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22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/15 MODULO 7- A DIMENSÃO ÉTICA EM AVALIAÇÃO PSICOLOGICA NA PSICOLOGIA: OBJETIVO Esse módulo visa trazer uma discussão sobre os embates éticos inerentes à prática profissional, focalizando particularmente a avaliação psicologica, a questão da quebra do sigilo profissional e a elaboração de laudos psicológicos. INTRODUÇÃO Segundo Pellini & Sá Leme ( 2011), o processo de avaliação psicológica pode ser compreendido como um processo técnico-científico em que se colhe dados e informações com indivíduos ou grupos, por meio de questionários, métodos, instrumentos psicológicos, entrevistas, entre outros. Um dos os grandes dilemas profissionais da profissão na atualidade, encontra-se a dimensão ética presente na elaboração das avaliações psicológicas nos diversos âmbitos: do judiciário ao educacional. O ano de 2011 foi eleito como o momento da avaliação psicológica pelo o Conselho Federal de Psicologia, afirmando que: A avaliação psicológica é uma prática exclusiva do profissional de Psicologia e historicamente contribuiu para a inserção profissional nos diferentes contextos de atuação. Assim, embora sua importância já tenha sido devidamente reconhecida, como em qualquer outra área de conhecimento, seus avanços são necessários principalmente quanto à importância da qualidade de seus serviços. Adicionalmente, pode-se refletir também sobre a garantia dos direitos dos cidadãos e dos cuidados éticos e técnicos dos profissionais no que tange aos processos de avaliação e aos documentos deles decorrentes.( CFP, GT Avaliações Psicológicas, 2011) Ambiel e Pacanaro (2011) relatam que o caminho histórico da Avaliação Psicológica no Brasil foi tumultuado, com um período de entusiasmo inicial, com o uso indiscriminado e predominante de testes psicológicos. Desde 2003, existe um movimento do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em direção a uma reorganização e regulamentação em âmbito nacional. Esse movimento crítico se deu, segundo os autores, pela baixa qualidade de formação dos alunos na questão da avaliação psicológica e pela grande quantidade de cursos de Psicologia que abriram no Brasil. Uma das saída, segundo eles, tem sido os cursos de Pós Graduação no assunto e a fundação do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP). Reppold (2011) ainda complementa sobre o ensino: Neste sentido, é primordial que o ensino da avaliação psicológica, exercício restrito aos psicólogos, priorize, além de competências técnicas, a vivência de situações práticas 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/15 que envolvam dilemas relacionados à ética, ao respeito à dignidade e aos Direitos Humanos, à preocupação com o bem-estar do outro e à responsabilidade social. ( REPPOLD, 2011, p. 24) Na história normativa, um dos ganhos foi a elaboração da Resolução 02/2003, realizada por um Grupo de Trabalho afiliado ao Conselho Federal de Psicologia, em 2003, resultando num Manual Técnico e Ético sobre a elaboração de laudos e avaliações psicológicas. Foi um marco importante, porque segundo Ambiel e Pacanaro (2011), o CFP criou um documento com diretrizes claras e objetivas, e assim padronizou o instrumento, constituindo critérios mínimos de qualidade. Segundo Pacanaro, Alves, Rabelo, Leme e Ambiel ( 2011, p 31), entre os principais requisitos de qualidade, encontram-se: Apresentação da fundamentação teórica do instrumento com especial ênfase na definição do construto; Apresentação de evidências empíricas de validade e precisao das interpretações propostas para os escores do teste; Apresentacão de dados empíricos sobre as propriedades psicométricas dos itens dos instrumentos;Informações sobre os procedimentos de correção e interpretação dos resultados, comunicando detalhadamente o procedimento e o sistema de interpretação no que se refere as normas brasileiras; Apresentação clara dos procedimentos de aplicação e correção, bem como das condições nas quais o teste deve ser aplicado, para que haja uniformidade dos procedimentos envolvidos na sua aplicação. (PACANARO, ALVES, RABELO, LEME E AMBIEL, 2011, p 31) Ainda no ano de 2003, o CFP propôs uma Comissão Nacional de Avaliação Psicológica, denominada Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI), que teve como função analisar as dificuldades que o psicólogo enfrentava no contexto das avaliações psicológicas. Atualmente, todos os instrumentos e testes psicológicos passam pela avaliação dessa comissão. Além disso, o CFP promulgou no ano de 2003, a resolução CFP n. 002/2003, sobre a produção e a utilização de testes psicológicos. Segundo Pacanaro, Alves, Rabelo, Leme e Ambiel ( 2011), o uso de testes psicológicos na atualidade tem sido direcionado a mais um instrumento diagnóstico dentro de um contexto, do que o único meio como acontecia anteriormente. Esses cuidados éticos com as avaliações diagnósticas derivam também do momento