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Contabilidade intermediária
Edição Uniube
Uberaba
2010
Marco Antonio de Oliveira Caetano
UNIVERSIDADE DE UBERABA
© 2010 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Universidade de Uberaba.
Universidade de Uberaba
Reitor:
Marcelo Palmério
Pró-Reitora de Ensino Superior:
Inara Barbosa Pena Elias
Pró-Reitor de Educação a Distância:
Fernando César Marra e Silva
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Produção de Material Didático:
• Comissão Central de Produção
• Subcomissão de Produção
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 Caetano, Marco Antônio de Oliveira 
C116c Contabilidade intermediária / Marco Antonio 
de Oliveira Caetano. – Uberaba : Universidade de 
Uberaba, 2010.
 107 p. : il. 
 
 ISBN 978-85-7777-362-6
 
 1. Contabilidade. 2. Balanço (Contabilidade). 3. 
Fluxo de caixa. I. Título. 
 
 
 CDD: 657 
Sobre o autor
Marco Antonio de Oliveira Caetano
Especialista em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Federal de 
Uberlândia. Especialista em Relações Interpessoais pela Dale Carnegie. Bacharel 
em Ciências Contábeis pela FCETM. Professor titular, parecerista e roteirista de 
componentes curriculares para EAD da Universidade de Uberaba. Tem experiência 
na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis.
Apresentação
Caro(a) aluno(a)
Neste livro, Contabilidade intermediária, além de aprender como se processam os 
registros das operações que alteram o patrimônio das entidades como um todo, 
você também será preparado para elaborar os demonstrativos contábeis das 
entidades. São elas: o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do 
Exercício, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, a Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido, Balanço Social, DVA - Demonstração 
do Valor Adicionado e DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa, assim como a 
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos DOAR em seus aspectos 
básicos, tendo em vista a sua não obrigatoriedade de acordo com a legislação 
mais recente.
Nos capítulos que compõem esse livro, mediante o estudo do conteúdo relativo à 
disciplina Contabilidade Intermediária, você aprenderá algumas técnicas que lhe 
permitirão compreender a elaboração daqueles demonstrativos contábeis, a fi m 
de auxiliar-lhe na tomada de decisões, em geral.
No primeiro capítulo, você irá estudar e ampliará seus conhecimentos acerca 
dos principais grupos de contas que compõem os dois dos principais relatórios 
contábeis, assim como as principais operações, o Balanço Patrimonial - BP e a 
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, sempre em consonância com 
a legislação societária e, sobretudo, enquanto instrumentos catalisadores de 
informações econômico-fi nanceiras.
No capítulo seguinte, você estudará a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados - DLPA e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - 
DMPL. Para estas duas demonstrações, você aprenderá a identifi car os principais 
componentes, sua estrutura e sua importância no contexto das decisões gerenciais. 
No terceiro capítulo, estudaremos a demonstração das origens e aplicações de recursos, 
sua estrutura e suas respectivas variações ocorridas no ativo circulante confrontado com 
o passivo circulante, identifi cando e determinando os recursos que alteram o capital 
circulante líquido, e, ainda, a importância desse relatório no contexto de tomada 
de decisões.
No quarto capítulo, aprenderemos a identifi car informações em outros relatórios 
contábeis notadamente no balanço patrimonial e a demonstração do resultado 
do exercício. E, a partir daí, conhecer os métodos direto e indireto, principalmente 
a sua estrutura e a sua elaboração, assim como a sua relação com outros 
demonstrativos fi nanceiros.
Finalmente, no quinto capítulo, trataremos do balanço social sob o aspecto 
apenas introdutório e aprofundaremos na demonstração do valor adicionado, 
principalmente, quanto aos indicadores ambientais, humanos e econômico-
fi nanceiros, assim como a responsabilidade social.
Ressaltamos que, além de realizar todas as atividades de aprendizado (leituras, 
pesquisas, reestudos etc.) descritas neste material, você deverá organizar 
da melhor maneira possível o seu tempo de estudo e aproveitar os encontros 
presenciais para obter os conhecimentos abordados ao longo deste livro.
Mais uma vez, nos colocamos à sua disposição para eventuais esclarecimentos 
e orientações que se fi zerem necessários nessa etapa da sua formação 
acadêmica.
Bom estudo e sucesso ao longo do curso.
Sumário
Capítulo 1 Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício .. 1
1.1 Uma visão panorâmica dos relatórios contábeis conforme legislação em vigor ..................3
1.2 Balanço Patrimonial..............................................................................................................5
1.2.1 Ativo Circulante ............................................................................................................8
1.2.2 Ativo Não Circulante .....................................................................................................8
1.3 Grupos, subgrupos e contas do Passivo e Patrimônio Líquido ............................................10
1.3.1 Passivo .........................................................................................................................10
1.4 Demonstração do Resultado do Exercício ...........................................................................13
1.4.1 Das noções gerais .......................................................................................................13
1.4.2 Deduções sobre a Receita Operacional Bruta .............................................................15
1.4.3 Receita Operacional Líquida ........................................................................................15
1.4.4 Custos Operacionais ...................................................................................................15
1.5 Resultado Operacional Bruto ..............................................................................................16
1.5.1 Despesas Operacionais ...............................................................................................16
1.6 Lucro antes do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social (CS) ou Prejuízo do 
 período ................................................................................................................................16
1.7 Provisão para o IR e a CS ....................................................................................................17
1.8 Lucro depois do IR e da CS ou prejuízo do período ............................................................17
1.9 Participações, contribuições e distribuições .........................................................................17
1.10 Lucro (ou prejuízo) líquido do período................................................................................17
1.11 Conclusão ...........................................................................................................................17
Capítulo 2 Explorando a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados e a 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido- DMPL ............................... 23
2.1 Aspectos gerais ....................................................................................................................25
2.2 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA ..............................................25
2.2.1 Conceitos e Objetivos ..................................................................................................27 
2.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL ............................................32
2.4 Conclusão.............................................................................................................................37
Capítulo 3 Redescobrindo a Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos (DOAR) .................................................................................................. 43
3.1 A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ....................................................44
3.1.1 Conceito e movimentação líquida ................................................................................45
3.1.2 Grupos Circulante e Não Circulante ............................................................................46
3.1.3 Movimentação não válida ............................................................................................47
3.1.4 Movimentação válida ...................................................................................................47
3.2 Ativo Circulante Líquido (CCL) ............................................................................................48
3.3 Das origens de recursos......................................................................................................50
3.4 Aplicações de recursos........................................................................................................52
3.4.1 Resultado ajustado negativo ........................................................................................53
3.4.2 Lucros distribuídos .......................................................................................................53
3.4.3 Aumento do Ativo Não Circulante ................................................................................53
3.4.4 Redução do Passivo Não Circulante ...........................................................................54
3.5 A estrutura das origens e aplicação de recursos .................................................................55
3.6 Conclusão.............................................................................................................................57
Capítulo 4 Demonstração do Fluxo de Caixa: uma abordagem contábil pelo 
Método Indireto - DFC ........................................................................................... 63
4.1 Noções iniciais sobre a Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC ......................................65
4.1.1 Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC ................................................66
4.1.2 Desvendando a elaboração da - DFC ..........................................................................70
4.2 Explorando a técnica de elaboração da - DFC....................................................................72
4.3 Conclusão.............................................................................................................................77
Capítulo 5 Introdução ao Balanço Social e à Demonstração do Valor Adicionado 
- DVA ..................................................................................................................... 
............................................................................................................................... 83
5.1 Como se elabora a Demonstração do Valor Adicionado - DVA ...........................................85
5.1.1 Primeiro passo .............................................................................................................85
5.2 Introdução ao estudo do Balanço Social e da Demonstração do Valor Adicionado - DVA ..86
5.3 O Balanço Social - BS .........................................................................................................88
5.3.1 Conceito .......................................................................................................................88
5.3.2 A história do Balanço Social .........................................................................................88
5.3.3 A construção do Balanço Social ...................................................................................89
5.4 O Balanço Social e a Contabilidade ....................................................................................92
5.5 O Objetivo............................................................................................................................94
5.6 A construção do Balanço Social ..........................................................................................95
5.6.1 Como se elabora o Balanço Social ..............................................................................95
5.6.2 As fontes de informação ...............................................................................................95
5.7 Análise dos indicadores .......................................................................................................97
5.7.1 Indicadores de caráter econômico ...............................................................................97
5.7.2 Indicadores sociais .......................................................................................................97
5.8 Fases do processo de elaboração do Balanço Social ........................................................97
5.8.1 Primeira fase ................................................................................................................97
5.8.2 Segunda fase ...............................................................................................................98
5.9 Demonstração do Valor Adicionado - DVA ..........................................................................99
5.9.1 Cálculo do Valor Adicionado Bruto - VAB .....................................................................99
5.9.2 Como se elabora a Demonstração do Valor Adicionado ..............................................100
5.10 Conclusão...........................................................................................................................102
Balanço Patrimonial 
e a Demonstração do 
Resultado do Exercício
Seja bem-vindo ao estudo da Contabilidade intermediária.
