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Contabilidade intermediária Edição Uniube Uberaba 2010 Marco Antonio de Oliveira Caetano UNIVERSIDADE DE UBERABA © 2010 by Universidade de Uberaba Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de Uberaba. Universidade de Uberaba Reitor: Marcelo Palmério Pró-Reitora de Ensino Superior: Inara Barbosa Pena Elias Pró-Reitor de Educação a Distância: Fernando César Marra e Silva Assessoria Técnica: Ymiracy N. Sousa Polak Produção de Material Didático: • Comissão Central de Produção • Subcomissão de Produção Editoração: Supervisão de Editoração Equipe de Diagramação e Arte Edição: Universidade de Uberaba Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Caetano, Marco Antônio de Oliveira C116c Contabilidade intermediária / Marco Antonio de Oliveira Caetano. – Uberaba : Universidade de Uberaba, 2010. 107 p. : il. ISBN 978-85-7777-362-6 1. Contabilidade. 2. Balanço (Contabilidade). 3. Fluxo de caixa. I. Título. CDD: 657 Sobre o autor Marco Antonio de Oliveira Caetano Especialista em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Federal de Uberlândia. Especialista em Relações Interpessoais pela Dale Carnegie. Bacharel em Ciências Contábeis pela FCETM. Professor titular, parecerista e roteirista de componentes curriculares para EAD da Universidade de Uberaba. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis. Apresentação Caro(a) aluno(a) Neste livro, Contabilidade intermediária, além de aprender como se processam os registros das operações que alteram o patrimônio das entidades como um todo, você também será preparado para elaborar os demonstrativos contábeis das entidades. São elas: o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Balanço Social, DVA - Demonstração do Valor Adicionado e DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa, assim como a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos DOAR em seus aspectos básicos, tendo em vista a sua não obrigatoriedade de acordo com a legislação mais recente. Nos capítulos que compõem esse livro, mediante o estudo do conteúdo relativo à disciplina Contabilidade Intermediária, você aprenderá algumas técnicas que lhe permitirão compreender a elaboração daqueles demonstrativos contábeis, a fi m de auxiliar-lhe na tomada de decisões, em geral. No primeiro capítulo, você irá estudar e ampliará seus conhecimentos acerca dos principais grupos de contas que compõem os dois dos principais relatórios contábeis, assim como as principais operações, o Balanço Patrimonial - BP e a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, sempre em consonância com a legislação societária e, sobretudo, enquanto instrumentos catalisadores de informações econômico-fi nanceiras. No capítulo seguinte, você estudará a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. Para estas duas demonstrações, você aprenderá a identifi car os principais componentes, sua estrutura e sua importância no contexto das decisões gerenciais. No terceiro capítulo, estudaremos a demonstração das origens e aplicações de recursos, sua estrutura e suas respectivas variações ocorridas no ativo circulante confrontado com o passivo circulante, identifi cando e determinando os recursos que alteram o capital circulante líquido, e, ainda, a importância desse relatório no contexto de tomada de decisões. No quarto capítulo, aprenderemos a identifi car informações em outros relatórios contábeis notadamente no balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício. E, a partir daí, conhecer os métodos direto e indireto, principalmente a sua estrutura e a sua elaboração, assim como a sua relação com outros demonstrativos fi nanceiros. Finalmente, no quinto capítulo, trataremos do balanço social sob o aspecto apenas introdutório e aprofundaremos na demonstração do valor adicionado, principalmente, quanto aos indicadores ambientais, humanos e econômico- fi nanceiros, assim como a responsabilidade social. Ressaltamos que, além de realizar todas as atividades de aprendizado (leituras, pesquisas, reestudos etc.) descritas neste material, você deverá organizar da melhor maneira possível o seu tempo de estudo e aproveitar os encontros presenciais para obter os conhecimentos abordados ao longo deste livro. Mais uma vez, nos colocamos à sua disposição para eventuais esclarecimentos e orientações que se fi zerem necessários nessa etapa da sua formação acadêmica. Bom estudo e sucesso ao longo do curso. Sumário Capítulo 1 Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício .. 1 1.1 Uma visão panorâmica dos relatórios contábeis conforme legislação em vigor ..................3 1.2 Balanço Patrimonial..............................................................................................................5 1.2.1 Ativo Circulante ............................................................................................................8 1.2.2 Ativo Não Circulante .....................................................................................................8 1.3 Grupos, subgrupos e contas do Passivo e Patrimônio Líquido ............................................10 1.3.1 Passivo .........................................................................................................................10 1.4 Demonstração do Resultado do Exercício ...........................................................................13 1.4.1 Das noções gerais .......................................................................................................13 1.4.2 Deduções sobre a Receita Operacional Bruta .............................................................15 1.4.3 Receita Operacional Líquida ........................................................................................15 1.4.4 Custos Operacionais ...................................................................................................15 1.5 Resultado Operacional Bruto ..............................................................................................16 1.5.1 Despesas Operacionais ...............................................................................................16 1.6 Lucro antes do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social (CS) ou Prejuízo do período ................................................................................................................................16 1.7 Provisão para o IR e a CS ....................................................................................................17 1.8 Lucro depois do IR e da CS ou prejuízo do período ............................................................17 1.9 Participações, contribuições e distribuições .........................................................................17 1.10 Lucro (ou prejuízo) líquido do período................................................................................17 1.11 Conclusão ...........................................................................................................................17 Capítulo 2 Explorando a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido- DMPL ............................... 23 2.1 Aspectos gerais ....................................................................................................................25 2.2 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA ..............................................25 2.2.1 Conceitos e Objetivos ..................................................................................................27 2.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL ............................................32 2.4 Conclusão.............................................................................................................................37 Capítulo 3 Redescobrindo a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) .................................................................................................. 43 3.1 A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ....................................................44 3.1.1 Conceito e movimentação líquida ................................................................................45 3.1.2 Grupos Circulante e Não Circulante ............................................................................46 3.1.3 Movimentação não válida ............................................................................................47 3.1.4 Movimentação válida ...................................................................................................47 3.2 Ativo Circulante Líquido (CCL) ............................................................................................48 3.3 Das origens de recursos......................................................................................................50 3.4 Aplicações de recursos........................................................................................................52 3.4.1 Resultado ajustado negativo ........................................................................................53 3.4.2 Lucros distribuídos .......................................................................................................53 3.4.3 Aumento do Ativo Não Circulante ................................................................................53 3.4.4 Redução do Passivo Não Circulante ...........................................................................54 3.5 A estrutura das origens e aplicação de recursos .................................................................55 3.6 Conclusão.............................................................................................................................57 Capítulo 4 Demonstração do Fluxo de Caixa: uma abordagem contábil pelo Método Indireto - DFC ........................................................................................... 