Buscar

Unidade II Espaço e Território

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teoria e Métodos em 
Geografia
Espaço e Território: Algumas Concepções
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vivian Fiori. 
Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicarone. 
5
•	Espaço e Território: Algumas Concepções
•	As Várias Dimensões e Escalas Geográficas
Como na Unidade anterior, a leitura do texto teórico e o desenvolvimento das atividades são 
fundamentais para o acompanhamento do conteúdo a ser desenvolvido.
Para que os exemplos e discussões teóricas fiquem mais claros, é fundamental perceber 
que há diferentes formas de conceber a categoria espaço e território e que estes podem ser 
relacionados com várias temáticas geográficas, relacionando teoria e prática. 
Há pesquisadores que são mais críticos e dão ênfase à apropriação social, política e 
econômica do território, destacando as desigualdades espaciais e outros, que evidenciam 
mais a dimensão cultural ou social de uma forma mais simbólica. 
Seja como for, observe que há estudos de território em várias escalas geográficas e estas 
podem ser analisadas em escala local, regional, nacional e global.
 · Nesta unidade, daremos continuidade a nossos estudos na 
Disciplina de Teoria e Métodos em Geografia – Fundamentos 
teórico-metodológicos, aprofundando as discussões sobre 
espaço e território. Veremos alguns autores e abordagens 
sobre estas categorias fundamentais da Geografia.
Espaço e Território: Algumas Concepções
6
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
Contextualização
As definições sobre o que é espaço e território na Geografia podem ser variadas, mas é 
fundamental usar esta categoria geográfica não como o faz o senso comum ou mesmo como 
uma metáfora. 
Muitas vezes ouvimos expressões tais como: “o território foi ocupado”, “invadiram o território”, 
o “território indígena”. Então fica uma noção vaga do que seria território. 
Contudo, noção não é conceito. Para conceituar é necessário ter uma definição. Veja a seguir 
uma definição do geógrafo Marcelo Lopes de Souza:
A palavra território normalmente evoca o “território nacional” e faz pensar no Estado gestor por 
excelência do território nacional, em grandes espaços em sentimentos patrióticos (...), em governos, 
em dominação, em “defesa do território pátrio”, em guerras... A bem da verdade, o território pode 
ser estendido também à escala nacional e em associação com o Estado como grande gestor (se 
bem que, na era da globalização, um gestor cada vez menos privilegiado). No entanto, ele não 
precisa e nem deve ser reduzido a essa escala ou a associação com a figura do Estado. Territórios 
existem e são construídos e (desconstruídos) nas mais diversas escalas, da mais acanhada (p. ex., 
uma rua) à internacional (p. ex., a área formada pelo conjunto dos territórios dos países membros 
da ONU); territórios são construídos e desconstruídos dentro de escalas temporais mais diferentes: 
séculos, décadas, anos, meses ou dias; territórios podem ter caráter permanente, mas também 
podem ter existência periódica, cíclica. Não obstante essa riqueza de situações, não apenas o senso 
comum, mas também a maior parte da literatura científica, tradicionalmente restringiu o conceito de 
território à sua forma mais grandiloquente e carregada de carga ideológica: o “território nacional” 
(SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. 
In: CASTRO, Iná Elias; GOMES, Paulo César da Costa; Corrêa, Roberto Lobato (Orgs.). Geografia 
conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006, p. 81).
O autor evidencia sua posição em relação ao que é território. Para ele, o território não é 
apenas o do Estado-Nação, do país, da escala nacional. Pode ser a apropriação do espaço 
numa rua, numa comunidade, num movimento que pode ser o de construção de um território, 
na medida em que um grupo se apropria do espaço até de desconstrução dele. Para o autor, o 
território se constrói para além da escala nacional e, portanto, não é apenas uma apropriação 
formal, legal e permanente. 
Este é um conceito de território, mas há outros. Leia o texto na íntegra e conheça algumas 
outras definições. 
7
Espaço e Território: Algumas Concepções
Para conceituar uma categoria, é fundamental considerar a definição para o termo, levar em 
conta que podem existir diferentes conceitos para o mesmo termo e, ao mesmo tempo, que os 
conceitos são temporais, e que podem mudar ao longo da História. 
Considere-se a afirmação de Rogério Haesbaert, que diz:
[...] todo conceito tem validade temporal, ou seja, deve ser delimitado 
historicamente (por exemplo, há quem defenda uma abordagem sobre território 
válida para qualquer período da história, outros a localizam apenas na era 
moderna) (HAESBAERT 2002, p. 134). 
É fundamental, também, perceber que as categorias e seus conceitos não servem apenas 
para tratar de teoria, mas deve ser um jogo entre a “realidade” e a teoria (HAESBAERT, 2002). 
O conceito deve ajudar a explicar o mundo. Logo, é um recurso de análise sobre a realidade, 
entre uma dimensão mais abstrata e outra mais concreta. 
