MEDIDA PROVISÓRIA MAURO ANJOS

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PROCESSO LEGISLATIVO
UM CONJUNTO DE REGRAS QUE OBJETIVAM A PRODUÇÃO DE NORMAS PREVISTAS CONSTITUCIONALMENTE EM NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO.
ESSAS NORMAS ELABORADAS PELO PROCESSO LEGISLATIVO, PREVISTAS NO ART. 59, CF, SÃO CHAMADAS DE “ESPÉCIES NORMATIVAS PRIMÁRIAS”: 
EMENDAS À CONSTITUIÇÃO;
LEIS COMPLEMENTARES;
LEIS ORDINÁRIAS;
MEDIDAS PROVISÓRIAS;
DECRETOS LEGISLATÍVOS;
RESOLUÇÕES.
ATENÇÃO: A DOUTRINA E O STF RECONHECEM OUTROS “ATOS PRIMÁRIOS”, QUE NÃO FAZEM PARTE DO PROCESSO LEGISLATIVO: DECRETOS AUTÔNOMOS, OS REGIMENTOS INTERNOS DOS TRIBUNAIS, OS ATOS NORMATIVOS EXPEDIDOS PELO CNJ (ART. 103-B, §4º, I) E A LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS.
FASES RELATIVAS À TRAMITAÇÃO 
DE UMA MEDIDA PROVISÓRIA
( PUBLICAÇÃO NO D.O.U. E COMEÇO DA CONTAGEM DO PRAZO RELATIVO À VIGÊNCIA)
(PODEM SER OFERECIDAS EMENDAS)
(CASA INICIADORA)
(CONVERTIDA EM LEI ORDINÁRIA)
(SANÇÃO/VETO 
PRESIDENTE)
(VIGÊNCIA E TRAMITAÇÃO ENCERRADAS MP ARQUIVADAS)
(PRERROGATIVA DE DISCIPLINAR AS RELAÇÕES JURÍDICAS DA EDIÇÃO DA MP)
(SE O SENADO APROVAR A MP COM MODIFICAÇÕES O TEXTO RECEBIDO DA CÂMARA, AS PROPOSTAS RETORNAM PARA ANÁLISE DESTA CASA)
*PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES (art. 2º, CF): 
FUNÇÃO NORMATIVA (PODER LEGISLATIVO) -> ELABORAÇÃO DE NORMAS 
GERAIS E ABSTRATAS (NOVAS LEIS) -> FUNÇAO TÍPICA
FUNDAMENTAÇÃO (art. 2º, CF): ESPECIALIZAÇÃO FUNCIONAL E INDEPENDÊNCIA ORGÂNICA -> CADA “PODER” EXERCITA AS TRÊS FUNÇÕES DO ESTADO -> UMA EM CARÁTER PERMANENTE E AS OUTRAS DUAS À TÍTULO EXCEPCIONAL OU SUBSIDIÁRIO
*EXCEPCIONALIDADE: 
RELEVÂNCIA & URGÊNCIA (JUÍZO DISCRICIONÁRIO DO PRESIDENTE) -> A CONSTITUIÇÃO AUTORIZA AO CHEFE DO EXECUTIVO FEDERAL A CRIAÇÃO/EDIÇÃO DE ATOS COM “FORÇA DE LEI” -> MEDIDAS PROVISÓRIAS -> ULTERIOR CONTROLE POLÍTICO DO CN
ATENÇÃO:
EM ALGUNS CASOS, EXCEPCIONALMENTE, O STF TEM ADMITIDO O CONTROLE JURISDICIONAL DOS PRESSUPOSTOS DA MP, QUANDO HOUVER MANIFESTAMENTE OFENSA AO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE -> ABUSO DE PODER DO PRESIDENTE
*INCIDÊNCIA IMEDITA (LOGO APÓS SUA EDIÇÃO PELO PRESIDENTE):
DEVEM SER SUBMETIDA DE IMEDIATO PELO CONGRESSO NACIONAL -> REJEIÇÃO OU CONVERSÃO EM LEI
*IMPORTANTE:
VEDAÇÕES PARA AS MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, §1º, CF) :
 VIOLAÇÃO -> INCONSTITUCIONALIDADE -> STF (CONTROLE CONCENTRADO)
PERDA DOS EFEITOS:
REGRA: art. 62, §3º, CF -> A MP REJEITADA/PERDA DA EFICÁCIA PELO DECURSO DE PRAZO, PERDE OS SEUS EFEITOS DESDE SUA EDIÇÃO -> CONGRESSO NACIONAL DEVE REGULAMENTAR AS RELAÇÕES JURÍDICAS EM SUA VIGÊNCIA;
2. ULTRATIVIDADE: art. 62, §11, CF -> AS RELAÇÕES JURÍDICAS PERMANECERÃO REGULAMENTADAS PELA MP (QUE DEIXOU DE EXISTIR) NA OCORRÊNCIA DE SUA VIGÊNCIA.
