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HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS Professor Wicthor Cruz 4M Civilizações Primitivas 4 milhões a.C - 4 mil a.C Civilizações Antigas 4 mil a.C - 476 d.C Civilizações Medievais 476 - 1453 Civilizações Modernas 1453 - 1789 HISTÓRIA GERAL 17894 mil 476 1453 Civilizações Contemporâneas 1789 - ATUALMENTE Hoje CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS ▪ I. ORIGEM E CONTEXTO INICIAL DAS CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS ▪ II. PRÉ OU HISTÓRIA? ▪ III. AS TEORIAS SOBRE AS ORIGENS DO SER HUMANO ▪ IV. FASES E CONTEXTOS DA HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS ▪ IV.I. PALEOLÍTICO ▪ IV.II. NEOLÍTICO ▪ IV.III. IDADE DOS METAIS TÓPICOS DA AULA A “Pré-História” corresponde a um período extremamente longo de ~ 4 milhões de anos. Termina com o surgimento da escrita, há ~ 4 mil anos. Através de pesquisas interdisciplinares entre a História, a Biologia, a Arqueologia, a Paleontologia e a Antropologia que também indicam que o ser humano surgiu na África. O estilo de vida nômade fez com que estes seres humanos – a partir da África – criassem redes de migrações para outras regiões do planeta. Assim, em tempos e contextos diferentes, os outros continentes foram povoados. ORIGEM E CONTEXTO INICIAL O termo ‘Pré-História’, apesar de ainda usual, em livros didáticos ou na academia, é motivo de discussão entre historiadores, arqueólogos e outros pesquisadores do período. Isto porque pré significa antes, e passa a ideia de que as populações que viveram neste período não tiveram ou não produziram história. Esta é uma visão eurocentrista de como se via a História até o século XIX, quando ainda não se concebia a pesquisa arqueológica e a cultura material como possíveis fontes históricas. No entanto, quando o ser humano passa a transformar a natureza, já está fazendo história. E isto ocorre desde as primeiras formas de agrupamento humano, bem como nas sociedades ágrafas. PRÉ OU HISTÓRIA? Uma das questões mais polêmicas e importantes que surge quando se discute a História das Civilizações Primitivas é a origem do ser humano. Os debates envolvem várias tentativas de explicar como o homem surgiu no mundo, das míticas às religiosas e científicas. AS TEORIAS SOBRE AS ORIGENS DO SER HUMANO Imagem do esqueleto humano mais antigo já encontrado. Foi encontrado na Etiópia e os pesquisadores afirmam ser de uma mulher. Ela foi apelidada de Lucy e acredita-se que ela teria vivido há 3,2 milhões de anos. De um lado vemos o esqueleto completado artificialmente e, do outro, a reconstrução de como Lucy seria. AS TEORIAS SOBRE AS ORIGENS DO SER HUMANO TEORIA CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Mítica Geralmente são narrativas poéticas sagradas, nas quais são descritos eventos sobrenaturais de criação das formas humanas e naturais (fauna, flora, Lua, Sol). São próprias das sociedades ágrafas, onde há um imperativo da oralidade, quando as gerações perpassam os mitos com suas novas contribuições. A história humana e natural tem um ciclo de permanente recomeço. Religiosa Têm suas raízes nas explicações míticas, visto que a fundamentação da origem de tudo é divina. Entretanto, possuem uma força sociocultural mais ampla através da escrita, o que possibilita sua memorização e divulgação. Aqui, toda a história de peregrinação humana tem um direcionamento (criação → juízo). Científica Surgida no século XIX, as explicações científicas partem da fundamentação a partir da capacidade de racionalização. Por meio de métodos racionais, esperava-se chegar à verdade material e original de tudo. AS TEORIAS SOBRE AS ORIGENS DO SER HUMANO TEORIA CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Mítica Geralmente são narrativas poéticas sagradas, nas quais são descritos eventos sobrenaturais de criação das formas humanas e naturais (fauna, flora, Lua, Sol). São próprias das sociedades ágrafas, onde há um imperativo da oralidade, quando as gerações perpassam os mitos com suas novas contribuições. A história humana e natural tem um ciclo de permanente recomeço. Religiosa Têm suas raízes nas explicações míticas, visto que a fundamentação da origem de tudo é divina. Entretanto, possuem uma força sociocultural mais ampla através da escrita, o que possibilita sua memorização e divulgação. Aqui, toda