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1 Isabelle Natali de Souza Lima - D85BEI3 RELATORIO DO CURSO DE PERICIA CRIMINAL CAMPINAS – SP 2 Isabelle Natali de Souza Lima - D85BEI3 RELATORIO DO CURSO DE PERICIA CRIMINAL Trabalho referente á matéria de Estagio em Analises Farmacêuticas Básicas. Nota: Prof.Drª WÂnia Vianna 3 4 SUMARIO 1.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5 1.2. Áreas da Perícia Criminal ......................................................................................5 1.3. Elementos da Cena do Crime ....................................................................................5 1.4. Tipos de Prova ..........................................................................................................6 1.5. Tipos de Crimes ........................................................................................................7 1.6. Exame de Corpo de Delito .....................................................................................8 2.0. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 8 2.1. Hematologia Forense...........................................................................................8 2.2. Tipos de Manchas de Sangue .........................................................................10 2.3. Traumatologia Forense .....................................................................................10 2.4. Tanatologia Forense ..........................................................................................12 2.5. Entomologia Forence ........................................................................................12 2.6. Antropologia Forense ........................................................................................13 2.7. Genética Forense ................................................................................................14 3.0. CONCLUSAO ......................................................................................................................16 5 1.1 INTRODUÇÃO A perícia criminal é atividade típica de Estado, desenvolvida por um técnico-científico, prevista no Código de Processo Penal, que visa a analisar vestígios, sendo indispensável para elucidação de crimes. A atividade é exercida pelo perito oficial, responsável pela produção da prova material, consubstanciada em laudo pericial, após a devida identificação, coleta, processamento e correta interpretação dos vestígios dentro dos limites estabelecidos pela ciência Os peritos criminais desenvolvem suas atribuições motivados por requisições provenientes de autoridades competentes, no interesse de procedimentos pré-processuais (inquéritos policiais) e processuais (processos judiciais) de natureza criminal, cabendo-lhes as mesmas suspeições dos juízes. 1.2. Áreas da Perícia Criminal Criminalística: Estudo dos vestígios extrínsecos do corpo, da vítima ou do criminoso. Medicina Legal: Estudo dos vestígios intrínsecos do corpo, da vítima ou do criminoso. O perito pode atuar nos seguintes locais: Perito in loco – Profissional que atua na cena do crime, coletando amostras, reproduzindo o ato ilícito (vestígios extrínsecos. Os Peritos devem ter porte de arma, ter autoridade para isolar a área, se o agente policial não o fizer, tendo autorização para adentrar na área isolada, devem atuar em pelo menos 2 agentes (vide mudança na legislação). Perito laboratorial - Profissional que atua na análise das amostras (vestígios extrínsecos). Médico Legista – Profissional que atua na avaliação e coleta de elementos dentro do corpo da vítima ou do criminoso (vestígios intrínsecos). 1.3. Elementos da Cena do Crime 2. Agente Ativo: (Criminoso) Autor do ato ilícito que viole o ordenamento jurídico ou direito e cause dano. 6 3. Agente Passivo: (Vítima) Sujeito que sofreu danos físicos ou consequências com o ato ilícito. 4. Agente Lesivo: Instrumento ou Meio utilizado para promover lesão. 5. Elemento Subjetivo: Determina dolo ou culpa sendo classifica o crime em culposo ou doloso. 6. Causa: Quando tem uma intuição de alguma situação para a ação. 7. Concausa: Quando tem uma intuição “sem danos” mas acaba acontecendo uma ação, ou seja é uma conseqüência. 8. Vestígio: (Dado bruto) qualquer elemento encontrado na cena do crime, tendo ele relação ou não relação com o ato ilícito. OBSERVAÇÃO: Se for comprovada a relação do vestígio com o crime, o vestígio torna- se um indício. 