ATENÇÃO:
DEVIDO A EC Nº 32/2001, A CF AUTORIZA A INSTITUIÇÃO OU AUMENTO DE IMPOSTOS (E NÃO TRIBUTOS) POR MEIO DA MP, COM O DEVIDO RESPEITO AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE, COM FUNDAMENTO NO ART. 62, §2º, CF.
ÃO -> INCONSTITUCIONALIDADE -> CONTROLE CONCENTRADO NO STF
SEGUNDA
PARTE
FASES RELATIVAS À TRAMITAÇÃO 
DE UMA MEDIDA PROVISÓRIA
PUBLICAÇÃO
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA EDITA A MEDIDA PROVISÓRIA E PUBLICA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, COM ISSO, COMEÇA A CONTAGEM DOS PRAZOS RELATIVOS À VIGÊNCIA E A TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL. A PARTIR DESTE MOMENTO – PUBLICAÇÃO – NOS SEIS DIAS SEGUINTES, EXISTE A POSSIBILIDADE DE EMENDAS À MEDIDA PROVISÓRIA PELA COMISSÃO MISTA COM A FINALIDADE DA EMISSÃO DE PARECER RELATIVOS À MATÉRIA DA MEDIDA PROVISÓRIA.
COMISSÃO MISTA
EM 48 HORAS APÓS A PUBLICAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA, O PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL FAZ A DESIGNAÇÃO DA COMISSÃO MISTA COMPOSTA POR 12 SENADORES E 12 DEPUTADOS FEDERAIS (COM MESMO NÚMERO DE SUPLENTES), COM A RESPONSABILIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA:
DA RELEVÂNCIA E URGÊNCIA
DO MÉRITO DA MP (OBJETO)
FINANÇA E ORÇAMENTO
DEPOIS DA INSTALAÇÃO DA COMISSÃO MISTA, SERÃO ELEITOS:
PRESIDENTE E VICE (PERTENCENTES A CADA CASA)
DESIGNAÇÃO DO RELATOR E RELATOR-REVISOR (QUE SERÁ O ÚLTIMO À EXERCER AS FUNÇÕES NA CASA DIFERENTE DA CASA DO RELATOR)
IMPORTANTE: O PRESIDENTE DA COMISSÃO MISTA PODE INDEFERIR LIMINARMENTE AS EMENDAS APRESENTADAS QUE DISTOAREM DO TEXTO ORIGINAL DA MEDIDA PROVISÓRIA.
COMISSÃO MISTA
APÓS O TEXTO DA MP SER APRESENTADO E DISCUTIDO PELO RELATOR, O MESMO É DISPONIBILIZADO PARA VOTAÇÃO PELO COLEGIADO, E COM ISSO, PASSA A CONSTITUIR PARECER DA COMISSÃO MISTA APÓS SUA APROVAÇÃO.
O PARECER DA COMISSÃO MISTA PODE TER COMO CONCLUSÃO EM SEU MÉRITO:
APROVAÇÃO ABSOLUTA DA MP ORIGINALMENTE PRODUZIDA PELO CHEFE DO PODER EXECUTIVO
2. APRESENTAÇÃO DE “PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV)”,QUANDO EXISTE ALTERAÇÃO ATRAVÉS DE EMENDAS AO TEXTO ORIGINAL DA MP PELO CHEFE DO EXECUTIVO
3. REJEIÇÃO DA MATÉRIA TRATADA NA MP, COM A OBRIGAÇÃO DO ENCAMINHAMENTO DO PARECER AO PLENÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PARA APRECIAÇÃO. 
CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPOIS DE ANALISADA PELA COMISSÃO MISTA, A MEDIDA PROVISÓRIA SE ENCAMINHA PARA O PLENÁRIO DA CÂMARA DE DEPUTADOS, QUE É A “CASA INICIADORA” DA MP.
O QUORUM PARA A VOTAÇÃO (DELIBERAÇÃO) É DE MAIORIA SIMPLES, OU SEJA, METADE MAIS UM DOS DEPUTADOS PRESENTES NO PLENÁRIO DA CÂMARA.
O RESULTADO DA DELIBERAÇÃO DA MP:
REJEIÇÃO OU APROVAÇÃO ORIGINAL (COMO FOI EDITADA PELO CHEFE DO EXECUTIVO), OU
APROVAÇÃO DE PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV), OU SEJA, APROVAÇÃO DAS EMENDAS (ALTERAÇÕES) FEITAS À MP (OU SEJA, MODIFICAÇÃO DO TEXTO ORIGINAL DA MP)
CÂMARA DOS DEPUTADOS
SE A MP FOR REJEITADA, SE ENCERRA A VIGÊNCIA E SEU TRÂMITE, TENDO COMO CONSEQUÊNCIA O SEU ARQUIVAMENTO.
SE A MP FOR APROVADA EM SUA ORIGINALIDADE (TEXTO EDITADO PELO CHEFE DO PODER EXECUTIVO NA SUA INTEGRALIDADE) OU COM EMENDAS (ALTERAÇÃO DO TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO), NA FORMA DE PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV), SERÁ ENVIADA AO SENADO FEDERAL.
