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1 www.g7juridico.com.br MAGISTRATURA E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAIS Ricardo Alexandre Direito Tributário Aula 07 ROTEIRO DE AULA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 1. Modalidades de responsabilidade - Quando ocorre o fato gerador e nasce a obrigação tributária, essa obrigação já tem um sujeito passivo. No entanto, ao tratarmos de sucessão causa mortis, o sujeito passivo é alterado em razão de um fato da vida, que não necessariamente se enquadra como fato gerador. Neste caso, o sucessor será o espólio, ainda que o espólio não seja pessoa. O CTN, com efeito, trata o espólio como pessoalmente responsável até o momento da partilha. 2 www.g7juridico.com.br - A responsabilidade por terceiras pessoas é aquela que alcança que não necessariamente praticou o fato gerador do tributo. - O objetivo da responsabilidade por infrações é responsabilizar pessoas físicas que praticam um ato, ainda que no interior de uma pessoa jurídica. Aquele que está sendo punido é quem praticou o fato gerador da multa. Obs.: o legislador do CTN optou por não utilizar o termo contribuinte para o responsável por infrações. 2. Possibilidade de criação de outras hipóteses de responsabilidade Art. 128, CTN. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. - Autoriza que o legislador ordinário local crie, em todas as esferas da federação, outras normas de responsabilização tributária, já que o CTN edita normas gerais. - Não existe responsabilidade tributária atribuída de modo tácito ou implícito; a responsabilidade deve sempre ser expressa na lei. O objetivo é garantir a segurança jurídica nas relações tributárias. A razoabilidade deve pautar o legislador e não o aplicador da norma. - A pessoa designada na lei responsável não pode ser um estranho ao fato gerador do tributo. Isto é, ela não pode ter relação pessoal e direta com o fato gerador – pois daí ela seria contribuinte - , mas também não pode ser alguém estranho, totalmente sem vínculo econômico com o fato gerador. Exemplo: a fonte pagadora não tem relação pessoal e direta com o fato gerador do I.R, mas é responsável pelo recolhimento. 3 www.g7juridico.com.br - Ao se atribuir responsabilidade, o legislador pode excluir a sujeição passiva do contribuinte ou outorgar a este um caráter supletivo. - Na expressão “responsabilidade do contribuinte”, o termo responsabilidade está em sua acepção comum e não na acepção jurídica, dado que ou a pessoa é contribuinte ou é responsável. 3. Substituição tributária “para frente” e “para trás” a) Substituição tributária regressiva (“para trás”) - É utilizada fundamentalmente nas cadeias de produção e circulação caracterizadas pela concentração. Um dos exemplos mais citados nesse sentido é a da fábrica de laticínios. Exemplo: cada venda de cada produtor rural para a Parmalat é fato gerador de ICMS. Normalmente, são as empresas que vendem para a Parmalat que devem recolher o ICMS (pagamento no Banco). A Parmalat, por sua vez, deve pagar ICMS quando vende suas mercadorias, descontados os valores que deverão ser abatidos em razão da primeira operação de compra e venda com os produtores. Na prática, portanto, o que o estado da federação vai receber dos produtores rurais – que são vários – é muito pequeno quando comparado com a burocracia exigida. Por isso, é mais fácil que a Parmalat recolha todo o tributo da cadeia produtiva. Nisso consiste a substituição tributária regressiva. Cria-se, assim, uma sistemática onde a empresa que é central na cadeia recolherá o ICMS 1 e o ICMS 2. No entanto, quanto ao ICMS 1, a Parmalat irá pagar um tributo não devido por ela, logo ela paga esse ICMS na condição de responsável. Por outro lado, quanto ao ICMS 2, a Parmalat paga na condição de contribuinte. - Essa sistemática é boa para os pequenos produtores que não terão de enfrentar a burocracia; para a Parmalat que ficará com mais dinheiro em caixa e para o Estado que otimiza o uso da mão de obra tributária, tendo em vista que é muito mais fácil fiscalizar um grande produtor