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CONTABILIDADE PÚBLICA PADRÃO- RESPOSTA 2 CAPÍTULO I Atividades de Estudo 1 Quais são as leis mais importantes aplicadas à contabilidade pública? R.: Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964 e a Lei Complementar nº 101 de 2000. 2 Como a Lei nº 101/2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal - atua sobre as contas públicas? R.: A Lei de Responsabilidade Fiscal atua melhorando a administração das contas públicas no Brasil. Esta lei define o compromisso dos governantes com orçamento e com metas, que devem ser apresentados e aprovados pelo respectivo Poder Legislativo. Ela atua também fixando limites para despesas com pessoal, limites da dívida pública e ainda determina que sejam criadas metas para controlar receitas e despesas. Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, nenhum governante pode criar uma nova despesa continuada por mais de dois anos sem previamente indicar sua fonte de receita ou sem reduzir outras despesas já existentes, deve garantir pagar as despesas, sem comprometer o orçamento ou orçamentos futuros. 3 Quais são os objetivos da entidade pública em manter um plano de contas? R.: Padronizar os registros contábeis das entidades do setor público; distinguir os registros de natureza patrimonial, orçamentária e de controle; atender à administração direta e à administração indireta das três esferas de governo, inclusive quanto às peculiaridades das empresas estatais dependentes e dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS); permitir o detalhamento das contas contábeis, a partir do nível mínimo estabelecido pela STN, de modo que possa ser adequado às peculiaridades de cada ente; permitir a consolidação nacional das contas públicas; permitir a elaboração das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) e dos demonstrativos do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) e do Relatório de Gestão Fiscal (RGF); permitir a adequada prestação de contas, o levantamento das estatísticas de finanças públicas, a elaboração de relatórios nos padrões adotados por organismos internacionais - a exemplo do Government Finance Statistics Manual (GFSM) do Fundo Monetário Internacional (FMI), bem como o levantamento de outros relatórios úteis à gestão; contribuir para a adequada tomada de decisão e para a racionalização de custos no setor público; contribuir para a transparência da gestão fiscal e para o controle social. 3 4 O plano de contas possui uma série de desdobramentos com relação aos níveis hierárquicos. Como eles são estruturados? Qual é o mínimo de níveis obrigatórios nos PCASPs? R.: Os desdobramentos do plano de contas são segregados em sete níveis hierárquicos, a cada nível hierárquico é atribuída uma função. O Nível 1 representa a classe das informações, o Nível 2 representa o grupo, o Nível 3 representa o subgrupo, o Nível 4 representa o título e o Nível 5 representa o subtítulo, todos esses níveis são compostos por apenas um dígito. Já o Nível 6 representa o item e o Nível 7 representa o subitem, que são compostos por 2 dígitos. 5 Do que trata o nível 5 do plano de contas? Qual a importância dele para os órgãos públicos? R.: Tem-se no nível 5 o código de consolidação das demonstrações contábeis. Neste nível são detalhadas as contas que são ou não incluídas na consolidação das demonstrações contábeis. Neste nível é definido o que vai para INTRA OFSS (Orçamento Fiscal e da Seguridade Social), INTER OFSS (Orçamento Fiscal e da Seguridade Social) e consolidado. 6 Qual é o período do exercício financeiro? R.: O exercício financeiro coincide com o ano civil e vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro. 7 Como os órgãos públicos prestam contas à sociedade? R.: Primeiramente, ela é feita por meio da publicação das demonstrações e dos relatórios contábeis, são eles: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais, Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Há ainda o Portal de Transparência do Governo, que é um dos canais de prestação de contas à sociedade, já que são neles que as informações estão presentes, desde os demonstrativos contábeis até informações mais detalhadas da origem de receitas e gastos públicos. CAPÍTULO II Atividades de Estudo 1 O total de recursos controlados por uma entidade que sejam resultado 4 de eventos passados, cujo prazo estimado para a realização ultrapasse o término do exercício seguinte, e dos quais se espera que resultem benefícios econômicos futuros, é classificado como: a) ( ) Capital social. b) (x) Ativo circulante. c) ( ) Ativo não circulante. d) ( ) Patrimônio líquido. e) ( ) Passivo não circulante. 