Os conceitos podem e devem ser operacionalizados em pesquisas sobre Geografia na 
Educação Superior, bem como no nível escolar. 
O espaço geográfico e o território são importantes categorias de análise para a compreensão 
dos fenômenos geográficos no Brasil ou no mundo, mediante viés de análise espacial. 
Em outras ciências, a expressão “território” também é usada, como é o caso da Ciência Política, 
quando se refere aos estudos sobre Estado-nação ou na Antropologia Cultural, comumente com 
temáticas sobre os povos tradicionais ou mais recentemente com identidades urbanas ou minorias. 
Alguns autores relatam que o termo “território” era usado originalmente nas Ciências 
Biológicas para se referir à ideia de que os animais são territoriais e delimitam seu território. 
Etimologicamente a palavra vem de “torium” e “terra”, termos latinos para designar a porção 
da superfície terrestre considerada de posse de alguém.
Historicamente, com a existência e a criação do Estado Moderno, muitas vezes o termo 
território passa a ser usado quase como sinônimo de Estado-nação. 
Rogério Haesbaert explica a origem do termo: 
Desde a origem, o território nasce com uma dupla conotação, material e simbólica, 
pois etimologicamente aparece tão próximo de terra-territorium quanto de 
terreo-territor (terror, aterrorizar), ou seja, tem a ver com dominação (jurídico-
política) da terra e com a inspiração do terror, do medo – especialmente para 
aqueles que, com esta dominação, ficam alijados da terra, ou no “territorium” 
são impedidos de entrar. Ao mesmo tempo, por extensão, podemos dizer que, 
para aqueles que têm o privilégio de usufruí-lo, o território inspira a identificação 
(positiva) e a efetiva “apropriação” (HAESBAERT, 2005, p. 6774).
Desse modo, o termo território e suas definições variam conforme as concepções geográficas 
e os autores (MORAES, 2005b; SANTOS, 2001; RAFFESTIN, 1993; HAESBAERT, 2002; 2005; 
SOUZA, 2006; CORRÊA, 1996).
8
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
Para Claude Raffestin (1993), há uma diferença entre espaço e território, já que o espaço 
precede o território e este último só existe a partir de um agente social, denominado por ele de ator 
sintagmático. O ator transforma o espaço em território, na medida em que se apropria do espaço. 
Já para Antonio Carlos Robert Moraes, o território é uma apropriação social. Assim 
explica o autor:
Cabem algumas palavras sobre o próprio conceito de território e sua utilização 
(...) Sua escolha recai no atributo de ser o uso social o seu elemento definidor. 
Em outros termos, é a própria apropriação que qualifica uma porção da Terra 
como um território. Logo, esse conceito é impossível de ser formulado sem o 
recurso a um grupo social que ocupa e explora aquele espaço, o território- nesse 
sentido – inexistindo apenas enquanto realidade apenas natural (MORAES, 
2005b, p. 45).
Importante destacar a ideiade que apesar de existir uma dimensão natural no espaço, se 
todos os homens morressem, ainda teríamos o planeta Terra e suas características naturais, mas 
não teríamos mais o território, porque este depende da ação humana, da apropriação social. 
Para Milton Santos (2006, 2001), o uso do território se faz por atores sociais; seu uso é 
humano, portanto é espaço social, humanizado, dialético, contraditório, ou seja, espaço 
geográfico. Assim sendo, os usos do território são providos de contradições, já que há usos 
corporativos, transnacionalizados e normatizados. 
Dessa forma, o uso do território pelos atores sociais se dá de forma desigual. Milton Santos 
denomina atores hegemônicos aqueles que têm maior poder, que usam o território de forma 
corporativa, como é o caso das grandes empresas transnacionais, por exemplo. 
O autor propõe que o território usado ou espaço banal seja para o uso de todos e afirma: 
“Trata-se do espaço de todos os homens, não importa suas diferenças; o espaço de todas as 
instituições, não importa a sua força; o espaço de todas as empresas, não importa o seu poder” 
(SANTOS, 2001, p. 104).
v
Pense
Pense e levante quem são os principais atores sociais do território onde você vive e trabalha. 
Há atores sociais muitos distintos? Há grandes empresas comerciais? Há agronegócio? Há 
movimentos sociais? Quais? E o Estado? Procure observar o papel social destes agentes sociais 
no espaço e como atuam.
Mas há também os diversos usos do território pelas populações mais pobres, que vivem 
em favelas, cortiços, conjuntos habitacionais populares, entre outras formas de existência que 
evidenciam o quanto há desigualdade espacial.
Estas diferenças são medidas pela condição social e econômica, mas também pelas 
diferenças socioculturais. 
 
9
Usamos o termo psicosfera, conceito definido por Milton Santos (2006), para designar estas 
ações do reino das ideias, dos discursos, das crenças que implicam ações no espaço. 
