Buscar

RESP-838614-2008-09-11 PONDERAÇÃO MENOR ONEROSIDADE X EFETIVIDADE

Prévia do material em texto

Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 838.614 - SC (2006/0081284-3) 
RELATOR : MINISTRO LUIZ FUX
RECORRENTE : ALFA ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A 
ADVOGADO : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(S)
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE TUBARÃO 
ADVOGADO : LETÍCIA BIANCHINI DA SILVA E OUTRO(S)
 EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. 
EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO DE BEM À 
PENHORA. ORDEM LEGAL. RECUSA DO BEM. 
INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE. ART. 11 DA 
LEF. TÍTULO DA DÍVIDA PÚBLICA (LETRAS 
FINANCEIRAS DO TESOURO – LFT). EMBARGOS 
DE DECLARAÇÃO. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO 
CPC. NÃO-OCORRÊNCIA.
1. A recusa de bens oferecidos à penhora - Letras Financeiras 
do Tesouro Nacional - para determinar a substituição do bem 
indicado, por outros livres, é legítima e não importa em ofensa 
ao art. 620 do CPC, máxime porque a penhora visa à 
expropriação de bens para satisfação integral do crédito 
exeqüendo.
2. O princípio da menor onerosidade do devedor não pode 
resultar na maior onerosidade para o credor.
3. Oferecido o bem à penhora sem observância da ordem 
prevista no art. 11 da Lei nº 6.830/80, visto que em primeiro 
lugar está o dinheiro e não os Títulos da Dívida Pública, in 
casu, LFT, é lícito ao credor e ao julgador a não aceitação da 
nomeação à penhora desses títulos, pois a execução é feita no 
interesse do exeqüente e não do executado (Precedentes: 
AgRg no AG n.º 744.591/SC, Rel. Min. José Delgado, DJU 
de 22.05.2006; e AgRg no REsp. n.º 900.484/RS, Rel. Min. 
Humberto Martins, DJU de 30.03.2007).
4. O aresto exarado em sede de embargos de declaração que 
enfrenta explicitamente a questão embargada não enseja 
recurso especial pela violação do art. 535, II, do CPC.
5. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a 
um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os 
fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a 
decisão.
6. Recurso especial desprovido. 
 
ACÓRDÃO
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 1 de 4
 
 
Superior Tribunal de Justiça
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da PRIMEIRA 
TURMA do Superior Tribunal de Justiça acordam, na conformidade dos votos e das 
notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, 
nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, 
Denise Arruda (Presidenta) e Francisco Falcão votaram com o Sr. Ministro Relator. 
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Hamilton Carvalhido. 
Brasília (DF), 05 de agosto de 2008(Data do Julgamento)
MINISTRO LUIZ FUX 
Relator
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 2 de 4
 
 
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 838.614 - SC (2006/0081284-3)
 
RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX (Relator): Trata-se de recurso 
especial interposto por ALFA ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A, com fulcro no art. 105, 
inciso III, alíneas "a" e "c", da Carta Maior, no intuito de ver reformado acórdão prolatado pelo E. 
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, em lide na qual contende com o MUNICÍPIO 
DE TUBARÃO, que restou assim ementado:
"PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - TÍTULOS DA 
DÍVIDA PÚBLICA - RECUSA
1. A execução 'se processa no interesse do credor (CPC, art. 612) e 'pelo 
modo menos gravoso para o devedor (art. 620). Havendo conflito de 
interesses, prevalece o do credor.
2. Ao credor é lícito recusar a nomeação à penhora de títulos da dívida 
pública, pois não têm cotação em bolsa (Lei 6.830/80, art. 11, II; REsp n.º 
136.814, Min. Peçanha Martins)."
Noticiam os autos que a ora recorrente interpôs recurso de agravo de instrumento 
(CPC, art. 522), com pedido de efeito suspensivo, em face de decisão interlocutória exarada nos 
autos de execução fiscal promovida em seu desfavor pela municipalidade ora recorrida, que 
rejeitara a nomeação de Letras Financeiras do Tesouro à penhora, por intempestiva e por não 
restar observada a ordem legal, determinando o depósito em dinheiro sobre os valores existentes 
nas contas bancárias da empresa, até o limite necessário à satisfação do crédito.
Aduziu, em síntese, a então agravante, que o bem oferecido é considerado título 
de crédito, público, sendo indevido o óbice a sua nomeação pelo simples fato de não estar 
arrolado em primeiro lugar na ordem de preferência. Asseverou, ainda, tratar-se de bem de fácil 
liquidação e absoluta solvibilidade.
A Segunda Câmara de Direito Público do E. TJ/SC, por unanimidade de votos dos 
seus integrantes, negou provimento ao recurso nos termos do aresto cuja ementa fora 
inicialmente transcrita.
Após opor (fls. 98/103) e ter rejeitados (fls. 106/108) seus embargos de 
declaração, interpôs a agravante o recurso especial que ora se apresenta, por meio do qual aduz, 
em suma, restarem malferidos o art. 535, inciso II, do CPC, e os arts. 11, II, da Lei n.º 6.830/80 
c/c o 620 do CPC, bem como restar configurado dissídio pretoriano acerca da questão versada 
nos autos
O município ora recorrido apresentou suas contra-razões ao presente recurso, 
pugnando pela manutenção do aresto ora hostilizado.
Na origem, em exame de prelibação, o especial recebeu crivo negativo de 
admissibilidade, ascendendo à esta Corte Superior por força de decisão monocrática de minha 
lavra exarada nos autos de agravo de instrumento (CPC, art. 544), posteriormente intentado pela 
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 3 de 4
 
