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AÇÃO DO VENTO EM TESOURA DE TELHADO TIPO DUAS ÁGUAS Dimensionar a estrutura de uma tesoura “treliça” de cobertura tipo duas águas para uma edificação de planta retangular, considerando a ação do vento. A edificação será considerada sem forro e sem beiral. O projeto consta cálculo completo dos esforços de acordo com a norma de vento 6123/88. Dados do projeto: Segundo a NBR 6123/88, a construção será considerada permeável. Cidade 24 (Lapa - BA). Grupo 2 (Edificações para hotéis e residências). Topografia 1 (Terreno plano). Categoria IV (Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados). Altura das paredes (ℎ = 6 ). Comprimento ( = 40 ). Largura ( = 20 ). Largura das Janelas J1, J2, J3, J4, J5 e J6 ( 1 = 4 ). Altura das Janelas J1, J2, J3, J4, J5 e J6 (ℎ1 = 4,5 ). Vão entre as Janelas ( 2 = 4,5 ). Largura dos Portões P1 e P2 ( – 8 ). Altura dos Portões P1 eP2 (ℎ ã = 5 ). J1 J2 J3 J4 J5 J6 P1 P2 a b l d1 d1 d1 d2 d2 l T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m Distribuição das Aberturas Distribuição das Tesouras d1 h1 h portão b - 8m Janelas J1, J2, J3, J4, J5 e J6 Portões P1 e P2 1- Velocidade característica: = . 1. 2. 3 = 30 / (Gráfico das Isopletas) Lapa – BA; 1 = 1,0 – topografia próxima da edificação: terreno plano; 2 = 0,774 – categoria IV; classe B; Z = 6 m; 3 = 1,0 – edificações para hotéis e residências (Grupo 2); = 30 1,0 0,774 1,0 = 23,22 / ; 2- Pressão de obstrução: = 0,613 = 0,613 23,22 = 330,51 / ² = 0,33 / ² 3- Coeficientes de pressão e de forma externos – planta retangular 3.1- Paredes: Convenção de sinais. (+) atua sobre o elemento de vedação “empurrando-o”. (-) em caso contrário. Pressão (+) Sucção (-) Interno Pressão (+) Sucção (-) Externo Cálculos auxiliares para escolher os valores dos coeficientes de Cpe médio e Ce. Altura Relativa: ℎ/ = 6/20 = 0,3 1º modelo (ℎ/ ≤ 1/2) Relação de Lados: a/b = 40/20 = 2 2ª linha (2 ≤ / ≤ 4 ) é = −1,0 aplicado na profundidade: 0,2 = 0,2 20 = 4 ou ℎ = 6 ; escolher o menor dos dois; portanto 4 . Para vento a 0º Para vento a 90º /3 = 20/3 = 6,67 ou 2ℎ = 2 6 = 12 /4 = 40/4 = 10 /2 = 20/2 = 10 o maior dos dois (10 ) o menor dos dois (10 ) porém ≤ 2ℎ = 2 6 = 12 resposta: 10 resposta: 10 Nas partes A3 e B3 fazer média aritmética. Para / = 1 = −0,4 (Mesmo valor das partes A2 e B2). Para / = 2 = −0,2 (Valor da norma). Para / = 1,5 = −0,3 (Interpolado linearmente entre / = 1 / = 2) 10 m 10 m 20 m A1 A2 A3 B1 B2 B3 -0,8-0,8 -0,4 -0,4 -0,2 -0,2 +0,7 -0,3 V=0° 10 m C1 D1 C2 D2 +0,7 -0,5 -0,9 -0,9 V=90° 10 m -0,5 A B -0,5 3.2 - Telhados: As convenções de sinais são as mesmas usadas nas paredes. Altura Relativa: ℎ/ = 6/20 = 0,3 Ɵ = 15º As faixas de aplicação dos coeficientes são as mesmas das paredes. E F I G H J V=0° -0,8-0,8 -0,6-0,6 -0,2-0,2 V=90° E F I G H J -0,4-1,0 Faixa IJ; Para / = 1 = −0,6 (Mesmo valor das partes FH) Para / = 2 = −0.2 (Valor da norma) Para / = 1,5 = −0,4 (Interpolado linearmente entre / = 1 / = 2) V=0° E F I G H J -0,8 -0,6 -0,2 -0,8 -0,6 -0,2 V=90° E F I G H J -1,0 -0,4 4 - Coeficientes de pressão e de formas internos (Cpi= Ci) 4.1 - Duas faces opostas igualmente permeáveis, as outras impermeáveis. P1 e P2 abertos, demais aberturas fechadas; = +0,2 (Vento perpendicular a uma face permeável – V = 0°) = −0,3 (Vento perpendicular a uma face impermeável – V = 90°) 4.2 - Quatro faces igualmente permeáveis. Não ocorre. 