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Operações unitárias Introdução → Conceito: Um processo químico seria dividido em uma série de etapas que podem incluir: transferência de massa; transporte de sólidos e líquidos, destilação, filtração, cristalização, evaporação, secagem, etc. *operação: transformações físicas sofridas pela matéria-prima na sua forma, dimensão e temperatura. *processo: quando durante a transformação da matéria-prima ocorrem reações químicas. *processo de fabricação: conjunto de operações e processos, objetivando transformar uma matéria prima específica em um determinado produto final. Cada uma das etapas sequenciais de uma linha de produção industrial é, portanto, uma operação unitária. O conjunto de todas as etapas compõe um PROCESSO UNITÁRIO. Operações Unitárias são sequencias de operações físicas necessárias à viabilização econômica de um processo químico. → Tipos de operações unitárias: Mecânicas; Transferências de calor; Transferências de massa. Operações contínuas Este é um método utilizado pelas empresas para obter a maior quantidade de produto com o menor intervalo de tempo possível. Sendo baseado, como o próprio nome diz, em uma produção feita continuamente ou fluxo em linha, sem interrupções e pausas, podendo ser de um produto único ou com diferenciações. Neste tipo de operação, o tempo não é uma variável na análise do processo, exceto durante o período de partida do processo, desde o momento de introdução da carga (matéria-prima) até a completa estabilização do processo, ou no período de parada, que é a situação inversa. Nos processos de operação contínua se espera que o desempenho do processo seja o mesmo em qualquer momento. Uma operação contínua, onde as condições operacionais não variam com o tempo, é dita estar em regime permanente ou em estado estacionário Operações descontínuas Em operações de pequena escala (produção de pequenas quantidades de produtos), ou onde o processo corrosivo é muito acentuado, ou por alguma outra razão particular, nem sempre é conveniente manter operações contínuas. Nestes casos, o equipamento é carregado com toda a carga (matéria-prima) necessária, é efetuado o processamento e são removidos os produtos. Esta é uma operação descontínua ou em “batelada”, como é mais conhecida. A limpeza dos equipamentos acontece de tempos em tempos, conforme necessidade. O processo deve ser interrompido para que se efetue a limpeza. A operação descontínua é dita estar em regime transiente (ou não-permanente) ou em estado não- estacionário. A análise das operações transientes é usualmente mais complicada do que a das operações em regime permanente. Proporcionam uma cinética boa. Tipos de escoamento Paralelo: Os dois fluidos entram do mesmo lado do equipamento e escoam paralelamente em direção à saída, transferindo calor ao longo do caminho. Tfs < Tqs sempre: do ponto de vista da transferência de calor este arranjo é desvantajoso; pode ser empregado no caso de produtos termolábeis para evitar superaquecimento. Contracorrente: Os dois fluidos entram em lados opostos do equipamento e escoam em contracorrente. Tfs pode ser > Tqs : o que é mais eficiente do ponto de vista da transferência de calor. (Tmédio)contracorrente > (Tmédio)paralelo: a mesma quantidade de calor pode ser transferida em uma menor área de transferência no arranjo contracorrente em comparação ao paralelo. O escoamento em contracorrente é o mais usual na engenharia química, pois com ele se consegue uma transferência de massa ou energia muito maior do que com o escoamento em paralelo. Operações unitárias mecânicas → Decantação: Separam-se líquidos imiscíveis, que apresentam por essa razão densidades diferentes; sistema no qual o líquido mais denso acumula-se na parte inferior do recipiente. Em laboratório, pode-se utilizar o funil de bromo, também conhecido como funil de decantação, ou ainda, funil de separação. A decantação pode ser feita de uma maneira mais rudimentar, utilizando-se um sifão (sifonação). Não pode ser feita com partículas em suspensão. → Centrifugação: Separa sólidos de líquidos ou até mesmo uma mistura de líquidos de densidade diferentes, chamada Centrifugação por gradiente que é baseada na densidade dos líquidos. Clarificação de ovos líquidos, indústria de bebidas, separação da gordura do leite, nas