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Aspectos do século XIX – II
3B
História
09
Aula 
1
Nacionalismos
Na Europa do século XIX, proliferaram os mais diver-
sos grupos étnicos, linguísticos e históricos. O Império 
Russo, por exemplo, possuía mais de 200 etnias, numa 
babel de línguas, de cultura e de religião.
A Revolução Francesa consagrou “o direito dos povos 
disporem de si próprios” e a obrigação dos governantes 
de colocarem em prática a “vontade da nação”.
Hinos patrióticos, bandeiras e obras de intelectuais 
e políticos endossam o movimento das nacionalidades. 
Uma outra fonte do nacionalismo está na tradição, no 
retorno ao passado e no culto de seus particularismos.
“A construção da nacionalidade, em sua artifi-
cialidade, frequentemente recorre a elementos da 
tradição, em que o passado é mitificado, criando 
heróis e momentos épicos que são apresentados 
como definitivos na formação do povo e da nação. 
Obras de Literatura e Música, e a construção de 
uma “História Nacional”, são algumas das formas 
de se construir uma nacionalidade. A identidade 
cultural é apresentada como natural e harmônica, 
quando nem sempre os valores desse povo tive-
ram tal coesão e harmonia [...]”
SILVA, Kalimia Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de 
conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 310.
Em resumo, o nacionalismo representa uma ideo- 
logia unificadora, elaborada intencionalmente para 
garantir a coesão do povo no Estado. É preciso não es-
quecer que esta ideologia foi uma das responsáveis por 
diversos conflitos armados e que foi também essencial 
na ideologia fascista e nazista.
Unificação da Itália
O Congresso de Viena assinalou a divisão da Itália 
em sete estados soberanos, submetidos parcialmente à 
ocupação austríaca.
O processo de unificação da Itália caberia ao Reino Sar-
do-Piemontês, mais avançado política e economicamente.
A reação a essa partilha e fragmentação da Itália se fez 
pelo movimento liberal-nacionalista italiano.
Acontece que os patriotas italianos estavam divididos. 
Uma corrente, denominada Jovem Itália, sob a liderança 
de Mazzini, desejava realizar a unidade política em torno 
de um regime republicano. Eram os mais revolucionários. 
Os moderados, liderados por Gioberti, pretendiam formar 
uma confederação sob a liderança do Papa. Por fim, a 
terceira corrente, agrupada em torno do jornal II Risorgi-
mento, era liderada pelo Conde Camilo Cavour, partidário 
da realização da unidade política em torno do Reino Sardo-
-Piemontês e sob um regime monarquista constitucional.
Itália antes da unificação
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th
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Bo
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Em 1848, a grande crise do capitalismo, que sacudiu 
toda a Europa, precipitou a crise política na Itália.
2 Extensivo Terceirão
Os diversos movimentos revolucionários italianos de 
1848 fracassaram.
O rei sardo-piemontês Carlos Alberto, derrotado 
pelos austríacos, teve de abdicar em favor de seu filho 
Vítor Emanuel II.
O rei Vítor Emanuel II nomeou, como seu principal 
ministro, Camilo Benso, conde de Cavour. Este logo com-
preendeu que havia necessidade de um aliado externo 
para derrotar os austríacos.
Este aliado surgiu na pessoa de Napoleão III, que 
tinha simpatia pela causa italiana e era contrário aos 
tratados de Viena.
Em 1859, começou a guerra; tropas austríacas in-
vadiram a Itália e foram derrotadas pelos franceses em 
Magenta e Solferino; abandonaram a Lombardia, que 
foi entregue ao Reino Sardo-Piemontês.
Aproveitando a situação após a retirada dos aus- 
tríacos, vários ducados italianos, como Módena, Parma, 
Toscana e Romagna, incorporaram-se à Monarquia 
Sardo-Piemontesa.
Aparece então o legendário Garibaldi que, entre 
outras ações, participou da Guerra dos Farrapos no Brasil 
e foi um dos heróis da unificação italiana.
Em Nápoles, Garibaldi encontrou-se com o rei Vítor 
Emanuel II, que havia conquistado os Estados Pontifícios.
ALDI, Pietro. Encontro de Garibaldi e o Rei Emanuel II em Teano, Itália. 
1886. 1 afresco, color.; Fondazione Musei Senesi, Itália.
 Garibaldi e o Rei Vítor Emanuel II
Em 1861, um Parlamento Nacional, reunido em 
Turim, proclamou Vítor Emanuel rei da Itália.
Aproveitando a oportunidade oferecida pela guerra 
entre Áustria e Prússia, Vítor Emanuel adquiriu a Venécia.
Em 1870, completou-se a unificação italiana com a 
ocupação de Roma. O papa Pio IX refugiou-se no Vatica-
no, dando início à Questão Romana (1870 - 1929).
Em 1929, esta situação foi resolvida pelo Tratado de 
Latrão, entre Mussolini e Pio XI, em que se reconheceu 
o poder temporal do Papa como chefe do Estado do 
Vaticano, situado dentro da cidade de Roma.
Outra questão não resolvida foi a situação de minorias 
italianas nas províncias de Tirol, Trentino e Ístria. Nestas 
regiões, irrompeu um movimento de caráter nacionalis-
ta: o Irredentismo. Ao final da Primeira Guerra Mundial, 
partes destas regiões foram incorporadas à Itália.
Unificação da Alemanha
Após o Congresso de Viena, existiam 38 Estados inde-
pendentes que formavam a Confederação Germânica. A 
política internacional era coordenada por uma Dieta que se 
reunia em Frankfurt, sob a presidência da Áustria.
Prússia e Áustria eram os Estados mais importantes da 
Confederação.
Por inspiração da Prússia, foi criado o zollverein, uma 
liga aduaneira que aboliu os impostos alfandegários entre 
vários estados germânicos, com exclusão da Áustria.
A partir de 1861, começou a governar a Prússia Gui-
lherme I, um apaixonado pelas questões militares, que fez 
uma reforma radical em suas forças armadas. O exército da 
Prússia logo se transformou no melhor da Europa.
Um hábil político, Bismarck, que tinha ocupado, entre 
outros cargos, o de embaixador na Rússia e na França, 
também foi convocado como ministro.
Bismarck pertencia à 
classe dos junkers, aristo-
cratas agrários, em que se 
buscavam as altas patentes 
do exército e da burocracia 
prussiana.
BRADY, Mathew. Retrato de Otto 
von Bismarck. 1860-1865. National 
Archives and Records Administration 
(NARA), Estados Unidos.
 Bismarck
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Para unificar a Alemanha, a Prússia teve de vencer 
três guerras: a Dinamarca em 1864; a Áustria em 1866 e 
a França em 1870.
Pelo Tratado de Frankfurt, a França perdeu a Alsácia 
e parte da Lorena e ainda teve de pagar uma pesada 
indenização.
Na unificação da Alemanha, encontramos os 
germes da Primeira Guerra Mundial. De um lado, a 
unificação tardia impediu que a Alemanha partici-
passe da corrida imperialista; do outro, a perda da 
Alsácia-Lorena pelos franceses fez com que estes 
desejassem uma revanche.
Aula 09
3História 3B
Grã-Bretanha
Durante o século XIX, a Grã-
-Bretanha teve um espetacular 
progresso material tornando-se a 
maior potência mundial. Governo 
liberal; relativa estabilidade social 
e grande propriedade em decorrên-
cia da Revolução Industrial.
O surto geral de prosperidade 
beneficiava uma minoria. No co-
meço do século XIX, as condições 
de vida dos trabalhadores eram das 
piores. No plano político, a grande 
maioria da população não podia 
votar, daí os distúrbios e arruaças.
Alterando-se no poder, os whigs 
(liberais) e os tories (conservadores) 
alternavam medidas de reformas, 
acompanhadas de ações repres-
sivas. A emancipação católica, a 
ampliação do direito de voto foram 
exemplos de ações reformistas; já a 
repressão aos cartistas denotou a 
limitação das reformas.
Após a guerra da Crimeia 
(1854 - 56) emergiram dois notáveis 
políticos: William Gladstone e 
Benjamin Disraeli. Havia uma forte 
competição entre os dois.
“Isso aconteceu duran-
te a aprovação do Projeto de 
Reforma de 1867. Primeiro, 
Gladstone liderou os liberais 
em favor de uma medida para 
ampliar o direito de voto, 
medida essa que fracassou, 
forçando-o a solicitar sua de-
missão... Então, Disraeli apre-
sentou um projeto que devia 
dar o direito de voto à gran-
de maioria dos trabalhadores 
citadinos, muito mais do que 
Gladstone pretendera, e o 
projeto foiaprovado”.
PERRY, Marvin e outros. Civilização 
Ocidental: uma história concisa. 
São Paulo: Martin Fontes, 2002, p. 562.
Um problema que nem 
Gladstone e nem Disraeli conse-
guiram resolver foi a “questão da 
Irlanda”, cuja população católica 
ambicionava a independência polí- 
tica. A crise econômica e social, especialmente a grande fome de 1846-47 fez 
com que muitos irlandeses emigrassem para os Estados Unidos.
No final do século XIX surgiu um partido trabalhista independente. Nas 
eleições de 1906, o Partido Trabalhista já possuía 29 membros na Câmara dos 
Comunas.
Estados Unidos
Expansão territorial
A Marcha para o Oeste significou a incorporação de territórios interiora-
nos por desbravadores e colonos pioneiros.
Uma série de fatores contribuiu para essa expansão: a escassez de terras 
na faixa atlântica; o grande afluxo de imigrantes europeus; a descoberta de 
jazidas auríferas, que ocasionou a corrida do ouro; a conquista de áreas de 
pastagens para criação de rebanhos; a necessidade de matérias-primas e 
de alimentos para o desenvolvimento econômico local; e a construção de 
ferrovias.
Em razão da resistência que demonstraram durante a Marcha para o Oeste, 
milhões de indígenas foram exterminados. O cristianismo, o cavalo, as armas 
de fogo e o álcool alteraram substancialmente o modo de vida dos nativos. 
As doenças ceifaram milhares de vida. Nem os sucessivos governos e muito 
menos os colonos respeitaram as culturas dos diversos povos indígenas, e a 
ocupação de seus territórios se deu através do massacre indiscriminado da 
população nativa.
A compra da Louisiana (da França, em 1803) e da Flórida (da Espanha, em 
1819) aumentou muito o território dos Estados Unidos.