4.3) Abertura dominante em uma face; as outras faces de igual permeabilidade. À barlavento: ∑á ∑á í = = = ∞ > 6 ( = +0,8 ) ou por 2.6.7(norma) ( = = +0,7 ) V=0º À sotavento: P2 aberto, demais aberturas fechadas; ( = = − 0,3 ) À barlavento: ∑á ∑á í = , , = ( , ) = ∞ > 6 ( = +0,8 ) ou por 2.6.7(norma) ( = = +0,7 ) V=90º À sotavento: J2, J4, J6 abertas, demais aberturas fechadas; ( = = − 0,5 ) 4.4 - Abertura dominante em face paralela ao vento. a) Fora da zona de alto é . Alto é = 0,2 = 0,2 20 = 4 ou ℎ = 10 , o menor (4 ) J1 e/ou J2 abertas, demais aberturas fechadas. V=0º = = −0,8 o maior em módulo (-0,8;-0,4) b) Na zona de Alto é . (4 ) Não ocorre. a) Fora da zona de alto é . Alto é = 0,2 = 0,2 20 = 4 ou ℎ = 10 , o menor (4 ) P1 e/ou P2 abertos, demais aberturas fechadas. V=90º = = −0,9 o maior em módulo (-0,9;-0,5) b) Na zona de Alto é . (4 ) Não ocorre. 5 - Resumo dos Ci mais desfavoráveis: α= 0º α=90º ≥ 0 <0 ≥0 <0 0,2 -0,3 0,7 -0,3 0,7 -0,8 0,8 -0,5 0,8 -0,9 Intervalos de valores possíveis do Ci: Para = 0º → −0,8 ≤ ≤ 0,8 Para = 90º → −0.9 ≤ ≤ 0,8 Como mais desfavoráveis dentre os valores obtidas para cada direção, adotam-se os extremos correspondentes a máxima sucção interna e máxima sobre pressão interna. = 0° Adota-se = −0,8 (máxima sucção interna) = 0,8 (máxima pressão interna) = 90° Adota-se = −0,9 (máxima sucção interna) = 0,8 (máxima pressão interna) 6 - Coeficientes de formas globais detalhados e respectivos carregamentos para as hipóteses mais desfavoráveis. 6.1 - = º Máxima pressão global. Será combinada com a máxima sucção interna ( = −0,8). F H 0,80,8 0,6 0,6 0,2 I J 0,80,8 0,2 0,2 0,6 E G 0,80,8 0,8 0,8 0 I J 0,198 KN /m ² 0,198 KN/m² = 0,6 = 0,6 0,33 = 0,198 / ² Será desprezado os cálculos das faixas EG e FH, por serem menores que os valores da faixa IJ. 6.2 - = º Máxima pressão global. Será combinado com a máxima sucção interna ( = −0,9) EFI GHJ 0,90,9 1,0 0,4 0,5 0,1 EFI GHJ 0,033 KN/m ² 0,165 KN/m² ′ = 0,1 = 0,1 0,33 = 0,033 / ² " = 0,5 = 0,5 0,33 = 0,165 / ² 6.3 - = º Máxima sucção global. Será combinada com a máxima pressão interna ( = 0,8) F H 0,80,8 0,6 0,6 I J 0,80,8 0,2 0,2 E G 0,80,8 0,8 0,8 E G 0,52 8 KN / m² 0,5 28 K N/m ² 1,6 1,6 1,4 1,4 1,0 1,0 = 1,6 = 1,6 0,33 = 0,528 / ² Será desprezado os cálculos das faixas FH e IJ, por serem menores que os valores da faixa EG. 6.4 - = º Máxima sucção global. Será combinada com a máxima pressão interna ( = 0,8). EFI GHJ 0,80,8 1,0 0,41,21,8 EFI GHJ 0,594 KN/m ² 0,396 KN/m² ′ = 1,8 = 1,8 0,33 = 0,594 / ² " = 1,2 = 1,2 0,33 = 0,396 / ² 7 - Carregamentos nas tesouras (madeira ou metálica) para as hipóteses mais desfavoráveis.Por questão de economia na confecção dos gabaritos, emprego de perfis limitadas à seções comerciais (no caso da madeira 6x12cm e 6x16cm) e a baixa qualidade na mão de obra e por uma questão de estética, todas as tesouras serão fabricadas ou montadas iguais. Assim, analisaremos os piores carregamentos para as tesouras T2, T3, T4, T5, T6, T7 e T8. As tesouras T1 e T9 possuem a metade da área de influência de carga, conforme a figura a seguir. 