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Relatório de campo (AMBIENTAL)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ - UFOPA 
INSTITUTO DE ENGENHARIA E GEOCIÊNCIAS - IEG 
PROGRAMA DE CIÊNCIAS DA TERRA – PCdT 
BACHARELADO EM GEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
BRUNO DANILO GODINHO DOS SANTOS 
MARCOS VINÍCIUS TOSIN DE ARAÚJO 
 PAULO ROCHA FILGUEIRAS 
 
 
 
 
RELATÓRIO REFERENTE AO CAMPO DA DISCIPLINA 
DE GEOLOGIA URBANA E AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM - PA 
2018 
 
BRUNO DANILO GODINHO DOS SANTOS 
MARCOS VINÍCIUS TOSIN DE ARAÚJO 
PAULO ROCHA FILGUEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO REFERENTE AO CAMPO DA DESCIPLINA 
DE GEOLOGIA URBANA E AMBIENTAL 
 
Relatório apresentado ao curso de Bacharelado 
em Geologia do Programa de Ciências da 
Terra, do Instituto de Engenharia e Geociências 
(IEG), da Universidade Federal do Oeste do 
Pará (UFOPA), para a obtenção de nota parcial 
na disciplina de Geologia Urbana e Ambiental. 
 
Orientadora: Profª. Drª. Christiane Monte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM-PA 
2018 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1.Mapa de localização dos pontos visitados. ................................................................... 15 
Figura 2. Seção geológica esquemática da Formação Alter do Chão na região de Santarém - PA
 ..................................................................................................................................................... 16 
Figura 3.Lago do Papicu, localizado no bairro do Mapiri, Santarém - PA . ................................. 20 
Figura 4.Ponte do Mapiri, ponte que liga os bairros do Mapiri e Maracanã. ............................. 21 
Figura 5.Presença da planta aquática (aguapé) / presença de matéria orgânica na água. ........ 21 
Figura 6.Igarapé Irurá, localizado as margens da avenida Fernando Guilhon. ........................... 22 
Figura 7. Serra da Matinha, área considerada de risco. .............................................................. 23 
Figura 8.Parte inferior do morro do índio, localizado no bairro do Santarenzinho. ................... 24 
Figura 9. Parte superior do morro do índio, localizado no bairro do Santarenzinho. ................ 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 14 
2 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.............................................................. 14 
3 GEOLOGIA REGIONAL ...................................................................................... 15 
3.1 Bacia do Amazonas ............................................................................................. 15 
3.2 Formação Alter do Chão ...................................................................................... 16 
4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 17 
5 OBJETIVO ........................................................................................................... 17 
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 17 
6.1 Rio Amazonas e Rio Tapajós ............................................................................... 17 
6.2 Sedimentos em suspensão .................................................................................. 18 
6.3 METODOLOGIA .................................................................................................. 18 
7 RESULTADOS .................................................................................................... 19 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 25 
 
 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
No dia 31 de Janeiro de 2018 foi realizada a aula prática de Geologia 
Urbana e Ambiental, com o intuito de aprimorar os conhecimentos teóricos 
adquiridos em aula relacionados à disciplina. O trabalho foi realizado sob a 
orientação da Prof. Drª. Christiane Monte e apoio do geólogo e técnico Livaldo 
de Oliveira dos Santos. 
O trabalho em questão apresenta os resultados que essas áreas têm 
sofrido nos últimos anos, devido a urbanização que vem se intensificando na 
cidade. É mostrado também os impactos negativos que elas podem sofrer 
futuramente caso as autoridades políticas não deem a merecida importância 
para essa situação. O geólogo desta área tem como papel expandir o 
conhecimento acerca das ocupações nas áreas urbanas, trabalhando na 
prevenção de acidentes naturais. Além disso, tem a função de orientar a 
população sobre o uso e ocupação do solo, visando a melhor maneira de 
aproveitá-lo sem impactar negativamente o meio ambiente. 
2 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
 A área em que foi realizada a atividade prática ocorreu no município de 
Santarém, situado na região do Baixo Amazonas, Estado do Pará. 
Os Estudos foram realizados em cinco áreas distintas. A primeira delas 
consiste de uma área localizada no bairro do Mapiri. Neste mesmo território foi 
visitado a ponte que liga o Mapiri ao bairro do Maracanã. Respectivamente os 
estudos seguiram para uma área fluvial situada na Rodovia Fernando Guilhon - 
altura do Viaduto, e de lá foi visitado a Serra da Matinha. O último lugar visitado 
foi a Serra do Índio, localizado no bairro Santarenzinho. (ponto abaixo e acima 
da serra). 
 