63 4.1 Noções iniciais sobre a Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC ......................................65 4.1.1 Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC ................................................66 4.1.2 Desvendando a elaboração da - DFC ..........................................................................70 4.2 Explorando a técnica de elaboração da - DFC....................................................................72 4.3 Conclusão.............................................................................................................................77 Capítulo 5 Introdução ao Balanço Social e à Demonstração do Valor Adicionado - DVA ..................................................................................................................... ............................................................................................................................... 83 5.1 Como se elabora a Demonstração do Valor Adicionado - DVA ...........................................85 5.1.1 Primeiro passo .............................................................................................................85 5.2 Introdução ao estudo do Balanço Social e da Demonstração do Valor Adicionado - DVA ..86 5.3 O Balanço Social - BS .........................................................................................................88 5.3.1 Conceito .......................................................................................................................88 5.3.2 A história do Balanço Social .........................................................................................88 5.3.3 A construção do Balanço Social ...................................................................................89 5.4 O Balanço Social e a Contabilidade ....................................................................................92 5.5 O Objetivo............................................................................................................................94 5.6 A construção do Balanço Social ..........................................................................................95 5.6.1 Como se elabora o Balanço Social ..............................................................................95 5.6.2 As fontes de informação ...............................................................................................95 5.7 Análise dos indicadores .......................................................................................................97 5.7.1 Indicadores de caráter econômico ...............................................................................97 5.7.2 Indicadores sociais .......................................................................................................97 5.8 Fases do processo de elaboração do Balanço Social ........................................................97 5.8.1 Primeira fase ................................................................................................................97 5.8.2 Segunda fase ...............................................................................................................98 5.9 Demonstração do Valor Adicionado - DVA ..........................................................................99 5.9.1 Cálculo do Valor Adicionado Bruto - VAB .....................................................................99 5.9.2 Como se elabora a Demonstração do Valor Adicionado ..............................................100 5.10 Conclusão...........................................................................................................................102 Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício Seja bem-vindo ao estudo da Contabilidade intermediária. A Contabilidade, como você já aprendeu, tem como objetivo o estudo e o controle do Patrimônio das empresas, a fi m de fornecer informações sobre sua composição e suas variações qualitativas e quantitativas. Para isso, as demonstrações contábeis são utilizadas e o nível de detalhamento das análises a serem feitas sobre as mesmas difere de acordo com a necessidade de cada um de seus usuários. Na Contabilidade Intermediária estudaremos o Patrimônio como um conjunto de bens e direitos, pertencentes a uma empresa ou pessoa. Como você estudou, o Patrimônio é composto de valores a receber. Esses valores a receber são denominados direitos. Além dos direitos, é necessário também evidenciar as obrigações (dívidas) geradas na aquisição dos bens e até mesmo de direitos. É importante, ainda, o estudo de conceitos dos grupos de contas que compõem os relatórios contábeis e a sua importância como instrumentos catalisadores de dados econômico-fi nanceiros. É também evidente que as demonstrações contábeis, denominadas aqui de Demonstrações Financeiras por meio da legislação societária (Lei No. 6.404/76), e alterações posteriores, notadamente a Lei 11.638/07, são utilizadas por vários usuários, especialmente os administradores, para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade social da empresa, perante acionistas, credores, governose a comunidade em geral. As demonstrações contábeis têm, portanto, por objetivo, revelar a todas as pessoas interessadas, as informações sobre o Patrimônio e os resultados da empresa, a fi m de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação econômico-fi nanceira. Relembrando, então, que na Contabilidade, a palavra Patrimônio tem um sentido vasto que por um lado signifi ca um conjunto de bens e direitos e, por outro lado, inclui as obrigações a serem pagas e a movimentação 1 Marco Antonio O. Caetano Introdução 2 UNIUBE desses elementos resulta e proporciona as condições para geração de resultados econômicos e fi nanceiros nas empresas, mensuráveis e visualizáveis por meio das Demonstrações Contábeis. Esses elementos e suas relações serão o nosso foco de estudo neste componente chamado de Contabilidade intermediária. Bons Estudos! Ao término dos estudos propostos nesse capítulo, você estará apto a: revisar e aprofundar conceitos sobre os Grupos de Contas que compõem os relatórios contábeis como: o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE; identificar a importância dos Relatórios Contábeis como instrumentos catalisadores dos dados econômicos e financeiros; contribuir para um raciocínio em torno dos Relatórios Contábeis de forma lógico- dedutiva. • • • Objetivos Esquema Relatórios Contábeis Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado Grupo de Contas Textos sugeridos e atividades propostas Grupo de Contas 3 UNIUBE 1.1 Uma visão panorâmica dos relatórios contábeis conforme legislação em vigor A Lei das Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/76) que dispõe sobre as sociedades por ações e a Lei 11.638/07 que altera e revoga dispositivos daquela, estabelecem disposições relativas aos seguintes relatórios contábeis: Balanço Patrimonial - BP Demonstração do Resultado do Exercício - DRE Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados -DLPA Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC Demonstração do Valor Adicionado -DVA A seguir, estão os objetivos dos relatórios contábeis que serão objetos de nossos estudos nesse capítulo: Balanço Patrimonial: evidencia, de forma estática, um conjunto de bens e direitos, assim como as obrigações, determinando a natureza dos valores que compõem o Patrimônio da empresa. Demonstração do Resultado do Exercício: evidencia, dinamicamente, o resultado das operações para um determinado período e os fatores determinantes desse resultado. • • • • • • • O estudo da estrutura das demonstrações contábeis e sua análise têm se mostrado de fundamental importância no mundo corporativo, tendo em vista que é, a cada dia, mais relevante e salutar que empresas, antes de participarem de fusões ou serem incorporadas, sejam objetos de criteriosas avaliações financeiras ou econômicas. Evidentemente, abrangendo esquemas de interpretação não convencionais. A estrutura das demonstrações contábeis evidencia, particularmente, as situações rotineiras das empresas brasileiras, permitindo uma melhor visualização e compreensão de sua evolução. A fi m de melhorarmos a informação a ser estudada neste capítulo, é bom frisarmos que a Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76) é um texto legislativo – lei aprovada pelo Congresso Nacional, que tem o intuito de auxiliar no processo de viabilização e entendimento contábil aplicável uniformemente a inúmeras disposições apresentadas por essa Lei. 4 UNIUBE Saiba mais Para saber mais, acesse o link: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm>. Nesse site, você irá encontrar o teor da Lei 6.404/76 que dispõe, na integra, a legislação acerca das sociedades por ações. Importante! Atente -se para o artigo 176 da Lei no. 6.404, de 15/12/1976, o qual explicita quanto à compulsoriedade da publicação pelas companhias (empresas), ao final de cada exercício social com duração de um ano, das seguintes demonstrações contábeis: a) Balanço Patrimonial - BP; b) Demonstração do Resultado do Exercício - DRE. Parada para refl exão A publicação das demonstrações contábeis, na sua totalidade, só é obrigatória (compulsória) nas empresas com a forma jurídica de Sociedade Anônima (S.A); para as outras empresas, com outra forma jurídica, como por exemplo, a sociedade empresaria individual e Limitada, não são obrigatórias estas publicações em jornais de alta circulação (exemplo: Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil, Jornal Valor Econômico, O Estado de São Paulo, dentre outros) embora seja utilizado, por elas, a mesma estrutura do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), mas não as publicam. Após a leitura do trecho acima, compartilhe como os colegas de sala de aula o que você notou e percebeu acerca dos dois relatórios divulgados naqueles referidos jornais atentando-se para a estrutura, a disposição das contas, grupos e subgrupos de contas. 