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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA - UNIFOR-MG CURSO DE DIREITO MILIANE FERREIRA SILVA IDADE MODERNA FORMIGA - MG 2020 MILIANE FERREIRA SILVA IDADE MODERNA Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Direito do UNIFOR-MG, como requisito parcial para obtenção de créditos na disciplina de História do Direito. Professora: Eliane Christine Lemos. FORMIGA - MG 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 5 2.1 Absolutismo inglês ........................................................................................... 5 2.2 Direito inglês ..................................................................................................... 6 2.3 Magna carta libertatum (1215) ......................................................................... 7 2.4 Petition of right (1628) ...................................................................................... 9 2.5 Habeas corpus act (1679) ............................................................................... 10 2.6 Bill of right (1689) ............................................................................................ 11 2.7 Declaração de Virgínia (1776) ........................................................................ 12 2.8 Declaração de independência dos EUA (1776) ............................................ 13 2.9 Revolução francesa (1789) ............................................................................. 15 CONCLUSÃO ................................................................................................... 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 18 3 INTRODUÇÃO A história da humanidade é dividida em Idades, por isso quando um determinado fato importante ocorre, os historiadores identificam uma mudança de Idade na história (MIRANDA, 2012). A Idade Moderna é um período histórico descontinuado iniciado no final do século XV, marcado pelo seu caráter revolucionário em relação a costumes, princípios e valores, de ordens econômica, política, social e cultural, vigentes na Idade Média (FORMIGONI, 2010). Conforme o autor supracitado, uma complexa contradição percorre a Modernidade: os ideais de liberdade em relação a valores medievais fechados se chocam com o domínio de um governo que visa moldar a sociedade segundo um padrão de comportamento. A busca pela autonomia se contrapõe ao ideal de conformação pelo qual se impõe o controle social. Os grandes descobrimentos do século XV, o renascimento comercial e urbano e o crescimento populacional europeu contribuíram para as mudanças de paradigmas intelectuais da Idade Moderna. As transformações ocorridas no início do século XVI, ligadas ao Renascimento abalam toda a sociedade da Europa Ocidental (CHÂTELET; DUHAMEL; PISIER, 2009). Durante a Idade Moderna o homem passa a dar maior importância a si mesmo, valorizando sua condição humana e sua capacidade de intervenção na natureza. A visão teocêntrica é sobreposta pela visão antropocêntrica da realidade. Essa perspectiva de mudança é inter-relacionada com o individualismo, valorização do indivíduo, e o racionalismo, valorização da razão (RUSSELL, 2004). De acordo com Abrão (1999), esse período foi marcado pelo desenvolvimento da ciência e da técnica. Contudo, embora a ciência do Renascimento tenha elaborado as bases para a arrancada científica do século XVII, ainda guardava sinais do pensamento medieval. No plano político e religioso o papa e o imperador viam seus direitos ignorados, o poder que antes era centrado na figura do papa, aos poucos se transfere para as mãos dos reis, ocasionando o fortalecimento das monarquias nacionais. A reflexão sobre a construção dos direitos humanos é importante para se compreender, em termos concretos, o que significa a Idade Moderna. Os direitos humanos nem sempre foram os mesmos, as propostas, desejos e vontades dos 4 diferentes grupos humanos nem sempre se expressaram nas mesmas direções. O objetivo deste trabalho é focalizar os principais documentos que construíram a história dos direitos humanos em ordem cronológica. 