 
 
15 
 
 
Figura 1.Mapa de localização dos pontos visitados. 
 
3 GEOLOGIA REGIONAL 
3.1 Bacia do Amazonas 
A Bacia do Amazonas é caracterizada por ser uma bacia de sinéclise 
intracratônica que abrange uma área de aproximadamente 500.000 km2, com 
eixo maior orientado na direção ENE-WSW. Seus extratos sedimentares 
recobrem as províncias pré-cambrianas dos escudos das Guianas e do Brasil 
central (Cunha et. al. 1994), ela limita-se a oeste com a Bacia do Solimões pelo 
Arco de Purus e, a leste, com o arco de Gurupá que a separa da Bacia do 
Marajó. O embasamento que constitui seu substrato está relacionado a dois 
eventos principais do Pré-Cambriano, em que o mais antigo originou a 
organização dos terrenos granito-greenstones e dos cinturões de alto grau 
metamórfico e seu arcabouço estratigráfico foi formado por duas 
megassequências de primeira ordem: uma paleozoica, constituída de rochas 
sedimentares de naturezas variadas, e uma mesozóico-cenozóica sedimentar. 
16 
 
(Cunha et. al. 2007). Com o término dos esforços compressionais , no final do 
Mesozóico, teve início um novo ciclo deposicional Cretácio-Terciário registrado 
pelo Grupo Javari com as Formações. 
3.2 Formação Alter do Chão 
O município de Santarém está situado na bacia sedimentar do 
Amazonas, nos domínios da Formação Alter do Chão, que ocupa cerca de 70 
% do espaço municipal. Essa formação é constituída por clásticos continentais, 
de idade Cretáceo Superior, representados por arenitos caulínicos, finos a 
grossos, às vezes com níveis conglomeráticos; localmente, ocorrem níveis 
ferruginosos, silicificados. Intercaladas na sequência arenosa, ocorrem 
camadas argilosas, cuja coloração varia de avermelhada a mosqueada, 
esbranquiçada, creme e lilás, geralmente pouco consolidadas, às vezes 
contendo lentes de arenito friável. A Formação Alter do Chão está bem 
caracterizada nas porções leste, sul e oeste do município de Santarém, 
constituindo uma morfologia típica, com elevações de topo plano, bordas 
escarpadas e fortemente ravinadas, na forma de platôs. No topo desses platôs, 
é frequente a presença de crosta ferruginosa, laterítica; às vezes, acha-se 
desmantelada, constituindo um nível concrecionário. Essas bandas ferrosas 
lateríticas indicam que o clima nessa época era úmido em alguns níveis 
arenosos da unidade e a paleodrenagem corria de leste para oeste, em direção 
ao Oceano Pacífico, geralmente, é responsável pela preservação dos platôs 
que caracterizam a Formação Alter do Chão (SCHALKEN, 2000). 
Figura 2. Seção geológica esquemática da Formação Alter do Chão naregião de Santarém - PA 
 
