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Apostila Unidades de Processos

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Noções de Grandezas 
Físicas e Unidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Noções de Grandezas Físicas e Unidades 
 
Sumário 
 
Pressão 
● Pressão atmosférica 
● Pressão manométrica e pressão absoluta 
● Correspondência entre unidades de medida 
 
Calor 
● Escalas de temperatura 
● Transferência de calor 
● Calor específico 
● Calor sensível 
● Calor latente 
● Dilatação térmica 
● Vapor saturado e vapor superaquecido 
 
Outras variáveis 
● Vazão 
● Escoamento 
● Perda de Carga 
 
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Pressão 
 
● Pressão atmosférica 
● Pressão interna de um vaso 
● Pressão manométrica pressão relativa e pressão absoluta 
● Unidades de Pressão 
 
 
Pressão 
 
Caldeiras são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor a uma 
pressão maior do que a pressão da atmosfera. Para produzir o vapor, uma fonte 
de calor aquece água sob condições controladas. 
 
Quem opera caldeiras e vasos de pressão precisa saber bem como eles 
funcionam para obter o melhor desempenho possível do equipamento sob sua 
responsabilidade. 
 
Para isso, além da rotina norma de trabalho, o operador deve conhecer algumas 
noções sobre os fenômenos físicos que permitem que esses equipamentos 
operem de maneira produtiva e segura. 
 
Por isso, neste módulo, falaremos sobre fenômenos físicos como pressão, calor,transferência de calor, 
tipos de vapor, bem como sobre as unidades de medida que os representam. 
 
Pressão 
 
Se uma pessoa pisar na lama ou na areia fofa, nela será desenhada a marca das solas de seus sapatos. 
Isso acontece porque os pés da pessoa exerceram uma força sobre a superfície em que se apoiaram. 
Pois bem, toda força, quando aplicada sobre uma área tem como resultado uma grandeza física 
chamadas de pressão. Isso quer dizer que pressão é a força distribuída por uma determinada área. 
 
Por ser uma grandeza física, a pressão pode ser representada matematicamente, ou seja: P , na qual 
P é pressão; F é a força e A é a área. 
 
Essa expressão nos ajuda a calcular a pressão sobre os corpos. Uma unidade medida chamada pascal e 
representada pelo símbolo PA expressa numericamente essa relação. Assim, 
 
1 Pascal 
 
Nessa expressão, Newton é a unidade de medida de força e m² é a unidade de medida de área, segundo 
o sistema SI. 
 
Observação 
 
O sistema SI é uma sistema internacional que padroniza o uso das unidades de medida. Seu uso no Brasil 
é regulamentado por lei. 
Assim, por exemplo, se quisermos saber qual a pressão exercida pela face de um paralelepípedo que tem 
uma área de 0,24 m² e exerce uma força de 24N sobre a superfície sobre a qual ela se apóia, teremos: 
 
P 
 
Isso significa que esse paralelepípedo exerce uma pressão de 100 PA sobre a superfície sobre a qual ele 
está apoiado. 
 
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Pressão atmosférica 
 
 
A Terra está envolta por uma camada de ar chamada atmosfera. 
O ar da atmosfera em torno de nós é tão leve que podemos nos 
mover através dele sem fazemos esforços. No entanto, esse ar 
tem peso. Como ele é atraído pela gravidade, faz força sobre 
nós em todas as direções, exercendo uma pressão de várias 
toneladas sobre nosso corpo. Não percebemos essa força 
porque a pressão do ar dentro dos nossos pulmões é igual á da 
atmosfera. 
 
Essa pressão se chama pressão atmosférica. Ela pode ser 
comprovada por meio de uma experiências simples: molha-se a 
borda de um desentupidor de pia que é comprimido contra uma 
superfície plana. Isso expulsa a maior parte do ar que havia 
dentro do desentupidor e será preciso fazer muita força para 
retirá-lo do lugar. 
 
Isso acontece porque, sem ar no seu interior, o desentupidor sofre uma pressão externa, muito maior do 
que a pressão interna. 
 
 
 
A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude, ou seja, ela é maior nos locais mais baixos e 
menores nos locais mais altos. 
 
Quem comprovou isso pela primeira vez foi um físico italiano chamado Evangelista Torricelli. Emborcando 
em uma cuba cheia de mercúrio um tubo de vidro de 1 m de comprimento, fechado em uma das 
extremidades, e também cheio de mercúrio, ele observou que, ao nível do mar, a coluna de mercúrio 
contida dentro do tubo descia até atingir 762 mm de altura (0,76 m). 
 
 
Com isso, ele comprovou que a pressão atmosférica, agindo sobre a superfície livre do mercúrio que 
estava dentro da cuba, equilibrou a pressão exercida pela coluna de mercúrio contra o fundo da cuba. 
Para esse valor de 76 cm (760 mm) de altura de mercúrio (Hg), ele deu o nome de atmosfera (atm). 
O aparelho simples que Torricelli inventou para fazer essa experiência chama-se barômetro. Quando a 
experiência foi repetida, com o auxilio do barômetro em locais de altitudes variadas, ficou comprovado que 
a altura da coluna de mercúrio também variava. 
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Com isso, concluiu que a pressão atmosférica varia em função da altitude. Isso pode ser demonstrado nos 
exemplos do quadro a seguir: 
 
Altitude Pressão atmosférica em mm de mercúrio 
(mmHg) 
0m 760 mm de Hg 
100 m 750 mm de Hg 
500 m 710 mm de Hg 
1000 m 660 mm de Hg 
 
Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta 
 
Como já foi visto no inicio deste módulo, caldeira é um equipamento destinado a produzir e acumular 
vapor a uma pressão maior do que a pressão atmosférica. 
 
Como esse fator é critico para a operação do equipamento, seria interessante estudar o que acontece com 
o vapor encerrado em um recipiente fechado. 
 
Para o operador de caldeira, há dois fatores muito importantes a serem observados: 
1. Gases encerrados em recipientes, mesmo sem aquecimento, exercem pressão igual em todos os 
sentidos sobre as paredes dos vasos que os contêm. Um exemplo disso é o pneu do automóvel. 
2. Essa pressão se leva sempre que a temperatura aumenta. Isso significa que, se uma dona-de-casa 
descuidada e distraída coloca ao fogo uma panela de pressão com as válvulas entupidas, o 
aumento da temperatura levará a um aumento constante da pressão interna da panela, até ela 
explodir. È isso o que acontece com a caldeira, se essa pressão interna não for controlada. 
 
Essa pressão relativa ou manométrica. A pressão relativa pode ser positiva ou negativa. 
Se a pressão relativa é positiva, ou seja, se ela for maior que zero, ela é medida por meio de instrumento 
chamados de manômetro. É com manômetro que o operador verifica os níveis de pressão dentro da 
caldeira e os mantém dentro de faixas seguras de operação. 
 
Se a pressão relativa for negativa, isto é, se ela for menor que zero, o vacuômetro é usado na medição. 
Se no local onde é feita a medição a pressão relativa (ou manométrica) for somada com a pressão 
atmosférica, obteremos a pressão absoluta. 
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Correspondência entre unidades de medida 
 
Para interpretar os dados do mostrador do manômetro, é preciso conhecer a correspondência entre as 
unidades de medidas de força e área, uma vez que ela variam de acordo com as normas de cada país e, 
portanto, variam de equipamento para equipamento, dependendo do país onde foi fabricado. 
 
As normas brasileiras, estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) recomendam 
a utilização das unidades do Sistema Internacional (SI). O quadro a seguir, apresenta a correspondência 
entre várias unidades de medidas de pressão. 
 
kPa 
(kn/m²)* 
Bar Kgf/cm² 
Psi 
(Ibf/pol²) 
Atrn 
M m Hg 
(torr) 
M h2O 
(mca) 
100 1 1,019716 14,503 0,9869 750,062 10,19716 
98,0665 0,980665 1 14,2233 0,967841 735,55610,00 
6,8947 0,68947 0,070307 1 0,068046 51,715 0,70307 
101,325 1,01325 1,03323 14,6959 1 760 10,33226 
133,322 1,33322 1,3595 19,368 1,311579 1000 13,59 
9,80665 0,09806 0,1000 1,42233 0,09677 73,556 1 
1 0,0100 0,01019 0,14509 0,009869 7,50062 0,10197 
 
*Unidade do Sistemas Internacional 
 
Observação 
De acordo com o sistema SI, uma ATM (atmosfera) corresponde A 101.325 PA. 
 
Calor e Temperatura 
 
● Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura 
 
● Modo de transferência de calor 
 
● Calor específico 
 
● Calor sensível 
 
● Transferência de calor á temperatura constante 
 
● Vapor saturado e vapor superaquecido 
 
● Escalas de temperatura 
 
Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura 
 
 
Tudo o que não cerca é formada de partículas – chamadas de moléculas – que estão 
em constante movimento, embora isso não seja visível. Esse fenômeno acontece 
porque as moléculas são dotadas de energia de agitação chamada de energia 
térmica. 
Para saber quanta energia térmica tem um corpo, mede-se sua temperatura, que 
nada mais é que a grandeza que indica o nível de agitação das partículas. Assim, 
quanto maior é a agitação das partículas, maior é a temperatura do corpo. 
 
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são postos em contato, acontece a transferência de 
energia térmica do corpo mais quente para o corpo mais frio, até que se alcance o equilíbrio térmico, ou 
seja, até que as temperaturas se tornem iguais. 
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Essa energia térmica que passa de um corpo para outro, enquanto existe diferença de temperatura, tem o 
nome de calor. 
 
Modos de transferência de calor 
 
Transferência de calor se propaga de um ponto de maior temperatura para outro de menor temperatura, 
ocorre em fenômeno chamado de Transmissão de calor. O calor pode propagar-se através das 
substâncias com facilidade ou com dificuldade. 
 
