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/ DEFINIÇÃO Semântica. Pragmática. Sintaxe. Escrita. Leitura. Conectivos. Pontuação. PROPÓSITO Propiciar estratégias de leitura e produção textual para o entendimento fluente do idioma. PREPARAÇÃO Para dar continuidade ao seu estudo, tenha à disposição um smartphone/computador com acesso à internet. Indicamos os dicionários on-line: Merriam-Webster Dictionary ou Cambridge Dictionary. É necessário conhecimento básico/intermediário da língua inglesa. / OBJETIVOS MÓDULO 1 Justificar a relevância da gramática contextualizada para melhor compreensão da língua inglesa MÓDULO 2 Identificar estratégias de leitura e escrita em diferentes tipos textuais MÓDULO 3 Aplicar conectivos e sinais de pontuação MÓDULO 1 Justificar a relevância da gramática contextualizada para melhor compreensão da língua inglesa O QUE VEREMOS? / Fonte: rawpixel.com / Freepik Neste módulo, vamos explorar os aspectos cognitivos e culturais presentes na formação da língua inglesa, descrevendo os estudos gramaticais juntamente com a visão semântica e pragmática. Assim, podemos compreender a língua como um todo, levando em conta as contribuições sociais e interacionais. AS IMPLICAÇÕES DA SEMÂNTICA E DA PRAGMÁTICA Quando iniciamos o estudo da língua inglesa, somos bombardeados por tantas estruturas gramaticais, vocabulários e expressões que muitas vezes mal temos tempo de analisar o sentido de uma frase. Para um aprendizado mais completo, porém, é preciso analisar os aspectos culturais que moldam como a língua é compreendida. Os estudos da semântica e pragmática são indissociáveis dos estudos gramaticais. Vamos esclarecer esses conceitos analisando a seguinte frase: / SHE WAS FEELING SO BLUE AFTER THE BREAK UP THAT SHE BURSTED INTO TEARS WHILE LISTENING TO ADELE. É possível fazer uma análise de cada termo da frase e de como eles se conectam utilizando a sintaxe. Porém, para compreender os sentidos implícitos de determinadas palavras — como blue e Adele — no contexto da frase, precisamos nos aprofundar na linguagem, em seus valores culturais e simbólicos. A SEMÂNTICA ANALISA A CONEXÃO ENTRE AS PALAVRAS DE UMA FRASE, COMO UMA FORMA DE COMPREENDER SE ELA TEM FUNÇÃO COMUNICATIVA. PARA ISSO, DEPENDEMOS DE TODAS AS NORMAS DE ESTRUTURA DA LÍNGUA, A GRAMÁTICA, A FIM DE FORMULAR SENTENÇAS QUE FAÇAM SENTIDO PARA O FALANTE DE INGLÊS. ENCARREGADA DE ATRIBUIR O SENTIDO DENOTATIVO EM UMA SENTENÇA, A SEMÂNTICA TEM FOCO NA PALAVRA, DESCREVENDO UM TERMO USANDO OUTROS, COMO EM UM DICIONÁRIO. Fazendo a análise da palavra blue teríamos: “Blue” B-L-U-E /blu:/: coloração do céu num dia sem nuvens (definição do Cambridge Learner’s Dictionary). A partir dessa análise, as primeiras questões poderiam ser formuladas: / Fonte: Adaptado de drobotdean / Freepik E se o leitor for de um lugar em que o céu tem outra coloração? E quem percebe as cores de maneira diferente? E mais ainda: Como isso se aplica na frase em questão? Como uma pessoa pode sentir uma cor? A fala em análise pode ser compreendida facilmente, mas seu sentido implícito nos termos blue e Adele não serão levados em consideração. Para isso, precisamos examinar o exemplo usando outra categoria, a pragmática. O que seria então essa nova categoria? A PRAGMÁTICA É UM PROCESSO COGNITIVO EM QUE NOSSO APARELHO INSERE EXPRESSÕES EM DETERMINADAS CATEGORIAS DE CONCEITOS IMPLÍCITOS. É O SENTIDO CONOTATIVO, BASEADO NAS FIGURAS MENTAIS QUE FAZEMOS DE UM DADO TERMO. A partir do entendimento do que venha a ser pragmática, podemos fazer a seguinte análise: / to feel blue Esse termo passou por mudanças de significados, envolvendo valores sociais e culturais, até ser entendido atualmente como sadness, gloominess. Adele É uma cantora inglesa conhecida por suas músicas sobre amores não correspondidos. As representações desses termos continuarão sendo as mesmas na frase, mas o significado de cada termo adquire uma nova informação. Essa breve análise envolve compreender o uso idiomático de blue, que indica sentimento de tristeza, e fazer essa associação quando perceber o verbo to feel. Mas aqui também levantamos alguns questionamentos: Todos nós compreendemos um sentimento da mesma maneira? Como apresentar o sentimento para o leitor de forma clara? Como surgiu essa ressignificação que não pode ser traduzida em um só termo para outra língua? GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA Fonte: Qvasimodo art / Shutterstock Levando em consideração que a língua não tem autonomia sem a gramática e que, para ser apreendida, é preciso usá-la em um contexto, precisamos reforçar a importância do estudo da gramática contextualizada em seu sistema e cultura. / Afinal, de que adianta compreender as especificidades da gramática se não compreendemos o sentido? Se cada língua necessita de sua estrutura, e cada uma se adapta às necessidades de uma comunidade linguística, também é preciso levar em consideração que a língua é um fenômeno cultural, moldada e aperfeiçoada por tal cultura de maneira a possibilitar a comunicação. Na língua inglesa, percebemos aspectos que para falantes de português brasileiro soam complexos, como o uso do it ou a questão temporal implícita no present perfect — que traduzidos podem perder seu sentido —, ou expressões idiomáticas e phrasal verbs. Daí a importância de usarmos a gramática levando em conta outros aspectos da língua inglesa, para que a compreensão do todo seja o objetivo do leitor. COMENTÁRIO A gramática é essencial para conectar um discurso de forma a ser compreendido. Assim, compreender seus aspectos é fundamental para entender o que uma frase quer dizer. A gramática é, portanto, uma ferramenta, que usamos para conectar signos e dar sentido a eles. Para entender melhor como esse mecanismo é utilizado naturalmente, usaremos como exemplo a seguinte frase: KLONG WENT TO THE VROOP TO BUY SPLEETZ FOR DINNER. / Podemos não entender o que Klong, vroop ou spleetz significam, mas analisando o contexto da frase entendemos que: Klong É uma pessoa. Vroop É um lugar (provavelmente um lugar onde se pode comprar algo). spleetz É algo que foi comprado e que é de comer. E mais: entendemos que essa ação aconteceu no passado. Essas três palavras poderiam ser substituídas por X, Y, Z (X went to the Y to buy Z for dinner.) ou por um nome, um lugar e uma comida (Ann went to the market to buy pasta por dinner — Ann foi ao mercado comprar macarrão para o jantar), e teriam um sentido similar, pois entendemos que, estruturalmente, essa é a ordem das ideias na língua inglesa. Na produção e compreensão