Fonte: Tancredi (1996) 
17 
 
4 JUSTIFICATIVA 
O trabalho em questão tem importância para adquirir um conhecimento 
acerca dos impactos sofridos em algumas áreas de Santarém, causados 
devido a crescente urbanização que vem ocorrendo na cidade nos últimos 
anos. Para tais ocupações provavelmente não houve um planejamento visando 
a sustentabilidade do meio ambiente, o que futuramente acarretará em 
problemas ambientais de maior escala. Os impactos negativos tendem a 
aumentar de forma gradativa e brusca caso não seja dada a devida importância 
para a preservação das áreas observadas. Sendo assim, analisar e notar o que 
está ocorrendo e quais as tendências para possíveis grandes impactos 
ambientais pode servir para incentivar a criação de planejamentos e reforços 
no monitoramento acerca da expansão urbana, visando a preservação do meio 
ambiente. 
5 OBJETIVO 
 Este trabalho tem como finalidade investigar os problemas geológicos 
decorrentes da relação entre o homem e a superfície terrestre, resultantes da 
ocupação desordenada que vem ocorrendo na cidade de Santarém - PA, e 
desta forma vem alterando a paisagem desta área urbana constantemente. 
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
6.1 Rio Amazonas e Rio Tapajós 
 Os rios Amazonas e Tapajós são as vias de maior importância para o 
desenvolvimento econômico da região, através do escoamento de produtos 
nela gerados, pela utilização de pequenas, médias e até grandes 
embarcações. O rio Amazonas é navegável durante todo o ano por navios de 
grande calado. (EMBRAPA, 2001). 
 Os rios de águas claras, como os rios Xingu, Tapajós e Araguaia, têm 
suas origens nos sedimentos do Cretáceo do Escudo das Guianas e do 
Brasileiro. Assim como os rios de ‘‘ “águas pretas”, eles podem ser muito 
pobres em sedimentos, mas em outras áreas podem ser ricos em matéria 
dissolvida. Deste modo, os rios de “águas claras” tem maior variação na 
18 
 
quantidade de sedimentos do que os rios de “águas pretas” (Ayres, 1995). Na 
margem direita do rio Tapajós encontra extensa superfície tabular erosiva com 
altitudes entre 120 e 170m, enquanto a margem esquerda há uma 
predominância de depósitos aluvionares quaternários (RADAMBRASIL, 1976). 
 A descarga líquida anual média do rio Tapajós em sua foz, localizada em 
Santarém, é de 13.540 m³/s e a descarga líquida anual média do rio Amazonas 
na cidade de Óbidos, é de 165.740 m³/s ( Tancredi, 1996). 
 Os rios de “águas brancas” carregam muito sedimento, frequentemente 
originado dos Andes e encostas pré-Andinas. Este sedimento é depositado nas 
terras baixas, criando extensas planícies inundáveis (Furch, 1984), as quais 
formam um complexo ecossistema de lagos, lagoas, ilhas, restingas, 
chavascais, paranás e muitas outras formações. As planícies inundáveis de 
águas brancas ou várzea passam por modificações de longo e de curtos 
períodos, como resultado da sedimentação e da erosão (Klammer, 1984). 
6.2 Sedimentos em suspensão 
Numa rede hidrográfica, os rios exportam para os oceanos uma grande 
parte dos materiais incluídos no processo de erosão, tanto sob forma dissolvida 
como sob forma particulada. As partículas são colocadas em movimento sob a 
forma de Matéria Em Suspensão (MES) ou de transporte de fundo (Filizola e 
Guyot, 2011). 
 Estudos mostraram os Andes a principal fonte de sedimentos para os 
rios Amazônicos (Filizola e Guyot, 2011). Na região da planície Amazônica, 
processos de estocagem (sedimentação) e de ressuspensão já foram 
observados (Schmidt 1972). Tais fenômenos foram associados a mudanças no 
gradiente hidráulicas ao curso do ciclo hidrológico (Meade 1985, 1988, Richey 
et al. 1986).. 
6.3 METODOLOGIA 
 A metodologia empregada neste relatório se resume nas fases de 
estudos em sala de aula para complementar os conhecimentos das áreas 
visitadas e a parte prática, onde foi realizado um campo que subdividiu-se em 
cinco pontos utilizando a estratégia de observar as ordens das diferentes fases 
de intervenção humana sobre o meio ambiente. 
19 
 