A Contabilidade, como você já aprendeu, tem como objetivo o estudo e o 
controle do Patrimônio das empresas, a fi m de fornecer informações sobre 
sua composição e suas variações qualitativas e quantitativas. Para isso, 
as demonstrações contábeis são utilizadas e o nível de detalhamento das 
análises a serem feitas sobre as mesmas difere de acordo com a necessidade 
de cada um de seus usuários.
Na Contabilidade Intermediária estudaremos o Patrimônio como um conjunto 
de bens e direitos, pertencentes a uma empresa ou pessoa. Como você 
estudou, o Patrimônio é composto de valores a receber. Esses valores a 
receber são denominados direitos. Além dos direitos, é necessário também 
evidenciar as obrigações (dívidas) geradas na aquisição dos bens e até 
mesmo de direitos. É importante, ainda, o estudo de conceitos dos grupos 
de contas que compõem os relatórios contábeis e a sua importância como 
instrumentos catalisadores de dados econômico-fi nanceiros.
É também evidente que as demonstrações contábeis, denominadas aqui 
de Demonstrações Financeiras por meio da legislação societária (Lei No. 
6.404/76), e alterações posteriores, notadamente a Lei 11.638/07, são 
utilizadas por vários usuários, especialmente os administradores, para 
prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade social da 
empresa, perante acionistas, credores, governose a comunidade em geral. 
As demonstrações contábeis têm, portanto, por objetivo, revelar a todas as 
pessoas interessadas, as informações sobre o Patrimônio e os resultados da 
empresa, a fi m de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação 
econômico-fi nanceira.
Relembrando, então, que na Contabilidade, a palavra Patrimônio tem um 
sentido vasto que por um lado signifi ca um conjunto de bens e direitos e, por 
outro lado, inclui as obrigações a serem pagas e a movimentação 
1
Marco Antonio O. Caetano
Introdução
2 UNIUBE
desses elementos resulta e proporciona as condições para geração de resultados 
econômicos e fi nanceiros nas empresas, mensuráveis e visualizáveis por meio 
das Demonstrações Contábeis. Esses elementos e suas relações serão o nosso 
foco de estudo neste componente chamado de Contabilidade intermediária.
Bons Estudos!
Ao término dos estudos propostos nesse capítulo, você estará apto a:
revisar e aprofundar conceitos sobre os Grupos de Contas que compõem 
os relatórios contábeis como: o Balanço Patrimonial e a Demonstração do 
Resultado do Exercício - DRE;
identificar a importância dos Relatórios Contábeis como instrumentos 
catalisadores dos dados econômicos e financeiros;
contribuir para um raciocínio em torno dos Relatórios Contábeis de forma 
lógico- dedutiva.
•
•
•
Objetivos
Esquema
Relatórios Contábeis
Balanço Patrimonial Demonstração do
Resultado
Grupo de Contas
Textos sugeridos e atividades propostas
Grupo de Contas
3 UNIUBE
1.1 Uma visão panorâmica dos relatórios contábeis conforme 
legislação em vigor
A Lei das Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/76) que dispõe sobre as sociedades 
por ações e a Lei 11.638/07 que altera e revoga dispositivos daquela, estabelecem 
disposições relativas aos seguintes relatórios contábeis:
Balanço Patrimonial - BP
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados -DLPA
Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC
Demonstração do Valor Adicionado -DVA
A seguir, estão os objetivos dos relatórios contábeis que serão objetos de nossos 
estudos nesse capítulo:
Balanço Patrimonial: evidencia, de forma estática, um conjunto de bens e 
direitos, assim como as obrigações, determinando a natureza dos valores 
que compõem o Patrimônio da empresa.
Demonstração do Resultado do Exercício: evidencia, dinamicamente, 
o resultado das operações para um determinado período e os fatores 
determinantes desse resultado.
•
•
•
•
•
•
•
O estudo da estrutura das demonstrações contábeis e sua análise têm se mostrado 
de fundamental importância no mundo corporativo, tendo em vista que é, a cada dia, 
mais relevante e salutar que empresas, antes de participarem de fusões ou serem 
incorporadas, sejam objetos de criteriosas avaliações financeiras ou econômicas. 
Evidentemente, abrangendo esquemas de interpretação não convencionais.
A estrutura das demonstrações contábeis evidencia, particularmente, as situações 
rotineiras das empresas brasileiras, permitindo uma melhor visualização e 
compreensão de sua evolução.
A fi m de melhorarmos a informação a ser estudada neste capítulo, é bom frisarmos 
que a Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76) é um texto legislativo – lei 
aprovada pelo Congresso Nacional, que tem o intuito de auxiliar no processo 
de viabilização e entendimento contábil aplicável uniformemente a inúmeras 
disposições apresentadas por essa Lei.
4 UNIUBE
Saiba mais
Para saber mais, acesse o link:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm>. 
Nesse site, você irá encontrar o teor da Lei 6.404/76 que dispõe, na integra, 
a legislação acerca das sociedades por ações.
Importante!
Atente -se para o artigo 176 da Lei no. 6.404, de 15/12/1976, o qual explicita 
quanto à compulsoriedade da publicação pelas companhias (empresas), 
ao final de cada exercício social com duração de um ano, das seguintes 
demonstrações contábeis:
a) Balanço Patrimonial - BP;
b) Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.
Parada para refl exão
A publicação das demonstrações contábeis, na sua totalidade, só é 
obrigatória (compulsória) nas empresas com a forma jurídica de Sociedade 
Anônima (S.A); para as outras empresas, com outra forma jurídica, como por 
exemplo, a sociedade empresaria individual e Limitada, não são obrigatórias 
estas publicações em jornais de alta circulação (exemplo: Folha de São 
Paulo, Gazeta Mercantil, Jornal Valor Econômico, O Estado de São Paulo, 
dentre outros) embora seja utilizado, por elas, a mesma estrutura do Balanço 
Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), mas 
não as publicam.
Após a leitura do trecho acima, compartilhe como os colegas de sala de aula 
o que você notou e percebeu acerca dos dois relatórios divulgados naqueles 
referidos jornais atentando-se para a estrutura, a disposição das contas, grupos e 
subgrupos de contas.
5 UNIUBE
Saiba mais
Você ainda encontrará outras publicações no link:
<http://www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/
BuscaEmpresaListada.aspx?idioma=pt-br>. 
Nesse link, você irá consultar as principais demonstrações fi nanceiras, fatos 
relevantes comunicados. 
Após conhecer algumas das principais empresas listadas na BMFBOVESPA por 
meio do link acima, vamos ao estudo do Balanço Patrimonial - BP.
1.2 Balanço Patrimonial
Demonstra o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, evidenciando 
a situação patrimonial e estática de uma determinada empresa para dado momento, 
encerrando a sequência dos procedimentos contábeis, ou seja, apresentando, de 
forma ordenada, os três elementos componentes do Patrimônio, qual seja:
Ativo
Passivo e o Patrimônio Líquido 
•
•
Mas, para que você possa compreender um pouco mais, observe a seguir um 
modelo adaptado.
Quadro 1- Balanço Patrimonial
Fonte:Acervo do autor.
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido
Circulante Circulante
Disponível Fornecedores
Caixa Salários a Pagar
Bancos Impostos a Recolher
Aplicações Financeiras Passivo Não Circulante
Realizável Patrimônio Líquido
Clientes Capital Social
Estoques Reservas de Capital
Despesas Antecipadas Reserva de Lucros
Ativo Não Circulante Ajustes de Avaliação Patrimonial
Realizável a Longo Prazo (-)Prejuízo Líquido do Exercício
Permanente
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Total Ativo Total Passivo + P. Líquido
6 UNIUBE
Para que possamos melhorar a estrutura apresentada no quadro anterior e 
levando em consideração as alterações advindas da Lei 11.638/07, principalmente, 
quanto à classifi cação das contas do ativo permanente, veja a seguir as novas 
classifi cações.
Art. 178, parágrafo 1º, c. Altera a classifi cação das contas do ativo permanente.
Resumindo, fi caria assim, de acordo com a Lei 11.638/07:
Quadro 2- Alteração da classifi cação das contas do Ativo Permanente
Fonte: Acervo do autor.
Redação anterior Nova redação
Ativo Ativo
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Não Circulante
Permanente Realizável a Longo Prazo
Investimentos Permanente
Imobilizado Investimentos
Diferido Imobilizado
Intangível
E, de modo especial, o tratamento dispensado ao permanente fi cará assim 
distribuído:
Ativo permanente
Art.179. As contas serão classifi cadas do seguinte modo:
Quadro 3 - Alteração da classifi cação do Ativo Permanente
Fonte: Acervo do autor.