 
Superior Tribunal de Justiça
empresa recorrente.
É o relatório.
 
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 4 de 4
 
 
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 838.614 - SC (2006/0081284-3)
 
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO 
FISCAL. NOMEAÇÃO DE BEM À PENHORA. ORDEM 
LEGAL. RECUSA DO BEM. INEXISTÊNCIA DE 
ILEGALIDADE. ART. 11 DA LEF. TÍTULO DA DÍVIDA 
PÚBLICA (LETRAS FINANCEIRAS DO TESOURO – LFT). 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. VIOLAÇÃO DO ART. 535 
DO CPC. NÃO-OCORRÊNCIA.
1. A recusa de bens oferecidos à penhora - Letras Financeiras do 
Tesouro Nacional - para determinar a substituição do bem indicado, por 
outros livres, é legítima e não importa em ofensa ao art. 620 do CPC, 
máxime porque a penhora visa à expropriação de bens para satisfação 
integral do crédito exeqüendo.
2. O princípio da menor onerosidade do devedor não pode resultar na 
maior onerosidade para o credor.
3. Oferecido o bem à penhora sem observância da ordem prevista no 
art. 11 da Lei nº 6.830/80, visto que em primeiro lugar está o dinheiro e 
não os Títulos da Dívida Pública, in casu, LFT, é lícito ao credor e ao 
julgador a não aceitação da nomeação à penhora desses títulos, pois a 
execução é feita no interesse do exeqüente e não do executado 
(Precedentes: AgRg no AG n.º 744.591/SC, Rel. Min. José Delgado, 
DJU de 22.05.2006; e AgRg no REsp. n.º 900.484/RS, Rel. Min. 
Humberto Martins, DJU de 30.03.2007).
4. O aresto exarado em sede de embargos de declaração que enfrenta 
explicitamente a questão embargada não enseja recurso especial pela 
violação do art. 535, II, do CPC.
5. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os 
argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados 
tenham sido suficientes para embasar a decisão.
6. Recurso especial desprovido.
 
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX (Relator): Restando devidamente 
prequestionada a matéria federal inserta nos dispositivos legais apontados pela recorrente como 
malferidos e preenchidos os demais pressupostos de admissibilidade recursal, impõe-se o 
conhecimento do presente apelo nobre.
No mérito, todavia, tenho que não merecem acolhida suas pretensões, devendo 
ser mantido hígido o aresto ora hostilizado.
Primeiramente, pelo fato de não se vislumbrar contradição, omissão ou 
obscuridade, no acórdão recorrido, capaz de tornar nula a decisão impugnada pelo especial. Isto 
Documento: 800752 - InteiroTeor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 5 de 4
 