impurezas dos óleos vegetais. A separação por sedimentação de líquidos imiscíveis ou de um líquido e um sólido depende da ação da gravidade sobre os componentes. Esta separação pode às vezes ser muito lenta, porque os pesos específicos dos componentes não são muito diferentes ou porque há outras forças que mantém associados os componentes, como, ocorre por exemplo, nas emulsões. Por exemplo, se deseja-se repousar leite integral, a nata tenderá a subir e se produzirá uma separação entre a zona da nata e a do leite desnatado; no entanto, para isto é necessário, muito tempo, até um dia. Para obter forças maiores deve-se recorrer a uma máquina centrífuga, que proporciona a força centrífuga. A centrífuga consiste de um cesto no qual rodam a alta velocidade uma mistura de sólido e líquido ou uma mistura de dois líquidos, de tal maneira que a mistura é separada nos seus constituintes pela ação da força centrífuga. O cesto pode ser perfurado, caso em que o líquido passa para fora através dos orifícios, ou pode não ser perfurado, e o líquido é então removido através de um tubo de transbordamento ou por sobre uma represa. Usa-se frequentemente a centrífuga para secar cristais e para separar as emulsões nos seus constituintes líquidos. - Centrifugador com vaso tubular: gira com elevada velocidade de rotação, desenvolvendo forças centrífugas da ordem de 13.000 vezes a força da gravidade, mas é construído para pequenas capacidades (3 a 30 L/min). Não possui dispositivo para a remoção automática de sólidos, só pode operar com pequenas concentrações de sólidos. - Centrifugador a disco: maior que o centrifugador com vaso tubular, mas com menor velocidade de rotação, desenvolvendo uma força centrífuga até 7.000 vezes a da gravidade. Esta centrífuga pode ser projetada para operar até 310 L/min de uma carga com quantidade moderada de sólidos, que são descarregados continuamente numa corrente concentrada. Tanto o centrifugador de vaso tubular quanto o a disco são projetados, primordialmente, para separar líquido-líquido, no entanto o de vaso tubular pode ser adaptado para separar líquido- líquido-sólido ou líquido-sólido, o produto principal será o líquido clarificado. - Centrifugador-decantador contínuo: projetado originalmente para separar sistemas sólido-líquido e que opera como um espessador. Estes centrifugadores são construídos para operar sólidos a taxas de até 50 ton/h. Ciclone separador: são equipamentos que empregam uma resultante entre as forças de arraste, peso, centrífuga e inércia para a separação de partículas solidas e gotículas liquidas. Os ciclones possuem um desenho simples, baixo custo de manutenção, além de serem largamente utilizados como elementos de coleta de material particulado, não só como equipamento de controle de poluição, mas também como elemento próprio do processo industrial na separação, sendo usado até mesmo na classificação de partícula. → Peneiramento: Separação sólido-sólido de granulometria diferentes. Nesta operação, as substâncias são agitadas ou movidas sobre uma malha fina ou tecido, de forma que, as partículas de tamanho menor que a malha, possam passar através dela com ajuda da força de gravidade. A velocidade de passagem através das peneiras depende de muitos fatores, principalmente da natureza e forma das partículas,da frequência e amplitude da agitação, dos métodos utilizados para prevenir a adesão das partículas às aberturas da peneira e da tensão e natureza física da substância da qual é feita a peneira. Variam de 25mm a 0,06mm. A quantidade de material sobre a peneira em qualquer instante deve ser pequena, de modo que as partículas maiores não obstruam a passagem das partículas finas. Por isso, devem mover-se as partículas tanto vertical como horizontalmente durante o peneiramento, e um movimento fortuito. As peneiras moleculares constituem-se por adsorventes sintéticos especiais (também chamadas de zeólitas) que podem ser usados para separar as misturas por diferenças das dimensões moleculares, ou da polaridade ou da saturação de ligações carbônicas → Filtração: Separar sólido – líquido. é a separação dos sólidos contidos em líquido, que é conseguida fazendo-se com que a mistura flua através de poros suficientemente pequenos para reter as partículas sólidas e suficientemente grandes para deixar passar