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Seminário - tcc Carolina de SousaCarolina de Sousa M a t r i c u l a : 1 5 1 0 2 1 9 6 P r o j e t o a u t o s s u s t e n t á v e l c o m f o c o n a r e s t r u t u r a ç ã o d a s p e s s o a s e m s i t u a ç ã o d e r u a C e n t r o U n i v e r s i t á r i o A u g u s t o M o t t a Centro Autossustentável para pessoas em Situação de rua Caderno TFG desenvolvido para obtenção de nota na disciplina de seminário da UNISUAM - orientada pelo professor Vinícius Mattos. Rio de Janeiro - 2020Rio de Janeiro - 2020 Interesse Social Projeto autossustentável com foco na restruturação das pessoas em situação de rua “O que vale não é o quanto se vive; mas como se vive.” - Martin Luther King “A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa que tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa.” - Chico Xavier Aos amigos e familiares que que aceitaram e respeitaram minha ausência mesmo sem entender como uma pessoa pode ficar tão antissocial ao cursar Arquitetura e Urbanismo. Eu só tenho agradecer a todos que me apoiaram e me mostraram o caminho correto a seguir. Que acima de tudo me tratou como uma profissional. Obrigada por acreditarem em mim e no meu potencial. É graças a vocês que esse trabalho hoje se concretiza. Um agradecimento especial a minha mãe, Silvânia, que sempre me deu força para conquistar tudo aquilo que eu quisesse, foi a primeira a acreditar no meu potencial. Ao meu pai, que mesmo na dificuldade nunca deixou que nada me faltasse, grande exemplo de pessoa. A minha segunda mãe e madrasta Denise, que sempre cuidou de mim com muito carinho, foram varias dores de cabeça que ela ajudou a melhorar. Aos meus irmãos por acreditarem e investirem em mim. Ao meu namorado Tadeu, que sempre comemorou comigo as minhas conquistas e sempre esteve lá quando precisei. A minha amiga Carol e parceira da faculdade, por estar sempre me ajudando nas dificuldades e me acompanhando nos trabalhos. Agradeço a todos os amigos e familiares que mesmo de longe torciam por mim e pelo meu sucesso. Agradeço também a todos meus professores, principalmente ao professor Vinicius Mattos, que foi meu primeiro e último professor da faculdade. Aquele que me ensinou toda a base da Arquitetura e o amor pela profissão. Muito obrigada a todos vocês que me acompanharam Dedicatória : Agradecimentos : A todos aqueles que acreditaram e me incentivaram para chegar até aqui, com todo meu carinho. Resumo : Abstract : O presente trabalho propõe a implantação de um centro autossustentável de acolhimento para pessoas em situação de rua, em local com grande demanda desses. Em função de reestruturar essas pessoas socialmente e economicamente, auxiliando na procura de emprego. O projeto propõe arquitetura autossustentável para ajudar na autonomia do projeto de interesse social, necessitando menos da ajuda do governo. The present work proposes the implantation of a self-sustainable reception center for people living on the street, in a place with great demand for them. In order to restructure these people socially and economically, assisting in job search. The project proposes self-sustainable architecture to help the autonomy of the project of social interest, needing less help from the government. Palavras - chaves: Interesse social, situação de rua, Cidade Nova, centro de acolhimento. Keywords: Social interest, homelessness, Cidade Nova, reception center. DEDICATÓRIA .....................................................................................06 AGRADECIMENTOS ...................................................................07 RESUMO .....................................................................................................08 ABSTRACT ..............................................................................................09 SÚMARIO ................................................................................................... 10 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 12 OBJETIVO E JUSTIFICATIVA ........................................... 13 METODOLOGIA ................................................................................ 