5 UNIUBE Saiba mais Você ainda encontrará outras publicações no link: <http://www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ BuscaEmpresaListada.aspx?idioma=pt-br>. Nesse link, você irá consultar as principais demonstrações fi nanceiras, fatos relevantes comunicados. Após conhecer algumas das principais empresas listadas na BMFBOVESPA por meio do link acima, vamos ao estudo do Balanço Patrimonial - BP. 1.2 Balanço Patrimonial Demonstra o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, evidenciando a situação patrimonial e estática de uma determinada empresa para dado momento, encerrando a sequência dos procedimentos contábeis, ou seja, apresentando, de forma ordenada, os três elementos componentes do Patrimônio, qual seja: Ativo Passivo e o Patrimônio Líquido • • Mas, para que você possa compreender um pouco mais, observe a seguir um modelo adaptado. Quadro 1- Balanço Patrimonial Fonte:Acervo do autor. Ativo Passivo + Patrimônio Líquido Circulante Circulante Disponível Fornecedores Caixa Salários a Pagar Bancos Impostos a Recolher Aplicações Financeiras Passivo Não Circulante Realizável Patrimônio Líquido Clientes Capital Social Estoques Reservas de Capital Despesas Antecipadas Reserva de Lucros Ativo Não Circulante Ajustes de Avaliação Patrimonial Realizável a Longo Prazo (-)Prejuízo Líquido do Exercício Permanente Investimentos Imobilizado Intangível Total Ativo Total Passivo + P. Líquido 6 UNIUBE Para que possamos melhorar a estrutura apresentada no quadro anterior e levando em consideração as alterações advindas da Lei 11.638/07, principalmente, quanto à classifi cação das contas do ativo permanente, veja a seguir as novas classifi cações. Art. 178, parágrafo 1º, c. Altera a classifi cação das contas do ativo permanente. Resumindo, fi caria assim, de acordo com a Lei 11.638/07: Quadro 2- Alteração da classifi cação das contas do Ativo Permanente Fonte: Acervo do autor. Redação anterior Nova redação Ativo Ativo Circulante Circulante Realizável a Longo Prazo Não Circulante Permanente Realizável a Longo Prazo Investimentos Permanente Imobilizado Investimentos Diferido Imobilizado Intangível E, de modo especial, o tratamento dispensado ao permanente fi cará assim distribuído: Ativo permanente Art.179. As contas serão classifi cadas do seguinte modo: Quadro 3 - Alteração da classifi cação do Ativo Permanente Fonte: Acervo do autor. Redação anterior Nova redação IV – no Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa fi nalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. IV – no Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa fi nalidade, os decorrentes de operações que transfi ram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 7 UNIUBE É, ainda, importante ressaltar que a Contabilidade tem por objeto o Patrimônio de uma determinada entidade, com objetivosclaros de controlá-lo. Veja, agora, algumas das defi nições de um importante autor da área: É tão importante o estudo do ativo que poderíamos dizer que é o capítulo fundamental da Contabilidade, porque à sua defi nição e avaliação está ligada a multiplicidade de relacionamentos contábeis que envolvem despesas e receitas. (IUDÍCIBUS, 2009:129). E prossegue, afi rmando que “é crítico o entendimento da verdadeira natureza do ativo, em suas características gerais” (IUDÍCIBUS, 2009:129). Note, ainda que, ativo pode ser defi nido como resultado de operações passadas e do qual se espera benefícios presentes e futuros. Alguns dos exemplos mais comuns: Bens: móveis, máquinas e equipamentos, instalações. Direitos: clientes, duplicatas a receber. • • Parada para refl exão Para que você aprofunde um pouco mais, acesse o link: <http://www.cpc.org.br/pdf/pronunciamento_conceitual.pdf>. Aqui estão estabelecidos os conceitos que fundamentam a característica fundamental de ativo que nada mais é do que a capacidade de prestar serviços para uma determinada entidade, seja individualmente ou em conjunto, capazes de gerar entradas líquidas de caixa. Antes de prosseguirmos, é importante que você elabore uma lista de seus bens, direitos, e, em seguida, compartilhe com seus colegas de sala de aula acerca de quais bens e direitos constam de seu Patrimônio pessoal. Após a listagem de seus ativos, vamos dar continuidade aos nossos estudos dividindo o ativo em subgrupos, quais sejam grupos, subgrupos e contas do ativo. 8 UNIUBE 1.2.1 Ativo Circulante Aqui são classificados todos os bens e direitos que se convertem em dinheiro a curto prazo. Entende se por curto prazo os valores realizáveis (conversíveis em dinheiro) até o final do exercício seguinte, ou seja, até 12 meses. Entretanto, temos que observar o ciclo operacional da empresa, ou melhor dizendo, é o período compreendido entre a compra de um determinado produto e o seu recebimento. Saiba mais Para que você possa conhecer um pouco mais acerca do que seja ciclo operacional, acesse o link: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm>. As contas desse grupo podem ainda ser distribuídas em três subgrupos distintos, a saber: Disponível: são recursos financeiros que podem ser utilizados, imediatamente, sem restrições. O exemplo mais clássico desse grupo é a conta Caixa representada pelo numerário (dinheiro) existente na empresa, já a conta bancos representa os recursos depositados em instituições financeiras para livre movimentação e, por fi m, as aplicações financeiras de liquidez imediata, ou melhor, as aplicações financeiras de fácil conversibilidade em dinheiro. Realizável: são os recursos aplicados em direitos que poderão ser convertidos em dinheiro no prazo de um ano, ou seja, até o exercício social seguinte. Alguns exemplos: a conta Duplicatas a Receber, os Estoques. Despesas antecipadas: são os recursos aplicados antecipadamente, que geram benefícios ou serviços tanto para os períodos seguintes quanto para o subsequente, comumente conhecida como Despesas do Exercício Seguinte. A conta Prêmios e Seguros a Apropriar, assim como dos Encargos Financeiros a Apropriar são alguns dos exemplos mais comuns desse subgrupo. 1.2.2 Ativo Não Circulante É sabido que o Ativo Não Circulante é composto por ativos de natureza duradoura com fi ns específi cos de atender às operações normais da empresa, bem como os direitos exercidos com essa especifi ca fi nalidade. 9 UNIUBE É importante ainda elencar os seguintes subgrupos: Ativo Realizável a Longo Prazo. Investimentos. Imobilizado. Intangível. Então, vamos às explicações das contas que, a partir de então, fará parte da composição, de acordo com a lei 11.638/07, das contas que compõem o ativo não circulante. Ativo Permanente Investimentos: é composto de contas que não se destinam, especificamente, à manutenção das atividades operacionais da empresa. Também conhecido como Bens de Renda. Por exemplo: participação acionária em Empresas Controladas e Coligadas (ações em outras empresas); Obras de Arte; Terrenos e Imóveis para utilização com fi ns de se obter ganhos de capital. • • • • Imobilizado: é composto de bens e direitos que se destinam à manutenção das atividades normais da empresa. Normalmente, são reduzidas pelas respectivas contas credoras de Depreciação, Amortização e Exaustão, conforme o caso. Algumas contas do Imobilizado são: terrenos, edifícios, instalações, máquinas e equipamentos, entre outras. Intangível: é composto por bens incorpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa, inclusive o fundo de comércio adquirido. Parada para refl exão Leia o texto disponível no link: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ guia/planodecontas.htm>. Nele você irá ler sobre a disposição sistemática das contas dispostas por grau de liquidez decrescente. Após a leitura do conteúdo do link, compartilhe com seus colegas de turma nos encontros presenciais as disposições contidas no link, tecendo pequenos comentários. 