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1 EPIDEMIOLOGIA: ANORMALIDADE I Aferições clínicas Existem 3 escalas para expressar aferições de fenômenos clínicos: nominal, ordinal e intervalar. Nominal – dados colocados em categorias, sem qualquer ordem inerente. Determinado por gene - ex. sexo, antígenos teciduais, erros inatos do metabolismo; Descontínuos – ex. morte, diálise ou cirurgia Dicotômicos – divididos em duas categorias – ex presença/ausência, sim/não, vivo/morto Ordinais – apresentam ordem inerente ou graduação (pequeno a grande, bem a mal). Ex. DA leve, moderada e severa. Intervalares/numéricos/dimensionais – existe uma ordem inerente e a diferença entre os valores sucessivos é sempre a mesma (1). Contínua – qualquer valor em um continuum. Ex. exames bioquímicos séricos, glicose sanguínea, peso, pressão arterial; Discretas/descontínuas – usam valores específicos e são expressas como contagens. Ex. frequencia cardíaca, glôbulos brancos na urina. Medidas objetivas e subjetivas Hard – aplicado a dados que são confiáveis e de preferência dimensonais (ex. exame de laboratório, dados demográficos e custos financeiros) 2 Soft – desempenho clínico, a expectativa e os dados familiares. Eles dependem de um depoimento subjetivo.Para evitar tais dados subjetivos, os resultados terapêuticos comumento se restringuem à informação de laboratório. Validade e confiabilidade Validade - é o grau pelo qual os resultados de uma aferição correspondem ao estado verdadeiro dos fenômenos que estão sendo medidos. Corresponde a acurácia. Ex. sódio sérico pode ser medido em um instrumento recentemente calibrado de acordo com soluções padrão; achado físico através de cirurgia. (o que se pretende medir?) Na pesquisa clínica uma abordagem mais formal e padronizada pode ser usada a partir de um questionário. São delineadas algumas perguntas, chamadas “construtos” que medem fenômenos específicos (sentimentos, atitudes, conhecimento e crenças). As respostas a essas perguntas são convertidas em números e agrupadas de modo a formar uma escala. Existem 3 estratégias gerais para estabelecer a validade de aferições que não podem ser diretamente confirmadas: Validade de conteúdo – é a medida pela qual um determinado método de aferição inclui todas as dimensões da construção que está sendo aferida. Ex. escala para medir dor teria validade conteúdo se incluísse perguntas sobre dor contínua ou em pontada. Validade de construção - se os resultados de uma escala variam de acordo com a presença de outros indicadores estabelecidos que sabidamente estão associados à dor. Ex. suderese, gemido e necessidade de medicação. 3 Validade de critério – a medida prediz um fenômeno diretamente observável. Ex. observação de que a dor torácica é o resultados de um infarto agudo do miocárdio é confirmada se for seguida diretamente por um infarto documentado. Confiabilidade/ reprodutibilidade/precisão – é a extensão em que medidas repetidas de um fenômeno relativamente estável situam-se próximas uma das outras. (medidas repetidas de uma mesma coisa dão o mesmo resultado?) Variabilidade As aferições clínicas podem assumir uma gama de valores dependendo das circunstâncias na quais são feitas. De onde provém a variabilidade? – as condições que contribuem para aumentar a variabilidade são: o ato de aferição, as diferenças biológicas no indivíduo as diferenças biológicas de uma pessoa para outra FONTE DEFINIÇÃO Aferição instrumento O meio de fazer a aferição observador A pessoa que faz a aferição Biológico Dentro do indivíduo Alterações dos indivíduos com o tempo e a situação Entre os indivíduos Diferenças biológicas de indivíduo a indivíduo Efeito Cumulativo 4 Cumulativa/acumulativas – as observações sujeitas a qualquer uma das fontes estão também sujeitas aquelas que a precedem. Este enfoque de variabilidade permite: classificar as fontes de variação em determinada situação; determinar o quanto elas podem ter contribuído para os dados observados; avaliar como elas podem ser minimizadas. As variáções na aferição também se devem ao fato de que as medidas são feitas em somente uma amostra do fenômeno em descrição. A fração de amostra é a fração do todo que está incluída na amostra, em geral é muito pequena. Se as mensurações são feitas por vários métodos diferentes (ex. exame laboratórial, técnicos diferentes ou máquinas diferentes) alguma das determinações podem não ser confiáveis e manifestar diferenças sistemáticas do valor correto, contribuindo para a dispersão dos valores obtidos. REFERÊNCIA FLETHER, R. H.; FLETHERS.W.; WAGNER, E. H. Epidemiologia Clínica: bases científicas da conduta médica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 5