como a Parmalat do que fragmentar o serviço entre os “nós” da cadeia produtiva. Por isso, pode-se dizer que a substituição regressiva também dificulta a sonegação. b) Substituição tributária (“para frente”) 4 www.g7juridico.com.br - A substituição tributaria para frente é realizada nas cadeias tributarias que são muito capilarizadas, como a de produção e circulação de bebidas. Exemplo: a AMBEV vende suas bebidas para várias distribuidoras e estas últimas vendem as bebidas para diversos bares, os quais, por sua vez, comercializam diretamente com os consumidores. Neste caso existem 3 operações e, portanto, tríplice incidência de ICMS. Seria muito complicado para o Fisco fiscalizar até a ponta da cadeia produtiva (bares). Por isso, a lei determina que é a AMBEV quem será a pagadora das três etapas de ICMS, ainda que ela se contribuinte apenas do ICMS 1, incidente sobre a sua venda às distribuidoras. Aqui também otimiza-se a utilização da mão de obra fiscal, podendo o fiscal colocar medidores de vasão na saída da cerveja da AMBEV, cobrando todo o ICMS da cadeia e evitando-se a sonegação. • Quais os problemas dessa sistemática? Problema 1: só se pode aplicar o consequente da norma tributária quando o fato previsto na norma ocorre no mundo concreto, o que não é o caso, pois as operações que originam os ICMS 1 e 2 ainda não ocorreram. STJ: na realidade não se está cobrando tributo antes do fato gerador, mas sim antecipando-se o pagamento. STF: o que estaria acontecendo, em verdade, é um recolhimento cautelar. - As provas, em geral, consideram a hipótese como um pagamento do tributo antes do fato gerador, o que afigura-se como correto e lícito, pois a Constituição foi emendada para autorizar a operação (Art. 150, §7º, CF). Vale anotar, porém, que a disposição do Art. 150, §7º da CF não incluem os tributos de natureza contraprestacional (taxa e contribuições de melhoria). 5 www.g7juridico.com.br - Se por algum motivo não acontecerem os fatos geradores que foram presumidos deve haver a imediata e preferencial restituição da quantia paga. - A LC 87 regulamentou o que deve-se entender por “imediato” e “preferencial”. • E quando ocorre com um valor diferente daquele que foi presumido? A título de exemplo, como cobrar da AMBEV um ICMS de toda cadeia produtiva se não se sabe por quanto a bebida será vendida na ponta da cadeia, a qual, não raro, pode variar (bares, supermercados, etc...)? Há algum tipo de ajuste em razão da diferença de preços cobrados na ponta? Logo após a edição das normas que regulam a restituição, alguns estados firmaram um convenio sobre ICMS, no qual se entendeu que a Constituição não assegura o ajuste apenas quando não ocorresse o fato gerador presumido. - Nem todos os estados participaram do convenio. Tanto que os estados de São Paulo e Pernambuco chegaram a editar lei dispondo que a restituição seria feita e o imposto suplementar seria cobrado. Todavia, por se considerarem prejudicados, os estados de Pernambuco e São Paulo se arrependerem e propuseram ADI contra as respectivas leis, com o objetivo de obter a retroatividade apenas para eles (modulação dos efeitos). O STF, contudo, afirmou que as leis eram sim constitucionais, alterando a situação para todos. 6 www.g7juridico.com.br - A tese mais recente do STF acabou afirmando ser devida a restituição da diferença se os estabelecimentosda ponta da cadeia venderam os produtos por um valor menor do que foi presumido. Obs.: embora o STF não tenha dito que também é possível a cobrança de complemento, os estados estão cobrando esse valor complementar. No entanto, se foi dito pelo STF que se a base de calculo foi inferior a presumida, haverá direito a restituição, é porque ele entende que a ficção não pode se sobrepor a realidade do valor da operação no mercado, devendo haver, portanto, ajuste. - Segundo o STF, o julgamento demorou tanto para acontecer que a tecnologia evoluiu (generalização da nota fiscal e escrituração eletrônica), de modo que o estado não precisa mais fazer auditoria para saber o que acontece na ponta, sendo muito mais fácil de se