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PROF. WESLLEY SANNYR. ESTUDO DOS PRINCÍPIOS FÍSICOS QUE GOVERNAM O MOVIMENTO DO SANGUE NO SISTEMA CARDIOVASCULAR. O S I S T E M A CARDIOCIRCULATÓRIO ATENDE A D E M A N D A D A S NECESSIDADES METABÓLICAS DO ORGANISMO NO REPOUSO OU DURANTE O STRESS. HISTÓRIA DA HEMODINAMICA História da Hemodinâmica no mundo COMO, PORQUE E QUANDO SURGIRAM O CATETERISMO CARDIACO, A ANGIOPLASTIA CORONARIANA E O STENT CORONARIANO. Ø Em 1844, Claude Bernard, em um cavalo, introduziu através da veia jugular e da artéria carót ida, um cateter, até o lado direi to e esquerdo do coração, respectivamente. Ele usou cuidadosamente uma metodologia científica neste seu estudo, mostrando o grande valor desta inovação tecnológica. ØEm 1905, Fritz Bleichroeder foi o primeiro a introduzir cateteres em vasos de cachorros e em suas próprias veias. ØEm 1929, Werner Forssman introduziu cateter através da veia do seu próprio braço, região do cotovelo, e com o controle de fluoroscopia (raioX), avançou o cateter até a porção alta do lado direito do coração, o átrio direito. Ø Durante os anos 40 e 50 André Cournand e Dick inson Richards popularizaram o cateterismo cardíaco direito com finalidade diagnóstica. ØEmbora o sueco Stig Radner tenha sido possivelmente o primeiro a visualizar as artérias coronárias humanas em vivo (1945), Gunnar Jönsson em Stocolmo, foi o inventor da angiografia coronária não seletiva. ØSomente em 1959, o Dr. Mason Sones pode introduzir uma técnica prática e segura de angiografia coronária seletiva, ou seja, através de um cateter introduzido pela artéria do braço, região do cotovelo, alcançava seletivamente, ou seja, de forma separada e seqüencial, cada uma das duas coronárias. Assim, o Dr. Sones fazia uma análise completa da anatomia coronariana e a doença coronariana obstrutiva quando presente. ØEsta técnica foi um grande marco histórico na cardiologia mundial, dos pontos de vista de se fazer diagnóstico e de se tratar o paciente. Com as informações trazidas por esta técnica, surgiu e desenvolveu-se a cirurgia cardíaca de pontes de safena nos meados de 1960. Outras técnicas para real ização de cinecoronariografia foram anos mais tarde desenvolvidas, tendo destaque em 1967 a técnica de Judkins e Amplatz, realizada via femural (perna). Existem atualmente mais duas técnicas, as quais são de punção da artéria braquial, região do cotovelo, e a de punção da artéria radial, região do punho. Ø Em 1977, Andréas Roland Grüntzig, em Zurique, introduziu a técnica de angioplastia coronária para o tratamento da doença arterial coronariana obstrutiva, a qual era realizada através de um fino cateter que continha em sua extremidade um minúsculo balão, o qual era delicadamente introduzido dentro da coronária, posicionado sob a lesão a ser tratada, e repleto com pressão controlada. Ø Limitações apresentadas em quatro aspectos: 1.- lesões de alta complexidade; 2.- estenose residual acima de 30%; 3.- Oclusão aguda do vaso alvo durante a angioplastia; 4.- retorno da lesão tratada, ou seja, reestenose, em curto espaço de tempo, 6 meses ou menos. Ø Em 1981, foi realizada a primeira Angioplastia Coronária no Brasil, resultou o aparecimento do STENT coronariano, uma prótese metálica, cilíndrica, em forma de uma malha. Um stent chamado de Wallstent foi a primeira forma de Angioplastia coronariana realizada não somente com balão, mas também com stent, tendo sido o primeiro caso realizado na França, em 1986. Em 1987 iniciou- se o uso de um segundo tipo de stent, o stent Palmaz-Schatz, nos Estados Unidos. E assim, na seqüência surgiram os stents Gianturco-Roubin, Wiktor stent, etc... Ø Em 1995 surgiu a idéia de se utilizar o próprio stent como veículo de liberação de farmacos (um medicamento, uma droga) potencialmente capazes de evitar o processo de reestenose. Ø Foram iniciadas pesquisas direcionadas para desenvolver uma cobertura no stent, representando uma plataforma de ligação entre fármaco e o stent. Destas pesquisas resultou o stent farmacológico, um stent envolvido por uma substancia absorvível pelo organismo e que conduzisse a droga, o fármaco. ØFazendo uma comparação leiga, seria com uma espécie de esponja embebida com o remédio, a qual vai se desfazendo aos poucos e liberando a droga lentamente. ØOs stents farmacológicos que existem hoje no mercado variam o tempo de liberação do fármaco entre cerca de 14 dias para algumas drogas e até 40 dias para outros tipos de drogas. Os mais usados estão em torno de 28-30 dias de liberação do fármaco. Outros fármacos estão sendo pesquisados. Estes stents farmacológicos vieram trazer um grande avanço no tratamento da reestenose, reduzindo-a de forma importante, em torno de 60%, portanto, sem eliminá-la. Assim, as pesquisas continuam tentando chegar ao máximo que a natureza possa nos conceder sem reestenose, em benefício de nossos pacientes. Mas, não esqueçam, o homem tem limites. Ø Em 1986, Eduardo Souza e cols. implataram pela primeira vez no Brasil, com sucesso, um stent de Palmaz-Schatz num homem, e em 2001 publicaram o primeiro relato internacional mostrando que stents “revestidos” com drogas, no caso a Rapamicina, praticamente anulam a reestenose coronariana. O SURGIMENTO DA SBHCI, SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA. A extensão das contribuições à hemodinâmica e ao cateterismo cardíaco no nosso país tem sido significativa desde 1946. Neste ano, Horácio Kneese de Melo publicou, na Revista Paulista de Medicina, artigo intitulado "Angiocardiografia", inaugurando a literatura nacional sobre cateterismo cardíaco. Depois de revisto e acrescido de aspectos técnicos e de interpretação diagnóstica, o mesmo foi divulgado em conjunto com seus colaboradores nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia em 1949, motivando mais amplamente na comunidade cardiológica nacional o interesse pela nova especialidade. ØEm 1971, pela primeira vez no mundo, também no Brasil, Galiano e cols. realizaram