o líquido. A classificação das partículas sólidas segundo o seu tamanho é realizado por meio do peneiramento. Força motriz = o que o efluente precisa vencer ao passar pelos poros. Para que ocorra a filtração a Fm deve superar a resistência do filtro. Quanto menor os poros do filtro, é necessário uma FM maior. Torta = material que se reorganiza e não entope os poros do filtro. Pode ser do próprio efluente ou adicionada. Quando há torta filtrante = é benéfico quando o que vai filtrar precisa de um poro pequeno, pois quando (re)infiltrar o sólido para por cima do filtro facilitando a retenção do material particulado e também é positivo quando deseja recuperar o material retido (sólido). Filtros com camada = não possibilitam a formação de torta, nesse tipo também não é possível fazer a retro lavagem. Ex: máquina de lavar é uma centrífuga com filtro. → Separação por membranas Alguns processos de separação envolvem a transferência de massa através de uma delgada membrana plástica. Embora estas operações tenham aplicações relativamente limitadas, têm vantagens em potencial para problemas especiais de separação. As moléculas pequenas passam com maior facilidade, através dos pequenos poros da membrana. Por isso, se houver uma força motriz “empurrando” as moléculas através da membrana, as menores são seletivamente separadas. Algumas moléculas maiores também passam, de modo que a separação não é perfeita. Geralmente o processo de separação por membranas, envolve a retirada de partículas sólidas menores do que 1 mícron presentes em um líquido. A diálise e a eletrodiálise envolvem a transferência de massa através de uma membrana, de uma fase para uma outra fase. As duas fases são completamente miscíveis, de modo que a membrana também serve para impedir a misturação das duas Diálise Processo de separação no qual se transfere massa através de uma membrana graças à força motriz proveniente de um gradiente de concentração. Na aplicação industrial de maior vulto, separa-se o hidróxido de sódio de uma solução aquosa com hemicelulose, na fabricação do raiom viscose. A solução escoa por um lado da membrana enquanto a água pura escoa pelo outro. O hidróxido de sódio é impelido através da membrana em virtude da diferença de concentração entre a solução e a água pura, mas a hemicelulose, que está em suspensão coloidal na solução, é de dimensões muito grandes para passar através dos poros da membrana. A diálise também é usada para recuperar o ácido sulfúrico, nos líquidos de rejeito das refinarias de cobre e na purificação do sangue no rim artificial. Usado para: Recuperação de NaOH. Rim artificial. Eletro diálise Utiliza uma diferença de potencial elétrico como força motriz para os íons nas soluções. Os íons positivos passam através de uma membrana apropriada à medida que são atraídos para o terminal negativo, e os íons negativos passam na posição oposta através da membrana, para o terminal positivo. Desta forma, podem ser removidos não só íons positivos, mas também negativos. A eletro diálise tem uso moderno na recuperação de rejeitos ácidos e na remoção do sal da água salobra de poço. Pode ser útil na purificação da água do mar, na hipótese de os custos da membrana, e do dispêndio de potência, poderem ser reduzidos. Usada para: concentrações de soluções salinassalinas. - Purificação de águas. Ultrafiltração Utiliza uma diferença de pressão para forçar as moléculas do solvente através da membrana, enquanto as moléculas do soluto ficam retidas. Este processo não envolve a transferência de massa entre as fases. É mais semelhante à filtração, em que as partículas sólidas suspensas são separadas de um líquido por meio da passagem forçada da mistura através de um meio filtrante poroso, de modo que o líquido passa mas o sólido permanece retido. O uso de uma membrana possibilita uma “filtração” análoga de soluções homogêneas que não podem ser separadas por um filtro comum. A pressão aplicada deve ser maior que a pressão osmótica; o processo. Usado para: fracionamento concentração de proteínas. - Recuperação de pigmentos. - Recuperação de óleo. O que fica retido: Macromoléculas PM > 5.000. Osmose inversa A água permeia para o lado de baixa pressão e é removida. A salmoura concentrada é removida. Na osmose inversa a membrana deixa passar a água, mas impede a passagem