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Pré- Cambriano https://www.youtube.com/watch?v=8ZqZ0UoHPjc 88% Esse é o tempo que o Pré- Cambriano compreende da história do planeta Terra. Hadeano 4,6 Ba - 4,0 Ba; é o éon mais antigo; Temperatura: 70- 2100 °C Oxigênio Atmosférico: 0% © 2016 Tim Bertelink No princípio a Terra era uma massa incandescente com rios de rochas, vulcões em erupção e grande quantidade de enxofre. Atmosfera: nitrogênio, amônia, hidrogênio, monóxido de carbono, metano e vapor de água. Intensa queda de asteroides e meteoros. Esses impactos, juntamente com a radioatividade de muitos elementos no interior do globo, liberavam uma enorme quantidade de calor, o que impedia que as rochas se solidificasse. 45 milhões de anos após o início da formação da Terra, um corpo chamado Theia, colidiu com o planeta, lançando grande quantidade de material para sua órbita. esses detritos se agregaram e deram origem à Lua. Conforme a Terra resfriava, sua superfície se estabilizava e a crosta terrestre solidificava-se. O vapor de água na atmosfera se condensava e chovia em direção à superfície, formando lagos, mares e, por fim, oceanos. O ciclo das chuvas teve um importante papel no resfriamento do planeta. As únicas rochas hadeanas do planeta foram encontradas no oeste da Groenlândia, nordeste do Canadá e oeste da Austrália. O material mais antigo são minerais australianos com 4,4 bilhões de anos. Arqueano 4,0 - 2,5 Ba; Eoarqueano, Paleoarqueano, Mesoarqueano e Neoarqueano; Temperatura: 45- 70 °C Oxigênio Atmosférico: 0% Museu Virtual Eoarqueano atmosfera anóxica.Grande parte da Terra estava coberta com água, vulcões e ilhas vulcânicas surgiram por toda parte. Os oceanos eram verdes e ácidos devido aos compostos de ferro dissolvido. O céu era laranja devido à alta concentração de amônia, metano e dióxido de carbono. O fluxo de calor chegava a ser 3 vezes maior que hoje. Não existiam grandes continentes até a fase final desse éon. Intensa atividade tectônica. Vida representada por procariontes, pode ter existido eucariontes mas não ficaram preservados. As águas oceânicas eram mais ácidas, devido à presença maior de gás carbônico dissolvido. Embora o brilho do Sol fosse 25% mais fraco do que hoje, a temperatura média do planeta aparenta ter sido próxima da atual, por causa da maior concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Esta ainda era extremamente pobre em oxigênio, situação que só mudou no final do éon. Era Paleoarqueana: Nesta era surgiram os primeiros continentes, provavelmente devido a colisões entre arcos de ilhas que se amalgamaram formando pequenas massas continentais. Era Mesoarqueana: No final desta era começou a se formar o supercontinente Vaalbara. Na Austrália foram encontrados fósseis indicando que os estromatólitos proliferaram na Terra nessa era. A vida já existia no arqueano era basicamente composta por procariontes. Cianobactérias daquela época ainda estão preservadas e hoje são o que conhecemos por estromatólitos. No Brasil: Fazenda Cristal (BA), Fazenda Arrecife (BA), Campos (RJ). No mundo: Shark Bay e Pink ou Spencer Lake (Austrália); Bahamas, Golfo Pérsico e Solar Lake (Israel); Salt Lake, Green Lake, Yellowstone National Park e Flórida (U.S.A) e Golfo do México, entre outros. Primeiras bacias oceânicas datam do Arqueano, entre 3,6 e 3,9 Ba. Ou seja, cerca de 1 Ba após a formação do planeta. Os oceanos não eram como nossos oceanos são hoje. Gradativamente, as cianobactérias assimilavam o dióxido de carbono da atmosfera, depositando-o no fundo do oceano na forma de calcário e liberando oxigênio livre. Elas tiveram uma grande importância ecológica, uma vez que provavelmente foram as responsáveis por encher a atmosfera de oxigênio, permitindo que novas formas de vida se desenvolvessem. Proterozóico 2,5 Ba e 542 milhões; Paleoproterozoico, Mesoproterozoico e Neoproterozoico; Temperatura: 5- 45 °C Oxigênio Atmosférico: 0- 12% Fauna de Ediacara; lahistoriadelavida.com “SNOWBALL EARTH” No período Criogeniano da era Neoproterozoica (entre 720 e 635 Ma), ocorreram mais duas longas glaciações: a Sturtiana e a Marinoana. Durante esses eventos, a Terra ficou completamente (ou quase) coberta de gelo, mesmo em regiões equatoriais, o que originou o termo "Terra Bola de Neve". Possível aparência da Terra durante as glaciações do Proterozoico. Crédito: Chris Butler / SPL Assim que as idades do gelo chegaram ao fim, encontramos uma exótica variedade de formas de vida nos mares, muito diferentes das que conhecemos hoje. Algumas se pareciam com moluscos, águas-vivas, algas ou vermes. neoproterozoico podiam alcançar dimensões decimétricas, e desprovidos de proteção,não apresentando conchas nem esqueleto externo. Dickinsonia fossil diante dessas características, parece que não havia predadores de porte nos mares primitivos dessa época rodinia 750 Ma; se rompeu na Neoproterozóica; durante a época em que existiu a Terra ficou toda congelada; Mesoproterozóico; crátons (do grego kratos, significando "força") são unidades geológicas bastante antigas da crosta continental, tendo se mantido relativamente estáveis por no mínimo 500 milhões de anos. Rocha mais antiga o fragmento de zircônia teria 4,4 bilhões de anos, foi encontrado em Jack Hills, a 800 km de Perth. O fragmento tem 200 mícrons de largura FOTO: DIVULGAÇÃO - UNIVERSIDADE DE WISCONSIN No Brasil, as mais antigas estão no interior da Bahia e têm em torno de 3,5 bilhões, diz o professor da USP. Referências Bibliográficas BARROSO, Francisco Rony Gomes. Fauna de Ediacara na Bacia do Jaibaras, Noroeste do Ceará: a primeira ocorrência no Nordeste do Brasil. – Recife: O Autor, 2012. CARVALHO, Ismair de Souza. Paleontologia: conceitos e métodos, volume 1 – 3ª ed. – Rio de Janeiro: Interciência, 2010. COIMBRA, João Carlos; LEMOS, Valesca Brasil; SOUZA, Paulo Alves de; SCHULTZ, Cesar Leandro; IANUZZI, Roberto. Antes dos dinossauros: a evolução da vida e o seu registro fóssil no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2004. COOK, J.P., 1992. Phosphogenesis around the Proterozoic-Phanerozoic transition, Journal of the Geological Society. 149: 615-620. HOFFMAN, P.F. & SCHRAG, D.P., 2002. The snowball Earth hypothesis: testing the limits of global change. Terra Nova. 14: 129-155. NARBONNE, G.M. 1998. The Ediacaran biota; a terminal Neoproterozoic experiment in the evolution of life. GSA Today. 8:1-6 a. NARBONNE, G.M. 2005. The Ediacara biota: neoproterozoic origin of animals and their ecosystems. Annu. Rev. Eatrh Planet. Sci. 33:421-442 b. SCHOBBENHAUS, C. & BRITO NEVEWS, B. B., 2003. Geologia do Brasil no contexto da Plataforma Sul Americana. In: BIZZI, L. A., Schobbenhaus, C., Vidotti, R. M., Gonçalves, J.H. (eds), Geologia, tectônica e recursos minerais do Brasil. Serviço Geológico do Brasil-CPRM, cap. 1:5-54
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