2 Evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública por meio de contas representativas do patrimônio público, bem como os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação (natureza de informação de controle). Esse conceito está se referindo a qual demonstração contábil aplicada ao setor público? R.: Balanço Patrimonial. 3 Compreende o somatório dos valores em caixa e em bancos, bem como equivalentes, que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da entidade e para os quais não haja restrições para uso imediato. A que se refere essa afirmação? a) ( ) Ativo circulante. b) ( ) Ativo não circulante. c) (x) Caixa e equivalente de caixa. d) ( ) Passivo não circulante. e) ( ) Patrimônio líquido. 4 As contas integrantes do ativo circulante do balanço patrimonial aplicado ao setor público compreendem: R.: No Ativo Circulante constam os valores de ativos que compreendam um dos dois seguintes critérios: estarem disponíveis para realização imediata, ou terem expectativa de realização até doze meses da data das demonstrações contábeis, que é: caixa e equivalentes de caixa, créditos a curto prazo, investimentos e aplicações temporárias a curto prazo, estoques, variações patrimoniais diminutivas (VPD) pagas antecipadamente. 5 O ativo realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado, o intangível e eventual saldo a amortizar do ativo diferido são evidenciados em qual demonstração contábil aplicada ao setor público? R.: Balanço Patrimonial. 6 A previsão da receita e a fixação das despesas, bem como as alterações decorrentes dos Créditos Adicionais, são registradas: 5 a) ( ) No sistema financeiro. b) ( ) No sistema patrimonial. c) ( ) No sistema de compensação. d) ( ) No sistema patrimonial ou de compensação, conforme o caso. e) (x) No sistema orçamentário. 7 (ENADE) Os pressupostos da Teoria da Agência de Jensen e Meckling, estão embasados em uma relação contratual, na qual o principal encarrega o agente de desenvolver alguma atividade de seu interesse, podendo surgir os seguintes conflitos nessa relação: i) divergência de objetivos entre principal e agente; ii) dificuldade de monitoramento das atividades do agente e iii) divergência de posicionamento, entre principal e agente, em relação ao risco envolvido no gerenciamento da atividade. Percebe-se que o problema de agência se fundamenta, principalmente, na questão da informação incompleta (assimétrica), que remete à posse, pelo agente de um conjunto privilegiado de informações sobre as atividades desenvolvidas no relacionamento com o principal. FONTE: BAIRRAL, M. A. C.; SILVA, A. H. C.; ALVES, F. J. S. Transparência no setor público: uma análise dos relatórios de gestão anuais de entidades públicas federais no ano de 2010. Revista de Administração Pública-RAP, v. 49, n. 3, 2015. Considerando o texto anterior e a sua inter-relação com a avaliação de políticas públicas, analise as sentenças a seguir: I. A criação da Lei de Responsabilidade Fiscal inviabiliza a aplicação da teoria da agência na administração pública, pois o cidadão (agente) possui informações completas acerca das atividades desenvolvidas pelo gestor público (principal), inexistindo conflito de agência. II. Na prestação de contas públicas, a divulgaçãode informações incompletas pelo gestor público (agente) ao cidadão (principal), prejudica o monitoramento de políticas públicas implementadas. III. A transparência na divulgação da informação pública serve como uma forma de aproximação entre o cidadão (principal) e o gestor público (agente), o que facilita a avaliação de políticas públicas. É correto o que se afirma em: a) ( ) I, apenas. b) ( ) II, apenas. c) ( ) I e III, apenas. d) (x) II e III, apenas. e) ( ) I, II e III. 6 CAPÍTULO III Atividades de Estudo 1 Com base no gráfico a seguir, descreva como está a evolução da Dívida Pública desde o ano de 2013 até o início de 2018. R.: O gráfico trata da mensuração da dívida pela porcentagem do PIB que ela representa, pode-se observar que em fevereiro de 2018 o indicador chega aos 75,1% do PIB (R$ 5 trilhões) e aos 52% do PIB (R$ 3,4 trilhões), em relação a DBGG e da DLSP, demonstrando que ao longo dos anos a dívida pública vem apresentando crescimento. 