de sais e pequenas moléculas. Dos três processos de filtração por membranas – osmose inversa, ultrafiltração, e microfiltração – a osmose inversa requer as maiores pressões. Usada para - Concentração de sucos de frutas. - Desmineralização de águas. O que fica retido: Todo material solúvel ou em suspensão, passa o solvente. Microfiltração a montagem da membrana é similar a osmose inversa e pode ser representativa deste processo. As membranas usadas neste processo deixam passar as moléculas de solvente mas impedem a passagem de grandes colóides e pequenas partículas. Aplicações: - Esterilização bacteriana. - Clarificação de vinhos. - Clarificação de cervejas. - Concentração de células. - Oxigenação do sangue. Material retido: Material em suspensão, Bactérias PM > 500.000 (0,01µm). Operações unitárias com transferência de calor → Torres de resfriamento de tiragem mecânica: Existem dois tipos de torres de resfriamento de tiragem mecânica: tiragem forçada e tiragem induzida. Nos dois tipos, o ar passa através da torre e entra em contato íntimo com a água aquecida. Na torre de resfriamento mecânica com tiragem forçada, o ventilador é montado na base da torre e o ar é forçado pela parte inferior e descartado em baixa velocidade no topo da torre. A torre de resfriamento mecânica de tiragem induzida pode ser posteriormente classificada em torres de fluxo em contracorrente, ou fluxo cruzado, dependendo da direção relativa do fluxo de água e ar. Nas torres de fluxo em contracorrente, o ar entra em contato primeiro com a água mais fria, e a maior parte do ar úmido entra em contato com a água mais aquecida pelo movimento dos dois fluidos em direções opostas. A água aquecida cai do topo da torre, e o ar frio entra pela base da torre e sai pelo topo. As torres de fluxo cruzado promovem o contato do ar frio que entra pela extremidade lateral da torre e move-se horizontalmente através da água que cai do topo. a Figura 7 mostra o esquema de funcionamento de uma torre de resfriamento mecânica de tiragem induzida com fluxo em contracorrente. Os diversos tipos de torres de resfriamento podem ser utilizados para resfriar efluentes industriais, como vinhaça, águas da caldeira, águas dos trocadores de calor, água de lavagem de equipamento, entre outras aplicações. → Torres de resfriamentode tiragem natural: As torres de resfriamento de tiragem natural têm a forma hiperbólica, e envolvem o movimento do ar nas torres pela tiragem natural devido à diferença na densidade entre as correntes de entrada e saída de ar. a eficiência do resfriamento é proporcional à temperatura ambiente e à altura das torres. Nas torres de tiragem natural em contracorrente, o ar flui verticalmente até a parte superior da torre, enquanto a água é jogada em forma de spray de cima para baixo da torre. Existem também as torres de tiragem natural com fluxo cruzado, cujo mecanismo de funcionamento é semelhante ao das torres mecânicas, com exceção do uso de ventiladores. Estas torres são muito usadas em usinas termelétricas e nucleares para resfriar a água de aquecimento proveniente das caldeiras. → Trocadores de calor: A energia é transmitida de uma substância ou corrente de fluido para outra. Estes trocadores, dependendo de seu funcionamento recebem nomes distintos, como: ebulidores, pasteurizadores, reatores com camisa, refrigeradores, congeladores, aquecedores de ar, fornos, etc. Dispositivo no qual o calor é transferido de uma corrente de fluido para outra (líquidos ou gases). A troca de calor pode ser latente (ocorre mudança de estado físico) ou sensível (apenas alteração de temperatura). Aplicações: pasteurização e esterilização de alimentos, troca de calor entre duas correntes de alimentos líquidos para aproveitamento energético. * Vapor de água e água de resfriamento não são consideradas correntes recuperáveis de processo . Aquecedores: servem para aquecer correntes de processo, usando geralmente vapor como fluido de aquecimento. Resfriadores: servem para resfriar correntes de processo, usando geralmente, água como fluido de resfriamento. Condensadores: atuam como resfriadores, contudo retiram calor latente em vez de calor sensível. Para selecionar um trocador de calor, levar em consideração: custo, requisitos do processo, características do fluido quente e frio, desempenho