Um exemplo pode ser quando George Bush define a invasão do Iraque e diz que o fundamento 
desta ocupação deve-se ao interesse norte-americano de “incutir” no Iraque a democracia. 
Neste caso, é de discurso e de psicosfera que estamos tratando. E este discurso produz uma ação 
militar, que transforma o território do Iraque e também cria um evento geográfico mundial. 
Assim, pensar em espaço e em território é tratar de materialidade, de formas espaciais, de 
sistema de objetos, mas também de ações, de políticas, de normas, de representações sobre 
formas de poder, de relações internacionais.
Para citar outro exemplo, em relação à geografia política do uso da água (RIBEIRO, 2008), 
para além das normas oriundas do Estado-nação, ou dentro dele (nível estadual/municipal), 
é necessário pensar a escala geográfica da bacia hidrográfica que não está circunscrita 
necessariamente dentro dos limites políticos referidos. 
Ou seja, a expressão do fenômeno não pode ser compreendida somente na escala da política 
nacional, nem tampouco deve ser analisada como algo inerente apenas à dimensão natural. 
Logo, o uso do território onde se localiza a água, o petróleo, o petróleo do pré-sal é da alçada 
de atores políticos, econômicos, científicos, sociais etc. 
Como diz Bruno Latour (2000), ao tratar do petróleo, há nexos entre Geofísica, Geologia, 
Engenharia, Geografia, Economia, Política etc.
Antonio Carlos Robert Moraes (2005b) lembra que é importante não desconsiderar o papel 
do Estado como agente fundamental na construção e normatização do território. Assim, por si, 
o Estado é territorial, conforme enfatiza o autor:
Estado e território, dois conceitos profundamente entrelaçados no mundo 
moderno, em que o Estado é de imediato definido como um Estado dotado de 
um território. (...) está o fato de ele possuir um espaço demarcado de exercício 
de poder, o qual pode estar integralmente sob seu efetivo controle ou conter 
partes que constituem seu apetite territorial. De todo modo, a modernidade 
fornece uma referência espacial clara para o exercício do poder estatal: uma 
jurisdição. Trata-se, pois, de um Estado territorial (MORAES, 2005b, p. 51).
 As palavras do autor são claras e a partir delas podemos definir o território brasileiro como 
um território soberano, com leis e normas próprias que são específicas do Brasil. 
Mas quando tratamos de território brasileiro, estamos falando do que? 
De um espaço apropriado pelos diversos agentes que atuam no Brasil, com um marco 
jurídico próprio, tanto na terra quanto no ar ou no mar. Lembre-se que território não é apenas 
um terreno, um espaço na terra ou no chão. 
Podemos tratar do mar territorial brasileiro, assim como do espaço aéreo brasileiro. Assim, o 
entendimento do território e da formação territorial brasileira é importante para a compreensão 
da existência, por exemplo, da agricultura e da indústria no Brasil, tanto porque há normas 
técnicas e políticas específicas para ambos no Brasil, no marco jurídico brasileiro, quanto porque 
se levam em conta as características dos lugares e a dinâmica do território para a compreensão 
de suas especificidades. 
10
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
O território, portanto, é dinâmico, muda ao longo do tempo e, dependendo das ações 
existentes, estas mudanças podem alternar bastante a dinâmica territorial local. 
O que dizer, por exemplo, da construção de uma hidrelétrica numa região brasileira? Há 
mudanças na dimensão natural do território, com a construção de represas e outros objetos, 
que alteram a dinâmica dos rios, da hidrologia, da vegetação e da fauna, que serão modificados 
em virtude da construção da barragem, mas também se alteram as relações sociais, as formas 
espaciais, as moradias etc. 
Dessa forma, o território vai se transformando ao longo do tempo, é dinâmico, tanto porque 
mudam as formas espaciais (construções, infraestruturas etc.), quanto porque mudam as 
pessoas, as relações sociais, as políticas etc. 
Neste ínterim, cabe ao Estado, no território, as ações vinculadas às normas e às políticas, às 
obras, às leis etc., seja no nível federal, estadual ou municipal. 
Participando do processo, há também diferentes agentes, tais como proprietários de terras, 
empresários da indústria, movimentos sociais de diversos tipos, organizações não governamentais, 
moradores e sociedade civil em diferentes condições socioeconômicas, entre outros. 
Assim, o espaço pode ser visto também como campo de lutas, disputas de diversos interesses 
e intencionalidades destes agentes sociais. 
Apesar de reafirmar a existência dos fenômenos geográficos na escala nacional, ou do 
território no nível nacional do Estado-nação, compartilha-se com Rogério Haesbaert (2002) a 
ideia de que a existência do mundo nos coloca numa multiplicidade de escalas, de eventos e de 
vivências do território que não estão apenas na escala nacional. 