Redação anterior Nova redação
IV – no Ativo Imobilizado: os direitos que 
tenham por objeto bens destinados à 
manutenção das atividades da companhia 
e da empresa, ou exercidos com essa 
fi nalidade, inclusive os de propriedade 
industrial ou comercial.
IV – no Ativo Imobilizado: os direitos 
que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades 
da companhia ou da empresa ou exercidos 
com essa fi nalidade, os decorrentes de 
operações que transfi ram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens. 
7 UNIUBE
É, ainda, importante ressaltar que a Contabilidade tem por objeto o Patrimônio 
de uma determinada entidade, com objetivosclaros de controlá-lo. Veja, agora, 
algumas das defi nições de um importante autor da área:
É tão importante o estudo do ativo que poderíamos dizer que é 
o capítulo fundamental da Contabilidade, porque à sua defi nição 
e avaliação está ligada a multiplicidade de relacionamentos 
contábeis que envolvem despesas e receitas. (IUDÍCIBUS, 
2009:129). 
E prossegue, afi rmando que “é crítico o entendimento da verdadeira natureza do 
ativo, em suas características gerais” (IUDÍCIBUS, 2009:129).
Note, ainda que, ativo pode ser defi nido como resultado de operações passadas 
e do qual se espera benefícios presentes e futuros.
Alguns dos exemplos mais comuns:
Bens: móveis, máquinas e equipamentos, instalações.
Direitos: clientes, duplicatas a receber.
•
•
Parada para refl exão
Para que você aprofunde um pouco mais, acesse o link:
<http://www.cpc.org.br/pdf/pronunciamento_conceitual.pdf>.
Aqui estão estabelecidos os conceitos que fundamentam a característica 
fundamental de ativo que nada mais é do que a capacidade de prestar 
serviços para uma determinada entidade, seja individualmente ou em 
conjunto, capazes de gerar entradas líquidas de caixa.
Antes de prosseguirmos, é importante que você elabore uma lista de seus 
bens, direitos, e, em seguida, compartilhe com seus colegas de sala de aula 
acerca de quais bens e direitos constam de seu Patrimônio pessoal. 
Após a listagem de seus ativos, vamos dar continuidade aos nossos estudos 
dividindo o ativo em subgrupos, quais sejam grupos, subgrupos e contas do 
ativo.
8 UNIUBE
1.2.1 Ativo Circulante
Aqui são classificados todos os bens e direitos que se convertem em dinheiro a 
curto prazo. Entende se por curto prazo os valores realizáveis (conversíveis em 
dinheiro) até o final do exercício seguinte, ou seja, até 12 meses. Entretanto, temos 
que observar o ciclo operacional da empresa, ou melhor dizendo, é o período 
compreendido entre a compra de um determinado produto e o seu recebimento.
Saiba mais
Para que você possa conhecer um pouco mais acerca do que seja ciclo 
operacional, acesse o link:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm>.
As contas desse grupo podem ainda ser distribuídas em três subgrupos distintos, 
a saber:
Disponível: são recursos financeiros que podem ser utilizados, imediatamente, 
sem restrições. O exemplo mais clássico desse grupo é a conta Caixa representada 
pelo numerário (dinheiro) existente na empresa, já a conta bancos representa 
os recursos depositados em instituições financeiras para livre movimentação e, 
por fi m, as aplicações financeiras de liquidez imediata, ou melhor, as aplicações 
financeiras de fácil conversibilidade em dinheiro.
Realizável: são os recursos aplicados em direitos que poderão ser convertidos 
em dinheiro no prazo de um ano, ou seja, até o exercício social seguinte. Alguns 
exemplos: a conta Duplicatas a Receber, os Estoques.
Despesas antecipadas: são os recursos aplicados antecipadamente, que 
geram benefícios ou serviços tanto para os períodos seguintes quanto para o 
subsequente, comumente conhecida como Despesas do Exercício Seguinte. A 
conta Prêmios e Seguros a Apropriar, assim como dos Encargos Financeiros a 
Apropriar são alguns dos exemplos mais comuns desse subgrupo.
1.2.2 Ativo Não Circulante
É sabido que o Ativo Não Circulante é composto por ativos de natureza duradoura 
com fi ns específi cos de atender às operações normais da empresa, bem como os 
direitos exercidos com essa especifi ca fi nalidade.
9 UNIUBE
É importante ainda elencar os seguintes subgrupos:
Ativo Realizável a Longo Prazo.
Investimentos.
Imobilizado.
Intangível.
Então, vamos às explicações das contas que, a partir de então, fará parte da 
composição, de acordo com a lei 11.638/07, das contas que compõem o ativo não 
circulante.
Ativo Permanente
Investimentos: é composto de contas que não se destinam, especificamente, à 
manutenção das atividades operacionais da empresa. Também conhecido como 
Bens de Renda. Por exemplo: participação acionária em Empresas Controladas 
e Coligadas (ações em outras empresas); Obras de Arte; Terrenos e Imóveis para 
utilização com fi ns de se obter ganhos de capital.
•
•
•
•
Imobilizado: é composto de bens e direitos que se destinam à manutenção das 
atividades normais da empresa. Normalmente, são reduzidas pelas respectivas 
contas credoras de Depreciação, Amortização e Exaustão, conforme o caso. 
Algumas contas do Imobilizado são: terrenos, edifícios, instalações, máquinas e 
equipamentos, entre outras.
Intangível: é composto por bens incorpóreos destinados à manutenção das 
atividades da empresa, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Parada para refl exão
Leia o texto disponível no link: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/
guia/planodecontas.htm>. 
Nele você irá ler sobre a disposição sistemática das contas dispostas por grau 
de liquidez decrescente. Após a leitura do conteúdo do link, compartilhe com 
seus colegas de turma nos encontros presenciais as disposições contidas 
no link, tecendo pequenos comentários.
10 UNIUBE
1.3 Grupos, subgrupos e contas do Passivo e Patrimônio 
Líquido
Ao elencar os grupos e os subgrupos e contas do Passivo e do Patrimônio Líquido, 
encontramos:
1.3.1 Passivo: são as obrigações e deveres da empresa que representam para 
um determinado período, tudo que ela deve a terceiros e aos sócios. Sendo assim, 
podemos subdividi-las em:
Passivo Circulante: são as obrigações exigíveis a curto prazo, ou seja, com 
vencimento até o final do exercício seguinte. A título de exemplo, temos os 
fornecedores a pagar, encargos sociais a pagar, impostos a pagar, empréstimos 
a pagar, entre outros.
Passivo Não-Circulante: aqui são classifi cadas todas as obrigações exigíveis 
após o término do exercício social seguinte, ou após o ciclo operacional da 
empresa, se este for superior a um ano. Por exemplo: todas as contas do passivo 
circulante que se enquadrem no longo prazo.
Patrimônio Líquido: representa os recursos próprios da empresa, que pertencem 
a seus acionistas ou sócios. Ele é subdividido em Capital Social, Reservas 
de Capital, Reservas de Lucros, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Ações em 
Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Importante!
Ajustes de Avaliação Patrimonial: são constituídas 
pela contrapartida de aumentos ou diminuições dos 
valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, 
em decorrência da avaliação a valor justo, enquanto 
não computadas no resultado do exercício.
Valor Justo
Que pode ser entendido 
como o valor pelo qual 
um ativo pode ser 
avaliado ou negociado 
a valores de mercado 
ou não, ou um passivo 
liquidado, entre 
partes interessadas, 
conhecedoras do negócio 
e independentes entre 
si, com a ausência de 
fatores que pressionem a 
liquidação da transação 
ou que caracterizem uma 
transação compulsória.
11 UNIUBE
Vamos prosseguir com nosso estudo, pois ainda nos resta conhecer as subdivisões 
do Patrimônio Líquido, quais sejam:
Capital Social: representa os valores efetivamente integralizados pelos acionistas 
(ou sócios). É demonstrado com o valor do capital subscrito, deduzido pela conta 
devedora que representa o capital a integralizar.
Reservas de Capital: são valores recebidos pelas empresas e que não são exigíveis 
e nem são receitas. Por exemplo: Correção Monetária do Capital realizado; dentre 
outras.
Reservas de Reavaliação: representam valores gerados pelos aumentos de valor 
dos ativos reavaliados com base em laudos técnicos emitidos por peritos ou 
empresas especializadas em reavaliação de ativos.
Reservas de Lucros: são constituídas com lucros retidos, aqueles apurados 
conforme demonstração do resultado do exercício e para as quais têm as seguintes 
finalidades: 
A Reserva Legal: é constituída aplicando-se o percentual de 5% (cinco por cento) 
do lucro líquido do exercício, limitada a 20% do Capital Social. Podendo, também, 
ser utilizada para compensação de prejuízos e aumento de capital social.As Reservas Estatutárias: são constituídas de acordo com o que determina 
o estatuto da empresa, por exemplo: expansão da fábrica, renovação de 
equipamentos.
