1.2 Obrigações Não Exigíveis
São os obrigações com os sócios/proprietários das empresas, que não serão 
pagas, mas remuneradas com o resultado das operações.
Compõem o PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
40
Exemplos: Capital Social, Reservas de Lucros, Prejuízos Acumulados entre 
outros.
7. Equação Básica da Contabilidade ou do Patrimônio Líquido
A Estrutura Básica do Patrimônio ou a Equação Básica Contábil resulta em 
três situações:
- Situação Líquida Ativa ou Positiva;
- Situação Líquida Negativa;
- Situação Líquida Nula.
O Patrimônio das entidades é composto pela somatória dos Bens e Direitos 
(ATIVO), confrontados pelas Obrigações com Terceiros (PASSIVO) e Obriga-
ções com Sócios ou Proprietários (PATRIMÔNIO LÍQUIDO).
Ativo Passivo
Bens e
Direitos
Obrigações com
Terceiros
Patrimônio Líquido
Obrigações com
Sócios ou Proprietários
A confrontação entre os Bens e Direitos e as Obrigações demonstram o equi-
líbrio Patrimonial, graficamente apresentando como o Balanço Patrimonial.
BENS E DIREITOS = OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS + OBRIGAÇÕES NÃO EXIGÍVEIS
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A Equação Básica ou Equação Fundamental do Patrimônio é uma função da 
teoria de controle predominante.
É conhecida como a Teoria do Proprietário pois aplica-se a entidades em que 
existe a predominância de um sócio ou quotista e é demonstrada da seguinte 
forma:
ATIVO - PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
É aplicável principalmente às sociedades por ações e outras empresas cujo 
Capital está diluído por vários acionistas, a Teoria da Entidade, pois nesses 
tipos de empresas não existe um controle predominante por parte de deter-
minado acionista ou quotista.
A representação quantitativa do Patrimônio Líquido pertence à entidade, 
pois o acionista não pode dispor sumariamente do Lucro e sequer retirar-se 
da sociedade a qualquer momento, levando sua parcela do Patrimônio.
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ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido de uma entidade, de forma simplificada, é caracteriza-
do pela diferença algébrica entre Ativo (Bens e Direitos) e o Passivo (Obriga-
ções com Terceiros).
O Capital Social, as Reservas de Capital, os Lucros ou Prejuízos Acumulados 
são os componentes do Patrimônio Líquido.
Ativo = A
Passivo = P
Patrimônio Líquido = PL
A = P + PL ou A - P = PL
Dentro do pressuposto de que o Patrimônio Líquido é representado pelo Ca-
pital aplicado pelos sócios na entidade e a remuneração desse Capital, temos 
três situações em que se apresenta a situação desse Patrimônio Líquido.
7.1 Situação Líquida Ativa ou Positiva
Ocorre quando o valor do Ativo for superior ao do Passivo. Significa que o 
Capital Social estará sendo remunerado, pois o resultado das atividades ope-
racionais foram favoráveis e geraram LUCRO:
A > P = + PL
7.2 Situação Líquida Negativa
Ocorre quando o valor do Ativo for inferior ao do Passivo. Significa que o Ca-
pital Social não estará sendo remunerado, mas estará diminuindo, pois o re-
sultado das atividades operacionais foram desfavoráveis e geraram PREJUÍ-
ZO. É o que se conhece como Passivo a descoberto, pois a somatória dos Bens 
e Direitos da entidade não é suficiente para honrar todas suas Obrigações 
com Terceiros:
A < P = - PL
7.3 Situação Líquida Nula
Ocorre quando os valores do Ativo e do Passivo forem exatamente iguais, ou 
seja, o valor do Patrimônio Líquido será igual a zero:
A = P PL Nulo

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