A guerra com o México (1846-1848) consolidou o processo de expansão. A 
causa da guerra foi a revolta de colonos norte-americanos instalados no Texas, 
que proclamaram a República Independente do Texas. Os mexicanos reagiram, 
mas os Estados Unidos entraram na guerra lutando ao lado dos texanos e o 
México foi derrotado. A paz foi reafirmada no Tratado de Guadalupe-Hidalgo, 
que fez os mexicanos reconhecerem a perda do Texas, além de cederem o 
território do Novo México da Califórnia, de Nevada, Utah e do Arizona.
A compra de Oregon (da Inglaterra) e do Alasca (da Rússia, em 1867) 
completou o expansionismo estadunidense.
Expansão territorial EUA
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4 Extensivo Terceirão
Guerra de Secessão (1861-1865)
As divergências entre os estados industrializados 
do Norte e os estados agrícolas e escravistas do Sul 
eram enormes.
A questão da abolição da escravatura dividia 
nortistas e sulistas. Abraham Lincoln venceu a eleição, 
em 1860, apoiado pelo Norte, levando os estados 
escravistas do Sul a se separarem da União e formarem 
uma Confederação. 
A princípio, pode parecer que os estados sulistas só 
se separaram porque Lincoln prometera, durante sua 
campanha, abolir a escravidão; porém, a questão das 
tarifas foi bastante significativa.
As tarifas protecionistas interessavam à burguesia 
industrial do Norte, mas prejudicavam os latifundiários 
do Sul. Estes teriam de pagar mais pelos produ tos 
industrializados importados da Europa.
Lincoln tentou evitar a guerra garantindo aos sulis-
tas que não proibiria a escravidão nos estados onde ela 
ainda não fosse ilegal.
Mesmo assim, em 20 de dezembro de 1860, a 
Carolina do Sul decidiu afastar -se da União. Mississipi, 
Flórida, Alabama, Geórgia, Louisiana e Texas seguiram 
o exemplo. Estavam formados os Estados Confedera-
dos da América, com capital em Richmond, na Virgínia. 
Jefferson Davis foi eleito presidente da Confederação.
O Norte era rico, industrializado e mais populoso 
(28 milhões de habitan tes); já o Sul, agrícola e com 
apenas 9 milhões de habitantes, estava em nítida 
desvantagem. 
A marinha nortista era bastante poderosa. Isso foi 
importante, pois, duran te a guerra, os portos do Sul 
foram bloqueados, dificultando a exportação de algo-
dão, assim como a importação de armas e suprimentos.
O Sul, por sua vez, tinha bons cavaleiros e atiradores 
e ótimos comandantes. O início da guerra foi favorável 
aos sulistas. 
O presidente Lincoln adotou medidas radicais, 
objetivando obter apoio para a União. 
Entre essas medidas, contava-se o Homestead Act 
(1862), que concedia gratuitamente terras no Oeste (65 
hectares) a quem se obrigasse a nelas per manecer por 
cinco anos sem utilizar mão de obra escrava; em 1863, 
aboliu-se a escravidão nos estados confederados, com 
o intuito de levar os ex-escravos a não colaborarem 
com o exército do Sul. 
Após a Batalha de Gettysburg (1863), o Norte 
tomou a ofensiva.
A guerra terminou em 9 de abril de 1865, quando 
o general sulista Ro bert Lee se rendeu, no Tribunal 
de Appomattox, ao comandante das forças da União, 
general Ulisses S. Grant.
Testes
Assimilação
09.01. (UFU – MG) – “Alexandre, Bispo, Servo dos Servos 
de Deus, ao Caríssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre 
Rei dos Portugueses, e a seus herdeiros, ‘in perpetuum’. 
Está claramente demonstrado que, como bom filho e 
príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua 
mãe, a Santa Igreja, (...) Por isso, nós atendemos às qua-
lidades de prudência, justiça e idoneidade de governo 
que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a proteção 
de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos 
por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o 
reino de Portugal (...)”
Disponível em: <http://ensina.rtp.pt/artigo/a-bula-manifestis-probatum-o-docu-
mento-fundador-do-reino/>. Acesso em 06 de mar. 2018.
Em 23 de maio de 1179, o Papa Alexandre III emitiu uma bula, 
declarando D. Afonso Henriques soberano de Portugal. Esse 
trecho do documento é testemunho do surgimento precoce 
da primeira nação europeia. A aliança entre a nobreza e a 
burguesia (abençoada pela Igreja) enfraqueceu os senhores 
feudais, dando início ao aparecimento dos Estados Nacionais. 
Esse processo se arrastaria até o século XIX quando 
surgiu a última nação por meio da unificação de reinos.
De acordo com as informações dadas, a nação referida no 
trecho em destaque é 
a) Alemanha.
b) Itália. 
c) França.
d) Inglaterra.
09.02. (UFRGS) – Após o fim da Guerra Civil norte-americana 
(1861-1865), antigos soldados confederados e proprietários 
rurais sulistas organizaram a Ku Klux Klan, grupo que teria 
influência duradoura na história política norte-americana.
Assinale a alternativa que indica características ideológicas 
e práticas dessa organização. 
a) Defesa da supremacia branca e da segregação racial nos 
Estados Unidos. 
b) Tentativa de construção de um governo socialista no Sul 
norte-americano. 
c) Adoção de uma plataforma de integração racial em todo 
o país.
d) Rejeição ao Cristianismo como a principal religião dos 
Estados Unidos.
e) Implementação de um governo independente nos esta-
dos do Norte estadunidense. 
Aula 09
5História 3B
09.03. (UERJ) – A terceira segunda-feira de janeiro é o dia 
oficial para recordação de um dos mais famosos líderes 
na luta pelos direitos civis, pelos direitos humanos e 
pela paz: Martin Luther King. Em sua criação, em 1986, 
um número limitado de estados da federação norte-
-americana adotou o feriado. Na Carolina do Norte 
e na Carolina do Sul, por exemplo, houve objeções. 
Somente no ano de 2000, o feriado passou a vigorar 
em todo o país.
Adaptado de usafederalholidays.com.
O estabelecimento de feriados nacionais é uma decisão 
política e se relaciona com as particularidades históricas e 
culturais das sociedades.
No caso norte-americano, a não adoção do dia de Martin Lu-
ther King em todos os estados da federação, desde a criação 
do feriado, está associada ao seguinte aspecto: 
a) conflitos da disputa partidária 
b) heranças da segregação racial 
c) limitações da ordem democrática 
d) tradições do puritanismo religioso 
09.04. (ESPM – SP) – Em 1865, encerrada a Guerra 
de Secessão, morto assassinado Abraham Lincoln, o 
vice-presidente Andrew Johnson governou uma re-
construçãodifícil. Sob a presidência de Ulisses Grant, 
a começar pelo Tennessee, em 1870, os sulistas bran-
cos promulgaram leis contra o casamento inter-racial. 
Cinco anos depois, o Tennessee adotou a primeira Lei 
Jim Crow e o resto do sul o seguiu rapidamente. O 
termo ‘Jim Crow’, nascido de uma música popular, 
refere-se a toda a lei (foram dezenas) que determinasse 
o afastamento entre negros e brancos nos trens, estações 
ferroviárias, hotéis, barbearias, restaurantes, teatros e 
escolas. Em 1885, a maior parte das escolas sulistas 
foram divididas em instituições para brancos e outras 
para negros.
(Leandro Karnal. História dos EUA) 
O texto trata de efeitos da Guerra de Secessão que afetaram 
a sociedade dos EUA e que apenas nas décadas de 1950 e 
1960 foram sendo derrubados pela Suprema Corte. A alter-
nativa que melhor demonstra o que as chamadas Leis Jim 
Crow consagravam é: 
a) integracionismo; 
b) escravismo; 
c) cordialidade; 
d) segregacionismo; 
e) reconciliação. 
Aperfeiçoamento
09.05. (PUCCAMP – SP) – O que singulariza o pessimis-
mo de Machado de Assis é a sua posição antagônica 
em relação ao evolucionismo oitocentista, ao culto 
do progresso e da ciência. Frente às ingenuidades 
do cientificismo, o sarcasmo de Brás Cubas reabre a 
interrogação metafísica, a perplexidade radical ante a 
variedade do ser humano. Um artista como Machado 
levou mais a sério do que os arautos do evolucionismo 
cientificista o golpe que Darwin tinha desfechado 
contra as ilusões antropocêntricas da humanidade.
MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides. Rio de Janeiro: José Olympio, 
1977, p. 171-172.
O culto do progresso e da ciência, bem como o nacionalismo 
compuseram a mentalidade de parte das elites europeias 
do século XIX, período em que diversas burguesias atua-
ram em prol da unificação nacional, em seus países. Nesse 
contexto, Itália e Alemanha, em comparação com outras 
nações europeias, 
a) tardaram a se unificar, pois abrigavam diferentes povos e 
dialetos, além de sofrerem oposição do Império Austríaco 
a essa unificações. 
b) tiveram processos pioneiros de unificação, uma vez que o 
interesse na unificação da moeda e no estabelecimento 
de barreiras alfandegárias visando o progresso econômico 
prevaleceu sobre as diferenças internas existentes. 
c) enfrentaram poucos obstáculos em seu processo de 
unificação, por contarem com a pronta adesão de nobres 
que controlavam pequenos reinos autônomos, a quem 
não interessava a perda do poder local. 
d) contaram com o apoio do Vaticano para se tornarem 
Estados-nações, pois a Igreja Católica optou por apoiar 
as burguesias em ascensão e, dessa forma, continuar 
influente nesses países. 
e) conquistaram sua condição de Estado-nação após séculos 
de guerras internas sangrentas, uma vez que autoridades 
monárquicas mobilizaram grandes exércitos populares 
para se oporem às burguesias.
09.06. (ACAFE – SP) – No final do século XIX e início do sécu-
lo XX, os Estados Unidos continuavam com sua posição para 
influenciar a política e a economia do continente americano. 