A facilidade ou dificuldade que o calor tem de propagar-se através das substâncias 
Recebe o nome de condutibilidade térmica e ajuda a classificar os materiais em Condutores e isolantes. 
 
Os matérias condutores são aqueles que transmitem o calor com mais facilidade. Os metais em geral são 
bons condutores de calor. 
 
Os materiais isolantes, por outro lado, São maus condutores de calor. Materiais como tecidos, papel e 
amianto são exemplos de material isolante. 
 
Mesmo entre os materiais condutores, a quantidade de calor que passa através de uma parede feita de 
qualquer material depende: 
 
 Da diferença de temperatura que existe entre ambos os lados do material; 
 Do tamanho da superfície da face exposta ao calor, ou seja, superfícies maiores transmitem mais 
calor; 
 Da espessura da parede; 
 Do material de construção da parede. 
 
A propagação do calor acontece nos sólidos, nos líquidos, nos gases e no vácuo e pode ocorrer de três 
formas: por condução, por convecção e pó radiação. 
 
Nos materiais sólidos, o calor se propaga por condução. Isso é facilmente 
verificado ao se colocar a extremidade de uma barra de ferro no fogo. Após 
certo tempo, quem estiver segurando a outra extremidade da barra, 
começara a percebe que a temperatura aumenta gradativamente, até que 
fica impossível continuar a segurá-la. 
 
Nos líquidos e gases, o calor se propaga por convecção, ou seja, as massas 
de líquidos e gases trocam de posição entre si. Isso significa que, se fosse 
retirada a fonte de calor – o fogo – que aquecia a barra do exemplo anterior, e 
se mantivéssemos a mão a certa distância do material aquecido, seria possível 
perceber seu calor. 
 
Isso acontece porque o ar em torno da barra quente se aquece, fica mais 
leve e sobe. O espaço livre deixado pelo ar quente, é então ocupado pelo ar 
mais frio (mais denso) que, por sua vez, se aquece, repetindo o ciclo anterior. 
Dessa forma, estabelece-se uma corrente ascendente do ar quente, que atua 
como veiculo transportador de calor desde a barra de ferro até a mão. Em 
países de clima frio, por exemplo, o sistema de aquecimento de ambientes se 
baseia na convecção do calor da água. 
 
Relembrando: na transmissão por condução, o calor passa de molécula para molécula. Na transmissão 
por convecção por sua vez, o calor é transferido juntamente com o ar, a água ou outro material. 
A transmissão por radiação é diferente porque o calor é transferido se a ajuda de nenhum material. O 
melhor exemplo desse tipo de transmissão é o calor do Sol que chega á Terra: o calor não vem por 
condução porque não há contato físico entre os dois astros; nem vem por convecção porque não há 
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atmosfera ligando um ao outro. O calor do sol chega até nós por ondas semelhantes ás ondas de radio e 
àquelas que transmitem a luz. São as chamadas ondas de energia radiante. 
 
É possível sentir os efeitos dessas ondas, aproximando a mão por baixo de uma 
lâmpada elétrica acesa. A mão ficará quente apesar do fato de que o ar quente 
sobe. Na verdade, o calor sentido foi transmitido por radiação. 
O fenômeno de troca de calor é muito empregado nos processos industriais e ajuda 
a atender ás exigências tecnológicas desses processos. Nas caldeiras, o processo 
de transferências de calor entre a queima do combustível na fornalha e o 
aquecimento da águas e conseqüente geração de vapor pode ocorrer pó radiação, 
convecção ou condução. 
Em muitos casos, é importante que o aquecimento ocorra com um mínimo de variação de temperatura. 
Através da regulagem do fluxo de vapor, é possível controlar e garantir que o aquecimento de um 
combustível, seja feito sob temperatura constante. 
 
Calor específico 
 
Algumas substâncias são mais difíceis de aquecerem do que outras. Se uma vasilha com água for 
colocada sobre uma chama e se um bloco de ferro de massa igual for colocado sobre uma chama de 
mesma intensidade, o ferro ficará logo tão quente que fará ferver qualquer gota de água que respingue 
sobre ele. A água, por outro lado, continuará fria o suficiente para que se possa mergulhar a mão nela sem 
queimá-la. 
Isso significa que o ferro necessita de menos calor de que a água para elevar sua temperatura, ou seja, 
ele tem menor calor específico. 
O calor especifico indica a quantidade de calor que cada unidade de massa de determinada substância 
precisa para que sua temperatura possa variar em 1oC. È uma característica da natureza de cada 
substância. Portando cada uma tem seu próprio calor especifico. Para os gases, o calor especifico varia 
com a pressão e o volume. 
A unidade de medida do calor especifico é a caloria por grama por oCelsius. O calo especifico do vapor 
sob pressão constante é 0, 421 cal/goC. 
 
Calor sensível 
 
Calor sensível é a denominação dada á quantidade de calor absorvido ou cedido por um corpo quando, 
nessa transferência, ocorre uma variação de temperatura. 
 
Transferência de calor a regime constante 
 
O conceito de regime de transferência de calor pode ser melhor entendido através de exemplos. 
Analisemos, por exemplo, a transferência de calor através da parede de uma estufa qualquer. 
Consideremos duas situações : operação normal e desligamento ou religamento. 
 
Durante a operação normal, enquanto a estufa estiver ligada a temperatura na superfície interna da parede 
não varia. Se a temperatura ambiente externa não varia significativamente, a temperatura da superfície 
externa também é constante. Sob estas condições a quantidade de calor transferida para fora é constante 
e o perfil de temperatura ao longo da parede, mostrado na figura .(a), não varia. Neste caso, dizemos que 
estamos no regime permanente. 
 
Na outra situação consideremos, por exemplo, o desligamento. Quando a estufa é desligada a 
temperatura na superfície interna diminui gradativamente, de modo que o perfil de temperatura varia com o 
tempo, como pode ser visto da figura .(b). Como consequência, a quantidade de calor transferidapara fora 
é cada vez menor. Portanto, a temperatura em cada ponto da parede varia. Neste caso, dizemos que 
estamos no regime transiente. 
 
Os problemas de fluxo de calor em regime transiente são mais complexos. 
 
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Vapor saturado e vapor superaquecido 
 
Quando um recipiente fechado contendo água é aquecido, o calor faz as moléculas da temperatura 
próxima de 100oC (considerando-se a pressão ao nível do mar), a água entrará em ebulição com formação 
de vapor. Enquanto existir água dentro do recipiente, o vapor é considerado saturado e sua temperatura 
não aumentará. 
Mantendo-se o aquecimento após toda a água ser evaporada, teremos o que se denomina vapor 
superaquecido, com conseqüente aumento de temperatura. 
Existem processos industriais que exigem vapor seco, sem partículas sólidas em suspensão e com 
temperatura elevada. Isso é obtido por meio da produção do vapor superaquecido. Porém, o vapor 
saturado arrasta umidade e grande parte das impurezas na forma de partículas sólidas, causando danos 
ao processo. Um tratamento eficaz da água da caldeira pode diminuir a quantidade das partículas, 
minimizando esse problema. 
Mostramos a seguir uma tabela na qual, a um dado valor da pressão absoluta, ou seja, a soja do valor da 
pressão manométrica com o valor da pressão atmosférica corresponde uma temperatura de vapor 
saturado. 
 
 
. 
 
 
 
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Observação 
Pressão Absoluta corresponde á pressão manométrica + pressão atmosférica 
 
Escalas de temperatura 
 
Há várias maneiras de representar a temperatura: a escala Celsius, a escala 
Fahrenheit e a escala Kelvin. 
Como ponto de referência para as medições, as escalas usam a temperatura do gelo fundente e a 
temperatura da água em ebulição. 
Na escala Celsius, por exemplo, a temperatura do gelo fundente corresponde a 0o C, enquanto que a 
temperatura da água em ebulição corresponde a 100o C na escala. O intervalo entre esses dois pontos foi 
dividido em 100 partes iguais e cada uma dessas partes corresponde a 1o C. 
Na escala Fahrenheit, a temperatura do gelo fundente corresponde ao equivalente em oC, com a 
temperatura do gelo fundente (OoC) correspondendo ao valor de +273k. 
 
 
 
 
Trocadores de calor 
 
 
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Sumário 
 
Trocador de calor 
• Constituição 
• Classificação 
• Aplicação no processo 
• Características construtivas 
• Escolha do fluido 
Operação com trocadores 
• Seqüência da partida 
• Seqüência da parada 
• Teste de pressão 
• Teste do casco 
• Teste do feixe 
 
Trocadores de calor 
Trocador ou permutador de calor é um equipamento utilizado para aquecer, resfriar, vaporizar ou 
condensar fluidos de acordo com as necessidades do processo. Esse é o assunto deste fascículo. 
Constituição 
O trocador de calor, representado esquematicamente na lustraçáo abaixo, e constituído pelas seguintes 
partes: 
1. Casco 
2. Carretel 
3. Tampa do carretel 
4. Tubos / Feixe tubular 
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Por convenção, um trocador de calor é representado pelo símbolo 
mostrado a seguir. 
 
Classificação 
Os trocadores classificam-se segundo quatro critérios, ou seja, quanto 
• A passagem dos fluidos; 
• A aplicação no processo; 
• Ao arranjo físico e 
• A mudança de fase de um dos fluidos. 
Passagem dos fluidos 
Quanto à passagem de fluidos. Os trocadores podem ter passagem em corrente paralela e em 
contracorrente. 
Os trocadores de calor com passagem de fluidos em corrente paralela são os tipos de trocadores nos 
quais os fluidos fazem a troca térmica percorrendo 0 trocador no mesmo sentido, conforme mostra 
ilustração a seguir. 
 