9. Indício: (Dado analisado) elemento da cena do crime, tendo relação com o ato ilícito comprovadamente. 10. Evidência: Qualquer material, objeto ou informação que esteja relacionado com a ocorrência do fato ou seja o vestígio que após analisado pelo perito se mostra diretamente relacionado com o caso. 1.4. Tipos de Prova Prova significa verificação, inspeção, exame, confirmação, reconhecimento por experiência, experimentação, revisão, comprovação, confronto. Esses meios utilizados devem ser idôneos e o destinatário da prova deve ser sempre o juiz. A perícia é responsável por detectar e analisar os elementos da prova, sendo posteriormente É possível fazer a classificação das provas como: 1. Testemunhal: Como relatos e acareações. 2. Documental: Escrituras públicas, cartas, etc. 3. Material: Exames laboratoriais, análise da arma do crime, exame de corpo de delito, entre outros. 7 1.5. Tipos de Crimes Crime por Ação Exemplo: a lesão corporal, prevista no art. 129 do Código Penal,que ocorre quando o agressor ofende a integridade corporal ou a saúde de alguém. Crime por Omissão Exemplo: a omissão de socorro, prevista no art. 135 do Código Penal, ocorre quando a pessoa deixa de prestar assistência, quando é possível fazê-lo sem risco pessoal. Crime Simples: Básico, fundamental, que contém os elementos mínimos e determina seu conteúdo subjetivo sem qualquer circunstância que aumente ou diminua sua gravidade. Há homicídio simples (art.121), furto simples (art. 155), etc. Uma única infração penal. Crime Qualificado: É aquele em que ao tipo simples, a lei acrescenta circunstância que agrava a sua natureza, elevando os limites da pena. Não surge a formação de um novo tipo penal. Art. 121, §2°. Se o homicídio é cometido: I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe. II – por motivo fútil. Crime de Mera Conduta: São crimes simplórios, como no caso de contravenções penais, como: porte de arma branca, omissão de socorro ou até abandono intelectual. Exclusão as arma de fogo: faca, machado, martelo, serrote, punhais, etc. Crime Vago: São aqueles em que o sujeito passivo é uma coletividade destituída de personalidade jurídica, como a família, amigos. Exemplos são encontrados no impedimento ou perturbação de cerimônia funerária (art. 209), violação de sepultura (art. 210). Crime Hediondo: Tais crimes que, pela sua natureza ou pela forma de execução, se mostram repugnantes, causando clamor público e repulsa. Latrocínio (art.157), extorsão qualificada pela morte (art. 158). Crime Preterdoloso: Tais crimes caracterizam-se quando o agentepratica uma conduta dolosa, menos grave, porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido, na forma culposa. 8 1.6. Exame de Corpo de Delito Exame de corpo de delito é constituído por todos os elementos materiais do ato ilícito, inclusive os meios ou instrumentos utilizados pelo criminoso. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 1. Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais. 2. Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais. Antes de iniciar as análises o Perito Criminal deve realizar: Levantamento fotográfico: Tirar fotos globais da cena logo ao chegar é recomendação baseada em fundamentos que podem esclarecer qual o estado da cena quando da chegada da perícia. A etapa fotográfica permeia todo o trabalho de análise da cena. Croqui: Consiste em realizar um desenho da cena de crime e registrar a posição dos vestígios no local de crime, de modo a contextualizá-los para futuras referências. 2.0. DESENVOLVIMENTO 2.1. Hematologia Forense Hematologia Forense são manchas de sangue, normalmente as manchas recentes são vermelhas e úmidas, passando de vermelho-castanho a castanho- escuro. As manchas que estejam bem secas apresentam aspecto fendilhado, com escamas brilhantes easpecto esverdeado. A identificação de sangue é feita em 3 etapas: Teste de Orientação: Descobre se é sangue determinada mancha. São 4 tipos: I. Teste de Adler : A reação é feita com base em água oxigenada e benzidina. Se for sangue, a mancha ficará azul. II. Teste de Amado Ferreira : É feito com benzidina e Ácido Acético. Se for sangue, a mancha ficará azul intenso. 9 III. Teste de Kastle-Meyer : É feito com fenolftaleína. Se for sangue, a mancha ficará rosa/vermelha. IV. Teste de Van-Deen: É feito com água oxigenada e guaiaco. Se positiva, pode ser sangue e fica azul-claro. 