SENADO FEDERAL
A DELIBERAÇÃO PARA VOTAÇÃO NO SENADO FEDERAL É DE MAIORIA SIMPLES, OU SEJA, ESTANDO PRESENTE A METADE MAIS UM DOS SENADORES. A CONSEQUÊNCIA DA DELIBERAÇÃO É:
REJEIÇÃO – A MP TEM SUA VIGÊNCIA E TRAMITAÇÃO FINALIZADA, RESULTANDO EM SEU ARQUIVAMENTO;
APROVAÇÃO NA ÍNTEGRA DO TEXTO ORIGINAL DA MP EDITADA PELO CHEFE DO EXECUTIVO -> A MP É ENVIADA PARA A PROMULGAÇÃO SE SE TORNA LEI 
3. APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV) RECEBIDO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SEM ALTERAÇÕES DO MÉRITO -> O TEXTO É ENVIADO AO CHEFE DO EXECUTIVO PARA SANÇÃO;
5. 
SENADO FEDERAL
4. APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV) RECEBIDO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COM EMENDAS AO TEXTO -> A MATÉRIA DA MP VOLTA PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS, QUE VOTA COM EXCLUSIVIDADE AS EMENDAS;
5. APROVAÇÃO DA MP EM DEVIDO A PREFERÊNCIA SOBRE O PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV) DA CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS -> A MP VOLTA À CÂMARA DOS DEPUTADOS, QUE VOTARÁ COM EXCLUSIVIDADE SOBRE A MATÉRIA;
6. APROVAÇÃO DE NOVO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV) -> A MP RETORNA À CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS, QUE VOTARÁ COM EXCLUSIVIDADE SOBRE O PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO OFERECIDO PELO SENADO FEDERAL.
RETORNO À CÂMARA
SE O SENADO FEDERAL APROVAR O TEXTO RECEBIDO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COM ALTERAÇÕES FEITA NA CASA DOS SENADORES, AS PROPOSTAS RETORNAM PARA ANÁLISE, NA CASA INICIADORA, NO CASO, A CÂMARA DOS DEPUTADOS. 
AS MODIFICAÇÕES FEITAS PELO SENADO FEDERAL SERÃO ACEITAS OU REJEITADAS PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS: 
- SE ACEITAS PELA CÂMARA AS MODIFICAÇÕES FEITAS PELO SENADO, A MP SERÁ REMETIDA PARA SANÇÃO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, CASO SEJA APROVADO O PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV) 
 
PROMULGAÇÃO DA MP
SE APROVADA A MEDIDA PROVISÓRIA, A MESMA É PROMULGADA PELO PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL E CONVERTIDA EM LEI, CASO SEJA APROVADO O TEXTO ORIGINAL DA MP EDITADA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NÃO SENDO SUJEITA À SANÇÃO OU VETO PELO CHEFE DO EXECUTIVO, COMO OCORRE COM OS PROJETOS DE LEI DE CONVERSÃO.
APROVAÇÃO DE PLV
SE A MEDIDA PROVISÓRIA FOR APROVADA COMO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV), SERÁ ENVIADO PARA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PODENDO O MESMO SANCIONAR OU VETAR.
É DA COMPETÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL DELIBERAR SOBRE O VETO PRESIDENCIAL, CONCLUINDO ASSIM, O PROCESSO DE TRAMITAÇÃO DA MP.REJEIÇÃO DA MP
A CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS E O SENADO FEDERAL PODEM DECIDIR PELA REJEIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA, ONDE CHEGA AO FIM SUA VIGÊNCIA E TRAMITAÇÃO, TENDO COMO CONSEQUÊNCIA SEU ARQUIVAMENTO.
EDIÇÃO DO DECRETO LEGISLATIVO
É DA COMPETÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL DISCIPLINAR ATRAVÉS DO DECRETO LEGISLATIVO, AS RELAÇÕES JURÍDICAS ORIUNDAS DA EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA, SE HOUVER:
1. APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV);
2. REJEIÇÃO DA MP;
3. PERDA DE EFICÁCIA (PELO DECURSO DE PRAZO DA MEDIDA PROVISÓRIA).
CASO NÃO SE REALIZE A EDIÇÃO DO DECRETO LEGISLATIVO NO PRAZO DE 60 DIAS, POSTERIOR AO PRAZO DE PRORROGAÇÃO DA MP, POR UMA QUESTÃO DE SERGURANÇA 
EDIÇÃO DO DECRETO LEGISLATIVO
JURÍDICA, AS RELAÇÕES JURÍDICAS ORIUNDAS DO PERÍODO DE VIGÊNCIA DA MEDIDA PROVISÓRIA, CONSERVAR-SE-ÃO REGULADAS POR ELA.
ATENÇÃO: 
SE HOUVER A APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV), A MEDIDA PROVISÓRIA MANTÉM SUA VIGÊNCIA INTEGRAL ATÉ QUE O PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (PLV) SEJA VETADO OU SANCIONADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA..
APROVAÇÃO OU VETO DO PRESIDENTE
DA REPÚBLICA DEVIDO ÀS EMENDAS