Podemos, assim, tratar o território em diversas escalas geográficas (nacional, regional, local, 
global etc.). 
Iná Elias de Castro define escala:
[...] a escala é a escolha e uma forma de dividir o espaço, definindo uma realidade 
percebida/concebida, é uma forma de dar-lhe uma figuração, uma representação, 
um ponto de vista (...) e, finalmente, um conjunto de representações coerentes e 
lógicas [...] (CASTRO, 2006, p. 136).
Pensar a escala geográfica é observar como o fenômeno que você está analisando está 
expresso no espaço, que ele não tem um tamanho específico, não tem uma medida, como na 
escala cartográfica. 
Muitas vezes, algumas escalas se imbricam. Quando afirmamos que as escalas se imbricam, 
primeiramente estamos nos referindo ao fato de que um fenômeno pode ser global e, ao mesmo 
tempo, local. 
Exemplificando: há uma crise econômica mundial e isto atinge uma cidade brasileira do 
interior que produz e exporta frango. Logo, se formos analisar e explicar o problema local de 
desemprego relacionado às empresas que produzem frango para o abate, será necessário nos 
remetermos à situação da crise mundial, cujaescala tornou-se global. Então, este problema é 
local, mas tem relação com uma situação global.
11
Trocando Ideias
Importante destacar que escala geográfica não é a mesma coisa de escala cartográfica. Na Cartografia, 
a escala refere-se a dimensões e proporções na representação de um mapa ou carta, podendo ser 
numérica ou gráfica. Já a escala geográfica refere-se ao fato de como os fenômenos geográficos se 
realizam no espaço. Por exemplo, quando a lei do Código Florestal brasileiro cria uma definição 
de como as áreas próximas a matas ciliares devem ser manejadas, esta norma serve para todo o 
território nacional, porque é uma lei federal. Então, a escala deste fenômeno por lei é nacional, 
embora isto possa ser ou não cumprido no nível local. Se eu estiver estudando a Floresta Amazônica, 
ela não está na escala nacional, nem global, mas sim regional. É um fenômeno geográfico que se 
expressa numa escala regional.
Assim, é fundamental sempre observar a dinâmica do território dos fenômenos geográficos e 
suas relações interescalares, assim como os níveis de competência de cada nível de governo na 
estruturação do território. A dimensão política é importante para explicar o território. 
Exemplificando: se ocorre uma inundação em sua moradia, proveniente de um córrego ou 
rio que corta sua cidade, de quem é a competência de cuidar deste rio? 
Depende. Se o rio, como é o caso do Rio São Francisco, cortar vários estados, ele será 
nacional e de competência do Governo Federal. Se for como o Rio Tietê, que só passa pelo 
Estado de São Paulo, ele será de competência estadual, e se for um rio que corta um único 
município, ele será considerado municipal. Neste caso, a gestão dele é da prefeitura. 
Dessa forma, a gestão do território no nível político cria competências aos diversos níveis 
de governo. 
Para Pensar
Observe o espaço e a dinâmica territorial de seu município. Quem é o responsável pela 
questão dos resíduos sólidos? Há parques e áreas verdes? A que nível de governo compete cuidar 
destas áreas verdes? Há unidades de conservação em seu município (caso de grandes parques, 
estações ecológicas, áreas de proteção ambiental etc.)? E os rios, há rios em seu município? Quem é 
o responsável pelas obras neste rio?
Milton Santos (2008b) nos lembra de que o espaço se constitui de elementos. Sejam eles as 
empresas, a indústria, o comércio, as propriedades rurais, as propriedades urbanas, as usinas 
eólicas, os parques, as habitações, as pessoas, entre outros elementos constitutivos do território. 
Estes produzem diferentes formas espaciais, que devem ser entendidas na dinâmica do 
território, seja como formas naturais, sejam socialmente produzidas, já que os usos do território 
ocorrem num movimento histórico, desigual, que subordina as condições do território e, ao 
mesmo tempo, num processo de circularidade dialética, torna o território ator ou agente. 
Dessa forma, os territórios que tem maior densidade técnica, com mais vias, rodovias, 
ferrovias, dutos, cabos de fibras óticas, empresas, indústrias etc., atraem ainda mais pessoas, 
finanças, outras empresas etc. Há uma densidade que amplia ainda mais a concentração 
espacial e a produtividade espacial. 
12
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
Para Milton Santos (2006), o espaço geográfico é formado por um indissociável sistema 
de objetos e de ações. Os objetos, segundo o autor, cada vez mais são formados por sistemas 
técnicos e, no atual período da História, podem ser tanto micro objetos como algumas miniaturas 
dos eletro-eletrônicos, quanto os grandes objetos técnicos, como as usinas hidrelétricas, portos 
e aeroportos. 
