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1 Instituto de Física – UFRGS Agosto de 2020 Influência da distância no valor do campo magnético Nesse relatório será visto algumas aplicações da indução eletromagnética no nosso dia a dia, exemplificado nesse documento na figura do microfone. Além disso, serão apresentados dados com relação a um experimento feito no site simulador PhET Ímãs e Eletroímãs, bem como uma análise critica a cerca desses resultados obtidos tendo como objetivo principal avaliar a influência da distância no valor do campo magnético. INTRODUÇÃO O Campo magnético pode ser definido como a força magnética criada em volta da carga em um dado ponto no espaço. Ele também pode ser determinado como uma região do espaço em que um imã manifesta ação, visto que o imã é a peça chave para o estudo do campo magnético, pois ele é capaz de desenvolver esse campo em torno de si próprio. Os ímãs possuem dois polos, um com carga positiva e outro com carga negativa. Desta forma, poderá existir atração ou repulsão dos polos dependendo da orientação dos ímãs. A imagem abaixo ilustra bem como é a interação entre dois imas e como o campo magnético flui dentro dele: Através da lei de Faraday, podemos mostra que a variação do fluxo desse campo magnético é capaz de induzir o surgimento de corrente elétrica. Tal fato é extremamente importante para nossa vida cotidiana, visto que muitos dos produtos que utilizamos funcionam seguindo este princípio de indução eletromagnética. Um bom exemplo de um instrumento que se utiliza do eletromagnetismo são os microfones. Os microfones tem como objetivo transformar ondas sonoras em sinais elétricos. Seu princípio de funcionamento ocorre da seguinte forma: ao chegarem a um microfone, as ondas sonoras chocam-se com membranas que estão fixadas a bobinas, essas bobinas, por sua vez, estão próximas a um ímã. Assim, ao receberem as ondas sonoras, elas vibrarão ao redor do ímã de forma que o fluxo magnético seja variável. A variação de fluxo magnético gera uma corrente elétrica que seguirá os padrões de vibração das ondas sonoras. [1] 2 Figura 2 – exemplo de microfone DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO O experimento virtual foi realizado utilizando o simulador PhET Ímãs e Eletroímãs, que está na seguinte página da internet [2]: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy /magnets-and-electromagnets Foi selecionado a aba de Eletroímã e fonte de corrente elétrica DC. De início, o eletroímã foi colocado no mesmo eixo da bussola grande a uma distância de 3 metros dela, tomando como referência de 1 metro cada bussola pequena, conforme mostra a figura 3: Figura 3: Experimento 1 A voltagem do eletroímã é constante e equivalente a 10 volts e foi utilizado no experimento uma bobina com 3 espiras. Tendo como intuito avaliar a influência da distância no valor do campo magnético, foi anotado os resultados obtidos nos experimentos conforme se ia aumentado a distância entre o eletroímã e a bussola. RESULTADOS Os resultados obtidos desse experimento foram anotados na tabela abaixo: Distancia (m) Campo (G) 3 8,33 4 4,43 5 2,41 6 1,56 7 1,09 Tabela de resultados. Dessa forma, tirando o logaritmo natural dos resultados obtidos a fim de normalizar os valores, obtemos o seguinte gráfico: B = -2,40x + 4,5 Gráfico campo magnético x distância. DISCUSSÃO A partir dos dados obtidos podemos fazer algumas correlações com a parte teórica aprendida em aula. Por definição, as linhas de campo magnético nunca se cruzam, e quanto mais próximas elas estiverem, mais intenso é o campo magnético atuando naquele ponto [3]. Esse fato é facilmente analisado no experimento proposto, visto que, conforme mostra o gráfico de campo magnético x distância, o ponto em que o campo magnético atinge o maior valor é justamente onde a distância entre o ponto analisado e a bobina é de 3 metros (a menor distancia analisada durante o experimento). De acordo com o experimento, obtemos uma função de regressão linear que decai a uma taxa de aproximadamente 2,40 G/m. Além disso, vale a pena destacar que bobinas são formadas por um conjunto de espiras condutoras e o cálculo do campo magnético produzido por uma bobina depende do número de espiras que forma a bobina. O valor desse campo corresponde ao campo magnético produzido pela https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/magnets-and-electromagnets https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/magnets-and-electromagnets 3 espira circular no centro desta. Ele calculado da seguinte forma: Sendo: n = número de espiras; μ0 = permeabilidade magnética no vácuo; i = corrente elétrica; R = raio da espira; Desta forma, podemos analisar que, de acordo com essa formula teórica estabelecida, o valor do campo magnético é diretamente proporcional ao numero de espiras e inversamente proporcional ao raio da espira. O campo magnético gerado por uma bobina em um ponto localizado no eixo x que passa pelo centro dessa bobina também pode ser calculado através da seguinte relação: Vale a pena destacar que, por estar no mesmo eixo x que passa pelo centro da bobina, o campo calculado tem como resultante somente vetores na direção x, conforme está ilustrado na figura 4. Caso o ponto em questão não esteja no eixo x, fica mais difícil o cálculo do valor do campo magnético visto que as componentes do campo By não se anulariam [4]. Figura 4 REFERÊNCIAS [1]https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/como- funcionam-os-microfones.htm [2]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/leg acy/magnets-and-electromagnets [3]https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo- magnetico.htm [4]https://docplayer.com.br/5904933-Campo- magnetico-de-espiras-e-a-lei-de-faraday.html https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/magnets-and-electromagnets https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/magnets-and-electromagnets https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm
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