5 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Absolutismo inglês O absolutismo é o sistema de governo que vigorou na Europa da Idade Moderna, quando reis governavam com poderes totais, absolutos, sem órgãos, métodos ou leis que lhes limitassem a atuação. O absolutismo inglês é a fase da história da Inglaterra dominada por governantes que exerceram seu poder de forma absoluta, mesmo que se utilizassem de diversos métodos para isso (SILVA, 2008). O Absolutismo inglês foi o período de fortalecimento do Estado Monárquico da Inglaterra, ocorrido após a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) e a Guerra das Duas Rosas (1455-1485). Com este fortalecimento, a sociedade inglesa criou as condições que a elevaram à categoria de potência imperialista, com a colonização da América do Norte, o domínio no comércio mercantilista e a criação das bases para a futura revolução industrial (PINTO, 2020). Consoante o autor supracitado, o Absolutismo Inglês iniciou-se com a dinastia Tudor (1485-1603) e encerrou com o fim do governo de Jaime II em 1688, quando Guilherme de Orange invadiu a Inglaterra, jurou o Bill of Rights (Declaração dos Direitos) e instaurou a monarquia parlamentar em substituição à monarquia absolutista. Nesses duzentos anos de história inglesa, a disputa pelo poder esteve relacionada com as influências religiosas sobre os monarcas e as consequências na organização do Estado inglês. Além disso, as condições estruturais da sociedade foram consolidadas para que o desenvolvimento capitalista industrial se verificasse a partir do século XVII. Embora as estruturas absolutistas tenham começado a ruir mais visivelmente ao longo do século XVIII, notadamente a partir da difusão dos ideais iluministas, este processo pôde ser percebido na Inglaterra já em meados do século anterior. Após os bem-sucedidos governos de Henrique VIII e Elizabeth I, os reinados de Jaime I (1603 – 1625) e Carlos I (1625 – 1649) foram marcados pelo agravamento das insatisfações sociais, o que acabou por debilitar o poder da Coroa (MARTINS JUNIOR, 2015). O parlamento inglês, que há tempos buscava ampliar sua autonomia frente aos desmandos dos monarcas, mostrou-se ainda mais inconformado com as ações centralizadoras tomadas nesses dois últimos governos. A burguesia, interessada em um sistema econômico mais liberal, colocava-se claramente contrária ao https://www.infoescola.com/historia/absolutismo/ https://www.infoescola.com/historia/historia-moderna/ https://www.infoescola.com/historia/historia-moderna/ 6 intervencionismo estatal típico das monarquias absolutistas. Por fim, as reações de grupos religiosos perseguidos pelos reis anglicanos contribuíram igualmente para a fragilização do Absolutismo na Inglaterra. Ao fim de todo esse processo conflituoso e confuso, a Inglaterra se manteve monárquica, reestruturou sua economia, garantindo as condições que a fariam se tornar uma grande potência mundial nos séculos seguintes (SILVA, 2008). 2.2 Direito inglês Durante todo o início da Idade Média até meados do século XII, a civil law e a common law eram reconhecidas como pertencentes a uma família jurídica, germânica e feudal na substância e no processo. A civil law está direcionada ao direito romano, sendo considerada a mais antiga.Já a common law ocorreu na Inglaterra em meados do século XIII. Visualizou-se uma ruptura histórica entre civil law e common law em meados do século XII e XIII, embora as diferenças rupturais já estivessem sendo estabelecidas nos séculos precedentes (CAENEGEM, 2010). Existem duas tradições jurídicas de inigualável influência no mundo contemporâneo. O common law e o civil law tiverem êxito como nenhuma outra tradição ao se exportarem, adaptarem e solidamente se firmarem em diversos sistemas legais, agrupando-os, apesar das estruturantes diferenças que os erguem. Conforme Marryman (2006), a tradição jurídica coloca o sistema legal em uma perspectiva cultural. Tradicionalmente, dizer que uma ordem jurídica adotava o common law ou o civil law era uma questão rígida de fontes do direito. É comum deparar-se com a afirmação de que o civil law é marcado pela presença e recurso absoluto aos códigos,enquanto o common law define-se como uma cultura jurídica em que a fonte do direito é o case law, havendo desaparecimento da legislação nesse contexto. O elevado grau de abstração que possuem as legislações dos países do civil law importa espaço para que a interpretação judicial e a doutrinária sejam fontes de direito. Já os países do common law sempre possuíram diplomas editados por parlamentos como fontes, e, cada vez mais, é possível que se encontrem leis nesses contextos, não obstante a manutenção do case law. Sendo assim, a quantidade de legislação não se define como critério útil para diferenciação das tradições jurídicas (ANDRADE, 2016). 