térmico, perda de carga, facilidade de manutenção e limpeza. Trocador de calor tubular/ tubo duplo: Constituído por dois tubos concêntricos (um dentro do outro), com um dos fluidos escoando pelo tubo central enquanto o outro flui, em corrente paralela, ou em contracorrente, no espaço anular. O trocador de calor tubular não tem o seu uso restrito à troca térmica entre dois líquidos, mas pode também ser usado na troca gás-líquido e na troca de calor entre dois gases. Pequena área de transferência, necessidade de tubos longos. Amônia: alto poder de refrigeração. Contra fluxo: os fluidos vão em direção oposta e não se tocam, mais efetivo. Paralelo: vão na mesma direção e não se tocam. Ex: condensador de vapor de vidro do laboratório. Trocador de calor de casco e tubo: Quando a área da troca térmica é grande, o tipo de trocador recomendado é o de casco e tubo. Neste tipo de calefator ou de resfriador é possível conseguir elevadas áreas de troca térmica, de maneira econômica e prática, montando-se os tubos em feixes; as extremidades dos tubos são fixadas num espelho. Área é maior que trocadores tubulares. O escoamento paralelo em todos os tubos e a baixa velocidade contribuem para coeficientes de transmissão de calor baixos e para pequena queda de pressão. Para que se tenham maiores taxas de troca térmica é necessário adotar a operação em passes múltiplos do tipo casco-tubo de múltiplos passes, que é maior a velocidade nos tubos, maior perda de carga. Presença de chicanas ou aletas para aumentar a transferência de calor. Faz o escoamento deixar de ser laminar para ser turbulento, isso melhora a transferência de calor e de massa. Trocador de calor de placas: Aumenta relação área/volume, para aumentar área basta adicionar placas. Gera alta turbulência. São os mais utilizados nas indústrias. Pode usar para fluido de escoamento fácil: leite, cerveja. suco de manga não pode. Ex: usado para pasteurizar leite. Trocador de superfície raspada: Muito usado para chocolate, para resfriar. Similar ao duplo tubo, evita o acúmulo de incrustações – melhora a transferência de calor, lâminas raspam continuamente a película do produto aderida a superfície do tubo. Ideal para partículas em suspensão e chocolate. A área de troca térmica nos lados quentes e frio são diferentes no caso de trocadores tubulares (duplo tubo, superfície raspada ou casco e tubos) e iguais no caso de trocadores a placa. → Destilação/fracionamento: Neste tipo de operação, ocorrem a transferência simultânea de calor e massa. A separação dos constituintes está baseada nas diferenças de volatilidade. Na destilação, uma fase vapor entra em contato com uma fase líquida, e há transferência de massa do líquido para o vapor e deste para aquele. O líquido e o vapor contêm, em geral, os mesmos componentes, mas em quantidades relativas diferentes. Há transferência simultânea de massa do líquido pela vaporização, e do vapor pela condensação. O efeito final é o aumento da concentração do componente mais volátil no vapor e do componente menos volátil no líquido. A destilação é usada quando se deseja separar uma mistura (líquida, parcialmente líquida ou vapor) em duas outras misturas, utilizando calor como um agente de separação. A mistura rica no(s) componente(s) mais leve(s) (de menor ponto de ebulição) é chamada de destilado, ou produto de topo, e a rica no(s) componente(s) mais pesado(s) é chamada de resíduo, ou produto de fundo. O destilado é normalmente uma mistura líquida e o resíduo é sempre uma mistura líquida. O equipamento onde ocorre a destilação é uma torre (ou coluna), cujo interior é dotado de pratos (ou bandejas) ou recheios (como nas torres absorvedoras. Para obtenção de cachaça: - Cabeça 10 a 15% (álcool inferior – te cadeia curta, metanol, são mais volátil) - Coração (etanol) - Cauda 10 a 15 % (álcool superior – butanol) - Resíduo: vinhaça (produto secundário) → Destilação simples: É procedida de forma descontínua. Uma carga de líquido é introduzida em um vaso ou retorta provida de aquecimento. A carga entra em ebulição e os vapores são retirados tão rapidamente quanto se formam para um condensador onde são liquefeitos e coletados em um recipiente. → Destilação fracionada: Na destilação fracionada é possível separar as substâncias atingindo-se o grau de separação (grau de fracionamento) que