a história de peregrinação humana tem um direcionamento (criação → juízo). Científica Surgida no século XIX, as explicações científicas partem da fundamentação a partir da capacidade de racionalização. Por meio de métodos racionais, esperava-se chegar à verdade material e original de tudo. AS TEORIAS SOBRE AS ORIGENS DO SER HUMANO TEORIA CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Mítica Geralmente são narrativas poéticas sagradas, nas quais são descritos eventos sobrenaturais de criação das formas humanas e naturais (fauna, flora, Lua, Sol). São próprias das sociedades ágrafas, onde há um imperativo da oralidade, quando as gerações perpassam os mitos com suas novas contribuições. A história humana e natural tem um ciclo de permanente recomeço. Religiosa Têm suas raízes nas explicações míticas, visto que a fundamentação da origem de tudo é divina. Entretanto, possuem uma força sociocultural mais ampla através da escrita, o que possibilita sua memorização e divulgação. Aqui, toda a história de peregrinação humana tem um direcionamento (criação → juízo). Científica Surgida no século XIX, as explicações científicas partem da fundamentação a partir da capacidade de racionalização. Por meio de métodos racionais, esperava-se chegar à verdade material e original de tudo. Para a construção do “universo científico”, a contribuição de Charles Darwin foi extremamente cabível. Em 1858, quando do lançamento de A origem das espécies por meio da seleção natural, o teórico apresentou uma explicação para a existência dos seres vivos. Por meio da seleção natural - teoria desenvolvida na obra -, as espécies são aparentadas umas às outras. Elas mudam com o tempo e dão origem a novas espécies, por meio da adaptação ao ambiente. Diante disso, os seres vivos da atual geração são, portanto, descendentes das espécies extintas no passado. O EVOLUCIONISMO Sobre o ser humano, ele não identifica as espécies ancestrais dos seres humanos, mas admitia a possibilidade de haver algum tipo de parentesco biológico próximo entre os gorilas e chimpanzés. Dessa forma, a ciência transferia suas fundamentações e explicações para o mundo terreno, e resolvia a questão da origem sem recorrer às explicações sobrenaturais do criacionismo. O EVOLUCIONISMO Diante das tentativas científicas de explicação da vida, um questionamento perpassava tais teóricos: o que daria a nossa espécie animal a condição humana? Evolutivamente falando, poderíamos elencar algumas características não encontradas em outros seres, como o desenvolvimento racional e intelectual. A partir disso, houve também o desenvolvimento e aprimoramento da linguagem, o que possibilitou a criação de um sistema de símbolos, que os reunisse em grupos (artístico, moral, religioso). O QUE FAZ, ENTÃO, O SER HUMANO, HUMANO? No meio prático, cabe também elucidar o uso do fogo com frequência, a partir de sua conservação e manutenção, bem como a utilização de ferramentas que conferem maior “controle” do meio natural. Além dessa singularidade, que permitia classificar o humano como o único ser racional e cultural, a evolução natural determinou à nossa espécie um tipo de estrutura física e corporal. O QUE FAZ, ENTÃO, O SER HUMANO, HUMANO? A Biologia, a Paleontologia e a Antropologia foram determinantes no levantamento de provas, a fim de fundamentar a teoria da evolução, ajudando a estabelecer diferenças hierárquicas entre os humanos e os primatas. Os membros de sociedades culturalmente mais evoluídas, teriam características físicas “mais humanas” se comparadas às dos membros de gerações passadas. O QUE FAZ, ENTÃO, O SER HUMANO, HUMANO? EVOLUÇÃO DO GÊNERO HOMO GÊNERO REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO PRINCÍPIO EVOLUTIVO Homo habilis (~130 mil anos)África oriental e meridional. Capaz de produzir pedras cortantes, e confeccionar outros objetos simples. Homo erectus (entre ~67 mil - 40 mil anos) Migrante da África para a China (Homem de Pequim) e para a Oceania (Homem de Java). Produzir objetos de pedra, além da produção e conservação do fogo. Homo sapiens neanderthalensis (Homem de neandertal) (~40 mil anos) Europa e parte da Ásia. Produzir ferramentas elaboradas de pedra, e utilizava a técnica de enterro dos mortos; possivelmente utilizava a fala. Homo sapiens sapiens (Homem de Cro-magnon) (~14 mil - 12 mil anos) Migrante da Ásia