7 A ideologia subjacente ao fenômeno da codificação deve ser levada em conta no estudo de ambas as tradições. No civil law, a criação dos códigos esteve ligada à segurança jurídica e à separação dos poderes. Através da positivação, o civil law procura antecipar as respostas jurídicas para comportamentos previamente definidos, demarca as fronteiras das funções do Executivo e, ressalta-se, do Judiciário, restringindo-as. Já no common law, a legislação não tem o papel de restringir as atividades jurisdicional ao método da subsunção, como pretendiam os códigos civilistas. Existe colisão em relação ao que foi editado pelo Legislativo em reflexo dos anseios populares próprios de um tempo com o que foi construído e consolidado ao longo do tempo no Judiciário. Disso se extrai o compromisso do common law com a conservação, observando-se a manutenção e a prevalência daquilo que foi produzido caso a caso e solidificado no tempo, em contraposição à ideia de ruptura do civil law (MARRYMAN, 2006). No fundamento do common law, suscintamente, o apreço pelo construído sobre a casuística consagrou a chamada regra do precedente. Diferentemente, na base do civil law, a codificação possui papel fundamental para que erguessem e mantivessem as repúblicas, sendo a legitimação popular pertencente à extração do que é o direito. Mas os reflexos da cultura jurídica não se restringem somente à extração e à aplicação do direito. O ensino jurídico também é ponto fundamental na expressão do common law e do civil law. No primeiro, a aprendizagem está associada ao desenvolvimento de competências práticas. No segundo, a aprendizagem reside na assimilação de teorias, fundamentando-se na abstração. O common law tem uma relação estreita com o direito processual, e o civil law com o direito substancial (FLETCHER; SHEPPARD, 2005). 2.3 Magna carta libertatum (1215) O primeiro documento histórico que se reputa para o reconhecimento e para a evolução dos Direitos Humanos é a Magna Carta de 1215, pois se atribui o surgimento dos antecedentes mais diretos das declarações de direitos, sob o fundamento da teoria do Direito Natural, que condicionou o aparecimento do princípio das leis fundamentais do reino limitadoras do poder do monarca (ALVARENGA, 2016). Consoante o autor supracitado, apesar de ter sido um documento originado de um movimento das classes mais ricas da Inglaterra, que eram formadas pelos nobres, 8 pelos seus descendentes e pelo clero, com o intuito de estabelecer o reconhecimento de certos privilégios estamentais, representou um importante instrumento para o reconhecimento de certos direitos fundamentais, principalmente a propriedade, contra a ânsia de poder do rei. Também chamada Carta das Liberdades ou Concórdia entre o Rei João e os Barões para a outorga das liberdades da igreja e do reino inglês, este documento histórico é considerado o primeiro com características de Constituição, porque definia regras de governo, obrigações, limites para o Rei e direitos e obrigações para os altos membros da hierarquia católica, os barões, juízes e os demais súditos (MAGNA CARTA, 1215). A Carta Inglesa de 1215 foi uma grande inovação para a humanidade, já que, o respeito à liberdade física do indivíduo passou a ser uma realidade. Por meio dela, fez-se nascer e proliferar uma nova era, consistente na conquista da liberdade, muitas vezes achatada pelo abuso, pela tirania e pelo despotismo (ALBUQUERQUE, 2007). a Magna Carta Libertatum (1215) é primeiro documento a colocar por escrito alguns direitos do povo inglês, que se afirma como um texto constitucional que antecipa as Revoluções Inglesas do século XVII, bem como as Revoluções Americana e Francesa do século XVIII (ANDRADE, 2012). A Magna Carta ergue-se durante quatro séculos como o primeiro e singular texto