As Reservas para Contingências: têm a fi nalidade de compensar prováveis perdas 
ou prejuízos no futuro, por exemplo: greves, enchentes, incêndios.
Lucros ou Prejuízos Acumulados: são lucros ou prejuízos líquidos, remanescentes 
do exercício social atual ou anteriores que não tiveram destinações específicas.
Saiba mais
Como é sabido, houve alterações relevantes na estrutura do Patrimônio 
Líquido. 
A fi m de que você possa se inteirar acerca das mudanças ocorridas com o 
advento da Lei 11.638/07, notadamente o art. 178, parágrafo 2º “d”, acesse o 
link:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm>.
Nele você encontrará as principais disposições da nova estrutura acerca da 
elaboração e divulgação das demonstrações fi nanceiras.
12 UNIUBE
Após a leitura do conteúdo da Lei acima mencionada, observe a seguir como fi cou 
o Balanço Patrimonial após aquelas mudanças.
O Artigo 178, parágrafo 2º “d” – altera a classifi cação das contas do Patrimônio 
Líquido da seguinte forma:
Quadro 4- Alteração da classifi cação das contas do Patrimônio Líquido
Redação anterior Nova redação
Passivo Passivo
Circulante Circulante
Exigível longo prazo Exigível longo prazo
Resultado de exercícios futuros Resultado de exercícios futuros
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido
 Capital Social Capital Social
 Reservas de capital Reservas de capital
 Reservas de reavaliação Ajustes Avaliação Patrimonial
 Reservas de lucros Reservas de lucros
 Lucros/prejuízos acumulados Ações em tesouraria
 Prejuízos acumulados
Veja a seguir, como fi caria um balanço patrimonial hipotético:
Quadro 5 - Balanço Patrimonial hipotético
Fonte: Acervo do autor.
Balanço levantado em Março de 2005
Ativo Passivo
Banco 7.000,00 Fornecedores 2.000,00
Mercadorias 2.500,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 4.000,00
Lucro do Exercício 3.500,00
SOMA DO ATIVO 9.500,00 SOMA DO PASSIVO 9.500,00
Fonte: Acervo do autor.
13 UNIUBE
Importante!
Aqui, encerramos a abordagem dos principais grupos, subgrupos e contas 
do balanço patrimonial de acordo com o proposto pela Lei 6.404 de 15 de 
dezembro de 1976, com alterações da Lei 11.638/07, assim como da ordem 
em que o Ativo e o Passivo e Patrimônio Líquido são apresentados.
Dando prosseguimento aos nossos estudos, vamos, a partir de agora, conhecer 
outra demonstração fi nanceira, a Demonstração do Resultado do Exercício. 
1.4 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
1.4.1 Das noções gerais
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é também um dos Relatórios 
Contábeis básicos, que estruturada em obediência à legislação societária, evidencia 
de forma clara, o resultado das operações de uma determinada empresa (sociedade 
empresária), ou seja, se determinada empresa apresenta lucros ou prejuízos 
resultantes das operações principais e acessórias provocadas por movimentações 
de compra, venda, investimentos, fi nanciamentos, dentre outras operações.
Esses resultados das operações, lucro ou prejuízo do exercício podem de acordo 
com as deliberações dos acionistas ou sócios do negócio serem retirados ou 
reinvestidos.
Então, podemos afi rmar que a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 
é, de fato, um instrumento valioso na condução das operações de qualquer 
empresa.
Nesse mesmo sentido, podemos defi nir a Demonstração de Resultado do Exercício 
- DRE como uma demonstração que evidencia de forma clara e resumida um 
conjunto de operações de uma determinada entidade e para um determinado 
período que se destina, a tornar claro, a formação do resultado.
A fi m de melhorar o nosso entendimento, devemos entender que essa demonstração 
aponta, por exemplo, as vendas brutas, as deduções a ela diretamente implicadas, 
os custos, as despesas e, por fi m, após a confrontação dos mesmos a apuração de 
um resultado, resultado esse que daremos o nome de lucro do exercício quando 
as receitas forem superiores aos custos e as despesas.
Note que essa demonstração é também utilizada por administradores a fi m 
de prestar contas perante os acionistas, credores, governos e a comunidade 
em geral. Ou ainda, revelar, a todas as pessoas interessadas, determinadas 
informações sobre o Patrimônio e os resultados da empresa, a fi m de possibilitar 
o conhecimento e a análise de sua situação econômico-fi nanceira.
14 UNIUBE
Saiba mais
Antes de darmos prosseguimento ao nosso estudo, acesse o link a seguir para 
fi ns de conhecermos um pouco mais acerca dos principais conceitos atinentes 
a demonstração:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.
htm>.
Neste link você irá entender a estrutura conceitual de cada grupo que compõe 
a demonstração do resultado do exercício.
Após a leitura acima, a qual lhe proporcionou uma melhor compreensão da 
disposição daquela demonstração, continuemos.
Da estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil 
que evidencia o fluxo de receitas e de gastos (custos, despesas, perdas e ganhos), 
que resulta em aumento ou redução do Patrimônio líquido.
Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, isto é, se inicia com a Receita 
Operacional Bruta e dela se deduz os respectivos custos e despesas, a fi m de 
apurar o lucro líquido para um determinado exercício.
Veja, a seguir, como fi caria uma de Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE), hipotética:
Quadro 6- Demonstração do Resultado do Exercício hipotético
Fonte:Acervo ao autor
Demonstração do Resultado do Exercício
Período de: 01/04/2005 a 30/04/2005
Empresa: XXXXX Comércio Ltda
Receita de Vendas 8.500,00
(-) Custo da Mercadoria (6.000,00)
(=) Lucro do Exercício 2.500,00
15 UNIUBE
Agora, vamos ao estudo das principais contas que compõem a Demonstração do 
Resultado do Exercício - DRE.
Receita Operacional Bruta: apresenta o valor das vendas à vista e a prazo de 
mercadorias e/ou produtos, bem como de serviços prestados, e incluem todos os 
impostos. É popularmente conhecida por Faturamento Bruto.
1.4.2 Deduções sobre a Receita Operacional Bruta
Esse grupo de contas aborda as deduções da Receita Bruta, para gerar a Receita 
Líquida. É composto pelas seguintes contas:
Vendas canceladas: representam as mercadorias devolvidas pelos clientes por 
cancelamento;
Devoluções e abatimentos: são devoluções recebidas e/ou descontos 
condicionais concedidos a clientes, por defeitos apresentados pelos produtos 
vendidos;
Impostos incidentes sobre as vendas e serviços: representam os impostos 
incidentes sobre as vendas e os serviços prestados, gerados por meio da emissão 
de notas fiscais e faturas, tais como: IPI, ICMS, ISS, PIS.
1.4.3 Receita Operacional Líquida 
Corresponde ao valor obtido pela Receita Operacional Bruta deduzida das 
Vendas Canceladas, Devoluções e Abatimentos e os Impostos.
1.4.4 Custos Operacionais
Esse grupo é composto pelas seguintes contas:
Custo das Mercadorias Vendidas - CMV: representa o valor de custo 
correspondente às parcelas vendidas, das mercadorias adquiridas prontas para 
serem comercializadas.
E, ainda, a fi m de melhorar o entendimento, vamos desmembrar a conta CMV:
CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final
Custo dos Produtos Vendidos - CPV: representa a parcela vendida dos custos 
incorridos pela empresa em seu processo de fabricação de seus produtos 
acabados, composto das matérias-primas e insumos (mão de obra, materiais, 
etc.).
CPV = EIPA + CPP – EFPA 
16 UNIUBE
1.5 Resultado Operacional Bruto
O Resultado Bruto Operacional é a diferença entre a Receita Operacional Líquida 
e os Custos Operacionais. É conhecido, também, como Lucro Bruto. 
1.5.1 Despesas Operacionais:são necessárias para promover, vender e 
distribuir os produtos, administrar a empresa e financiar operações. Os principais 
subgrupos são:
Despesas administrativas: são gastos incorridos para administrar a empresa. São 
constituídas de: salário e encargos sociais do pessoal administrativo, honorário do 
conselho e diretoria, aluguéis de escritórios etc.
1.6 Lucro antes do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição 
Social (CS) ou prejuízo do período 
É a diferença entre o lucro operacional e os resultados não operacionais. Também 
conhecido como LAIR.
Despesas Comerciais: são compostas de gastos com pessoal de vendas, 
comissões sobre vendas, propaganda e publicidade etc.
Despesas Financeiras: são compostas de contas como: juros pagos ou incorridos, 
descontos concedidos, comissões bancárias, CPMF etc.