 
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Observação 
A temperatura de salda do fluido quente T2 não poderá ser mais baixa que a temperatura do salda do 
fluido frio t2, pois, quando as temperaturas dos fluidos se igualarem, cessará a transferência de calor. 
O trocador com passagem em corrente paralela é usado quando só deseja transmissão de calor muito 
grande no inicio, com rápido refinamento. 
Exemplo: 
Na pasteurização, a bile deve ser submetida logo no inicio a uma temperatura de 80°C para eliminar 
bactérias, e deve ser resfriado rapidamente para não alterar suas propriedades e paladar. 
Os trocadores de calor com passagem de fluidos em contra-corrente são os tipos de trocadores nos quais 
Os fluidos percorrem o equipamento em sentido contrário. Veja a figura abaixo. 
 
Nesse tipo de trocador, a temperatura de saída do fluido quente T2 poderá ser mais baixa que a 
temperatura de saída do fluido frio t2, porém, nunca menor que t1. 
Aplicação no processo 
Os trocadores de calor são aplicados nos processos de: 
• Aquecimento; 
 • Resfriamento; 
• Condensação. 
No aquecimento, Os trocadores de calor são usados em três tipos de sistemas: 
 
1. Aquecedor (―heater‖); 
2. Refervedor (―reboiIer‖); 
3. gerador de vapor. 
O sistema é aquecedor quando aquece o fluido do processo com o auxilio do vapor ou outro meio 
qualquer. 
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Exemplo: 
Aquecedor para regeneração de soda, cuja representação esquemática é mostrada abaixo. 
 
O sistema e refervedor (―reboiler‖) quando vaporiza um liquido por meio de vapor ou outro fluido quente. 
O refervedor é utilizado para fornecer calor as torres de destilação, vaporizando parte do produto do fundo. 
Veja representação esquemática a seguir. 
 
O sistema ó gerador de vapor quando gera vapor aproveitando calor de um liquido quente proveniente do 
processo. 
No resfriamento os fluidos do processo são resfriados usando água ou outros fluidos. A diminuição de 
temperatura dos líquidos a serem armazenados evita as perdas por evaporação dos produtos leves. 
O resfriamento pode ser realizado por três sistemas: 
1. Resfriador (―cooler): resfria Os fluidos do processo, usando água como melo de resfriamento. 
 2. Condensador: condensa um fluido usando água ou outro fluido refrigerante. E aplicado para 
recuperação de vapores de coluna de destilação bem como para condensação de vapor exausto de 
turbinas, reduzindo a pressão de descarga das mesmas. 
3. Caixa resfriadora: resfria líquidos do processo, passando-os em uma grande serpentina disposta dentro 
de um reservatório de água. O arranjo físico refere-se a maneira como 0 trocador de calor é construído. 
Assim, ele pode ser. 
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• Trocador de calor mono tubular ou bi tubular. 
 
Trocador de calor multi tubular (de passo triangular ou passo quadrado) 
 
Trocador de calor tipo serpentina 
 
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Mudança de fase de um dos fluidos 
Segundo a mudança de fase, 0 trocador de calor pode ser de dois tipos: 
• Trocador de calor sensível: troca calor sem mudança de estado dos fluidos 
• Trocador do calor latente: troca calor com mudança do estado do pelo menos um dos fluidos. 
Características construtivas 
O trocador de calor de acordo com suas características construtivas pode: 
• Trocador de calor de feixe em ―U‖; 
• Trocador de calor de feixe paralelo. 
No trocador de calor de teve em ―U‖, podem ser destacadas seis partes principais: 
 
1. Casco; 
 
2. Tampa boleada; 
 
3. Tampa do carretel; 
 
4. Carretel; 
 
5. Feixe; 
 
6, Junta. 
A representação esquemática a seguinte ilustraçãodesse tipo de trocador. 
 
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Observação 
Todas as tampas e sessões de carretel são conectadas com jogos de parafusos e juntas. 
O trocador de calor de feixe paralelo tem a mesma característica do feixe em ―U‖. Apresenta também uma 
tampa chamada flutuante, que é conectada ao feixe com o jogo de parafusos e uma junta. Veja figura 
abaixo. 
 
A figura a seguir apresenta um trocador de calor montado em uma base de concreto. 
 
Observação 
Quando o feixe paralelo não possui 0 espelho flutuante, as dilatações diferenciais do 
feixe e do casco podem ser absorvidas por uma junta de expansão montada no casco. 
Veja figura abaixo. 
 
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Escolha do fluido 
De maneira geral passam pelo lado interno dos tubos: fluido mais corrosivo; fluido com mais prisão; fluido 
menos viscoso; fluido de menos vazão volumétrica, fluido mais ―sujo‖. 
Fluido com maior pressão 
Porque o casco tem menos resistência, por ser major o seu diâmetro. 
Fluido menos viscoso 
A menos que a perda de carga deva ser muito baixa. 
Fluído de menos vazão volumétrica 
 Em vista de o casco oferecer maior espaço físico. 
Fluído mais “sujo” 
 Devido a major facilidade de limpeza pelo lado interno dos tubos com hidroateamento. 
Observação 
Entre líquidos semelhantes deve-se escolher para passar pelos tubos aquele de major pressão, major 
temperatura e o mais corrosivo. 
Operação com trocadores 
Na partida, deve-se alinhar primeiramente o fluido mais frio. Quanto maior for a temperatura do fluido, mais 
lenta deve ser sua admissão no trocador. 
Na parada, fecha-se primeiro a entrada do fluído mais quente. Caso contrário, o equipamento poderá ser 
colocado em condições de risco. 
Exemplo: 
O trocador de calor tipo serpentina abaixo, deverá promover a troca térmica entre dois 
fluidos: 
• Fluido frio = água com temperatura inicial ti = 20°C 
• Fluido quente = água com temperatura inicial Ti = 90°C 
 
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Observações: 
• O fluido quente deverá passar pelos tubos (ou feixe tubular) e o fluido trio pelo casco. 
• Com o objetivo de aumentar o tempo de residência dos fluidos e, conseqüentemente, melhorar o 
rendimento da troca térmica, o fluido quente deverá entrar na parte mais alta do trocador de calor (Vi) e o 
fluido trio na parte mais baixa. 
Seqüência da partida: 
 
1. Abrir a V2 pare purgar os gases; 
 
2. Abrir a V3 para entrada do FF; 
 
3. Abrir a Vi para entrada do FQ (lentamente); 
 
4. Abrir a V4 para salda do FQ (lentamente). 
 
Seqüência da parada: 
 
1. Fechar a VI para bloquear 0 FQ; 
2. Fechar a V4; 
3. Fechar a V3 para bloquear a FF; 
4. Fechar a V2. 
Perda de eficiência 
A perda da eficiência de um trocador de calor pode ocorrer em diversas situações: 
 
• Condições operacionais inadequadas, 
• Falha de projeto, 
• Vazamentos ou Deposição ou sujeira no equipamento. 
Quando o permutador está sujo e não ha suficiente troca de calor entre as partes, o pessoal de 
manutenção deve retirar as tampas do carretel, boleado e flutuante, onde houver, para proceder à limpeza. 
Camadas de graxa, lama e depósitos podem ser removidas dos tubos com arames, escovas ou jatos de 
água. 
Se os tubos estiverem entupidos com depósitos muito agregados em seu interior, pode-se utilizar 
hidrorateamento com alta pressão, limpeza mecânica ou, em alguns casos, ate limpeza química. 
 
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Teste de pressão 
Todos Os trocadores de calor sejam novos ou em caso de manutenção, antes.de entrarem em 
funcionarnento operacional, são totalmente abertos e submetidos a um teste hidrostático com pressões 
que variam de acordo com a sua fabricação. 
Para que isso seja feito os testes devem ser realizados segundo as seguintes recomendações: 
• O permutador deverá ser testado com água e a pressão mantida por, pelo menos, 30 minutos. 
• O casco e o feixe tubular deverão ser testados separadamente, de maneira que possíveis vazamentos na 
mandrilhagem dos tubos sejam verificados pelo menos de um lado. 
 • A pressão de teste hidrostático em temperatura ambiente deverá ser 1,5 vezes a pressão do projeto, ou 
outra recomendada pelo engenheiro responsável. 
• Quando não for possível o teste com água, poderá ser feito 0 teste pneumático. Esse teste deve ser 
cercado de algumas medidas preventivas de segurança. 
Teste do casco 
O teste do casco de um trocador cascos-tubo permite localizar vazamentos 
seguintes locais: 
• Mandrilhagem dos tubos; 
• Junta entre casco e espelho fixo; 
• Tubos; 
• Conexões. 
 
 
Teste do feixe 
O teste do feixe permite, geralmente, localizar vazamentos nos seguintes pontos: 
• Junta entre tampa e carretel; 
• Conexão para instrumentos; 
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• Tampa do lado do casco. 
 
