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4 didatica e pratica do ensino de geografia

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DIDÁTICA E PRÁTICA
DO ENSINO DA GEOGRAFIA
Programa de Pós-Graduação EAD
UNIASSELVI-PÓS
Autor: Arlindo de Souza 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Dr. Malcon Tafner
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Norberto Siegel
Equipe Multidisciplinar da 
Pós-Graduação EAD: Profa. Cristina Danna Steuck 
 Profa. Jociane Stolf
 
Revisão de Conteúdo: Prof. Vilmar Klemann
Revisão Gramatical: Profa. Marli Helena Faust
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2010
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
910
S7293d Souza, Arlindo de.
	 	 Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia/	
 Arlindo de Souza. Centro Universitário Leonardo da
 Vinci - Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010.x ; 
 89. p.: il
	 	 	 Inclui	bibliografia.	
 ISBN 978-85-7830-250-4
																									1.	Geografia	-	Didática	2.	Ensino	de	Geografia	
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci 
 II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título
 Arlindo de Souza
Mestrado em Educação pela FURB – 
Universidade de Blumenau – 1997; Especialização em 
Geografia	Humana	pela	UNIVALI	–	Universidade	do	Vale	
do	Itajaí	–	1988;	Graduado	em	Geografia,	Licenciatura	pela	
UNIVALI,	1974;	Professor	de	Geografia	no	Ensino	Fundamental	
e Médio, nas redes públicas estadual e municipal, e particular, 
por 30 anos; Professor Universitário, desde 1992, das disciplinas 
de:	Metodologia	do	Ensino	da	Geografia,	Prática	do	Ensino	da	
Geografia,	Prática	docente	–	projetos	integrados	e	Orientador	
de TCC; Ocupou as funções de Diretor, Coordenador da área 
de	Geografia	na	Secretaria	Regional	de	Estado	da	Educação	
e Desporto de Santa Cataria em Blumenau e Coordenador do 
Curso	Superior	de	Geografia	da	UNIVALI;	Co-autor	de	 três	
livros: documentos norteadores da Proposta Curricular 
de Santa Catarina: Disciplinas curriculares; Formação 
docente e Temas transversais (1988-1998); Autor do 
livro	didático:	Metodologia	do	ensino	da	geografia	
da UNIVALI.
Sumário
APRESENTAÇÃO ..................................................................... 7
CAPÍTULO 1
As	Tendências	Pedagógicas	no	Ensino	da	Geografia ....... 9
CAPÍTULO 2
O	Uso	de	Recursos	Didáticos	para	o	Ensino	da	Geografia:	
Aplicação	dos	conhecimentos	Teórico-Metodológicos 23
CAPÍTULO 3
Análise	de	Bibliografias	na	Área	da	Geografia ............... 47
CAPÍTULO 4
Instrumentos	de	Avaliação	de	Aprendizagem	
na	Geografia ......................................................................... 61
CAPÍTULO 5
As	Perspectivas	Sócio–Históricas	Relativas	
à	Formação	Docente ............................................................ 71
CAPÍTULO 6
A	Reflexão-Ação	na	e	Sobre	a	Prática	Pedagógica	do	
Ensino	de	Geografia ............................................................ 81
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a)
O presente Caderno de Estudo, da disciplina Didática e Prática do Ensino da 
Geografia,	Curso	de	Pós-Graduação	–	Especialização	em	Metodologia	de	Ensino	
de	 Geografia,	 na	 modalidade	 a	 distância,	 da	 UNIASSELVI,	 tem	 por	 objetivo	
apresentar conhecimentos teórico-práticos que possam auxiliar os seus estudos 
sobre	a	Geografia	e	o	seu	ensino.
Compreender	 a	 Geografia	 e	 seu	 modo	 de	 ensinar,	 em	 seus	 diferentes	
aspectos,	bem	como	apresentar	novos	caminhos,	ajuda	na	construção	da	ciência	
geográfica.
Conscientes da necessidade de atualizar e aprofundar questões referentes 
à	Geografia	e	ao	seu	ensino,	e	para	ajudá-lo	nesta	caminhada	do	conhecimento,	
colocamos à sua disposição seis capítulos com informações, orientações sobre 
As	tendências	pedagógicas	no	ensino	da	Geografia,	O	uso	de	recursos	didáticos	
para	o	ensino	da	geografia,	Aplicação	dos	conhecimentos	teórico-metodológicos,	
Análise	 crítica	 das	 bibliografias	 existentes	 na	 área	 de	 geografia,	 Instrumentos	
de	 avaliação	 de	 aprendizagem	 na	 geografia,	 As	 perspectivas	 sócio-históricas	
relativas	à	formação	docente	e	A	reflexão-ação	na	e	sobre	a	prática	pedagógica	
do	ensino	de	geografia.
Em cada capítulo, além dos textos, indicamos leituras complementares e 
apresentamos	atividades	de	estudo	para	você	complementar	o	seu	aprendizado.
Além	disso,	você	perceberá	que	os	conteúdos	e	atividades	estão	relacionados	
a	 assuntos	 do	 seu	 dia	 a	 dia	 como	professor	 de	Geografia.	Esses	 conteúdos	 e	
atividades	não	têm	a	pretensão	de	ser	um	“receituário”	para	o	seu	trabalho,	nem	
têm	a	pretensão	de	esgotar	o	assunto,	e,	sim,	contribuir	para	a	reflexão	sobre	sua	
práxis	do	processo	ensino-aprendizagem	da	Geografia.
Espero	subsidiar	e	instigar	o	seu	olhar	geográfico.
O autor.
CAPÍTULO 1
As	Tendências	Pedagógicas	no	
Ensino	da	Geografia
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Apropriar-se de fundamentos teórico-metodológicos 
sobre	as	tendências	pedagógicas	
	 no	ensino	da	Geografia.
 3 Adotar	uma	atitude	responsável	em	relação	ao	ensino	da	Geografia.	
10
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
11
As Tendências Pedagógicas no Ensino da 
Geografia
 Capítulo 1 
Contextualização
Neste	primeiro	capítulo	você	conhecerá	fundamentos	teórico-metodológicos	
sobre	as	tendências	pedagógicas	da	Geografia	e	do	seu	ensino.	Tais	fundamentos,	
certamente,	contribuirão	para	que	você	amplie	seus	horizontes,	pense	e	repense	
o mundo com atitude responsável. Durante o seu estudo, trocaremos ideias 
sobre a nossa área de atuação, que farão com que nós, geógrafos, possamos 
desenvolver	um	 trabalho	de	qualidade	e	 tenhamos	orgulho	da	nossa	profissão.	
A	 Geografia,	 como	 ciência	 social,	 engloba	 contribuições	 de	 vários	 campos	 do	
saber que, em muito, ajudarão no entendimento das contradições do mundo atual. 
Acredito	que,	ao	final	deste	estudo,	cada	um	possa	tornar	o	ensino,	ou	a	pesquisa	
da	Geografia,	mais	interessante	e	desafiador.
As	Tendências	Pedagógicas	no	
Ensino	da	Geografia
A	Geografia,	entendida	como	uma	ciência	social,	 tem	como	preocupação	a	
organização do espaço, além da responsabilidade na formação dos cidadãos.
Não	 há	 mais	 como	 reproduzir	 a	 “Geografia	 dos	 professores“	 (LACOSTE,	
1988,	p.	251),	a	Geografia	de	textos	descontextualizados,	intermináveis	listas	de	
exercícios,	atividades	sem	o	uso	de	mapas	e	afins,	entre	outros,	que	tornavam	e	
ainda tornam as aulas desinteressantes e cansativas, negando todo o laboratório 
vivo do meio ambiente, como se não existissem os homens com seus ideais, 
reflexões	e	conflitos.
 A respeito disso, assim se manifesta Gonçalves (1984, p. 18): 
“[...]	a	Geografia	deve	ser	entendida	como	um	momento	necessário	da	
sociedade, que só pode ser compreendida dentro da totalidade social 
de	que	faz	parte	e	que	ajuda	a	construir”.
 A falta de conhecimento sobre educação e principalmente sobre 
a	Geografia	e	o	seu	ensino	teve	e	terá,	certamente,	reflexos	negativos	
sobre a qualidade do ensino.
	Dito	 isso,	 observe	 as	 figuras	 que	 apresentam	 as	 diversas	
correntes	de	geografia:	a	tradicional,	a	quantitativa,	a	da	percepção	e	a	
crítica, e realize a atividade de estudo.
A Geografia 
deve ser 
entendida como 
um momento 
necessário da 
sociedade, que 
só pode ser 
compreendida 
dentro da 
totalidade social 
de que faz parte 
e que ajuda a 
construir.
12
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
Nomeie	 as	 figuras	 que	 seguem	 com	 a	 respectiva	 corrente	
geográfica.	 Procure	 saber	 (pesquisar)	 mais	 sobre	 elas	 na	 obra	
indicada na fonte e/ou em outras para ampliar seu conhecimento 
sobre	cada	corrente	geográfica.
Figura	1	–	Corrente	geográfica	
Fonte:	Kozel	e	Filizola	(1996).	Adaptado	para	fins	didáticos.	
 