de Direitos Fundamentais. Nela é reconhecido um conjunto de posições jurídicas ativas individuais frente ao poder político régio, operando-se uma limitação desse poder absoluto (ALEXANDRINO, 2006). A Magna Carta afirma uma dimensão institucional e não pessoal, atribuindo direitos a indivíduos e não aos grupos sociais (clero e nobreza) nos quais aqueles se inscrevem. Procede à positivação destes direitos, superando o anterior paradigma dos Direitos do Homem. Na especialidade, o objeto mais relevante da Magna Carta prende-se com as garantias pessoais e, sobretudo, com as garantias do foro criminal e processual criminal (LUÑO, 1995). Longe de ser a Carta das liberdades nacionais, é, sobretudo, uma carta feudal, feita para proteger os privilégios dos barões e os direitos dos homens livres. Ora, os homens livres, nesse tempo, ainda eram tão poucos que podiam contar-se, e nada de novo se fazia a favor dos que não eram livres (SILVA, 1992, p. 140). A Magna Carta, como outros documentos que a seguiram não constitui uma verdadeira declaração de direitos no sentido moderno (...) representa uma real e efetiva limitação do poder estatal, porém também uma pequena parcela 9 da população, possuindo, nesse sentido, caráter particularista e reduzido (SARLET, 2010, p. 41). A importância da Magna Carta no contexto dos direitos para o constitucionalismo, é irrefutável, sendo, ainda, em muitas passagens, aplicável até os dias atuais (COMPARATO, 2010). 2.4 Petition of right (1628) A Petição de Direitos, de 1628, escrita pelos lordes espirituais e temporais e comuns, foi enviada ao rei Carlos I com o propósito de conter os excessos e impor limites àquele reinado. O objetivo principal era defender o patrimônio dos membros do parlamento, ainda que seu texto também versasse sobre transgressões de caráter moral e ético. Pela época em que foi escrita é considerada o primeiro documento da modernidade a expor as expectativas dos direitos contemporâneos: um requerimento objetivo, de poucas palavras, que manifesta a contrariedade dos parlamentares com os desmandos reais. O texto roga respeito e atenção às deliberações já expressas na Carta Magna (1215), principalmente aqueles referentes à cobrança de impostos ilegais e às questões que se traduzem em ofensa das leis e costumes para a grande queixa e vexame do povo (PETIÇÃO DE DIREITO, 1628). As primeiras sementes dos direitos individuais nascem nas cartas de franquia outorgados em benefício decomunidades locais e se manifestam, de forma mais definida, no pacto entre João sem Terra e os barões revoltados, que se consubstancia na Magna Carta de 1215 e se consolida na Petition of Rights de 1628, confirmada no Bill of Rights, de 1689, que afirmam o controle do Parlamento sobre a autoridade real. definindo o consentimento como fonte de eficácia da lei imperial (TÁCITO, 1996). A Petição de Direito foi criada em 1628 pelo Parlamento Inglês e enviada a Charles I como uma declaração de liberdades civis. A recusa do Parlamento para financiar a política externa impopular do rei levou seu governo a exigir empréstimos forçados e alojar tropas nas casas dos súditos como medida econômica. Detenção arbitrária e aprisionamento, por oposição a essas políticas, geraram no Parlamento uma hostilidade violenta a Charles e a George Villiers, o primeiro Duque de Buckingham. A Petição de Direito, iniciada por Sir Edward Coke, estava baseada em estatutos e cartas anteriores e estabelecia quatro princípios: nenhum tributo pode ser cobrado sem o consentimento do Parlamento; nenhum súdito pode ser preso sem 10 motivo comprovado (reafirmação do direito de habeas corpus); nenhum soldado pode ser alojado na casa dos cidadãos; e a Lei Marcial não pode ser usada em tempo de paz (CANOTILHO, 1998). Em muitos países os cidadãos buscavam maneiras de limitar os poderes dos governantes, em especial nas monarquias absolutistas. Era o início da transição do absolutismo para o Estado liberal de Direito, onde o governo seria norteado por leis fundamentais, as chamadas cartas constitucionais (CASTILHO, 2013, p. 47). A petição constituiu um meio de transação entre o Parlamento e o rei, que este cedeu, porquanto aquele já detinha o poder financeiro, de sorte que o monarca não poderia gastar dinheiro sem autorização parlamentar (SILVA, 1992, p. 140). A resposta do rei foi radical, dissolveu o Parlamento e a Inglaterra mergulhou nos onze anos de tirania, que culminaria na guerra civil e na Revolução Gloriosa, expulsando os católicos do poder. Derrotado e cercado o monarca cedeu grande parte de suas prerrogativas ao Parlamento, situação que perdura até hoje (CANOTILHO, 1998). 