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 2,5 m 2,5 m 5 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14 13 15 16 17 18 19 20 2/cos1 5° Área de Influência das Tesouras Numeração dos nós das tesouras 7.1 - = ° Máxima sucção global. A tesoura mais succionada nesta direção é T2, pois está no meio da Faixa EG. Carga distribuída na tesoura T2: 0,528 KN/m ² 0,528 KN/m² T2 Carga concentrada nodais (área de influência nodais). ó1 = ó20 = ó10 = ó10 = 2/ 15² 2,5 0,528 = 2,73 2/ 15° → comprimento do banzo superior (entre nós); 2,5 = 5/2 → metade da área de influência do Nó 1, 20, 10esq, 10dir; 0,528 / ² → (pressão distribuída numa área); ó2 = ó18 = ó4 = ó16 = ó6 = ó14 = ó8 = ó12 = 2/ 15° (2,5 0,528 + 2,5 0,528) = 5,46 2,73 2,73 2,73 5,46 5,46 5,46 5,46 2,73 5,46 5,46 5,46 5,46 T2 (KN) 7.2 - = ° Máxima pressão global. As tesouras mais pressionadas nesta direção são T6, T7 e T8, pois estão no meio da faixa IJ. Carga distribuída nas tesouras T6, T7 e T8: 0,198 KN/m ² 0,198 KN/m² T6 = T7 = T8 Carga concentrada nodais (área de influência nodais). ó1 = ó20 = ó10 = ó10 = 2/ 15² 2,5 0,198 = 1,02 2/ 15° → comprimento do banzo superior (entre nós); 2,5 = 5/2 → metade da área de influência do Nó 1, 20, 10esq, 10dir; 0,198 / ² → (pressão distribuída numa área); ó2 = ó18 = ó4 = ó16 = ó6 = ó14 = ó8 = ó12 = 2/ 15° (2,5 0,198 + 2,5 198) = 2,04 1,02 2,04 1,02 1,02 1,02 2,04 2,04 2,04 2,04 2,04 2,04 2,04 T6 = T7 = T8 (KN) 7.3 - = ° Máxima sucção global. As tesouras mais succionadas nesta direção são T2, T3, T4, T5, T6, T7 e T8, pois estão no meio da Faixa EFI-FHJ. Carga distribuída nas tesouras T2, T3, T4, T5, T6, T7 e T8: 0,594 KN/m ² 0,396 KN/m² T2 = T3 = T4 = T5 = T6 = T7 = T8 Será dimensionada pela maior carga distribuída ( = 0,594 / ²) Carga concentrada nodais (área de influência nodais). ó1 = ó20 = ó10 = ó10 = 2/ 15² 2,5 0,594 = 3,07 2/ 15° → comprimento do banzo superior (entre nós); 2,5 = 5/2 → metade da área de influência do Nó 1, 20, 10esq, 10dir; 0,594 / ² → (pressão distribuída numa área); ó2 = ó18 = ó4 = ó16 = ó6 = ó14 = ó8 = ó12 = 2/ 15° (2,5 0,594 + 2,5 0,594) = 6,14 3,07 3,07 3,07 6,14 6,14 6,14 6,14 3,07 6,14 6,14 6,14 6,14 T2 = T3 = T4 = T5 = T6 = T7 = T8 (KN) 7.4 - = ° Máxima pressão global. As tesouras mais pressionadas nesta direção são T2, T3, T4, T5, T6, T7 e T8, pois estão no meio da Faixa EFI-FHJ. Carga distribuída nas tesouras T2, T3, T4, T5, T6, T7 e T8: 0,033 KN/m ² 0,165 KN/m² T2 = T3 = T4 = T5 = T6 = T7 = T8 Será dimensionada pela maior carga de pressão distribuída ( = 0,165 / ²) Carga concentrada nodais (área de influência nodais). ó1 = ó20 = ó10 = ó10 = 2/ 15² 2,5 0,165 = 0,85 2/ 15° → comprimento do banzo superior (entre nós); 2,5 = 5/2 → metade da área de influência do Nó 1, 20, 10esq, 10dir; 0,165 / ² → (pressão distribuída numa área); ó2 = ó18 = ó4 = ó16 = ó6 = ó14 = ó8 = ó12 = 2/ 15° (2,5 0,165 + 2,5 0,165) = 1,70 0,85 1,70 0,85 0,85 0,85 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 T2 = T3 = T4 = T5 = T6 = T7 = T8 (KN) CONCLUSÃO GERAL: Analisando os carregamentos nos nós podemos afirmar que as tesouras mais pressionadas e sucionadas são T6, T7 e T8. 1,02 2,04 1,02 1,02 1,02 2,04 2,04 2,04 2,04 2,04 2,04 2,04 Pressão T6 = T7 = T8 (KN) 3,07 3,07 3,07 6,14 6,14 6,14 6,14 3,07 6,14 6,14 6,14 6,14 Sucção T6 = T7 = T8 (KN)
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