 Para Pereira (1999, p. 30):
Este	 saber	 transmitidopela	 geografia	 tradicional	 elimina	
o raciocínio e a compreensão e leva à mera listagem de 
conteúdos dispostos numa ordem enciclopédica linear que, 
mais	uma	vez,	evidencia	uma	precedência	do	natural	sobre	o	
social, para que o social seja visto como natural.
Atividade de Estudos: 
1)	A	corrente	geográfica	da	figura	1	chama-se: _________________
13
As Tendências Pedagógicas no Ensino da 
Geografia
 Capítulo 1 
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
2)	Relacione	outras	características	sobre	esta	corrente	geográfica:
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 
 
Figura	2	-	Corrente	geográfica
Fonte:	Kozel	e	Filizola	(1996).	Adaptado	para	fins	didáticos.
É	a	“escola	quantitativa	e	teorética”,	na	expressão	de	Moreira	(1991,	p.	43),	
que	 propõe	 a	 “nova	 geografia”,	 contraposta	 à	 geografia	 de	 origem	 europeia,	 à	
“velha	geografia”.
14
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
	Apoia-se	 esta	 “nova	 geografia”	 num	 método	 quantitativo	 e	 sistemático,	
neutralizador	de	conflitos	e	serve	de	instrumento	para	um	planejamento,	a	serviço	
da manutenção da realidade existente.
Atividade de Estudos: 
1)	A	corrente	geográfica	da	figura	2	chama-se: _________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
2)	Relacione	outras	características	sobre	esta	corrente	geográfica:
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 
 
Figura	3	-	Corrente	geográfica	
Fonte:	Kozel	e	Filizola	(1996).	Adaptado	para	fins	didáticos.
Sobre	esta	corrente	geográfica,	Kozel	e	Filizola	(1996,	p.	15)	afirmam	que:
15
As Tendências Pedagógicas no Ensino da 
Geografia
 Capítulo 1 
Também	 denominada	 geografia	 humanística	 ou	
comportamental,	 a	 geografia	 da	 percepção	 se	 vale	 da	
psicologia para elaborar sua base teórico-metodológica. 
Preocupada	em	resgatar	a	 importância	do	homem	no	estudo	
geográfico	–	pois	ele	havia	se	transformado	apenas	em	mais	
um dado numérico a ser computado – essa corrente introduz 
em seus procedimentos metodológicos investigações sobre a 
maneira como as pessoas sentem o espaço em que vivem e 
como se relacionam com ele. 
Atividade de Estudos: 
1)	A	corrente	geográfica	da	figura	3	chama-se: _________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
2)	Relacione	outras	características	sobre	esta	corrente	geográfica:
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 
Figura	4	–	Corrente	geográfica
Fonte:	Kozel	e	Filizola	(1996).	Adaptado	para	fins	didáticos.
A	respeito	da	gênese	da	Geografia,	Andrade	(1987,	p.14)	afirma	que:
Naturalmente, o agravamento da pobreza, a destruição da 
natureza e a relação das forças populares, no plano político, 
16
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
atingiram	 também	 a	 geografia,	 e	 surgiu	 o	 que	 se	 chamou	
Geografia	 Crítica	 ou	 Geografia	 Radical,	 reunindo	 em	 um	
só bloco todos aqueles que, almejando uma reforma da 
sociedade, melhor distribuição da renda, etc., batalharam para 
sensibilizar	 a	 geografia	 e	 os	 geógrafos	 para	 os	 problemas	
sociais, políticos e econômicos.
Atividade de Estudos: 
1)	A	corrente	geográfica	representada	na	figura	4	chama-se: ______
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
2)	Relacione	outras	características	sobre	esta	corrente	geográfica:
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
Diante	do	estudo	 realizado,	ainda	fica	uma	pergunta	no	ar:	Qual	é	 tipo	de	
corrente	geográfica	que	você,	professor,	deve	utilizar	no	ensino	da	Geografia?
É aquela que vem ao encontro da construção de uma sociedade mais 
equânime.	Aquela	 que	 faz	 com	 que	 o	 aluno	 se	 sinta	 sujeito	 da	 construção	 do	
espaço	 geográfico.	 Cabe	 lembrar	 que	 nenhuma	 corrente	 geográfica	 deve	 ser	
entendida	 como	uma	 “camisa	de	 força”.	Não	 sejamos	dogmáticos.	O	professor	
deve e pode optar por uma ou mais correntes, depende da proposta, desde que 
se sinta seguro em relação a elas. O importante é fazer um bom trabalho.
Urge, pois, que o professor deixe de trabalhar com conceitos 
“prontos”	e	desencadeie	um	processo	de	construção	de	conceitos	e	
de	saberes	significativos.
17
As Tendências Pedagógicas no Ensino da 
Geografia
 Capítulo 1 
O professor deve sair da sua condição de mero transmissor de conhecimentos 
e o aluno, da mera condição de receptor passivo dos mesmos.
O processo ensino-aprendizagem requer conteúdos e métodos para a 
elaboração de conceitos. Requer, igualmente, uma interação maior e melhor 
entre o professor e o aluno, sendo que ao professor cabe a responsabilidade 
pelo planejamento, mediação e desenvolvimento desse processo, para que seja 
promovida a aprendizagem do aluno, que deve, por sua vez, assumir a postura de 
querer aprender.
É	preciso	que	você	reflita	criticamente	a	respeito	dos	conteúdos	que	serão	
trabalhados e de que forma os mesmos serão abordados, pois é por meio 
deles	que	você	 incentivará	o	aluno	a	agir	como	sujeito	do	processo	de	ensino-
aprendizagem desencadeado no espaço da sala de aula.
No ambiente da sala de aula, os recursos didáticos devem servir de meios 
para	 que	 se	alcance	o	 fim,	 a	 aprendizagem,	 sendo	que	esses	 recursos	 jamais	
deverão ser vistos como substitutos do professor.
Para que isso aconteça, faz-se necessário que todo professor da área da 
geografia	vá	além	do	curso	de	graduação.	Faz-se	necessária	a	busca	de	novas	
dinâmicas,	de	práticas	alternativas	e	métodos	que	mudem	o	 jeito	de	ensinar	e,	
para	 tal,	 recomendamos	que	você	busque	na	 leitura	e	na	 formação	continuada	
métodos, técnicas, recursos que vão transformar o ensino praticado.
Conforme	 afirma	 Callai	 (1986,	 p.	 27),	 para	 que	 você	 possa	
avançar	 e	 fazer	 da	 Geografia	 algo	 interessante	 para	 seus	 alunos,	
existem	 alguns	 desafios:	 “[...]	 saber	 o	 que	 queremos	 com	 o	 ensino	
da	 geografia	 [...]	 tendo	 claro	 o	 caminho	 que	 seguiremos	 para	 isto	 e	
conhecer	de	forma	mais	completa	o	espaço	a	ser	estudo	e	ensinado”.
É preciso valorizar o conhecimento acumulado pelo aluno como 
sendo extremamente necessário no processo de ensinar e aprender. A 
você,	caro(a)	professor(a),	cabe	a	função	de	ampliar	o	conhecimento	
pessoal trazido pelo aluno para o ambiente escolar e fazer as conexões 
com os saberes já produzidos.
No mundo atual torna-se imperativo compreender alguns aspectos estudados 
na	Geografia,	 tais	como:	a	“explosão”	populacional,	os	problemas	ecológicos,a	
indústria e a multiplicação das atividades econômicas, a urbanização e a justiça 
social, a modernização do campo, o	 progresso	 científico,	 o	 acelerado	 avanço	
tecnológico,	enfim,	questões	a	que	a	Geografia	não	crítica	não	responderia.
[...] Saber o 
que queremos 
com o ensino 
da geografia 
[...] tendo claro 
o caminho que 
seguiremos para 
isto e conhecer 
de forma mais 
completa o espaço 
a ser estudo e 
ensinado.
18
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
Sem dúvida, essas e outras preocupações vão além da 
responsabilidade	do	professor	de	Geografia,	mas	não	podem	ser	bem	
sucedidas sem ele.
E	 para	 aprofundar	 ainda	 mais	 o	 estudo	 sobre	 –	As	 tendências	
pedagógicas	 no	 ensino	 da	 Geografia	 –	 leia	 o	 texto	 que	 segue	
(GONÇALVES, 1988, p. 19-21):
A CHAVE DA GEOGRAFIA
O	 saber	 geográfico	 tem	 um	 caráter	 político.	 O	 estudo	
da organização do espaço é o ponto de partida para uma 
compreensão melhor do homem. Por meio do trabalho os 
homens se apropriam da natureza.
O	 espaço	 geográfico	 é	 alguma	 coisa	 produzida	 pela	
sociedade.	 Qualquer	 sociedade	 organiza	 seu	 espaço	 através	 do	
processo de trabalho, apropriando-se socialmente da natureza. Os 
homens	socialmente	produzem	a	sua	geografia	para	se	reproduzirem	
enquanto seres humanos, num contexto de relações sociais 
determinadas.
A questão é sermos geógrafos para tentar compreender o 
papel da organização do espaço na sociedade, tendo em vista 
a compreensão desta sociedade e, ao mesmo tempo, sermos 
geógrafos para a produção de um conhecimento que nos permita 
transformar a realidade. 
A	 geografia	 tem	 ignorado	 essa	 relação	 dos	 homens	 entre	 si	
e que determina o que vai ser feito da natureza. Os homens são 
sempre tratados como homens abstratos e não como homens 
concretos que, na nossa sociedade, ou são industriais ou operários; 
ou são banqueiros ou bancários; latifundiários ou posseiros. Estes 
são os homens concretos que se relacionam com a natureza, sob 
determinadas relações sociais.
Em função dessas relações sociais é que se desenvolve 
o processo de trabalho, que é o processo de transformação da 
natureza em coisas úteis para a vida humana. Essa é a chave para a 
geografia	que	deve	levar	em	conta	a	análise	do	processo	de	trabalho,	
A “explosão” 
populacional, 
os problemas 
ecológicos, a 
indústria e a 
multiplicação 
das atividades 
econômicas, a 
urbanização e 
a justiça social, 
a modernização 
do campo, 
o progresso 
científico, o 
acelerado avanço 
tecnológico, 
enfim, questões a 
que a Geografia 
não crítica não 
responderia.
19
As Tendências Pedagógicas no Ensino da 
Geografia
 Capítulo 1 
visto como um processo social de apropriação da natureza, não de 
maneira	 individual,	mas	dentro	de	determinados	objetivos	definidos	
socialmente,	influenciados	fortemente	por	aqueles	que	controlam	os	
próprios meios de produção.
Fonte:	GONÇALVES,	Carlos	Walter	P.	Reflexões	sobre	a	
geografia	e	educação:	notas	de	um	debate.	In:	MARQUES,	
Lucia	A.	(org.)	Fundamentos	para	o	ensino	da	geografia:	
seleção de textos. São Paulo: SE/CENP, 1988, p. 19-21.
Atividade de Estudos: 
1)	E	 para	 finalizar	 os	 estudos	 deste	 capítulo,	 com	 base	 no	 texto,	
interprete	 a	 citação	 que	 segue:	 “Em	 função	 dessas	 relações	
sociais é que se desenvolve o processo de trabalho, que é o 
processo de transformação da natureza em coisas úteis para a 
vida	humana”	(GONÇALVES,	1988,	p.	21).
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
2) Leia e faça o fichamento do artigo Diálogo entre as Ciências 
Sociais e a Geografia, de autoria de Antonia Maria Duarte de 
Queiroz	 e	 Luciene	 Rodrigues	 (texto	 completo	 em	 arquivo	 pdf),	
disponível	 em:	 <http://www.caminhosdegeografia.ig.ufu.br/
viewarticle.php?id=787&layout	>.	Acesso	em:	09	jul.	2009.	
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
20
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
O Fichamento é o registro dos estudos de um livro ou de 
um	 texto	 e	 a	 estrutura	 do	 fichamento	 é	 composta	 pelo	 cabeçalho,	
assunto,	referência(s)	e	corpo	(resumo)	–	disposto	em	fichas.
Algumas	Considerações
Neste	capítulo	você	estudou	sobre	as	tendências	pedagógicas	no	ensino	da	
Geografia.
A	 nossa	 intenção	 foi	 desencadear	 uma	 reflexão	 de	 ordem	 teórica	 e	
metodológica, bem como possibilitar a construção de uma atitude responsável 
em	 relação	 à	 Geografia	 e	 seu	 ensino.	 Os	 aspectos	 teóricos	 e	 metodológicos	
da	Geografia	devem	ser	de	 tal	 forma	dinâmicos	que	engajem	o	aluno,	direta	e	
ativamente, no processo de aprendizagem, tornando a prática pedagógica 
interessante e útil.
Não esqueça: a leitura das obras referenciadas é muito importante para sua 
autoaprendizagem.
No	próximo	capítulo	você	estudará	o	uso	de	recursos	didáticos	e	a	aplicação	
dos	conhecimentos	teórico-metodológicos	para	o	ensino	da	Geografia.
Bons estudos! 
21
As Tendências Pedagógicas no Ensino da 
Geografia
 Capítulo 1 
Referências
ANDRADE, Manoel C. de. Geografia, ciência da sociedade: introdução à 
análise	do	pensamento	geográfico.	São	Paulo:	Atlas,	1987.
_________. Manoel C. Caminhos e descaminhos da Geografia. 3. ed. 
Campinas, São Paulo: Papirus, 1998. 
CALLAI, Jaime Luiz. Área dos estudos sociais: metodologia. Ijuí: UNIJUÌ, 1986.
CASTELLAR, Sonia (org.). Educação Geográfica: teorias e práticas docentes. 2. 
ed. São Paulo: contexto, 2006.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (org.). Ensino de geografia: práticas e 
textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação. 2000.
GONÇALVES,	Carlos	W.	P.	Reflexões	sobre	Geografia	e	educação:	notas	de	
um debate. In: O Ensino da Geografia e, questão e outros temas. Terra Livre, 
Marco Zero, n. 2, 1988.
KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática de geografia: memórias da Terra: 
o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996.
LACOSTE, Yves. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 
São Paulo: Papirus, 1988.
MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. 11. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.
PEREIRA, Raquel Maria Fontes do Amaral. Da Geografia que se ensina à 
gênese da geografia moderna. 3. ed. Florianópolis: UFSC, 1999.
 