1- Teste de Certeza : Teste que confirmam a presença de componentes do sangue (em especial a hemoglobina) em determinada mancha. São 4 tipos: I. Espectroscopia : é o estudo da luz à medida que ela se divide em suas cores constituintes. II. Cristais de Teichmann : são cristais de cloridrato de hemina que se formam quando se trata a hemoglobina com ácido acético. Sangue=cristais marrom III. Cristais de Hemocromogênio : é um teste de Sensibilidade e Especificidade do Método de Takayama confirma a presença de sangue, cristais formados derivados dogrupo heme IV. Luminol : A reação do luminol com peróxido de hidrogênio em água necessita de um catalisador redox. No caso do teste para a presença de sangue, este catalisador é o íon do elemento ferro que está presente nos grupos ‘heme’ da hemoglobina. Ocorre a fluorescência, a eficácia do produto é tão grande que é possível a detecção de sangue mesmo que já tenham se passado seis anos da ocorrência do crime. A reação química produzida não afeta a cadeia de DNA, permitindo o reconhecimento dos criminosos ou das vítimas. 2- Identificação de sangue humano: Após a realização do Teste de orientação e Teste de Certeza, obtendo a confirmação que o material realmente é sangue, é preciso saber se o mesmo é sangue humano, para isso, podem ser feitos 2 testes, são eles: I. Teste Uhlenhuth: é uma prova que pode determinar se uma mostra de sangue. II. Teste de Coombs: é um tipo de exame de sangue que avalia a presença de anticorpos específicos que atacam as células vermelhas do sangue, provocando a sua destruição e podendo levar ao surgimento de um tipo de anemia conhecida como hemolítica. 10 2.2. Tipos de Manchas de Sangue A Forma da Mancha diz muito, través da sua forme, pode-se determinar a altura, o ângulo e a violência que o atingiu. - Queda livre: Horizontais ou Inclinadas. Horizontais: Gotas ou gotículas. Gotas: Circulares ou Estreladas. Estraladas: Simples com satélite. - Projeção (salpicos). - Derramamento. - Escorrimento. - Contato. - Limpamento. 2.3. Traumatologia Forense Traumatologia forense é um lesão corporal - Art. 129 do Código Penal, “Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrém...” Qualquer simples alteração causada à integridade corporal, seja de maneira culposa ou dolosa, na estrutura anatômica ou histológica de uma pessoa. Ausência de animus necandi (sem a intenção de matar). A Lesão Corporal pode ser classificada como: Lesão Corporal Leve: Aquela que ofende a integridade corporal ou a saúde, nada mais. Lesão Corporal Grave: Aquela que além de ofender a integridade corporal ou a saúde, incapacita para as atividades habituais por mais de 30 dias ou debilita seus membros, sentidos ou funções, acelera o parto ou traz perigo de vida. Lesão Corporal Gravíssima: Aquela que além de ofendera integridade corporal ou a saúde, incapacita permanentemente para o trabalho, causa enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro, sentido ou função, deformidade permanente, provoca aborto. Lesão Corporal seguida de Morte: Aquela que além de ofender a integridade corporal ou a saúde, resulta em morte, sem querer este resultado, nem assumir o risco de produzi-lo. 11 Qualificadora (agravante): Lesão corporal produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura por meio insidioso ou cruel. A Área forense que estuda os aspectos médico-jurídicos das lesões causadas pelos agentes lesivos, como : Agente Lesivo Mecânico (simples ou associado): Por contato e diretamente sobre a superfície. I. Punctória: Somente Pressão, sendo por prego, alfinete, agulha, furador de gelo, estilete, punhal. II. Incisa: Pressão e Deslizamento, sendo por navalha, bisturi, lâminas, caco de vidro, folha de papel, linha de cerol. III. Contusa: Choque, acompanhado ou não de deslizamento, sendo por martelo, marreta, caibro, cassetete, bastão, chão, pé, mão. Podendo se dar de duas formas diferentes como a Ativa que é quando o instrumento é projetado contra a vítima ou a Passiva que é quando a vítima vai ao encontro do objeto. Agente Lesivo Físico: São classificados como Instrumentos ou lesões produzidas por uma modalidade de ação capaz de modificar o estado físico dos corpos e de cujo resultado podem surgir ofensa corporal, dano à saúde ou morte. sendo por meios ou modificações, como : I. Meio Física: Energia térmica (frio, calor), energia elétrica (cósmica, artificial), pressão atmosférica, som. II. Meio Químico: Substância cáustica e veneno III. Meio Bioquímico: Inanição (falta de alimentação) IV. Meio Físico-químico (Mistos): Asfixia V. Temperatura Quente: 1 GRAU Eritema: Derme afetada, vermelhidão, edema. 