10 UNIUBE 1.3 Grupos, subgrupos e contas do Passivo e Patrimônio Líquido Ao elencar os grupos e os subgrupos e contas do Passivo e do Patrimônio Líquido, encontramos: 1.3.1 Passivo: são as obrigações e deveres da empresa que representam para um determinado período, tudo que ela deve a terceiros e aos sócios. Sendo assim, podemos subdividi-las em: Passivo Circulante: são as obrigações exigíveis a curto prazo, ou seja, com vencimento até o final do exercício seguinte. A título de exemplo, temos os fornecedores a pagar, encargos sociais a pagar, impostos a pagar, empréstimos a pagar, entre outros. Passivo Não-Circulante: aqui são classifi cadas todas as obrigações exigíveis após o término do exercício social seguinte, ou após o ciclo operacional da empresa, se este for superior a um ano. Por exemplo: todas as contas do passivo circulante que se enquadrem no longo prazo. Patrimônio Líquido: representa os recursos próprios da empresa, que pertencem a seus acionistas ou sócios. Ele é subdividido em Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. Importante! Ajustes de Avaliação Patrimonial: são constituídas pela contrapartida de aumentos ou diminuições dos valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício. Valor Justo Que pode ser entendido como o valor pelo qual um ativo pode ser avaliado ou negociado a valores de mercado ou não, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 11 UNIUBE Vamos prosseguir com nosso estudo, pois ainda nos resta conhecer as subdivisões do Patrimônio Líquido, quais sejam: Capital Social: representa os valores efetivamente integralizados pelos acionistas (ou sócios). É demonstrado com o valor do capital subscrito, deduzido pela conta devedora que representa o capital a integralizar. Reservas de Capital: são valores recebidos pelas empresas e que não são exigíveis e nem são receitas. Por exemplo: Correção Monetária do Capital realizado; dentre outras. Reservas de Reavaliação: representam valores gerados pelos aumentos de valor dos ativos reavaliados com base em laudos técnicos emitidos por peritos ou empresas especializadas em reavaliação de ativos. Reservas de Lucros: são constituídas com lucros retidos, aqueles apurados conforme demonstração do resultado do exercício e para as quais têm as seguintes finalidades: A Reserva Legal: é constituída aplicando-se o percentual de 5% (cinco por cento) do lucro líquido do exercício, limitada a 20% do Capital Social. Podendo, também, ser utilizada para compensação de prejuízos e aumento de capital social.As Reservas Estatutárias: são constituídas de acordo com o que determina o estatuto da empresa, por exemplo: expansão da fábrica, renovação de equipamentos. As Reservas para Contingências: têm a fi nalidade de compensar prováveis perdas ou prejuízos no futuro, por exemplo: greves, enchentes, incêndios. Lucros ou Prejuízos Acumulados: são lucros ou prejuízos líquidos, remanescentes do exercício social atual ou anteriores que não tiveram destinações específicas. Saiba mais Como é sabido, houve alterações relevantes na estrutura do Patrimônio Líquido. A fi m de que você possa se inteirar acerca das mudanças ocorridas com o advento da Lei 11.638/07, notadamente o art. 178, parágrafo 2º “d”, acesse o link: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm>. Nele você encontrará as principais disposições da nova estrutura acerca da elaboração e divulgação das demonstrações fi nanceiras. 12 UNIUBE Após a leitura do conteúdo da Lei acima mencionada, observe a seguir como fi cou o Balanço Patrimonial após aquelas mudanças. O Artigo 178, parágrafo 2º “d” – altera a classifi cação das contas do Patrimônio Líquido da seguinte forma: Quadro 4- Alteração da classifi cação das contas do Patrimônio Líquido Redação anterior Nova redação Passivo Passivo Circulante Circulante Exigível longo prazo Exigível longo prazo Resultado de exercícios futuros Resultado de exercícios futuros Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido Capital Social Capital Social Reservas de capital Reservas de capital Reservas de reavaliação Ajustes Avaliação Patrimonial Reservas de lucros Reservas de lucros Lucros/prejuízos acumulados Ações em tesouraria Prejuízos acumulados Veja a seguir, como fi caria um balanço patrimonial hipotético: Quadro 5 - Balanço Patrimonial hipotético Fonte: Acervo do autor. Balanço levantado em Março de 2005 Ativo Passivo Banco 7.000,00 Fornecedores 2.000,00 Mercadorias 2.500,00 Patrimônio Líquido Capital Social 4.000,00 Lucro do Exercício 3.500,00 SOMA DO ATIVO 9.500,00 SOMA DO PASSIVO 9.500,00 Fonte: Acervo do autor. 13 UNIUBE Importante! Aqui, encerramos a abordagem dos principais grupos, subgrupos e contas do balanço patrimonial de acordo com o proposto pela Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976, com alterações da Lei 11.638/07, assim como da ordem em que o Ativo e o Passivo e Patrimônio Líquido são apresentados. Dando prosseguimento aos nossos estudos, vamos, a partir de agora, conhecer outra demonstração fi nanceira, a Demonstração do Resultado do Exercício. 1.4 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 1.4.1 Das noções gerais A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é também um dos Relatórios Contábeis básicos, que estruturada em obediência à legislação societária, evidencia de forma clara, o resultado das operações de uma determinada empresa (sociedade empresária), ou seja, se determinada empresa apresenta lucros ou prejuízos resultantes das operações principais e acessórias provocadas por movimentações de compra, venda, investimentos, fi nanciamentos, dentre outras operações. Esses resultados das operações, lucro ou prejuízo do exercício podem de acordo com as deliberações dos acionistas ou sócios do negócio serem retirados ou reinvestidos. Então, podemos afi rmar que a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE é, de fato, um instrumento valioso na condução das operações de qualquer empresa. Nesse mesmo sentido, podemos defi nir a Demonstração de Resultado do Exercício - DRE como uma demonstração que evidencia de forma clara e resumida um conjunto de operações de uma determinada entidade e para um determinado período que se destina, a tornar claro, a formação do resultado. A fi m de melhorar o nosso entendimento, devemos entender que essa demonstração aponta, por exemplo, as vendas brutas, as deduções a ela diretamente implicadas, os custos, as despesas e, por fi m, após a confrontação dos mesmos a apuração de um resultado, resultado esse que daremos o nome de lucro do exercício quando as receitas forem superiores aos custos e as despesas. Note que essa demonstração é também utilizada por administradores a fi m de prestar contas perante os acionistas, credores, governos e a comunidade em geral. Ou ainda, revelar, a todas as pessoas interessadas, determinadas informações sobre o Patrimônio e os resultados da empresa, a fi m de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação econômico-fi nanceira. 14 UNIUBE Saiba mais Antes de darmos prosseguimento ao nosso estudo, acesse o link a seguir para fi ns de conhecermos um pouco mais acerca dos principais conceitos atinentes a demonstração: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado. htm>. Neste link você irá entender a estrutura conceitual de cada grupo que compõe a demonstração do resultado do exercício. Após a leitura acima, a qual lhe proporcionou uma melhor compreensão da disposição daquela demonstração, continuemos. Da estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício - DRE Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil que evidencia o fluxo de receitas e de gastos (custos, despesas, perdas e ganhos), que resulta em aumento ou redução do Patrimônio líquido. Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, isto é, se inicia com a Receita Operacional Bruta e dela se deduz os respectivos custos e despesas, a fi m de apurar o lucro líquido para um determinado exercício. Veja, a seguir, como fi caria uma de Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), hipotética: Quadro 6- Demonstração do Resultado do Exercício hipotético Fonte:Acervo ao autor Demonstração do Resultado do Exercício Período de: 01/04/2005 a 30/04/2005 Empresa: XXXXX Comércio Ltda Receita de Vendas 8.500,00 (-) Custo da Mercadoria (6.000,00) (=) Lucro do Exercício 2.500,00 15 UNIUBE Agora, vamos ao estudo das principais contas que compõem a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE. Receita Operacional Bruta: apresenta o valor das vendas à vista e a prazo de mercadorias e/ou produtos, bem como de serviços prestados, e incluem todos os impostos. É popularmente conhecida por Faturamento Bruto. 1.4.2 Deduções sobre a Receita Operacional Bruta Esse grupo de contas aborda as deduções da Receita Bruta, para gerar a Receita Líquida. É composto pelas seguintes contas: Vendas canceladas: representam as mercadorias devolvidas pelos clientes por cancelamento; Devoluções e abatimentos: são devoluções recebidas e/ou descontos condicionais concedidos a clientes, por defeitos apresentados pelos produtos vendidos; Impostos incidentes sobre as vendas e serviços: representam os impostos incidentes sobre as vendas e os serviços prestados, gerados por meio da emissão de notas fiscais e faturas, tais como: IPI, ICMS, ISS, PIS. 1.4.3 Receita Operacional Líquida Corresponde ao valor obtido pela Receita Operacional Bruta deduzida das Vendas Canceladas, Devoluções e Abatimentos e os Impostos. 1.4.4 Custos Operacionais Esse grupo é composto pelas seguintes contas: Custo das Mercadorias Vendidas - CMV: representa o valor de custo correspondente às parcelas vendidas, das mercadorias adquiridas prontas para serem comercializadas. E, ainda, a fi m de melhorar o entendimento, vamos desmembrar a conta CMV: CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final Custo dos Produtos Vendidos - CPV: representa a parcela vendida dos custos incorridos pela empresa em seu processo de fabricação de seus produtos acabados, composto das matérias-primas e insumos (mão de obra, materiais, etc.). CPV = EIPA + CPP – EFPA 16 UNIUBE 1.5 Resultado Operacional Bruto O Resultado Bruto Operacional é a diferença entre a Receita Operacional Líquida e os Custos Operacionais. É conhecido, também, como Lucro Bruto. 