textual, a gramática tem papel fundamental para formular mensagens, por ser um registro imutável, e sua estruturação implica como o leitor irá receber as informações. Diferentemente da fala, a escrita necessita de outras maneiras de demonstrar a linguagem não verbal, entendida como emoções e sentidos implícitos expressados por gestos corporais, entonação, ambiente, entre muitos outros. Adiante exploraremos alguns aspectos gramaticais da língua inglesa que são determinantes para interpretar uma mensagem e que, muitas vezes, podem implicar uma frase mal formulada ou com sentido diferente. VERB TENSE ('TEMPO' VERBAL) Sabendo que a ação é a parte mais importante de uma frase, o verb tense precisa estar de acordo com a ideia de tempo que se quer passar. Em inglês, a ocorrência ou a duração de um evento e até mesmo o contexto estão implícitos no verbo, e muitas vezes não são indicados, como é o caso do perfect tense. Por exemplo, dois estudantes, ao serem questionados sobre sua dissertação, respondem: A I didn’t finish it. / A estrutura da frase é diferente do estudante B, pois utilizou o simple past. O estudante A quis indicar que decidiu abandonar sua dissertação antes de ter terminado, mesmo sem ter exposto esse fato abertamente. B I haven’t finished it. A estrutura da frase é diferente do estudante A, pois utilizou o present perfect. O estudante B aponta que está no processo de produção de suadissertação e que pretende finalizá-la. VERB CONSISTENCY (CONSISTÊNCIA VERBAL) Também é importante manter constância no tempo utilizado e adaptar as ações da frase de acordo com essa constância, de forma a manter consistência entre as ocorrências de um dado contexto. Imagine que você precise revisar o e-mail de um colega e se depara com o seguinte: TO WHOM IT MAY CONCERN, * I ARRIVED IN TOWN YESTERDAY EVENING AND GET MY TRAIN TICKETS, GO TO MIAMI TODAY IN THE MORNING AND WAIT FOR THE CREW TO CATCH ME HERE. Essa mensagem dificilmente será compreendida, pois confunde o leitor ao expressar ideias de ação em tempos distintos (arrived, get, go, wait, to catch), por mais que haja um verbo inicial no passado (arrived). javascript:void(0) / Utilizamos o asterisco (*) para caracterizar as frases mal formadas ou agramaticais, isto é, frases que contêm um erro linguístico, gramatical. SUBJECT-VERB AGREEMENT (CONCORDÂNCIA SUJEITO-VERBO) Relembrando que os verbos sofrem alteração na terceira pessoa do singular (he, she, it) quando conjugados no presente, e que é fundamental fazer a conjugação do verbo de acordo com a pessoa usada. EXEMPLO Uma pessoa foi abordada e questionada sobre a sua irmã. Essa pessoa responde: *She is very nice but have a hot temper. De acordo com as normas gramaticais, essa frase está incorreta, pois deveria concordar com she, sendo assim, She is very nice but has a hot temper. Ainda que seja possível compreender o contexto, por ser um registro escrito, está sujeito também à interpretação do leitor. Esse equívoco, ao contrário da fala, não pode ser corrigido. CHUNKS São expressões com estruturas fixas que contêm em si um determinado sentido, expressam ideias e conectam o discurso. Chunks como by the way, on the other hand, first of all, além de não poderem ser alterados, indicam um sentido em si mesmo para expressar propósito, alteração e introdução de ideias, respectivamente. Os chunks são compostos por uma estrutura de signos que têm determinada ordem que soa adequada aos falantes de inglês, tanto que causa estranhamento quando alterada. Vejamos alguns exemplos e análise deles a seguir: / a) I’m at home sound and safe. b) Math is great, but on the other foot English is more amazing! c) Lisa broke up with her partner. ANÁLISE 1 Em (a) e (b), o estranhamento aparece no uso dos idioms (expressão composta por termos que indicam um sentido e são imutáveis). Safe and sound (são e salvo) tem uma sonoridade melhor para os falantes de Inglês. E trocar os termos, como aparece em (a), não constrói o sentido e não soa bem. ANÁLISE 2 Em (b), percebemos que o idiom on the other hand (por outro lado) teve um termo trocado, o que faz dele ininteligível. ANÁLISE 3 Em (c), temos um exemplo de colocação verbal que, dependendo da preposição aplicada, expressa ideias distintas: broke up. Trata-se de um phrasal verb, uma unidade composta por um verbo e uma preposição indicando sentidos metafóricos, simbólicos, que podem ser bem complexos de analisar fora de um contexto. CAPITALIZATION Em inglês, substantivos próprios como dias da semana, meses do ano, nomes próprios e seus derivados têm suas iniciais grafadas em letra maiúscula. Também ocorre com o pronome I (eu). Ao descrever sobre suas férias, Carlos usou corretamente as regras de capitalização: WE WENT TO THE SWISS ALPS IN JANUARY, AND LAST TUESDAY I RETURNED TO BRAZIL. Fomos aos Alpes Suíços em janeiro, e na terça-feira passada eu voltei ao Brasil. / WORD ORDER A ordem dos termos em uma frase pode alterar completamente seu sentido, podendo até impossibilitar a compreensão. O uso de advérbios precisa de uma atenção especial, pois tem uma posição específica na frase. Pensando na posição do termo only em algum lugar na frase I read books in the morning, o sentido muda a cada opção. Vejamos este fato a seguir: A) I ONLY READ BOOKS IN THE MORNING. – A ÚNICA COISA QUE FAÇO DE MANHÃ É LER LIVROS. B) I READ ONLY BOOKS IN THE MORNING. – SÓ LEIO LIVROS DE MANHÃ. C) I READ BOOKS ONLY IN THE MORNING. – SÓ DE MANHÃ LEIO LIVROS. D) *I READ BOOKS IN THE ONLY MORNING. É imprescindível compreender e posicionar bem as estruturas de uma frase, para que o sentido não sofra variações, assim, seja recebido pelo leitor da maneira mais clara possível. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. RELEMBRANDO O QUE VIMOS SOBRE AS APLICAÇÕES DA GRAMÁTICA NA PRODUÇÃO ESCRITA, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE MELHOR DEFINE SUA IMPORTÂNCIA: A) A gramática é essencial para a construção de sentido, sendo analisada termo por termo. B) É indispensável pensar a gramática como um sistema de estruturas que formam uma língua, cujos termos devemos analisar em um dado contexto. C) Precisamos da gramática como um quebra-cabeças, onde cada peça se encaixa de maneira fixa. / D) Estudar gramática tem a ver com recordar regras e normas para assim poder produzir textos melhores. 2. ANALISE A FRASE: MARGARET FELT SO BLUE AFTER THE BREAK UP THAT SHE BURSTED INTO TEARS WHILE LISTENING TO ADELE. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE MELHOR EXPRESSA O CONJUNTO DE IDEIAS DA FRASE. A) Uma menina se sentiu triste por ouvir sua amiga falando de relacionamentos. B) A moça provavelmente terminou um relacionamento recente e está num estado de tristeza tão profundo que chora ao ouvir músicas tristes. C) A mulher terminou um relacionamento e chora quando vê a cor azul e ouve músicas tristes. D) Ela estava tão triste com a quebra que se chocou em lágrimas ouvindo Adele. GABARITO 1. Relembrando o que vimos sobre as aplicações da gramática na produção escrita, assinale a alternativa que melhor define sua importância: A alternativa "B " está correta. Ao refletir sobre a gramática empreendendo o contexto, ela se torna mais significativa e interessante. Aprendendo a usá-la, é possível criar infinitos sentidos. Sua adequação a um dado formato é extremamente importante. 2. Analise a frase: Margaret felt so blue after the break up that she bursted into tears while listening to Adele. Assinale a alternativa que melhor expressa o conjunto de ideias da frase. A alternativa "B " está correta. É importante interpretar os signos linguísticos levando em conta o conjunto de ideias implícitas em um dado termo, entendendo que a gramática deve ser compreendida levando em conta o contexto. / MÓDULO 2 Identificar estratégias de leitura e escrita em diferentes tipos textuais A RELEVÂNCIA DA LEITURA No caso específico do aprendizado de um idioma, a leitura dos mais variados gêneros textuais é uma forma de ver as regras aplicadas em uso e de expandir a compreensão de signos linguísticos (entendido como “aumentar o vocabulário”). Além disso, leva o leitor a um universo de sentidos e ideias. Fonte: rassco / Shutterstock Cada gênero textual apresenta acordos normativos específicos, para que a mensagem seja interpretada de acordo com a intencionalidade do escritor, que adapta a língua para melhor expressar seus objetivos comunicativos. A poesia, a charge e mesmo os memes usam jogos de palavras (wordplay), mas dependem da capacidade do leitor para decodificá-los e exigem um entendimento mais aprofundado da língua. A seguir, apontamos algumas estratégias de leitura e escrita para melhor interpretar os objetivos explícitos e implícitos no texto. ESTRATÉGIAS DE LEITURA E ESCRITA / A COMPREENSÃO TEXTUAL Sabemos que entre ler e interpretar um texto pode existir uma imensa distância. Conectar as ideias entre as frases, as frases ao parágrafo e identificar seu objetivo principal pode parecer impossível em determinadas leituras, especialmente quando estamos diante de um artigo longo que usa academicismos ou de um romance de um escritor detalhista que se prolonga nas palavras sem ir direto ao ponto. Vejamos duas estratégias que podem ser usadas para uma melhor compreensão do que se lê: COMPREENDER O GIST Gist é a ideia principal, o objetivo que o texto apresenta. Para encontrar o gist, é necessário ler procurando o sentido principal do texto,procurando interpretar as estratégias usadas para compreender a finalidade da mensagem. USAR A LINGUAGEM EM CONTEXTO Ao ler um texto, muitas vezes nos deparamos com termos que não conhecemos, e essa dúvida específica pode impedir a fluidez da leitura. Em muitos casos, não é necessário ir ao dicionário. Analisando o termo no contexto da frase ou do próprio texto como um todo, é possível entender seu significado. READING SKILLS Utilizando as duas estratégias explicadas anteriormente, algumas habilidades de leitura são importantes para a melhor compreensão e interpretação de um texto, vejamos algumas: / Fonte: freepik / Freepik SKIMMING Uma leitura rápida em que se aborda o gist, sem focar em termos específicos. Fonte: freepik / Freepik / SCANNING Uma busca de informações específicas abordadas ao longo do texto. Fonte: freepik / Freepik EXTENSIVE READING Uma leitura feita sem uma finalidade específica, somente pelo intuito de compreender o sentido geral, por vontade própria. / Fonte: freepik / Freepik INTENSIVE READING Uma abordagem conceitual do texto, procurando compreender o significado dos termos usados. A PRODUÇÃO ESCRITA A linguagem escrita é uma ferramenta essencial para a comunicação, seja para registrar opiniões, sentimentos, desejos ou necessidades. Bilhetes, mensagens instantâneas em aplicativos, e-mails, textos acadêmicos, artigos de jornal, contos, poemas, todos dependem da escrita e cada um utiliza um formato diferente de expressão. Escrever está intrinsecamente ligado com o pensamento. Quando escrevemos em um diário, fazemos anotações ou redigimos apontamentos, essas ações são formas de concretizar nossos pensamentos e sentimentos, organizar as ideias e transcrever em uma forma de registro. Uma importante função da escrita, portanto, é registrar um processo cognitivo em um determinado código. / Fonte: suksao / Freepik Quando precisamos escrever para nos comunicarmos com alguém, o objetivo muda. Redigir um bilhete ou um e-mail corporativo exige habilidades para ordenar e colocar em forma escrita uma intencionalidade. Quem escreve precisa se adaptar às formas de comunicação, aos estilos textuais e sempre ter em mente o leitor. Quando se reflete sobre a produção de textos, é fundamental considerar alguns fatores, vejamos quais: CLAREZA Seja qual for a forma, o texto deve passar o conteúdo de maneira clara, para que haja compreensão por parte do leitor. A clareza é essencial no processo da escrita. Vale pontuar que “escrever bem” não significa usar termos eruditos. Também de nada serve uma gramática impecável se a mensagem não for clara para o leitor. ORGANIZAÇÃO Expressar uma linha de raciocínio de modo organizado é fundamental para a compreensão do leitor. PERSUASÃO Quem escreve deve encontrar formas de manter seu leitor interessado. Uma mensagem precisa ser persuasiva para cativar o leitor e, quem sabe, fazê-lo entender outro modo de refletir sobre o mundo. / A mensagem escrita deve variar sua forma de acordo com o objetivo da comunicação. A seguir vamos explorar as intencionalidades dos discursos, sempre levando em consideração a figura do leitor que irá decifrar a mensagem e atribuir sentido de acordo com sua visão de mundo. TIPOS DE DISCURSO Ao observar o universo de mensagens escritas ao nosso redor, percebemos que a forma como utilizamos a língua sofre variações dependendo do objetivo que queremos alcançar. Ao produzir/estruturar um texto, utilizamos uma variedade linguística que coadune com nossa intenção. Por exemplo, um essay é produzido de maneira diferente de um short story. O estilo de escrita revela muito sobre os propósitos do autor, e saber usar o formato apropriado para inferir esses objetivos demonstra domínio da