Outras Receitas e Despesas Operacionais: são receitas e despesas não 
classifi cáveis em subgrupos anteriores, como: receitas de aplicações financeiras, 
vendas de sucatas, entre outras.
Lucro (ou prejuízo) Operacional: é o valor obtido após deduzir as despesas 
operacionais do Resultado Bruto Operacional.
Resultados não Operacionais: são despesas e/ou receitas não relacionadas 
diretamente com o negócio da empresa. São constituídos, basicamente, de 
ganhos e perdas de capitais provenientes de baixas ou vendas dos elementos do 
ativo permanente, perdas incondicionais ocorridas, entre outros.
em que:
EIPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados;
CPP = Custo de Produção do Período;
EFPA = Estoque Final de Produtos Acabados.
Custo dos Serviços Prestados - CSP: representa os custos incorridos para 
gerar serviços e é composto pelos custos da mão de obra utilizada, dos materiais 
aplicados e outros gastos.
17 UNIUBE
1.7 Provisão para o IR e a CS
O Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados sobre o lucro real, 
que é calculado com a adição de despesas não dedutíveis e de outros valores 
possíveis de tributação e dedução (compensação) de prejuízos de exercícios 
anteriores, por meio do LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real).
Mas, atenção, o Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados sobre 
o lucro real, que é calculado com a adição de despesas não dedutíveis e de 
outros valores possíveis de tributação, e dedução (compensação) de prejuízos de 
exercícios anteriores, por meio do LALUR.
1.8 Lucro depois do IR e da CS ou prejuízo do período
Corresponde à diferença entre o LAIR e a Provisão do IR e da CS.
1.9 Participações, contribuições e distribuições 
As participações estatutárias no lucro, de empregados, administradores e 
partes beneficiárias são calculadas sobre o lucro após o Imposto de Renda e a 
Contribuição Social.
1.10 Lucro (ou prejuízo) líquido do período 
É o resultado final do exercício social, que fica à disposição dos acionistas (ou 
sócios) da empresa, para a constituição de reservas de lucros. Se o resultado final 
for prejuízo líquido, poderá ser compensado com lucros acumulados de exercícios 
anteriores ou reservas de lucros.
1.11 Conclusão
Neste capítulo, foram-lhe apresentados os procedimentos de apuração de 
resultados econômicos das organizações com a utilização de técnicas contábeis 
apropriadas.
Você teve a oportunidade de aprofundar seus estudos na composição do Balanço 
Patrimonial, conhecendo detalhadamente os grupos e contas, podendo assim 
identifi car os elementos necessários para a apuração do resultado.
Apresentou-se a você, de forma minucios, a estrutura da demonstração do 
resultado - DRE, além de outras demonstrações complementares da compreensão 
e destinação dos valores apurados no processo, tais como Demonstração dos 
Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido.
18 UNIUBE
As demonstrações tidas como obrigatórias no Brasil são: Balanço Patrimonial - 
BP, Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, Demonstração dos Lucros 
ou Prejuízos Acumulados - DLPA, Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido - DMPL. Além de todas estas demonstrações supracitadas devemos 
ressaltar a importância e necessidade da elaboração das notas explicativas como 
forma de complemento das demonstrações contábeis. No entanto, este trabalho 
tem por objetivo enfatizar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado 
do Exercício, demonstrações estas que facilitarão a identifi cação e o conhecimento 
contábeis das empresas. 
O Balanço Patrimonial - BP é a apresentação dos saldos respectivos de 
todas as contas da contabilidade de uma empresa ou entidade contábil em 
uma determinada data, dispostos ou arrumados de uma forma relativamente 
padronizada, com a fi nalidade de permitir, a quem o analisa, uma visualização 
rápida da posição econômico-fi nanceira dessa companhia naquela data. 
Assim, temos a conceituação defi nida pelo Conselho Federal de Contabilidade.
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a 
evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada 
data, a posição patrimonial e fi nanceira da Entidade.
 (PORTAL, 2010)
A estrutura do Balanço Patrimonial é formada pelo Ativo, Passivo e Patrimônio 
Líquido.
O Balanço Patrimonial consiste na apresentação das contas classifi cadas por 
grupos, segundo os elementos do Patrimônio que registrem, e agrupadas de 
modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação fi nanceira da companhia. 
No Brasil, a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por 
Ações) padronizou o título de cada grupo do balanço, assim como as alterações 
posteriores conforme a Lei nº 11.638/07.
A Demonstração do Resultado do Exercício - DRE destina-se a evidenciar a 
composição do resultado formado num determinado período nas operações de 
uma empresa, gerando informações signifi cativas para a tomada de decisão é, 
ainda, a Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal 
apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto 
de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.
Resumo
19 UNIUBE
Caro aluno, tenha em mente que nesse capítulo não esgotamos todo o assunto que 
poderíamos ainda explorar. Leve em consideração que depende de você o avanço 
e o aprofundamento dos dois relatórios aqui tratados, quais sejam, o Balanço 
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício aqui denominadas pelas 
siglas BP e DRE, respectivamente. Para isso, você recebeu o livro customizado 
anexado ao seu material: MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15 
ed. São Paulo: Atlas, 2009. Leia, dele, os seguintes capítulos:
Capítulo 3: Balanço Patrimonial – Grupo de Contas – (uma abordagem preliminar) 
- páginas 7 a 31. Nesse capítulo, o autor aborda as defi nições, conceitos e os 
respectivos grupos, subgrupos do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, contribuindo 
sobremaneira para seu aprendizado.
Capítulo 06 – Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, páginas 32 a 56, 
em que o autor aborda a estrutura, os grupos e subgrupos das Receitas, Custos 
e Despesas, auxiliando-o na compreensão dos temas tratados neste capítulo.
Ressaltamos ainda que, de acordo com a Lei 6.404/76 <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm> com alterações de dispositivos com a publicação 
da Lei 11.638/07 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/
L11638.htm>, os relatórios sofreram signifi cativas alterações.
Cabe a você, a partir do término deste capítulo, ler a legislação proposta assim 
como os textos indicados, inclusive os do comitê de pronunciamentos contábeis – 
principalmente, o pronunciamento conceitual básico – estrutura conceitual <http://
www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex.php>.
Acesse a seguinte página, do site da Secretaria da Receita Federal: <http://www.
receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/pr268a285.
htm>. Por esta página você terá a oportunidade de aprender mais acerca desse 
livro fi scal LALUR Livro de Apuração do Lucro Real.
Visite também as seguintespáginas:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm>.
Neste site você irá compreender a composição da demonstração do resultado do 
exercício.
<http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/
pr268a285.htm>. Neste site você irá aprofundar seus conhecimentos acerca do 
livro de apuração do lucro real, destinado à apuração do lucro tributário.
Leituras
20 UNIUBE
As atividades que indicamos visam a assimilação da teoria versus prática aplicada 
na elaboração do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do 
Exercício. Portanto, é interessante que você faça a leitura de todo o material que 
preparamos para você, antes de iniciar suas atividades.
Caso encontre difi culdades na resolução das mesmas, retorne ao material e faça 
a releitura, tudo isso completará sua formação profi ssional.
Você deverá resolver os exercícios a seguir, muito importantes para a fixação dos 
conhecimentos adquiridos até o presente momento. 
Boa prática!
Atividade 1
Com base na tabela a seguir, marque “X” na respectiva coluna o que você 
entende por Ativo (A), Passivo (P) ou Patrimônio Líquido (PL):
A P PL N.A Valor
Duas máquinas usadas nas operações da empresa 120.000,00
Equipamento totalmente destruído 49.000,00
Matéria prima sob guarda provisória 23.000,00
A marca da empresa 100.000,00
Veículos arrendados através de leasing 50.000,00
Salários devidos aos empregados 12.600,00
Capital Social 60.000,00
Atividade 2
Considere três empresas, admitindo que possuem em ativo “fogões”:
a. Cia. “A” é fabricante de fogões industriais; 
b. Cia. “B” é revendedora de fogões industriais;
c. Cia.“C” é uma fábrica de alimentos e tem uma cozinha industrial. 
Assinale a alternativa que apresenta sequencialmente a alternativa correta:
a) Circulante, Circulante e Circulante.
b) Circulante, Circulante e Realizável a Longo Prazo .
c) Circulante, Circulante e Imobilizado.
d) Circulante, Realizável a Longo Prazo e Imobilizado. 
e) Circulante, Circulante e Investimentos.
Atividades
21 UNIUBE
Atividade 3
Assinale a alternativa correta quanto à classifi cação de Capital de Terceiros:
a) Patrimônio Líquido.
b) Fornecedores a Pagar.
c) Capital Próprio.
d) Duplicatas a Receber. 
e) Reservas de Capital.