1.5.1 Despesas Operacionais:são necessárias para promover, vender e distribuir os produtos, administrar a empresa e financiar operações. Os principais subgrupos são: Despesas administrativas: são gastos incorridos para administrar a empresa. São constituídas de: salário e encargos sociais do pessoal administrativo, honorário do conselho e diretoria, aluguéis de escritórios etc. 1.6 Lucro antes do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social (CS) ou prejuízo do período É a diferença entre o lucro operacional e os resultados não operacionais. Também conhecido como LAIR. Despesas Comerciais: são compostas de gastos com pessoal de vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade etc. Despesas Financeiras: são compostas de contas como: juros pagos ou incorridos, descontos concedidos, comissões bancárias, CPMF etc. Outras Receitas e Despesas Operacionais: são receitas e despesas não classifi cáveis em subgrupos anteriores, como: receitas de aplicações financeiras, vendas de sucatas, entre outras. Lucro (ou prejuízo) Operacional: é o valor obtido após deduzir as despesas operacionais do Resultado Bruto Operacional. Resultados não Operacionais: são despesas e/ou receitas não relacionadas diretamente com o negócio da empresa. São constituídos, basicamente, de ganhos e perdas de capitais provenientes de baixas ou vendas dos elementos do ativo permanente, perdas incondicionais ocorridas, entre outros. em que: EIPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados; CPP = Custo de Produção do Período; EFPA = Estoque Final de Produtos Acabados. Custo dos Serviços Prestados - CSP: representa os custos incorridos para gerar serviços e é composto pelos custos da mão de obra utilizada, dos materiais aplicados e outros gastos. 17 UNIUBE 1.7 Provisão para o IR e a CS O Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados sobre o lucro real, que é calculado com a adição de despesas não dedutíveis e de outros valores possíveis de tributação e dedução (compensação) de prejuízos de exercícios anteriores, por meio do LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real). Mas, atenção, o Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados sobre o lucro real, que é calculado com a adição de despesas não dedutíveis e de outros valores possíveis de tributação, e dedução (compensação) de prejuízos de exercícios anteriores, por meio do LALUR. 1.8 Lucro depois do IR e da CS ou prejuízo do período Corresponde à diferença entre o LAIR e a Provisão do IR e da CS. 1.9 Participações, contribuições e distribuições As participações estatutárias no lucro, de empregados, administradores e partes beneficiárias são calculadas sobre o lucro após o Imposto de Renda e a Contribuição Social. 1.10 Lucro (ou prejuízo) líquido do período É o resultado final do exercício social, que fica à disposição dos acionistas (ou sócios) da empresa, para a constituição de reservas de lucros. Se o resultado final for prejuízo líquido, poderá ser compensado com lucros acumulados de exercícios anteriores ou reservas de lucros. 1.11 Conclusão Neste capítulo, foram-lhe apresentados os procedimentos de apuração de resultados econômicos das organizações com a utilização de técnicas contábeis apropriadas. Você teve a oportunidade de aprofundar seus estudos na composição do Balanço Patrimonial, conhecendo detalhadamente os grupos e contas, podendo assim identifi car os elementos necessários para a apuração do resultado. Apresentou-se a você, de forma minucios, a estrutura da demonstração do resultado - DRE, além de outras demonstrações complementares da compreensão e destinação dos valores apurados no processo, tais como Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 18 UNIUBE As demonstrações tidas como obrigatórias no Brasil são: Balanço Patrimonial - BP, Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. Além de todas estas demonstrações supracitadas devemos ressaltar a importância e necessidade da elaboração das notas explicativas como forma de complemento das demonstrações contábeis. No entanto, este trabalho tem por objetivo enfatizar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, demonstrações estas que facilitarão a identifi cação e o conhecimento contábeis das empresas. O Balanço Patrimonial - BP é a apresentação dos saldos respectivos de todas as contas da contabilidade de uma empresa ou entidade contábil em uma determinada data, dispostos ou arrumados de uma forma relativamente padronizada, com a fi nalidade de permitir, a quem o analisa, uma visualização rápida da posição econômico-fi nanceira dessa companhia naquela data. Assim, temos a conceituação defi nida pelo Conselho Federal de Contabilidade. O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e fi nanceira da Entidade. (PORTAL, 2010) A estrutura do Balanço Patrimonial é formada pelo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. O Balanço Patrimonial consiste na apresentação das contas classifi cadas por grupos, segundo os elementos do Patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação fi nanceira da companhia. No Brasil, a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) padronizou o título de cada grupo do balanço, assim como as alterações posteriores conforme a Lei nº 11.638/07. A Demonstração do Resultado do Exercício - DRE destina-se a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período nas operações de uma empresa, gerando informações signifi cativas para a tomada de decisão é, ainda, a Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. Resumo 19 UNIUBE Caro aluno, tenha em mente que nesse capítulo não esgotamos todo o assunto que poderíamos ainda explorar. Leve em consideração que depende de você o avanço e o aprofundamento dos dois relatórios aqui tratados, quais sejam, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício aqui denominadas pelas siglas BP e DRE, respectivamente. Para isso, você recebeu o livro customizado anexado ao seu material: MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Leia, dele, os seguintes capítulos: Capítulo 3: Balanço Patrimonial – Grupo de Contas – (uma abordagem preliminar) - páginas 7 a 31. Nesse capítulo, o autor aborda as defi nições, conceitos e os respectivos grupos, subgrupos do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, contribuindo sobremaneira para seu aprendizado. Capítulo 06 – Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, páginas 32 a 56, em que o autor aborda a estrutura, os grupos e subgrupos das Receitas, Custos e Despesas, auxiliando-o na compreensão dos temas tratados neste capítulo. Ressaltamos ainda que, de acordo com a Lei 6.404/76 <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm> com alterações de dispositivos com a publicação da Lei 11.638/07 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/ L11638.htm>, os relatórios sofreram signifi cativas alterações. Cabe a você, a partir do término deste capítulo, ler a legislação proposta assim como os textos indicados, inclusive os do comitê de pronunciamentos contábeis – principalmente, o pronunciamento conceitual básico – estrutura conceitual <http:// www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex.php>. Acesse a seguinte página, do site da Secretaria da Receita Federal: <http://www. receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/pr268a285. htm>. Por esta página você terá a oportunidade de aprender mais acerca desse livro fi scal LALUR Livro de Apuração do Lucro Real. Visite também as seguintespáginas: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm>. Neste site você irá compreender a composição da demonstração do resultado do exercício. <http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/ pr268a285.htm>. Neste site você irá aprofundar seus conhecimentos acerca do livro de apuração do lucro real, destinado à apuração do lucro tributário. Leituras 20 UNIUBE As atividades que indicamos visam a assimilação da teoria versus prática aplicada na elaboração do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. Portanto, é interessante que você faça a leitura de todo o material que preparamos para você, antes de iniciar suas atividades. Caso encontre difi culdades na resolução das mesmas, retorne ao material e faça a releitura, tudo isso completará sua formação profi ssional. Você deverá resolver os exercícios a seguir, muito importantes para a fixação dos conhecimentos adquiridos até o presente momento. Boa prática! Atividade 1 Com base na tabela a seguir, marque “X” na respectiva coluna o que você entende por Ativo (A), Passivo (P) ou Patrimônio Líquido (PL): A P PL N.A Valor Duas máquinas usadas nas operações da empresa 120.000,00 Equipamento totalmente destruído 49.000,00 Matéria prima sob guarda provisória 23.000,00 A marca da empresa 100.000,00 Veículos arrendados através de leasing 50.000,00 Salários devidos aos empregados 12.600,00 Capital Social 60.000,00 Atividade 2 Considere três empresas, admitindo que possuem em ativo “fogões”: a. Cia. “A” é fabricante de fogões industriais; b. Cia. “B” é revendedora de fogões industriais; c. Cia.