QUEIROZ,	Antonia	Maria	Duarte	de;	RODRIGUES,	Luciene.	Diálogo	entre	as	
Ciências	Sociais	e	a	Geografia.	Caminhos	de	Geografia.	Uberlândia,	v.9,	n.28,	
p.	114-125,	2008.	Disponível	em:	<http://www.caminhosdegeografia.ig.ufu.br/
viewarticle.php?id=787&layout>.	Acesso	em:	09	jul.	2009.	
SOUZA, Arlindo de. A Proposta Curricular/ SC/ 1991 e a Geografia: uma 
análise da teoria e da prática. 1997. 126 f. Dissertação (Mestrado em Educação – 
Ensino Superior). Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 1997.
22
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
CAPÍTULO 2
O	Uso	de	Recursos	Didáticos	
para	o	Ensino	da	Geografia:	
Aplicação	dos	Conhecimentos	
Teórico-Metodológicos
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Conhecer fundamentos teóricos e práticos sobre recursos e técnicas que podem 
auxiliar,	com	maior	ou	menor	frequência,	o	processo	ensino-aprendizagem	de		
	 Geografia.
 3 Empregar conhecimentos sobre recursos e técnicas, para garantir a efetividade 
 do processo ensino-aprendizagem. Contextualização
24
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
25
O Uso de Recursos Didáticospara o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
Contextualização
Neste estudo a preocupação é atualizá-lo quanto aos fundamentos teóricos e 
práticos sobre o uso de recursos e técnicas considerados instrumentos auxiliares 
no	processo	ensino-aprendizagem	de	Geografia.
Os exemplos de recursos e técnicas, bem como a sua aplicação, poderão 
ser	utilizados	por	você	para	auxiliar	o	aluno	a	 realizar	uma	aprendizagem	mais	
interessante	e	eficiente.	Os	 recursos	e	 técnicas	de	ensino	e	aprendizagem	são	
alternativas para motivar o aluno visando promover o saber fazer.
É importante ressaltar que os fundamentos teóricos e práticos aqui descritos 
não	 têm	a	pretensão	de	se	 transformar	em	receituário,	mas,	sim,	em	objeto	de	
reflexão	e	(re)elaboração	conforme	a	prática	pedagógica	de	cada	professor. 
O	Uso	de	Recursos	Didáticos	para	o	
Ensino	da	Geografia
Recursos didáticos são instrumentos que fazem parte do ambiente de 
aprendizagem	e	auxiliam	o	processo	ensino-aprendizagem	da	Geografia.	É	todo	
material que o professor usa para preparar e ministrar aula. São exemplos de 
recursos	 didáticos:	 livros,	 apresentações,	 filmes,	 atividades,	 exercícios,	mapas,	
ilustrações e outros.
Para	Araújo	(1998,	p.	23),	“A	racionalidade	de	uma	ação	instrumental	(prática)	
carrega	consigo	uma	racionalidade	teórica,	onde	se	encontram	os	fins,	os	valores,	
as	crenças	que	se	pretendem	atingir	ou	vivenciar”.
 
	É	 preciso	 ficar	 atento,	 pois	 o	 papel	 deles	 é	 auxiliar	 no	 ensino	 de	 alguns	
conteúdos ou transmissão de informações.
Cabe lembrar que por meio do uso adequado dos recursos e técnicas se 
consegue sensibilizar e motivar o aluno para o conteúdo ministrado. 
O uso adequado dos recursos e das técnicas tem a função de colaborar:
• no desenvolvimento da capacidade de observação;
• como motivador do interesse do aluno;
26
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
• para desenvolver a experimentação concreta;
• na	fixação	da	aprendizagem;
• para concretizar os conteúdos da aprendizagem.
A	finalidade	dos	recursos	é	tornar	os	conteúdos	ministrados	mais	facilmente	
assimilados.	 Não	 se	 esqueça	 dos	 recursos	 “audiovisuais”,	 que	 são	 a	 união	
de imagens e de sons utilizados nas técnicas usadas, tão importantes nos 
procedimentos pedagógicos.
Para Pontuschka (2007, p. 216),
[...]	 os	 recursos	 didáticos	 na	 qualidade	 de	 mediadores	 do	
processo de ensino-aprendizagem, se adequadamente 
utilizados, permitem melhor aproveitamento neste processo, 
maior participação e interação aluno-aluno e professor-aluno.
Veja	a	seguir	a	classificação	e	alguns	dos	seus	exemplos:
1)	 Pedagógicos	–	mapas,	globo,	atlas,	livros,	periódicos,	cartazes,	filmes,	etc.	
2)	 Tecnológicos	 –	 Televisão,	 filmadora,	 datashow,	 computador,	 vídeo,	
retroprojetor, rádio, etc.
3) Naturais – vegetais, animais, rochas, água, etc.
4) Culturais – museus, bibliotecas, exposições, etc.
Certamente existem recursos diferentes dos apresentados e que podem 
ser	aproveitados	em	sua	prática	pedagógica.	“A	utilização	de	recursos	didáticos	
deve levar em conta o conceito que está sendo trabalhado, os objetivos a serem 
alcançados	 e	 as	 características	 do	 desenvolvimento	 cognitivo	 [...]”.	 (KOZEL;	
FILIZOLA, 1996, p. 92).
Atividade de Estudos: 
Que	habilidades	e	atitudes	desenvolver	em	nosso	aluno	ao	estudar	
os	recursos	naturais	e	as	necessidades	básicas	do	ser	humano?
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
27
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
Embora tenhamos inúmeros recursos, apresentaremos só alguns, 
acompanhados de atividade para uma melhor compreensão dos mesmos:
a) Mapa
É	uma	representação	gráfica	plana	proporcionalmente	reduzida	da	superfície	
da Terra ou de parte dela.
 
Figura 5 – Mapa do Brasil
 Fonte: Disponível em: <http://www.limasolucoes.
com.br/images/mapaBrasil.gif>.	Acesso	em:	10	out.	2009.
Para Del Rio e Oliveira (1996, p. 187):
O mapa sempre ocupou um lugar de destaque na 
Geografia,	onde	é	ao	mesmo	 tempo	 instrumento	
de trabalho, registro e armazenamento de 
informação e um modo de expressão e 
comunicação,	uma	linguagem	gráfica.
Os	 mapas	 para	 uso	 na	 Geografia	 podem	 ser	 do	 tipo	 humano,	
O mapa sempre 
ocupou um lugar 
de destaque na 
Geografia, onde é 
ao mesmo tempo 
instrumento de 
trabalho, registro 
e armazenamento 
de informação 
e um modo de 
expressão e 
comunicação, uma 
linguagem gráfica.
28
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
físico, político, temático, etc. Para o uso de mapas recomenda-se que sejam 
simples e adequados ao nível de compreensão do aluno e apresentem impressão 
correta das áreas.
“Croqui	é	uma	representação	esquemática	dos	fatos	geográficos.	Não	é	um	
mapa,	[...],	tem	um	valor	interpretativo	de	expor	questões,	não	sendo	obra	de	um	
especialista	em	cartografia”	(SIMIELLI,	1999,	p.105).
Conforme Castrogiovanni (2000, p. 32), 
Cartografia	 é	 o	 conjunto	 de	 estudos	 e	 operações	 lógico-
matemáticos, técnicas e artísticas que, a partir de observações 
diretas e da investigação de documentos e dados, intervém 
na construção de mapas, cartas, plantas e outras formas 
de representação, bem como no seu emprego pelo homem. 
Assim,	a	cartografia	é	uma	ciência,	uma	arte	e	uma	técnica.
A	 cartografia	 é	 um	 recurso	 importante	 no	 processo	 de	 ensino	 e	 pesquisa.	
Ensinar	utilizando	as	diversas	 formas	de	 representação	e	escalas	cartográficas	
ajuda	 o	 aluno	 nos	 estudos	 geográficos.	 Por	 meio	 do	 sensoriamento	 remoto	 é	
possível	 o	mapeamento	 e	 a	 atualização	 de	 dados	 cartográficos	 e	 temáticos,	 a	
produção de dados meteorológicos, entre outros.
Atualmente	 a	 cartografia	 é	 muito	 utilizada	 na	 produção	 de	 mapas	 em	
ambiente	gráfico	computacional.
 