uma recanalização mecânica de coronária, passando um cateter diagnóstico de Sones por um trombo oclusivo localizado numa coronária direita, melhorando o paciente que se encontrava em choque cardiogênico. ØA partir da década de setenta houve uma verdadeira explosão de centros diagnósticos no nosso país voltados para a investigação de coronariopatias por meio de cateterismo cardíaco, popularizando-se no meio médico o estudo hemodinâmico e cineangiocoronariográfico. O aperfeiçoamento da técnica fez aumentar muito em todas as áreas de estudo de cardiopatias (congênitos, valvulares, miocardiopatas, etc, e principalmente coronariopatas). ØEm 1979, foi realizada a primeira angioplastia coronariana no Brasil, em Curitiba, por Costantino Costantini e cols., utilizando a técnica original de Gruentzig num paciente de 55 anos. Logo a seguir, Eduardo Souza e cols, no Dante Pazanese, Siguemituzo Arié e cols., no INCOR, ambos em São Paulo, Carlos Gottschall e cols., no Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, e outros passaram a empregar a técnica de maneira crescente no nosso país. ØEm 1981, iniciava-se a reperfusão coronariana no infarto agudo do miocárdio, com injeção intracoronariana de estreptoquinase, no INCOR, em São Paulo, por Giovani Bellini e cols, e depois expandida também para a via sistêmica por Lélio A. Silva e cols. ØEm 1982, Carlos Gottschall e cols. apresentaram o primeiro caso brasileiro, com sucesso, de recanalização por angioplastia de coronária cronicamente ocluída. ØEm 1986, Eduardo Souza e cols. implataram pela primeira vez no Brasil, com sucesso, um stent de Palmaz- Schatz num homem, e em 2001 publicaram o primeiro relato internacional mostrando que stents “revestidos” com drogas, no caso a Rapamicina, praticamente anulam a reestenose coronariana, o “calcanhar de Aquiles” da angioplastia. SISTEMA CIRCULATÓRIO Conceito. Sistema fechado onde circulam humores (sangue e linfa). Vamos entender melhor! O sistemacirculatório é um sistema tubular constituído por uma vasta rede de tubos (vasos) de vários tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. O sistema circulatório tem como funções, permitir a passagem do sangue pelo coração e vasos para todas as partes do corpo. Transportar nutrientes que foram absorvidos pela digestão dos alimentos e oxigênio às células do organismo que é incorporado ao sangue quando este circula pelo pulmão. Transporta e remove os resíduos metabólicos celulares desde os locais onde foram produzidos até aos órgãos encarregados de eliminá-los. SISTEMA CIRCULATÓRIO E também como mais uma função temos a defesa do organismo, por células especializadas para tal, contra substâncias estranhas e microrganismos. É importante frisar que não existe comunicação desse sistema com o meio externo e para que os humores possam circular através dos vasos, há um órgão central, o coração, que funciona como uma bomba contrátil propulsora. Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO FONTE: Sobotta, 1994 Coração - vista anterior SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Pelo fato do sistema tubular ser fechado, as trocas entre o sangue e aos tecidos vão ocorrer em grandes redes de vasos de calibre reduzido e de paredes muito finas, os capilares. DIVISÃO O sistema circulatório é constituído por sistema sanguífero ou sanguíneo e linfático. No sistema sanguíneo temos os vasos sanguíneos que conduzem o sangue por artérias, veias, capilares e o coração que pode ser considerado um vaso modificado. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO No sistema linfático temos vasos linfáticos que conduzem a linfa pelos capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfático e os órgãos linfoides como a medula óssea, timo, linfonodos, tonsilas e baço CORAÇÃO O coração, que é um pouco maior que uma mão fechada é uma bomba dupla, autoajustável de sucção e pressão, cujas partes trabalham juntas para impulsionar o sangue para todos os locais do corpo através dos vasos sanguíneos. Ele é um órgão muscular oco e central no tórax que funciona como uma bomba contrátil propulsora. Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO TÓRAX E CORAÇÃO FONTE: Netter, 1999. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO O tecido muscular que forma o coração é especial, chamado de tecido muscular estriado cardíaco e constitui sua camada média e espessa ou intermediária, o miocárdio. Forrando internamente o miocárdio temos o endotélio que é contínuo com a camada íntima ou túnica íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada fina e interna ao miocárdio é o endocárdio. E por último a camada fina e externa ao miocárdio, revestida de serosa, é o epicárdio. Veja a figura SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras cardíacas, dois átrios (esquerdo - AE e direito - AD) e dois ventrículos (esquerdo - VE e direito - VD). Entre os átrios e ventrículos existem estruturas que vão orientar a corrente sanguínea, são as valvas. Essas estruturas possuem orifícios ou óstios para tal. Veja figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO É bom fixar o seguinte, os átrios são câmaras de recepção (recebem o sangue) que bombeiam sangue para os ventrículos, as câmaras de ejeção (liberam o sangue). Então, tudo isto diz que, nas câmaras atriais chegam sangue e nas ventriculares saem sangue. As ações sincrônicas, ou seja, no mesmo ritmo das duas bombas atrioventriculares (AV) cardíacas, direita e esquerda, constituem o ciclo cardíaco. Falaremos mais a frente sobre este assunto. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Forma O coração tem a forma aproximada de um cone ou trapezoide. Ele possui uma base, um ápice e faces (esterno costal, diafragmática e pulmonar). A base não tem uma nítida delimitação, pois, corresponde a área ocupada pelas raízes dos grandes vasos, sendo considerada a parte posterior do coração. O ápice é a porção afinada e inferolateral do ventrículo esquerdo. Já as faces apresentam os nomes das estruturas que lhes estão mais próximas. A face esterno costal é anterior, a diafragmática é inferior e as pulmonares são laterais. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Situação O coração fica situado na cavidade torácica atrás do esterno e acima do músculo diafragma, onde dizemos que ele repousa. Ele se aloja no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais (membranas que envolvem os pulmões), no mediastino médio (espaço entre os dois pulmões). Sua maior porção encontra-se voltada para esquerda no plano mediano. O coração fica disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e o ápice é lateral. O maior eixo do coração é o longitudinal que vai do ápice a base, formando um ângulo de 40° com o plano horizontal. Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Morfologia interna Quando analisamos as paredes abertas do coração observamos que a cavidade cardíaca apresenta septos. São eles que dividem o coração em quatro câmaras, já mencionadas anteriormente. Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Então vamos entender quais são os septos existentes no coração. Existe o septo atrioventricular, um septo horizontal que divide o coração em porções superiores (átrios) e inferiores (ventrículos). Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Já o septo interatrial representa um septo sagital que divide a porção superior do coração em duas câmeras, ou seja, dois átrios (direito e esquerdo). Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Cada átrio possui um apêndice, encontrado na superfície externa do coração e assemelha a uma orelha de um animal e por isso recebe o nome de aurícula (do latim auris, orelha). Observe a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO O septo interventricular representa um septo sagital que divide a porção inferior do coração em duas câmeras, ou seja, dois ventrículos (direito e esquerdo). Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Voltando aos septos atrioventriculares não podemos esquecer que, eles possuem dois orifícios ou Óstio, o Óstio atrioventricular esquerdo e Óstio atrioventricular direito. Essas estruturas possibilitam a comunicação do átrio direito com o ventrículo direito e do átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo. Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Então, para que os óstios possibilitem a comunicação dos átrios com os ventrículos, esses possuem estruturas que permitem a passagem do sangue somente do átrio para o ventrículo, são as valvas atrioventriculares direitas e esquerdas. As valvas são formadas de tecido conjuntivo denso, recoberta por endocárdio. Essas valvas apresentam subdivisões, as quais recebem o nome de válvula ou cúspides. A valva atrioventricular direita possui três válvulas e é chamada de valva tricúspide. A valva atrioventricular esquerda apresenta duas válvulas e é denominada valva bicúspide ou mitral. Observe a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Você sabia? Que durante a contração ventricular, chamada de sístole, a tensão nesta câmara aumenta consideravelmente, podendo haver a eversão da valva para o átrio (torna-se para dentro do átrio) e consequentemente gerar refluxo sanguíneo para esta câmara. Mas, tal fato não ocorre porque as cordas tendíneas prendem a valva aos músculos papilares. Esses são projeções do miocárdio nas paredes internas dos ventrículos. Observe a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Vasos da base do coração Os vasos pelo qual o sangue chega ou saem do coração, têm suas raízes situadas na base do coração e por essa razão esta região não apresenta uma nítida delimitação. No átriodireito desembocam (chegam) as seguintes estruturas, a veia cava superior e cava inferior. No átrio esquerdo também chegam às veias pulmonares superiores (direita e esquerda) e inferiores (direita e esquerda), totalizando quatro estruturas, sendo duas (uma superior e uma inferior) de cada pulmão. Do ventrículo direito saem a artéria tronco pulmonar que após um pequeno trajeto se divide (bifurca) em artéria pulmonar direita e esquerda para os respectivos pulmões. Do ventrículo esquerdo saem à artéria aorta que assume um trajeto inicial para cima e depois para trás e para a esquerda formando o arco aórtico. Vamos entender! SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Para finalizar esse assunto sobre vasos da base é primordial falarmos de duas outras estruturas importantes, a valva do tronco pulmonar e a valva aórtica. Próximo aos orifícios de saída da artéria tronco pulmonar e artéria aórtica, respectivamente no ventrículo direito e ventrículo esquerdo, existem essas valvas para impedir o retorno sanguíneo das artérias durante o enchimento dos ventrículos (diástole ventricular). Cada uma destas valvas está constituída por três válvulas semilunares. Estas válvulas semilunares são lâminas de tecido conjuntivo denso, forrada de endotélio, em forma de bolso, com o fundo voltado para o ventrículo e porção aberta para a luz da artéria. Observe as figuras. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Esqueleto cardíaco O esqueleto cardíaco consiste de tecido conjuntivo fibroso que circunda os óstios atrioventriculares, aórtico e tronco pulmonar. Esse esqueleto serve de inserção das valvas dos óstios atrioventriculares e arteriais, além de camadas musculares. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Pericárdio É um saco fibrosseroso de dupla parede que envolve o coração, ou seja, é o envoltório do coração. Ele separa o coração dos outros órgãos do mediastino e limita a sua expansão durante a diástole ventricular (enchimento ventricular). O pericárdio é dividido em duas camadas, uma camada mais externa fibrosa, pericárdio fibroso e uma camada mais interna serosa, o pericárdio seroso. Esse último apresenta uma lâmina parietal e uma lâmina visceral ou epicárdio, aderida ao miocárdio. Veja a figura. SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO E CORAÇÃO Dando continuidade ao assunto, entre as duas lâminas do pericárdio seroso (parietal e visceral) existem uma cavidade ou espaço virtual, chamado de cavidade do pericárdio. Esse espaço é ocupado por um líquido de espessura capilar para permitir deslizamento de uma lâmina contra a outra durante as mudanças de volume do coração, ou seja, durante as sístoles e diástoles. Principais arterias do corpo. Principais arterias do corpo. Principais arterias do corpo. Principais arterias do corpo. ARTÉRIAS CORONÁRIAS: -Artéria coronária direita: Tem origem na artéria aorta, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário, na parede anterolateral do coração. Ela irriga os nós Atriventricular e Sinoatrial, bem como os átrios e a parte diafragmática do ventrículo esquerdo -Aartéria coronária esquerda: Tipicamente corre cerca de 1 a 25 mm e então se bifurca entre artéria descendente anterior e artéria circunflexa esquerda. A parte que está entre a aorta e a bifurcação é conhecida como a artéria esquerda principal, enquanto o termo artéria coronária esquerda deve se referir somente à artéria esquerda principal ou à artéria esquerda principal e todos seus ramos. O entupimento dessa artéria causa a chamada morte súbida. ARTÉRIAS: ARTERÍOLAS CAPILARES VÊNULAS VEIAS Veia VASOS SANGUÍNEOS E HEMODINÂMICA Hemodinâmica Princípios que norteiam o fluxo de sangue no sistema cardiovascular. Vasos Sanguíneos Condutos através dos quais o sangue é transportado do coração para os tecidos e dos tecidos de volta ao coração. Direção do fluxo de sangue na circulação sistêmica ESTRUTURA DOS VASOS ARTÉRIAS: -São vasos eferentes; (saem do coração); -Transportar sangue para todo o corpo e órgãos, -TECIDO CONJUNTIVO; -TECIDO MUSCULAR LISO; -ENDOTÉLIO; -LUZ DO VASO. Artérias: _ Transportam sangue do coração para os órgãos e tecidos. _ A parede é espessa e apresenta três camadas de tecido: a) Endotélio: mais interna, formada por tecido epitelial b) Tecido muscular liso: mais interna c) Tecido conjuntivo: mais externa, rico em fibras colágenas. _ A contração e o relaxamento das artérias controlam a pressão sanguínea. PRINCIPAIS ARTÉRIAS: O polígono de Willis ou círculo de Willis (também chamado de círculo arterial cerebral ou círculo arterial de Willis) é um círculo de artérias que suprem o cérebro. Foi nomeado em homenagem a Thomas Willis (1621-1673), médico inglês. Componentes (5 ARTÉRIAS) 1.Artéria cerebral anterior (esquerda e direita) 2.Artéria comunicante anterior 3.Artéria carótida interna (esquerda e direita) 4.Artéria cerebral posterior (esquerda e direita) 5.Artéria comunicante posterior (esquerda e direita) ARTERÍOLAS: -São pequenas artérias; possuem em média 0,5 mm de diâmetro; -Ramificações. -TÚNICA MÉDIA; Formado pelo tecido muscular liso. -TÚNICA ÍNTIMA; Formado pelo Endotélio. -LUZ DO VASO. Arteríolas Menores ramos das artérias. _Local de maior resistência ao fluxo sanguíneo. _Músculo liso tonicamente ativo. _Inervado por fibras adrenérgicas simpáticas. Controladoras da pressão arterial e do fluxo sanguíneo tecidual. _Capilares têm menos da metade do diâmetro das arteríolas. _A área total da secção transversa das arteríolas é cerca de 1/3 da área dos capilares. ØA direção do fluxo sanguíneo é determinada pela direção do gradiente de pressão. ØO principal mecanismo para alterar o fluxo de sangue no sistema cardiovascular é alterando a resistência das arteríolas. CAPILARES: -SÃO OS MENORES VASOS SANGUÍNEOS; -MANTER O INTERCÂMBIO ENTRE O SANGUE E OS TECIDOS. TIPOS: -CAPILAR CONTÍNUO; Mais freqüentes, presentes em todo o corpo. -CAPILAR FENESTRADO; Estão presentes no Rim e Intestino; trocas Metabólicas entre o sangue e os tecidos. -CAPILAR SINUSÓIDE; Encontrados no Fígado. CAPILARES: São vasos muito finos (3 a 6 μm) que ligam as arteríolas as vênulas. _Não tem músculo liso, colágeno ou elastina. _Única camada de células endoteliais. _Não regula a resistência por meios ativos. -Nem todos os capilares são perfundidos com sangue a todo instante – Perfusão seletiva. _Vasos de troca. Substâncias lipossolúveis Capilares contínuos Substâncias hidrossolúveis Capilares fenestrados VÊNULAS: -SÃO PEQUENAS VEIAS DE DIÂMETRO QUE OSCILA ENTRE 0,5 A 1,0 mm. -SÃO FORMADAS POR ENDOTÉLIO E CÉLUAS ENDOTELIAS. FUNÇÃO: Realizar as trocas de nutrientes e gasosas. VEIAS: -SÃO OS VASOS AFERENTES DO CORAÇÃO; -RETORNO AO CORAÇÃO TRAZENDO SANGUE VENOSO DOS TECIDOS; -POSSUEM VÁLVULAS; DOBRAS DA TÚNICA INTIMA EM FORMA SEMILUNAR. -A VÁLVULA É CONSTITUIDA DE TECIDO ELÁSTICO. FUNÇÃO: -DIRECIONAR O SANGUE PARA O CORAÇÃO; -IMPEDEM O REFLUXO DO SANGUE. CONSTITUIÇÃO: TECIDO CONJUNTIVO; TECIDO MUSCULAR LISO E ENDOTÉLIO. Veias: _Conectam os capilares ao coração. _São vasos que levam sangue dos órgãos e tecidos ao coração. _As veias de maior calibre apresentam válvulas em seu interior, garantindo a passagem do sangue em um único sentido. _Contêm o maior percentual de sangue no sistema cardiovascular. _Volume sob baixa pressão. _Maior capacidade de armazenar sangue. FATORES QUE INFLUENCIAM NA CIRCULAÇÃO: VELOCIDADE DO SANGUE – FLUXO SANGUÍNEO; VOLUME – DÉBITO CARDÍACO – PRESSÃO RETORNO VENOSO. - RESISTÊNCIA v Velocidade do Fluxo Sanguíneo Taxa de deslocamento de sangue por unidade de tempo. v Fluxo Sanguíneo, Pressão e Resistência A diferença de pressão é a força impulsionadora do fluxo de sanguee a resistência é o impedimento a ele. PRESSÃO ARTERIAL: -Pressão hidrostática exercida pelo sangue sobre as paredes do vaso. É gerada pe la cont ração dos ventrículos. SÍSTOLE = 120 mmHg DIÁSTOLE = 80 mmHg Obs: A medida que o sangue flui para a circulação sistêmica (p/ longe do ventrículo esquerdo) a pressão diminui progressivamente – sem pressão não haveria circulação sanguínea. Ø Pressão Arterial na Circulação Sistêmica üPressão diastólica – menor pressão arterial medida durante o relaxamento ventricular, quando sangue não é ejetado do ventrículo esquerdo. üPressão sistólica – maior pressão arterial medida durante a sístole ventricular, quando