Referências
Atividade 4
Para a correta classifi cação do Patrimônio Líquido, que é classifi cado por ordem 
de exigibilidade, assinale a alternativa que identifi ca essa disposição.
a) Capital Social, Lucros Acumulados e Reservas de Contingência.
b) Capital Social, Reservas de Reavaliação, Reservas de Lucros. 
c) Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros.
d) Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajustes Avaliação 
Patrimonial.
e) Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajustes de Avaliação Patrimonial.
Atividade 5
Um empréstimo obtido com carência de 2 anos, ou seja, com início de pagamento 
somente depois de 2 anos, é classificado em uma conta como:
a) Realizável a Longo Prazo. 
b) Exigível a Longo Prazo.
c) Patrimônio Líquido.
d) Permanente.
e) Ajustes de Avaliação Patrimonial.
Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11 ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas 20
09. 
PORTAL da Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.
com.br/guia/balancopatrimonial.htm>. Acesso em: 08-04-2010. 
Explorando a Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados - DLPA e a 
Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido - DMPL
Seja bem-vindo ao estudo da Contabilidade intermediária.
Neste estágio dos nossos estudos, você já é capaz de compreender a posição 
patrimonial e financeira de uma empresa, uma vez que já estudamos o Balanço 
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Lembrando-o mais 
uma vez que a Lei das Sociedades Anônimas (LSA) trata da estrutura e da 
função daquelas demonstrações. Ou seja, a primeira que agrega um conjunto 
de bens, direitos e obrigações, assim como a participação dos acionistas/sócios 
da empresa e a segunda que apura o resultado de um determinado exercício. 
Naquela oportunidade, foi apresentado o balanço patrimonial, com seguinte 
estrutura hipotética:
2
Marco Antonio de O. Caetano
Introdução
E, em seguida a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, também, 
hipotética:
Quadro 1- Balanço levantado em março de 2005.
Fonte: Acervo do autor.
Balanço levantado em Março de 2005
Ativo Passivo
Banco 7.000,00 Fornecedores 2.000,00
Mercadorias 2.500,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 4.000,00
Lucro do Exercício 3.500,00
SOMA DO ATIVO 9.500,00 SOMA DO PASSIVO 9.500,00
24 UNIUBE
Objetivos
Após os estudos realizados a partir desse capítulo, você estará apto a:
identifi car e defi nir os componentes da Demonstração dos Lucros ou 
Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido;
avaliar a importância dos relatórios DLPA e DMPL;
identifi car a importância dos relatórios contábeis diante da legislação 
societária. 
•
•
•
Agora, nesse capítulo, daremos prosseguimento aos nossos estudos, 
conhecendo mais dois demonstrativos contábeis, quais sejam:
 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA.
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL.
Bons Estudos!
•
•
Quadro 2- Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Fonte: Acervo ao autor.
Demonstração do Resultado do Exercício
Período de: 01/04/2005 a 30/04/2005
Empresa: XXXXX Comércio Ltda
Receita de Vendas 8.500,00
(-) Custo da Mercadoria (6.000,00)
(=) Lucro do Exercício 2.500,00
25 UNIUBE
Esquema
Leituras Obrigatórias,
Complementares e atividades
propostas
Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados – DLPA –
Modelo
Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido – DMPL -
Conceito
2.1 Aspectos gerais
Para então darmos início ao estudo da Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, é necessário 
que você tenha bem claros os conceitos acerca destes dois relatórios contábeis, 
tarefa a que este roteiro e esta unidade se propõem.
2.2 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados 
Observe que o objetivo da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados é 
o de relatar as modificações ocorridas na conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” 
em determinado exercício social, ou seja, a composição do saldo no início do 
período, integralização de capital social, contribuições para a reserva de capital, 
reserva legal, lucro líquido do período, dividendos propostos, dentre outros. E a 
conta Lucros ou Prejuízos Acumulados tem a função de relatar as modificações 
ocorridas no Patrimônio líquido para aquele mesmo período de apuração, ou seja, 
transferências de parte dos lucros para reserva legal, reserva estatutária, reserva 
orçamentária, dividendos propostos, aumento de capital social, assim como 
reserva de reavaliação dentre outras operações.
26 UNIUBE
Parada para refl exão
Antes de prosseguir com os estudos, visite o endereço eletrônico abaixo e 
leia um pouco mais sobre o Patrimônio Líquido e seus elementos, para que 
possamos juntos apreender o conteúdo que iremos, daqui para frente, tratar 
com maiores detalhes.
Na seguinte página, você irá compreender a composição das principais contas 
do Patrimônio Líquido:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_l%C3%ADquido>. 
Após a leitura do link acima, você se deparou com a 
seguinte estrutura do Patrimônio Líquido:
Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Prejuízos Acumulados
•
•
•
•
•
Capital Social 
Representa o 
investimento efetuadona companhia pelos 
seus proprietários 
e acionistas, que 
adquiriram os títulos 
denominados de ações. 
Pelas leis brasileiras, o 
valor do capital social 
é imutável e só sofrerá 
alterações quando 
houver a aprovação 
de aumentos ou 
diminuições do mesmo.
É importante relembrar de que a LSA faculta à empresa, 
elaborar uma das duas demonstrações; contudo, com a 
alteração advinda da Lei 11.638/07, a conta Lucros ou 
Prejuízos Acumulados passou a ter uma característica 
especial: ela só poderá ter saldo zero ou negativo. 
No segundo caso, representará prejuízo. Sendo seu saldo igual a zero, ela não 
fi gurará no Balanço Patrimonial, pois o seu saldo terá sido obrigatoriamente 
distribuído. Caso contrário, este fi gurará no Balanço Patrimonial como Prejuízo 
Acumulado, em função de o Patrimônio Líquido incluir também os lucros ou 
prejuízos acumulados.
Diante dessas razões, acreditamos que as empresas estarão optando pela DMPL - 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, que conforme já salientamos, 
trata-se de uma demonstração que evidencia a movimentação de diversas contas 
do Patrimônio Líquido, sendo assim mais completa.
27 UNIUBE
Importante
Após a leitura dos links acima sugeridos, é oportuno frisar que devido a uma 
exigência da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, as empresas de capital 
aberto, ou seja, as companhias que negociam suas ações no mercado (Bolsa de 
Valores), são obrigadas a elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido - DMPL.
Vamos, a partir de agora, aprofundar nossos conhecimentos, pois já temos 
condições sufi cientes para prosseguir. 
Inicialmente, vamos dividir o Patrimônio Líquido em:
Capital Social;
Reservas de Capital;
Reservas de Reavaliação;
Reservas de Lucros;
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
2.2.1 Conceitos e Objetivos
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) tem por objetivo 
evidenciar os elementos que provocam mutações, para mais ou para menos, no 
saldo da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Alguns exemplos que afetam o lucro ou o prejuízo acumulado:
a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;
b) redução por dividendos;
•
•
•
•
•
Para saber mais acerca das principais alterações acesse o link < http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm>. Nesse link, você irá se 
inteirar do conteúdo da lei, em que já constam todas a mudanças pertinentes 
à demonstração do lucro ou prejuízo acumulado e à demonstração das 
mutações do patrimônio líquido.
Acesse também o link <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/Lei/L11638.htm> para se inteirar das principais mudanças na 
legislação societária, acerca da elaboração e divulgação das demonstrações 
fi nanceiras.
Saiba mais
28 UNIUBE
c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor);
d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos.
Itens que não afetam o lucro ou o prejuízo acumulado:
a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas;
b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros 
Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva 
de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras;
c) reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados.
De uma forma direta, podemos assim, afi rmar que a montagem da Demonstração 
do Lucro ou Prejuízo Acumulado se dá por meio da transcrição do saldo do início 
do exercício (constante do balanço patrimonial/Lucros ou Prejuízos Acumulados 
do exercício anterior) e que, por meio de ajustes, acréscimos e subtrações, 
movimentações ou mutações, perfazem um saldo fi nal para o exercício atual sob 
elaboração.
A DLPA tem também como fi m a incumbência de demonstrar de que forma foram 
distribuídos o resultado do exercício mais o saldo acumulado de exercícios 
anteriores e, em decorrência, qual a parcela que restou para ser distribuída, que 
tem de ser destinada, em último caso, conforme preceitua a Lei 11.638/07.
Agora, acesse o link abaixo para saber mais a respeito da Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, atentando-se para as mutações 
que a afetam ou não. 
<http://www.potaldecontabilidade.com.br/guia/demonstlucrosprejacumulados.
htm>.
Você irá identifi car os principais procedimentos com fi m de elaborar a 
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.
Saiba mais
29 UNIUBE
Importante
Cabe lembrar que, a Lei nº 6.404/76, no parágrafo 2º, do art.186, estabeleceu 
que a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados poderá ser incluída 
na demonstração das mutações do Patrimônio Líquido se elaborada e divulgada 
pela empresa.