Ponto 1: Lago do Mapiri Papicu. 
Ponto 2: Ponte do Lago do Mapiri Papicu. 
Ponto 3: Igarapé localizado as margens da Rodovia Fernando Guilhon. 
Ponto 4: Serra da Matinha 
Ponto 5: Serra do índio 
7 RESULTADOS 
PONTO 01 
Hora de chegada: 08:15 
Hora de saída: 08:45 
O primeiro ponto localiza-se no bairro do Mapiri na cidade de Santarém 
Pará e é mais conhecido como Lago Papucu (Figura 3). Segundo relatos de 
moradores antigos, o lago a mais ou menos duas décadas atrás era um famoso 
balneário, onde diariamente pessoas o utilizavam para o laser. 
Em 2008 o Governo Federal por meio do Programa de Aceleração do 
Crescimento (PAC) resolveu incluir o Bairro do Mapiri nesse projeto, por conta 
das condições precárias que a população vivia às margens do lago, nos ciclos 
naturais de cheia e seca da Amazônia. 
As áreas para as construções dessas casas foram aterradas e inclusive 
uma parte do lago também foi invadida para que fosse possível dar 
continuidade nesse projeto. Devido às inúmeras obras de intervenção humana 
no lago, os processos de sedimentação do lago só aumentaram causando 
assim o assoreamento do lago. 
As autoridades só não contavam com o crescimento precoce desse 
bairro por meio de invasões visando também uma possível inclusão no PAC. 
Com essas invasões vieram mais problemas, mas o pior de todos foi o esgoto, 
que era descartado no lago sem nenhuma forma de tratamento alterando assim 
o ciclo hidrológico do lago através do processo de eutrofização. 
20 
 
Figura 3.Lago do Papicu, localizado no bairro do Mapiri, Santarém - PA . 
 
PONTO 02 
Hora de chegada: 08:47 
Hora de saída: 09:20 
O segundo ponto refere-se a uma ponte que liga os bairros do Mapiri e 
Maracanã. Visando o crescimento e a integração do bairro do Maracanã 
principalmente ao centro da cidade, foi feito o projeto de construção desta 
ponte sem um estudo básico de quais as consequências poderiam causar ao 
meio ambiente. 
A obra do aterro teve como consequência o desaparecimento da grande 
diversidade da flora aquática e todo o ecossistema que dependia dessas 
águas. A mudança no curso do igarapé foram as mais evidentes, pelo fato de 
que o lago que antes ocupava todo o curso da ponte, ficou com uma largura 
aproximadamente de dois metros (Figura 4).Este igarapé tem evidências clara 
de que está recebendo matéria orgânica por conta da presença da planta 
aquática aguapé, que funciona como um “despoluizador” de ambientes de 
águas eutrofizadas, tem a capacidade de absorver e acumular poluentes, 
"filtrando" a água (figura 5). 
 
 
21 
 
Figura 4.Ponte do Mapiri, ponte que liga os bairros do Mapiri e Maracanã. 
 
Figura 5.Presença da planta aquática (aguapé) / presença de matéria orgânica na água. 
 
 
 
22 
 
 
PONTO 03 
Hora de chegada: 09:30 
Hora de saída: 09:45 
O terceiro ponto localiza-se às margens da Avenida Fernando 
Guilhion.Trata-se do igarapé Irurá, onde sua nascente fica localizado no 
Cambuquira. Para a construção desta Avenida foi feito um aterro e com isso, 
parte do seu ecossistema foi alterado e a influência antrópica é bem evidente, 
pois existe muito lixo, alto teor de sedimentos e principalmente esgoto 
doméstico, o que é o causador da mudança na cor da água, uma cor marrom 
amarelada (figura 6). 
Figura 6.Igarapé Irurá, localizado as margens da avenida Fernando Guilhon. 
 
 
23 
 
PONTO 04 
Hora de chegada: 10:00 
Hora de saída: 10:35 
 A Serra da Matinha está localizada no bairro da Matinha, e esta área é 
considerada imprópria para habitação, sua ocupação em seu entorno foi feita 
de maneira desordenada, pois há a ocorrência de blocos rolados na mesma 
(figura 7), que podem ocasionar perdas materiais e humanas, por causa da 
grande aproximação de residências no sopé da serra, resultado da 
especulação imobiliária. A erosão nesta área é fruto doa diminuição da 
vegetação a partirda exploração de areia para a construção civil durante vários 
anos. 
Figura 7. Serra da Matinha, área considerada de risco. 
 