2 GRAU Flictena: Bolhas, líquido rico em albuminas amarelo-claro 3 GRAU Escarificação: Formam manchas de cor castanha, ou cinza- amarelada, indicativas da morte da derme. 4 GRAU Carbonização do plano ósseo VI. Temperatura Fria: Hipotermia e Geladura. VII. Pressão Atmosférica: Ocorre durante a compressão causando perfuração timpânica, hemorragias ou durante a descompressão causando a embolia. 12 VIII. Eletricidade Natural: Agindo letalmente é uma fulminação, quando provoca apenas lesões corporais é uma fulguração, lesões com aspecto arboriforme é sinal de linchtemberg. Agente Lesivo Químico: É a lesão promovida por substâncias químicas que em contato com o organismo possuem ação desidratante, oxidante, fluidificante e coagulante. Podendo causar duas ações, como : I. Ação Externa: Substâncias Cáusticas (ácido e base); vitriolagem. II. Ação Interna: Envenenamento ou Intoxicação. Agente Lesivo Bioquímico: É uma inanição causadas por : I. INTOXICAÇÕES ALIMENTARES (Salmonelas, botulismo) II. INFECÇÕES - Acidentais - Culposas (negligência ou imperícia) - Dolosas (intencionais – EX:DSTs) 2.4. Tanatologia Forense É o ramo da Perícia Criminal que estuda morte e os fenômenos a ela relacionados. O exame realizado pela Tanatologia é a autópsia/necrópsia. Exame interno e externo de um corpo cadavérico cuja finalidade é: Identificar o corpo. Determinar a causa da morte – Causa Mortis. Determinar a causa jurídica da morte – A diagnóstico diferencial médico- legal (acidente, suicídio, homicídio ou morte de causa natural). Os fenômenos cadavéricos são divididos em: Fenômenos Abióticos Imediatos: Quando Antecedem a morte ou Consecutivos: Quando ocorrem logo após a morte . Fenômenos Transformativos Destrutivos: Quando a Decomposição é natural ou Conservadores: Quando a mecanismos de conservação. 2.5. Entomologia Forence A entomologia forense é a ciência que trata da aplicação do estudo do comportamento de insetos e outros artrópodes associados a um cadáver humano, a entomofauna encontrada no cadáver, se analisada, pode dar algumas importantes informações sobre: 13 - Identidade do cadáver Pode ser feita com a obtenção do sangue e dos tecidos do cadáver no interior dos insetos e posterior análise de DNA para identificação. - Causa da morte: Como a velocidade da decomposição é influenciada por alguns fatores como o local onde a pessoa morreu, pode-se descobrir se ela foi morta por afogamento, carbonização, envenenamento, entre outras coisas - Movimentação do corpo: Como a diversidade de insetos necrófagos é grande até mesmo dentro de uma mesma região, pode-se deduzir se o corpo foi movimentado. Isso é possível a partir da coleta e identificação dos insetos adultos, comparando-os com os que ainda estão imaturos. - Uso de toxinas ou drogas: As toxinas ou drogas que estiverem presentes no corpo em decomposição causam mudanças no desenvolvimento dos estágios da vida dos insetos que se alimentam da matéria orgânica. Essas substâncias também podem ser identificadas no organismo do inseto. A identificação da espécie auxilia a perícia não apenas na determinação da hora da morte, mas também em outras investigação, Exemplo: -Maus Tratos Investigação de um caso de negligência e maus tratos a uma criança, com base no desenvolvimento das larvas de dípteros encontradas nas fraldas para verificação do período em que foi privada de cuidados de higiene. -Entorpecentes Casos que envolvem o consumo de drogas lícitas ou ilícitas por parte da vítima podem indicar a causa da morte, overdose de cocaína certamente será encontrada a substância no organismo dos artrópodes tomados para análise. -Local do crime Conhecendo a fauna dos insetos, pode-se determinar o local onde ocorreu a morte Ex: Algumas espécies de moscas são encontradas em centros urbanos e,a associação dessas espécies em corpos encontrados nas áreas rurais sugere que a execução do crime não tenha o corrido no local onde o corpo foi achado. 