Nesse contexto é correto afirmar, exceto: 
a) No início do século XX os Estados Unidos conseguiram um 
acordo diplomático com a Colômbia para a construção 
do Canal do Panamá, ligando o Atlântico ou Pacífico. Os 
dois países passaram a controlar o fluxo de embarcações 
pelo canal.
b) Mesmo após sua independência e a revolução de 1959, 
Cuba tem até hoje em seu território uma base militar 
estadunidense, localizada na Baía de Guantánamo. 
c) Intervindo nas lutas camponesas na Nicarágua, os EUA 
atuaram militarmente neste país em 1909, ocupando-o 
até 1933 e colocando no poder políticos aliados aos seus 
interesses.
d) As intervenções militares realizadas na América Latina e 
que garantiam aos Estados Unidos investimentos vantajo-
sos, estavam de acordo com a política do Big Stick (“gran-
de porrete”) iniciada no governo de Theodore Roosevelt. 
6 Extensivo Terceirão
09.07. (PUC – RJ) – 
Disponível em: <www.iwmshop.org.uk/images/
prod_12784.jpg>. Acesso em: 19 set. 2016.
O cartaz acima mostra Lord Kitchener, Secretário de Es-
tado da Guerra do governo britânico, entre 1914 e 1916, 
conclamando a população a se alistar nas forças armadas 
britânicas por ocasião da Primeira Guerra Mundial.
O cartaz põe em destaque: 
a) o igualitarismo. 
b) o nacionalismo. 
c) o eurocentrismo. 
d) o regionalismo. 
e) a xenofobia. 
09.08. (UFRGS) – Dentre as alternativas a seguir, assinale 
aquela que está correta em relação ao processo de unifica-
ção italiana, concluída na segunda metade do século XIX.
a) O Congresso de Viena concluiu o processo de integra-
ção nacional italiano na medida em que este veio ao 
encontro dos interesses das elites locais.
b) O processo de unificação nacional resultou das fortes 
pressões da burguesia do sul do país, cuja economia 
demandava um mercado interno homogêneo, dinâmico 
e integrado para a colocação da sua moderna produção 
industrial.
c) A construção do Estado Nacional implicou enfrentar 
e expulsar as tropas de ocupação pertencentes aos 
impérios britânico, russo e espanhol, estabelecidas na 
Península Itálica desde os acontecimentos de 1848.
d) O movimento de unificação partiu das áreas mais in-
dustrializadas, teve forte presença de uma burguesia 
interessada na ampliação do mercado interno e foi 
sustentado pela ideologia do nacionalismo.
e) A consolidação da formação do Estado nacional italiano 
ocorreu com a anuência do papa Pio IX e o reconheci-
mento, pelo primeiro-ministro Cavour, da existência e da 
soberania do estado do Vaticano, após as negociações 
da Questão Romana.
09.09. (UNESP – SP) – As unificações políticas da Alemanha 
e da Itália, ocorridas na segunda metade do século XIX, 
alteraram o equilíbrio político e social europeu. Entre os 
acontecimentos históricos desencadeados pelos processos 
de unificações, encontram-se:
a) a ascensão do bonapartismo na França e o levante 
operário em Berlim.
b) a aliança da Alemanha com a Inglaterra e a indepen-
dência da Grécia.
c) o nacionalismo revanchista francês e a oposição do Papa 
ao Estado Italiano.
d) a derrota da Internacional operária e o início da União 
Europeia.
e) o fortalecimento do Império austríaco e a derrota dos 
fascistas na Itália.
09.10. (UDESC) – Leia atentamente o texto a seguir:
“Existem hoje, sobre a Terra, dois grandes povos 
que, tendo partido de pontos diferentes, parecem 
adiantar-se para o mesmo fim: são os americanos e 
os russos (...) Para atingir a sua meta, o primeiro 
apoia-se no interesse pessoal e deixa agir, sem di-
rigi-las, à força e à razão dos indivíduos. O segun-
do concentra num homem, de certa forma, todo o 
poder da sociedade. Um tem por principal meio a 
liberdade; o outro, a servidão. O seu ponto de par-
tida é diferente, os seus caminhos são diversos; não 
obstante, cada um deles parece convocado, por um 
desígnio secreto da Providência, a deter nas mãos, 
um dia, os destinos da metade do mundo.”
(Tocqueville, Alexis de. A democracia na América, 1835)
A partir deste trecho, publicado por Tocqueville em 1835, 
é correto afirmar que o autor: 
a) refere-se às políticas imperialistas que, mesmo pautadas 
em princípios diferentes, podiam ser observadas tanto 
nos Estados Unidos quanto na Rússia do século XIX. 
b) refere-se, evidentemente, ao período da Guerra Fria e 
ao governo de Gorbachev, na Rússia. 
c) refere-se aos resultados da Primeira Guerra Mundial, ao 
papel representado por Lenin, no governo da Rússia, e 
por Roosevelt, no governo norte-americano. 
d) relaciona os princípios básicos da democracia às práticas 
do governo russo do século XIX. 
e) analisa os resultados da Revolução Russa e as atitudes 
de retaliação do governo norte-americano. 
Aula 09
7História 3B
Aprofundamento
09.11. (UEL – PR) – Sobre a unificação da Itália (1870) e da 
Alemanha (1871), analise as afirmativas abaixo:
I. Os movimentos liberais, que nesses países assumiram 
um aspecto fortementenacionalista, tiveram importante 
participação no processo de unificação.
II. A ausência de guerras ou revoltas marcou a unificação 
italiana e alemã.
III. O processo de unificação acelerou o desenvolvimento 
do capitalismo na Alemanha e na Itália, o que resultou 
em disputas que desembocaram na Primeira Guerra 
Mundial.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
b) Apenas a afirmativa III é verdadeira.
c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
09.12. (MACK – SP) – 
A charge acima ironiza a política externa norte-americana, 
durante o governo de Theodore Roosevelt (1901-1909), a 
diplomacia do Big Stick (“grande porrete”). Mesmo após o 
fim do seu mandato, essa política continuou a ser praticada 
pelos presidentes que o sucederam, como atesta o período 
histórico, conhecido como Guerra das Bananas (1898-1934).
Dentre as assertivas abaixo, que apontam e analisam fatos 
históricos relacionados a essa política diplomática, assinale 
a INCORRETA. 
a) Durante o governo de Roosevelt, entrou em vigor 
a Emenda Platt, um dispositivo legal adicionado 
à constituição de Cuba, após sua independência, 
permitindo aos Estados Unidos intervirem no país, caso 
seus interesses fossem ameaçados.
b) A ideologia do Big Stick levou à expansão da marinha de 
guerra norte-americana, presente na maior parte desses 
conflitos, a fim de garantir, por meio da intervenção 
militar e ocupação de países, a defesa dos interesses 
estadunidenses.
c) Os Estados Unidos, inconformados com a independência 
do Panamá, perante a Colômbia, invadem e ocupam o 
país, a fim de garantir que as obras para a construção do 
Canal, ligando o Atlântico ao Pacífico, fossem concluídas, 
permanecendo no país, até 1999.
d) Diversos países foram afetados por essa política, tais 
como: Cuba, Panamá, Haiti, Nicarágua, México, Hondu-
ras, República Dominicana – além do território de Porto 
Rico – anexado durante a Guerra Hispano-Americana, 
de 1898. 
e) As intervenções militares estavam conectadas à pre-
servação dos interesses comerciais estadunidenses na 
região, principalmente, da United Fruit Company, que 
tinha investimentos significativos em diversos países da 
região, em plantações de produtos tropicais.
09.13. (PUCCAMP – SP) – No final do XIX, as regiões de 
população germânica (que posteriormente integrariam a 
Alemanha) passaram por um processo de formação de um 
Estado nacional. Esse processo foi caracterizado 
a) pela ratificação, por meio de um amplo plebiscito, da 
decisão de que a língua e a cultura alemã fossem con-
sideradas “nacionais” em todas as regiões habitadas por 
povos da raça ariana.
b) pela adesão das elites burguesas vinculadas a diferentes 
estados ao movimento cultural do romantismo, que 
se impôs com forte carga nacionalista e como forma 
de a jovem burguesia de Viena se contrapor às velhas 
aristocracias alemãs.
c) por violentas guerras travadas entre o exército da Prús-
sia, liderado por Bismarck, contra a França e a Áustria 
para consolidar um Império Alemão sob o comando 
de Guilherme I.
d) pelo apoio dos Habsburgos à formação de um império 
vizinho que irmanasse as duas principais regiões de 
língua alemã (Alemanha e Áustria) a fim de consolidar 
uma aliança política entre Estados distintos, porém an-
corada na identidade comum possibilitada pela cultura 
germânica. 
e) pelo impacto positivo da reformulação de leis alfandegá-
rias que contribuíram para criar um próspero “mercado 
comum alemão”, favorecendo o desenvolvimento da 
região e estimulando o nacionalismo popular que re-
sultaria em movimentos revolucionários camponeses 
pró-unificação.
09.14. (FGV – SP) – Em 1864, o conselho geral da Associação 
Internacional dos Trabalhadores (AIT) incumbiu Karl Marx de 
redigir uma carta endereçada a Abraham Lincoln, presidente 
dos Estados Unidos, por ocasião de sua reeleição. Nessa carta, 
Marx felicitava o estadunidense e relacionava a luta contra a 
escravidão na América aos interesses e demandas das classes 
trabalhadoras.
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8 Extensivo Terceirão
A respeito do contexto histórico dessa carta, é correto 
afirmar: 
a) Nos Estados Unidos da América, desenrolava-se a Guerra 
de Secessão, provocada pela separação das unidades 
federativas que desejavam a manutenção da escravidão. 
b) A AIT foi fundada em 1864 como uma organização 
internacional que se propunha representar tanto a 
classe operária quanto setores da pequena burguesia 
democrática. 
c) A Guerra Civil Americana foi provocada pelas ligações 
do então presidente Abraham Lincoln com a esquerda 
comunista internacional liderada pelo filósofo alemão 
Karl Marx.
d) Na Europa, a fundação da AIT representava uma ten-
tativa de canalizar as lutas operárias para o interior das 
instituições políticas da sociedade burguesa, através da 
participação eleitoral. 
e) A reeleição de Abraham Lincoln só foi possível devido 
à extensão do direito universal de voto a todos os 
estadunidenses, independentemente de sua condição 
racial ou social.
09.15. (UERJ) – 
Fonte: adorocinema.com
O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa, publicado 
postumamente e popularizado pelo cineasta italiano 
Luchino Visconti, narra a decadência da nobreza e 
a ascensão de uma nova classe na Itália do final do 
século XIX, endinheirada, destituída de sangue azul, 
mas ávida para comprá-lo. A astúcia do aristocrata 
Tancredi o levou a perceber a necessidade de sobre-
vivência numa nova realidade. Em uma de suas falas, 
ele diz: “Se nós não estivermos presentes [na unifi-
cação], eles aprontam a República. Se queremos que 
tudo continue como está, é preciso que tudo mude. 