2 Com base na leitura a seguir, aponte de forma simplificada as condições para a instituição dos fundos. “Com relação às “condições para a instituição e funcionamento de fundos, na forma da lei complementar”, uma das novidades da Lei Maior, no campo dos fundos, cumpre observar que pouco se avançou na viabilização do que determina a Constituição em seu art. 165, § 9º, II (“cabe à lei complementar ... estabelecer ... condições para a instituição e funcionamento dos fundos”). O pior é que, além de tais normas ainda não terem sido produzidas, mesmo nos projetos mais articulados sobre a matéria - o PLC nº 222/90, de autoria do Deputado José Serra e o PLC nº 135/96, de autoria da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização -, a matéria relativa a “Fundos” se acha insuficientemente regulada. Não obstante, no texto do substitutivo aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados, 7 na apreciação do PLC nº 135, foram incluídas três promissoras normas sobre os fundos, quais sejam eles passam a ter prazo limitado de vigência, o qual, ressalvado no caso dos fundos Constitucionais, não poderá exceder o período de vigência do PPA. Cada fundo terá de ser avaliado ao final do prazo de vigência como condição para a sua renovação por novo período. Não será permitida a criação de fundo ou a renovação de sua vigência em três situações: I - quando seu programa de trabalho puder ser executado diretamente pelo órgão a que se vincula; ou II - quando suas receitas próprias não atingirem cinquenta por cento de sua receita total; ou III - quando suas finalidades puderem ser alcançadas pela simples vinculação de receitas a objetivos ou serviços específicos”. FONTE: Adaptado de: SANCHES, Osvaldo Maldonado. Fundos federais: origens, evolução e situação atual na administração federal. Revista de Administração Pública, v. 36, n. 4, p. 627-670, 2000. R.: Para que sejam criados os fundos, as receitas devem ser especificadas, ou seja, o fundo especial deve ser instituído com base em receitas específicas (tributos, contribuições ou outras receitas), determinadas em lei. Os gastos devem ser vinculados à realização de determinados objetivos. Além de vincular- se a órgão da administração direta de um dos Poderes, ou seja, não podendo ser criado fundo vinculado ou gerido por autarquia, fundação ou empresa pública. Os recursos devem ser aplicados por meio de dotações consignadas na Lei Orçamentária. V - Utilização de contabilidade particularizada no âmbito do sistema contábil setorial, ou seja, esta não existe em separado, mas como parte da contabilidade do órgão orçamentário cuja programação o Fundo se integra na Lei Orçamentária. Além de ter lei própria que estabelece e dispõe sobre condições e exigências para a aplicação dos recursos, devem ter orçamentos detalhados e prestação de contas específicas e, por último, o saldo remanescente ao final do exercício deve ser convertido para gastos futuros, salvo orientações contrárias especificadas em Lei. 3 Qual é o conceito principal de Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e Dívida Líquida do Setor Público (DLSP)? R.: A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) é o total dos débitos de responsabilidade do Governo Federal, dos governos estaduais e dos governos municipais, junto ao setor privado, ao setor público financeiro, ao Banco Central e ao resto do mundo. Os débitos de responsabilidade das empresas estatais das três esferas de governo não são abrangidos pelo conceito. Os débitos são considerados pelos valores brutos, sendo as obrigações vinculadas à área externa convertidas para reais pela taxa de câmbio de final de período (compra). A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) é definida como o balanceamento entre as dívidas e os créditos do setor público não financeiro e do Banco Central, junto ao sistema financeiro (público e privado), setor privado não financeiro e 8 resto do mundo. A DLSP é utilizada como base para o cálculo do déficit público “abaixo da linha”. 6 O que é a Dívida Pública? R.: Dívida pública é o conjunto de obrigações financeiras do setor público contraídas junto a terceiros para cobrir déficits, ou seja, quando as receitas de um determinado ente público não são suficientes para arcar com todas as despesas. Em outras palavras, a dívida pública representa numericamente uma relação na qual figura de um lado um devedor, ente público (União, estados, DF ou municípios), e de outro lado vários credores, que podem ser bancos, fundos de pensão ou mesmo pessoas físicas. 7 O que são os Fundos Especiais? R.: Os fundos especiais são um tipo especial de gestão financeira dos recursos vinculados à realização de certos objetivos por determinação legal, cujos atos de execução de receitas e despesas devem ser particularizados no sistema de contabilidade do órgão a que se vincula.
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