 
Superior Tribunal de Justiça
porque, o tribunal a quo apreciou presente demanda de modo suficiente, conforme se pode 
extrair do inteiro teor do v. acórdão prolatado, que encontra-se acostado às fls. 93/96 dos 
presentes autos.
Assim, não merece acolhida a alegação do recorrente de que o acórdão recorrido, 
a despeito da oposição de embargos, não tenha se pronunciado acerca de todas as questões 
relevantes da demanda, e que, em conseqüência, teria violado o art. 535, incisos I e II, do CPC 
ou teria adotado entendimento divergente ao desta Corte Superior no que atine ao mencionado 
dispositivo legal. É dizer que quando o Tribunal de origem se pronuncia de forma clara e 
suficiente sobre a questão posta nos autos, não cabe falar em ofensa ao art. 535 do Código de 
Processo Civil.
Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos 
trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a 
decisão. Entendimento uníssono desta Corte:
"TRIBUTÁRIO RECURSO EM CONSULTA ADMINISTRATIVA. 
EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ARTIGO 48, § 5º, DA LEI 
9430/96. ALEGATIVA DE INFRINGÊNCIA AOS ARTIGOS 535, II, DO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E 151, III DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO 
NACIONAL. INOCORRÊNCIA. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. 
1. Não comete infringência ao artigo 535, II, do Código de Processo Civil 
o acórdão que analisa todos os pontos relevantes atinentes à solução da 
lide posta em julgamento. O juiz, ao expor os motivos que o levaram a 
decidir desta ou daquela maneira, não está subordinado a fazê-lo como 
quem responde a um questionário jurídico, mas sim fundamentadamente. 
Aliás, o decisório abordou explicitamente o artigo 151, III, do Código 
Tributário Nacional, tema da insurgência recursal.
(...) 3. Recurso especial desprovido" (REsp n.º 600.218/RJ, Primeira Turma, 
Rel Min. José Delgado, DJ de 17/05/2004).
"PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO - RECURSO ESPECIAL - 
ALÍNEA "A" - ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 458, II, E 535, II DO 
CPC - INOCORRÊNCIA - TÉCNICO EM METALURGIA - NECESSIDADE 
DE INSCRIÇÃO NO CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - AUSÊNCIA 
DE PREQUESTIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE LEI FEDERAL 
APONTADOS. 
Não há nos autos qualquer omissão, contradição ou obscuridade, pois o 
egrégio Tribunal de origem apreciou toda a matéria recursal devolvida. 
A função teleológica da decisão judicial é a de compor, precipuamente, 
litígios. Não é peça acadêmica ou doutrinária, tampouco destina-se a 
responder a argumentos, à guisa de quesitos, como se laudo pericial fora. 
Contenta-se o sistema com a solução da controvérsia observada a res in 
iudicium deducta.
(...)Recurso especial não conhecido" (REsp n.º 503.205/SC, Segunda 
Turma, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 29/03/2004)
No mais, sobreleva notar que o entendimento firmado pelas Turmas julgadoras 
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 6 de 4
 
 
Superior Tribunal de Justiça
integrantes da E. 1ª Seção desta Corte Superior é pacífico no sentido de ser justificável a recusa 
de bens nomeados à penhora com inobservância da ordem prevista no art. 11 da Lei n.º 6.830/80, 
sem que haja ofensa do art. 620 do CPC, máxime porque a penhora visa à expropriação de bens 
para satisfação integral do crédito exeqüendo.
In casu, demonstra-se imune de reparos o aresto recorrido, porquanto o juízo a 
quo entendeu que a recusa da exeqüente-agravada está plenamente justificada, visto que em 
primeiro lugar está o dinheiro e não os Títulos da Dívida Pública, in casu, Letras Financeiras do 
Tesouro.
Sob esse enfoque, é lícito ao juiz, em sede de Execução Fiscal, acolhendo 
impugnação do credor, determinar a substituição do bem penhorado, por outros livres, sem que 
haja malferimento do art. 620 do CPC, máxime porque a penhora visa à expropriação de bens 
para satisfação integral do crédito exeqüendo. 
Nesse sentido, oportuna a colação dos seguintes precedentes:
"PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU 
FALTA DE MOTIVAÇÃO NO ACÓRDÃO A QUO. PENHORA. RECUSA 
DE BENS NOMEADOS. TÍTULO DA DÍVIDA PÚBLICA (LETRAS 
FINANCEIRAS DO TESOURO – LFT). ORDEM PREVISTA NO ART. 11 
DA LEI Nº 6.830/80. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. Agravo de instrumento no intuito de reformar decisão que inadmitiu 
recurso especial intentado contra acórdão que, em ação executiva fiscal, 
indeferiu a nomeação à penhora de Letras Financeiras do Tesouro - LFT.
2. Argumentos da decisão a quo que são claros e nítidos. Não dão lugar 
a omissões, obscuridades, contradições ou ausência de motivação. O 
não-acatamento das teses contidas no recurso não implica cerceamento 
de defesa. Ao julgador cabe apreciar a questão de acordo com o que 
entender atinente à lide. Não está obrigado a julgá-la conforme o 
pleiteado pelas partes, mas sim com seu livre convencimento (art. 131 do 
CPC), usando os fatos, provas, jurisprudência, aspectos atinentes ao 
tema e a legislação que entender aplicável ao caso. Não obstante a 
oposição de embargos declaratórios, não são eles mero expediente para 
forçar o ingresso na instância especial, se não há omissão a ser suprida. 
Inexiste ofensa ao art. 535, II, do CPC quando a matéria enfocada é 
devidamente abordada no aresto a quo.
3. Não tendo a devedora obedecido a ordem prevista no art. 11 da Lei nº 
6.830/80, visto que em primeiro lugar está o dinheiro e não os Títulos da 
Dívida Pública, in casu, LFT, é lícito ao credor e ao julgador a não 
aceitação da nomeação à penhora desses títulos, pois a execução é feita 
no interesse do exeqüente e não do executado. Precedentes.
4. A devedora tem o dever de nomear bens à penhora, livres e 
desembaraçados, suficientes para garantia da execução, como dispõem 
os arts. 600 e 655 do CPC e 9º da Lei nº 6.830/80, mas a credora pode 
recusar os bens indicados e pedir que outros sejam penhorados, caso se 
verifique que os mesmos sejam de alienação difícil. Precedentes.
5. Recurso não-provido." (AgRg no AG n.º 744.591/SC, Rel. Min. José 
Delgado, Primeira Turma, DJU de 22.05.2006)
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 7 de 4
 