sangue é ejetado do ventrículo esquerdo. üPressão de pulso – Diferença entre as pressões sistólica e diastólica. Reflete volume sistólico. üPressão arterial média – média de pressão em um ciclo cardíaco completo. ØPressões na Circulação Pulmonar üResistência vascular pulmonar é muito menor do que a resistência vascular sistêmica. CORAÇÃO: – GRANDE CIRCULAÇÃO / SISTÊMICA VE – A. AORTA → SANGUE RICO O2→ TODOS OS TECIDOS → VEIAS COLETAM SANGUE CO2→ VEIAS CAVAS SUPERIOR E INFERIOR→ ÁTRIO DIREITO. – PEQUENA CIRCULAÇÃO / PULMONAR VD – A. TRONCO PULMONAR → SANGUE RICO CO2 → PULMÕES → SANGUE O2→ VEIAS PULMONARES ESQ E DIR→ ÁTRIO ESQUERDO. RETORNO VENOSO: RETORNO DO SANGUE PARA O CORAÇÃO PELAS VEIAS SISTÊMICAS. MECANISMOS: CORAÇÃO BOMBA MUSCULAR ESQUELÉTICA BOMBA RESPIRATÓRIA RADIAÇÃO UTILIZADA NA HEMODINÂMICA: -A radiação utilizada nesta técnica são os raios “X”. -Os raios “X” foram descobertos em 8 de novembro de 1895, pelo físico alemão WILHEM CORAD ROENTGEN, realizava experimentos. -Os raios X podem ser reproduzidos quando elétrons são acelerados em direção a um alvo metálico. -O dispositivo que gera os raios-X é chamado de TUBO de COOLIDGE, este componente é um tubo oco, evacuado, ainda possui um catodo incandescente que gera fluxo de elétrons de alta energia. Estes são acelerados por uma grande diferença de potencial e atingem ao ânodo ou placa. -Ao serem acelerados os elétrons ganham energia e são direcionados contra um alvo, ao atingi-lo são bruscamente freados perdendo uma parte da energia adquirida durante a aceleração. -O resultado das colisões e da freagem é a energia transferida dos elétrons para os átomos do elemento alvo. Este se aquece bruscamente, pois em torno de 99% da energia do feixe eletrônico é dissipada nele. CATODO SUBSTÂNCIA DE CARÁTER METÁLICO, QUE POSSUEM ALTA CONDUTIVIDADE DE ENERGIA. ELETRODO, FONTE PRIMÁRIA DE ELÉTRONS NO INTERIOR DE UMA VÁLVULA ELETRÔNICA, DE ONDE SAEM OS ELÉTRONS ACELERADOS E AQUECIDOS PELO FILAMENTO EM DIREÇÃO A PLACA (ANODO) ANODO POLO POSITIVO DE UMA FONTE ELÉTRICA (PLACA). ELETRODO PARA ONDE SE DIRIGEM OS ELÉTRONS ACELERADOS TERMICAMENTE PELO CATODO (ELÉTRO NEGATIVO) AQUECIDO PELO FILAMENTO. HEMODINÂMICA: -Hemodinâmica ou Cardiologia Intervencionista é um conjunto de procedimentos médicos invasivos para diagnóstico e tratamento de cardiopatias. -Utiliza o cateterismo, pratica que introduz finos cateteres na dinâmica circulatória, possibilitando assim o diagnóstico por introdução de contraste radiológico. Possibilita também tratar isquemias coronárias pela desobstrução mecânica do vaso (angioplastia) bem como a introdução de aparatos (stent) que impeçam a reestenose. ESPAÇO FÍSICO: -A construção de uma hemodinâmica é obrigatório ser dentro de um hospital, para total segurança do paciente. RECEPÇÃO: Espaço onde o paciente é admitido, coletado dados, preenchimentos de fichas e toda burocracia necessária para realização do procedimento. SALA DE EXAMES: -O paciente é encaminhado para esta sala, onde será posicionado sobre uma Mesa pela equipe de enfermagem. -Monitorado por cardioscópio, oximetria de pulso e pressão invasiva. -O técnico de radiologia coletará informações do paciente, tais como: nome Completo, data de nascimento, médico assistente, etc. e registrará na mesa de comando. MESA DE PROCEDIMENTO: Mesa de exames com a capacidade de suportar no mínimo pacientes com 100 Kg mais 160 Kg para manobras de ressuscitação o que garante segurança em situações de emergência. GERADOR DE RAIOS “X” -Gerador de Rx de alta tensão com potência mínima de 100 KW e proporcionar ao tubo de Rx uma emissão de radiação rápida e de potência suficiente para obtenção de contraste na imagem, permitindo nesta condição a operação dentro dos limites de segurança de radiação para o paciente e operador. -Tubo de Rx com capacidade térmica mínima de 1.700.000 HU. INTENSIFICADOR DE IMAGEM: -Intensificador de imagem com o maior “fator conversor” possível ou sistema “Flat Panel”. -Videocâmara de alta resolução responsável pela qualidade das imagens de fluoroscopia e que promove a transformação do sinal análogo para o sistema de angiografia digital. -Imagem digital de alta qualidade com matriz de no mínimo 512x512x8 bites a 30 quadros/seg. Gravação do exame em compact disc (CD) em padrão DICOM. -Fluoroscopia pulsada com taxas de pelo menos 30/15 e 7,5 pulsos por segundo. -Gravação do exame em compact disc (CD) em padrão DICOM POLÍGRAFO: -Polígrafo com no mínimo 4 canais de ECG 3 e 2 canais de pressão com possibilidade de registro simultâneo. -O polígrafo apresenta pelo menos quatro canais, que é recomendado para o registro dos dados fisiológicos durante o exame. Dois para pressões simultâneas e dois amplificadores de alta fidelidade para o ECG, FC e Pd2 (onda “p” na derivação 2). TRANSDUTOR DE PRESSÃO: É UM MONITOR DE PRESSÃO INVASIVA QUE É LIGADO AO PACIENTE E AO POLÍGRAFO. CARRO DE ANESTESIA: -Carro onde apresenta um sistema de ventilação mecânica, compostos de traquéias e bolsa de baraca. -O carro é composto de monitores, que visão oximetria de pulso, FC, PA, traçados eletrocardiográficos e capinógrafo. CARRO DE URGÊNCIA: -Carro móvel, composto de materiais para uma PCR (Parada cardiopulmonar), composto de: Desfibrilador ( Cardioversor), Tubos endotraqueais, Medicações de urgências, marca-passo provisório, ambú. AMBÚ Ressuscitadores Ambú de Silicone Disponíveis em três tamanhos, os ressuscitadores Ambú Silicone são fáceis de manter, mais cômodos de usar . Autoclaváveis para sua reutilização e mais eficientes na ventilação dos seus pacientes. Projetados sob as mais rigorosas normas técnicas MONITOR DE SINAIS VITAIS: Monitor de Sinais Vitais Portátil VS-800 O VS-800 é um monitor de sinais vitais portátil, leve e fácil de manusear, ideal para monitoração de pacientes adultos, pediátricos e neonatais. SALA DE COMANDO: -Esta sala é composta de equipamentos, onde o técnico em radiologia é responsável para acioná-los mediante os comandos do médico, durante