singular da profissão em 2003, quando o Conselho Federal de Psicologia e a classe profissional se mobilizavam para criar um novo Código de Ética do psicólogo. Um contexto favorecido por um gestão que priorizava a Cultura dos Direitos Humanos e o compromisso social da Psicologia com a sociedade brasileira em transformação. Reppold ( 2011) afirma que o processo de avaliação psicológica pode vir a promover os direitos humanos pelo seu caráter de descrição e interpretação das condutas, viabilizando o encaminhamento dos sujeitos que possuem demandas psicossociais para tratamentos adequados e dignos, evitando-se os cuidados inócuos. A autora ainda indica que o processo de avaliação diagnóstica deveria respeitar e seguir os mesmos princípios bioéticos das práticas de pesquisa pela Resolucão 466/12. São eles: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça social. Dessa forma, o psicólogo deveria ponderar entre os ganhos e riscos envolvidos no processo, assim como respeitar o direito à devolutiva para o sujeito, garantindo que as pessoas sejam informadas sobre o processo avaliativo e as implicações no diagnóstico e prognóstico. Deve-se ainda dar a devolutiva 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/15 numa linguagem clara, objetiva e compreensível ao sujeito e usar de instrumentos normatizados e validados para o grupo que será analisado. Reppold ( 2011, p 24) alerta o fato de que a maioria das queixas éticas denunciadas ao Conselho Federal de Psicologia refere-se a problemas com o exercício inadequado da avaliação diagnostica, como o uso de técnicas inapropriadas, falta de orientações e encaminhamentos adequados, como também, a emissão de documentos sem a devida fundamentação teórica. Nesse sentido, faz-se essencial rever o lugar da Avaliação Psicológica na formação do psicólogo brasileiro, pois conforme Schmidlin ( 2011) relata, é uma prática destacada nas Diretrizes Curriculares, no artigo 5, sobre os procedimentos para a investigação científica e a “prática profissional, de forma a garantir tanto o domínio de instrumentos e estratégias de avaliação e de intervenção quanto a competência para selecioná-los, avaliá-los e adequá-los a problemas e contextos específicos de investigação e ação profissional” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Psicologia, 2004) Pellini e Sá Leme (2011) concluem sobre a importância do contínuo aprimoramento do psicólogo: Enfim, para que um profissional atue de forma ética quanto ao uso de instrumentos, deve procurar manter contínuo aprimoramento profissional; utilizar, no contexto profissional, apenas testes psicológicos com parecer favorável, que se encontram listados no site do SATEPSI; realizar a avaliação psicológica em condições ambientais adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o sigilodas informações obtidas; guardar os documentos produzidos decorrentes de Avaliação Psicológica em arquivos seguros e de acesso controlado; proteger a integridade dos instrumentos, não os comercializando, publicando ou ensinando aqueles que não são psicólogos. (Pellini e Sá Leme ,2011, p 171) É necessário ressaltar também, a importância das resoluções resultantes do processo de amadurecimento da Psicologia com as novas demandas psicossociais ( tais como a Resolução 002/2003), nas quais encontram-se explícitos os cuidados com a escolha do método regulamentado a ser melhor utilizado pelo psicólogo. A atenção ética com o sigilo profissional e a divulgação dos resultados são pontos importantes que também merecem destaque. Na Resolução 007/2003, por exemplo, a avaliação psicológica é definida dentro de um contexto multideterminado e por isso, ela contribui para a compreensão das subjetividades existentes no contemporâneo, ao considerar e analisar também os determinantes históricos, culturais, sociais e seus efeitos na constituição do homem, não somente para descrevê-lo, mas sobretudo para modificar esses condicionantes até o momento conclusivo dessa etapa diagnóstica. A avaliação psicológica, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo, evitando o psicólogo de enunciar prognósticos conclusivos e fechados. Surge desse exercício de contextualização, uma possibilidade ética, pois quando o psicólogo contextualiza critico e reflexivamente o resultado de um processo de avaliação psicológica, ele está superando o viés adaptativo e eugênico, presente na história da Psicologia Brasileira, quando: tem-se constítuido como ferramenta de adequação e ajustamento intimizado, universal, natural e a-histórico, não se colocando, assim, a questão que se refere a práticas datadas historicamente, instituindo modelos de ser e de estar no 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/15 mundo segundo padrões de normalidade produzidos como únicos e verdadeiros, inferiorizando e desqualificando os lugares ocupados pelos chamados diferentes, anormais, perigosos, desvinculando-os dos seus contextos sócio- histórico-político-sociais, tornando-os