 
Superior Tribunal de Justiça
"TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – NOMEAÇÃO DE BENS À 
PENHORA – ORDEM LEGAL – RECUSA DO BEM – INEXISTÊNCIA DE 
ILEGALIDADE – ART. 11 DA LEF.
1. A controvérsia essencial dos autos restringe-se à exclusão do 
banco-recorrente do pólo passivo da relação jurídica. Além disso, versa 
sobre a recusa do credor de bem nomeado à penhora.
2. Inexistente a alegada violação do art. 535 do CPC, pois a prestação 
jurisdicional foi dada na medida da pretensão deduzida, conforme se 
depreende da análise do acórdão recorrido. 
3. Sobre a questão concernente à exclusão do banco-recorrente do pólo 
passivo da relação jurídica, o STJ, em casos análogos, entende que 
diante da constatação da existência de grupo econômico ou 
conglomerado financeiro a empresa líder tem legitimidade passiva ad 
causam para constar da relação jurídica.
4. Correto o pronunciamento do Tribunal de origem sobre a inexistência 
de irregularidade, na hipótese de execução fiscal, quanto à recusa de 
títulos da dívida pública, no caso letras financeiras do tesouro, LFT, 
porquanto não observada a ordem prevista no art. 11 da Lei n. 6.830/80. 
5. Em casos semelhantes aos dos presentes autos, a jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça consolidou-se no sentido de que, não 
observada a ordem disposta no art. 11 da Lei n. 6.830/80, é permitida, ao 
credor e ao julgador, a inadmissão da nomeação à penhora, pois a 
execução é realizada em favor do exeqüente, e não do executado.
Agravo regimental improvido." (AgRg no REsp. n.º 900.484/RS, Rel. Min. 
Humberto Martins, Segunda Turma, DJU de 30.03.2007)
Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao presente recurso especial.
É como voto.
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 8 de 4
 
 
Superior Tribunalde Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA
 
 
Número Registro: 2006/0081284-3 REsp 838614 / SC
Números Origem: 075030100806 20040150326 20040150326000300 20040150326000301 200501164172
PAUTA: 05/08/2008 JULGADO: 05/08/2008
Relator
Exmo. Sr. Ministro LUIZ FUX
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra DENISE ARRUDA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. AURÉLIO VIRGÍLIO VEIGA RIOS
Secretária
Bela. MARIA DO SOCORRO MELO
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : ALFA ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A
ADVOGADO : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(S)
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE TUBARÃO
ADVOGADO : LETÍCIA BIANCHINI DA SILVA E OUTRO(S)
ASSUNTO: Execução Fiscal
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na 
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto 
do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Denise Arruda (Presidenta) e Francisco Falcão 
votaram com o Sr. Ministro Relator. 
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Hamilton Carvalhido.
 Brasília, 05 de agosto de 2008
MARIA DO SOCORRO MELO
Secretária
Documento: 800752 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/09/2008 Página 9 de 4

Continue navegando