“C” é uma fábrica de alimentos e tem uma cozinha industrial. Assinale a alternativa que apresenta sequencialmente a alternativa correta: a) Circulante, Circulante e Circulante. b) Circulante, Circulante e Realizável a Longo Prazo . c) Circulante, Circulante e Imobilizado. d) Circulante, Realizável a Longo Prazo e Imobilizado. e) Circulante, Circulante e Investimentos. Atividades 21 UNIUBE Atividade 3 Assinale a alternativa correta quanto à classifi cação de Capital de Terceiros: a) Patrimônio Líquido. b) Fornecedores a Pagar. c) Capital Próprio. d) Duplicatas a Receber. e) Reservas de Capital. Referências Atividade 4 Para a correta classifi cação do Patrimônio Líquido, que é classifi cado por ordem de exigibilidade, assinale a alternativa que identifi ca essa disposição. a) Capital Social, Lucros Acumulados e Reservas de Contingência. b) Capital Social, Reservas de Reavaliação, Reservas de Lucros. c) Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros. d) Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajustes Avaliação Patrimonial. e) Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajustes de Avaliação Patrimonial. Atividade 5 Um empréstimo obtido com carência de 2 anos, ou seja, com início de pagamento somente depois de 2 anos, é classificado em uma conta como: a) Realizável a Longo Prazo. b) Exigível a Longo Prazo. c) Patrimônio Líquido. d) Permanente. e) Ajustes de Avaliação Patrimonial. Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas 20 09. PORTAL da Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade. com.br/guia/balancopatrimonial.htm>. Acesso em: 08-04-2010. Explorando a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL Seja bem-vindo ao estudo da Contabilidade intermediária. Neste estágio dos nossos estudos, você já é capaz de compreender a posição patrimonial e financeira de uma empresa, uma vez que já estudamos o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Lembrando-o mais uma vez que a Lei das Sociedades Anônimas (LSA) trata da estrutura e da função daquelas demonstrações. Ou seja, a primeira que agrega um conjunto de bens, direitos e obrigações, assim como a participação dos acionistas/sócios da empresa e a segunda que apura o resultado de um determinado exercício. Naquela oportunidade, foi apresentado o balanço patrimonial, com seguinte estrutura hipotética: 2 Marco Antonio de O. Caetano Introdução E, em seguida a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, também, hipotética: Quadro 1- Balanço levantado em março de 2005. Fonte: Acervo do autor. Balanço levantado em Março de 2005 Ativo Passivo Banco 7.000,00 Fornecedores 2.000,00 Mercadorias 2.500,00 Patrimônio Líquido Capital Social 4.000,00 Lucro do Exercício 3.500,00 SOMA DO ATIVO 9.500,00 SOMA DO PASSIVO 9.500,00 24 UNIUBE Objetivos Após os estudos realizados a partir desse capítulo, você estará apto a: identifi car e defi nir os componentes da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; avaliar a importância dos relatórios DLPA e DMPL; identifi car a importância dos relatórios contábeis diante da legislação societária. • • • Agora, nesse capítulo, daremos prosseguimento aos nossos estudos, conhecendo mais dois demonstrativos contábeis, quais sejam: Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. Bons Estudos! • • Quadro 2- Demonstração do Resultado do Exercício - DRE Fonte: Acervo ao autor. Demonstração do Resultado do Exercício Período de: 01/04/2005 a 30/04/2005 Empresa: XXXXX Comércio Ltda Receita de Vendas 8.500,00 (-) Custo da Mercadoria (6.000,00) (=) Lucro do Exercício 2.500,00 25 UNIUBE Esquema Leituras Obrigatórias, Complementares e atividades propostas Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA – Modelo Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL - Conceito 2.1 Aspectos gerais Para então darmos início ao estudo da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, é necessário que você tenha bem claros os conceitos acerca destes dois relatórios contábeis, tarefa a que este roteiro e esta unidade se propõem. 2.2 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados Observe que o objetivo da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados é o de relatar as modificações ocorridas na conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” em determinado exercício social, ou seja, a composição do saldo no início do período, integralização de capital social, contribuições para a reserva de capital, reserva legal, lucro líquido do período, dividendos propostos, dentre outros. E a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados tem a função de relatar as modificações ocorridas no Patrimônio líquido para aquele mesmo período de apuração, ou seja, transferências de parte dos lucros para reserva legal, reserva estatutária, reserva orçamentária, dividendos propostos, aumento de capital social, assim como reserva de reavaliação dentre outras operações. 26 UNIUBE Parada para refl exão Antes de prosseguir com os estudos, visite o endereço eletrônico abaixo e leia um pouco mais sobre o Patrimônio Líquido e seus elementos, para que possamos juntos apreender o conteúdo que iremos, daqui para frente, tratar com maiores detalhes. Na seguinte página, você irá compreender a composição das principais contas do Patrimônio Líquido: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_l%C3%ADquido>. Após a leitura do link acima, você se deparou com a seguinte estrutura do Patrimônio Líquido: Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Prejuízos Acumulados • • • • • Capital Social Representa o investimento efetuadona companhia pelos seus proprietários e acionistas, que adquiriram os títulos denominados de ações. Pelas leis brasileiras, o valor do capital social é imutável e só sofrerá alterações quando houver a aprovação de aumentos ou diminuições do mesmo. É importante relembrar de que a LSA faculta à empresa, elaborar uma das duas demonstrações; contudo, com a alteração advinda da Lei 11.638/07, a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados passou a ter uma característica especial: ela só poderá ter saldo zero ou negativo. No segundo caso, representará prejuízo. Sendo seu saldo igual a zero, ela não fi gurará no Balanço Patrimonial, pois o seu saldo terá sido obrigatoriamente distribuído. Caso contrário, este fi gurará no Balanço Patrimonial como Prejuízo Acumulado, em função de o Patrimônio Líquido incluir também os lucros ou prejuízos acumulados. Diante dessas razões, acreditamos que as empresas estarão optando pela DMPL - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, que conforme já salientamos, trata-se de uma demonstração que evidencia a movimentação de diversas contas do Patrimônio Líquido, sendo assim mais completa. 27 UNIUBE Importante Após a leitura dos links acima sugeridos, é oportuno frisar que devido a uma exigência da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, as empresas de capital aberto, ou seja, as companhias que negociam suas ações no mercado (Bolsa de Valores), são obrigadas a elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. Vamos, a partir de agora, aprofundar nossos conhecimentos, pois já temos condições sufi cientes para prosseguir. Inicialmente, vamos dividir o Patrimônio Líquido em: Capital Social; Reservas de Capital; Reservas de Reavaliação; Reservas de Lucros; Lucros ou Prejuízos Acumulados. 2.2.1 Conceitos e Objetivos A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) tem por objetivo evidenciar os elementos que provocam mutações, para mais ou para menos, no saldo da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Alguns exemplos que afetam o lucro ou o prejuízo acumulado: a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício; b) redução por dividendos; • • • • • Para saber mais acerca das principais alterações acesse o link < http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm>. Nesse link, você irá se inteirar do conteúdo da lei, em que já constam todas a mudanças pertinentes à demonstração do lucro ou prejuízo acumulado e à demonstração das mutações do patrimônio líquido. Acesse também o link <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/Lei/L11638.htm> para se inteirar das principais mudanças na legislação societária, acerca da elaboração e divulgação das demonstrações fi nanceiras. Saiba mais 28 UNIUBE c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor); d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos. Itens que não afetam o lucro ou o prejuízo acumulado: a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas; b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras; c) reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. De uma forma direta, podemos assim, afi rmar que a montagem da Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado se dá por meio da transcrição do saldo do início do exercício (constante do balanço patrimonial/Lucros ou Prejuízos Acumulados do exercício anterior) e que, por meio de ajustes, acréscimos e subtrações, movimentações ou mutações, perfazem um saldo fi nal para o exercício atual sob elaboração. A DLPA tem também como fi m a incumbência de demonstrar de que forma foram distribuídos o resultado do exercício mais o saldo acumulado de exercícios anteriores e, em decorrência, qual a parcela que restou para ser distribuída, que tem de ser destinada, em último caso, conforme preceitua a Lei 11.638/07. Agora, acesse o link abaixo para saber mais a respeito da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, atentando-se para as mutações que a afetam ou