para a América. Aumento da capacidade cerebral, adaptação a diversos ambientes, formação de grupos e melhor convívio social, formação linguística. Para compreender melhor as conquistas e o processo de desenvolvimento do ser humano durante as Civilizações Primitivas, costuma-se dividir esse período em Paleolítico (palaiós = antigo ; lithikós = pedra) e Neolítico (neós = antigo). Usualmente, esses períodos são conhecidos como Idade da Pedra Lascada e Idade da Pedra Polida, respectivamente. FASES E CONTEXTOS DA HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS O Paleolítico abrange um período que vai de 4 milhões a 10 mil anos, aproximadamente. Nesta fase, os utensílios utilizados no cotidiano das comunidades eram produzidos em pedra, com acabamento mais rudimentar. As lascas das pedras possibilitavam uma borda cortante. Neste período, os seres humanos eram nômades, precisavam se deslocar constantemente em busca de alimentos. Sobreviviam, assim, da caça, da pesca e da coleta. Alimentavam-se de frutos, raízes, peixes e pequenos animais. À medida que as ferramentas foram se aprimorando, passaram a caçar animais cada vez maiores. Os indivíduos nesta fase abrigavam-se em cavernas ou casebres feitos de galhos e cobertas de folhas. Nas paredes das cavernas surgiram pinturas denominadas de arte rupestre, com reprodução de cenas de caça, bem como de rituais diversos. O PALEOLÍTICO Artefatos do período Paleolítico, como pedras usadas como facas e lanças na caça e no dia-a-dia. Esquema comparativo de tamanhos e espessuras de rochas utilizadas no Paleolítico. No paleolítico ainda houve um avanço muito maior que os artefatos que dão o nome do período. A descoberta do fogo teria ocorrido há mais ou menos 500 mil anos, na África, segundo pesquisadores. Com o tempo, os seres humanos foram perdendo o medo do fogo provocado pela natureza, buscando formas cada vez mais aprimoradas de produzi-lo e conservá-lo. O fogo servia para várias coisas: aquecer as pessoas em dias frios, iluminação durante a noite nas cavernas, proteção contra animais selvagens. Servia também para cozinhar os alimentos e fundir metais. É oportuno lembrar que o uso do fogo para cozinhar alimentos desempenhou importante papel na transformação física humana. A carne cozida era mais fácil de mastigar e tornou desnecessárias as mandíbulas potentes e dentes enormes. O PALEOLÍTICO - O FOGO O Neolítico abrange um período que vai de 10 mil a 5 mil anos, aproximadamente. Nesta fase, os indivíduos aprimoraram os instrumentos de pedra, polindo-os e tornando-os cada vez mais afiados. A relação com o meio-ambiente também mudou. O homem já não vivia só da caça, pesca e coleta, passou a produzir o seu próprio alimento, semeando terras férteis e aguardando a época das colheitas. Surgem, assim, a agricultura e a domesticação de animais. O NEOLÍTICO Nesta fase, os seres humanos sofreram o processo de sedentarização. Surgiram as aldeias, compostas de cabanas rodeadas por uma cerca que garantia a proteção contra invasores. Para armazenar as colheitas agrícolas, o homem passou a modelar vasilhas de argila, que depois eram cozidas no fogo. Originou-se, assim, a cerâmica. Com o excedente de produção agrícola, surgiu posteriormente, o comércio. O conjunto significativo de mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas resultantes do surgimento da agricultura, é denominado revolução agrícola ou revolução neolítica. O NEOLÍTICO A Idade dos Metais abrange um período que vai de 6000 a.C. a 4000 a.C., aproximadamente. Este período se refere ao momento em que o ser humano dominou a metalurgia, ou seja, a técnica de fundir, ou derreter, metais. As ferramentas e utensílios, consequentemente, ficaram mais fortes e duradouros. O primeiro metal utilizado foi o cobre. Inicialmente, era martelado a frio, depois foi fundido no fogo e moldado em fôrmas de barro ou pedra. Mais tarde, descobriu-se a liga do cobre com o estanho, obtendo o bronze, um metal mais duro. O bronze foi muito utilizado na fabricação de armaduras, espadas, objetos de adorno e ferramentas. Com o uso de forjas e foles, a metalurgia melhorou, atingindo o ferro, um dos metais que necessita de técnicas mais aprimoradas para ser aproveitado. O ferro era usado principalmente para a fabricação de armas. A IDADE DOS METAIS
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