 
Tubulações, válvulas e acessórios 
 
Sumário 
Tubos 
• Tubulações 
• Tubos metálicos de aço-carbono 
• Tubos metálicos de aço-liga 
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 • Tubos de aços inoxidáveis 
• Tubos de aço galvanizado 
• Suportes de tubulação 
• Caminhamento das tubulações 
• Normas de cores para identificação de tubulações 
 
Válvulas 
• Classificação das válvulas 
• Modos de operação das válvulas 
• Movimentação correta de válvulas manuais 
• Gaxeta 
Conexões 
• Flange 
• Conexões não-flangeadas 
• Conexões pré-fabricadas 
• Conexões de ferro fundido 
• Conexões de plástico 
Outros acessórios 
• Filtros 
• Purgadores 
• Bombas de teste 
• Juntas de vedação 
• Juntas de expansão 
• Curvas de expansão 
• Vedantes 
 
 
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Aspectos de segurança 
• Tubulação 
• Válvulas 
• Flanges, juntas, gaxetas 
 Tubos 
O desenvolvimento da indústria gerou processos complexos de manipulação, transporte e armazenagem 
de produtos. 
A partir da necessidade de expandir a planta de processamento, manipular novos produtos e desviar 
fluxos, foram desenvolvidas as tubulações, válvulas, conexões e acessórios. 
Tubulações 
O termo tubulação é usado nas plantas industriais para designar um conjunto de tubos e seus acessórios. 
Os tubos são utilizados para transportar todos os tipos de fluido de processo, sejam fluidos limpos, sujos, 
com sólidos em suspensão, ou gasosos. 
 O transporte é feito em diversas faixas de pressões e temperaturas usuais nos processos industriais. 
Materiais para Tubos 
 Os tubos são feitos de materiais apropriados para cada fluido e suas condições no processo, tais como: 
temperatura de operação, pressão de trabalho, grau de corrosividade, etc. 
Nessas condições, distinguem-se duas classes de materiais para tubulação: 
• Materiais metálicos; 
 • Materiais não metálicos. 
De todos esses materiais, os mais utilizados na fabricação de tubos para a indústria de processamento 
são os aços ao carbono e os aços-liga. 
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 O aço ao carbono é um dos mais importantes materiais metálicos usados na indústria. A maior parte dos 
componentes de máquina é fabricada com esse material, por ter propriedades mecânicas adequadas às 
condições de trabalho. 
Tubos metálicos de aço ao carbono 
Nas indústrias de processamento mais de 80% dos tubos utilizados são de aço ao carbono devido ao seu 
menor custo em relação a materiais mais nobres, excelentes qualidades mecânicas e facilidadepara ser 
trabalhado e soldado. 
Os tubos de aço ao carbono no processo são utilizados dentre outros em linhas de: 
• Distribuição de vapor saturado e superaquecido; 
• Água potável água de incêndio e água para processos industriais, trabalhando em faixas de pressão e 
temperatura compatíveis com a aplicação; 
• Óleos combustíveis e lubrificantes, ar comprimido e outros fluidos industriais, operando em faixas de 
temperatura e pressão compatíveis com a aplicação. 
Tubos metálicos de aço-liga 
Aços-liga são todos os aços que possuem qualquer quantidade de outros elementos, além dos que entram 
na composição dos aços ao carbono. 
Todos os tubos de aço-liga são bem mais caros do que os de aço ao carbono. De modo geral, o custo é 
tanto mais alto quanto maior for à qualidade de elementos de liga presente no aço. A montagem e 
soldagem desses tubos também é mais difícil mais cara. 
Os tubos fabricados com aço-liga são utilizados em: 
 
a. Altas temperaturas: temperaturas superiores àquelas que os aços ao carbono não suportam. É 
importante lembrar, que mesmo dentro desses limites, quando é exigida grande resistência mecânica ou 
resistência à fluência, os aços-liga devem ser empregados. 
 
b. Baixas temperaturas: para temperaturas inferiores a -40°C, para as quais os aço de carbono ficam 
quebradiços, são usados os aços-liga. 
 
c. Alta corrosão: em serviços com fluidos corrosivos, mesmo quando dentro da faixa de emprego dos aços 
ao carbono. De um modo geral, Os aços-liga são inoxidáveis e possuem melhores qualidades de 
resistência à corrosão e à erosão do que os aços ao carbono. Existem, entretanto, diversos casos de 
exceção: a água salgada, por exemplo, destrói os aços especiais tão rapidamente quanto os aços ao 
carbono, pela presença de íons cloreto. 
 
d. Necessidade de não contaminação: em serviços para os quais não se pode admitir a contaminação do 
fluido circulante (produtos alimentares, farmacêuticos, etc). A corrosão, ainda que só seja capaz de 
destruir o material do tubo depois de muito tempo, pode causar a contaminação do fluido circulante, 
quando os resíduos da corrosão são carregados pela corrente fluida. Devido a isso, nos casos que não 
possa haver contaminação empregam-se os aços especiais, embora do ponto de vista da corrosão, não 
fosse necessário o seu uso. 
 
e. Segurança: em serviços com fluidos perigosos (muito quentes, inflamáveis tóxicos explosivos), quando 
é exigido o máximo de segurança contra possíveis vazamentos por acidentes. No que se refere à 
corrosão, convém observar que, quanto mais resistente for o material, tanto mais longa será a vida do tubo 
e seus acessórios. 
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Tubos de aços inoxidáveis 
Os tubos de aço inoxidáveis são tubos de aço-liga, com adição de Cromo e Níquel, em porcentagens 
diversas, de acordo com a tabela abaixo. 
 
A presença de pequenas quantidades de íons cloretos (CL, hipocloretos, etc, pode causar severa corrosão 
localizada (alvéolos ou pites) ou sob tensão em todos os aços inoxidáveis austeníticos, devendo, por isso, 
ser sempre evitada (ex.: substâncias como soda cáustica, soluções salinas, etc). 
Os tubos de aços inoxidáveis austeníticos são usados, entre outros serviços, para: 
 Temperaturas muito elevadas, temperaturas muita baixas (serviços criogênicos) serviços corrosivos 
oxidantes, produtos alimentares e farmacêuticos e outros serviços de não-contaminação, hidrogênio em 
pressões e temperaturas elevadas, etc. 
Tubos de aço galvanizado 
Os tubos de aço galvanizado são aqueles que recebem uma penetração de zinco, por galvanoplastia e a 
fogo. Eles têm baixa resistência mecânica e muito boa resistência à corrosão, ao contato com a água, a 
atmosfera e o solo. 
Tubos plásticos 
A descoberta do plástico, particularmente do Cloreto de Polivinil (PVC), permitiu a fabricação de tubos 
plásticos para variadas aplicações. Na construção civil são utilizados em instalações de água potável, de 
esgotos e de águas pluviais. 
Sua utilização é limitada para fluidos com temperaturas acima de 40°C. 
Os tubos plásticos vieram facilitar e simplificar a mão-de-obra nas instalações hidráulicas. Essas 
tubulações são imunes às incrustações e à corrosão, permitindo ótima vazão dos líquidos, com baixíssimo 
atrito, pois as paredes internas são polidas, não oferecendo acréscimo de resistência à sua passagem. 
Suportes de tubulação 
As tubulações, em geral, necessitam ser fixadas para eliminar ou dividir os esforços ou pesos exercidos 
pelos tubos nas mais variadas situações e direções. A fixação é um requisito importante na instalação da 
linha, tanto para determinar o movimento admissível na tubulação como para atender se a mesma deve 
ser apoiada ou pendurada. 
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Por esse motivo, há urna grande variedade de tipos e modelos de suportes, a saber: 
a. Suportes rígidos (apoiados e pendurados): são assim chamados os que são imóveis, não permitindo 
nenhuma liberdade de movimento vertical aos tubos. 
 
b. Suportes semi-rígidos pendurados: normalmente são utilizados para trechos de tubos horizontais e 
podem dar liberdade de movimento à tubulação. 
 
c. Suportes não rígidos: sustentam o peso das tubulações, dando-lhes ao mesmo tempo certa liberdade de 
movimento. 
 
d. Suporte de ancoragem: é usado quando se pretende fixar pontos de tubulação a fim de dividir os 
trechos de dilatação da mesma. 
 
Em trajetos onde não há cruzamentos com pistas de tráfego de veículos, as tubulações, formando grupos 
paralelos, são colocadas sobre suportes de pequena altura (a pelo menos 30 cm do solo), em geral na 
margem ou no acostamento da rua. 
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Veja figura a seguir: 
 
Onde houver necessidade de travessia freqüente de pedestre sobre os tubos, deve ser construída uma 
ponte, que também pode servir de local de manobra de válvulas. 
 Tubulações com isolamento térmico externo não devem ser pisadas por pedestres, pois isso pode causar 
deterioração da proteção do isolamento, Isso pode permitir a entrada de umidade que gera a corrosão. 
Pípe way 
Sempre que houver cruzamento de pista de tráfego de veículos, a solução mais usual consiste em colocar 
o grupo de tubos dentro de uma trincheira (pipe-way) 
 
Pipe-rack 
Um pipe-rack (ou seja, suporte de tubulação) é uma estrutura para suportar as tubulações elevadas, 
fabricada geralmente de aço ou vigas de concreto. 
O pipe-rack consiste de pórticos sobre os quais as tubulações se apoiam, conforme ilustra a figura a 
seguir. 
 
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Norma de cores para identificação de tubulações 
Como já sabemos, tubulações são os tubos de uma instalação industrial destinados à condução de fluidos 
e à proteção de condutores elétricos. 
 Por questões de segurança, a identificação das tubulações está normalizada, e é feita por meio de um 
código de cores. 
Essa norma é baseada na Norma Regulamentadora NR-26 — Sinalização de 
Segurança / Ministério do Trabalho, e complementada pelas seguintes normas da 
ABNT: 
• NBR 07195 - Cores para Segurança (Jun/95); 
• NBR 06493 - Emprego de Cores Fundamentais para Tubulações Industriais 
(0ut194); 
• NB 00572 - Cores para Identificação de Tubulações da Indústria de Petróleo e 
Atividades Afins. 
• NBR 07485 - Emprego de cores para identificação de tubulações em usinas e 
refinarias de açúcar e destiladas de álcool (0ut194); 
 • NBR 07532 - Identificadores de extintores de incêndio - Dimensões e cores 
(Abr/82); 
• NBR 13193 - Emprego de cores para identificação de tubulações de gases 
industriais (Ago/94). 
Esse conjunto de normas tem por objetivo fixar as cores para identificaçãodas tubulações que 
transportam líquidos, gases e vapores das unidades de processo e utilidades e identificar, também, os 
condutores e1étricos; 
Estas normas consideram para fins de proteção e identificação, os seguintes conceitos: 
a.Pintura Geral da Tubulação: é o revestimento protetor da tubulação por meio de tintas 
apropriadas: 
 
b. Pintura de Identificação: é o revestimento total ou parcial de uma tubulação por meio de tintas 
apropriadas, com a finalidade de identificação do fluido circulante. 
 
c. Faixa de Identificação: é a superfície limitada da tubulação, em que se usa a pintura de 
identificação. 
 
d. Cores Fundamentais: são as cores fixadas pela norma NR-26 do Ministério do Trabalho, para 
facilitar a identificação de tubulações industriais e que servem de base à organização do código de 
cores. 
 