não. <http://www.potaldecontabilidade.com.br/guia/demonstlucrosprejacumulados. htm>. Você irá identifi car os principais procedimentos com fi m de elaborar a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados. Saiba mais 29 UNIUBE Importante Cabe lembrar que, a Lei nº 6.404/76, no parágrafo 2º, do art.186, estabeleceu que a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados poderá ser incluída na demonstração das mutações do Patrimônio Líquido se elaborada e divulgada pela empresa. Entretanto para que você possa assimilar um pouco mais do fundamento legal exposto acima, observe a estrutura da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados abaixo: Saldo no início do período X (+-) ajustes de exercícios anteriores (AEA) X (=) Saldo contábil ajustado X (+-) Lucro ou prejuízo líquido do exercício X (+) Reversões de reservas X (-) Destinações: X Transferência para aumento de Capital X Dividendos propostos X Transferência para Reservas X (=) Saldo no fi nal do período X Fonte: Acervo do autor Agora, preste muita atenção, pois vamos detalhar cada item componente da demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. Vamos conhecer os principais grupos e suas respectivas fontes de informação da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA que ora acabamos de apresentar. Saldo no Início do Período O saldo no início do período corresponde ao saldo da conta Lucros Acumulados ou Prejuízos, evidenciados no balanço anterior. Ajustes de Exercícios Anteriores Aqui são consideradas aquelas modificações decorrentes de mudança de critério contábil ou de retificação de erro imputável a exercícios anteriores. Alguns exemplos mais comuns: a) mudança de critérios de avaliação de estoques, investimentos etc.; Quadro 3- Estrutura da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados DLPA 30 UNIUBE b) adoção de outros métodos de depreciação; c) depreciações, amortizações e exaustões contabilizadas a maior ou a menor em anos anteriores. Saldo inicial ajustado É o saldo inicial corrigido, ajustado por adições e/ou exclusões, conforme modelo apresentado acima. Resultado do Exercício Corresponde ao lucro ou prejuízo líquido apurado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Reversões de Reservas Este grupo é de primordial e fundamental importância, tendo em vista que algumas Reservas de Lucros não são cumulativas, ou seja, devem compulsoriamente ser revertidas ou estornadas quando não utilizadas para o fi m a que foram destinadas. Exemplos: Reserva para Contingências Reserva Orçamentária Reserva Estatutária • • • Importante Aquelas reservas que são constituídas em exercícios anteriores que se destinam a um fi nalidade especifi ca, quando não realizadas devem ser revertidas e se for o caso constituídas novamente. Um reserva que sofre essa constituição e reversão de exercício para exercício é lançada na Reserva para Contingências. Acesse o link <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstmutapl. htm>. Você irá conhecer de forma geral quais reservas são comumente utilizadas para elaboração da demonstração das mutações do patrimônio liquido. E, ainda no link <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol. htm> a fundamentação legal das respectivas reservas. Saiba mais 31 UNIUBE Destinações das propostas Baseadas em lei, as demonstrações contábeis devem evidenciar a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, de acordo com a aprovação da Assembleia Geral. Essa destinação pode ser subdividida em: a) formação ou complementação da Reserva de Lucros, dentre elas a reserva legal, reserva para contingências, reservas estatutárias, reservas para lucros a realizar, entre outras; b) propostas de dividendo mínimo obrigatório; c) divulgação dos dividendos por ação de capital. Chegamos ao fi m de nossoestudo da Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA. Caso queira aprimorar ainda mais seus conhecimentos acerca da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA, leia um pouco mais sobre o assunto no sítio: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstlucrosprejacumulados. htm>. Antes de prosseguirmos, dê uma pausa em seus estudos e em seguida retorne à leitura do que até aqui foi abordado. Em seguida estudaremos a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Sugiro a você que leia previamente o texto inserido no link abaixo: Acesse o link <http://www.bmfbovespa.com.br/home.aspx?idioma=pt-br> e pesquise uma demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados de uma empresa listada na Bolsa, e comente com seus colegas as suas primeiras impressões quanto aos dados ali divulgados. Saiba mais 32 UNIUBE 2.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL Ao contrário da DLPA (Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados), estudada anteriormente, e que fornece a movimentação, basicamente, de uma única e exclusiva conta do grupo Patrimônio Líquido (Lucros Acumulados), a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) evidencia a movimentação das diversas contas componentes e integrantes do Patrimônio Líquido (PL), ocorridas durante um determinado exercício. Sendo assim, poderíamos dizer, e evidenciar, que esta demonstração surge a partir do momento em que há mutações patrimoniais para mais ou para menos em suas contas integrantes. A seguir você terá um modelo proposto com setas indicativas para que possa acompanhar a princípio, o que de fato são as informações mais importantes e pertinentes à elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. Para começarmos, note que a Demonstração das Mutações apresenta um conjunto de linhas e colunas, elaboradas para a inserção de informações, quais sejam: 1. destina-se colunas específi cas para cada uma das contas que compõem patrimônio liquido; 2. utiliza se de linhas horizontais indicativas das movimentações ocorridas no período; 3. insere-se valores monetários de acordo com as movimentações. A fi m de que você acompanhe o que foi proposto acima, observe o quadro a seguir: Visite o seguinte documento na web: <http://www.zccontabilidade. com.br/arquivos/4a6613040000b.pdf>. Você encontrará defi nições, tratamento dado pela Lei das SA, as mutações nas contas patrimoniais, as técnicas de preparação e elaboração deste relatório. Saiba mais 33 UNIUBE Q u ad ro 4 - D e m o n st ra çã o d a s M u ta çõ e s d o P a tr im ô n io L íq u id o F o n te : A ce rv o d o a u to r H is tó ri co C a p ita l R e a liz a d o R E S E R V A S D E C A P IT A L R E S E R V A S D E L U C R O S L u cr o s A cu m u la d o s To ta l Á g io n a E m is sã o d e A çõ e s S u b -v e n çõ e s p a ra I n ve st i- m e n to s R e se rv a s P a ra C o n tin g ê n ci a R e se rv a E st a tu tá ri a R e se rv a L e g a l S a ld o e m 3 1 .1 2 .x 1 A ju st e s d e E xe rc íc io s A n te ri o re s: e fe ito s d e m u d a n ça d e c ri té ri o s co n tá b e is re tifi c a çã o d e e rr o s d e e xe rc íc io s a n te ri o re s A u m e n to d e C a p ita l: co m lu cr o s e r e se rv a s p o r su b sc ri çã o r e a liz a d a R e ve rs õ e s d e r e se rv a s: d e c o n tig ê n ci a s d e lu cr o s a r e a liz a r L u cr o L íq u id o d o E xe rc íc io : P ro p o st a d a A d m in is tr a çã o d e D e st i- n a çã o d o L u cr o : T ra n sf e rê n ci a s p a ra r e se rv a s R e se rv a le g a l R e se rv a e st a tu tá ri a R e se rv a d e lu cr o s p a ra e xp a n sã o R e se rv a d e lu cr o s a r e a liz a r D iv id e n d o s a d is tr ib u ir ($ _ p o r a çã o ) S a ld o e m 3 1 .1 2 .X 2 34 UNIUBE Observe como as informações precisam ser geradas e como são construídas, conforme setas indicativas: a. saldo inicial extraído do balanço patrimonial anterior (grupo patrimônio líquido); b. aumento de capital com a utilização de metade da conta reserva legal; c. aumento de capital com a utilização de metade dos lucros acumulados em x1 d. lucro líquido do exercício (x2) e. constituição da reserva legal. Outro exemplo, um pouco mais simplifi cado: Quadro 5 - DMPL consolidados em 31-12-2000 Fonte: Acervo do autor. Mais um exemplo, com dados fi nanceiros hipotéticos: Quadro 6- DMPL – exercício fi ndo em 31-12-2000 Fonte: Acervo do autor DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DOS PATRIMÔNIOS LÍQUIDOS CONSOLIDADOS EM 31/12/2000 Discriminação $ Saldo no início do exercício............................................ XXXXX (+) Lucro líquido consolidado......................................... XXXXX (-) Dividendos distribuídos.............................................. (XXXXX) (=) Saldo no fi nal do exercícios..................................... XXXXX 35 UNIUBE A referida demonstração das mutações do patrimônio líquido apresentada acima indica: a. saldos anteriores das contas Capital, Reserva de Capital, Reserva Legal e Lucros Acumulados; b. valores nominais dos saldos das contas mencionadas em “a”; c. integralização do Capital ainda durante o exercício anterior em dinheiro no valor de 250.000,00; d. integralização do Capital durante o exercício com utilização de parte dos saldos das reservas de capital no valor de $109.116,00 e parte dos lucros acumulados no valor de $186.284,00, totalizando portanto em $295.400,00; e. recompra de ações da companhia, surgindo aqui apenas uma dedução da conta de Patrimônio Líquido (ações em tesouraria) no valor de $30.000,00. Importante Por meio destes exemplos, você percebeu que mutações ocorrem no Patrimônio Líquido provocando oscilações ou movimentações para mais ou para menos, assim como ocorrem hipóteses sem efeitos diretos no Patrimônio Líquido - PL. Para que você possa compreender, anote alguns dos exemplos mais comuns e de fácil assimilação que, em muito, o auxiliarão na resolução de determinadas questões propostas no fi nal do capítulo. Mutações que: 1) aumentam o Patrimônio Líquido - PL: a) aumento de capital em dinheiro: D - Caixa/bancos C - Capital Social b) aumento de capital com imobilizados, investimentos: D - Máquinas/participações em outras empresas C - Capital Social c) lucro líquido do exercício: D - Lucro Acumulados C - Capital Social/Reservas de Lucros/Reserva Legal 2) diminuem o Patrimônio Líquido - PL: a) prejuízo do exercício: D - Prejuízos Acumulados C - Resultado do Exercício 36 UNIUBE b) redução do capital social: D - Capital Social C - Caixa/Bancos c) dividendos: D - Lucros Acumulados C - Dividendos a Pagar d) distribuição de lucros: D - Lucros Acumulados C - Caixa/Bancos 3) Não geram efeitos sobre o Patrimônio Líquido: a. constituição de reserva legal: D - Lucros Acumulados C - Reserva Legal b. constituição de reserva de capital: D - Lucros Acumulados C - Reserva de Capital c. constituição de reserva de contingência: D - Lucros Acumulados C - Reserva de Contingência d. constituição de reserva estatutária: D - Lucros Acumulados C - Reserva Estatutária e. aumento de capital com utilização de saldos da conta Reserva Legal: D - Reserva Legal C - Capital Social f. compensação de prejuízos com reserva legal: D - Reserva Legal C - Prejuízos Acumulados Importante De acordo com a Lei 11.638/07, a conta Lucros Acumulados não mais será apresentada com saldo positivo. Entenda que as movimentações continuarão a ocorrer, entretanto, os saldos positivos deverão obrigatoriamente ser distribuídos ou destinadas para futura realização ou não. 37 UNIUBE Observe: Uma determinada empresa apresentou um lucro líquido do exercício para um determinado período. A fi mde atender à legislação, ela propõe a destinação do lucro liquido do exercício da seguinte forma: a. aumento de capital social b. proposta de aumento futuro de capital social c. reserva legal, para fi ns de salvaguarda dos acionistas minoritários, conforme determinação legal. Abaixo, os lançamentos contábeis propostos, a fi m de que você perceba as movimentações: Lançamentos contábeis propostos: D - Lucros Acumulados C - Reserva Legal C - Capital Social C - Reserva para Futuro Aumento de Capital <http://contabilidade.wikidot.com/demonstracoes:demonstracao-das- mutacoes-do-patrimonio-liquid>. Nesse site, você irá conhecer ainda mais acerca das principais características da demonstração das mutações do patrimônio líquido, tanto para elaboração quanto para análise de um modelo proposto. Saiba mais 2.4 Conclusão Encerramos aqui o estudo da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados e a demonstração das mutações do patrimônio líquido. Você entrou em contato com os modelos e as informações atinentes ao patrimônio, especialmente quanto aos resultados acumulados durante os exercícios, assim como a movimentação no patrimônio líquido como um todo. Tenho certeza de que você percebeu, durante os seus estudos, que os relatórios aqui tratados são de fundamental importância no contexto de tomada de decisões junto aos seus usuários da informação. Entenda que não esgotamos por completo o assunto e que depende de você dar continuidade a seus estudos. 38 UNIUBE Nesta unidade de estudo pudemos conhecer duas Demonstrações Contábeis utilizadas pelos profi ssionais da contabilidade e que evidenciam informações oferecidas aos usuários da informação para fi ns tanto de controle quanto para fi ns de tomada de decisão, sejam gestores, administradores contratados ou proprietários, enfi m, uma gama enorme de usuários. Vimos que a Demonstração de Lucros ou Prejuízo Acumulado - DPLA é útil para visualização do fl uxo de distribuição dos resultados obtidos nas empresas e, vimos também, que a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL é uma ferramenta que permite um olhar mais claro e amplo do Patrimônio Líquido e de suas alterações, sejam elas legais ou institucionais. Para melhor entendimento sobre essas duas demonstrações, não deixe de realizar a literatura sugerida. O nosso próximo encontro será no capítulo III, no qual trataremos da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR. Caro aluno, leve em consideração que depende de você o avanço e o aprofundamento dos dois relatórios aqui tratados, quais sejam, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, aqui denominados pelas siglas DLPA e DMPL, respectivamente. É oportuno ressaltar que, de acordo com a Lei 6.404/76 e a Lei 11.638/07, os relatórios sofreram signifi cativas alterações. Cabe a você, a partir do término deste capítulo, ler a legislação acima proposta assim como os pronunciamentos contábeis propostos, notadamente o pronunciamento conceitual básico – estrutura conceitual, no site: <http://www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex.php>. É necessário contextualizar as questões teóricas aliadas à prática. Para isso, você recebeu, junto a esse material, o livro customizado MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Dele, leia o Capítulo Até o próximo capítulo quando então estaremos tratando da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR. Boa leitura! Resumo Leituras 39 UNIUBE 17, intitulado Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, páginas 57 a 80, em que o autor aborda em todos os seus aspectos a elaboração e/ou construção dessas demonstrações com exemplos comentados e resolvidos. Boa Leitura! Atividades Caro aluno, é importante que você resolva todos os exercícios a seguir. Se em algum momento você tiver dúvidas quanto à resolução, volte ao texto deste capítulo e reveja o conteúdo e só depois retorne para as atividades. Bons estudos! Atividade 1 Escolha, a seguir, dentre as alternativas, aquela que completa a afirmação : “A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados de acordo com o teor da Lei 11.638/07, é ...”: a. ( ) obrigatória, podendo ser incluída na DMPL. b. ( ) facultativa. c. ( ) optativa. d. ( ) dispensável. e. ( ) necessária. Atividade 2 Escolha, a seguir , a resposta que completa a afirmativa: “A DLPA representa a interligação entre ...”: a. ( ) DLPA e DMPL. b. ( ) BP e DLPA. c. ( ) DRE e BP. d. ( ) DMPL e DRE. e. ( ) DOAR e BP. 40 UNIUBE Atividade 3 O ajuste de exercícios anteriores, evidenciado na DLPA - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ocorre em virtude de certos princípios básicos. Escolha, a seguir, a alternativa que contempla esses princípios. a. ( ) competência e materialidade. b. ( ) competência e conservadorismo. c. ( ) competência e consistência. d. ( ) competência e objetividade. e. ( ) competência e entidade. Atividade 4 Escolha, a seguir, a resposta que completa a afirmativa: “A demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ...”: a. ( ) é idêntica à DLPA. b. ( ) é menos abrangente que a DLPA. c. ( ) contém a DLPA. d. ( ) é menos indicativa que a DLPA e. ( ) contém a DRE Atividade 5 Sabe-se que a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA evidencia a movimentação ocorrida para uma determinada entidade e período das movimentações ocorridas na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Portanto, com base nos dados a seguir, elabore a DLPA da empresa ABF S.A. Dados: Saldo no início do período 2.500,00 Reserva de Lucros 300,00 Reserva de Contingência 100,00 Lucro Líquido do Exercício 1.660,00 Reversão de Reserva de Lucros 230,00 Dividendos a distribuir 1.200,00 Reserva Orçamentária 600,00 Reserva para Expansão 2.190,00 Fonte: Acervo do autor 41 UNIUBE Atividade 6 Com base nos saldos iniciais das contas de Patrimônio Líquido em 30.11.x1, elabore a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, de acordo com os dados adicionais 1, e, em seguida, elabore a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, em dez./x1, utilizando-se dos dados adicionais 1 e 2. Patrimônio Líquido em 30.11.x1 Capital 10.000,00 Reservas de Capital 3.800,00 Reserva de Reavaliação 0,00 Reserva de Lucros 0,00 Reserva Legal 300,00 Reserva para contingência 500,00 Reserva Orçamentária 400,00 Reserva de Lucros a Realizar 600,00 Reserva Estatutária 1.000,00 Lucros Acumulados 800,00 Fonte: Acervo do autor Dados adicionais: 1. Operações em dezembro/x1: a) venda à vista de mercadorias no valor de $ 11.500,00; b) o custo da mercadoria vendida é de $ 1.500,00; c) salários foram provisionados no valor de $ 2.000,00; d) provisão para imposto de renda no valor de $ 1.800,00; e) provisão para contribuição social sobre o lucro líquido no valor de $ 1.200,00; f) pró-labore no valor de $ 1.500,00; g) despesas financeiras no valor de $ 500,00. 2. Operações Patrimônio Líquido: a) aumento de capital com metade das reservas de capital; b) aumento de capital com metade das reservas legal e estatutária; c) aumento de capital em dinheiro no valor de $ 1.000; d) proposta para distribuição de lucros: reserva legal 5% do lucro líquido do exercício; reserva estatutária 10% do lucro líquido do exercício. • • 42 UNIUBE Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade das sociedades por ações. FIPECAFI. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de contabilidade das sociedades por ações: (aplicável às demais sociedades).
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