Fui claro?”.
Adaptado de revistabula.com.
A frase do personagem Tancredi no filme O Leopardo sin-
tetiza a postura da nobreza italiana em meio ao processo 
de unificação nacional na década de 1860.
Apresente uma característica da unificação italiana que 
justifique a frase do personagem. Aponte, ainda, um efei-
to socioeconômico dessa unificação para o continente 
americano. 
09.16. (UFF – RJ) – À época de Bismarck (1871–1890) as-
sociam-se alguns elementos que vieram a reforçar o capita-
lismo industrial e financeiro na Alemanha recém-unificada.
Assinale a opção que contém referências vinculadas ao 
momento político mencionado.
a) Vitória dos cristãos-sociais mais moderados ao impor 
reformas do sistema de trabalho na década de 1880, 
greve dos mineiros do Ruhr, emigração maciça para o 
continente americano, imposição do livre comércio de 
importação e exportação em 1879.
b) Zollverein ou união aduaneira alemã, abolição do regi-
me político federal no Império Alemão, diminuição da 
influência dos Junkers prussianos, dissolução da Aliança 
do Centeio e do Aço.
c) Unificação monetária alemã, extensão das ferrovias, de-
saparecimento de numerosas pequenas empresas após 
a crise financeira de 1873, imposição do protecionismo 
alfandegário em 1879.
d) Financiamento de seguros sociais pelo Reichsbank para 
aliviar tensões, condução a um período de paz social 
através da unidade alemã, privatização das ferrovias, 
entrada da Alemanha na corrida colonial ao anexar a 
Etiópia.
e) Sacrifício da agricultura à indústria, reforço da posição 
dos industriais determinado pelo “novo curso” ligado ao 
chanceler Caprivi, formação, no Reichstag, da maioria 
chamada “do Cartel”, favorável ao grande capitalismo e 
a medidas antissindicais em 1879.
Aula 09
9História 3B
09.17. Por que a unificação da Alemanha foi um dos fatores 
que desestabilizou a geopolítica europeia?
Desafio
09.18. (FUVEST – SP) – 
www.google.com.br
Há meses os jornais londrinos – The Times, The 
Economist, The Examiner, Saturday Review – têm 
repetido a mesma ladainha sobre a Guerra Civil 
09.01. a
09.02. a
09.03. b
09.04. d
09.05. a
09.06. a
09.07. b
09.08. d
09.09. c
09.10. a
09.11. d
09.12. c
09.13. c
09.14. a
09.15. O processo de unificação italiana ocorreu 
em meadosdo século XIX sendo con-
cluído em 1871. Para impedir mudanças 
sociais significativas a elite do país preferiu 
adotar uma monarquia constitucional im-
pedindo a adoção do modelo republicano 
afastando o povo das grandes decisões 
políticas. O processo de unificação foi feito 
de cima para baixo, beneficiando a elite. 
Desta forma, após a unificação política do 
país, ocorreu uma intensa imigração para a 
América, em especial ao Brasil para substi-
tuir os escravos na lavoura cafeeira.
09.16. c
09.17. Unificada, a Alemanha acelerou o seu 
processo de industrialização e saiu em 
busca de mercados,enfrentando a con-
corrência britânica. A disputa por mer-
cados foi uma das causas da Primeira 
Guerra Mundial.
09.18. a) Segundo o texto, o choque entre o pro-
tecionismo do Norte industrializado e o 
livre-cambismo do Sul agroexportador.
b) O fim da Guerra de Secessão trouxe 
consigo o fim da escravidão, mas não 
inseriu os negros sulistas nos direitos 
civis. Essa inserção foi a base da luta 
de King na década de 1960. 
Gabarito
americana. Enquanto insultam os estados livres do 
Norte, defendem-se ansiosamente contra a suspeita 
de simpatizarem com os estados escravistas do Sul. 
Seus argumentos extenuantes são basicamente os 
seguintes. A guerra entre Norte e Sul é uma guerra de 
tarifas, entre um sistema protecionista e um sistema 
de livre-comércio, e a Inglaterra, claro, está do lado 
do livre-comércio. Ademais, a guerra não está sendo 
travada sobre qualquer questão de princípio; ela não 
se refere ao problema da escravidão, mas, sim, centra-
se nos desejos de soberania do Norte.
Karl Marx, A Guerra Civil norte-americana. Publicado originalmente em 25 de 
outubro de 1861, no jornal Die Presse. Adaptado.
a) Com base no texto, explique os fundamentos econômicos 
e políticos da Guerra Civil norte-americana.
b) Com base no texto e na imagem, na qual aparece, com 
destaque, o ativista Martin Luther King, relacione o 
movimento político a que ela se refere com os resultados 
da Guerra Civil. 
 
10 Extensivo Terceirão
História
3BAula 10
Imperialismos I
 Introdução
No século XIX, houve uma grande expansão colonial 
europeia, em busca de mercados e de matérias- 
-primas, bem como pontos estratégicos nas colônias. 
Esse movimento se faz sentir, particularmente, na Ásia, 
na África e na Oceania.
O antigo colonialismo europeu, mercantilista, 
interessava-se, particularmente, pelos metais preciosos 
e produtos tropicais. Já o expansionismo europeu do sé-
culo XIX, contemporâneo da Revolução Industrial, além 
de estratégico, procurava novos mercados para a colo-
cação dos produtos industrializados e matérias-primas 
indispensáveis. Portanto, como principais causas da 
expansão colonial europeia, podemos citar:
 • procura de novas fontes de matéria-prima (ferro, 
cobre, petróleo, trigo, algodão, etc.);
 • procura de novos mercados consumidores;
 • grande aumento populacional registrado na Europa, 
o que fez com que se procurassem novas áreas para 
o excesso de habitantes que continuariam a ser 
cidadãos de seus países de origem;
 • busca de bases estratégicas;
 • o desejo de aplicação de capitais;
 • os progressos tecnológicos, particularmente nas 
comunicações;
 • desenvolvimento de ideologias racistas que afirma-
ram a superioridade da raça branca;
 • crença no progresso e o chamado darwinismo social 
(em que só os mais fortes devem sobreviver);
 • a visão etnocêntrica de mundo (etnocentrismo: 
atitude emocional que sustenta o grupo, a raça ou 
a sociedade a que uma pessoa pertence como supe-
riores a outras entidades raciais, sociais ou culturais). 
Tal atitude encontrou-se associada ao desprezo 
pelo estrangeiro ou forasteiro, assim como por seus 
costumes.
Lenin assim definiu o imperialismo:
O imperialismo é um capitalismo na fase de desen-
volvimento quando tomou corpo a dominação dos 
monopólios e do capital financeiro, quando ganhou 
significativa importância a exportação de capitais, 
quando se iniciou a partilha do mundo pelos trustes 
internacionais e terminou a repartição de toda a terra 
entre os países capitalistas mais importantes.
 A metralhadora foi o símbolo da expansão imperialista. 
Observe-a, com seu inventor Hiram Maxim, em 1880.
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É bom não esquecer que nessa época a fusão do 
capital bancário com o capital industrial possibilitou 
o aparecimento do chamado capitalismo financeiro ou 
monopolista.
Foi nessa época que ocorreu a formação de empre-
sas gigantescas (os trustes). Desenvolveram-se asso-
ciações (holdings) que passaram a deter o controle 
acionário de múltiplas empresas que passaram 
a atuar de forma coordenada. Os cartéis também 
entraram em cena: por meio deles, empresas, apesar 
de manterem plena autonomia em seus negócios, 
definiam uma política comum em relação aos preços 
e à divisão do mercado.
Aula 10
11História 3B
 Britânicos na 
Índia
Após a Guerra dos Sete Anos, 
a Índia, até então dominada pela 
França, passou para o domínio bri-
tânico, pela Companhia das Índias 
Orientais.
Dominando a ferro e fogo a 
resistência nativa, a Companhia 
ocupou quase todo o país no século 
XVIII, cabendo a administração a 
um Governador-Geral residente em 
Calcutá.
No século XVIII, os funcionários 
da Companhia das Índias adotavam 
uma política de contatos frequentes 
e amistosos com a população local. 
A partir de 1840, a situação mudou 
e os servidores ficariam proibidos 
de participar de festas indianas. 
As consequências dessa política 
isolacionista foram graves.
O expansionismo continuava. A 
região de Assam, as províncias de 
Sind e Punjab foram conquistadas. 
A tentativa de conquistar o Afega-
nistão fracassou. De um exército de 
16 mil homens, restou apenas um 
sobrevivente para contar o desastre.
A política britânica em relação aos hindus era cada vez mais opressiva. 
Muitos territórios independentes foram anexados. Se o príncipe indiano não 
tivesse herdeiro legítimo, ou fosse considerado corrompido ou depravado, era 
deserdado. Isso tudo aumentava os sentimentos antibritânicos.
Em 1856, lord Canning, Governador-Geral, baixou um decreto, obri-
gando os recrutas do exército a servirem no além-mar, o que contrariava as 
regras hinduístas em relação às viagens ao exterior.
Em Meerut, revoltaram-se os cipaios (soldados hindus que serviam no 
exército britânico). Dias depois, Déli estava em poder dos rebeldes.
A classe média indiana e os siques do Punjab ficaram do lado dos ingleses, 
que, com dificuldades, dominaram a situação. Durante a guerra, atrocidades 
foram praticadas por ambas as partes.
 Estação Vitória em Bombaim, Índia
Pela Lei da Índia de 1858, a Companhia da Índia Oriental foi desfeita. 
Todos os direitos foram transferidos para a Coroa. Em 1876, a rainha Vitória 
foi proclamada imperatriz da Índia.
Os ingleses aprenderam a lição de interferir nos hábitos religiosos dos 
indianos. A partir de então, deviam-se levar adiante projetos econômicos e 
materiais, deixando de lado as questões sociais e culturais.
A partilha da Ásia
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 Charge retratando a atuação dos trustes. 
As pequenas empresas seriam levadas a 
cair numa armadilha, ou seja, o pró-
prio truste — no caso, o grupo Mor-
gan, do ramo de aço.