2.5 Habeas corpus act (1679) Embora muitos reconheçam traços do habeas corpus no direito romano clássico, sua melhor formulação só foi definida no direito inglês medieval, no qual o writ of habeas corpus consistia em diversas espécies de mandados proferidos pelas cortes inglesas quando se questionava alguma prisão (ALBUQUERQUE, 2007). O Habeas Corpus já existia na Inglaterra bem antes da Magna Carta, como mandado judicial em caso de prisão arbitrária, mas sem muita eficácia em virtude da falta de normas adequadas. A Lei de 1679, cuja denominação oficial foi uma lei para melhor garantir a liberdade do súdito e para prevenção das pressões no ultramar, trouxe as garantias processuais que criam os direitos (CAMBI, 2009). Segundo Castilho (2013), o Habeas Corpus Act de 1679 representou um dos grandes destaques do reinado de Carlos II. O documento definia e fortalecia a velha prerrogativa do habeas corpus, instituída na Magna Carta de 1215, segundo a qual a pessoa ilegalmente detida teria direito a ser levada para diante de um tribunal para que ali se decida a legalidade de sua detenção. 11 O Habeas Corpus Act reforçou as reivindicações de liberdade, traduzindo-se, desde logo, e com as alterações posteriores, na mais sólida garantia da liberdade individual, e tirando aos déspotas uma das suas armas mais preciosas, suprimindo as prisões arbitrárias (SILVA, 1992, p. 140). O Habeas Corpus é um instrumento hábil a viabilizar a reparação de injustiças que ferem o direito de liberdade das pessoas. Sua configuração como garantia constitucional corre o risco de ser banalizada pela criação jurisprudencial de barreiras ao seu uso. Exigências como o prévio esgotamento de vias recursais ou mesmo o impedimento de seu manejo perante a coisa julgada são irracionais. Ora, se há injustiça, deve sempre haver um meio para corrigi-la. Não cabe à jurisdição criar proteções para a injustiça por meio da restrição do uso de um instrumento tão valioso como o Habeas Corpus (CAMBI, 2009). 2.6 Bill of right (1689) Como manifestação pública, a Petição de Direitos (1628), não teve a mesma notoriedade da Declaração Inglesa de Direitos, originalmente conhecida como Bill of Rights, e escrita com objetivos semelhantes, ainda que mais rigorosos, principalmente no que se refere aos limites da autoridade real (GUIMARÃES, 2010). Consoante o autor supracitado, na historiografia dos direitos humanos, a expressão dá nome ao documento elaborado pelo parlamento inglês e promulgado em 16 de dezembro de 1689. Para um entendimento breve, em 1688 o trono inglês era ocupado por Jayme II, destituído pela invasão de Guilherme de Orange. Bill of Right foi um documento composto de 16 cláusulas, que determinava o que o novo rei deveria obedecer, como condição para ser empossado. Tornou-se representativo de um movimento conhecido na história da Inglaterra como Revolução Gloriosa. Endereçado ao rei e escrito por membros do parlamento, o documento requer, em suas 16 cláusulas, uma série de direitos considerados importantes ou essenciais aos lordes e, por conseguinte, aos demais membros do reino. É uma demonstração de descontentamento com as proporções assumidas pelo poder real; uma petição de direitos e uma advertência para que não se reproduzam os atentados contra a religião, direitos e liberdades, no país (ALTAVILA, 1989). A Bill of Rights, de 1689, na Inglaterra, previa garantias de cunho parlamentar e político, assegurando liberdade de expressão nas sessões do Parlamento, e 12 estabelecia para os indivíduos o Direito de pedir ao rei, consolidando o Direito de petição das constituições modernas e também o Direito de crença, de liberdade e proibição de aplicação de penas cruéis (ZIPPELIUS, 1997). A Declaração de Direitos Bill of Rights é o documento mais importante que decorreu da Revolução de 1688, pela qual se firmara a supremacia do