Para	saber	mais	sobre	cartografia,	acesse	o	site do IBGE: 
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_
nocoes/indice.htm
O Atlas é um conjunto de mapas e o Globo, um modelo da Terra, um mapa 
esférico.	No	manuseio	do	Atlas,	“O	mapa	passa	a	ser	a	forma,	por	excelência,	de	
representar o espaço. E ele requer que se percorra um caminho fundamental para 
que	o	aluno	consiga	entendê-lo”	(SANTA	CATARINA,	1998,	p.133).
 Ter à mão esses recursos é ter um mundo de informações. Para 
ampliar ainda mais os seus estudos, visite os sites	oficiais	do:
29
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
- Google Earth 2009b – disponível em: <http://earth.google.
com>.	Acesso	em:	07	jul.	2009.
- Google Maps 2009d – disponível em: <http://maps.google.
com.br>.	Acesso	em:	07	jul.	2009.
Atividade de Estudos: 
O	“Olhar	Espacial”	é	uma	maneira	de	 fazer	Geografia	 (o	método	a	
usar). O Olhar Espacial é um processo que estuda uma determinada 
realidade	social	para	verificar	as	marcas	inscritas	nesse	espaço.
1) Selecione os mapas do Brasil Clima e Vegetação, com a mesma 
escala.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
2)	De	posse	dos	dois	mapas,	responda	às	três	etapas	da	Metodologia	
do Olhar Espacial:
a) Observação/ descrição (dos dois mapas).
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
b) Comparação/ correlação/ análise(entre os dois mapas).
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
c) Conclusão/ síntese.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
30
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
b) Bússola
Figura 6 – Bússola
Fonte: O autor.
O	significado	 da	 palavra	 bússola	 é	 “pequena	 caixa”.	As	 primeiras	
notícias	que	se	 tem	de	seu	uso	vêm	da	China,	onde	ela	era	usada	há	
mais de sete séculos. É um instrumento que usa uma agulha magnética, 
com	movimento	leve,	sobre	a	figura	da	rosa-dos-ventos,	para	determinar	
a direção do norte magnético do planeta (grande imã).
O saber fazer da localização e da orientação é importante para o 
ensino	de	Geografia,	pois	possibilita	o	manuseio	de	mapas	e	do	globo.	
O uso da bússola em atividades com mapas torna o saber e o fazer do 
aluno mais real.
Leitura complementar:
ACZEL, Amir D. Bússola: A invenção que mudou o mundo. Trad. 
Borges, Maria Luiza X. de A. Jorge Zahar Editor, 2002.
Por volta de 1060, os chineses descobriram que uma agulha de ferro, ao ser 
friccionada	 com	uma	pedra-imã,	 apontava	 para	 o	 norte,	 quando	 flutuava	 sobre	
uma palha numa tigela com água. No período dos descobrimentos, os europeus 
utilizavam essas bússolas simples. E deu certo: avistaram o BRASIL! 
O saber fazer 
da localização 
e da orientação 
é importante 
para o ensino 
de Geografia, 
pois possibilita 
o manuseio de 
mapas e do globo. 
O uso da bússola 
em atividades com 
mapas torna o 
saber e o fazer do 
aluno mais real.
31
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
c) Sistema de posicionamento global – GPS
Figura 7 – GPS
Fonte: Disponível em: <http://tecnologia.culturamix.com/blog/wp-content/
uploads/2013/07/fontes-alternativas-de-energia-foto.jpg>.	Acesso	em:	14	jul.	2009.
O Sistema de Posicionamento Global, conhecido por GPS, desenvolvido nos 
anos 80 pelo departamento de Defesa dos Estados Unidos, serve para determinar 
a posição de um receptor na superfície terrestre ou em órbita. Em 2000 foi 
disponibilizada, pelo governo norte-americano, a transmissão de sinais pelos 
satélites para a comunidade civil.
No	 ensino	 de	 Geografia	 esse	 sistema	 pode	 nos	 dar	 as	 coordenadas	
geográficas	 de	 um	 lugar	 na	 Terra,	 desde	 que	 tenhamos	 um	 receptor	 de	 seus	
sinais.
É uma tecnologia muito útil para diversas aplicações, como o controle de 
frotas, sistema de segurança, agricultura, georreferenciamento de elementos do 
terreno em áreas de meio ambiente, na saúde e na educação.
d) Internet
A internet é um mecanismo de disseminação da informação e divulgação 
mundial e um meio de interação entre indivíduos.
A Internet é um sistema global de comunicação, constituído 
por um grande número de redes de computadores interligados, 
através do qual milhões de pessoas podem se comunicar e 
compartilhar um imenso acervo de informações, recursos e 
serviços. (GUIZZO, 2002, p. 31).
32
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
As possibilidades que a Internet oferece permitem uma maior 
interação entre o professor e o aluno. Acessar grandes bibliotecas on-
line e centros de pesquisa são alguns dos caminhos para incentivar a 
leitura e a pesquisa.
Ao professor cabe orientar seu aluno sobre o uso ético desse 
recurso	e	aprender	a	filtrar	e	aproveitar	o	que	é	confiável.
É graças à Internet que cursos de pós-graduação em Metodologia do Ensino 
de	Geografia,	como	o	seu,	podem	ser	oferecidos	nos	mais	diversos	e	distantes	
cantos do planeta para capacitar professores em casa ou no local do trabalho.
Atividade de Estudos: 
1)	 Pesquise,	 na	 rede	 virtual,	 sites	 que	 tratam	 da	 Geografia	 e	 do	
ensino	da	cartografia.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
e) Filme
	Atualmente	os	filmes	constituem-se	em	uma	fonte	de	cultura	e	 informação.	
Vivemos sob a marca do visual.
Colocar	 em	 causa	 a	 “sociedade	 do	 espetáculo”	 nos	 parece	
uma tarefa inadiável para aqueles que estão mobilizados pelo 
desejo e pela necessidade de um mundo melhor. Acreditamos 
que	o	diálogo	da	geografia	com	o	cinema	é	um	vir-a-ser,	capaz	
de contribuir para superar a nossa condição de meros objetos 
das representações. E assim fazer de nossas salas de aula 
lugares de invenção de novas e mais generosas utopias. 
(BARBOSA, 1999, p. 131).
A maioria das instituições de ensino dispõe de um aparelho de televisão, 
videocassete	ou	DVD,	 tornando	possível	organizar	 sessões	de	filmes	 ligados	a	
um tema em estudo.
Nesse tipo de atividade, receber informações – sinopse – sobre o que e para 
Ao professor 
cabe orientar seu 
aluno sobre o uso 
ético da internet e 
aprender a filtrar e 
aproveitar o que é 
confiável.
33
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
que	vão	assistir	a	um	determinado	filme	ajuda	a	despertar	o	interesse	do	aluno.	
Também é preciso planejar o tempo disponível para a sessão, a estrutura física do 
local, bem como a instalação dos aparelhos.
Discutir o que foi visto e encaminhar atividades complementares enriquecem 
o aprendizado.
Um exemplo de encaminhamento pode ser o Estudo do Meio. Segundo 
Nidelcoff	(1979,	p.	10):
[...]	‘meio’	é	toda	aquela	realidade,	física,	biológica,	humana,	à	
qual	se	ligam	de	uma	maneira	direta	através	da	experiência	e	
com	a	qual	estão	em	intercâmbio	permanente.
[...]	‘estudo’	é	aproximar-se	do	‘meio’,	vivendo-o,	descobrindo	
coisas, explicar as características, certos fenômenos ou fatos, 
analisar	causas	e	consequências.
Atividade de Estudos: 
“Quero	 mostrar	 às	 pessoas	 o	 que	 elas	 não	 querem	 ver”	 (Jorge	
Furtado). 
1)	 Assista	 ao	 vídeo	 “Ilha	 das	 Flores”,	 de	 Jorge	 Furtado,	 1989,	
duração 13 min. Disponível em: http://video.google.com/
videoplay?docid=5310352391555601366&ei=E11TSoyVJ4
	 bOqQKOvozSAw&q=ilha+das+flores
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
2) Para realizar o saber fazer, responda às questões que seguem:
a)	Em	breves	palavras,	descreva	o	filme.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
b)	Como	vivem	e	o	que	fazem	os	diferentes	personagens	do	filme?
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
34
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
c)	Que	medidas	podem	minimizar	a	problemática	apresentada	pelo	
filme?
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
d)	Qual	o	papel	da	Educação	e,	principalmente,	da	Geografia,	nesse	
processo?
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 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
Leitura complementar: 
NIDELCOFF, Maria Teresa. A escola e a compreensão da realidade: 
ensaio	sobre	a	metodologia	das	ciências	sociais.	Tradução:	Maria	C.	
Celidônio. São Paulo: Brasiliense, 1979.
f) Rochas
 ATerra, nosso planeta, sofreu e sofre constantes transformações. O 
resfriamento do magma deu origem às primeiras rochas, denominadas 
de rochas Ígneas, que se formaram no planeta Terra. As rochas 
Metamórficas	resultam	de	outros	tipos	de	rochas,	devido	a	modificações	
do meio físico em que elas originariamente se encontram. Já as rochas 
Sedimentares resultam da ação do homem, da água, do calor e do frio 
que provocam constantes alterações dessas rochas. São os rios, as 
geleiras e os ventos os responsáveis pelos depósitos dos fragmentos 
dessas rochas em locais diversos.
A Terra leva milhões e milhões de anos para formar e concentrar 
os minerais. Diante disso, os recursos minerais devem ser utilizados da 
maneira mais racional possível.
Na aula de 
geografia pode 
ser mostrado 
ao aluno como 
os minerais são 
indispensáveis, 
pois os 
encontramos em 
todas as partes, 
nas casas, nas 
ruas, nas pontes, 
entre outros, nas 
cidades e também 
nos campos.
35
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
O	estudo	das	rochas	pode	ser	uma	aula	produtiva	e	dinâmica.	Esse	conteúdo	
pode ser planejado de uma maneira diferente; para isso, relacionar os recursos 
minerais ao cotidiano dos alunos é uma boa opção.
Na	 aula	 de	 geografia	 pode	 ser	 mostrado	 ao	 aluno	 como	 os	minerais	 são	
indispensáveis, pois os encontramos em todas as partes, nas casas, nas ruas, 
nas pontes, entre outros, nas cidades e também nos campos.
As	figuras	que	seguem	nos	mostram	os	principais	recursos	minerais	da	Terra	
e as principais rochas e minerais de Santa Catarina, bem como, sua presença em 
nossas vidas.
Figura 8 – Recursos minerais
Fonte: CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
36
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
Figura 9 – Recursos minerais
Fonte: CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. 
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O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
A seguir, veja como os recursos minerais são importantes na vida da gente:
Figura 10 – Recursos minerais
Fonte: CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
38
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
As informações e os dados apresentados podem subsidiar e auxiliar o 
processo ensino-aprendizagem dos conteúdos de geologia estudados na 
geografia	física.
Para saber mais, na hora de planejar sua aula sobre recursos 
minerais, solicitar materiais e/ou outros dados sobre recursos 
minerais, acesse a página da CPRM: http://www.cprm.gov.br/ 
Aplicação	dos	Conhecimentos	
Teórico-Metodológicos	
O conteúdo que segue abordará algumas técnicas de ensino auxiliares do 
processo	de	ensino	e	aprendizagem	de	Geografia.
Num	 trabalho	 com	 técnicas,	 o	 método	 é	 o	 “caminho”	 para	 alcançar	
determinado	fim	e	a	técnica	é	a	operacionalização	do	método,	é	o	como	fazer.
Para Veiga (2006, p.8-9),
As	 técnicas	 de	 ensino	 são	 sempre	meios,	 nunca	 fins.	 [...]	 é	
preciso	ficar	claro	que	as	 técnicas	de	ensino	podem	cumprir	
papel relevante na criação e na manutenção das relações de 
denominação em sala de aula, ou, ao contrário, podem ser 
vistas como instrumento de emancipação e de diálogo, e, 
portanto,	 de	 fortalecimento	 de	 competências	 socioafetivas	 e	
cognitivas complexas.
O ensino puramente verbalista deve ser evitado. A aprendizagem é mais 
eficaz	quanto	mais	se	possa	vivenciar	uma	experiência	concreta.
a) Portfólio
O	portfólio	é	a	coletânea	de	trabalhos,	artigos,	exercícios	e	provas	contidas	
numa	 pasta	 individual.	O	 portfólio	 também	é	 conhecido	 como	 “diário”	 do	 aluno	
ou do professor, onde cada qual, além de colecionar diversos materiais, faz 
anotações,	registros	e	reflexões	sobre	o	processo	ensino-aprendizagem.
As técnicas 
de ensino são 
sempre meios, 
nunca fins.
39
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
Atualmente já é comum o uso do portfólio digital.
Leitura complementar:
SHORES,	Elizabeth;	GRACE,	Cathy.	Manual de portfólio: um guia 
passo a passo para o professor. Porto Alegre: Artmed, 2001.
O portfólio pode ser utilizado, na educação, com o objetivo de organizar o 
processo	ensino-aprendizagem	de	Geografia.
Atividade de Estudos: 
Gostou	da	ideia	do	portfólio?	Que	tal	organizar	o	seu?	Bom	trabalho!
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
b) Metodologia da Problematização
O fundamental no uso da metodologia da problematização é que, por meio 
de uma situação de dúvida, desperta a curiosidade e conduz o aluno à ação na 
busca de uma possível solução.
A metodologia da problematização altera e melhora a linha metodológica da 
prática pedagógica e, consequentemente, dá novas oportunidades para o aluno 
desenvolver suas capacidades.
Em suma, essa técnica induz o aluno a observar uma realidade, elaborar uma 
situação-problema, estabelecer pontos-chave, teorizar, estabelecer hipótese(s) de 
solução e propor aplicação à realidade.
Para compreender:
 