Entretanto para que você possa assimilar um pouco mais do fundamento legal 
exposto acima, observe a estrutura da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados abaixo:
Saldo no início do período X
(+-) ajustes de exercícios anteriores (AEA) X
(=) Saldo contábil ajustado X
(+-) Lucro ou prejuízo líquido do exercício X
(+) Reversões de reservas X
(-) Destinações: X
Transferência para aumento de Capital X
Dividendos propostos X
Transferência para Reservas X
(=) Saldo no fi nal do período X
Fonte: Acervo do autor 
Agora, preste muita atenção, pois vamos detalhar cada item componente da 
demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Vamos conhecer os principais grupos e suas respectivas fontes de informação da 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA que ora acabamos 
de apresentar.
 
Saldo no Início do Período
O saldo no início do período corresponde ao saldo da conta Lucros Acumulados 
ou Prejuízos, evidenciados no balanço anterior.
Ajustes de Exercícios Anteriores
Aqui são consideradas aquelas modificações decorrentes de mudança de critério 
contábil ou de retificação de erro imputável a exercícios anteriores. Alguns 
exemplos mais comuns:
a) mudança de critérios de avaliação de estoques, investimentos etc.;
Quadro 3- Estrutura da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados DLPA
30 UNIUBE
b) adoção de outros métodos de depreciação;
c) depreciações, amortizações e exaustões contabilizadas a maior ou a menor em 
anos anteriores.
Saldo inicial ajustado
É o saldo inicial corrigido, ajustado por adições e/ou exclusões, conforme modelo 
apresentado acima.
Resultado do Exercício
Corresponde ao lucro ou prejuízo líquido apurado na Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE).
Reversões de Reservas
Este grupo é de primordial e fundamental importância, tendo em vista que algumas 
Reservas de Lucros não são cumulativas, ou seja, devem compulsoriamente 
ser revertidas ou estornadas quando não utilizadas para o fi m a que foram 
destinadas.
Exemplos: 
Reserva para Contingências
Reserva Orçamentária
Reserva Estatutária
•
•
•
Importante
Aquelas reservas que são constituídas em exercícios anteriores que se destinam 
a um fi nalidade especifi ca, quando não realizadas devem ser revertidas e se for 
o caso constituídas novamente. 
Um reserva que sofre essa constituição e reversão de exercício para exercício é 
lançada na Reserva para Contingências.
Acesse o link <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstmutapl.
htm>. Você irá conhecer de forma geral quais reservas são comumente 
utilizadas para elaboração da demonstração das mutações do patrimônio 
liquido.
E, ainda no link <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.
htm> a fundamentação legal das respectivas reservas.
Saiba mais
31 UNIUBE
Destinações das propostas
Baseadas em lei, as demonstrações contábeis devem evidenciar a destinação 
dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, de acordo com a 
aprovação da Assembleia Geral. 
Essa destinação pode ser subdividida em:
a) formação ou complementação da Reserva de Lucros, dentre elas a reserva 
legal, reserva para contingências, reservas estatutárias, reservas para lucros 
a realizar, entre outras;
b) propostas de dividendo mínimo obrigatório;
c) divulgação dos dividendos por ação de capital.
Chegamos ao fi m de nossoestudo da Demonstração dos Lucros e Prejuízos 
Acumulados - DLPA. 
Caso queira aprimorar ainda mais seus conhecimentos acerca da Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA, leia um pouco mais sobre o assunto 
no sítio: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstlucrosprejacumulados.
htm>.
 
Antes de prosseguirmos, dê uma pausa em seus estudos e em seguida retorne à 
leitura do que até aqui foi abordado. 
Em seguida estudaremos a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Sugiro a você que leia previamente o texto inserido no link abaixo:
Acesse o link <http://www.bmfbovespa.com.br/home.aspx?idioma=pt-br> e 
pesquise uma demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados de uma 
empresa listada na Bolsa, e comente com seus colegas as suas primeiras 
impressões quanto aos dados ali divulgados.
Saiba mais
32 UNIUBE
2.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – 
DMPL
Ao contrário da DLPA (Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados), 
estudada anteriormente, e que fornece a movimentação, basicamente, de uma 
única e exclusiva conta do grupo Patrimônio Líquido (Lucros Acumulados), 
a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) evidencia a 
movimentação das diversas contas componentes e integrantes do Patrimônio 
Líquido (PL), ocorridas durante um determinado exercício. Sendo assim, 
poderíamos dizer, e evidenciar, que esta demonstração surge a partir do 
momento em que há mutações patrimoniais para mais ou para menos em suas 
contas integrantes.
A seguir você terá um modelo proposto com setas indicativas para que possa 
acompanhar a princípio, o que de fato são as informações mais importantes e 
pertinentes à elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
- DMPL.
Para começarmos, note que a Demonstração das Mutações apresenta um conjunto 
de linhas e colunas, elaboradas para a inserção de informações, quais sejam:
1. destina-se colunas específi cas para cada uma das contas que compõem 
patrimônio liquido;
2. utiliza se de linhas horizontais indicativas das movimentações ocorridas no 
período;
3. insere-se valores monetários de acordo com as movimentações.
A fi m de que você acompanhe o que foi proposto acima, observe o quadro a 
seguir:
Visite o seguinte documento na web: <http://www.zccontabilidade.
com.br/arquivos/4a6613040000b.pdf>. Você encontrará defi nições, 
tratamento dado pela Lei das SA, as mutações nas contas 
patrimoniais, as técnicas de preparação e elaboração deste relatório.
Saiba mais
33 UNIUBE
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34 UNIUBE
Observe como as informações precisam ser geradas e como são construídas, 
conforme setas indicativas:
a. saldo inicial extraído do balanço patrimonial anterior (grupo patrimônio 
líquido);
b. aumento de capital com a utilização de metade da conta reserva legal;
c. aumento de capital com a utilização de metade dos lucros acumulados 
em x1
d. lucro líquido do exercício (x2)
e. constituição da reserva legal.
Outro exemplo, um pouco mais simplifi cado:
Quadro 5 - DMPL consolidados em 31-12-2000
Fonte: Acervo do autor.
Mais um exemplo, com dados fi nanceiros hipotéticos:
Quadro 6- DMPL – exercício fi ndo em 31-12-2000
Fonte: Acervo do autor
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DOS PATRIMÔNIOS LÍQUIDOS CONSOLIDADOS 
EM 31/12/2000
Discriminação $
Saldo no início do exercício............................................ XXXXX
(+) Lucro líquido consolidado......................................... XXXXX
(-) Dividendos distribuídos.............................................. (XXXXX)
(=) Saldo no fi nal do exercícios..................................... XXXXX
35 UNIUBE
A referida demonstração das mutações do patrimônio líquido apresentada acima 
indica:
a. saldos anteriores das contas Capital, Reserva de Capital, Reserva Legal 
e Lucros Acumulados;
b. valores nominais dos saldos das contas mencionadas em “a”;
c. integralização do Capital ainda durante o exercício anterior em dinheiro 
no valor de 250.000,00;
d. integralização do Capital durante o exercício com utilização de parte 
dos saldos das reservas de capital no valor de $109.116,00 e parte dos 
lucros acumulados no valor de $186.284,00, totalizando portanto em 
$295.400,00;
e. recompra de ações da companhia, surgindo aqui apenas uma dedução 
da conta de Patrimônio Líquido (ações em tesouraria) no valor de 
$30.000,00.
Importante
Por meio destes exemplos, você percebeu que mutações ocorrem no Patrimônio 
Líquido provocando oscilações ou movimentações para mais ou para menos, 
assim como ocorrem hipóteses sem efeitos diretos no Patrimônio Líquido - PL.
Para que você possa compreender, anote alguns dos exemplos mais comuns e 
de fácil assimilação que, em muito, o auxiliarão na resolução de determinadas 
questões propostas no fi nal do capítulo.
Mutações que:
1) aumentam o Patrimônio Líquido - PL:
a) aumento de capital em dinheiro:
D - Caixa/bancos 
C - Capital Social
b) aumento de capital com imobilizados, investimentos:
D - Máquinas/participações em outras empresas
C - Capital Social
c) lucro líquido do exercício:
D - Lucro Acumulados
C - Capital Social/Reservas de Lucros/Reserva Legal
2) diminuem o Patrimônio Líquido - PL:
a) prejuízo do exercício:
D - Prejuízos Acumulados
C - Resultado do Exercício
36 UNIUBE
b) redução do capital social:
D - Capital Social
C - Caixa/Bancos
c) dividendos:
D - Lucros Acumulados
C - Dividendos a Pagar
d) distribuição de lucros:
D - Lucros Acumulados
C - Caixa/Bancos
3) Não geram efeitos sobre o Patrimônio Líquido:
a. constituição de reserva legal:
D - Lucros Acumulados
C - Reserva Legal
b. constituição de reserva de capital:
D - Lucros Acumulados
C - Reserva de Capital
c. constituição de reserva de contingência:
D - Lucros Acumulados
C - Reserva de Contingência
d. constituição de reserva estatutária:
D - Lucros Acumulados
C - Reserva Estatutária
e. aumento de capital com utilização de saldos da conta Reserva Legal:
D - Reserva Legal
C - Capital Social
f. compensação de prejuízos com reserva legal:
D - Reserva Legal
C - Prejuízos Acumulados
Importante
De acordo com a Lei 11.638/07, a conta Lucros Acumulados não mais será 
apresentada com saldo positivo. Entenda que as movimentações continuarão a 
ocorrer, entretanto, os saldos positivos deverão obrigatoriamente ser distribuídos 
ou destinadas para futura realização ou não.