Parlamento, impondo a abdicação do rei Jaime II e designando novos monarcas, Guilherme III e Maria II, cujos poderes reais limitavam com a declaração de direitos a eles submetida e por eles aceita (...) (SILVA, 1992, p. 141). (...) Surge, então, para a Inglaterra, a monarquia constitucional, submetida à soberania popular (superou-se a realeza de direito divino), que teve em Locke seu principal teórico e que serviu de inspiração ideológica para a formação das democracias liberais da Europa e da América nos séculos XVIII e XIX (COMPARATO, 2010, p. 102). Significou enorme restrição ao poder estatal, prevendo, dentre outras regulamentações: fortalecimento ao princípio da legalidade, ao impedir que o rei pudesse suspender leis ou a execução das leis sem o consentimento do Parlamento; criação do direito de petição; liberdade de eleição dos membros do Parlamento; imunidades parlamentares; vedação à aplicação de penas cruéis; convocação frequente do Parlamento (MORAES, 2011, p. 8) Bills of Right (1689) não foi cunhado pela vontade popular. Foi uma advertência dos lordes ao rei, para que não mais tentasse dominar o parlamento, repetindo as violações cometidas pelo rei Jaime II. Ainda assim, o povo, os súditos e o país, de uma forma geral, são resguardados dos abusos da coroa e os direitos à liberdade de expressão e à propriedade privada estendidos a todos (GUIMARÃES, 2010). 2.7 Declaração de Virgínia (1776) A Declaração de Direitos da Virginia, escrita em 12 de junho de 1776, é considerada a primeira declaração de direitos humanos da época moderna, um documento que assumiu um significado especial, em relação aqueles que o precederam. Enquanto os documentos anteriores se preocuparam em restringir o poder do rei e proteger os indivíduos contraas arbitrariedades, seu texto, vai além, ao esclarecer que existem determinados direitos que são certos, essenciais e naturais a todos os homens. Sobre esse princípio, de que existem direitos que são inerentes à condição humana e não podem ser destituídos ou violados por nenhum tipo de contrato, é que a Declaração vai estabelecer o fundamento e a base do governo, feito 13 pelos representantes do bom povo da Virgínia, reunidos em plena e livre convenção (ALTAVILA, 1989). A grande inovação da Declaração, que a coloca em posição de vanguarda, é tornar matéria constitucional, entre outras deliberações, direitos concebidos como inquestionáveis. Pela primeira vez, os direitos individuais assumem caráter de lei suprema e compulsória tanto para o governo americano vigente, como para a posteridade: o indivíduo é situado em primeiro plano, em relação ao estado (GUIMARÃES, 2010). Silva (1992) pontua este instrumento como a primeira declaração de direitos fundamentais, em sentido moderno. Comparato (2010) afirma se tratar do registro de nascimento dos direitos humanos na História. Em 12 de junho de 1776, o povo da colônia da Virgínia divulgou um documento, escrito por Thomas Jefferson, que seria precursor da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América (CASTILHO, 2013, p. 65). A Declaração se preocupara basicamente com a estrutura de um governo democrático, com um sistema de limitação de poderes. As declarações de direito, iniciadas com a da Virgínia, importam em limitações do poder estatal, como tal, inspiradas na crença na existência de direitos naturais e imprescritíveis do homem (SILVA, 1992). 2.8 Declaração de independência dos EUA (1776) Segundo Driver (2006), a Declaração de Independência é a pedra fundamental dos Estados Unidos. Estabelece as metas de uma sociedade democrática moderna, metas às quais os EUA, como muitos outros países, ainda aspiram. Embora não tenha peso legal, o caráter moral da Declaração de Independência subjaz até mesmo à lei constitucional. Os juízes da Suprema Corte, tanto liberais quanto conservadores, reconhecidamente se pautam pelas ideais da Declaração em seus julgamentos, há dois séculos. Atualmente, a Declaração é considerada uma das três cartas da liberdade nos EUA, exibida com orgulho ao lado da constituição e da carta de direitos civis (Bill of Rights). Ironicamente, quando foi elaborada não tinha tais ambições. Era um material informativo produzido para disseminar no país e no exterior a notícia de que