40
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
1. Realidade: estabelecer e estudar um determinado aspecto de determinada 
realidade.
2. Problema: a partir de fatos observados, formular uma situação-problema da 
realidade em estudo.
3. Pontos-chave: o que é fundamental sobre os aspectos do problema.
4. Teorização: recorrer a teorias, já existentes, que fundamentem o problema em 
estudo.
5. Hipótese(s):	afirmativas	positivas	ou	negativas	como	alternativas	de	solução.
6. Aplicação à realidade: etapa que possibilita intervir, exercitar, lidar com 
situações pertinentes à solução do problema.
A	metodologia	da	problematização	 tem	como	referência	o	Método	do	Arco,	
de Charles Maguerez, apresentado por Bordenave e Pereira (1982), que se 
desenvolve conforme segue:
Figura 11 – Teoria do Arco
Fonte: Bordenave e Pereira (1982).
c) Estudo de Caso
O Estudo de Caso, quando utilizado no processo ensino-aprendizagem de 
Geografia,	é	uma	técnica	que	pretende	aprofundar	o	nível	de	compreensão	de	um	
fenômeno que está sendo vivido por uma pessoa ou grupo.
Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga 
um	fenômeno	contemporâneo	dentro	de	seu	contexto	da	vida	
real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o 
contexto	não	estão	claramente	definidos,	(YIN,	2005,	p.	32).
41
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
A análise de um caso compreende:
1.		Definição	do	caso:	expor	o	problema	do	caso	em	estudo.
2. Descrição do caso: listar informações e/ou dados gerais, que 
ajudem	a	identificar	o	problema	em	estudo.
3. Prescrição do caso: relacionar encaminhamentos para uma 
possível solução do caso (mudança da situação apresentada).
 
No	estudo	de	caso	o	aluno	desenvolve	o	pensamento	 reflexivo,	
vivencia tomada de decisões e propicia capacidade de discernimento.
j) Mapa Conceitual
É um digrama indicando relações entre conceitos ou entre palavras que 
representam conceitos.
A construção de um mapa conceitual se faz com a representação de 
conceitos;	utilizam-se	figuras	geométricas,	usam-se	linhas	para	ligar	os	conceitos,	
setas para dar sentido de direção e podem-se usar palavras-chave sobre as linhas 
que conectam os conceitos. 
Leitura complementar: 
MOREIRA, Marco A. Aprendizagem significativa: a teoria de David 
Ausubel. São Paulo: Centauro, 2002.
O mapa conceitual é um recurso adequado para tomar parte, trocar e 
negociar estratégias de ensino, aprendizagem e avaliação.
Ensinar	 e	 aprender	Geografia	 em	 pleno	 século	 XXI	 é	 um	 grande	 desafio.	
Nessa	 perspectiva,	 uma	 aprendizagem	 significativarequer	 interagir	 com	 as	
mudanças no mundo.
Diante	 da	 importância	 da	 aprendizagem	 significativa	 no	 processo	 ensino-
aprendizagem, buscamos em Santa Catarina (2001, p. 80) o mapa conceitual que 
representa	o	corpo	conceitual,	uma	linguagem	geográfica,	como	proposta	para	o	
ensino	de	geografia.
No estudo de 
caso o aluno 
desenvolve o 
pensamento 
reflexivo, 
vivencia tomada 
de decisões 
e propicia 
capacidade de 
discernimento.
.
42
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
Conforme	Corrêa	(1995,	p.	16):
Como	ciência	social	a	geografia	tem	como	objetivo	de	estudo	
a sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitos-
chave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois 
todos se referem à ação humana modelando a superfície 
terrestre: paisagem, região, espaço, lugar e território.
A partir dos dos cinco conceitos-chaves apresentamos um exemplo de mapa-
conceitual
 
43
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
Organizar uma proposta, um plano de ensino requer organização e 
coordenação do professor. Com o mapa conceitual apresentado, o professor pode 
repensar	o	seu	ensino	de	Geografia,	deixar	de	trabalhar	com	conceitos	“prontos”	
e desencadear um processo de construção de conceitos saberes.
Para ensinar bem, o professor deverá saber como vai ensinar, deverá utilizar 
recursos	 e	 técnicas	 que	 permitam	 transmitir	 de	 forma	 clara	 e	 significativa	 os	
conteúdos que já são do conhecimento dele.
Algumas	Considerações
Neste segundo capítulo, apresentamos estudos, fundamentos teóricos 
e metodológicos sobre recursos e técnicas como instrumentos auxiliares no 
processo	ensino-aprendizagem	de	Geografia.	Esses	recursos	e	técnicas	servem	
para	aumentar	o	alcance	da	mensagem,	ou	seja,	fazer	com	que	você	compreenda	
melhor o conteúdo. 
Foram descritos alguns recursos e algumas técnicas, sendo que em alguns 
e algumas foram propostas atividades de estudo para que o saber fazer se torne 
mais efetivo.
O	estudo	deste	capítulo	é	muito	importante,	pois	você	poderá	aproveitar	as	
informações	e	orientações	na	sua	ação	pedagógica	de	Geografia.	Vamos	lá!
Referências
ACZEL. Amir D. Bússola: A invenção que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Jorge 
Zahar, 2002.
ARAÚJO, José Carlos Souza. Para uma análise das representações sobre 
as técnicas de ensino. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Técnicas de 
ensino por que não? 7. ed. Campinas: Papirus, 1998.
BARBOSA,	Jorge	Luiz.	Geografia	e	cinema:	em	busca	de	aproximações	e	do	
inesperado. In: CARLOS, Ana Fani A. Geografia em sala de aula. São Paulo: 
Contexto, 1999.
BORDENAVE, Juan Diaz; PEREIRA, Adir M. Estratégias de ensino 
aprendizagem. 4. ed. Petrópolis, rio de Janeiro: Vozes, 1982.
 