língua. EXPOSITORY WRITINGS Neste formato, o objetivo é relatar uma informação ao leitor, sem expor opiniões sobre o tema. Esse tipo textual é utilizado para explicar, usa fatos e segue uma ordem específica. Geralmente é empregado em produções como: Artigos acadêmicos e científicos São exemplos os papers, articles e essays em geral, que, por requererem uma linguagem mais formal, utilizam jargões específicos e estruturas mais complexas, obedecendo estritamente às normas gramaticais. Uma forma de indicar foco no conhecimento exposto e não no autor é o uso de passive voice, bastante comum neste tipo de texto. Textos escolares Esses textos possuem o objetivo de ensinar sobre um determinado conteúdo e por isso têm uma linguagem explicativa. Receitas e manuais Eles apontam, numa ordem determinada, instruções a serem seguidas, geralmente usando o imperative mode. / Notícias Possui caráter informativo e usa uma linguagem direta e objetiva, simplificando a informação em poucas linhas. DESCRIPTIVE WRITING Visa fazer o leitor visualizar o cenário criado pelo autor. Pode ter caráter imagético e ser particularmente minucioso nos detalhes, com o objetivo de inserir o leitor em sua narrativa. Vejamos alguns exemplos: Romances literários Para envolver o leitor em sua ambientação, o autor ilustra em palavras todas as emoções envolvidas na história. Diários São usados como um registro pessoal, exploram uma rotina ou momentos do autor, focando nos detalhes que são importantes para ele no momento da escrita. PERSUASIVE WRITING Com o propósito de convencer, este tipo de discurso é usado para influenciar o leitor a assumir o ponto de vista exposto no texto. Seja para incitar o consumo ou opinar, esse modo é comumente encontrado em: Editoriais jornalísticos Ao colocar um ponto de vista no veículo jornalístico, o autor tem o objetivo de sugerir sua linha de raciocínio ao leitor. Peças publicitárias e comerciais Incitando o consumo de produtos, bens e serviços, essas peças usam uma linguagem persuasiva e jargões de fácil reprodução, para assim fazer a associação da língua com o que é ofertado. / NARRATIVE WRITING Este discurso tem como objetivo contar uma história, seja ela real ou não. Envolve personagens e um tempo específico, por isso vale relembrar a importância do uso dos verb tenses de maneira adequada. Os gêneros textuais que são descritos dessa forma são: Escrita literária Englobando gêneros fictícios como novels, short stories e fairy tales, este formato pretende narrar uma sequência de eventos que são ordenados de acordo com a intenção do autor. Biografias Relatam os acontecimentos da vida de uma pessoa, para isso é preciso seguir uma ordem dos fatos ocorridos, explicitando a trajetória do indivíduo de maneira cativante e envolvente. Anecdotes Busca entreter o leitor ilustrando algum acontecimento; a linguagem deve relatar o fato e seu desenvolvimento até chegar a um clímax. Compreender o objetivo comunicativo é a chave para uma mensagem efetiva, explorando formas distintas de se apresentar. Adaptar o discurso dependendo da intencionalidade incutida no registro faz com que um texto se torne mais claro em seu propósito. GÊNEROS TEXTUAIS Entender os gêneros textuais como um processo social dinâmico (que pode conter vários objetivos comunicativos) e estruturado de maneira convencional (por meio de uma linguagem contextualizada) gera reflexões sobre o propósito de um texto e sua construção. O uso de diferentes gêneros textuais pode indicar uma maneira de discursar pautada em comportamentos, relações de poder e hierarquia, exigindo determinados protocolos em prol de um estilo definido. Nesse sentido, é importante fazer algumas perguntas sobre o texto: Questionamentos sobre o texto Quem escreve utilizando um determinado tipo textual? / Qual o propósito comunicativo do texto? Quem esse texto vai atingir? Onde será publicado? Por que as pessoas leem esse tipo de texto? Que informações são esperadas nele? Que papel esse texto ocupa na comunidade? Em seguida, vamos abordar os tipos textuais divididos em três categorias: narrative, poetry e non-fiction. NARRATIVE Usados para contar uma história fictícia, a formatação e o detalhamentodas narrativas variam de acordo com o tipo textual. É uma maneira de explorar os aspectos imaginários, inserir o leitor em um universo paralelo de tempo e espaço onde os acontecimentos se desenrolam de acordo com a intenção do autor. É encontrado em diferentes produções: adventure, mystery, science fiction, fantasy, historical fiction, contemporary fiction, dilemma Stories, dialogue, play scripts, myths, legends, fairy tales, fables, traditional tales guidance, short stories, novels. Neste gênero, é comum perceber uma estrutura: Apresentação da ambientação e dos personagens, estabelecendo um espaço e tempo específicos. / Desenvolvimento dos fatos, introduzindo as adversidades e culminando num ponto principal dos eventos ocorridos, o clímax. Resolução dos eventos, concluindo a narrativa e finalizando o enredo. POETRY Apresenta uma enorme variedade de formas e utiliza jogos de palavras e sons para dar voz e sentido à maneira de sua organização, fazendo o leitor imergir em inúmeras significações. São encontrados em lyrics, poems, haikus, slam poetry, poetry recitals, nursery rhymes, traditional songs e podem ser divididos em: Free verses Visual poems Structured poems A estruturação desse gênero varia e geralmente há foco na sonoridade. Como expressão artística, o uso de jogos de palavras e sentidos é comum. As duas estruturas de uso da língua mais comuns no gênero poetry são: a utilização de homophones para interagir sonoramente (palavras como ought e thought); figures of speech, como metaphor, antonym, synonym e ambiguity, são usadas em uma conotação abstrata ao texto, fazendo o leitor compreender a intenção do autor por trás dos significados. NON-FICTION O tipo mais comum de texto em nosso cotidiano, este gênero apresenta uma visão geral e imparcial de um tópico. É comum mostrar duas ou mais perspectivas de um assunto, elaborando cada uma com argumentos, evidências e exemplos. Non-fiction pode ser encontrado em formas como discussion texts, explanatory texts, instructional texts, persuasion texts, non-chronological reports e recounts. A organização estrutural desses tipos textuais geralmente mostra o seguinte padrão: / Apresentação do conteúdo, expondo uma visão geral de seus argumentos. Formulação dos argumentos favoráveis ou opostos, usando exemplos e evidências para corroborar com a visão do autor. Finalização com uma recapitulação