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12 Extensivo Terceirão
 “Negócios da China”
Na China, os ingleses comercializavam o ópio, vi-
ciando o povo e obtendo lucros fabulosos. O imperador 
chinês resolveu proibir esse comércio. Como represália, 
os ingleses resolveram intervir (foi a chamada Guerra do 
Ópio, vencida pelos ingleses). Com essa vitória, os ingle-
ses obtiveram a Ilha de Hong Kong, além da autorização 
de comerciar em toda a China.
Mais tarde, os Estados Unidos e a França obtiveram 
vantagens semelhantes às dos ingleses. Rússia, Japão, 
Alemanha e Itália também passaram a ter domínios na 
China.
A maioria das concessões foi facilitadapela situação 
interna da China, agitada pela revolta dos Taipings. Os 
rebeldes eram contra os estrangeiros, pretendiam reali-
zar uma reforma agrária e libertar a mulher da tradição 
confucionista. Acabaram sendo esmagados, graças à 
ajuda ocidental aos manchus.
Em 1900, os ingleses, aliados a franceses, norte-
-americanos, alemães, russos e italianos, derrotaram os 
nacionalistas chineses na Guerra dos Boxers.
Quem eram os boxers? No princípio do século, a 
expressão Ye he quan (Punho de Justiça e de Concórdia) 
provinha de uma sociedade secreta criada no século XI.
Foi a partir de 1898 que os boxers começaram a 
manifestar-se no norte da China. Atacaram as missões, 
os estabelecimentos estrangeiros e cortaram as linhas 
telefônicas e vias férreas.
Os boxers, com o apoio de membros da Família 
Imperial, obtêm vitórias iniciais. A imperatriz Tseu-Hi 
passou para o lado das potências estrangeiras.
A aliança de tropas estrangeiras sitiadas em Pequim 
derrotou os rebeldes. O governo da China teve de fazer 
mais concessões às potências imperialistas.
Tudo isto contribuiu para que fosse proclamada a 
República na China, em 1912, e para que os comunistas 
desencadeassem uma virulenta campanha anti-
-imperialista.
 O caso japonês
Em julho de 1853, uma esquadra norte-americana 
obrigou os japoneses a abrirem seus portos ao comércio 
internacional.
Em 1868, ocorreu uma revolução modernizadora no 
Japão, com a restauração da autoridade imperial. O jo-
vem imperador Mutsuhito decidiu chamar o seu reinado 
de Meiji, que quer dizer Governo Iluminado.
Graças a investimentos maciços em educação e à 
assimilação da tecnologia ocidental, o Japão transfor-
mou-se, em menos de 50 anos, de uma sociedade feu-
dal fechada, numa potência mundial industrializada.
 Soldados Franceses em Tianjin, China
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“Depois de esmagada a oposição inicial, a mo-
dernização procedeu-se... Uma nova constitui-
ção, baseada no modelo prussiano-alemão, foi 
estabelecida. O sistema judicial foi reformado. O 
sistema educacional expandiu-se imensamente. 
O calendário foi alterado. O vestuário modificou-
-se. Foi adotado um sistema bancário moderno. 
Convocaram-se técnicos da marinha inglesa para 
orientar a criação de uma esquadra moderna, e do 
estado-maior prussiano para ajudar na moderni-
zação do exército...
O estado estimulou a criação de rede ferroviária, 
telégrafos, e linhas de navegação; trabalhou em 
conjunto com empresários incipientes para 
desenvolver a indústria de ferro, aço e estaleiros, 
bem como para modernizar a indústria têxtil. 
Subsídios governamentais foram empregados 
no beneficiamento das exportações, no estímulo 
ao transporte marítimo e na criação de novas 
indústrias...”
KENNEDY, Paul. Ascensão e queda das grandes potências. 
Rio de Janeiro: Campus, 1994, p. 203
Aula 10
13História 3B
Testes
Assimilação
10.01. (UFAM) – Ocorrida na década de sessenta do século 
XIX, tem sido tradicionalmente apontada como um momento 
revolucionário em que a sociedade japonesa rompe com seu 
passado feudal e avança para o desenvolvimento capitalista:
a) A Guerra Sino-Soviética. 
b) A Ascensão Togugawa.
c) A Restauração Meiji. 
d) A Batalha de Sekigahara.
e) A Revolução do Xogunato.
10.02. “As transformações da economia mundial não 
pararam com o rompimento do sistema colonial. Na 
segunda metade do século XIX, a economia capitalista 
entrou num período de grande crescimento, tanto na 
Europa quanto nos Estados Unidos. Esse crescimento 
refletiu-se na ampliação do comércio mundial e no 
enorme acúmulo de capitais entre os empresários das 
grandes potências. Calcula-se que 80% do capital mun-
dial concentrou-se em nações ricas, como Inglaterra, 
França, Alemanha e Estados Unidos.”
COTRIM, Gilberto. História do Brasil e Geral. 3 Ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 300.
Com base no texto e nos conhecimentos referentes à Revo-
lução Industrial, é correto afirmar que os 
a) países europeus se desenvolveram somente no século XIX.
b) países europeus acumularam capitais apenas no século XIX.
c) países emergentes detinham 20% das riquezas.
d) países industrializados buscaram ampliar seus mercados 
na África e na Ásia
10.03. (PUC – RJ) – Desde o último quartel do século XIX 
até o início da Primeira Guerra Mundial, no contexto de 
um capitalismo cada vez mais globalizado, grande parte 
do território africano foi partilhado entre um conjunto de 
Estados europeus.
Indique qual destes Estados não fazia parte desse conjunto: 
a) Bélgica b) Grã-Bretanha
c) Império Russo d) Itália
e) Países Baixos 
10.04. (UNESP – SP) – O “novo tipo de colonialismo” tem, 
entre suas características,
a) a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas 
potências europeias, associada à realização de expedições 
científicas de exploração do continente africano.
b) a tentativa das potências europeias de reduzir a hegemo-
nia norte-americana no comércio internacional e retomar 
posição de liderança na economia mundial.
c) o esforço de criação de um mercado consumidor global, 
sem hierarquia política ou prevalecimento comercial de 
um país ou continente sobre os demais.
d) a aquisição de escravos pelos mercadores africanos, para 
ampliar a mão de obra disponível nas colônias remanes-
centes na América e em ilhas do oceano Pacífico.
e) o estabelecimento de alianças políticas entre líderes eu-
ropeus africanos, que favorecessem o avanço militar dos 
países do Ocidente europeu na Primeira Guerra Mundial.
Aperfeiçoamento
10.05. (VUNESP – SP) – Ao final do século passado, a domi-
nação e a espoliação assumiram características novas nas 
áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, 
o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem 
branco marcaram o auge da hegemonia europeia. 
Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, 
certo esforço para justificar interesses imperialistas:
a) A humilhação sofrida pela China, durante um século e 
meio, era algo inimaginável para os ocidentais.
b) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde 
ela não pode nascer espontaneamente.
c) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu 
sério golpe no artesanato indiano.
d) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missio-
nários e dos viajantes naturalistas contribuíram para 
quebrar a resistência cultural das populações africanas, 
asiáticas e latino-americanas.
e) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de 
ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em 
contato com o mundo exterior.
10.06. (UNICAMP – SP) – A expansão neocolonialista do 
século XIX foi acelerada, essenciaImente:
a) pela disputa de mercados consumidores para produtos 
industrializados e de investimentos de capitais para 
novos projetos, além da busca de matérias-primas;
b) pelo crescimento incontrolado da população europeia, 
gerando a necessidade de migração para África e Ásia;
c) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura 
europeia pelo mundo; 
d) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das 
práticas do mercantilismo.
10.07. (USC – BA) – “No século XVII, os tecidos leves 
de algodão representavam 60% a 70% das exportações 
indianas. Com industrialização, a Inglaterra produziu 
máquinas 350 vezes mais rápida o que um operário 
indiano.
Graças à posição dominante, a Inglaterra pôde intro-
duzir livremente seus tecidos na Índia. O resultado 
foi que, em menos de um século, a indústria dos al-
godões indianos havia praticamente desaparecido.”
Ferro. In: Vicentino, p. 337
14 Extensivo Terceirão
A análise do texto e da relação entre Revolução Industrial, 
capitalismo e imperialismo permitem afirmar:
a) A Índia enfrentou a concorrência inglesa, porque dispunha 
de um maior número de operários.
b) Os tecidos ingleses, de pior qualidade que os indianos, 
pagavam altos impostos de circulação em âmbito local.
c) O imperialismo inglês, na Índia, baseou-se nos princípios da 
cooperação e do respeito às tradições do artesanatolocal.
d) A produção de tecidos foi desarticulada, porque os seus 
responsáveis desistiram da ajuda inglesa para a aquisição 
de máquinas modernas.
e) A “posição dominante” da Inglaterra decorrida do poder 
econômico oriundo do capitalismo industrial e do poder 
político e militar, decorrente do imperialismo.
10.08. (PUCPR) – A partir da segunda metade do século 
XIX, as potências europeias começaram a disputar áreas 
coloniais na África, na Ásia e na Oceania. Seus objetivos 
eram a busca por fontes de matérias-primas, mercado 
consumidor, mão de obra e oportunidades de investimento. 
As justificativas morais para essa colonização, no entanto, 
estavam relacionadas com o que se chamava de darwinismo 
social, cujo significado é:
a) O homem branco tinha a tarefa de cristianizar as popu-
lações pagãs de outros continentes, resgatando-as de 
religiões animistas e de práticas antropofágicas.
b) O homem branco de origem europeia estava imbuído 
de uma missão civilizadora, através da qual deveria levar 
para seus irmãos de outras cores, incapazes de fazer 
isso por si mesmos, as vantagens da civilização e do 
progresso, resgatando-os da barbárie e do atraso aos 
quais estavam submetidos.
c) Os colonizadores europeus tinham a tarefa de ensinar 
os princípios fundamentais da democracia, ensinando 
aos povos colonizados o processo de governo demo-
crático, permitindo- lhes se afastar de governos tirânicos 
e autocratas.
d) A colonização tinha como tarefa repassar aos povos 
colonizados os fundamentos da economia capitalista, 
para que eles mesmos pudessem gerenciar as riquezas 
de seus territórios e, com isso, possibilitar o desenvolvi-
mento social de seu país.
e) Estudar, segundo uma perspectiva antropológica, a 
organização das sociedades colonizadas, conhecer seus 
princípios religiosos, políticos, culturais e sociais, com o 
objetivo de ajudar a preservá-los.