não humanos. A estes seria endereçado um constante monitoramento, vigilância e tutela. ( BICALHO, 2011, p. 90) A Resolução 002/2003 confirma, portanto, o principio II do Código de Ética do psicólogo, que diz do trabalho psicológico como promotor de saúde e que contribuirá para eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Na Resolução, recusa-se também a segregação, quando afirma que nega sob toda e qualquer condição, do uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação. Outros cuidados éticos-técnicos presentes na Resolução 007/2003 importantes dizem respeito: ao documento que deve ter uma clareza e rigorosidade na escrita para ser compreensível ao leitor; ter uma estrutura ordenada e lógica para ser acompanhado; “sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento psíquico”. Ainda, os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se basear “exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados”. No Código de Ética da Psicologia, ainda encontra-se outro apontamento importante, no art 2º, é vedado ao psicólogo: “K) ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação”. Com relação à quebra de sigilo profissional em avaliações psicológicas, caso o psicólogo precise compartilhar informações com equipe multiprofissional, é indicado apenas que compartilhe aquilo que for essencial para configurar o caso do ponto de vista psicológico, sem expor informações especificas que possam identificar o sujeito. Reppold ( 2011) refere-se a importância da avaliação psicológica como prática responsável e promotora de uma cultura de direitos humanos, como pode-se vislumbrar: À luz dessa discussão, pode-se concluir que a prática de avaliação psicológica, quando realizada de forma responsável e coerente com o contexto social do indivíduo e quando substanciada com instrumentos validados e normatizados para a população da qual o indivíduo faz parte, busca garantir atenção aos Direitos Humanos e, portanto, às diferenças individuais e às necessidades dos indivíduos/grupos. É somente assim, reconhecendo as diferenças individuais, que pode subsidiar novas práticas e intervenções que venham ao encontro das demandas que tais diferenças implicam. (Reppold, 2011, p. 27) Bicalho (2011) defende uma psicologia comprometida com sua sociedade e seu tempo, recusando quaisquer práticas diagnósticas excludentes ou descontextualizadas. Esse deverá ser o desafio da Psicologia e das avaliações psicológicas no século XXI: Recusamos, aqui, a perspectiva que incompatibiliza Psicologia e política, um tipo hegemônico de racionalidade que impõe a oposição dicotômica entre teoria e prática, ciência e ideologia. Habitualmente, intervir como psicólogo pressupõe analisar um território individual, interiorizado ou, no máximo, circunscrito a relações interpessoais, 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/15 transferindo as produções políticas, sociais e econômicas ao campo de estudos de um “outro especialista”. Tentar percorrer outros caminhos e recusar esse destino, lançando mão de uma “caixa de ferramentas” teórico-conceitual, foi (é) o desafio. Recusar o lugar de “ortopedista social”, com seus saberes prontos em planejamentos metodológicos assépticos, mesmo sabendo que inúmeras vezes fomos (somos) capturados pelo enfoque positivista. (BICALHO, 2011, p 92) BIBLIOGRAFIAS BASICAS: CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA . Relatório do Ano temático da Avaliação Psicológica. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível em http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica- 20112012/ , acesso em novembro 2013. PELLINI E SÁ LEME. A ética no uso de testes no processo de Avaliação Psicológica. In AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES E LEME ( orgs). Avaliação Psicológica: Guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia. SP: Ed Casa do Psicólogo, 2011. ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006. BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES E LEME (orgs). Avaliação Psicológica: Guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia. SP: Ed Casa do Psicólogo, 2011. AMBIEL E PACANARO (2011). Da testagem a Avaliação Psicológica: aspectos históricos e perspectivas futuras. In AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES E LEME ( orgs). Avaliação Psicológica: Guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia. SP: Ed Casa do Psicólogo, 2011. BICALHO, P. Ética e Direitos Humanos sob o crivo da avaliação psicológica: validade e fidedignidade em questão IN CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA . Relatório do Ano temático da Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível em http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica- 20112012/ ,acesso em novembro 2013. REPPOLD, C. Qualificação da avaliação psicológica: critérios de reconhecimento e validação a partir dos Direitos Humanos. In CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA. Relatório