A tabela a seguir indica as cores fundamentais adotadas de acordo com o fluido circulante pela 
tubulação: 
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e. Cores Secundárias: são as cores usadas nas faixas de identificação para possibilitar a caracterização 
de um maior número de produtos. 
Observação 
O transporte de fluidos com baixa ou alta temperatura é feito através de tubulações com isolamento 
térmico apropriado para cada aplicação, como por exemplo, silicato de cálcio, ―foam gIass”, poliuretano, lã 
de vidro, isopor, lã de rocha, perfita expandida. 
Válvulas 
As válvulas são acessórios colocados ao longo das tubulações e que servem para executar manobras 
operacionais tais como: 
a. Controlar ou regular o escoamento de fluido em uma tubulação. Esse controle se estende a 
líquidos, gases e vapores. 
 
b. Permitir ou impedir totalmente o escoamento. 
 
c. Impedir o retorno do líquido na tubulação. 
 
d. Aliviar a pressão em caldeiras e demais equipamentos sujeitos a elevadas pressões. 
 
e. Regular a pressão de tubulações e equipamentos. 
 
 
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Material de fabricação 
As válvulas podem ser fabricadas de materiais metálicos e não-metálicos, e são ligadas à tubulação por 
rosca, por flange ou por solda de encaixe. 
Aplicação 
A presença de válvulas aumenta a possibilidade de vazamentos pelas gaxetas, roscas e flanges (se 
houver). Isso aumenta a despesa de manutenção e introduz perda de carga na tubulação. Por esse 
motivo, o projeto deve considerar o uso do menor número possível de válvulas, ou seja, apenas o 
necessário para a boa operação da instalação. 
Classificação das válvulas 
As válvulas podem ser classificadas pela operação que executam. Assim, as 
válvulas podem ser: 
• De bloqueio; 
• De regulagem; 
• De fluxo em um só sentido; 
• De segurança para controle de pressão de montante; 
• De controle de pressão de jusante. 
Válvulas de bloqueio 
As válvulas de bloqueio destinam-se apenas a estabelecer ou interromper o fluxo da substância 
conduzida. Portanto, só podem funcionar completamente abertas ou completamente fechadas. Seus 
diversos tipos são: 
1. Válvula gaveta: tem uma gaveta e uma sede ou assento.A gaveta tem um movimento de translação 
(deslizamento no assento); pode ser cônica ou paralela; inteiriça ou bi-partida. A haste tem movimentos de 
rotação. A gaveta tem movimento de translação, conforme figura ao lado. 
2. Essa válvula perde um mínimo de carga quando completamente aberta, drena bem a tubulação e 
facilita a abertura ou fechamento devido ao movimento da gaveta ser adequado ao escoamento. 
3. Válvula Macho (ou válvula de fecho rápido): é formada de uma peça cônica (macho) com orifício de 
sessão retangular através do cone. Quando o orifício está alinhado com o tubo há fluxo. Pode ser fechada 
ou aberta rapidamente. 
 
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Outras válvulas de bloqueio: 
• Válvula de esfera; 
• Válvula de comporta. 
Válvulas de regulagem 
As válvulas de regulagem são destinadas especificamente a controlar o fluxo. Trabalham, portanto, em 
qualquer posição de fechamento. 
Os diversos tipos são: 1. Válvula globo: o nome resulta de seu formato. É indicada para fechamento e 
regulagem do fluxo. Pode trabalhar em qualquer posição de fechamento. 
 
2. Válvula de agulha: usada para regulagem fina de líquidos e gases, em diâmetros de até 2º. 
 
3. Válvulas de diafragma: é a válvula sem gaxeta, muito usada para fluidos corrosivos, tóxicos, 
inflamáveis ou perigosos de um modo geral. Veja ilustrações a seguir. 
 
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4. Válvula borboleta: é usada, principalmente, em tubulações de grande diâmetro (mais de 20‖) e de 
baixa pressão, que não exigem vedação perfeita, para serviços com água, ar, gases, materiais pastosos, 
bem como para líquidos sujos ou que contenham sólidos em suspensão. 
 
5. Válvula de controle automático serve para controlar a vazão ou a pressão de um fluido. Essa válvula 
pode ser utilizada em malha de controle de processo. 
 
Válvulas de fluxo em um só sentido 
 As válvulas de fluxo em um só sentido impedem o retorno do fluido. Elas são: 
1. Válvula de retenção: é usada quando é necessário que o fluxo seja possível só em um sentido. É de 
funcionamento automático. Pode ser de levantamento horizontal e vertical. 
 
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Existe um modelo especial que combina roscas, bloqueio e retenção em uma única válvula e que 
incorpora um mecanismo capaz de manter o disco em posição de bloqueio independentemente do fluxo 
ou, alternativamente, pode restringir a elevação do disco. 
 
Válvula de segurança 
As válvulas de segurança são aquelas que protegem os equipamentos contra pressão excessiva. 
A utilização desse tipo de válvula é obrigatória nas caldeiras e nos reservatórios que contêm fluidos sob 
pressão. Ela se abre automaticamente quando essa pressão ultrapassa um determinado valor para o qual 
foi ajustada. 
A ilustração a seguir mostra uma válvula de segurança. 
 
Existem dois tipos de válvulas de segurança: de mola e de contrapeso A válvula de segurança de mola é 
aquela em que o disco é mantido contra o assento pela força de uma mola que cede, quando a pressão 
ultrapassa um dado limite. 
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A válvula de segurança de contrapeso é aquela em que a força que fecha a válvula resulta de um 
contrapeso. Outro tipo de válvula de segurança és válvula de contrapressão. 
Válvulas de controle da pressão a jusante 
A esse grupo de válvulas pertence a válvula redutora e a válvula reguladora de pressão. 
Válvula angular 
A válvula angular é usada para os casos em que, depois da válvula, seja necessária 
uma mudança de direção de 900. Devido aos bocais estarem a 90° um em relação ao 
Outro, ela oferece perdas de cargas bem menores do que a válvula globo normal. 
 
Modos de operação das válvulas 
As válvulas podem ser operadas de três formas: 
 
• Por operação manual; 
 
• Motorizada; 
 
• Automática. 
A operação manual é feita por meio de: 
• Volantes; 
• Alavanca; 
• Engrenagens e parafusos sem fim; 
• Correntes. 
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Veja ilustração. 
 
A operação motorizada é usada quando as válvulas: 
• São muito grandes; 
• Estão em posições inacessíveis; 
• Devem ser comandadas por instrumentos automáticos. 
Essa operação pode ser: 
• Pneumática; 
• Hidráulica; 
• Elétrica. 
A operação pneumática é o sistema mais usado na instrumentação de controle de processos. As válvulas 
pneumáticas são comandadas à distância por instrumentos automáticos. Naoperação hidráulica, a haste 
da válvula é comandada por um êmbolo sujeito à pressão de um liquido, conforme mostra ilustração 
abaixo. 
 
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Na operação elétrica, um motor elétrico aciona o volante da válvula por meio de engrenagens de redução. 
Esse sistema é usado em locais inacessíveis e em válvulas de grande porte, para tornar a operação mais 
rápida. 
Para válvulas pequenas, a movimentação pode ser feita com solenóides, ou seja, um eletroímã com uma 
mola. Por atração magnética, a haste da válvula é movimentada, abrindo-se ou fechando-se a válvula. 
As válvulas de operação automática, são auto-suficientes, dispensando qualquer ação externa para o 
seu funcionamento. A operação automática pode ser conseguida pela diferença de pressões do fluido 
circulante, ou pela ação de molas ou contrapesos integrantes da própria válvula. 
Observações: 
• As válvulas em linhas pressurizadas devem ser acionadas lentamente para evitar esforços excessivos ao 
sistema, causados, por exemplo, pela parada repentina do fluido (martelo hidráulico). 
• Válvulas de bloqueio, que não são usadas durante a operação normal, devem ser operadas de vez em 
quando para evitar seu emperramento. 
Movimentação correta de válvulas manuais 
As válvulas devem ser operadas com técnica correta de modo a facilitar o trabalho do operador. 
Uma válvula adequadamente lubrificada e engraxada dificilmente oferecerá dificuldades para a sua 
movimentação. 
Para abertura e fechamento, o limite do esforço físico despendido será dado pela própria dimensão da 
válvula. 
Chaves de válvulas 
Chave de válvula é um dispositivo em forma de ―E‖ utilizado para facilitar a movimentação dos volantes de 
válvulas. 
O uso de uma chave de válvula só se justifica no caso de válvulas de grande dimensão em que o esforço 
físico aplicado é multiplicado pelo auxílio dessa chave, e está atuando como mão-de-força. 
Para não causar danos à válvula, não se deve utilizar artifícios como alavancas, chaves de encanador, 
golpes ou pancadas para movimentá-la. 
O limite de abertura e fechamento é dado pelo próprio curso da haste; deve-se deixar uma folga ao final da 
abertura a fim de facilitar a movimentação quando houver necessidade de fechá-la. No fechamento, ao 
final, deverá apenas ser dado um pequeno esforço adicional a fim de certificar-se de que o fechamento 
fez-se integralmente. A fim de preservar a válvula, também não deverão ser feitos apertos no fechamento. 
Em qualquer caso não se deve forçar o volante em demasia, seja na abertura ou no fechamento, para não 
danificá-lo. 
Gaxeta 
A gaxeta é um material de vedação, que serve para impedir o vazamento do fluido pelo espaço entre a 
haste e o castelo de uma válvula, ou entre juntas de expansão, ou entre eixo de bomba e seu corpo, etc. 
Seu uso depende da especificação técnica, bem como da temperatura, pressão, e grau de corrosividade 
do fluido a ser transportado. 
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Os tipos mais comuns de gaxetas são: quadrada e redonda. 
 