10.09. (UNIRIO – RJ) – “Foi essa consciência de nossa su-
perioridade inata que nos permitiu conquistar a Índia. 
Por mais educado e inteligente que seja um indígena, 
por mais valente que ele se manifeste e seja qual for a 
posição que possamos atribuir-lhe, penso que jamais 
ele será igual a um oficial britânico.”
Lord Kitchener, in: PANIKKAR, K. M., A Dominação Ocidental na Ásia. Tradução de 
Nemésio Salles, Rio de Janeiro: Saga, 1965, p. 160.
A expansão imperialista europeia sobre o continente 
asiático, ao longo do século XIX e o início do século XX, 
atingiu uma de suas principais expressões na dominação 
britânica sobre duas das mais antigas civilizações da Ásia: 
a China e a Índia.
Marque a opção abaixo que apresenta uma característica 
correta da dominação imperialista inglesa sobre a China 
ou a Índia.
a) Na Índia, a extinção do sistema religioso de castas fa-
voreceu a inclusão dos indianos na sociedade inglesa, 
porque foram utilizados como mão de obra barata no 
parque industrial da Inglaterra.
b) Na China, a vitória militar dos ingleses sobre os exércitos 
imperiais chineses na Guerra do Ópio (1841) determinou 
a instalação do monopólio da Inglaterra sobre o comér-
cio chinês de especiarias com o Ocidente.
c) Na Índia, a dominação britânica provocou a destruição 
da economia tradicional voltada para a subsistência e 
sustentada por manufaturas têxteis incapazes de con-
correr com a produção inglesa de tecidos de algodão.
d) Na China, a hegemonia política e econômica inglesa im-
pediu a atuação de outras potências imperialistas porque 
isolou o território chinês pelo Tratado de Pequim (1860).
e) Na Índia, uma alta burocracia de indianos exercia a 
administração das áreas conquistadas para reduzir os 
custos elevados gerados pelos gastos militares com 
dominação imperialista.
10.10. (UEL – PR) – “A tomada de impressões digitais, 
inventada em Bengala, durante o domínio britânico na 
Índia, buscou uma nova maneira segura de identificar 
os súditos britânicos coloniais. Francis Galton, pai 
da eugenia moderna, esperava poder provar que elas 
revelavam a ‘raça’ de cada indivíduo. Mas em 1892, 
foi forçado a admitir o fracasso: não havia diferenças 
sistemáticas entre as impressões digitais dos grupos.”
VINES, Gail. “Folha de S. Paulo”, 06 ago. 1995.
Sobre o texto, é correto afirmar:
a) Os ingleses confirmaram na Índia diferenças biológicas 
entre as raças através de experimentos científicos reali-
zados no corpo humano.
b) Na Índia, os súditos do Império Britânico, independen-
temente de suas origens, desconheceram ações de 
discriminação ou segregação.
c) As principais potências europeias estimulavam o de-
senvolvimento da ciência e da tecnologia, nas suas 
espectivas possessões coloniais, para beneficiar as 
populações locais.
d) Na Índia, a associação entre os ensaios científicos e a 
dominação política buscava comprovar a superioridade 
dos ingleses sobre os demais povos.
e) Na Ásia, o colonialismo aliou à busca de novos mercados 
para o capital a valorização dos atributos raciais dos 
povos colonizados.
Aula 10
15História 3B
Aprofundamento
10.11. (FGV – SP) – A proclamação da República Popular 
da China em 1º. de outubro de 1949 e a eleição do gover-
no presidido por Mao Tsé-Tung foram resultados da luta 
contra a ocupação da China por potências estrangeiras e 
contra o regionalismo que fortalecia os senhores de terra.
O movimento camponês, liderado por Mao Tsé-Tung, 
sagrou-se vitorioso em outubro de 1949. Entretanto, as 
raízes desse movimento estão no século 19 e nas con-
dições que se foram criando a partir da intervenção das 
potências estrangeiras, no início do século 20.
(Carlos Guilherme Mota. História moderna e contemporânea, 1986)
No que diz respeito às interferências estrangeiras nesse país, 
é correto afirmar que 
a) a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905) terminou com a 
vitória do Império Russo e sua decorrente ação do impe-
rialismo russo no processo de partilha de grande parte do 
território da China Imperial. 
b) as Guerras do Ópio (1839-1842 e 1856-1860) garantiram à 
Inglaterra a abertura comercial da China e permitiram tam-
bém que outras potências europeias e asiáticas revelassem 
seus interesses no Império Chinês. 
c) a guerra entre o Império Chinês e o Japão (1894-1895) 
resultou no enfraquecimento da China e no início da hege-
monia alemã em grande parte desse país, principalmente 
por meio das amplas inversões de capitais. 
d) a Revolta dos Boxers (1898-1901) representou a luta das 
classes médias urbanas e da classe operária pela ampliação 
da cidadania político-eleitoral, contra os grandes senhores 
de terra e a República chinesa recém-proclamada. 
e) a Longa Marcha (1923-1927), organizada pelo Partido 
Comunista Chinês em aliança com o Partido Nacional do 
Povo, lutou contra as presenças estrangeiras na China, e 
foi derrotada pelos japoneses no momento da invasão da 
Manchúria. 
10.12. (UEL – PR) – Sobre o processo histórico da denomi-
nada Guerra do Ópio, ocorrida na China, em 1841, assinale a 
alternativa correta. 
a) Os Estados Unidos da América iniciaram a expansão para 
o Oriente, comercializando o ópio monopolizado pelos 
chineses, o que provocou uma guerra entre eles, encerrada 
com o acordo de divisão igualitária das cotas comerciais. 
b) O Japão, em suas conquistas imperialistas no continente 
asiático, travou uma guerra com a China pelo domínio do 
comércio do ópio na região; nesse processo, estabelece-
ram o Tratado de Pequim, no qual Hong Kong passou ao 
domínio japonês. 
c) O império russo, parceiro da China no comércio do ópio, 
transportava-o para os portos de Xangai com maior agili-
dade e altas taxas aduaneiras, o que fez com que exigisse 
a franquia desse produto. 
d) A Inglaterra, que dominava a comercialização do ópio 
na China, impôs aos chineses uma indenização por eles 
terem, a pretexto de proteger a saúde de sua população, 
confiscado e destruído uma grande carga de ópio. 
e) A França teve uma de suas colônias, o Afeganistão, como 
um grande produtor de ópio e concorrente comercial dos 
chineses, que monopolizavam essa atividadecom eleva-
dos lucros; visando quebrar tal monopólio, os franceses 
bloquearam os portos chineses. 
10.13. (UFTM – MG) – Comparando-se o colonialismo iniciado 
no século XVI com o neocolonialismo dos séculos XIX e XX, 
é correto afirmar:
a) O primeiro centrou-se na colonização da África e da Ásia 
pelos países ibéricos, enquanto o segundo teve a América 
como principal área de domínio das potências europeias.
b) Ambos foram justificados ideologicamente pela necessida-
de de expansão do catolicismo por meio da catequese dos 
nativos que habitavam os continentes atingidos.
c) O primeiro visava ao fornecimento de metais preciosos 
e produtos tropicais, já o segundo buscava conquistar 
mercados, áreas de investimento e matérias-primas 
estratégicas.
d) Ambos se desenvolveram no contexto do capitalismo in-
dustrial, mas com funções diferentes: o primeiro abastecia 
de metérias-primas a Europa e o segundo consumia seus 
excedentes.
e) O primeiro baseou-se no liberalismo econômico, porém 
o segundo adotou princípios da política mercantilista, por 
exemplo, o monopólio e o metalismo.
10.14. (UEL – PR) – “Quando os britânicos chegaram 
pela primeira vez, Bengala era um dos lugares mais 
ricos do mundo. Os primeiros mercadores britânicos 
descreveram-na como um paraíso. [...] Lá havia ricas 
áreas agrícolas, que produziram um algodão de rara 
qualidade, e também uma indústria avançada para os 
padrões da época.
Para se ter uma ideia, uma firma indiana construiu, du-
rante as guerras napoleônicas, uma das naus para um 
almirante inglês. [...] Segundo [Adam] Smith, os ingle-
ses destruíram primeiro a economia agrícola, depois 
transformaram a carência em fome coletiva.
Uma maneira de fazer isso foi transformar terras agrí-
colas em áreas para a produção de papoulas (já que o 
ópio era a única coisa que a Grã-Bretanha podia vender 
à China). Houve então fome em massa em Bengala. [...] 
A partir do século XVIII, a Grã-Bretanha impôs duras 
leis tarifárias para impedir que os produtos industriali-
zados indianos competissem com a produção têxtil dos 
ingleses. Eles tiveram de enfraquecer e destruir as in-
dústrias têxteis indianas, pois a Índia tinha uma relativa 
vantagem – utilizava um algodão de melhor qualidade, 
e um sistema industrial, em muitos aspectos, compará-
vel ou superior ao britânico.”
Fonte: CHOMSKY, N. “A minoria próspera e a multidão inquieta”. Tradução de Mary 
Grace Figheira Perpétuo. Brasília: UNB, 1999, p. 84-85.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale 
a afirmativa correta:
16 Extensivo Terceirão
a) A política comercial britânica refletia as ideias do liberalis-
mo neo colonial. Postulavam e realizavam, assim, a total 
liberdade de produção e comercialização entre metrópoles 
e colônias.
b) A Grã-Bretanha não abriu os mercados da China com o 
ópio das papoulas, pois a corte inglesa pressupunha o 
exercício da ciência e da preservação da conduta humana 
na constituição básica da civilização e dos direitos frente 
aos povos de outros continentes.
c) A acumulação primitiva de capital advinda da abertura 
das terras públicas, como exemplo de liberdade de com-
petição entre os camponeses, para o desenvolvimento 
da economia agrária, foi um dos fatores principais para a 
Revolução Industrial.
d) A indústria têxtil inglesa e a Companhia de Navegação das 
Índias Orientais estabeleceram um ramo comercial e fabril 
articulado ao poder monárquico, impondo uma legislação 
de tarifas aduaneiras às outras metrópoles, impedindo-as 
de terem uma economia agrícola.
e) O processo histórico de constituição do capitalismo bri-
tânico representou, para as suas colônias na Ásia, uma 
destruição dos sistemas econômicos autóctones.