resumida do que foi tratado, terminando com a conclusão dos argumentos discutidos e reafirmando seus objetivos. Quanto ao uso da língua, por se tratar de um registro informativo, há certas estratégias linguísticas que tornam o texto non-fiction mais atrativo para o leitor, pois concatena o discurso de maneira coerente, com estruturação do raciocínio de forma lógica. Estratégias como o uso do present tense, chunks e conectivos são essenciais para complementar, contrastar, comparar e adicionar ideias. WRITING SKILLS Após refletir sobre como e para quem queremos passar uma mensagem, chega o momento de colocá-la em palavras e, então, devem entrar em cena as habilidades de escrita. Quando iniciamos o processo de produção de um texto, é interessante ter em mente algumas estratégias para estruturá-lo. Vamos a elas! 1 PERGUNTAS A RESPONDER “Qual mensagem quero passar?”: o objetivo da mensagem, o ponto central do seu texto; “Quais palavras usar para expressar isso?”: as palavras selecionadas para passar sua mensagem vão depender da forma textual; “Posso ser mais breve?”: demonstrar assertividade em sua produção textual mostra habilidade linguística em exprimir abstrações de maneira sucinta. Menos é mais. / OBJETIVIDADE E CLAREZA Passar clareza em sua mensagem é importante. Para isso, expressar-se de maneira objetiva, evitando o excesso de termos, é crucial. Encontrar uma forma mais sucinta de expor suas ideias faz com que seu texto seja mais direto e preciso. Além disso, algumas técnicas ajudam a conduzir seu ponto de vista de maneira mais clara. Vejamos algumas dessas técnicas: Use sinônimos: deve-se evitar repetição de palavras; buscar outras formas de expressar uma ideia de maneira mais resumida é importante para um texto rico e atrativo. Mas é necessário ter cuidado com a atribuição de significados para o termo escolhido, para não correr o risco de ter a interpretação modificada pelo uso conotativo. Forme outros sentidos para um mesmo termo: modificar uma palavra ao adicionar affixes (suffix e prefix) pode ser uma opção para reduzir a quantidade de termos quando quer expressar uma ideia. Resuma uma ideia em poucas palavras: concisão faz com que seus pensamentos sejam resumidos e dá mais espaço para explorá-los; ao reduzir a quantidade de termos, o foco permanece na mensagem. Evite fillers: jargões, usos de provérbios e outras formas de expressões para “preencher” um texto só demonstra o despreparo do autor para sustentar suas ideias. 2 3 CONHECIMENTO DO TÓPICO / É essencial ter um texto bem estruturado, mas suas informações e afirmações devem ser verdadeiras. Para tal, é preciso conhecer o conteúdo discutido; pesquisar e esgotar ao máximo o tema tratado. ORGANIZAÇÃO Considerando que as ideias precisam ter uma ordem para serem coerentes, a organização de um texto é primordial para conectar uma linha de pensamento. Visando levar o leitor a uma série de conexões antes de chegar ao seu cerne da questão, um texto precisa ter início, meio e fim. Vejamos: Introduction: o início da produção textual precisa definir o objetivo principal, introduzindo o leitor ao texto de maneira cativante o suficiente para mantê-lo interessado em dar prosseguimento à leitura. Development: o texto precisa desenvolver opiniões, ideias e visões de mundo, conectando-as de forma a obter uma produção que reflita o ponto de vista do autor. Conclusion: ao final, o autor resume e concretiza suas reflexões levando o leitor a compreender as articulações de suas ideias. Para produzir textos marcantes e que expressem uma função comunicativa efetiva, é necessário ter em mente a forma a ser utilizada, o objetivo do texto, a quem esse texto se destina e a adequação da linguagem escrita para as finalidades determinadas. A organização é fundamental e, para tanto, é imprescindível saber conectar ideias e pontos de vistas. 4 / TÉCNICAS PARA PASSAR UMA MENSAGEM DE MANEIRA CLARA: Use sinônimos: deve-se evitar repetição de palavras; buscar outras formas de expressar uma ideia de maneira mais resumida é importante para um texto rico e atrativo. Mas é necessário ter cuidado à atribuição de significados no termo escolhido, para não correr o risco de ter a interpretação modificada pelo uso conotativo. Forme outros sentidos para um mesmo termo: modificar uma palavra ao adicionar affixes (suffix e prefix) pode ser uma opção para reduzir a quantidade de termos quando quer expressar uma ideia. Resuma uma ideia em poucas palavras: concisão faz com que seus pensamentos sejam resumidos e dá mais espaço para explorá-los; ao reduzir a quantidade de termos, o foco permanece na mensagem. Evite fillers: jargões, usos de provérbios e outras formas de expressões para “preencher” um texto só demonstra o despreparo do autor para sustentar suas ideias. A ORGANIZAÇÃO DO TEXTO DEVE TER – INÍCIO, MEIO E FIM. VEJAMOS: Introduction: o início da produção textual precisa definir o objetivo principal, introduzindo o leitor ao texto de maneira cativante o suficiente para mantê-lo interessado em dar prosseguimento à leitura. Development: o texto precisa desenvolver opiniões, ideias e visões de mundo, conectando-as de forma a obter uma produção que reflita o ponto de vista do autor. Conclusion: ao final, o autor resume e concretiza suas reflexões levando o leitor a compreender as articulações de suas ideias. Para produzir textos marcantes e que / expressem uma função comunicativa efetiva, é necessário ter em mente a forma a ser utilizada, o objetivo do texto, a quem esse texto se destina e a adequação da linguagemescrita para as finalidades determinadas. A organização é fundamental e, para tanto, é imprescindível saber conectar ideias e pontos de vistas. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. EM EXAMES DE PROFICIÊNCIA OU PROVAS, PARA RESPONDER QUESTÕES DE COMPREENSÃO TEXTUAL, EM QUE É NECESSÁRIO PROCURAR POR INFORMAÇÕES DADAS NO TEXTO, UMA ESTRATÉGIA DE LEITURA INTERESSANTE SERIA: A) Intensive reading. B) Skimming. C) Scanning. D) Extensive reading. 2. LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO AS ESTRATÉGIAS DE ESCRITA APRESENTADAS NESTE MÓDULO, É IMPORTANTE RESSALTAR OS SEGUINTES ASPECTOS QUE FAZEM O TEXTO PASSAR A MENSAGEM DE FORMA CLARA: / A) Local de fala, organização de acordo com a mensagem a ser passada, detalhamento exaustivo para convencimento do leitor. B) Questionamentos sobre o tipo de texto, priorizando a língua ao conteúdo. C) Questionamentos sobre os objetivos do texto, objetividade, organização e compreensão sobre o que está sendo tratado. D) Organizar, conectar e sintetizar, visando expressar os sentimentos do autor independentemente do leitor. GABARITO 1. Em exames de proficiência ou provas, para responder questões de compreensão textual, em que é necessário procurar por informações dadas no texto, uma estratégia de leitura interessante seria: A alternativa "C " está correta. Para procurar informações explicitadas no texto de maneira mais eficiente, usar o scanning agiliza o processo de interpretação e busca referências específicas com o objetivo de achar a solução para um questionamento. 