fiscalizar. Logo, se a operação ocorrer com valor diferente do presumido, é mais fácil de evitar a fraude. - Logo, indiscutivelmente, do ponto de vista da jurisprudência, firmou-se o seguinte: (i) a sistemática de cobrança antecipada para impostos e contribuições é constitucional; (ii) não havendo o fato gerador presumido, o tributo deverá ser restituído; (iii) se acontecer o fato gerador presumido por um valor a menor, deverá haver restituição - Espera-se ainda que o STF decida que se houver um fato gerador presumido com valor mais alto, deverá haver suplementação. ATENÇÃO: LC 87 determina que a restituição deve ser feita ao contribuinte que foi substituído e não ao substituto. Trata-se de exceção a regra prevista no Art. 166 do CTN. 7 www.g7juridico.com.br - O precedente firmado pelo STF vale para os próximos pagamentos e para os processos pendentes ao tempo da decisão. 4. Responsabilidade do adquirente de bens imóveis - O adquirente passa a ser devedor do tributo, operando-se sub-rogação subjetiva. A obrigação, neste caso, tem natureza propter in rem. STJ: recente precedente do STJ prevê que a alienação tem que ser neutra para o credor. Ou seja, a alienação não pode dificultar o recebimento por parte do Estado. Isso significa que a responsabilidade do adquirente se adiciona a sujeição passiva do contribuinte alienante, podendo o Estado cobrar tanto do alienante quanto do adquirente. Exceção 1: o adquirente não responde quando consta do título a prova da quitação. Ao lavrar a Escritura de Compra e Venda, por exemplo, o cartorário já exige a prova da quitação para que ela conste do título aquisitivo, sendo esta exceção muito comum de ser verificada na prática. Trata-se da conhecida certidão de “nada consta”. 8 www.g7juridico.com.br • E se a despeito da certidão de nada consta, o Estado descobrir que o alienante fez uma obra que aumentou o imóvel antes da venda e posteriormente ao pagamento do último IPTU? Quanto aos fatos geradores passados anteriores a alienação, o lançamento do tributo será feito contra o alienante, ainda que haja certidão de nada consta, uma vez que a base de cálculo alterou- se após o último pagamento e antes da alienação . Exceção 2: no caso de leilão, a subrrogação ocorre sobre o respectivo preço, pois quem adquire o bem pela via do leilão adquire o bem livre e desembaraçado. 5. Responsabilidade do adquirente ou remitente de bens móveis Art. 131. São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto Lei nº 28, de 1966) II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. - Não se aplicam à aquisição de bens móveis as exceções relativas ao artigo anterior (130, CTN). 5.1 Responsabilidade na sucessão causa mortis - Com a morte, os sucessores entram na posse dos bens imediatamente, mas ainda não gozam da disponibilidade destes bens. Por isso, não se pode cobrar o tributo individualmente dos sucessores antes do final do inventário. Ou seja, antes da partilha cobra-se do espólio e, depois dela, dos sucessores individualmente considerados. - A expressão “até a data da abertura da sucessão” refere-se a qualificação dos tributos devidos pelo de cujus até a respetiva data. 9 www.g7juridico.com.br - O espólio não pode ser responsabilizado por fato gerador ocorrido após a abertura da sucessão, pois, quanto a este, ele já é contribuinte. Ou seja, o espólio é responsável pelo passado (até a abertura da sucessão) e contribuinte no presente (depois da abertura da sucessão e antes da partilha). Traço cheio: contribuinte Tracejado: responsável - A doutrina tributária fala em diversos tipos de multa. A multa moratória é multa administrativa pelo atraso, diferenciando-se da multa punitiva aplicada de ofício, cujos valores percentuais são bem superiores e podem chegar a 100%. - O STJ entende que aplica-se o princípio da pessoalidade da pena no caso da multa de ofício, de modo que não se transferirá aos sucessores a responsabilidade pelas multas punitivas de ofício, mas apenas as moratórias. 