Estes objetos existem devido à sua criação e uso social e humano e são objetos espaciais. Os 
objetos geográficos podem ser, nesta acepção, uma montanha, um rio, uma ponte, uma indústria, 
uma rodovia, uma favela e até mesmo uma cidade pode ser um grande objeto geográfico. 
Mas um rio não é um elemento natural? Numa perspectiva crítica, interessa principalmente 
a apropriação social do rio. Quem usa o rio? Há diversidade de usos? Os ricos e pobres usam 
o rio da mesma forma? Qual é o uso econômico deste rio? Ele é usado para produzir energia, 
como via de transporte, para pescar, para irrigar a agricultura, como forma de lazer? Há usos 
múltiplos? Quem são os atores sociais que usam este rio?
Os objetos técnicos são produzidos por técnicas que são cada vez mais universais no mundo 
atual, sua difusão é bastante desigual e, muitas vezes, ocorre de forma incompleta. 
Nem todos têm acesso às grandes transformações existentes no mundo, nem as pessoas, nem 
os territórios. Há os que têm maior acesso às benesses tecnológicas e outros que não. 
Há diversas temporalidades. Por temporalidade entendemos um tempo específico. Há a 
temporalidade do agronegócio e outra das comunidades tradicionais; ambas existem no mesmo 
momento histórico, mas têm temporalidades diferentes. 
A primeira vive o tempo rápido e racional do Capitalismo, da produtividade, da rapidez. Não 
é por isso melhor, mas se trata de uma temporalidade diferente. 
O espaço é constituído não apenas pela materialidade e pelas formas espaciais, mas, também, 
de maneira articulada, por um sistema de ações que se materializam no território por diferentes 
agentes sociais. Entre estes, destaca-se o Estado, cujo papel tem sido principalmente o de criar 
normas e políticas públicas que atuam sobre a totalidade das pessoas e das instituições no 
território (SANTOS, 2008b). Então, o Estado é um agente fundamental do espaço geográfico.
Assim como Milton Santos (2000), entende-se por território o espaço geográfico apropriado por 
diferentes agentes sociais, com diversos níveis de poder que o transformam em território usado. 
O autor explicita sua concepção de território usado:
Foi por isso que nos propusemos a considerar o espaço geográfico não como 
sinônimo de território, mas como território usado; e este é tanto o resultado do 
processo histórico quanto a base material e social das novas ações humanas 
(SANTOS, 2001, p. 104).
Ao mesmo tempo, as formas espaciais e as ações provenientes da existência dos agentes 
sociais vão transformando o território. 
A chegada de uma grande indústria, por exemplo, a um determinado território, implica certas 
transformações espaciais, principalmente nas suas dimensões sociais e econômicas, tais como 
a valorização dos imóveis urbanos, com aumento de aluguéis, chegada de novos trabalhadores 
de outras localidades, além de mudanças das condições de acessibilidade para esta indústria. 
13
Pense
Mas, cabe-nos indagar: os meios de transportes, a criação de estradas, vias e rodovias atendem a 
população em geral ou mais aos atores hegemônicos? O uso destes objetos no território é para uso de 
todos? Todos têm os mesmos direitos e acesso? A riqueza produzida por esta indústria fica no próprio 
local? As mercadorias ali produzidas circulam de qual maneira? Por quais meios de transporte?
Outro autor que se utiliza bastante das categorias espaço e território é Roberto Lobato Corrêa, 
usando expressões como território e territorialidade. Num artigo denominado “Territorialidade 
e corporação: um exemplo”, o autor define: 
Território constitui-se, em realidade, em um conceito subordinado a outro mais 
abrangente, o espaço, isto é, a organização espacial. O território é o espaço 
revestido da dimensão política, afetiva ou ambas. A territorialidade, por sua 
vez, refere-se ao conjunto de práticas e suas expressões materiais e simbólicas 
capazes de garantirem a apropriação e permanência de um dado território por 
um determinado agente social [...] (CORRÊA, 1996, p. 251-2).
Neste artigo, o autor analisa a empresa Souza Cruz e sua territorialidade. Explica que a 
empresa produtora de cigarros associa-se a agricultores fumageiros localizados nos estados do 
sul do Brasil, de onde compram sua produção de fumo para a posterior produção dos cigarros 
e cria, assim, um “território fumicultor”. 
Torna-se um territóriofumicultor porque a empresa controla o processo produtivo das famílias 
produtoras, por meio de contratos, bem como envolve outras famílias com o reflorestamento 
em pequenas propriedades rurais para obter lenha para as estufas onde as folhas de fumos 
serão secadas.
O autor ressalta que todas as práticas, tanto na produção e convencimento dos agricultores 
e suas famílias, quanto no envolvimento da produção do cigarro na indústria, faz parte da 
territorialidade da Souza Cruz. 
Assim, a territorialidade da Souza Cruz tem práticas espaciais, com a produção do fumo 
e várias estratégias de cooptação e sensibilização das famílias, bem como da outra etapa de 
produção do cigarro em indústrias, estas já localizadas em outras regiões do Brasil. 