todo o procedimento. -Esta sala é dividida por um vidro plumbífero, possibilitando a comunicação visual do técnico de radiologia com o médico que estará realizando o exame. COMPUTADOR CENTRAL: -Neste computador são realizados os sistemas de liga e desliga do equipamento de sala; Também são realizados os sistema de registro do paciente, medidas de lesões das coronárias para colocação do stent, tamanho e função do VE; permite ver a exposição da radiação durante todo o procedimento; controlar as projeções, podendo ser aplicado o zoom, controlar as seqüência e velocidade de cada projeção. É UM EQUIPAMENTO ADAPTADO NO COMPUTADOR CENTRAL, QUE AUXILIA NO COMANDO DE LIGA E DESLIGA DO EQUIPAMENTO E NOS TIPOS DE PROCEDIMENTOS A SEREM. SÃO REALIZADO DOIS TIPOS DE FILMAGEM. CONVENCIONAL: Com menos intensidade de radiação, utilizadas nas imagens de cateterismo e angioplastias coronarianas: nestes procedimentos pode ser realizados em movimento da mesa durante as filmagens. DIGITAL: Com maior intensidade de radiação, utilizadas nas angiografias cerebrais, embolizações e arteriografias de MMSS e MMII. Nestes procedimentos não pode ser realizado movimento da mesa duranteas filmagens. Digital: Ø Para melhorar a qualidade de uma imagem subtraída num exame angiográfico, O técnico de radiologia pode utilizar o DESLOCAMENTO DO PIXEL, no pós procedimento de imagem. Ø Como também, o desprezo da anatomia de fundo para permitir melhor visualização de vasos é denominada de SUBTRAÇÃO. DOENÇAS TRATADAS NA HEMODINÂMICA ØInfarto agudo do miocárdio (IAM); ØAcidente vascular encefálico (AVE); ØAneurisma cerebral. HEMODINÂMICA Breve histórico: O serviço de Hemodinâmica foi introduzido no país pelo Dr. José Eduardo de Souza há aproximadamente 40 anos, cabendo ao Instituto de Cardiologia o pioneirismo de realizar os primeiros exames. EQUIPE DA HEMODINÂMICA: Ø 02 HEMODINAMICISTAS COM FORMAÇÃO EM CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA; Ø 01 ANESTESIOLOGISTA; Ø01 ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA; Ø02 TÉCNICOS DE ENFERMAGEM ESPECIALIZADOS; Ø01 TÉCNICO EM RADIOLOGIA. EXAMES REALIZADOS: Ø CINEANGIOCORONARIOGRAFIA (CATETERISMO CARDÍACO). É um exame invasivo, realizado com anestesia local, sedação; Através de uma punção na radial, braquial ou femoral, é introduzido um Introdutor com válvula e através desse introdutor e introduzido um cateter que percorre o vaso até chegar ao coração. Ø INDICAÇÃO: •Mostrar obstruções das artéria que irrigam a musculatura do coração; •Quantificar alterações do funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco; • Esclarecer alterações anatômicas não confirmadas por outros exames; •Mostrar em detalhes uma mal formação congênita. ØNo cateterismo cardíaco, habitualmente são obtidas imagens oblíquas, sendo: • 02 imagens na coronária DIREITA; • 06 imagens na coronária ESQUERDA. ANGIOPLASTIA CORONÁRIA É a desobstrução das artérias coronárias que estão acometidas por uma placa de gordura (ateroma). É realizada através de um balão que posicionado no local desejado é inflado no Ponto de estrangular e restituir a circulação no vaso STENT CORONÁRIO É a fixação de uma tela de aço inoxidável na parede interna do vaso desobstruído durante a angioplastia, para impedir uma ré-estenose. AORTOGRAFIA A aorta, a maior artéria do organismo, recebendo todo o sangue ejetado do ventrículo esquerdo, e em seguida distribui por todo o corpo, com exceção dos pulmões. AORTA: No estudo da aortografia, são estudados os principais ramos: • Aorta; • Artéria mesentérica inferior; • Artéria mesentérica superior; • Artéria renal esquerda; • Artéria renal direita. ANGIOGRAFIA CEREBRAL É um Exame que analisa com precisão as artérias e veias do cérebro. Neste procedimento é importante o estudo dos seguintes vasos: • Duas carótidas; • Uma artéria vertebral. Denominadas de angiograma dos três vasos. EMBOLIZAÇÃO CEREBRAL É um o método que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através de monitor de TV ele é levado até o aneurisma promovendo o seu bloqueio com Micro Molas de Platina. Este material não causa reação nem rejeição e é definitivo. A embolização é um procedimento vascular intervencionista que tem como objetivo principal: • Liberar um agente Quimioterápico; • Parar o sangramento ativo em um determinado local; • Parar o fluxo de sangue no local patológico ( tumor); • Reduzir o fluxo de sangue em tumor antes da cirurgia. MAV. (MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA) É um Distúrbio congênito dos vasos sangüíneos do cérebro nos sítios onde exista uma conexão anormal entre as artérias e as veias ARTERIOGRAFIAS É um exame para diagnosticar problemas de obstrução por arteriosclerose das artéria e veias dos membros inferiores e superiores, fístulas e ramificações da artéria aorta. ESTUDO ELÉTRO-FISIOLÓGICO É uma forma de cateterismo cardíaco que visa estudar o funcionamento do sistema elétrico do coração , através da introdução de cateteres (dois a três) por via venosa ( a mais comum ) ou por via arterial . Através do estudo eletrofisiológico , ainda é possível identificar o mecanismo e o local do aparecimento de certas arritmias cardíacas . INDICAÇÕES ØÉ indicado nas avaliações de morte súbita em pacientes com síndrome de Wolf-Parkinson-White; ØInfarto agudo do miocárdio e recuperados de PCP; ØSíncope de causas desconhecidas; ØDiagnóstico diferencial de taquicardias de QRS estreito e largo; ØAvaliação de distúrbios da condução intra cardíaca e indicação de marcapasso. ABLAÇÃO É uma modalidade de tratamento de certas arritmias , na qual se aplica uma energia de radiofreqüência sob o local de sua origem , destruindo-o. MEIOS DE CONTRASTES Nos exames simples de RX, algumas estruturas anatômicas são facilmente visualizadas devido à opacidade dos tecidos. Exemplo: tecidos ósseos. Outros órgãos apresentam densidade semelhante em toda estrutura anatômica, impedindo sua perfeita visual ização. Exemplo: r ins, estômago, intestinos, cápsulas