CASTROGIOVANNI, Antonio C. (org.) Ensino de Geografia: práticas e 
44
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.
CORRÊA, Roberto L. Espaço: um conceito-chave. In: CASTRO, Iná et al. 
Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
 
DEL RIO, V.; OLIVEIRA, L. (org.) Percepção Ambiental:	a	experiência	brasileira.	
São Paulo: Studio Nobel, 1996.
GUIZZO, Érico. Internet o que é – o que oferece – como conectar-se. 1. ed. 
São Paulo: Editora Ática, 2002.
IBGE. Atlas Geográfico Escolar. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2004.
CPRM. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/>.	Acesso	em:	07	jul.	2009.
KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática de Geografia: memórias da Terra: 
o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996.
LEITE, Lígia Silva (org.). Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades 
na sala de aula. Rio de janeiro: Diadorim, 1996.
MOREIRA, Marco A. Aprendizagem significativa: a teoria de Davis Ausubel. 
São Paulo: Centauro, 2002.
NIDELCOFF, Maria Tereza. A escola e a compreensão da realidade: ensaio 
sobre	a	metodologia	das	ciências	sociais.	Trás.	Marina	C.	Celidônio.	São	Paulo:	
Brasiliense, 1979.
PONTUSCHKA,	Nídia	Nacib	et	al.	Para ensinar e aprender geografia. São 
Paulo: Cortez, 2007.
SIMIELLE,	Maria	Helena	Ramos.	Cartografia	no	ensino	fundamental	e	médio.	In:	
CARLOS, Ana Fani A. Geografia em sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta 
Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: 
Formação docente para educação infantil e séries iniciais. Florianópolis: COGEN, 
1998.
______. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Diretrizes 3: 
organização	da	prática	escolar	na	educação	básica:	conceitos	científicos	
essenciais,	competências	e	habilidades.	Florianópolis:	Diretoria	de	Ensino	
Fundamental/ Diretoria doe Ensino Médio, 2001.
http://www.cprm.gov.br/
45
O Uso de Recursos Didáticos para o Ensino da 
Geografia: Aplicação dos Conhecimentos 
Teórico-Metodológicos
 Capítulo 2 
SHORES,	Elizabeth;	GRACE,	Cathy.	Manual de portfólio: um guia passo a 
passo para o professor. Porto alegre: Artemed, 2001.
VEIGA, Ilma P. A. Técnicas de ensino:	novos	tempos,	novas	configurações.	
Campinas, Papirus, 2006.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel Grassi. 3. 
ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
______. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Diretrizes 3: 
organização	da	prática	escolar	na	educação	básica:	conceitos	científicos	
essenciais,	competências	e	habilidades.	Florianópolis:	Diretoria	de	Ensino	
Fundamental/ Diretoria doe Ensino Médio, 2001.
SHORES,	Elizabeth;	GRACE,	Cathy.	Manual de portfólio: um guia passo a 
passo para o professor. Porto alegre: Artemed, 2001.
VEIGA, Ilma P. A. Técnicas de ensino:	novos	tempos,	novas	configurações.	
Campinas, Papirus, 2006.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel Grassi. 3. 
ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
46
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
CAPÍTULO 3
Análise	de	Bibliografias	na	
Área	da	Geografia
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Apreender as noções básicas sobre o processo de produção didático-
pedagógica da	Geografia.
 3 Selecionar, por meio de vários critérios, instrumentos que consigam efetivar 
uma boa relação entre o aluno, o professor e a obra. 
48
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
49
Análise de Bibliografias na Área da Geografia Capítulo 3 
Contextualização
Neste	capítulo,	você	apreenderá	as	noções	básicas	e	os	critérios	de	seleção	
de	 produções	 de	 Geografia	 e	 seu	 ensino.	 Para	 que	 você	 possa	 efetivar	 esse	
processo, por meio de uma escolha consciente e satisfatória, é necessário ter 
clareza	do	papel	da	Geografia	no	processo	de	ensinar	e	aprender.
A sua inserção neste debate será importante para compreender o caminho 
que	o	ensino	de	Geografia	deve	seguir.
Análise	Crítica	de	Bibliografias	na	
Área	da	Geografia
Auxiliares indispensáveis no processo ensino-aprendizagem de 
Geografia	são,	certamente,	os	livros	didáticos	e	paradidáticos.
Os livros didáticos, como elementos de intermediação no processo 
ensino-aprendizagem, são os recursos instrucionais mais utilizados em 
sala de aula. Muitas vezes, os únicos utilizados.
Atividade de Estudos: 
1)	 Como	 professor	 ou	 como	 ex-aluno	 de	 Geografia,	 responda:	 A	
organização	 e	 o	 desenvolvimento	 das	 aulas	 de	Geografia,	 com	
ou	sem	livro-texto,	são	suficientes	para	compreender	o	mundo	em	
que	se	vive?
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 
Os livros paradidáticos devem ser utilizados como complemento 
ao livro didático, como aprofundamento do conhecimento do professor. 
É fundamental a utilização dos paradidáticos no processo de ensino e 
aprendizagem.
Os livrosdidáticos, 
são recursos 
instrucionais mais 
utilizados em sala 
de aula.
Os livros 
paradidáticos 
devem ser 
utilizados como 
complemento ao 
livro didático.
50
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
Você,	 contudo,	 há	 de	 valer-se	 deles	 com	 senso	 crítico,	 pois	 são,	 muitas	
vezes, instrumentos de manipulação ideológica, contribuindo mais para o fracasso 
do	que	para	o	sucesso	do	ensino	da	Geografia.
A	 seleção	 é	 “[...]	 uma	 escolha	 filosófica	 e	 deve	 ter	 coerência	 como	
fundamentos teórico-metodológicos com os quais trabalha ou aos quais está 
submetido”.	(FERNANDES,	1999,	p.	151).
No contexto do livro didático, o próprio professor pode ser vítima de 
um processo que é destinado a dirigir, pois nem sempre teve uma formação 
competente	 que	 lhe	 proporcione	 ser	 “juiz”	 dos	 livros	 didáticos	 ou,	 por	 razões	
adversas,	aceitar	a	“ditadura”	do	processo	de	escolha.
Ser	“juiz”	importa	ver	o	livro	não	como	um	fim	ou	algo	definidor	do	
trabalho do professor, mas como um meio a serviço da sua proposta de 
ensino. Na escolha de paradidáticos, ao contrário do livro didático, isso 
é menos ditatorial.
Para	Lajolo	(1996,	p.	8),	“Não	há	livro	que	seja	à	prova	de	professor:	
o	pior	 livro	pode	ficar	bom	na	sala	de	aula	de	um	bom	professor	e	o	
melhor	livro	desanda	na	sala	de	aula	de	um	mau	professor”.
É	na	diversidade	de	muitos	manuais	que	se	encontram	as	“saídas”	
para um bom trabalho, em termos de experimentos e inovações, evitando, assim, 
todo e qualquer sistema teórico fechado. Para a realização de um bom trabalho 
existem	várias	formas	de	utilizar	produções	culturais	no	ensino	de	Geografia.
Para	 o	Geógrafo	 José	William	Vesentini	 (1984,	 p.	 11),	 o	 importante	 “[...]	 é	
usar criticamente o manual, relativizando-o, confrontando-o com outros livros, 
com	informações	de	jornais	e	revistas,	com	a	realidade	circundante”.
Uma boa alternativa, nem sempre viável, é cada professor investir na 
produção	de	 livros	e	materiais	 a	partir	 dos	 seus	 conhecimentos	e	 vivências	da	
Geografia.
 
GEOGRAFIA
Foi aí que nasci: nasci na sala do terceiro
ano, sendo professora D. Emerenciana
Barbosa, que Deus tenha. Até então era
analfabeto e despretensioso. Lembro-me:
nesse dia julho, o sol que descia da serra
Não há livro que 
seja à prova de 
professor: o pior 
livro pode ficar 
bom na sala 
de aula de um 
bom professor 
e o melhor livro 
desanda na sala 
de aula de um 
mau professor.
51
Análise de Bibliografias na Área da Geografia Capítulo 3 
era	bravo	e	parado.	A	aula	era	de	Geografia	e
a professora traçava no quadro-negro nomes
de países distantes. As cidades vinham
surgindo na ponta dos nomes, e Paris era uma
torre ao lado de uma ponte e um rio, a
Inglaterra não se enxergava bem no nevoeiro,
um esquimó, um condor surgiam
misteriosamente, trazendo países inteiros.
Então, nasci, isto é, senti necessidade de escrever...
 
Carlos Drummond de Andrade
Complemento	do	Livro	Didático
O uso do livro didático no processo ensino-aprendizagem de 
Geografia	 requer	 cuidados.	 Alguns	 problemas	 podem	 ser	 evitados	
com	a	definição	de	 critérios	de	avaliação.	Entre	 várias	propostas	de	
critérios,	encontramos	em	Schäffer	(1999,	p.	141):
Mais importante do que esta análise, no entanto, 
é a decisão sobre o livro didático como recurso 
para o ensino. Nesta dimensão da escolha, a 
análise precisa ser muito mais criteriosa. Cabe 
uma	 verificação	 acurada	 quanto	 à	 orientação	
dada aos conteúdos; à correção e atualidade 
das informações; à distribuição das unidades: 
ao tratamento dos conceitos desenvolvidos; à 
adequação e correção dos exemplos e ilustrações 
(mapas,	 gráficos,	 tabelas,	 fotos,	 etc.)	 e	 dos	
exercícios eventualmente propostos.
Atividade de Estudos: 
1)	Na	dimensão	da	escolha	explicitada	na	citação	de	Schäffer	
(1999, p. 141), faça a análise criteriosa de um livro didático de seu 
interesse, conforme segue:
a) Abordagem dos conteúdos.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
Cabe uma 
verificação 
acurada quanto à 
orientação dada 
aos conteúdos; 
à correção e 
atualidade das 
informações; 
à distribuição 
das unidades: 
ao tratamento 
dos conceitos 
desenvolvidos; 
à adequação 
e correção 
dos exemplos 
e ilustrações 
(mapas, gráficos, 
tabelas, fotos, etc.) 
e dos exercícios 
eventualmente 
propostos.
52
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
b) Atualidade das informações.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
c) Distribuição das unidades.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
d) Tratamento dos conceitos desenvolvidos (corpo conceitual da 
Geografia).
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
e) Adequação dos exemplos, ilustrações e dos exercícios.
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
A DITADURA DO LIVRO DIDÁTICO
 