se deseja. A destilação fracionada pode ser contínua (temperatura, vazões, composições constantes em dado ponto do equipamento), ou descontínua. → Destilação em um estágio – Destilação por expansão brusca: Operação de um estágio na qual uma mistura líquida é parcialmente vaporizada, com o vapor entrando em equilíbrio com o líquido residual. As fases: líquido e vapor resultantes, são separadas e removidas do equipamento. É evidente que o vapor será muito mais rico na substância mais volátil que a carga ou líquido residual. → Extração líquido-líquido: Usa um solvente para separar o que tem interesse quando entre os dois líquidos não há muita diferença de volatilidade (Tº de ebulição). Depois pode ser feita a destilação ou outro processo de separação (como a decantação). A extração também pode ocorrer em sólido-líquido. Fatores que influenciam na velocidade de extração: - Dimensão da partícula; - O solvente; - A temperatura; - A agitação do fluido. Operações unitárias com transferência de massa → Destilação; → Adsorção: Processo no qual uma mistura líquida ou gasosa entra em contato com um sólido (o adsorvente) e um componente da mistura (o adsorbato) adere à superfície do sólido. A adsorção envolve a transferência de um constituinte de um fluido para a superfície de uma fasesólida. Para completar a separação, o constituinte adsorvido deve então ser removido do sólido. A fase fluida pode ser ou um gás ou um líquido. Como exemplo, temos a adsorção de vapores orgânicos pelo carvão. Separa-se industrialmente a fração mais leve do gás natural mediante um leito móvel de adsorvente. A maioria dos outros processos industriais usa leitos fixos e processos descontínuos ou cíclicos em lugar de equipamento com vários estágios, pois é difícil movimentar o sólido. → Absorção Um processo no qual uma mistura gasosa é posta em contato com um solvente líquido e um componente (ou vários) do gás se dissolve no líquido. Em uma coluna de absorção ou torre de absorção (ou simplesmente absorvedor), o solvente entra pelo topo da coluna, escoa para baixo e sai pelo fundo, enquanto o gás entra pelo fundo, escoa para cima (em contato com o líquido) e sai pelo topo. A absorção gasosa é usada quando se deseja remover de uma mistura gasosa um ou mais componentes, através do contato direto com um líquido ou uma solução líquida que tem afinidade por estes componentes e não tem com os demais. Nesta operação, uma corrente gasosa (por exemplo, ar contendo um vapor condensável como a acetona) é alimentada continuamente pela parte inferior de um equipamento absorvedor (uma torre, também conhecido como Scrubber, contendo no seu interior um leito de recheios, que podem ser pequenos cilindros ocos conhecidos como anéis de Raschig ou os anéis de Pall, Figura 1.13) e escoa em contracorrente com um líquido solvente (água, por exemplo) que é admitido pelo topo da torre. O ar efluirá da torre com um teor menor de acetona e no fundo da torre sairá uma solução aquosa de acetona. → Extração líquido-líquido usada quando se deseja remover de uma mistura de líquidos um ou mais componentes, denominado(s) soluto(s), através do contato direto com um líquido conhecido como solvente, que é imiscível (não mistura com as outras) com a mistura original (a carga) e remove parcialmente os componentes desejados da carga. Duas misturas líquidas miscíveis são efluentes do processo: uma, rica no solvente e contendo parte do(s) soluto(s), denominada de extrato, e outra, contendo o restante da carga e parte do solvente, denominada de refinado. → Cristalização Usada quando se deseja remover de uma solução líquida o componente dissolvido (soluto) em forma de cristais. Por muitos anos, a prática comum na produção de cristais era aquecer uma solução até uma condição próxima da saturação e colocá-la em tanques retangulares abertos, onde a solução era resfriada e os cristais depositados. Entre as várias opções mais atuais, a cristalização a vácuo em operação contínua é uma delas, neste caso, a solução salina aquecida é enviada a um vaso que opera sob vácuo, onde ocorre a evaporação da água (pela redução da pressão) e a consequente queda da temperatura – dessa forma, cristais de sais são produzidos tanto pelo aumento da concentração de sais como pela redução da temperatura. Nesse processo a agitação é