2. Levando em consideração as estratégias de escrita apresentadas neste módulo, é importante ressaltar os seguintes aspectos que fazem o texto passar a mensagem de forma clara: A alternativa "C " está correta. É essencial ter em mente os objetivos da mensagem conjuntamente com o leitor, já que ele irá interpretar os sentidos colocados no texto. Para isso, é preciso encontrar estratégias para organizar o texto, de maneira coesa, de forma a obter melhores resultados comunicativos. MÓDULO 3 Aplicar conectivos e sinais de pontuação / DANDO RITMO AO TEXTO Reavaliando o processo de escrita, percebemos a importância de construir um texto bem conectado, de forma coerente e clara. Para isso, é fundamental o uso das linking words, que concatenam os sentidos, e da punctuation, que dá ritmo ao texto. Fonte: jcomp / Freepik LINKING WORDS AND PHRASES Para conectar frases e parágrafos, introduzir ideias e dar coerência ao que se quer transmitir, o uso das linking words é fundamental. Elas ajudam a dar fluidez ao texto. Também identificadas como words of transition, words of connection, logical connectors e discourse markers, linking words são chunks que relacionam as informações, apresentando funções de addition, contrast, / similarity, sequence, illustration, comparison, emphasis, summarization, result, entre outras. Vamos conhecer agora algumas delas: INTRODUCTION AND REFERENCE AGREEMENT COMPARISON INTRODUCTION AND REFERENCE Utilizados para apresentar e referenciar ideias, essas expressões podem ser usadas para começar um texto ou se referir a exemplos demonstrados pelo autor. a) Para Introduction: (At) First; First of all; In the first place; Initially; To begin with; To start with. b) Para Reference: as referred to; by the way; concerning; considering; in reference to; regarding; speaking of; with regard to. AGREEMENT Com a função de gerar concordância entre as ideias apresentadas, algumas das expressões de agreement são: in accordance with; in agreement; in conformity; according to; as seen in. COMPARISON Entre as expressões comparativas, temos: in comparison (with); in the same way; similarly; comparing; likewise. CONTRAST EMPHASIS ADDITION / CONTRAST Para apresentar ideias contrárias, demonstrando um ponto de vista distinto, há várias expressões: after (all); alternatively; although; as opposed to; at the same time; but; by contrast; despite; even so; even though; for all that; for (my, his,...) part; however; in contrast; in (the) face of; in (the) light of; in spite of (that); meanwhile; nevertheless; nonetheless; on the other hand; still; though; unlike; whereas; while; yet. EMPHASIS Para destacar um dado ou um ponto formulado, expressões que exprimem ênfase são interessantes para gerar atenção pontual. Algumas delas: even more in any event indeed in particular least of all let alone mainly more important(ly) a key feature a major concern most important(ly) / most of all naturally particularly positively primarily principally specifically definitely especially (not) the basic cause the chief factor the key point unquestionably valuable to note without a doubt above all especially / significant ADDITION Para adicionar novas ideias, utilizamos expressões como: both ... and either ... or equally important further furthermore in addition (to) indeed jointly last but not least likewise moreover neither ... nor next not only ... but also / not to mention not to speak of on top of that or plus similarly together with what's more again also and (then) as well as at the same time besides EXPLANATION OF CAUSE RESULT PURPOSE EXPLANATION OF CAUSE / Há expressões que buscam explicar uma causa: in view of; now that; on account of; since; that is because; as; as a result of; because of; due to; for; in order that. RESULT Algumas expressões apresentam os resultados de um determinado raciocínio: for this reason; for which reason; hence; in short; so much (so) that; so that; that is why; then; thereby; therefore; thus; accordingly; as a consequence; as a result; consequently. PURPOSE Para expressar razão/propósito, temos: in return for; so as to; so that; to; to the purpose of; to this end; with this in mind; with this purpose; in an effort to; in order that; in order to. TIME RELATIONSHIP SEQUENCE MARKERS CIRCUMSTANCES TIME RELATIONSHIP Se o objetivo é expressar relação de tempo e marcar temporalidade no discurso, temos: now nowadays presently shortly (after) simultaneously / since so far soon temporarily then thereafter throughout thereupon until up until now while yet at the same time after a while afterward(s) as time goes by at last at present / at this point currently from now on from then on henceforth immediately in the meantime lately later meanwhile SEQUENCE MARKERS Para organizar a sequência em que as ideias serão expostas, podemos usar: next; then; later; after that; last finally; first; firstly; first of all; in the first place; second; secondly; third; following. CIRCUMSTANCES Estas linking words expressam um ponto de vista a partir de determinadas circunstâncias discutidas: in my opinion; in terms of; in the midst of; on the part of; as a last resort; as a rule; from the standpoint of. CONDITION / EXCEPTION/EXCLUSION EXAMPLE CONDITION Para conectar condições a suas causas, podemos usar: if not; in case of; in case (that); in the event of; in the event (that); on condition that; only if; or (else); otherwise; provided (that); providing (that); whether or not; as long as; even if; if. EXCEPTION/EXCLUSION Com função de exceção, estas linking words procuram pontuar ideias exclusivas: apart from (that); aside from; except for; not ... yet; other than that; unless. EXAMPLE Para demonstrar e exemplificar, entre outras linking words podemos citar: including; in particular; in this case; in this manner; namely; such as; take the case of; to illustrate; for example; for instance; in another case. REITERATION/REFORMULATION CONCLUSION GENERALIZING REITERATION/REFORMULATION Eis algumas expressões para formular uma ideia utilizando outras