Constituição 
As gaxetas podem ser de fibra de carbono trançada que, atualmente é usada no lugar de asbestos ou 
amianto, náilon, juta, teflon, cobre, alumínio, chumbo, aço. As gaxetas para válvulas ou bombas contêm 
material lubrificante para reduzir o atrito entre os componentes. A escolha do material da gaxeta depende 
do tipo de produto que passa pela válvula. Veja tabela a seguir. 
Produto 
Material 
Vapor 
alta 
pressão 
Vapor 
baixa 
press
ão 
Águ
a 
que
nte 
Agu
a 
fria 
Ar 
Amôn
ia 
Ácido
s 
Fibra de 
carbono 
trançada 
x x x x x 
Metal x 
 
Semi-metal x x x x x x 
 
Cobre x 
 
Aço x 
 
Lona e 
borracha 
 
x 
 
x x 
 
Algodão 
 
x 
 
Plástico 
 
x x 
 
Teflon 
 
Observação 
As gaxetas devem ser cortadas em forma de arruelas e da maneira ilustrada a seguir 
Conexões 
As conexões são acessórios para tubulação, utilizados para unir, direcionar derivar e interromper trechos 
de tubulação. 
As principais conexões utilizadas são: 
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1. Flange; 
2. Outras conexões: luvas, joelhos, curvas, niples, bucha de redução, caps, plug ou bujão, união, cruzetas, 
tês. 
Flange 
O flange é uma conexão especial, utilizada para ligação entre tubos e curvas, fechamento de 
extremidades conexões entre equipamentos como: válvulas, bombas, compressores, tanques, etc. 
Os flanges podem ser metálicos e não-metálicos, forjados e fundidos nos mesmos materiais utilizados na 
fabricação de tubos. 
O flange é aplicado onde se requer facilidade de montagem ou desmontagem de uma linha ou 
equipamento e para facilidade de manutenção. 
A figura ao lado mostra uma ligação flagelada com junta, parafusos e porcas. 
 
Há diversos tipos de flanges, a saber: 
Flange de pescoço: é bastante usado em tubulação industrial, para quaisquer pressões e temperaturas. 
De todos os flanges não-integrais é o mais resistente e o que fornece melhor vedação. 
Flange sobreposto: é um flange mais barato e mais difícil de instalar do que o 
anterior, porque a ponta do tubo encaixa no flange, facilitando o alinhamento e 
evitando a necessidade de corte do tubo na medida exata. 
Em tubulações industriais, o flange roscado é usado apenas para tubos de metais não soldáveis, ou para 
faixas menores de pressão de operação. 
O flange de encaixe e solda é semelhante ao sobreposto. Contudo, é mais resistente 
e tem um encaixe completo para a ponta do tubo, dispensando, por isso, a solda 
interna. Não é recomendado para serviços com materiais corrosivos. 
Flange cego temporáno (raquete): 
 É instalado entre dois flanges, quando se deseja, temporariamente, um bloqueio rigoroso e absoluto do 
fluxo. Devem ser colocadas juntas em ambos os lados; é um acessório utilizado durante a realização do 
teste hidrostático de tubulações e equipamentos. 
A raquete possui um cabo que tem a finalidade de indicar se a tubulação está ou não bloqueada. Existe 
também um tipo de flange cego denominado figura oito, que possui função idêntica à da raquete. 
Flange macho e fêmea: é usado em casos especiais, para fluidos corrosivos, O fageamento deste flange 
consiste de urna lingüeta e uma ranhura para encaixe da junta, protegida para não ter contato com o 
fluido. 
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O flange quadrado pode ser usado em casos especiais de ligações de equipamentos, como trocadores 
de calor, válvulas, etc. 
 O flange oval é também usado em casos especiais, como ligações de compressores de ar, refrigeração 
de bombas e lubrificadores. 
Flange de orifício: é um flange que possui dois furos eqüidistantes em sua lateral. ―Esses furos vão do 
diâmetro externo até o interno, são rebaixados, roscados ou de encaixe para solda para tubos de 1/2‘ ou 
3/4‖ de diâmetro. 
Entre dois desses flanges é colocada uma placa com orifício, que serve para realizar a medição do fluxo 
por meio de tomadas de impulso conectadas nas laterais dos flanges. 
Conexões não-flangeadas 
As conexões não-flangeadas são peças que servem para unir um tubo ao outro, permitindo a mudança de 
direção, redução de bitola, derivação, fechamento dê extremidades, facilitando a montagem e 
desmontagem de uma tubulação. 
Esse tipo de conexão pode ser metálica e não-metálica, forjadas, fundidas e pré- fabricadas nos mesmos 
materiais utilizados na fabricação de tubos. 
Os tipos de conexões não-flangeadas são descritos a seguir. 
Luvas 
As luvas servem para: 
 
1. unir dois tubos, prolongando uma linha 
2. conectar acessórios; 
3. reduzir bitola de tubo 
Tipos de luvas roscadas; 
Tipos de luvas de encaixe para solda: 
Joelhos 
Os joelhosservem para mudar a direção de uma tubulação, podendo ser roscados ou de encaixe para 
solda normal ou com redução. Diferem das curvas por terem raio de curvatura mínima. 
 Curvas 
 
As curvas também servem para mudar a direção de uma tubulação, podendo ser roscadas, de encaixe 
para solda normal, de redução, ou unidas por ligação flangeadas. 
A curva é mais cara do que o joelho e ocupa mais espaço; em compensação, a perda de carga é menor. 
Por isso, é sempre preferível ao joelho. 
As curvas também podem ser fabricadas de tubos ou de chapas, possibilitando uma variação maior de 
curvatura. 
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Tipos de curvas roscadas 
Tipos de curvas para solda 
Niples 
Os niples são peças curtas de tubos, preparados especialmente para facilitar a ligação entre dois 
acessórios. 
Tipos de niples roscados 
Tipos de niples para solda 
Buchas de redução e reduções 
As buchas de redução têm a mesma função do niple, mas com a finalidade de reduzir o diâmetro e gerar 
economia de material. 
Tipos de redução para solda de topo 
Tipo de buchas de extremidade roscada. 
Caps 
Os caps servem para fechar as extremidades de tubos, podendo ser roscadas ou para solda. 
Plugue ou bujão 
 O plugue serve para o fechamento de uma conexão roscada. 
Esse tipo de conexão pode ter extremidade lisa ou extremidade quebrada conforme figura. 
União 
A união serve para unir duas extremidades de um tubo, facilitando a montagem e a desmontagem de uma 
linha. 
Cruzetas 
As cruzetas são usadas em ramais ou derivações. Elas podem ser: 
 • Roscadas, 
• Para solda de encaixe 
• Para solda de topo. 
Tê 
O tê serve para ligações de ramais, ligações de manômetros ou termômetros e outros instrumentos. 
O tés podem ser unidos por solda ou por ligação flangeada. 
 
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Conexões pré-fabricadas 
As conexões pré-fabricadas são fabricadas de tubos ou chapas e têm a mesma fun das conexões vistas 
anteriormente. 
Vantagens das conexões roscadas 
• Baixo custo de instalação; 
• Não oferecem riscos durante a montagem em áreas perigosas; 
• Permitem a retirada de um trecho sem afetar os demais. 
Desvantagens das conexões roscadas 
• As roscas não são aconselháveis para média e alta pressão; também não são recomendadas para 
fluidos corrosivos, ou produtos químicos; 
• Durante a montagem deve-se obrigatoriamente começar por uma das extremidades 
• Para que não ocorra vazamento usa-se uma fita de teflon na rosca para obter um vedação perfeita; 
• Com o tempo essas conexões tendem a enferrujar, o que dificulta a sua desmontagem. Às vezes, isso 
toma impossível o reaproveitamento das tubulaçõe 
Conexões de ferro fundido 
As conexões de ferro fundido têm a mesma finalidade das conexões de aço, mas tem seu emprego 
limitado à classe da pressão que permite seu uso. 
Essas conexões são mais empregadas em tubulações (adutoras de água), ou linhas de drenagem. 
Requerem o processo de chumbamento, tornando mais difícil sua montagem e desmontagem. 
Conexões de plástico 
É crescente o emprego do plástico nas indústrias As conexões de plástico estão substituindo, com grande 
vantagem, algumas conexões metálicas. 
Elas podem transportar fluidos corrosivos, desde que não apresentem temperaturas muito altas. 
Outros acessórios 
Além das válvulas e conexões, as tubulações e equipamentos do processo necessitam de outros 
acessórios. Estes têm a finalidade de auxiliar e garantir o bom funcionamento do conjunto. 
Neste capítulo, estudaremos os filtros, os purgadores, as bombas de teste, as juntas e os vedantes. 
Filtros 
Os filtros são acessórios instalados nas tubulações, com a finalidade de reter poeiras, sólidos em 
suspensão e corpos estranhos no fluxo de líquidos ou gases. Industrialmente, existem duas classes mais 
comuns de filtros para líquidos: os filtros permanentes e os provisórios. Os filtros permanentes são 
acessórios instalados definitivamente na tubulação. 
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Eles são empregados principalmente em: • Tubulações com fluidos que sempre apresentarão corpos 
estranhos; 
• Casos de necessidade de purificação rigorosa e controle do fluido; 
• Tubulações de entrada óe equipamentos tais como, bombas de engrenagens, medidores volumétricos, 
etc. 
Esses filtros são, geralmente, construídos em caixa de aço, de ferro fundido ou bronze. 
Os materiais com os quais os elementos filtrantes são fabricados variam de acordo com as caracteristicas 
do fluído, o grau de filtragem desejado e a dimensão da impureza a filtrar. 
Os filtros provisórios são intercalados nas tubulações, próximo dos bocais de entrada dos equipamentos 
(bombas, compressores, turbinas, etc), para evitar que sujeira e corpos estranhos deixados nas 
tubulações durante a montagem penetrem nesses equipamentos quando a sistema for posto em 
funcionamento. Após certo tempo de funcionamento, os filtros provisórios podem ser removidos da 
tubulação. 
Os elementos filtrantes mais comuns tanto para filtros provisórios como para filtros 
permanentes são os Seguintes: 
• Grades metálicas, chapas perfuradas e tetas metálicas para filtragem grosseira; 
• Telas finas, feltro, nylon, porcelana e papel para filtragem fina de líquidos; 
• Folhas metálicas, feltro, camurça, elemento cerâmico poroso para filtragem de gases. 
Os filtros de ar são dispositivos destinados a eliminar água, partículas sólidas em suspensão, óleo e 
umidade do ar comprimido, para que ele possa ser utilizado em instrumentos equipamentos pneumáticos. 
Os filtros de ar apresentam-se em três tipos: com dreno manual; com dreno automático e hidrostático. 
Os principais componentes dos filtros de ar são: 
 