do Ano temáticoda Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível em http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica- 20112012/ , acesso em novembro 2013. SCHMIDLIN, S. Avaliação psicológica na formação do profissional da Psicologia, algumas reflexões. In CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA. Relatório do Ano temático da Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível em http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica- 20112012/ , acesso em novembro 2013. Uma Reflexão Inquietante: Leia o trecho do pensamento de Ricardo Moretzsohn e reflita, apesar da avaliação ser um processo objetivo de diagnóstico psicológico, pode-se afirmar que é um processo conclusivo e fechado ao devir do sujeito? http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/15 Se os recursos da avaliação são finitos, não devemos nunca desconsiderar o infinito de possibilidades da expressão das subjetividades que não cabem em nenhuma categoria, a não ser que, a cada encontro com o sujeito, inventássemos uma nova categoria correspondente a essa novidade que é a expressão de cada subjetividade e, assim mesmo, ainda deixaríamos de fora do campo da nossa percepção míope a infinita potencialidade criativa da experiência humana. (Ricardo Moretzsohn , Relatório Avaliação dos testes psicológicos, 2004 , disponível <http://www.pol.org.br/satepsi/CD_testes/pdf/relatoriotestes_cap1.pdf>, acesso novembro 2013) Sugestão hipermidiática: Conheça melhor a Resolução 007/2003 sobre MANUAL DE ELABORAÇÃO DE AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS no link externo e disponível em http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/legislacao.aspx, acesso em novembro/2013. Grife os trechos que julgar importantes. Atividade Prática: Imprima e leia as Resoluções no site do Conselho Federal de Psicologia ( http://www.pol.org.br) que constituem a parte normativa sobre avaliação psicológica, depois as guarde na pasta de leis e documentos éticos importantes. Lei no 4.119/62: Agosto/1962: Dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo. Resolução CFP n° 012/2000?Dezembro/2000: Institui o Manual para Avaliação Psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores. Resolução CFP no 018/2000 (revogada pela Resolução CFP no 003/2007)-Dezembro de 2000: Institui a Consolidação das Resoluções do Conselho de Federal de Psicologia. Resolução CFP n° 025/2001 (revogada pela Resolução CFP n° 002/2003)- Novembro/2001:Define teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e regulamenta sua elaboração, comercialização e uso. Resolução CFP n° 30/2001 (revogada pela Resolução CFP n° 017/2002)- Dezembro/2001:Institui o Manual de Elaboração de Documentos, produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliações psicológicas. Resolução CFP n° 001/2002-Abril/2002: Regulamenta a avaliação psicológica em concurso público e processos seletivos da mesma natureza. Resolução CFP n° 016/2002-Dezembro/2002: Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores. Resolução CFP n° 017/2002 (revogada pela Resolução CFP n° 007/2003)-Dezembro/2002: Institui o Manual de Elaboração de Documentos, produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliações psicológicas. Resolução CFP n° 002/2003- Março/2003: Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001. http://www.pol.org.br/satepsi/CD_testes/pdf/relatoriotestes_cap1.pdf http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/legislacao.aspx 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/15 Resolução CFP n° 007/2003-Junho/2003:Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica, e revoga a Resolução CFP no 17/2002. Resolução CFP no 03/2007-Fevereiro de 2007: Institui a Consolidação das Resoluções do Conselho Federal de Psicologia. Exercício comentado: Uma psicóloga forense foi designada como perita para efetuar uma avaliação psicológica de um casal em separação litigiosa, o qual encontrava-se em disputa pela guarda de sua filha. Quando leu o processo notou que o genitor da criança era um antigo amigo da época de colégio. Mesmo assim entrou em contato com ele, por telefone e ambos conversaram bastante tempo sobre aquela época de suas vidas. Combinaram que não diriam nada a ninguém sobre sua amizade e ela efetuou a avaliação do casal e da criança. Após alguns encontros, ela foi favorável ao genitor, elaborando um laudo sugerindo que fosse ele o guardião da filha. Leia os artigos e parágrafos do novo Código de Ética e assinale aquele que configura a falta ética desse caso: a)É dever do psicólogo prestar serviços psicológicos de qualidade utilizando conhecimentos que façam interface com novas teorias e técnicas de saúde. b) Ao constatar casos ou suspeitas de maus-tratos o psicólogo deverá obrigatoriamente comunicar o Conselho Tutelar da respectiva localidade,sem prejuízo de outras providências legais c) É dever do psicólogo assumir responsabilidades somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente d) É proibido ao psicólogo realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas ,grupos ou organizações. e) Ser perito ,avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais,atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação. Comentários: o aluno deve compreender que na elaboração de uma avaliação psicológica não deve analisar casos em que tenha algum tipo de vínculo emocional mais significativo, como é o caso aqui descrito. Dessa forma, deve assinalar o item E que configura exatamente esse tipo de falta ética. Exercício 1: 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/15 Quando um psicólogo elabora relatórios psicológicos de crianças das classes populares, e descreve a análise do grupo familiar como “família desestruturada” está agindo de acordo os pressupostos atuais do Código de Ética Profissional e da Resolução do Conselho Federal de Psicologia 007/2003. porque Os princípios éticos contidos na elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas recusam expressamente o uso de técnicas, instrumentos e experiência profissional em Psicologia em caso de modelos de segregação das subjetividades. Considerando as asserções acima, assinale a opção correta. A) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. B) b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. C) c) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. D) d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E) e) Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas deconteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/15 Comentários: B) C) A) D) Exercício 2: Paula é uma psicóloga educacional, comumente elabora avaliações psicológicas dos alunos encaminhados pelas professoras ou que os pais procuram, organizando-os em uma pasta, que fica guardada em sua sala. Atualmente, Paula percebeu que seus estagiários de psicologia estão comentando com as professoras os conteúdos das avaliações sem critérios ou justificativas pertinentes. Chegou a sentir falta de alguns relatórios que depois apareceram novamente. A partir da análise desse caso e das discussões realizadas em sala de aula, sobre a quebra de sigilo e o código de ética do psicólogo, assinale a alternativa que melhor configure uma atitude ética e responsável do Psicólogo: A) a) Paula deveria demitir suas estagiárias e guardar os relatórios em seu armário com chaves. B) b) Paula deveria promover uma reunião da equipe, reler o código de ética do psicólogo, esclarecendo e discutindo sobre a questão do sigilo com suas estagiárias. C) c) Paula deveria denunciar suas estagiárias ao Conselho Federal de Psicologia, por estarem infligindo ao previsto em código normativo. D) d) Paula deveria em horário extra do serviço, no happy hour, onde todos se reúnem depois do serviço, comentar sobre o assunto e pedir discrição as estagiárias. E) e) Paula deveria apenas trancar as avaliações no armário e não disponibilizar o material para as estagiárias de psicologia. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/15 C) B) Exercício 3: Leia os artigos, a questão e assinale a alternativa correta: Artigo 9º do Código de ética Profissional do Psicólogo: É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional. Artigo 5 do Estatuto da Criança e do Adolescente: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma de lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Artigo 70 do Estatuto da Criança e do Adolescente: É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. Se, por um lado, o sigilo não só protege o atendimento psicológico como, na maioria dos casos, é o que o possibilita (dificilmente alguém se submeteria a um tratamento psicológico não tendo a garantia do sigilo), por outro lado, em casos de violência extrema, por exemplo praticada pela pessoa atendida contra uma criança (cárcere privado, tortura, abuso sexual), faz parte dos deveres de qualquer cidadão, inclusive o psicólogo, denunciar a violência. Assinale a afirmação que contenha a orientação do Código de Ética Profissional do Psicólogo, para a ação do psicólogo nestes casos: A) a) O psicólogo deve manter o sigilo, pois, caso contrário, poderá ser processado pela pessoa atendida. B) b) O psicólogo deve manter o sigilo, pois é por meio do atendimento psicológico do agressor, e não por meio de sua delação, que o psicólogo cria condições para eliminar ou minimizar a violência. C) c) O psicólogo poderá decidir pela quebra do sigilo, baseando sua decisão na busca de menor prejuízo. 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/15 D) d) O psicólogo tem o dever de denunciar a pessoa atendida, pois antes dos deveres para com a pessoa atendida ele tem deveres como cidadão. E) e) O psicólogo tem o dever de denunciar a pessoa atendida, pois, como profissional da saúde, tem de estar comprometido com políticas de atendimento que visem eliminar todo tipo de opressão e violência. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Exercício 4: LEIA OS SEGUINTES ARTIGOS DO CEP ( 2005) E RESPONDA EM SEGUIDA: Art. 3º do Código de Ética do Psicólogo O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código. Parágrafo único – Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente. Princípios éticos do Manual de Elaboração de documentos decorrentes de Avaliações psicológicas da Resolução CFP Nº 007/2003: Torna-se imperativo a recusa, sob toda e qualquer condição, do uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação. Sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a manutenção das estruturas de poder que sustentam condições de dominação e segregação. Do artigo 3º do código e da Resolução nº 007/2003, podemos tirar a seguinte orientação: 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/15 A) a) O psicólogo só pode ingressar em uma instituição ou empresa que tenha boas condições de trabalho. B) b) O psicólogo deve comprometer-se minimamente com os objetivos da instituição ou empresa. C) c) O papel do psicólogo na empresa é melhorar as condições de trabalho, portanto, opor-se aos objetivos de lucro e exploração da empresa, e se necessário denunciar a mesma. D) d) O psicólogo que opta pelo trabalho em empresa deve abandonar suas preocupações com a responsabilidade social e realizar o objetivo último das empresas capitalistas: o lucro. E) e) O psicólogo que defender o objetivo da empresa que se opõe sempre ao objetivo do trabalhador, pois este é sempre explorado, não está agindo de acordo como Código de Ética. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) Exercício 5: Sobre a polêmica discussão em torno do sigilo profissional e sua quebra, podemos afirmar que no novo CEP ( 2005), essa questão está contemplada: A) de forma radical, o psicólogo jamais pode quebrar o sigilo, pois esse é um valor fundamental da ação profissional e etica. B) 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/15 de forma ponderada, pois é permitido ao psicólogo quebrar o sigilo desde que o profissional tenha provas materiais do perigo que o seu paciente está incorrendo. C) de forma radical, pois o psicólogo tem o dever ético de quebrar o sigilo , em casos de suspeita de maus tratos consigo ou com outros. D) de forma ponderada, pois o psicólogo pode vir a quebrar o sigilo, mesmo em situações de suspeita de maus tratos do seu cliente, seja consigo ou com outros. E) de forma ponderada, pois o psicólogo pode quebrar o sigilo, em qualquer caso, não precisa nem apresentar ao conselho ou a quem interessar relatórios ou fundamentos de sua ação. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: B) C) A) D) Exercício 6: Um advogado solicita que um psicólogo elabore um laudo, a fim de trazer elementos que contribuam para a decisão do juiz sobre as condições de visitação de uma criança pelo pai, no seguinte caso: A criança, de nove anos, vive sob a guarda da avó desde a morte da sua mãe, ocorrida há quatro anos. O pai, após a decisão judicial relativa à guarda, permaneceu aproximadamente três anos sem estabelecer contato com a filha, salvo uma tentativa de retirá-la daescola, sem prévio aviso. Atualmente o pai obteve na justiça o direito de passar finais de semana, férias e feriados com a criança. A avó reivindica revisão judicial de tal decisão, alegando que o pai da criança não apresenta condições psicológicas para isso, assim como não possui um lar estável e adequado para acolher a filha quando 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/15 esta se encontra sob seus cuidados. É o advogado da avó que solicita o laudo psicológico. Com base no Código de Ética do Psicólogo, no Estatuto da Criança e do Adolescente e nas leituras indicadas, analise as alternativas e identifique aquelas que melhor configurem os aspectos a que o psicólogo deve estar atento no planejamento das ações que irão subsidiar a preparação do laudo psicológico. I)a ação do psicológo deve estar baseada numa escuta de todas as partes envolvidas e acima de tudo num estudo cuidadoso com a criança envolvida. II) O psicólogo deve ouvir e estabelecer vínculo com essa criança , em mais de um encontro, para somente então poder esboçar e elaborar um laudo com assertivas mais comprometidas com a saúde mental da criança, que é o foco do caso. III) O psicólogo deve também tomar cuidado para não ser induzido a elaborar um relatório que favoreça o advogado que o contratou, tendo em vista que sua avaliação deve estar comprometida com o bem-estar da criança. IV) O psicólogo deve ouvir apenas o pai, pois esse é o alvo do laudo psicológico, para verificar a sanidade do mesmo. A partir disso, podemos dizer que as alternativas corretas com relação a uma ação profissional ética são: A) I e II B) II e III C) II, III e IV D) I, II e III 22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/15 E) I e IV O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: B) A) C) D)
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