2.6. Antropologia Forense É a ciência que estuda o ser humano a sua origem e evolução não somente em seu aspecto físico mas também no social e cultural. Pode ser: 14 Antropologia cultural, Arqueologia e Antropologia Física, havendo um método de identificação como: - Antropométrica: Consiste na medição de ossos, tamanhos, raça, idade do indivíduo. Identificação por ossadas. - Empírica: Se resume a simplesmente descrever as características mais evidentes de uma pessoa. Ex. homem, mulher, obeso, magro, alto, baixo. - Fotográfica: Quando do seu surgimento no séc. XIX, achou-se promissor todavia logo se percebeu seu pouco valor ou documentos. - Datiloscopia O de maior credibilidade dentre os métodos usuais, consiste no estudo das impressões digitais dos indivíduos. Vantagens: Unicidade (ser único), Imutabilidade (não mudar), Praticidade (qualidade de ser prático, fácil), Classificabilidade (ser possível classificar), Perenidade (desde a vida embrionária à putrefação). - Genética Testes genéticos, Teste de DNA. Este tipo de identificação é a mais recente dentre os métodos aqui citados. - Tatuagens,Sinais Individuais e mutilações Ex: flor de lis na fronte dos ladrões na França, estrela de David nos judeus pelos nazistas, marcas a ferro quente em escravos fujões. Identificação do sexo -No vivo ou no morto recente: determinação fácil. Situações difíceis: Estado avançado de putrefação, esqueleto, inter sexuais/pseudo-hermafroditismo. - Cadáver deteriorado ou em fase de putrefação avançada: “Abrir a cavidade abdominal a procura de útero e ovários ou de próstata”. - No esqueleto: “A separação sexual faz-se pela discriminação dos ossos (crânio, tórax e pelve). 2.7. Genética Forense A Genética Forense ou DNA Forense é a área do conhecimento que trata da utilização dos conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxilio à justiça. Os testes de DNA podem ser usados: Teste de Paternidade (caracterização de vínculos genéticos). Desastres em massa (Identificação de fragmentos humanos). 15 Investigação histórica. Identificação de pessoas desaparecidas. Identificação de militares. Banco de DNA de criminosos. Comparação de perfis genéticos de suspeitos. Banco de evidencias biológicas. Estado da Evidência: Dependendo do estado físico e / ou químico da evidência, as análises de DNA se limitam. No exame de DNA analisam-se: DNA mitocondrial ou DNA nuclear. Etapas para Análise Forense: Coleta da amostra. Isolamento do DNA. Corte do DNA. Separação dos fragmentos. Transferência do DNA. Hibridização de Sondas. Perfil do DNA. 16 3.0. CONCLUSAO A perícia criminal desempenha um papel relevante na rede inter organizacional de segurança pública e justiça criminal. O valor para a sociedade é conciliar o interesse social de que haja uma apuração eficaz dos delitos, com o respeito aos direitos humanos. Em julgamentos criminais, os juízes entrevistados destacam a objetividade e a imparcialidade da prova pericial. A partir das análises, inferiu - se que esta imagem de objetividade e imparcialidade se deve à associação com a ciência. A Justiça tem como valor central a imparcialidade, e a perícia contribui para a operacionalização deste valor. Quanto mais intangível um serviço, mais difícil de avaliar. A dualidade entre os resultados tangíveis que são evidências e intangíveis sendo informações contidas no laudo pericial do serviço, quanto à tangibilidade como pessoal, artefatos tecnológicos, equipamentos e a intangibilidade no caso o cenário presente no processo pericial, induz à reflexão sobre a objetividade, a imparcialidade e a legitimidade da ciência. No cenário e no laudo pericial que a opinião dos especialistas que se revela a tangibilidade e inviolabilidade do serviço. Pelo mesmo motivo, as informações contidas no relatório são utilizadas por juízes para fundamentar condenações criminais. O primeiro inclui métodos para tirar e coletar pegadas na cena. O crime tecnológico muda para mais pesquisas laboratoriais e / ou departamentais para conduzir análises científicas com base nos vestígios coletados e publicar resultados úteis para os destinatários do serviço. Além disso, a falta de um conceito claro e uniforme de justiça criminal para todos os atores cria dificuldades na coordenação e integração dessa rede. Concluir com o valor que deve ser proporcionado pelo serviço de justiça criminal envolve explorar formas de organizar o serviço.
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