 1. Defletor: dirige o fluxo de ar no sentido circular para que o líquido 
seja extraído pela força centrífuga. 
2. Elemento filtrante: serve para remover partículas sólidas. Os materiais mais usados nesses 
elementos são: bronze sintetizado; papel-filtro; lâminas de fibra. 
3. Separador é um anteparo que tem a forma de um guarda-chuva, servindo para formar uma região 
onde não haja vazão de ar, a fim de evitar que o líquido retirado do ar não seja arrastado para a saída. 
 4. Válvula de dreno manual: está localizada na parte inferior do corpo, servindo para remover o liquido 
acumulado. 
 5. Corpo: pode ser de plástico transparente, para permitir visualização quando há líquido acumulado. 
Seu uso é limitado à pressão máxima de 10 kgflcm2. Para pressões maiores ele é construído de aço-
carbono. 
Observação 
O corpo de plástico só pode ser lavado com água e sabão, pois, os solventes químicos podem danificá-lo. 
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Purgadores 
Outro tipo de acessório é o purgador, que é um dispositivo automático que serve para eliminar o 
condensado formado nas linhas de vapor e nos aparelhos de aquecimento, sem deixar escapar vapor. Ele 
é fabricado com materiais metálicos. 
Os bons purgadores, além de remover o condensado, eliminam também o ar e outros gases 
incondensáveis, (CO2) por exemplo, que possam estar presentes. 
Aplicação 
Os purgadores de vapor são empregados mais comumente em tubulação industrial 
para: 
• Eliminar o condensado formado nas tubulações de vapor em geral; 
• Reter o vapor nos aparelhos de aquecimento (trocadores de calor, serpentinas de aquecimento, 
autoclaves, estufas, etc), deixando sair apenas o condensado. 
Os purgadores para ar comprimido são instalados em linhas de ar para remover o condensado (água), que 
pode causar problemas de corrosão. 
Classificação 
Os purgadores são classificados em três grupos: mecânico, termostático, especial. 
Purgadores mecânicosOs purgadores mecânicos agem por diferença de densidade. Eles são classificados 
em 
• Purgador de bóia: 
• Purgador de panela invertida; 
• Purgador de panela aberta. 
O purgador de bóia funciona com um orifício de saída de água sempre abaixo do nível mínimo; havendo 
excesso de água ou condensado, o nível levanta e a bóia flutua, abrindo a saída pelo orifício. A bóia se 
estabiliza em uma posição em que a água que está entrando (com o vapor) é igual à água que está 
saindo. 
Veja representação esquemática a seguir. 
Purgador termostático 
Os purgadores termostático são indicados para pressões de vapor saturado e são chamados de 
purgadores de expansão balanceada (fole). 
A ligação da descarga tanto pode ser na horizontal, como em ângulo de 900°; para este caso, é só mudar 
a posição do bujão. 
Os purgadores termostáticos são indicados para serviços leves, nas retiradas de condensados de 
cozinhadores, serpentinas, autoclaves, etc: pelo seu tamanho e alta capacidade são muito práticos e 
fáceis de instalar. 
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A instalação do purgador deverá ser feita a, no mínimo, um metro da saída do aparelho, devendo existir 
um pequeno declive para o purgador. 
Observação 
O purgador não deve ser instalado em ambiente em que haja temperaturas externas elevadas: deve-se 
instalá-lo, sempre em local de temperatura ambiente. 
Purgadores especiais 
Os purgadores especiais são: 
 • Purgador termodinâmico; 
 • Purgador de ar (ventoso). 
O purgador termodinâmico é usado para retirar água condensada em tubulações. Serpentinas e todos os 
tipos de aparelhos aquecidos a vapor, tais como: tachos, estufas, cilindros, irradiadores, cozinhadores, etc. 
Nesse tipo de purgador, é indispensável a instalação de um filtro de vapor, pois ele é muito sensível a 
detritos e impurezas. 
O purgador termodinâmico descarrega com o condensado automaticamente, todo o ar ou gases não 
condensáveis que se encontrarem nas máquinas ou aparelhos em que forem instalados. 
O purgador de ar é instalado em tinhas de ar comprimido para drenar condensado (água) das instalações 
de ar. Também serve para expulsar o ar da linha de líquidos, equipamentos, etc. Veja a seguir um 
purgador com flutuador esférico. 
Bombas de teste 
As bombas de teste são bombas hidráulicas utilizadas para testar linhas de tubulação ou equipamentos de 
processo. Elas podem ser: de pistão, axial manual, elétrica e pneumática. 
As bombas manuais de teste hidrostático geralmente são usadas para testar tubulações em término de 
fabricação ou em manutenção, e também para testar equipamentos recém-montados ou em reparo. 
Essa bomba é fabricada de material metálico e é composta das seguintes partes ilustradas na figura a 
seguir. 
Juntas de vedação 
A junta é um elemento que serve para vedar a união de dois flanges, não permitindo vazamentos É 
fabricada de materiais metálicos e não-metálicos. 
As juntas são usadas em todas as ligações flangeadas, para compensar as irregularidades das faces dos 
flanges e para suportar as várias pressões e temperaturas de operação, garantindo vedação perfeita. 
Quando em serviço, a junta fica submetida a uma forte compressão provocada pelo aperto dos parafusos, 
e também a um esforço de cisalhamento devido à pressão interna do fluido circulante. 
O material da junta deverá ser elástico e deformável, e resistente às ações do fluido e às condições 
extremas de temperatura. 
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As juntas de vedação podem ser: corrugada ou lisa metálica, espirotálica (flexitálica), plana metálica, em 
anel, total. 
A junta corrugada ou lisa metálica é composta por capa de lâmina metálica, plana ou corrugada, e 
enchimento de material macio, geralmente amianto, hoje substituído por fibra de carbono. 
Dependendo das condições de trabalho, a capa metálica pode ser de aço inoxidável, cobre, latão, alumínio 
ou aço ao carbono. 
Ajunta espirotálica (flexitálica) é constituída de uma lâmina geralmente de aço inoxidável, torcida em 
espiral, com enchimento de fibra de carbono entre cada volta e externamente com anel metálico de reforço 
para proteger as espiras a uma forte compressão provocada pelo aperto dos parafusos. Usam-se essas 
juntas quando têm- se grandes variações de pressões e temperaturas. 
Observação: 
O mesmo modelo pode apresentar, entre uma espira e outra, um enchimento de teflon para aplicações em 
baixa temperatura. 
A junta plana metálica é maciça com faces planas ou ranhuras. Usa-se com fianges de face com ressato 
(para pressões muito altas) e com flange de macho ou fêmea ou de ranhura e lingüeta. Em todas as juntas 
metálicas é importante que o material da junta seja menos duro que o material do flange. 
A junta metálica em anel é maciça de sessão ovalada (mais comum) ou octognal. 
Esses anéis são, geralmente, de aço inoxidável, mas também podem ser de aço ao 
carbono, cobre, níquel e metal monei. 
São sempre peças de fabricação cuidadosa. Essas juntas são empregadas exclusivamente com flanges 
de face para juntas de anel. 
A junta total é assim chamada, porque ocupa totalmente a área do flange com todos 
os furos equivalentes. É constituída geralmente de material não-metálico e usada em 
flanges de face lisa. Os materiais mais usados na sua confecção são: 
• Borracha natural - para ar, água, condensado até 100°C; 
 • Borracha sintética - para óleo até 120°C; 
 • Fibra de carbono para vapor até 400°C e 48 kg/cm2. 
• Materiais plásticos - para fluidos corrosivos em baixas pressões e baixas temperaturas; 
• Papelão hidráulico, para água, ar condensado e outros serviços de baixa temperatura e pressão. 
Observação 
Existem juntas especiais e não-metálicas de vários formatos, para uso em trocadores de calor, torres, 
vasos, caldeiras e diversos equipamentos. As ilustrações a seguir representam esquematicamente juntas 
para vedação de espelhos de trocadores de calor. 
Universal com articulação simples 
Indicadas para médias e baixas pressões, absorvendo movimentos laterais e eventualmente axiais. 
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Universal com articulação cardânica 
Recomendadas para altas pressões, absorvendo movimentos laterais e eventualmente axiais. 
Universal auto-compensada 
Com derivação e articulação cardânicas, recomendadas para altas pressões, absorvendo movimentos 
laterais e axiais. 
Ajunta dobradiça é uma junta de expansão com movimento articular em plano que, com duas ou mais 
peças, absorve grandes dilatações em uma ou mais direções. 
Ajunta cardânca é uma junta de expansão articulada, com rotação angular em qualquer plano que tenha 
pares com ou sem combinação de juntas dobradiças. Absorve grandes movimentos em qualquer plano em 
uma ou mais direções. 
Aplicação 
Utilizam-se as juntas de expansão quando: 
 