A	pergunta	“Deve	o	professor	de	geografia	fazer	uso	do	manual	
didático?”	 precisa	 ser	 relativizada.	 Não	 se	 trata	 apenas,	 e	 nem	
principalmente, do tipo de obra a ser utilizado, da escolha entre A, 
B ou C. Independentemente do material adotado pelo professor 
(que até pode ser o melhor em termos de conteúdo e tratamento 
pedagógico de vocabulário, das questões propostas, da adequação 
aos ensinamentos da psicologia educacional, etc.), o que se constata 
na realidade é que o livro didático constitui um elo importante na 
corrente	 do	 discurso	 da	 competência:	 é	 o	 lugar	 do	 saber	 definido,	
pronto,	acabado,	correto	e,	dessa	 forma,	 fonte	última	de	 referência	
e	contrapartida	dos	erros	das	experiências	de	vida.	Ele	acaba	assim	
tomando a forma de critério do saber, fato que pode ser ilustrado 
pelo	terrível	cotidiano	do	“Veja	no	livro”,	“Estude	da	página	x	até	a	y”,	
“Procure	no	livro”,	etc.	[...].
É possível manter outra relação com o livro didático. O professor 
53
Análise de Bibliografias na Área da Geografia Capítulo 3 
pode	e	deve	encarar	o	manual	não	como	o	definidor	de	todo	o	seu	
curso, de todas as suas aulas, mas fundamentalmente como um 
instrumento que está a seu serviço, a serviço de seus objetivos e 
propostas de trabalho. Trata-se de usar criticamente o manual, 
relativizando-o, confrontando-o com outros livros, com informações 
de jornais e revistas, com a realidade circundante. Ao invés de 
aceitar	a	“ditadura”	do	livro	didático,	o	bom	professor	deve	ver	nele	
(assim	como	em	 textos	alternativos,	em	slides	ou	filmes,	em	obras	
paradidáticas, etc.) tão-somente um apoio ou complemento para 
a relação ensino-aprendizagem que visa a integrar criticamente o 
educando ao mundo.
Fonte: VESENTINI, José William. A questão do livro didático no 
ensino	da	geografia.	In:	VESENTINI,	José	William	(org.)	Geografia	
e ensino: textos críticos. Campinas: Papirus, 1989, p. 161.
O	livro	paradidático	não	é	um	livro	específico,	pois	tem	por	objetivo	aprofundar	
ou ampliar um determinado assunto. Sua função não é a de dar suporte direto, mas 
auxiliar, de modo facultativo, no processo ensino-aprendizagem.
Atividade de Estudos: 
Leia	e	analise	a	citação	de	Schäffer	(199,	p.	145)	que	segue:
O	que	se	precisa	enfatizar	é	a	necessidade	de	maior	exigência	com	
a qualidade, com a procura por uma diversidade séria de textos, na 
qual inicia a ter um crescente papel o livro paradidático, e com textos 
de caráter regional que insiram temas transversais,necessidades 
essas que emanam dos documentos legais, como a Lei de Diretrizes 
da Educação Nacional (LDB) e os PCN.
Você	concorda	com	a	citação	de	Schäffer?
( ) Sim ( ) Não
Justifique	sua	escolha:
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
 ______________________________________________________
54
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
Com relação à escolha do material didático, Fernandes (1999, p. 151) chama 
a	atenção	dizendo	que	é	 “[...]	 uma	escolha	filosófica	e	deve	 ter	 coerência	 com	
os fundamentos teórico-metodológicos, com os quais trabalha ou aos quais está 
submetido”.
Um exercício de compreensão crítica sobre uma obra é a Resenha, cuja 
finalidade	é	a	descrição	da	obra.	É	a	apresentação	do	conteúdo	da	obra.
Atividade de Estudos: 
Faça a Resenha de uma obra de seu interesse conforme indicação 
que segue:
I – OBRA
a) Autor
b) Título
c) Comunidade em que foi publicada
d) Firma pública
e) Ano
f) Número de páginas
g) Formato
h) Edição
i) Preço
II – CREDENCIAIS DO AUTOR (informações gerais sobre o autor, 
nacionalidade, formação, outras obras, etc.).
III – RESUMO DA OBRA (são as principais ideias expressas pelo 
autor, descrição sintetizada do conteúdo).
IV – CONCLUSÃO DO AUTOR	(o	autor	faz	conclusões?	(ou	não?)	
Quais	foram?	Onde	estão	colocadas?).
V – METODOLOGIA DO AUTOR (método de abordagem: indutivo, 
dedutivo, etc.; técnica(s) utilizada(s): opinião, etc.).
VI – QUADRO DE REFERÊNCIAS DO AUTOR (corrente de 
pensamento: funcionalismo, materialismo histórico, etc.).
VII – QUADRO DE REFERÊNCIAS DO RESENHISTA (obras lidas 
55
Análise de Bibliografias na Área da Geografia Capítulo 3 
pelo resenhista que tratam do assunto).
VIII – CRÍTICA DO RESENHISTA (julgamento da obra, mérito da 
obra, etc.).
IX – INDICAÇÃO DO RESENHISTA (a	 quem	 é	 dirigida?	 Fornece	
subsídios	para	o	estudo	de	alguma	área	do	conhecimento?).
X – RESENHISTA(S).
DATA: _____/______/________. Assinatura: ___________________
Aproveite este momento de estudo e faça uma visita aos 
principais SITES, na Internet, das editoras que mais lançam obras 
sobre	a	Geografia:
- www.livrariasaraiva.com.br
- www.papirus.com.br
- www.cortezeditora.com.br
- www.editoraatlas.com.br
- www.editoracontexto.com.br
- www.atica.com.br
- www.editoramediacao.com.br
- www.editorabrasiliense.com.br
- www.unijui.edu.br/component/option,com_wrapper/Itemid,3172/
lang,iso- 8859-1
Intermediações	Bibliográficas	Na	
Geografia	–	Algumas	Considerações
As	obras	 que	 tratam	da	Geografia,	 quer	 sejam	didáticas	 ou	 paradidáticas,	
devem indicar caminhos alternativos para um trabalho de qualidade dessa área 
do conhecimento.
56
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
As	reflexões	aqui	dispostas	são	sugestões	de	como	os	assuntos	
abordados em obras podem contribuir e/ou serem viáveis, na ação 
pedagógica do professor.
Assuntos como o clima, a agricultura, a água, o meio ambiente, 
entre outros, conhecimentos vitais para a humanidade, principalmente 
no século atual, abordados em obras paradidáticas, precisam ser 
aproveitados	no	ensino	da	Geografia,	pois	os	avanços	tecnológicos	por	
si	sós	não	são	suficientes	para	minimizar	o	flagelo	da	fome	e/ou	outros	
em todo mundo. Leituras e debates complementares desses assuntos, 
mesmo que abordados em manuais didáticos, são atividades essenciais para 
uma compreensão melhor dos mecanismos que regulam em escala local e global 
e vice-versa.
O problema é ainda maior quando se trata de ambientes urbanos, a partir 
do intenso deslocamento populacional que transforma o Brasil em país urbano, 
pois os impactos provocados pela ocupação sem controle apontam para graves 
consequências	nos	planos	socioeconômicos.
A qualidade da água, do ar, das áreas verdes, do meio físico, por exemplo, 
estão pedindo socorro, sem esquecer os aspectos afetivos, decorrentes desses 
problemas, como as relações de vizinhança, que devem ser fundamentais na 
Geografia,	principalmente	para	quem	prepara	as	gerações	futuras.
O surgimento de uma nova ordem mundial, a partir da crise bipolar, requer 
uma discussão maior sobre o século XXI, em particular do Brasil, pois grande 
número de países se encontra num processo de modernização.
Para seu conhecimento, seguem algumas sugestões de obras paradidáticas, 
entre inúmeras que existem, que podem intermediar os conteúdos propostos pelos 
manuais didáticos.
Título: Amazonas: monopólio, expropriação e conflitos
Autor: Ariovaldo Umbelino de Oliveira
Editora: Papirus
Título: Êxodo rural e urbanização
Autores: Fernando Portela e José William Vesentini
Editora: Ática
Título: Energia para o século XXI
As obras que 
tratam da 
Geografia, quer 
sejam didáticas 
ou paradidáticas, 
devem indicar 
caminhos 
alternativos para 
um trabalho de 
qualidade.
57
Análise de Bibliografias na Área da Geografia Capítulo 3 
Autores: Francisco C. Scarlato e Joel Pontin
Editora: Ática
Título: Agricultura camponesa no Brasil
Autor: Ariovaldo Umbelino de Oliveira
Editora: Contexto
Título: Os riscos: o homem como agressor e vítima do
 meio ambiente
Autora: Yvette Veyret
Editora: Contexto
Título: Do desenho ao mapa
Autora: Rosângela Doin de Almeida
Editora: Contexto
Entendemos também que a melhoria da qualidade do processo ensino-
aprendizagem	 de	 Geografia	 não	 depende	 somente	 dos	 livros	 didáticos	 e	
paradidáticos. Faz-se necessária uma prática docente e pedagógica, entre 
professores e alunos, de conceitos e saberes para compreender melhor o mundo 
em que se vive. 
O	 lugar	 e	 a	 hora	 são	 agora,	 pois,	 segundo	 Fazenda	 (1979,	 p.	 121):	 “[...]	
prevê-se	 um	 espaço	 onde	 o	 educador	 possa	 dizer	 sua	 palavra.	 Muitas	 coisas	
esse educador já faz intuitivamente, mas faltam-lhe respaldo e assessoramento 
técnico constante de alguém que queira dividir com ele seu saber, suas angústias 
e	limitações”.
Para ampliar seus conhecimentos e para propor novas práticas 
para	 o	 seu	 processo	 ensino-aprendizagem	 de	 Geografia,	 seguem	
algumas	 referências	 abordando	 questões	 teóricas	 e	 práticas,	 que	
são	 referências	 da	 nossa	 formação	 continuada	 e	 que	 podem	 ser	
lidas durante o curso ou após o término do mesmo, para dar suporte 
à sua formação continuada.
CALLAI,	Helena	Copetti.	A formação do profissional da Geografia. 
Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1999.
58
 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
CASTELLAR, Sonia (org.). Educação Geográfica: teorias e práticas 
docentes. 2. ed. São Paulo: contexto, 2006.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et. al. Geografia em sala de 