fundamental. Cristalização à vácuo: atingido o ponto de supersaturação, para cristalizar: ou adiciona mais ou espera a temperatura abaixar, processo de obtenção do melaço. → Troca iônica Conforme está implícito no nome, os íons em solução podem ser removidos por este processo, que é amplamente adotado para produzir água ultrapura. Outras aplicações incluem a recuperação de antibióticos de mostos fermentados e a separação de terras raras. A troca iônica é uma tecnologia na qual íons, aprisionados por forças eletrostáticas carregados com grupos funcionais na superfície da resina de troca iônica, são trocados por íons de cargas similares em uma solução na qual a resina está imersa. A troca iônica é classificada como um processo de adsorção porque a troca ocorre na superfície do sólido, e o íon que é trocado deve passar da fase de transferência da solução, para a superfície da resina. Esta tecnologia tem sido usada extensivamente para tratamento de efluentes de uma grande variedade de rejeitos industriais para remoção e/ou recuperação de materiais específicos ou subprodutos, particularmente, certos íons metálicos. A maioria dos trocadores catiônicos usados nas operações de tratamento de efluentes são fortemente ácidas, e elas são capazes de trocar todos os cátions da solução. Clatratação – formação de um catalatro, misturas", onde uma molécula pequena ou átomo grande, como metano, xenônio, óxido nitroso ficam presos em cavidades de cristais quando a solução é resfriada e um dos componentes se cristaliza. A clatratação é um fenômeno físico que tem encontrado aplicações na separação de misturas, com base na forma das moléculas → Secagem de sólidos (transf de massa e calor) é usada para reduzir o teor de líquido (normalmente água) de um sólido úmido, usualmente pela recirculação de ar sobre o sólido, de modo a carrear a água em forma de vapor. O tipo mais simples de secador é o secador de bandejas (ou tabuleiros), que opera em batelada e é, normalmente, usado para operações em pequena escala. SPRAY DRYER SECAGEM - O funcionamento do spray dryer secagem conta com atomização. Dentro de uma câmara ocorre a pulverização produto dentro de uma camara submetida a uma corrente controlada de ar quente. Junto a esses processos, acontece a vaporização da água contida no mesmo, e consequentemente a separação ultrarrápida dos sólidos e solúveis. Nesse processo ocorre degradação mínima do produto, pois é feito em temperaturas amenas. Ex: produção do leite em pó pois não degrada compostos presentes no leite, a água evapora a menos de 100. FREEZER DRIER – congela a amostra por sublimação. → Umidificação (transf de massa e calor) Operação inversa à secagem. Ela pode ser usada para controlar a umidade de um ambiente, ao se promover a evaporação da água para o ar. Um uso importante desta operação é feito no equipamento conhecido como torre de resfriamento de água (ver Figura 1.13), de onde a água sai fria, se aquece resfriando produtos da planta industrial e retorna à torre de resfriamento, fechando o ciclo. Na torre, a água quente é pulverizada e entra em contato com ar succionado por ventiladores; uma pequena parcela da água se evapora e sai junto com o ar, permitindo o resfriamento do restante da água. Para manter constante a vazão da água de resfriamento, uma vazão de água de reposição é injetada na torre para compensar as perdas da água evaporada.] → Evaporação Usada para a remoção de solvente de uma solução líquida, através de aquecimento da solução e/ou redução da pressão de operação. Por exemplo, a água do mar pode ser usada como carga em um evaporador de três estágios (evaporador de triplo efeito), onde por aquecimento com vapor d’água no primeiro estágio e redução de pressão nos estágios seguintes se consegue produzir água potável e uma salmoura concentrada em sais. Chicanas – guiam o fluxo, serve para líquidos newtonianos, impede a formação de vórtice. Anéis – melhoram a transferência de calor e massa em destilação. Alimentação contínua: processos que reutilizam o vapor que sai quente de uma caldeira. Processos químicos Produção de amônia. Glicose, frutose para etanol. Sistema normal não tem geração nem consumo. Consome calor para gerar etanol, glicose e frutose no processos são consumidos (-) e o etanol é produzido (+). Para combustão tem que ter oxigênio.