Nesta perspectiva, usada pelo autor neste caso, a territorialidade é uma expressão da 
dimensão socioeconômica da empresa.
Outra geógrafa que tem desenvolvido pesquisas sobre o espaço é Ana Fani Alessandri Carlos, 
sobretudo usando conceitos de espaço vivido, sociedade urbana e consumo do espaço. 
A autora, baseada nas concepções de Henri Lefebvre e de Karl Marx, diz que não se “[...] 
vendem mais objetos, tijolos ou habitações, mas cidades” (CARLOS, 1999, p. 175). 
Desse modo, o espaço torna-se mercadoria, um espaço de consumo, no qual o valor de troca 
é a mediação principal.
14
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
Trocando Ideias
Os conceitos de valor e mercadoria foram elaborados por Marx. Para o autor, tudo que é fruto do 
trabalho humano gera valor. Assim, se plantarmos batatas para nossa subsistência, elas terão valor. 
Mas este valor pode ser de uso e de troca. Se no caso deste exemplo eu só usar a batata para me 
alimentar, ela será um produto com valor de uso, mas se eu trocá-la por dinheiro, ela se transforma 
em mercadoria. Ou seja, a mercadoria é um produto com valor de troca.
Tudo no mundo atual transforma-se em mercadoria: pagamos pela água que consumimos, 
para realizar atividades de lazer, por moradia, por serviços de saúde, para nascer etc. 
Mesmo o que em princípio fazia parte da “natureza” foi apropriado e também virou 
mercadoria, caso do acesso à água, por exemplo. 
Mas o espaço também se fragmenta e tudo se transforma em mercadoria, como diz a autora, 
citando as atividades de lazer e turismo como exemplo: 
Assim, o próprio lazer e o turismo hoje constituem uma forma nova de 
mercadoria, que aparece como programa, presa ao universo do consumo 
do espaço. O turismo e o lazer que se transformam em mercadoria, como 
consequência da separação do tempo do trabalho/não trabalho, unem-se de 
modo inexorável pela mercantilização dos espaços (...) o lazer se transforma em 
atividade geradora de lucro (CARLOS, 1999, p. 180).
Com o processo de urbanização, sobretudo nas metrópoles, fica evidente esta mercantilização 
do espaço. O ato de brincar, por exemplo, que antes era possível de ser feito nas ruas, vai 
perdendo espaço para carros, reduzindo as possibilidades de lazer das crianças a espaços 
privados e pagos. 
A seguir, vamos aprofundar outros estudos sobre espaço e território com outras abordagens 
de escala para além da escala nacional.
As Várias Dimensões e Escalas Geográficas
Conforme já afirmamos nesta Unidade, o território pode ser estudado além da escala 
nacional. Alguns autores optam por estudar também fenômenos no território em escalas que 
não são nacionais.
Um destes autores é Marcelo Lopes de Souza, geógrafo fluminense, estudioso e orientador 
de pesquisas sobre território e poder, bem como sobre planejamento territorial. 
O autor assim conceitua: “O território, objeto deste ensaio, é fundamentalmente um espaço 
definido e delimitado por e a partir de relações de poder” (SOUZA, 2006, p. 78). 
15
Baseando-se em teorias de Hannah Arendt, sobre violência e poder, o autor demonstra que 
existem diversificadas possibilidades de estudos geográficos sobre território em diversas escalas 
geográficas e que se relacionem a formas de poder, que podem ocorrer em uma rua, num 
bairro, ou até mesmo entre Estados.
A definição da escala de análise dependerá da expressão do fenômeno. Assim, não se trata 
de medidas e dimensões matemáticas como na escala cartográfica. 
Nessa perspectiva, ao observar uma grande cidade, por exemplo, verifica-se a existência de 
diversas territorialidades, seja das minorias, seja dos grupos hegemônicos.
Hannah Arendt (1906-1975) foi uma filósofa nascida na Alemanha, de origem 
judaica que, devido a problemas de perseguição aos judeus, foi viver nos EUA. 
Foi jornalista, professora e pesquisadora universitária; autora de obras como “As 
origens do totalitarismo” e “A condição humana”, nas quais aborda a questão de 
poder. Diz ela (2000, p. 213): “O único fator material indispensável para a geração 
de poder é a convivência entre os homens. Estes só retêm poder quando vivem tão 
próximos uns aos outros que as potencialidades da ação estão presentes [...]”.
As relações de poder podem ser vistas tanto quando há disputas territoriais entre países, nas 
quais ocorrem processos que muitas vezes levam à guerra, quanto quando há outras formas de 
poder não institucionalizadas. 