aula: práticas	e	reflexões.	2.	ed.	Porto	Alegre:	UFRGS/	AGB,	1999.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (org.). Ensino de geografia: 
práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação. 2000.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de 
conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.
PASSINI, Elza Yasuko (org.). Prática de Ensino de geografia e 
estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
PEREIRA, Raquel Maria Fontes do Amaral. Da Geografia que se 
ensina à gênese da geografia moderna. 3. ed. Florianópolis: Ed. 
Da UFSC, 1999.
PONTUSCHKA,	 Nídia	 Nacib	 et.	 al.	 Para ensinar e aprender 
geografia. São Paulo: Cortez, 2007.
SIMIELLE,	Maria	Helena	Ramos.	Cartografia	no	ensino	fundamental	
e médio. In: CARLOS, Ana Fani A. Geografia em sala de aula. São 
Paulo: Contexto, 1999.
Algumas	Considerações
Neste	capítulo	 três	debruçamo-nos	sobre	noções	básicas	e	o	processo	de	
produções culturais e como selecionar estes instrumentos para efetivar uma boa 
relação com o aluno.
As obras didáticas e paradidáticas devem estar adequadas ao nível cognitivo 
do aluno. Os textos e suas respectivas atividades devem ter uma certa lógica para 
proporcionar	ao	aluno	uma	reflexão	da	sua	realidade,	portanto,	muito	cuidado	na	
seleção desse material. 
É	fundamental,	ao	selecionar	o	livro	didático	e	o	paradidático,verificar	se	os	
59
Análise de Bibliografias na Área da Geografia Capítulo 3 
mesmos atendem aos objetivos estabelecidos pelo professor. Não tenha medo 
desse processo. Sempre é hora de (re)começar.
Referências
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no 
ensino brasileiro. São Paulo: Cortez, 1992.
FERNANDES, Bernardo Mançano. O livro paradidático na sala de aula: do 
planejamento ao uso. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Geografia em 
sala de aula:	práticas	e	reflexões.	2.	ed.	Porto	alegre:	UFRGS,	1999.
LAJOLO, Marisa. Livro didático: um (quase) manual do usuário. Em aberto, 
Brasília: ano 16. n. 69, p. 3-8, jan/fev., 1996.
PONTUSCHKA,	Nídia	Nacib.	Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: 
Cortz, 2007.
SCHÄFFER,	Neiva	Otero.	O	livro	didático	e	o	desempenho	pedagógico:	
anotações de apoio à escolha do livro texto. In: CASTROGIOVANNI, Antonio 
Carlos (org.). Geografia em sala de aula: práticas	e	reflexões.	2.	ed.	Porto	
Alegre: Editora da UFRGS, 1999.
VESENTINI,	José	William.	A	questão	do	livro	didático	no	ensino	de	geografia.	In:	
Semana da Geografia. Textos. Manaus: UFAM, 1984.
______.	José	William.	A	questão	do	livro	didático	no	ensino	da	geografia.	
In: VESENTINI, José William (org.). Geografia e ensino, textos críticos. 
Campinas: Papirus, 1989.
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 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
CAPÍTULO 4
Instrumentos	de	Avaliação	de	
Aprendizagem	na	Geografia
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Conhecer aspectos teóricos e práticos sobre avaliação do processo ensino e 
	 aprendizagem	de	geografia.
 3 (Re)Significar	a	concepção	de	avaliação	por	meio	do	confronto	de	informações	
 e dados. 
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 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
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Instrumentos de Avaliação de Aprendizagem na 
Geografia
 Capítulo 4 
Contextualização
Nos capítulos anteriores, estudamos algumas questões teóricas e práticas 
sobre	a	Geografia	e	o	seu	ensino.	Em	especial	vamos	tratar	agora	de	questões	
referentes à avaliação, um assunto tão importante quanto os anteriores, mas ao 
mesmo	tempo	conflitante	no	cenário	do	processo	ensino-aprendizagem.
Embora não pretendamos nos alongar nas diversas abordagens sobre 
avaliação, não podemos deixar de nos preocupar com essa questão, pois além 
de fazer parte das nossas discussões, a valorização da nota continua sendo um 
mecanismo de controle que interfere no processo do ensino e da aprendizagem 
de	geografia.	Essas	e	outras	complexidades	levam	o	professor	de	Geografia	a	se	
questionar	sobre	o	que	e	como	fazer.	Então:	O	que	entendemos	por	avaliação?	
Como	se	dá	a	nossa	prática	avaliativa?
Instrumentos	de	Avaliação	da	
Aprendizagem	na	Geografia
Em nosso dia a dia estamos sempre avaliando e sendo avaliados. Mas é, 
sem dúvida, na escola que o processo de avaliar acontece de maneira mais 
efetiva, provocando sérios prejuízos àqueles que a ele são submetidos. 
Avaliar	é	uma	“tarefa	didática	necessária	e	permanente	do	trabalho	docente,	
que	 deve	 acompanhar	 passo	 a	 passo	 o	 processo	 de	 ensino	 e	 aprendizagem”.	
(LIBÂNEO, 1994, p. 195).
Para	Ausubel	et	al.	(apud	SOUZA,	1993,	p.	30),	“Avaliar	significa	
emitir um julgamento de valor ou mérito, examinar os resultados 
educacionais, para saber se preenchem um conjunto particular de 
objetivos	educacionais”.
A avaliação escolar vem sendo, há longa data, um problema, pois 
exclui muita gente do acesso ao saber. Um dos grandes entraves foi e 
é seu uso como instrumento de controle da disciplina e de ameaça de 
aprovação ou reprovação dos alunos em sala de aula.
Para Sampaio (1997, p. 64):
Esse modelo de ensino permite ao aluno entender informações, 
memorizar e mecanizar aquisições, ter bom desempenho em 
Avaliar é uma 
“tarefa didática 
necessária e 
permanente do 
trabalho docente, 
que deve acom-
panhar passo a 
passo o proces-
so de ensino e 
aprendizagem”. 
(LIBÂNEO, 1994, 
p. 195).
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 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
provas de devolução das informações transmitidas e com isso 
avançar no percurso seriado; possibilita, entretanto, que os 
conteúdos não sejam apropriados, mas que se possa aprender 
a responder nas provas o que foi memorizado apenas para 
um desempenho satisfatório nesta situação, o que equivale a 
conseguir sucesso sem aprendizagem real.
Esse problema afetou, e ainda afeta, grande parte dos professores, em 
particular	 os	 de	 Geografia	 que	 têm	 a	 preocupação	 em	 aprimorar	 o	 processo	
avaliativo, pois há um distanciamento entre o que dizem as diversas teorias e 
práticas da avaliação e aquilo que acontece em sala de aula.
Assim sendo, o ponto crucial está com o professor que, nesse processo 
avaliativo, ainda conta com a postura dos pais, em sua maioria ex-alunos com 
uma	cultura	de	avaliação	como	medida	classificatória,	seletiva,	de	aprovação	e	de	
reprovação,	que	muitas	vezes	dificulta	mudanças	na	prática	do	avaliar.
Na verdade, o processo de avaliar, em larga escala, ainda proporcionou 
grandes	progressos	no	ensino,	pois	continua	sendo	classificatório	e	seletivo.
A avaliação como elemento integrador e motivador deve passar por 
constantes correções das possíveis distorções e novos encaminhamentos.
Felizmente, a avaliação tem sido alvo de preocupação de alguns professores, 
principalmente daqueles que a entendem como inerente à educação, enquanto 
concebida	 como	 problematização,	 reflexão	 e	 questionamento	 sobre	 o	 ensinar	
e o aprender. Os cursos de formação de professores, o currículo, o projeto 
pedagógico,	o	“ser”	da	criança	e	do	adolescente,	o	processo	ensinar	e	aprender,	a	
formação	continuada	e	a	avaliação	não	podem	ficar	de	fora	dessa	discussão.	Esta	
só é Ponta desse grande iceberg.
 Nesse sentido, esclarece Darsie (1996, p. 48):
Se	a	ação	educativa	visa	promover	modificações	nos	sujeitos	
nela e por ela envolvidos, interferindo na aprendizagem deste, 
e se a ação de aprender se torna capaz de provocar tais 
modificações...	então	a	avaliação	da	ação	de	aprender	deve	
refletir	tal	intencionalidade.	Assim,	a	avaliação	passa	a	ser	um	
instrumento da intencionalidade educativa, não mero momento 
de constatação desta.
65
Instrumentos de Avaliação de Aprendizagem na 
Geografia
 Capítulo 4 
Indicamos como leitura complementar o artigo de:
FIRME, Thereza Penna. Os Avanços da Avaliação no Século XXI. 
Disponível em: <http://www.cenpec.org.br/modules/editor/arquivos/
c8a0633f-4d01-eae6.pdf>.	Acesso	em:	06	jul.	2009.
Parafraseando	 Celso	 dos	 Santos	 Vasconcellos,	 em	 seu	 livro	 “Avaliação:	
concepção	 dialético-libertadora	 do	 processo	 de	 avaliação	 escolar”.	 São	 Paulo:	
1995, propomos, para a prática antiga de avaliar, uma avaliação processual e 
formativa a partir dos seguintes princípios:
• Abrir mão do uso autoritário da avaliação.
• Alterar a metodologia de trabalho em sala de aula.
• Redimensionar o uso da avaliação.
• Redimensionar o conteúdo da avaliação.
• Alterar a postura diante dos resultados.
• Criar uma nova mentalidade junto aos alunos, aos professores e à comunidade 
acadêmica.
Atividade de Estudos: 
A partir dos princípios apontados por Vasconcellos para uma 
avaliação processual e formativa, liste algumas ações que possam 
concretizá-los.
a)	Como	abrir	mão	do	uso	autoritário	da	avaliação?
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 	Didática	e	Prática	do	Ensino	da	Geografia
 ______________________________________________________
b)	Como	alterar	a	postura	diante	dos	resultados?
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