14 TEMA .............................................................................................................. 15 TEMA - REFERÊNCIAS .......................................................... 20 TEMA - SÍNTESE ............................................................................. 23 LUGAR .......................................................................................................... 24 LUGAR - ENTORNO .................................................................. 26 LUGAR - ANÁLISE ......................................................................... 30 LUGAR - PÚBLICO ALVO .................................................... 32 Sumário : ESTUDO DE CASO : SOLUÇÕES ..............................36 PROGRAMA DE NECESSIDADES .........................................40 ESTUDO PRELIMINAR: CONCEITO E PARTIDO...42 ESTUDO PRELIMINAR: SETORIZAÇÃO...........................44 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...........................................51 Introdução : Objetivo : Justificativa : A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e a constituição Federal de 1988 garantem o direito à habitação. Dessa forma cabe ao governo, combater a pobreza e promover meios de melhoras as condições de vida das pessoas. Começando por aquelas que não tem nem mesmo onde morar. Ocorrendo assim uma integração social dos mais desfavorecidos e novas oportunidades para a reintegração na sociedade. O presente trabalho vêm propor a reestruturação dessas pessoas em situação de rua, com um centro de acolhimento tendo como principal função, ajudar na reestruturação e inclusão na sociedade. O local escolhido para o projeto foi o Centro do Rio de Janeiro, devido ao fato de ser uma das regiões com maiores índices de pessoas nessa situação. A escolha do tema tem como base o entendimento de uma vida adequada, que requer o atendimento de necessidades básicas, como emprego, moradia, lazer e o senso de pertencimento à comunidade. E no estudo a seguir isso estará em evidencia. 12 13 O presente trabalho propõe um centro de acolhimento para pessoas em situação de rua, no âmbito de impulsiona-las a se reestruturarem economicamente e socialmente. O projeto também conta com uma arquitetura autossustentável, para que o custo de manutenção do governo seja reduzido e assim funcione com mais autonomia. A proposta para o projeto do centro autossustentável pretende trazer novas alternativas construtivas e sustentáveis, para que funcione com o máximo de autonomia e menos dependência do governo. Dessa forma o projeto social permanece funcionando por mais tempo. O intuito do Centro de Acolhimento descrito no projeto, prevê uma moradia temporário com o objetivo de restabelecer as pessoas na sociedade, dando a elas mais dignidade para correr atrás daquilo que desejam. Metodologia : Tema : 14 15 A metodologia adotada para o desenvolvimento do presente projeto inclui: Pesquisa bibliográfica sobre o tema abordado, no que se refere a projetos de interesse social relacionado com pessoas em situação de rua, e projetos arquitetônicos autossustentáveis. Pesquisa e Análise gráficas de estatísticas e normas referentes ao local e a população. Buscados em sites de referencia como o IBGE, o IPEA , o PCRJ, entre outros. Levantamento da legislação local e normas referente a centros de acolhimentos. Estudo da forma e concepção de programas de necessidades do projeto. A intenção do projeto é a construçãode uma instituição ecológica, o mais autossustentável possível. Seja por meio de redução da energia elétrica, com o uso de placas solares. Captação de água pluvial para redução de consumo de água. Hortas para uso dos internos. E uso de matérias recicláveis ou ecológicos para construção dos alojamentos. Esse centro de acolhimento serviria de moradia temporária para aqueles que quiserem sair da situação de rua. O centro forneceria o básico como local para dormir, comer e banhar-se. Além de cursos profissionalizantes. Porém o centro teria como regra um tempo máximo de estadia, apenas o suficiente para uma pessoa conseguir um emprego e se colocar de pé novamente diante da sociedade. 