Assim, Marcelo Lopes de Souza usa as expressões território e territorialidade com formas, 
ainda que não sejam formais ou legais, caso, por exemplo, do Comando Vermelho (CV), em 
algumas favelas do Rio de Janeiro, onde há algumas disputas por grupos de tráfico de drogas, 
que disputam e se apropriam do espaço e, nesta concepção, criam e demarcam os seus territórios. 
Dessa forma, não é um território criado formalmente, mas ele existe, como um poder 
“paralelo” ao do Estado. Ele cria redes para se manter e criar sua territorialidade. 
Esta territorialidade pode ser um território contínuo ou não. Ou seja, pode ser em uma 
comunidade e em outra que não tenha contiguidade espacial, porque a ação e poder se 
estabelecem pelas estratégias usadas por estes grupos, cooptando parte da população local e/
ou estabelecendo normas que devem ser cumpridas pelos moradores locais, caso, por exemplo, 
do toque de recolher, entre tantas outras. 
Outra linha comum em estudos em outras escalas geográficas aproxima-se, em geral, da 
Geografia Cultural ou de uma abordagem mais cultural no espaço. 
Nestas pesquisas há trabalhos sobre povos tradicionais, minorias, festas e tradições, “tribos 
urbanas”, identidades urbanas, entre outros. 
É o caso, por exemplo, de territorialidades que podem ter uma base material, mas em alguns 
casos são mais efêmeras, flexíveis ou cíclicas. Exemplifica-se: há grupos socioculturais que 
ocupam e se apropriam do espaço de maneira efêmera, caso da territorialidade do samba, dos 
blocos de carnaval, dos camelôs nas grandes cidades.
16
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
O camelô, por exemplo, apropria-se do espaço das ruas em São Paulo, mas geralmente o faz 
durante o dia. Assim, na Rua 25 de Março, em São Paulo, há uma territorialidade de venda de 
materiais diversificados e em parte uma territorialidade dos camelôs também.
Nesta perspectiva, a territorialidade é a expressão material e imaterial dos grupos sociais e/ou 
culturais. No sentido de pertencimento do espaço, de uma apropriação que, embora não seja 
formal, existe de forma cíclica (caso dos camelôs, por exemplo), já que estes se apropriam do 
espaço apenas durante o dia. 
Zeny Rosendahl e Roberto Lobato Corrêa, geógrafos fluminenses, realizaram pesquisas que 
aproximam mais a dimensão cultural em estudos sobre espaço e território e comumente usam 
expressões como espacialidade e territorialidade. 
Neste caso, há uma aproximação com a Geografia Humanista, mais simbólica e/ou das 
representações culturais no espaço.
A autora trata de espaço sagrado, da territorialidade das religiões, da religião como um 
elemento espacial. Tanto nas formas (igrejas, sinagogas, mesquitas, terreiros de candomblé 
etc.), quanto nas práticas da religião ou da religiosidade e sua relação com o espaço. 
Conforme expõe a autora:
O sagradoé perceptível na organização do espaço, não somente pelos impactos 
desencadeados pelos devotos no lugar, mas, também, pela forma essencialmente 
integrada entre religião e tempo. Os fenômenos religiosos se manifestam 
num momento histórico e não há fato religioso fora do tempo. Em diferentes 
contextos sócio-espaciais o fato religioso imprime marcas no espaço. São formas 
simbólicas, imagens, símbolos e outras portadoras de significados religiosos. O 
mundo contemporâneo vem exigindo cada vez mais a decodificação desses 
símbolos materializados no espaço (ROSENDAHL, 2009, p. 1). 
Estas práticas são as manifestações da religião e da religiosidade, por meio de seus símbolos, 
signos, formas de representações materiais (igrejas, terreiros de umbanda etc.) e imateriais 
(cantos, ritos, discursos etc.). Usando-se esta concepção, pode-se tratar, por exemplo, de 
espacialidade cristã ou territorialidade islâmica.
Logo, há estudos geográficos de diversificadas dimensões, sejam mais econômicas, ou 
socioculturais ou políticas e, muitas vezes, estas dimensões se relacionam e convém não 
buscarmos analisá-las separadamente.
Um conceito mais amplo de território, que busca integrar diversas dimensões na explicação 
sobre o território foi elaborado por Rogério Haesbaert, que assim define:
Podemos, então, sintetizar, afirmando que o território é o produto de uma relação desigual 
de forças, envolvendo o domínio ou o controle político-econômico do espaço e sua apropriação 
simbólica, ora conjugados e mutuamente reforçados, ora desconectados e contraditoriamente 
articulados. Esta relação varia muito, por exemplo, conforme as classes sociais, os grupos 
culturais e as escalas geográficas que estivermos analisando (HAESBAERT, 2002, p. 121).
Dessa forma, é importante observar que o autor reforça a luta pelo território, como 
desigual, pois tem relação com a questão de poder, ora do poder formal do Estado, por 
meio das Forças Armadas, leis e normas etc., ora pelas formas de poder dos grupos que 
não são necessariamente formais ou legais.