a. Os movimentos da tubulação provocados pela dilatação térmica não podem ser absorvidos pelo 
caminhamento da tubulação; 
b. Os esforços e movimentos transmitidos pela tubulação podem danificar os equipamentos aos quais 
está ligada. Isso porque os equipamentos estáticos (tanques, torres, vasos, trocadores de calor, 
etc) e equipamentos dinâmicos (bombas, turbinas, compressores etc.) não suportam tensões 
combinadas de flexão e torção. 
c. Se deseja simplificar o caminhamento da tubulação com a conseqüente diminuição da perda de 
pressão do fluido que está escoando pela tubulação; 
d. Os esforços transmitidos são excessivos e é necessário um projeto estrutural ou de fundação mais 
econômico; 
e. Houver necessidade de isolar vibrações mecânicas; 
f. Se deseja absorver dilatações diferenciais que apareçam em trocadores de calor, vasos horizontais 
ou verticais e evaporadores. 
 
Curvas de expansão (ou “liras”) 
 
Para reduzir as deformaçõescausadas pela movimentação térmica de contração e dilatação devem ser 
usadas juntas de expansão ou arranjos flexíveis. A fim de restringir o uso de juntas de expansão ao 
mínimo indispensável, a flexibilidade de uma tubulação é conseguida com um traçado conveniente, com 
mudanças de direção no plano ou no esforço. 
 
Desta forma as dilatações térmicas serão absorvidas por meio de flexões ou torções provocadas nas 
tubulações quando frias. 
 
Comumente, as curvas de expansão são feitas de trechos de tubos retos e curvas comuns. As pernas 
perpendiculares ao longo da tubulação fornecem flexibilidade. 
 
Em pipe-racks, o arranjo de tubulações sujeitas a expansão térmica deve ser feito de forma que as linhas 
com curvas de expansão maiores contenham as menores, a fim de economizar espaço. 
 
A rigidez das tubulações deve ser evitada nos arranjos entre tanques, vasos ou outros equipamentos nos 
quais existe a possibilidade de grandes variações na temperatura devido ao processo ou clima, ou ainda, 
por estarem localizados em fundações diferentes, propensas a ceder ou a se dilatar por interferência de 
variações de temperatura. A flexibilidade deve ser dada pelas curvas de expansão. 
 
 
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Caminhamento das tubulações - Curvas de expansão 
 
 
Os dois arranjos a seguir usam uma curva de expansão na mudança de direção do tubo principal. Observe 
qual é o mais flexível. 
Da mesma forma, o arranjo a seguir economiza uma curva e duas soldas. Nos dois casos, a bomba é 
usada para fazer circular o fluido no tanque ou vaso. 
 O arranjo flexível reduz a tensão nos bocais e também permite a passagem entre os dois equipamentos. 
Os vedantes são materiais empregados na junção de peças do mesmo material ou de materiais diferentes. 
São empregados para impedir o escapamento de líquido, vapor ou gás. Os vedantes são de diferentes 
tipos, de diferentes estados físicos e de diferentes formas. 
Na construção civil, são utilizados nas instalações hidráulicas e nas industriais, principalmente nas 
ligações entre tubos e conexões. 
 
O tipo de vedante determinado em função do material empregado na instalação do líquido, do gás ou 
vapor que deva passar na tubulação e sua variação de temperatura e pressão. 
A operação de unidades de processo envolve manobras operacionais de rotina e de emergência, que têm 
o objetivo de preservar a integridade física da equipe e o patrimônio da empresa. Nesses casos, é 
importante a observação de diversos aspectos relativos à segurança. 
Tubulação 
No que se refere à tubulação, deve-se: 
• Conhecer o encaminhamento da tubulação, e identificar os principais pontos de intervenção durante 
manobras operacionais; 
• Identificar o fluido circulante através do código de cores ou quando não disponível, seguindo a planta de 
tubulação da empresa; 
• Identificar pontos de drenagem e alívio das tubulações, para pronta atuação durante manobras de 
emergência; 
• Identificar vazamentos e gotejamentos nas inspeções de rotina; 
• Identificar as bitolas das tubulações para facilitar a atuação em situações de emergência; 
 • Promover a limpeza e purga em caso de manutenção com solda em tubulações que operam com 
produtos perigosos; 
• Atuar juntamente com a equipe de segurança na liberação da área para execução de serviços com solda. 
Válvulas 
Com relação às válvulas, é preciso: 
 
• Identificar as diversas válvulas através dos sistemas de códigos, ou outras técnicas de identificação; 
 
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• Ter conhecimento de todas as válvulas e suas funções dentro do processo para 
evitar erros operacionais. 
 
• Fazer as manobras de abertura e fechamento de válvulas, tomando os devidos 
cuidados para não causar perturbações operacionais ou acidentes; 
 
• Evitar choques e batidas contra o corpo e volante da válvula, bem como seu aperto excessivo; 
 
• Promover a lubrificação/manutenção de forma adequada para facilitar o manuseio. 
 
Flanges, juntas, gaxetas 
 
Em relação aos flanges, juntas e gaxetas, é preciso verificar se após montagem/manutenção foram 
tomados os cuidados na instalação de materiais adequados, e se os parafusos estão devidamente fixados, 
evitando com isso o aparecimento de vazamentos, rupturas, contaminações ambientais, etc. 
 
Em casos de vazamentos envolvendo tubulações e acessórios devem ser tomadas 
medidas de emergência com relação ao isolamento e sinalização da área comprometida, Instalar diques e 
canaletas de contenção, para evitar contaminação do meio ambiente, e utilizar sempre os EPIs 
recomendados para cada tipo de situação. 
 
Juntas de expansão 
 
As juntas de expansão são peças não-rígidas que são instaladas nas tubulações, com a finaldade de 
absorver total e parcialmente as dilatações provenientes de variações de temperatura, e também de 
impedir a propagação de vibrações. São construídas em materiais metálicos, geralmente aço inoxidável. 
As juntas de expansão são de vários tipos, a saber, Axial; 
 • Universal; 
 • Dobradiça; 
 • Cardânica. 
A junta de expansão tipo axial é projetada para absorver movimentos térmicos longitudinais, entre trechos 
retos de tubos fixados. 
Ajunta de expansão universal possui estrutura auto-suportante È projetada para absorver movimentos 
laterais e transmitir os mínimos esforços. 
 Essa junta é recomendada para bocais de turbinas, bombas ou quaisquer equipamentos sensíveis. Ela é 
fabricada nos seguintes modelos: 
• Universal com articulação simples; 
• Universal com articulação cardánica; 
• Universal auto-compensada 
 
 
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Bomba 
Sumário 
 
Bombas 
 
• Bombas de deslocamento positivo 
• Bombas alternativas 
• Bombas rotativas 
• Bombas dosadoras 
 
Bombas centrifugas 
 
• Partes de uma bomba centrífuga 
• Características de uma bomba centrífuga 
• Instalação de bombas centrifugas 
• Operação de bombas centrifugas 
• Controle de bombas centrifugas 
• Resfriamento 
• Curva característica 
• Associação de bombas centrifugas 
• Cavitação 
• Unidades de selagem 
Aspectos de segurança 
 
Bombas 
 
Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que conferem energia aos fluidos incompressíveis (líquidos) 
com a finalidade de transportá-los de um ponto a outro do sistema, aumentando sua pressão. 
As bombas classificam-se em bombas de deslocamento positivo (ou 
volumétricas) e bombas centrifugas (ou turbo-bombas). 
Bombas de deslocamento positivo 
As bombas de deslocamento positivo, ou volumétricas, são aquelas em que a movimentação de líquido é 
diretamente causada pela movimentação de um órgão mecânico da bomba que obriga o liquido a executar 
o mesmo movimento que ele. 
As bombas de deslocamento positivo classificam-se em: 
 
• Alternativas; 
• Rotativas; 
• Dosadoras. 
 
Bombas alternativas 
 
As bombas alternativas são usadas para sistemas que exigemalta pressão e pequena capacidade, operam 
com Iíquidos viscosos e realizam dosagem de produtos químicos. 
Nas bombas alternativas, a entrada e a salda do líquido são controladas por válvulas, que são movidas 
pela pressão diferencial criada quando o pistão se move para frente ou para trás. As válvulas que 
controlam a entrada são chamadas válvulas de admissão ou sucção, e as que controlam a salda são 
chamadas válvulas de descarga. 
Quando o pistão se move de um lado para o outro do cilindro, ele causa um vácuo parcial num lado e uma 
pressão positiva do outro, quando for de dupla ação. O vácuo parcial criado num lado faz abrir a válvula de 
sucção correspondente e, quando a pressão excede à de descarga, abre-se a válvula de descarga, 
esvaziando o liquido contido no cilindro. Devido ao movimento do pistão para frente e para trás, o fluxo de 
liquido é intermitente ou pulsante.

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