37 UNIUBE
Observe:
Uma determinada empresa apresentou um lucro líquido do exercício para um 
determinado período. A fi mde atender à legislação, ela propõe a destinação do 
lucro liquido do exercício da seguinte forma:
a. aumento de capital social
b. proposta de aumento futuro de capital social
c. reserva legal, para fi ns de salvaguarda dos acionistas minoritários, 
conforme determinação legal.
Abaixo, os lançamentos contábeis propostos, a fi m de que você perceba as 
movimentações:
Lançamentos contábeis propostos:
D - Lucros Acumulados
C - Reserva Legal
C - Capital Social
C - Reserva para Futuro Aumento de Capital
<http://contabilidade.wikidot.com/demonstracoes:demonstracao-das-
mutacoes-do-patrimonio-liquid>. Nesse site, você irá conhecer ainda mais 
acerca das principais características da demonstração das mutações do 
patrimônio líquido, tanto para elaboração quanto para análise de um modelo 
proposto.
Saiba mais
2.4 Conclusão
Encerramos aqui o estudo da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados 
e a demonstração das mutações do patrimônio líquido.
Você entrou em contato com os modelos e as informações atinentes ao patrimônio, 
especialmente quanto aos resultados acumulados durante os exercícios, assim 
como a movimentação no patrimônio líquido como um todo.
Tenho certeza de que você percebeu, durante os seus estudos, que os relatórios 
aqui tratados são de fundamental importância no contexto de tomada de decisões 
junto aos seus usuários da informação.
Entenda que não esgotamos por completo o assunto e que depende de você dar 
continuidade a seus estudos.
38 UNIUBE
Nesta unidade de estudo pudemos conhecer duas Demonstrações Contábeis 
utilizadas pelos profi ssionais da contabilidade e que evidenciam informações 
oferecidas aos usuários da informação para fi ns tanto de controle quanto para 
fi ns de tomada de decisão, sejam gestores, administradores contratados ou 
proprietários, enfi m, uma gama enorme de usuários.
Vimos que a Demonstração de Lucros ou Prejuízo Acumulado - DPLA é útil 
para visualização do fl uxo de distribuição dos resultados obtidos nas empresas 
e, vimos também, que a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
- DMPL é uma ferramenta que permite um olhar mais claro e amplo do 
Patrimônio Líquido e de suas alterações, sejam elas legais ou institucionais. 
Para melhor entendimento sobre essas duas demonstrações, não deixe de 
realizar a literatura sugerida.
O nosso próximo encontro será no capítulo III, no qual trataremos da 
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR.
Caro aluno, leve em consideração que depende de você o avanço e o 
aprofundamento dos dois relatórios aqui tratados, quais sejam, a Demonstração dos 
Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido, aqui denominados pelas siglas DLPA e DMPL, respectivamente.
É oportuno ressaltar que, de acordo com a Lei 6.404/76 e a Lei 11.638/07, os 
relatórios sofreram signifi cativas alterações.
Cabe a você, a partir do término deste capítulo, ler a legislação acima proposta assim 
como os pronunciamentos contábeis propostos, notadamente o pronunciamento 
conceitual básico – estrutura conceitual, no site:
<http://www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex.php>. 
É necessário contextualizar as questões teóricas aliadas à prática. Para isso, 
você recebeu, junto a esse material, o livro customizado MARION, José Carlos. 
Contabilidade Empresarial. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Dele, leia o Capítulo 
Até o próximo capítulo quando então estaremos tratando da Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos – DOAR.
Boa leitura!
Resumo
Leituras 
39 UNIUBE
17, intitulado Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA e 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, páginas 57 a 80, 
em que o autor aborda em todos os seus aspectos a elaboração e/ou construção 
dessas demonstrações com exemplos comentados e resolvidos.
Boa Leitura!
Atividades
Caro aluno, é importante que você resolva todos os exercícios a seguir. Se em 
algum momento você tiver dúvidas quanto à resolução, volte ao texto deste capítulo 
e reveja o conteúdo e só depois retorne para as atividades.
Bons estudos!
Atividade 1
Escolha, a seguir, dentre as alternativas, aquela que completa a afirmação : “A 
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados de acordo com o teor da Lei 
11.638/07, é ...”:
a. ( ) obrigatória, podendo ser incluída na DMPL.
b. ( ) facultativa.
c. ( ) optativa.
d. ( ) dispensável.
e. ( ) necessária.
Atividade 2
Escolha, a seguir , a resposta que completa a afirmativa: “A DLPA representa 
a interligação entre ...”:
a. ( ) DLPA e DMPL.
b. ( ) BP e DLPA.
c. ( ) DRE e BP.
d. ( ) DMPL e DRE.
e. ( ) DOAR e BP.
40 UNIUBE
Atividade 3
O ajuste de exercícios anteriores, evidenciado na DLPA - Demonstração dos 
Lucros ou Prejuízos Acumulados ocorre em virtude de certos princípios básicos. 
Escolha, a seguir, a alternativa que contempla esses princípios.
a. ( ) competência e materialidade.
b. ( ) competência e conservadorismo. 
c. ( ) competência e consistência.
d. ( ) competência e objetividade. 
e. ( ) competência e entidade.
Atividade 4
Escolha, a seguir, a resposta que completa a afirmativa: “A demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido ...”:
a. ( ) é idêntica à DLPA.
b. ( ) é menos abrangente que a DLPA.
c. ( ) contém a DLPA.
d. ( ) é menos indicativa que a DLPA
e. ( ) contém a DRE
Atividade 5
Sabe-se que a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA 
evidencia a movimentação ocorrida para uma determinada entidade e período das 
movimentações ocorridas na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Portanto, 
com base nos dados a seguir, elabore a DLPA da empresa ABF S.A.
Dados:
Saldo no início do período 2.500,00
Reserva de Lucros 300,00
Reserva de Contingência 100,00
Lucro Líquido do Exercício 1.660,00
Reversão de Reserva de Lucros 230,00
Dividendos a distribuir 1.200,00
Reserva Orçamentária 600,00
Reserva para Expansão 2.190,00
 Fonte: Acervo do autor
41 UNIUBE
Atividade 6
Com base nos saldos iniciais das contas de Patrimônio Líquido em 30.11.x1, 
elabore a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, de acordo com os 
dados adicionais 1, e, em seguida, elabore a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido - DMPL, em dez./x1, utilizando-se dos dados adicionais 1 e 2. 
Patrimônio Líquido em 30.11.x1
Capital 10.000,00
Reservas de Capital 3.800,00
Reserva de Reavaliação 0,00
Reserva de Lucros 0,00
Reserva Legal 300,00
Reserva para contingência 500,00
Reserva Orçamentária 400,00
Reserva de Lucros a Realizar 600,00
Reserva Estatutária 1.000,00
Lucros Acumulados 800,00
 Fonte: Acervo do autor
Dados adicionais:
1. Operações em dezembro/x1:
a) venda à vista de mercadorias no valor de $ 11.500,00;
b) o custo da mercadoria vendida é de $ 1.500,00;
c) salários foram provisionados no valor de $ 2.000,00;
d) provisão para imposto de renda no valor de $ 1.800,00;
e) provisão para contribuição social sobre o lucro líquido no valor de $ 
1.200,00;
f) pró-labore no valor de $ 1.500,00;
g) despesas financeiras no valor de $ 500,00.
2. Operações Patrimônio Líquido:
 a) aumento de capital com metade das reservas de capital;
 b) aumento de capital com metade das reservas legal e estatutária;
 c) aumento de capital em dinheiro no valor de $ 1.000;
 d) proposta para distribuição de lucros:
 reserva legal 5% do lucro líquido do exercício;
 reserva estatutária 10% do lucro líquido do exercício.
•
•
42 UNIUBE
Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual 
de contabilidade das sociedades por ações. FIPECAFI. 6. ed. São Paulo: 
Atlas, 2003. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de contabilidade das sociedades por ações: 
(aplicável às demais sociedades).

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