 
24 
 
PONTO 05 
Hora de chegada: 11:00 
Hora de saída: 11: 50 
O quinto e último ponto refere-se à Serra do Índio localizada no bairro do 
Santarenzinho (figura 8 e 9). Na década de 70, para a construção do aeroporto 
de Santarém, foi retirada o topo da serra para que os aviões pudessem descer 
com segurança. A serra era toda vegetada e com esta intervenção, ficou 
totalmente desprovida e com isso os processos erosivos desde então só 
aumentaram. Com as chuvas, ocorre o a erosão linear onde evidenciou-se 
sulcos e ravinas, com esses escavamentos os sedimentos são levados para os 
igarapés próximos onde estão localizados os pontos 1 e 2, e 
consequentemente chegando ao rio. 
O governo simplesmente depois do ocorrido virou as costas para este 
problema social. Esse descaso foi evidenciado in loco por conta das inúmeras 
invasões e do risco que essas pessoas estão correndo em relação ao 
desmoronamento de terra, por exemplo. Subindo a serra, observou-se 
demarcações de lotes, inclusive na parte mais alta da serra, evidência clara da 
extração de areia de forma ilegal. 
 Figura 8.Parte inferior do morro do índio, localizado no bairro do Santarenzinho. 
 
25 
 
 
Figura 9. Parte superior do morro do índio, localizado no bairro do Santarenzinho. 
 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 De acordo com observações feitas in loco os primeiros cinco pontos são 
os mais afetados pela intervenção humana. O primeiro ponto pelo fato de ser 
uma área pertencente a uma obra social é o que mais sofreu e mudou durante 
as últimas décadas por conta da ocupação e de todas as outras consequências 
que isso traz como desmatamento, esgoto descartado de forma errada, entre 
outros. O segundo ponto refere-se ao problema de quase desaparecimento do 
igarapé pelas obras de aterro no ato da construção da ponte. O terceiro ponto 
refere-se ao alto grau de contaminação do igarapé e isso é visível pelo fato de 
ter esgoto doméstico jorrando o tempo todo em seu leito e da coloração de sua 
água. O quarto ponto sofre com o descaso das estâncias superiores e sua 
degradação só aumenta, possivelmente desaparecerá pelo fato de atividades 
de extração de areia ativas e pelos processos de erosões naturais causada 
pela proteção que lhe foi retirada. O quinto ponto possivelmente desaparecerá 
também pelo fato de ser uma mina ativa de extração de areia regularizada. O 
sexto ponto por estar mais distante do meio urbano, é o mais conservado. Com 
esses resultados concluímos que a partir do momento em que o homem 
intervém na natureza os níveis de destruição aumentam. Observou-se ainda a 
falta de planejamento e de estudos das consequências das obras feitas nas 
áreas mais impactadas. 
 
 
26 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Ayres, J. M. As Matas de Várzea do Mamirauá: Médio Rio Solimões. 
Brasília, DF: Tefé, AM: CNPq; Sociedade Civil Mamirauá, 1995. 124 p. 
Cunha, P.R.C., Gonzaga, F.G., Coutinho, L.F.C., Feijó, F.J., 1994. Bacia do 
Amazonas. Boletim de Geociências da Petrobras, 8(1), 7-55. 
CUNHA P.R.C., MELO J.H.G., SILVA O.B. Bacia do Amazonas. Boletim 
Geociências. Petrobras, 15(2):227-251. 2007 
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Serviço Nacional 
de Levantamento e Conservação de Solos, Rio de Janeiro, RJ. Caracterização 
dos solos da área do planalto de Se/terra, município de Santarém, Estado do 
Pará / Tarcísio Ewerton Rodrigues ...et al. - Belém: Embrapa Amazônia 
Oriental, 2001,55p.; 22cm. - (Embrapa Amazônia Oriental Documentos, 115) 
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br 
Furch, K. Water chemistry of the Amazon basin: the distribution of chemical 
elements among freshwaters. In:Sioli, H. The Amazon: Limnology and 
Landscape Ecology of a Mighty Tropical River and its Basin. Dordrecht: Dr. 
W. Junk Publ., 1984. p. 99-167. 
Klammer, G. The relief of extra-Andean Amazon basin. In:Sioli, H. The 
Amazon: Limnology and Landscape Ecology of a Mighty Tropical River 
and its Basin. Dordrecht: Dr. W. Junk Publ., 1984. p. 47-83. 
SCHALKEN, Charles George P. S., 1st Joint World Congress on Groundwater, 
2000. 
TANCREDI, A.C.F.N.S. Recursos hídricos subterrâneos de Santarém. 1996. 
153 f. Tese (Doutorado) - Centro de Geociências, Universidade Federal do 
Pará, Belém, 1996.

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