o 14 Congresso Continental voltara pela independência e também para obter apoio para a causa norte-americana. Nas suas primeiras leituras em cidades e vilas de todas as colônias recém-emancipadas, a Declaração foi celebrada, mas depois foi esquecida durante os 50 anos seguintes. A visão entusiástica do texto deve-se ao estilo literário de Thomas Jefferson, que condensou uma ideia admirável de forma tão sucinta e elegante. A magnífica prosa permitiu que Abraham Lincoln e outros defensores de causas sociais, um século mais tarde, lutassem pelas promessas feitas no documento (DRIVER, 2006). Em 4 de julho de 1776, instaurou-se o comitê para escrever a Declaração da Independência, composto pelo próprio Benjamim Franklin, Thomas Jefferson, John Adams, Roger Sherman e Robert R. Livingston, o qual conquistou a aprovação por unanimidade de um texto que representaria a consolidação das ideias e vontades políticas das treze colônias britânicas que naquele momento passariam a denominar- se de Estados Unidos da América (BOAVENTURA, 2012). A Declaração de independência americana é a síntese histórica da filosofia dos direitos naturais representando com profunda carga emocional e inspirada nos movimentos revolucionários do século XVII e XVIII de que a ideia fundamental que os direitos naturais estavam no ponto máximo de superioridade das normas jurídicas, eram a lei maior (BECKER, 1992). De acordo com a Declaração de Independência de 1776 todos os homens são iguais e possuidores de alguns direitos inalienáveis dentre os quais encontram-se a vida, a liberdade e a busca pela felicidade. Para que esses direitos sejam assegurados, os homens instituem os Governos derivando seus poderes do consentimento daquele que é governado. A Declaração afirma ainda que, toda vez que alguma forma de Governo destruir quaisquer desses direitos inalienáveis, é direito do povo modificar ou abolir tal Governo, e, então, instituir um novo (FARIA, 2006). A história do então rei do Reino Unido é descrito no documento como uma repetição de injúrias e usurpações que tinham como objetivo principal estabelecer uma tirania absoluta sobre as colônias norte-americanas. Inúmeros atos tiranos são atribuídos ao rei que negou sua aprovação ao direito necessário ao bem público, dissolveu entidades representativas que se opunham firmemente aos seus ataques ao direito dos indivíduos, obstruiu a administração da Justiça negando-se a aprovar as leis estabelecidas pelo Poder Judiciário, proibiu o comércio das colônias com todas as partes do mundo, privou os indivíduos, em muitos casos, de um processo de 15 julgamento através de Júri, extraiu as cartas de direitos que contemplavam as leis mais valiosas, alterando as formas de governo das colônias, suspendeu a legislação existente declarando-se investido de poder para legislar em prol das colônias em todas as circunstâncias, abdicou ao governo das colônias e as considerou fora dos limites de sua proteção, declarando guerra contra as mesmas (FARIA, 2006). Em 04 de julho de 1776 os integrantes das colônias reunidos em Congresso Geral declararam-se representantes dos Estados Unidos da América. Apelaram ao Juiz Supremo do Mundo, Deus, em nome e por meio da autoridade dos indivíduos dessas colônias, que fosse publicada e declarada a união das colônias. Afirmavam que as ex-colônias possuíam o poder e o direito de serem estados livres e independentes, que estavam absolvidos de toda lealdade e obrigação para com a Coroa Britânica. Afirmaram que todo vínculo político entre as colônias e o Reino Unido fora dissolvido, e que agora como estados livres e independentes, poderiam abandonar a guerra contra a França e outros inimigos britânicos e instituir paz, constituir alianças, estabelecer relações comerciais e ter direito a realizar todos os atos a que tem direito um estado livre (FARIA, 2006). 