articulares, etc. Para esses exames é necessário o uso de contrastes radiológicos, que são substâncias químicas que servem para opacificar o interior de órgãos, que não são visíveis no RX simples. *Classificação: -Os meios de contraste são classi f icados quanto à capacidade de absorção dos RX, composição química, capacidade de dissolução e vias de administração. *Capacidade de absorver radiação: - Positivos ou radiopacos: quando presentes em um órgão absorvem mais radiação que as estruturas vizinhas. - Negativos ou radiotransparentes: é o caso de ar e dos gases que permitem a passagem dos RX mais facilmente servindo assim como contraste negativo. (ex: radiografias de duplo contraste, ar e bário). *Composição: - Iodados: são os que contem iodo (I) como elemento radiopaco em sua formula. -Não iodados: não contem iodo, mas utiliza substâncias como bário (Ba SO4) ou gadolínio em sua fórmula. Podem ser: - Hidrossolúveis: dissolve-se em água. - Lipossolúveis: dissolve-se em lipídios (gordura). - Insolúveis: não se dissolvem. Ex: sulfato de bário. Vias de administração: -Oral: quando o meio de contraste é ingerido pela boca. -Parenteral: quando o meio de contraste é ministrado por vias endovenosas ou artérias. -Endocavitário: quando o meio de contraste é ministrado por orifícios naturais que se comunicam com o meio externo. (ex: uretra, reto, útero, etc). - Intracavitário: quando o meio de contraste é ministrado via parede da cavidade em questão. (ex: fístula). *Precauções, contra-indicações e efeitos colaterais no uso de contraste iodado. Pacientes com maior potencial para apresentar alergias ou reações aos meios de contrastes são chamados de hipersensíveis ao iodo. Por isso os médicos radiologistas prescrevem um tratamento prévio com anti-histamínicos e corticóides, para aumentar o grau de aceitação do organismo à droga. Em todo exame contrastado que é necessário usar meio de contraste iodado, é imprescindível que o paciente responda um questionário previamente preparado, que é encontrado em todos os departamentos radiológicos, onde são feitas perguntas para analisar históricos alérgicos do mesmo. As principais contra indicações para o uso desse meio de contraste são o hipertireoidismo manifesto e a insuficiência renal. Os efeitos colaterais mais freqüentes no uso dos iodados podem ser: -Leves: sensação de calor e dor, eritema, náuseas e vômitos. Sendo que os dois últimos não são considerados reações alérgicas. -Moderados: urticária com ou sem prurido, tosse tipo irritativa, espirros, dispnéia leve, calafrios, sudorese, lipotímia e cefaléia. - Grave: edema periorbitário, dor torácica, dispnéia grave, taquicardia, hipotensão, cianose, agitação, contusão e perda da consciência, podendo levar ao óbito. ATRIBUIÇÃO DO TÉCNICO EM RADIOLOGIA Ø Registrar o paciente no computador central; Ø Operar o equipamento em geral; Ø Medir lesões das coronárias, preparar fotos; Ø Medir as lesões na angioplastia, comprimento e diâmetro para colocação do stent; Ø Operar o polígrafo, registrando as pressões; Ø Preparar o polígrafo nas medidas de pressões paraprotocolo de transplantes; Ø Gravar o exame em CD, para o arquivo e paciente; Ø Checar e detectar problemas técnicos nos equipamentos, registrar em livro de ocorrência e acionar assistência técnica. Ø Checar EPIs, (se for necessário à troca); fiscalizar o uso correto dos EPIs e dosímetro; Ø Operar bomba injetora de contrastes. Ø Posicionar corretamente o paciente; Ø Selecionar os fatores de exposição no gerador ou painel de controle; Ø Escolher as medidas de proteção contra a radiação; Ø Examinar a radiografia visando ao diagnóstico da patologia. MEIOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ØEstando o operador e o pessoal assistente em posição de modo que o feixe primário do RX os atinja, a radiação secundária é a maior fonte de exposição dentro do laboratório. ØUnidades como o tubo de raios-X localizado na parte inferior da mesa de exame (com o intensificador de imagem acima desta) devem ser protegidos as suas laterais com chumbo, em toda sua extensão. Ø O intensificador deve ser operado o mais próximo possível do paciente, menizando a radiação secundária. Ø A sala deve ter isolamento plumbífero (ou Bário) assim como os vidros especiais de observação. Ø As partes do corpo mais sensíveis é que devem ser protegidas da radiação, são: CRISTALINO, MEDULA ÓSSEA, TIREÓIDE e ÓRGÃOS GENITAIS. Ø As doses de radiação são cumulativas. A Comissão Internacional de Unidade de Radiação define que “Há risco potencial para qualquer dose diferente de zero”. DOSE EQUIVALENTE TRABALHADOR PÚBLICO DOSE EQUIVALENTE EFETIVA 50 mSv (5 rem) 1 mSv (0,1 rem) DOSE E. E. POR ÓRGÃOS OU TECIDOS. 500mSv (50 rem) 1 mSv (0,1 rem) DOSE EQUIVALENTE NA PELE 500mSv (50 rem) 50 mSv (5rem) DOSE EQUIVALENTE PARA CRISTALINO 150mSv (15 rem) 50 mSv (5rem) DOSE EQUIVALENTE PARA EXTREMIDADES 500mSv (50 rem) 50 mSv (5rem) TABELA EQUIVALENTE Obs. Para o feto de tecnólogas grávidas, a dose equivalente máxima para: ü0,05 rem ou 0,5 mSv durante qualquer mês ü0,5 rem ou 5 mSv para todo período gestacional. Dosímetro da Grávida: As técnicas grávidas deverão usar um segundo dosímetro na área abdominal sob o avental de chumbo,este dosímetro deverá ser identificado para diferenciar daqueles utilizados no colarinho. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RADIOPROTEÇÃO ØPrincípio da Justificação: Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em relação a outras alternativas e produzir um benefício líquido positivo para a sociedade. ØPrincípio da Otimização: O projeto, o planejamento do uso e a operação de instalações e de fontes de radiação devem ser feitos de modo a garantir que os expositores sejam tão reduzidos quanto razoavelmente. levando-se em consideração fatores sociais e econômicos. ØPrincipio da Limitação de Dose Individual: As doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do público não devem exceder os limites anuais de dose equivalente estabelecidos em norma específica. SISTEMA DE RADIOPROTEÇÃO 1) Óculos de vidro plumbífero; 2) Protetor de tireóide plumbífero; 3) Capas plumbíferas; 4) Protetor de gônadas plumbífero; 5) Luvas plumbífero; ØNo laboratório de hemodinâmica os aventais devem ter espessura de no mínimo 0,25 mm de chumbo, de maneira que proteja a parte da frente e das costas do trabalhador; e deve ter ajuste apropriado ao corpo do usuário de maneira a minimizar aberturas dos braços, cobrindo o dorso inteiro até abaixo do joelho. ØOs protetores de tireóide e os óculos de vidro plumbífero com proteção lateral devem ser usados pelos trabalhadores, de maneira que protejam o cristalino dos olhos contra a radiação espalhada. DOSÍMETRO É o elemento através do qual se monitora a radiação e se localizado sob o avental de chumbo, fornecerá a dose mais próxima da dose dos órgãos internos, mas não será fidedigno quanto à dose da cabeça e pescoço. Os dosímetros devem ser substituídos mensalmente, sendo de uso exclusivo do trabalhador no serviço, e obtidos em laboratórios de monitoração individual credenciados pela CNEN. PRINCÍPIOS DE ALARA. Este princípio determina que a exposição deve ser mantida tão baixa quanto razoavelmente possível. São 4 formas importantes pelas quais a ALARA pode ser obtida: 1- Sempre usar dosímetro. 2-Uso de equipamentos de contenção ,somente como último recurso uma pessoa pode permanecer dentro da sala de exames e jamais o técnico poderá conter o paciente. O acompanhante que ajudar deverá usar avental de chumbo e nunca estar dentro do feixe primário. 3- Uso de colimação, filtragem de raio primário, técnicas de otimização de kv, os écrans e filmes devem ser de alta velocidade o mínimo de repetição possível. 4- Princípio de tempo, distância e proteção. Menor tempo possível, ficar mais afastado que der e fazer uso do biombo de chumbo. Estas proteções são importantes na radiografia móvel e no trauma, principalmente nas unidades de fluoroscopia de arco em C. ALARA ALARA (As Low As Reasonably Achievable) é um acrônimo para a expressão “tão baixo quanto razoavelmente exequível”. Este é um princípio de segurança de rad iação, com o ob je t ivo de minimizar as doses a pacientes e trabalhadores e os lançamentos de res íduos de mate r ia i s radioat ivos empregando todos os métodos razoáveis. BASES PARA ALARA A filosofia atual de segurança da radiação é baseada no pressuposto conservador de que a dose de radiação e seus efeitos biológicos sobre os tecidos vivos são modelados por uma relação conhecida como “hipótese linear”. A afirmação é que cada dose de radiação de qualquer magnitude pode produzir algum nível de efeito prejudicial que pode se manifestar como um r isco aumentado de mutações genéticas e câncer. O principio ALARA é usado como base para orientar todas as etapas do uso médico de radiação, os projetos de instalações dos equipamentos de irradiação e os procedimentos de proteção. FATORES DE LIMITAÇÕES DA RADIAÇÃO 1. Tempo: Deve haver rigorosamente limitação de tempo de exposição, a fim de que o indivíduo não receba doses acima dos limites de tolerância estabelecidos. 2. Distância: Vamos entender como distância, o espaço mantido entre o trabalhador e a fonte de radiação. Isto significa que o trabalhador pode realizar suas tarefas sem risco nenhum de ser atingido pelas radiações, porque se encontra numa distância segura. Esta medida é eficaz e muito simples de ser aplicada. 3. Blindagens: Corresponde à utilização de barreiras feitas de materiais que sejam capazes de absorver radiações ionizantes. Essas barreiras devem ser feitas e orientadas por especialistas para que não se corra nenhum risco. É comum o uso de barreira de chumbo ou concreto cuja espessura é dimensionada em função do tipo de radiação da qual se quer livrar. PROTEÇÃO DO TÉCNICO Os técnicos devem sempre lembrar que pela própria natureza de seu trabalho sofrem exposição ocupacional à radiação e, portanto, devem seguir todas as práticas de segurança possíveis para limitar a exposição. CARGA HORÁRIA DO TÉCNICO A carga horária do técnico em radiologia é de 24 horas semanais; cabendo a empresa distribuí-la durante a semana. Férias semestrais são de 20 dias. UTILIZAÇÃO DO DOSÍMETRO Ø Uso pessoal; Ø No tórax acima do peito; Ø Não se deve transportá-lo para outra instituição; Ø Deve ser mantido em local seguro e fechado; Ø Não deve ser exposto a radiações solares; DOSÍMETRO PADRÃO ØEste dosímetro é a referência de “zero” para todos os dosímetros do grupo. Sua finalidade pode ser resumida da seguinte maneira: os dosímetros são enviados pelo correio, e ao chegar na instituição são encaminhados ao setor correspondente para sua utilização no período indicado. ØDurante todo este percurso os dosímetros estão sujeitos não só a exposição a radiação natural, mas também a um possível transporte junto a materiais radioativos, que poderia alterar as doses dando indicações que não são provenientes do trabalho. Portanto após a leitura do dosímetro de cada usuárioserá descontada a leitura do dosímetro Padrão. CONCLUSÃO: ØPouco são as atividades de saúde vigente , que crescem como as que tem por base de aplicação o diagnóstico por imagem. Muitas cirurgias hoje em dia, perderam suas reais necessidades, face a intensa gama de pesquisas com fins diagnósticos, a qual se baseia em intervenções menos invasivas proporcionando assim, aos pacientes menos tempo de internação. ØNa radiologia hemodinâmica oferecem com muita mais segurança, possibilidades de obter dados fidedignos onde que, diante desses dados, a terapia médica intervencionista se estabelece com muito mais segurança para tratar de patologias cardíacas graves que antes eram corrigidos somente com cirurgias clássicas (peito aberto-intratorácica). ØCom menos tempo de hospitalização, os pacientes obtém mais segurança principalmente diante de uma possível infecção hospitalar, a qual tem sido, nos últimos anos o grande desafio na recuperação pós operatória.
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