16 17 Tema :Tema : Segundo dados do IPEA a população em situação de rua cresceu 140% a partir de 2012, chegando a quase 222 mil brasileiros em março deste ano, e tende a aumentar com a crise econômica acentuada pela pandemia da Covid-19. O estudo utilizou dados de 2019 do censo anual do Sistema Único de Assistência Social (Censo Suas), que conta com informações das secretarias municipais, e do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Segundo dados encontrados nas notas técnicas do IPEA, pode-se notar que a região Sudeste predomina em relação as outras. Dessa forma o Rio de Janeiro, foi uma escolha assertiva como localização para o centro de acolhimento. Segundo um artigo publicado no scielo, como motivos e razões que levaram pessoas a viverem nas ruas são: o uso abusivo de álcool e outras drogas, o rompimento de vínculos e os conflitos familiares (incluindo separação conjugal), o desemprego e o prazer da liberdade que é vivenciado na rua Ainda sobre o artigo: "Souza e Araújo (2007) apontam como possibilidade de saída das ruas políticas públicas que auxiliem na construção de projetos de vida, sendo necessário uma rede de apoio e fortalecimento social. Fernandes (2013) destaca o serviço de assistência social de acolhimento em repúblicas para adultos como um potente serviço que resgata autonomia e cidadania, pois nesse espaço a pessoa acolhida tem o direito de ir e vir, conviver com outras pessoas em ambiente residencial, construir seu projeto de vida e reorganizar a questão escolar, profissional e financeira." (SICARI & ZANELLA) 18 19 Tema :Tema : Fonte (artigo):: Sicari, A. A., Zanella, A. V. (2018). Pessoas em situação de rua no Brasil: Revisão sistemática. Psicologia: Ciência e Profissão, 38(4), 662-679. https://doi.org/10.1590/1982-3703003292017 20 21 Tema :Tema : Referências de projeto: Referências de projeto: O projeto “paraSITE”, de Michael Rakowitz, exposto no MoMA em 2005, consiste em abrigos infláveis para desabrigados que podem ser anexados às saídas de ar quente de edifícios existentes. A ideia também foi explorada em muitos projetos conceituais, como “Homes for the Homeless” por James Furzer do Spatial Design Architects. No projeto "Home for Homeless" pode-se ver que a ideia é de abrigos temporários, feitos com materiais de baixo custo que melhor se adapte ao edificio em que esta acoplado. Fonte (imagens): Archdaily Outro projeto que segue a mesma ideologia de concepção é o "abrigo e dignidade" concebida pelo Framlab. Ele propõe utilizar laterais de edifícios já existentes onde o terreno não existe terreno para novas construções. Cada "cápsula" será construída com aço e alumínio oxidado, os interiores receberão acabamento em madeira aplicados sobre placas de policarbonato impressas em 3D. O projeto propõe ainda que as moradias sejam ocupadas pelo menos por um ano inteiro, para proporcionar novas oportunidades a seus moradores, além de serem projetadas para funcionar tanto no inverno quanto no verão, com ventilação natural integrada no quadro das janelas. Um colombiano Fernando Llanos junto do arquiteto Óscar Méndez que desenvolveu sua tese sobre esse temaconstruçoões a base de plástico, fundou a empresa Conceptos Plásticos. Essa empresa criou um sistema de tijolos e pilares feitos de plástico reciclado, encaixados como peças de Lego, em um sistema construtivo que permite construir habitações completas em apenas cinco dias. Eles também contam com propriedades termo acústicas e sua sismo-resistência segue às normativas colombianas. Com um custo final de 20 milhões de pesos colombianos (por volta de 6.800 dólares americanos) por unidade, a companhia é capaz de construir em cinco dias e com quatro pessoas, uma habitação de 40 metros quadrados com dois dormitórios, sala de estar e jantar, um banheiro e uma cozinha. 