10 www.g7juridico.com.br 6. Responsabilidade na sucessão empresarial - Empresa aqui é sinônimo de atividade empresária. - A sucessão empresarial gera a sucessão tributária. Neste caso, a responsabilidade empresarial do sucessor abrange todos os tipos de multa. - Se antes da sucessão já havia uma multa aplicada ao patrimônio do sujeito, o sucessor é responsável por ela, o que não se aplica a responsabilidade do sucessor causa mortis. 7. Responsabilidade na fusão, incorporação, transformação, cisão e extinção de pessoas jurídicas. Art. 132, CTN. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. - Na incorporação, a incorporadora fica responsável pelos débitos da incorporada. 11 www.g7juridico.com.br 7.1 Responsabilidade solidária no caso da CISÃO (Art. 233, Lei 6404/76) Caso de extinção da sociedade Art. 132, Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. 7.2 Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 12 www.g7juridico.com.br - A regra é de que a adquirente responda apenas subsidiária ou supletivamente. - Na prática, suspender a atividade por até 6 meses é o mesmo que não ter suspendido. Logo, aquele que assim procede continua sendo o devedor principal, respondendo o adquirente apenas supletivamente. Por outro lado, suspender por mais de 6 meses é o mesmo que ter encerrado, hipótese em que o adquirente responderá integralmente. - A regra de quem adquire respondeintegral ou supletivamente passou a não ser mais aplicável aos processos de falência após a LC 118/2005, bem como após a nova lei de falências (Lei 11.101/2005). § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) I – em processo de falência; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) - Ao criar tais exceções, porém, o legislador acabou abrindo um espaço para fraude, permitindo que a pessoa que deseja fraudar a sucessão tributária force a entrada da empresa no processo de falência ou recuperação para que, por interposta pessoa, compre as filiais. Para tentar sanar essa brecha, o legislador do CTN criou a exceção da exceção. Ou seja, mesmo sendo falência/recuperação, o adquirente irá responder se ele for pessoa próxima do alienante, isto é, parentes (até o 4º grau); sócios; dentre outros. § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) III – identificado como agente do falido (= laranja) ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 13 www.g7juridico.com.br § 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 8. Responsabilidade de terceiro - Para responsabilizar os terceiros nominados no Art. 134, é preciso que se verifiquem dois requisitos: (i) impossibilidade de exigência do contribuinte - Embora a lei fale que só é possível exigir do terceiro após verificar-se a impossibilidade do contribuinte – o que denota uma responsabilidade subsidiária -, o Art. 134 do CTN alude expressamente a uma modalidade de solidariedade. - No caso de liquidação de sociedade de pessoas, é possível a responsabilização dos sócios. Todavia, essa regra não autoriza o Fisco a cobrar genericamente dos sócios débitos que sejam da sociedade por cotas de responsabilidade limitada. STJ: o sócio pode ser cobrado quando ele recair em um dos atos listados no Art. 135 do CTN. A razão de ser da jurisprudência do STJ é que na maioria das vezes o sócio da sociedade por cotas limitadas é também administrador. Logo, nota-se que o sócio não responde por ser sócio, mas sim porque é administrador. Art. 134, CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 14 www.g7juridico.com.br II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. 9. Responsabilidade do sócio-gerente Inexistência de responsabilidade objetiva: Art. 135, CTN. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 15 www.g7juridico.com.br I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. Súmula nº 430, STJ: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. Súmula 435, STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. (Súmula 435, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2010, DJe 13/05/2010) 10. Responsabilidade por infrações Art. 136, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
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