2.9 Revolução francesa (1789) A consagração normativa dos direitos humanos fundamentais coube à França, quando, em 26 de agosto de 1789, a Assembleia Nacional promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão, com 17 artigos. Moraes (2011), ressalta a influência que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão sofreu na Revolução Americana. Ainda que na França outras declarações fossem elaboradas em 1793 e 1795, o texto de 1789 tornou-se o marco definitivo, ao expandir o conceito de direito humano a todos e não apenas a um grupo restrito. De caráter universal, a declaração proclama o direito absoluto à liberdade como natural e de todos os homens: referência para os próximos textos que se seguirão, fonte de inspiração para propostas semelhantes que objetivam garantir os direitos humanos na Europa e na América Latina (GUIMARÃES, 2010). Consoante Silva (1992), a Declaração da Virgínia é mais concreta, preocupada com a situação particular que afligia aquelas comunidades, se distinguindo da Declaração francesa de 1789, mais abstrata e universalizante. 16 A partir do documento de 1789, é possível se identificar quatro características que se tornarão frequentes em declarações de sociedades que se pretendem democráticas, são elas: o intelectualismo, presente no campo das ideias, no reconhecimento de direitos imprescritíveis, e na legitimação do poder oriundo da vontade popular; o mundialismo, que caracteriza os princípios defendidosnos textos revolucionários como universais; o negativismo, em relação à participação do Estado; e o individualismo, que prioriza o desenvolvimento da personalidade, da liberdade de expressão, de crítica, de juízo pessoal e de pensamento do indivíduo frente ao Estado (SOARES, 2000). Ferreira Filho (2010) aponta algumas características dos direitos declarados, seriam eles naturais, abstratos, imprescritíveis, inalienáveis, individuais (pertencentes a cada ser humano) e universais (pertencentes a todos os homens). Importante ressaltar que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi inspiração para a Declaração Universal dos Direitos do Homem, promulgada pela Assembleia Geral da ONU, em 1948. 17 CONCLUSÃO A Idade Moderna representou uma ruptura com as estruturas sociais, econômicas, políticas, religiosas e culturais da Idade Média. Com a Modernidade desaparece a sociedade de ordens que negava o exercício das liberdades individuais e favorecia os grandes organismos coletivos. Nesse período ocorre a separação econômica e política da Europa, além das mudanças nas concepções de autonomia e favorecimento da razão humana (SILVA, 2017). A modernidade se apresenta com características revolucionárias e de transformações em relação a organização econômica, social e cultural da Idade Média. Essas transformações estavam ligadas ao fim do feudalismo e início do modo de produção capitalista, bem como ao fim de uma visão de mundo emblemática, que tinha a igreja como elemento integrante e generalizador (CAMBI, 1999). Portanto, conclui-se que a Idade Moderna representou uma grande ruptura com as estruturas fixas da Idade Média. Nesse período da história da humanidade tiveram início os processos de separação do mundo moderno, possibilitando assim a emancipação das condições de vida, de produção e de concepção de mundo, agora possibilitado pelo viés racional e científico. Os documentos apresentados tiveram como objetivo explicar a trajetória dos Direitos Humanos até os dias atuais. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRÃO, Bernadette Siqueira. Os pensadores: história da filosofia. São Paulo: São Paulo: Nova Cultural, 1999. ALBUQUERQUE, Márcio Vítor. A evolução histórica do habeas corpus e sua importância constitucional e processual como forma de resguardar o direito de liberdade. 2007. Dissertação (Pós-Graduação em Direito) - Universidade de Fortaleza, Fortaleza, 2007. ALEXANDRINO, José de Melo. A estruturação do sistema de direitos, liberdades e garantias na Constituição Portuguesa. Coimbra: Almedina, 2006. ALTAVILA, Jayme. Origem dos direitos dos povos. São Paulo: Ícone, 1989. ALVARENGA, Rúbia Zanotelli. Direitos humanos. São Paulo: LTR, 2016. ANDRADE, José Carlos Vieira. Os direitos fundamentais na constituição de 1976. 5 ed., Coimbra: Almedina, 2012. ANDRADE, Priscila Carvalho. O argumento judicial no common law e no civil law. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Direito) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016. BECKER, Carl. The declaration of independence. New York: Harcourt, Brace and Company, 1922. BOAVENTURA, Bruno J. R. 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