22 23 Tema :Tema : Referências de sustentábilidade: A proposta do trabalho tem como diretriz, a reestruturação social e econômica das pessoas em situação de rua. Será previsto um centro de acolhimento temporário com dormitórios, banheiros, cozinha e cursos profissionalizantes. A instituição contará com sistemas de painéis solares, captação de águas pluviais e hortos, onde os abrigados poderão plantar aquilo que querem comer. A intenção é abrigar aqueles em situação de rua, que desejam mudar de vida. Dando mais dignidade e especialização para conseguir um novo emprego e assim se estruturar no mercado. Ou seja, previsto uma estadia de aproximadamente 3 meses para cada morador, podendo ser estendido em caso de tentar mas não conseguir emprego. Os dormitórios serão individuais ou familiar para dar mais privacidade e segurança de suas coisas. Porém com banheiros e cozinha públicos. Lembrando que a intenção não é dar extremo conforto, em função de evitar a comodidade das pessoas. Síntese : 24 25 Lugar :Lugar : O projeto será concebido na Cidade Nova, fronteira com o Centro do Rio de Janeiro. Onde é nítido a quantidade de pessoas em situação de rua. O terreno escolhido fica numa via de fácil acesso, a Avenida Presidente Vargas. Próximo ao sambódromo e a sede da CEDAE. Na Rua Haroldo de Andrade, 1553, de esquina com a Av. Presidente Vargas e a R. Benedito Hipólito. Situado na Cidade Nova. Com área total do terreno – 2.772 m² Zona Especial 8 : Subzona C–1 (quadra 8) IAT: 11,0 Taxa de Ocupação: A taxa de ocupação do lote não está sujeita a limitação Gabarito: 63m ( afastado das divisas; 12m (não afastado) Afastamentos: 7,0m (Av. Pres. Vargas), 5,0m (demais vias) Vagas : 1:200 (vaga por m2 de área construída) 26 27 Lugar :Lugar : Entorno: Hospital Escola São Francisco de Assis Sede da CEDAE 1ª e 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso Terreirão do Samba Entorno: Estação de Metrô 28 29 Lugar :Lugar : Limitação do Terreno : PAA - 48853 Fluxo Viário: Av. Presidente Vargas Viaduto São Sebastião / Av. Trinta e Um de Março Rua Benedito Hipólito 30 31 Lugar :Lugar : Análise do Lugar : Análise do Lugar : Fonte: PCRJ Mapas.rio Cidade Nova - Rio de Janeiro A delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985. - Total de Domicílios (2010 ): 1968 - Total da População (2010 ): 5466 - Média da Área Construída (2019 ): 70,57 m2 - Média da Área do Terreno (2019 ): 105,86 m2 - Área Territorial (2020 ): 93,49 ha - RA: III - Rio Comprido Zonas : 32 33 Lugar :Lugar : Público Alvo: Público Alvo: Fonte: Pesquisa Censo RJ - 2013 Como pode ser observado nas tabelas fornecidas pela prefeitura do Rio de Janeiro. No centro, é o local que mais se encontra pessoas em situação de rua. Quem caminha por lá de dia ou de noite não se surpreende com o levantamento sobre a população de rua. As pessoas dormem em qualquer pedaço de chão. Muitos nem têm a preocupação de se abrigar sob as marquises e alpendres que protegem as calçadas do sereno da noite. 34 35 Lugar :Lugar : Público Alvo: Público Alvo: A maior parte dessas pessoas têm o estudo suficiente para conseguir um emprego e dependendo do motivo que a levou as ruas, o Centro de Acolhimento proposto conseguirá ajudar com mais eficácia. Porém para aqueles com ´pouco estudo e que mesmo assim queiram mudar sua condição, poderão encontrar no centro, cursos profissionalizantesque os ajudarão estabelecer uma profissão. Esses dados e tabelas são do censo de 2013, por isso não estão tão apurados quanto deveria. Estudos apontam que o número de pessoas em situação de rua aumentaram muito em 2020 devido a pandemia. Entre as pessoas sem moradia estão desempregados e trabalhadores informais, como guardadores de carros e vendedores ambulantes. Um Levantamento de Medidas Municipais Emergenciais, feito pelo Ipea, por meio dos sites oficiais, as principais medidas de assistência adotadas pelas prefeituras são: Abrigamento (12), higiene (9) e alimentação (8). Menos frequentes são ações como centros emergenciais de serviço (2) e atividades específicas de orientação (6) para usuários de álcool e outras drogas, pessoas com transtornos mentais e iniciativas específicas para crianças e adolescentes em situação de rua. Para um entendimento mais aprofundado das necessidades das pessoas em situação de rua é necessário entender as dificuldades delas por elas mesmo. Dessa forma alguma dessas pessoas foram entrevistadas e esclareceram suas maiores dificuldades. No jornal Estado de Minas, um professor de sociologia em situação de rua foi entrevistado: “Hoje, na rua, temos de psicólogos a jornalistas. Não é só álcool e drogas que levam as pessoas para as ruas. O número de desempregados aumentou. A pessoa, às vezes, é despejada, a família se desfaz, entra em depressão e acaba na rua”, diz. Outro diz, “Você não espera que a sua vida dê errado, e quando acontece, é duro lidar com as consequências. É violência, frio, fome. Tudo de ruim” Do que elas precisam? 