palavras: as I have said; I mean; in other words; more simply; or rather; that is; op ut it another way. / CONCLUSION Estas linking phrases são usadas no encerramento do raciocínio ou do texto: so; therefore; for this reason; to conclude; after all; all in all; all things concerned;as we have seen; finally; last; lastly; in conclusion. GENERALIZING Para generalizar um tópico ou ideia, temos: by and large; essentially; generally (speaking); in general; on the whole; overall; all in all; as a rule; basically. CONCESSION EVIDENCE SUMMARIZING CONCESSION Expressões como at the same time; granted that; of course; although; it is true that são usadas para complementar um ponto de vista ou introduzir um argumento baseado no senso comum. EVIDENCE Ao mostrar dados e exemplos, essas expressões podem ser usadas para conectar uma opinião corroborada em fato: indeed, it’s no wonder; naturally; needless to say; obviously; of course; without question; without doubt; as you (anyone) can see; certainly; evidently. SUMMARIZING / Algumas linking phrases usadas para resumir ideias: in short; in summary; in brief; on the whole; overall; to sumarize; to sum up. PUNCTUATION Restrita à escrita, a pontuação é importante para demonstrar marcas da fala e destacar termos e, portanto, tornar os textos claros e conectados. Juntamente com o uso correto dos termos iniciados com letra maiúscula (capitalization), os sinais de pontuação seguem um padrão da língua , podem alterar o sentido de um registro e têm funções diversas no discurso escrito, desde marcar as pausas da oralidade a exprimir conexão entre as ideias. Fonte: Neatorama / Pinterest Vejamos em detalhe cada um destes sinais gráficos: CAPITALIZATION O uso de letra maiúscula no início da palavra indica que: ela se encontra no início de uma frase; trata-se de um substantivo próprio, como nomes, regiões geográficas, nacionalidades, idiomas, dias da semana, meses do ano e feriados; é um pronome de tratamento. Por exemplo: For your information, Dr. Martin travelled to Texas on the last Tuesday of November to celebrate Thanksgiving with his family. / Para seu conhecimento, o dr. Martin viajou ao Texas na última terça-feira de novembro para celebrar o feriado de Ação de Graças com sua família. COMMA (,) Usamos comma nos seguintes casos para: - Separar uma lista de termos ou palavras similares — normalmente não é usada após and (quando usada, é chamada de Oxford comma): They can play the drums, the guitar, the piano and other instruments. Eles podem tocar bateria, violão, piano e outros instrumentos. - Separar um vocativo (ou a quem se direciona a mensagem) e indicar uma pequena pausa: Andy, could you pass me the salt, please? Andy, você poderia me passar o sal, por favor? - Adicionar um aposto, ou seja, informação extra numa frase: Elliot, one of my best friends, is going to China. Elliot, um dos meus melhores amigos, está indo à China. - Separar as orações subordinadas (subordinate clauses), quando elas vêm antes da oração principal (main clause): If he thinks that I'm going to forgive him, he is quite wrong! Se ele acha que eu vou perdoá-lo, ele está completamente enganado! - Separar tag questions e yes/no answers: A: Mark hasn't been well lately, has he? Mark não tem estado bem ultimamente, tem? [Ou Mark não tem estado bem ultimamente, não é?] B: Yes, I saw him crying yesterday. Sim, eu o vi chorando ontem. PERIOD/STOP MARK (.) É usado para separar ideias, concluir uma frase e terminar um discurso. Pode ser usado ainda em abreviações e algumas siglas. Prof. Hawk asked us to write a paper about the impacts of social media, i.e. the use by teenagers and the consequences of that. / O prof. Hawk nos pediu para escrever um trabalho/artigo sobre os impactos de mídia social, por exemplo, seu uso por adolescentes e as consequências disso. HYPHEN (-) Tem a função de conectar palavras compostas, numerais, prefixos (como ex-, un-, vice-) e formar locuções adjetivas. The ex-president and the vice-president of the company are two twenty-year-old cutie pie. O/A ex-presidente e o/a vice-presidente da empresa são duas gracinhas de 20 anos de idade. DASH ( – ) Usado para adicionar uma informação, o travessão pode ser substituído por vírgula ou parênteses. Geralmente é preferido no discurso informal e, diferentemente do hyphen, usa espaço antes e depois dele. Our teacher – who often gets cross when we’re late – wasn’t cross at all. No one could believe it! Nosso professor – que em geral fica aborrecido quando nos atrasamos – não ficou nem um pouco chateado. Ninguém podia acreditar! Just wanted to thank you for a lovely evening – we really enjoyed it. Gostaríamos de agradecer por essa noite adorável – Nós realmente gostamos! COLONS (:) Geralmente usados para introduzir uma lista, explicitar uma ideia ou concluir um pensamento em poucas palavras. Here's what we need: oranges, eggs, zucchinis and ketchup Eis do que precisamos: laranjas, ovos, abobrinhas e ketchup. Life in Venice: an overview A vida em Veneza: uma visão geral. All in all, we could say all he wanted was in front of him: his freedom. No fim das contas, podemos dizer que tudo o que ele queria estava diante dele: sua liberdade. SEMICOLON (;) Usado entre duas orações, geralmente uma complementando a outra. / My favorite color is purple; Faby, on the other hand, is green. Minha cor predileta é roxo; a de Faby, por sua vez, é verde. QUOTATION MARKS ("..." OR '...') São comumente utilizadas em dupla ("..."); o simples ('...') é usado quando inserido dentro de uma citação. Podem ser usadas para: -Replicar o discurso de uma pessoa, geralmente usado no direct speech: Carl said: "Long live the Queen!" Carl disse: “Vida longa à Rainha!”. -Incutir sentido irônico do termo: "I see you have been 'studying hard' lately", says Mike to Jake, who got a crush on the librarian. “Vejo que você anda ‘se dedicando muito aos estudos’ ultimamente”, disse Mike a Jake, que tinha uma queda pela(o) bibliotecária(o). ELLIPSIS (...) As reticências são usadas para marcar uma interrupção e em seguida exprimir continuidade, preferivelmente em estilos textuais mais próximos da fala, como diálogos ou histórias. Em textos formais, o uso é evitado, sendo substituído por conectores como and so on, and much more, among others. It's very hard to be a teen... although it's hard to be an adult too. É muito difícil ser adolescente... embora seja difícil ser adulto também. QUESTION MARK (?) E EXCLAMATION POINT (!) Question marks são usados para marcar uma pergunta: Are we there yet? Já chegamos lá? Enquanto exclamation points são utilizados para marcar surpresa e enfatizar algo. Não deve ser usado em excesso, pois pode banalizar seu uso. What a beautiful wedding! Que lindo casamento! No kidding!!! / Não brinca!!! Quando são usados para fazer uma pergunta-exclamação ou interrobang, podem ser grafados da seguinte forma: ?! ou !? What in the hell is that!? Que diabos é isso!? Really?! Verdade?! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ANALISE O TRECHO A SEGUIR: _______ MANDY NEEDS TO STAY HOME; SHE INSISTS ON GOING TO THE PARK. HER MOTHER SAYS THAT ____ LEAVING THE HOUSE, SHE COULD PLAY IN THE BACKYARD, ____ MANDY WASN'T OK WITH THAT. ____, ALL HER FRIENDS WERE AT THE PARK. PENSANDO NAS IDEIAS APRESENTADAS PELO CONTEXTO, OS MELHORES CONECTIVOS A SEREM USADOS SÃO: A) However/on the place of/although/To sum up B) Although/instead of/but/After all C) Even though/if/albeit/Even more D) As/when/even/Not to mention 2. LEIA O TRECHO A SEGUIR: "AS WE ENTER THE CAVE (1) MY EYES WERE TAKEN BY THE MOST BEAUTIFUL THING I'VE EVER SEEN (2) THOUSANDS OF GLOWING ROCKS WERE SURROUNDING ME AND MY PARTNER (3) I COULDN'T BELIEVE IT MYSELF (4)." / SE CADA NÚMERO REPRESENTA UM SINAL GRÁFICO, A OPÇÃO EM QUE A COMMA É UTILIZADA É: A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 GABARITO 1. Analise o trecho a seguir: _______ Mandy needs to stay home; she insists on going to the park. Her mother says that ____ leaving the house, she could play in the backyard, ____ Mandy wasn't ok with that. ____, all her friends were at the park. Pensando nas ideias apresentadas pelo contexto, os melhores conectivos a serem usados são: A alternativa "B " está correta. Percebendo que otrecho conecta, respectivamente, ideias contrastiva, alternativa, contrastiva e conclusão; as expressões que melhor compreendem o significado das ideias estão expressas na letra b. 2. Leia o trecho a seguir: "As we enter the cave (1) my eyes were taken by the most beautiful thing I've ever seen (2) thousands of glowing rocks were surrounding me and my partner (3) I couldn't believe it myself (4)." Se cada número representa um sinal gráfico, a opção em que a comma é utilizada é: A alternativa "A " está correta. Entendendo que (2) é substituível por colons, (3) por period e (4) por exclamation mark, (1), ao conectar duas ações que dão seguimento, é substituído por comma. / CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Buscamos neste tema apontar a importância de a gramática ser compreendida em um contexto. Não basta saber regras, é necessário estar atento aos valores culturais e simbólicos da linguagem. Vimos, então, os elementos norteadores da estrutura gramatical, que facilitam a compreensão de um texto (lido ou ouvido), além de outros elementos que auxiliam a desenvolver as habilidades de leitura e escrita. Saber como a língua inglesa se configura em suas construções gráficas também é importante para ampliar a compreensão de sua estrutura e para a própria produção textual. Em uma relação dialógica com a escrita e o pensamento, os sinais gráficos e os sentidos implícitos no texto ditam o ritmo e a compreensão do leitor. Por isso escrever utilizando corretamente os sinais gráficos resulta numa mensagem efetiva. Ainda em relação à produção de textos, indicamos estratégias para atingir a clareza da comunicação. REFERÊNCIAS 25 Jokes And Puns No Grammar Nerd Can Resist. Disponível no Buzzfeed. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 56. ed. revista e ampliada. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. Cap. 1. / DAMADA, Gabrieli. Construções Linguísticas em inglês: análise e proposta de atividades pedagógicas, a partir dos Esquemas de Imagem instanciados pelas Metáforas. (2018). English language. (n.d.) The Columbia Electronic Encyclopedia®. Retrieved April 24 2020 FRANCO, Joana; SIQUEIRA, Verônica e FREITAS, Monique. Podcast Linguística Vulgar, Youtube, 2020. MARRA, Ana Claudia. Processos semióticos da construção do sentido no ensino- aprendizagem da língua inglesa. 2007. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. MEER, Syed Hunbbel. Four Different Types of Writing Styles: Expository, Descriptive, Persuasive, and Narrative. 2016 PINKER, Steven. Human Nature and the Blank Slate. TED, YouTube. PIRES DE OLIVEIRA, Roberta; BASSO, Renato Miguel. A Semântica, a pragmática e os seus mistérios. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. V. 5, n. 8, mar. 2007. ISSN 1678-8931. SCHÜTZ, Ricardo E. "Words of Connection (Conectivos)" English Made in Brazil. Fonte: English Made in Brazil. DAMADA, Gabrieli. Construções Linguísticas em inglês: análise e proposta de atividades pedagógicas, a partir dos Esquemas de Imagem instanciados pelas Metáforas. Tese de doutorado em Linguística e Língua Portuguesa. Unesp. 2018. MEER, Syed Hunbbel. Four Different Types of Writing Styles: Expository, Descriptive, Persuasive, and Narrative. MARRA, Ana Claudia. Processos semióticos da construção do sentido no ensino- aprendizagem da língua inglesa. Tese em Semiótica e Linguística Geral. Universidade de São Paulo. 2007. SCHÜTZ, Ricardo E. "Words of Connection (Conectivos)" English Made in Brazil. Fonte: English Made in Brazil. EXPLORE+ Assista no Youtube Ao pensar na língua, um questionamento surge. Afinal, os pensamentos são formados pela língua ou a língua formula o pensamento? Podemos ser limitados e influenciados / pela língua que utilizamos? Explorando essas questões e baseando-se no livro 1984, de George Orwell, o vídeo Você pode pensar pensamentos complexos sem a linguagem? explica como a língua influencia nossas vidas. Sobre punctuation, assista ao vídeo da Oxford University: Guia de Pontuação em Inglês — Lição de Redação em Inglês, Oxford online English. Steven Pinker apresenta a importância da língua para a humanidade e explica como nos comunicamos e as estruturas que utilizamos para produzi-la. Assista ao vídeo. Language and Human Nature, da BigThink. Leia online Os seis conselhos de George Orwell para escrever melhor. Leia este artigo de Jaime Rubio Hancock no El País Brasil. Para uma pesquisa sobre a origem e evolução do termo blue, leia o texto What does feeling blue mean? no site da Writingexplained. Para mais exemplos de phrases usadas em contextos acadêmicos e que podem ser adaptadas para contextos formais, leia o texto Academic Phrases for Writing Introduction Section of a Research Paper no site da Ref-n-write. CONTEUDISTA Fabiano Tenorio Donario CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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