10.15. (UFAM – AM) – Em sua obra A Era dos Impérios, o 
historiador inglês Eric Hobsbawm comenta:
“Os centenários foram inventados no fim do século 
XIX. Em algum momento entre o centésimo aniversá-
rio da Revolução Americana (1876) e o da Revolução 
Francesa (1889) – ambos comemorados com as expo-
sições internacionais de praxe – os cidadãos instruídos 
do mundo ocidental tomaram consciência do fato de 
que aquele mundo, nascido entre a Declaração de In-
dependência, a construção da primeira ponte de ferro 
do mundo e a tomada da Bastilha, estava completando 
cem anos. Qual seria o resultado de uma comparação 
entre o mundo dos anos 1880 e dos anos 1780?”
Sobre a conjuntura deste novo mundo a partir da década de 
1880, podemos concluir:
I. A concorrência entre as novas potências industrialmente 
mais bem equipadas resultou em concentrações e cen-
tralizações do capital, gerando grandes empresas com 
poder suficiente para monopolizar segmentos inteiros 
do mercado.
II. As potências capitalistas do Ocidente empreenderam uma 
política de ocupação territorial e econômica comumente 
denominada de Imperialismo.
III. As rivalidades interimperialistas provocaram uma intensa 
militarização da concorrência internacional, o que conduziu 
à formação de dois blocos políticos e ideológicos antagô-
nicos: o capitalista e o socialista.
Dessas afirmações:
a) Todas estão corretas;
b) Apenas I e III estão corretas;
c) Apenas II e III estão corretas; 
d) Apenas I e II estão corretas;
e) Nenhuma está correta.
10.16. (UEPG – PR) – Denominação utilizada para expressar as 
práticas de nações política, econômica e militarmente poderosas 
na ampliação e controle de regiões, nações e/ou povos pobres, 
o Imperialismo marcou a história mundial contemporânea. A 
respeito desse tema, assinale o que for correto.
01) A Guerra do Ópio, promovida pela Inglaterra contra a 
China, teve como motivação o desejo britânico de proi-
bir o tráfico dessa substância para o continente europeu 
e como consequência o domínio político inglês sobre o 
território chinês. 
02) Bélgica, França e Grã-Bretanha estão entre os países que 
estabeleceram práticas imperialistas no continente afri-
cano ao longo do século XX. 
04) Os países do continente americano sofreram, desde o 
início do século XIX, com a forte influência política e com 
a exploração econômica exercida pelos Estados Unidos.
08) Ações imperialistas podem ocorrer de diferentes formas. 
O colonialismo, ou seja, a soberania política – e conse-
quente domínio econômico – é uma das faces do im-
perialismo.
16) A produção em larga escala, resultado da Revolução 
Industrial, arrefeceu às práticas imperialistas das potên-
cias europeias. A geração de riqueza dentro da própria 
Europa contribuiu para que as práticas de controle das 
periferias diminuíssem ao longo do século XX.
10.17. (UEPG – PR) – Em 1880, o primeiro-ministro francês Ju-
les Ferry disse: “O imperialismo é filho da industrialização. 
Nos países ricos, onde o capital abunda e se acumula 
rápido, onde a indústria se expande de modo constante 
[...] onde a agricultura inclusive deve mecanizar-se para 
sobreviver, as exportações constituem um fator essencial 
para a prosperidade pública e as oportunidades para o 
capital e a demanda de mão de obra refletem a magnitude 
do mercado externo”.
A respeito do imperialismo, assinale o que for correto.
01) Após disputar e dividir os mercados europeus, as potên-
cias capitalistas se lançaram em busca de novos merca-
dos fora desse continente. Ao final do século XIX, África, 
Ásia e América Latina tornaram-se alvos dessa disputa.
02) O argumento racial (superioridade branca) foi utilizado 
como justificativa pelos países imperialistas no seu pro-
cesso de expansão em direção aos países periféricos.
04) A Índia foi um dos países que sofreram com o avanço do 
imperialismo capitalista. Dominado pelos ingleses, este 
país constituiu um importante ponto de apoio para a ex-
pansão econômica britânica pelo Oriente.
08) O Brasil, maior potência imperialista na América do Sul 
do século XIX, impediu o avanço dos países europeus 
sobre o continente. Controlando política e cultural-
mente os países vizinhos como Argentina, Uruguai e 
Paraguai, o Brasil se impôs como símbolo do imperia-
lismo na América Latina.
16) Entre as potênciasimperialistas que avançaram sobre 
o território africano a partir do século XIX figuram: 
Alemanha, Holanda, Inglaterra e França.
Aula 10
17História 3B
10.18. (FUVEST – SP) – A Índia exporta para a China vastas quantidades de 
ópio, para cujo cultivo possui facilidades peculiares. O ópio pode ser 
produzido em Bengala melhor e mais barato do que em qualquer outra 
parte do mundo; e a China oferece um mercado quase que ilimitado em 
suas dimensões. O gosto por essa droga espalhou-se pelo império, a des-
peito das severas regulações para sua exclusão, e se diz que ele entrou no 
próprio palácio. Não obstante o consumo desse estimulante pernicioso 
eventualmente ser reprimido de um ponto de vista moral, é certo que ele 
promove diversos objetos que são igualmente desejáveis tanto pela Índia 
como pela Inglaterra. A Índia, ao exportar ópio, auxilia o fornecimento de 
chá à Inglaterra. A China, ao consumir ópio, facilita as operações de receita 
entre a Índia e a Inglaterra. A Inglaterra, ao consumir chá, contribui para 
aumentar a demanda por ópio indiano.
Edward Thornton, India, its state and prospects. Londres: Parbury, Allen & Co., 1835. Adaptado.
a) Indique como o texto caracteriza a cadeia mercantil do ópio e qual sua impor-
tância para a economia inglesa do século XIX e para as relações coloniais entre 
Grã-Bretanha e Índia.
b) Identifique e explique um conflito posterior a 1835 que se relacione diretamente 
aos processos descritos no texto. 
Desafio
10.19. (UFJF – MG) – Analise atentamente os documentos abaixo:
Documento 1
“Todos sabem que a Terra é um planeta e, portanto, redondo (ou quase). 
Bolas não têm meio, apenas centro e, nesse caso, qualquer indicação ex-
terna é arbitrária e convencional. A representação cartográfica do planeta 
é uma convenção e corresponde à matriz europeia de compreensão do 
mundo. (...). O mapa também se afirma como um instrumento de forma-
ção da cidadania, definindo-se como emblema de identidade da nação.”
KNAUSS, Paulo; RICCI, Claudia e CHIAVARI. Maria Pace. Brasil: uma cartografia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2010.
Documento 2
Quino. Toda Mafalda, São Paulo: Martins Fomtes, 2019, p. 5.
Observando comparativamente o 
texto e a Tirinha da Mafalda é possível 
dizer que o modo de se compreender 
o espaço geográfico tem relação com 
o tema da identidade das nações. 
Sobre isso:
a) Cite DUAS nações europeias que se 
expandiram para outras partes do 
mundo no século XIX;
b) Explique como os mapas do século 
XIX serviram aos propósitos do 
imperialismo. 
 
18 Extensivo Terceirão
Gabarito
10.01. c
10.02. d
10.03. c
10.04. a
10.05. b
10.06. a
10.07. e
10.08. b
10.09. c
10.10. d
10.11. b
10.12. d
10.13. c
10.14. e
10.15. d
10.16. 10 (02 + 08)
10.17. 23 (01 + 02 + 04 + 16)
10.18. a) Cadeia mercantil: a Índia produzia chá (vendido para a Inglaterra) 
e ópio (vendido para a China). Como dominava a Índia aos mol-
des de um protetorado, a Inglaterra lucrava com a venda de ópio, 
intermediando o comércio.
b) A Guerra do Ópio, conflito entre China e Inglaterra através do 
qual a China tentou impedir o comércio de ópio no seu território. 
10.19. a) As duas nações que mais expandiram foram a Inglaterra e França.
b) Desde as Grandes Navegações do século XV, o continente euro-
peu, ancorado em um forte etnocentrismo, elaborou mapas cada 
vez mais detalhados em função da aprendizagem com a expan-
são marítima e comercial, porém os mapas colocavam o continen-
te europeu no centro do planeta Terra. Considerando que nosso 
planeta se assemelha com uma bola, o centro pode estar em toda 
parte. Na segunda metade do século XIX, a Europa deu início ao 
Imperialismo, colonizando a África, Ásia e Oceania utilizando um 
discurso de suposta superioridade racial e cultural. Era o “centro do 
mundo” que levava o progresso para as demais regiões. 
19História 3B 
3B 
História
Imperialismos II
Aula 11
 Partilha da África
Entre 1880 e 1914, a África foi partilhada entre as principais potências europeias, notadamente a Grã-Bretanha e 
a França.
Para alguns historiadores, a partilha do continente africano decorreu das necessidades econômicas dos países que 
haviam se industrializado.
A busca de matérias-primas, de mercados consumidores e de locais para a aplicação de excedentes de capitais 
impulsionou as conquistas.
No começo do século XX apenas a Libéria e a Etiópia permaneciam independentes. Por que os povos africanos 
sucumbiram ante a dominação europeia? Eis algumas explicações:
 Missão de cristãos nativos de Nossa Senhora de Lourdes na 
missão de Luluabourg.
Em 1884, Bismarck (pela Alemanha) e Jules Ferry 
(pela França) convocaram uma conferência internacional 
das grandes potências, em Berlim, para estabelecer as 
regras básicas para a conquista da África.
“Enquanto os europeus usavam metralhadoras, canhões e, no começo do século XX, até aviões, os africanos 
lutavam com lanças ou armas de fogo obsoletas;
• os aparatos de comunicação usados pelos europeus lhes davam vantagens em relação aos africanos, que 
não tinham desenvolvimento tecnológico nessa área;
• os progressos da medicina, de modo especial a descoberta do emprego profilático do quinino contra a 
malária, haviam diminuído o temor dos europeus em relação à África;
• graças às atividades de missionários e exploradores, os europeus estavam bem informados sobre a África...
• enquanto, na Europa, o período de 1871 a 1914 foi de relativa paz, as nações africanas viram-se envolvi-
das em sangrentos conflitos...”
MOCELLIN, Renato; CAMARGO, Rosiane. História em debate. São Paulo: Editora do Brasil, 2010, v. 2, p. 181
França
A partir de 1830, os franceses interessaram-se pela 
Argélia, conseguindo lá estabelecer-se depois de um vanta-
joso tratado de comércio com a Tunísia. Foi somente a partir 
de 1880, porém, que as potências europeias passaram a se 
interessar efetivamente pela África.