36 37 Estudo de Caso: O que é ser uma pessoa em situação de Rua? Soluções de Materiais Sustentáveis: Estudo de Caso: Fonte (artigo):: FERNANDES, Augusto. Histórias de brasileiros que saíram da classe média e foram morar na rua. Estado de Minas Nacional, Minas Gerais, 22, Julho de 2019. HERMANSON, Marcos. SITUAÇÕES DE RUA: HISTÓRIAS DE QUEM TENTA SOBREVIVER À CRISE DEBAIXO DO VIADUTO. Brasil de Fato, São Paulo, 2019. - Cork House ou Casa de Cortiça Numa entrevista para o Brasil de Fato um dos moradores de rua relata o que eles realmente precisam "Quem faz a política é nós, quem faz a justiça é nós. Sou cidadão, sou morador de rua. Tudo que eu preciso pra sair da rua é um país com igualdade”, encerra Davi. Construída quase inteiramente a partir de blocos de cortiça, a Cork House atende às demandas atuais e urgentes de sustentabilidade na arquitetura. Construída sem cimento, cola, isolamento plástico, gesso ou reboco, sua estrutura é sustentada por componentes de madeira. Sustentável por natureza, o sobreiro é a única árvore que regenera sua casca e não é prejudicado quando colhido. É dele que se faz a cortiça, material versátil que vem sendo apropriado por muitos arquitetos por sua alta eficiência. Renovável, resistente e isolante termo acústica, a cortiça esbanja qualidades. Por isso vem conquistando a atenção de quem busca tecnologias mais sustentáveis de construir. Os blocos são leves e encaixáveis, uma peça trava a outra. Ou seja, não é necessário usar cola nem cimento para fixá-las. – assinada por Matthew Barnett Howland, Dido Milne e Oliver Wilton Fonte: Casa Vogue 38 39 Estudo de Caso: Estudo de Caso: Soluções de alojamentos modulares: Soluções e Projetos Existentes: Eco-Habitação modular Esta casa modular sustentável é criada exclusivamente com papelão como seu material de construção principal e é personalizável em tamanho e função. Wikkelhouse é construída a partir de 24 camadas de papelão de alta qualidade em torno de um molde giratório em forma de casa. Essas camadas são então coladas com uma super-cola ecológica para criar durabilidade e ótimo isolamento. A casa é então terminada com uma camada impermeabilizante e painéis de madeira para protegê-la das intempéries. Wikkelhouse também é 100% reciclável, com cada parte capaz de ser desconstruída e reciclada infinitamente. Com seus segmentos inteligentes, Wikkelhouse também pode incluir uma cozinha, banheiro e chuveiro, bem como a instalação de janelas e acabamentos personalizáveis. - Projetado e desenvolvido pela Fiction Factory Fonte: Arch Daily The Bridge O Centro de Assistência a Desabrigados "The Bridge" utiliza um conceito de albergue que remete a um campus universitário, com uma série de blocos interligados pelos fluxos intermediados por uma praça aberta central. Ele oferece unidade de apoio à saúde e pequenos nichos que são utilizados como quartos individuais, favorecendo o espaço pessoal do usuário. Como sistema construtivo foi utilizado a alvenaria de blocos de concreto, bastante iluminação natural e reutilização de água. Fonte: Arch Daily 40 41 Programa: Programa de necessidades: O Centro para pessoas em situação de rua, tem como principal foco, ajudar as pessoas em necessidade a se reestruturarem e conseguirem novamente se sustentarem. Dessa forma, o foco arquitetônico do projeto não é o conforto e sim funcionalidade. O centro conta com 4 oficinas, 3 salas de aula, 1 barbearia/salão, cozinha industrial e hortas. Dessa forma o projeto terá espaço para fornecer desde aulas comuns até culinária básica e jardinagem, e assim gerar novos profissionais e oportunidades. Como o projeto é sobre moradias temporárias, a estrutura deve ser pensada de forma com que as pessoas não se acomodem a nova situação de vida e sim instigue-as a conquistar mais para si próprias. Por isso o centro conta com vestiários comunitários e não individuais, além de quartos modulares padronizados. Contabilizando 150 no total, sendo eles, masculinos, femininos e familiares. Em caso de esgotamento de cômodos, o espaço também conta com área para camping, cabendo cerca de 50 barracas, fornecidas pelo projeto e doações. Para maior autonomia e cuidados dessas pessoas, o Centro de acolhimento também possui lavanderias comunitárias, enfermagem e segurança. Programa de necessidades: Programa: 42 43 Estudo Preliminar: Conceito e Partido: Estudo Preliminar: -Na data da foto a rua Haroldo de Andrade não havia sido projetada ainda. - Cada cor expressa um pavimento da edificação Conceito e Partido: Assim como algumas referências apresentadas acima, o projeto para o Centro Autossustentável para pessoas em situações de rua começou com a ideia de módulos "parasitas" e foi sendo adaptado para um melhor funcionamento. Ainda trabalhado em módulos e complexos separados, o setor de alojamentos se intercala entre os pavimentos de forma que lembre uma colmeia. Com exceção dos alojamentos, todos os outros setores foram pensados a ficar no térreo, porém devido ao terreno, alguns setores tiveram que subir, sendo ele o setor administrativo. Com exceção de algumas salas. Como tínhamos os afastamentos a seguir, essa área ficou destinada a áreas de camping e pomar. Na fachada de entrada do terreno temos o pomar, servindo também como um bloqueio natural para o sol da tarde, já que essa é a fachada oeste. O edifício possui 3 pavimentos, seguindo a altura do edifício ao lado (a vara da infância, juventude e Idoso). O acesso para esses pavimentos é feito através de rampas acessíveis e escadas. 44 45 Estudo Preliminar: Setorização: Estudo Preliminar: - 1º Pavimento (térreo): Setorização: - Alojamentos - Banheiro/Vestiários - Oficinas - Salas de Aula - Horta/Pomar - Cozinha - Refeitório - Recepção - Triagem - Lavanderia - Lixo - Depósito - Área de Camping - DML 46 47 Estudo Preliminar: Setorização: Estudo Preliminar: Setorização: - 2º Pavimento (térreo): - Alojamentos - Banheiro/Vestiários - Barbearia/Salão de Beleza Sala de Funcionários - Administração - Doação - Segurança - Enfermagem - Depósito 48 49 - Alojamentos - Banheiro/Vestiários Estudo Preliminar: Setorização: Estudo Preliminar: Setorização: - 3º Pavimento (térreo): 50 51 Considerações Finais: Referências Bibliograficas: Mediante a situação apresentada, o presente projeto seguirá a linha de estudo apresentada no caderno, de forma a produzir um Centro de Acolhimento Autossustentávelpara pessoas em situação de rua. Sempre buscando meios sustentáveis para sua execução, desde os materiais construtivos até fontes de economia de luz e água. O projeto também contará com uma abordagem diferenciada em relação aos centros de acolhimentos existentes no Rio de Janeiro, com propósitos e características arquitetônicas diferentes dos habituais. Já que esse procura, reestruturar profissionalmente essas pessoas. Oferecendo abrigo temporário, para aqueles que querem sair dessa situação, ofertando cursos e aulas profissionalizantes e alojamentos minimamente confortáveis, já que o proposito é que não se acomodem. Em encaminhamento para o próximo semestre, serão evidenciados os materiais ecológicos utilizados na construção para que se tenha o mínimo de impacto ambiental possível, além de especificação de reuso da água da chuva e uso de placas solares prevista no projeto. Além disso, será aprofundado as questões de espaços e fluxos. FERNANDES, Augusto. Histórias de brasileiros que saíram da classe média e foram morar na rua. Estado de Minas Nacional, Minas Gerais, 22, Julho de 2019. HERMANSON, Marcos. SITUAÇÕES DE RUA: HISTÓRIAS DE QUEM TENTA SOBREVIVER À CRISE DEBAIXO DO VIADUTO. Brasil de Fato, São Paulo, 2019. Casa VOGUE Sicari, A. A., Zanella, A. V. (2018). Pessoas em situação de rua no Brasil: Revisão sistemática. Psicologia: Ciência e Profissão, 38(4), 662-679. https://doi.org/10.1590/1982-3703003292017 Archy Daily
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