Os franceses dominaram a Argélia, a Tunísia, grande 
parte do Marrocos, Senegal, Guiné, Daomé, Costa do 
Marfim, Chade, Madagascar, etc.
Bélgica
Adquiriu, no centro do continente africano, uma 
importante colônia: o Congo, que inicialmente foi pro-
priedade particular de Leopoldo II.
Expansionismo britânico
As melhores porções africanas ficaram em mãos 
inglesas. Região Leste: em 1882 foi criado o protetora-
do inglês sobre o Egito; a seguir, novas conquistas se 
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20 Extensivo Terceirão
efetuam, como as da África Oriental Britânica (Quênia), 
Rodésia, Uganda, Sudão Anglo-Egípcio.
Na Costa Ocidental: Gâmbia, Serra Leoa, Nigéria e 
Costa de Ouro.
No Sul, a Inglaterra possuía a Colônia do Cabo, to-
mada dos holandeses na época de Napoleão Bonaparte.
Os ingleses tentaram formar um bloco compacto do 
Cabo ao Egito; o principal promotor desta política foi 
Cecil Rhodes, primeiro-ministro da Colônia do Cabo, que 
havia planejado a construção de uma ferrovia do Cairo 
ao Cabo.
A expansão inglesa da Colônia do Cabo em direção 
ao Norte promoveu uma guerra com os bôeres.
Os bôeres começaram a hostilizar os estrangeiros e 
isso foi pretexto para o início das lutas contra os ingleses.
Liderados pelo presidente Kruger, do Transvaal, com 
grande heroísmo, os bôeres lutaram durante três anos 
(1899-1902), sendo, no entanto, vencidos. Receberam 
uma indenização pelos prejuízos sofridos em suas 
fazendas.
Com grande habilidade diplomática, a Inglaterra 
permitiu a formação da União Sul-Africana (1908), com-
posta do Orange, Transvaal, Cabo e Natal.
A União Sul-Africana ficou sendo governada por um 
representante da Coroa e por um parlamento nomeado 
pelos próprios habitantes oficiais: ingleses e holandeses.
Itália
Apareceu mais tarde no cenário colonial africano, em 
consequência de sua tardia unificação.
Conseguiram os italianos a Eritreia e a Somália, na 
desembocadura do Mar Vermelho.
Tentaram conquistar a Abissínia, onde foram der-
rotados em 1896 (Adowa). No entanto, conquistaram a 
Tripolitânia dos turcos, em 1912,e formaram a Colônia 
da Líbia, independente após a derrota italiana na Segun-
da Guerra Mundial.
Espanha
Conseguiu o Rio do Ouro (1885), no sul do Marrocos, a 
Guiné Espanhola (1885) e o chamado Marrocos Espanhol.
Portugal
Conservou suas colônias de Guiné-Bissau, Angola, 
Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Alemanha
Também devido aos problemas de sua unificação 
política, apareceu tardiamente como colonialista, na África.
Os alemães conquistaram: Togo, Camarões, o 
Sudoeste Africano Alemão e a África Oriental Alemã 
(Tanganica).
Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha perdeu 
suas colônias.
África – Divisão terriotrial até 1914
América Latina
Na América Espanhola, depois da independência, a 
aristocracia “criolla”, que já controlava o poder econômi-
co, passou a deter também o poder político.
Predomínio das oligarquias agrárias, dos latifúndios, 
da escravidão e de uma economia voltada para o merca-
do externo, além de uma cada vez maior subordinação 
ao imperialismo, caracterizaram a História da América 
Latina durante o século XIX.
No século XIX, o imperialismo inglês predominou na 
América Latina. A penetração ocorreu por via comercial 
e financeira. As jovens nações escancaravam os seus 
mercados aos produtos britânicos e se endividavam 
com banqueiros londrinos.
Para garantir seus investimentos, a Grã-Bretanha não 
vacilava em intervir na política interna dos países latino-
-americanos.
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Aula 11
21História 3B
No século XX, o imperialismo estadunidense se fez 
presente de forma cada vez mais intensa.
Como vimos anteriormente, o presidente James 
Monroe formulou, em 1823, a famosa Doutrina Monroe.
O avanço da colonização estadunidense fez com que 
surgisse a doutrina do Destino Manifesto, que consistia 
na ambição de submeter as regiões periféricas. Isso 
“constitui a realização virtualmente inevitável de uma 
missão moral assinalada pela providência Divina”.
Como consequência das teses de Mahan, os estaduni-
denses realizaram intervenções na América Central. Ven-
ceram a guerra contra a Espanha, anexando Porto Rico, 
as Filipinas e exercendo enorme influência sobre Cuba, 
através da Emenda Platt inserida na Constituição Cubana, 
dando aos estadunidenses o direito de intervenção.
Em 1898, graças às ações de empresários e agricul-
tores dos Estados Unidos, o Hawai – situado no oceano 
Pacífico – tornou-se o 50.o estado estadunidense.
 Base de Guantánamo
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Com uma área de cerca de 111,9 km2, a baía de 
Guantánamo foi concedida aos Estados Unidos em 1903. 
Mesmo sem amparo internacional, o território continua 
sendo usado pelos estadunidenses.
Durante a presidência de Theodore Roosevelt 
(1901 - 1909), os estadunidenses adotaram a política 
do “Big Stick” (grande porrete). O referido presidente 
O México foi vítima desse expansionismo: na 
Guerra de 1846/48, perdeu o Texas, o Novo México e 
a Califórnia.
Foi o chamado Corolário Polk (do presidente John 
Knox Polk) ou seja, uma consequência da “Doutrina do 
Destino Manifesto” justificando a anexação do México.
A “Doutrina do Destino Manifesto” foi sendo aper-
feiçoada.
“Em 1890, esta ideologia imperialista recebeu notável impulso teórico com a divulgação dos trabalhos do 
Almirante Alfred T. Mahan...
Profundamente impressionado pelo poderio que a Grã-Bretanha exercia no mundo, o almirante Mahan 
chamou a atenção dos políticos norte-americanos para a importância do controle dos oceanos na lógica de 
uma estratégia imperial. Segundo ele, os Estados Unidos deveriam se preparar para as grandiosas tarefas fu-
turas construindo uma poderosa esquadra, reservando especial atenção para o total e completo controle do 
Golfo do México e do Mar das Caraíbas...”
Voltaire Schilling
aconselhava seus compatriotas a “falarem manso com 
um porrete na mão”.
Nessa época, os estadunidenses incentivaram a popu-
lação do Panamá a romper com a Colômbia. Nascia, as-
sim, um país fraco, que firmaria um tratado vantajoso aos 
Estados Unidos, para a construção do Canal do Panamá.
Durante o Governo Taft (1909 - 1913), os estadu-
nidenses adotaram a chamada diplomacia do dólar, 
através de grandes empréstimos às falidas “repúblicas 
bananeiras”.
No governo do presidente Wilson (1913 - 1919), os 
Estados Unidos assumiram uma missão civilizatória, 
devendo pacificar e democratizar a América Latina.
Dentro deste contexto, o general Pershing perseguiu 
Pancho Villa em pleno território mexicano.
 Canal do Panamá
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22 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
11.01. (CEFET – MG) – Tanto a partilha como a ocupação 
efetiva do continente africano foram impulsionadas pela 
concorrência entre várias economias industriais, buscan-
do obter e preservar mercados, e pela pressão econômica 
de 1880, que desencadeou o expansionismo europeu.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula. São Paulo: Editora Selo Negro, 
2005. p. 71. (Adaptado).
O trecho refere-se à etapa de expansão do capitalismo pelo 
mundo marcada pela(o) 
a) acumulação de ouro e prata para financiar o desenvolvi-
mento industrial europeu. 
b) incentivo aos investimentos financeiros para especular 
nas economias europeias. 
c) ampliação das iniciativas imperialistas para assegurar 
maiores lucros às empresas europeias. 
d) crescimento do tráfico atlântico de escravos para garantir 
a ocupação de territórios não europeus. 
11.02. (ESPM – SP) – Há cem anos, um grande americano 
sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a 
Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi 
como um grande raio de luz de esperança para milhões de 
escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas cha-
mas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz 
para pôr fim à longa noite de cativeiro. Mas cem anos mais 
tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro 
ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está 
ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação 
e pelas correntes da discriminação. (...) Eu tenho um sonho 
que um dia nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos 
descendentes de escravos e os filhos de donos de escravos 
poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade. 
Assinale a alternativa que apresente o grande americano, 
citado no texto, responsável pela Proclamação da Emanci-
pação, bem como o contexto em que tal lei foi aprovada: 
a) George Washington – Independência dos EUA; 
b) Thomas Jefferson – Promulgação da Constituição; 
c) James Monroe – Lançamento da Doutrina Monroe; 
d) James Polk – Expansão Territorial e Doutrina do Destino 
Manifesto; 
e) Abraham Lincoln – Guerra de Secessão. 
11.03. (UFSCAR – SP) – A “Big Stick Policy”, estabelecida nos 
Estados Unidos da América no início do século XX, consistiu:
 1) numa reforma ampla do sistema policial, a fim de melhor 
reprimir as revoltas da população negra.
 2) numa política com a qual se pretendeu corrigir os exces-
sos do sistema federativo.
 3) numa política externa com a qual se pretendeu reservar 
o direito de intervir na América Latina.
Assinale a opção correta:
a) Apenas a alternativa 3 está correta.
b) Apenas a alternativa 1 está correta.
c) Nenhuma alternativa está correta.
d) Apenas a alternativa 2 está correta.
e) As alternativas 1 e 2 estão corretas.
11.04. (CEFET – MG) – Nos Estados Unidos “o interesse 
por assuntos externos, portanto, sempre esteve pre-
sente. Em parte porque o país se via como guardião 
das instituições republicanas e democráticas, caminho 
em que o mundo todo estaria se movendo, em parte 
pela doutrina Monroe, que revelara interesses norte-
-americanos no Caribe, região cobiçada também pela 
Inglaterra.”
KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos. São Paulo: Editora Contexto, 2007. P.193.
De acordo com o texto, o princípio norteador da política 
externa estadunidense, no século XIX, 
a) garantia a independência dos países do continente 
americano. 
b) proibia a

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