17
Mas, para além desta luta pelo território, de cunho mais social e político-econômico, há 
também as formas de apropriação do território de forma mais simbólica, com apreensão e 
privilegiamento da dimensão sociocultural. 
Assim, nesta Unidade, tratamos de diversas formas de abordagens de geógrafos sobre as 
categorias espaço e território. Estas concepções podem ser utilizadas tanto em pesquisas no 
nível superior quanto no nível escolar, desde que se considerem as características do nível e 
faixa etária do aluno, fazendo-se as devidas mediações da produção do conhecimento para 
o Ensino Escolar.
Cabe reiterar que espaço e território são categorias fundamentais para explicação dos 
fenômenos geográficos. Para discutir temas tais como geopolítica, transportes, produção, uso 
do território, território e saúde, território e cultura, entre tantos outros. 
18
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
Material Complementar
MORAES, Antonio Carlos Robert. Ordenamento territorial: uma conceituação para o 
planejamento estratégico. In: MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL (MI). Para pensar 
uma política nacional de ordenamento territorial: anais da oficina sobre a Política Nacional de 
Ordenamento Territorial. Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional (SDR). Brasília: MI, 
2005. Disponível em: <http://www.mi.gov.br/c/document_library/get_file?uuid=3fc31d16-e5f7-
46fb-b8cc-0fb2ae176171&groupId=24915>. Acesso em 20 abr. 2014. 
ROSENDAHL, Zeny. Território e territorialidade: uma perspectiva geográfica 
para o estudo da religião. São Paulo, Anais do X Encontro de Geógrafos 
da América Latina, Universidade de São Paulo, 2005. Disponível em: <http://
www.observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/Geografiasocioeconomica/
Geografiacultural/38.pdf>. Acesso em 20 abr. 2014.
SANTOS, Milton. O dinheiro e o território. Niterói, GEOgraphia, ano. 1, n. 1 , Universidade 
Federal Fluminense, 1999, p. 7-13. Disponível em: <http://www.uff.br/geographia/ojs/index.
php/geographia/article/view/2/2>. Acesso em 20 abr. 2014. 
Filmes e vídeos
Território Restrito (EUA, 2009). Max Brogan (Harrison Ford) é um agente da Imigração e 
Fiscalização Aduaneira, em Los Angeles. Todo dia ele precisa lidar com diversas pessoas que 
tentam entrar nos Estados Unidos em busca de uma vida melhor. Juntos eles enfrentam as 
questões decorrentes do senso de dever e compaixão envolvendo a migração para território 
norte-americano.
A missão (The Mission; 1982, Inglaterra, direção: Roland Joffé) – A respeito da colonização 
dos jesuítas no sul da América do Sul. Um missionário espanhol vem com a finalidade de 
construir uma missão e procura defender a região das constantes agressões. Retrata a guerra de 
portugueses e espanhóis contra jesuítas que catequizavam índios dos Sete Povos da Missão, no 
século XVIII e a questão do território das missões na América do Sul.
19
Referências
ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução de Roberto Raposo. Rio de Janeiro: 
Forense Universitária, 2000, p. 188-338.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O consumo do espaço. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri 
(org.). Novos caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto, 1999, p. 173-86.
CASTRO, Iná Elias de. O problema da escala. In: CASTRO, Iná Elias de et alli (Orgs.). 
Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2006, p. 117-40. 
CORRÊA, Roberto Lobato. Territorialidade e corporação: um exemplo. In: SANTOS, Milton 
et alli. (Orgs.). Território, globalização e fragmentação. São Paulo: Hucitec, 1996. 
HAESBAERT, Rogério. Da desterritorialização à multiterritorialidade. Anais do X 
Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de 
São Paulo, p. 6774-6792. Disponível em http://www.planificacion.geoamerica.org/textos/
haesbaert_multi.pdf. Acesso em 08/05/2014. 
______________. Territórios alternativos. São Paulo: Contexto, 2002. 
MORAES, Antonio Carlos Robert. Ideologias geográficas: espaço, cultura e política no 
Brasil. São Paulo: Annablume, 2005a. 
__________. Território e história no Brasil. São Paulo: Annablume, 2005b.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. Tradução Maria Cecília França. São 
Paulo: Ática, 1993.
ROSENDAHL, Zeny. Espaço, simbolismo e religião: resenha do simpósio temático. 
Anais do II Encontro Nacional do GT História das religiões e das religiosidades, Revista Brasileira 
de História das Religiões – ANPUH Maringá (PR), v. 1, n. 3, 2009. Disponível em http://www.
dhi.uem. br/gtreligiao/rbhr/espaco_simbolismo_e_religiao.pdf. Acesso em: 16 mar. 2014. 
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: 
Edusp, 2006.
______. A urbanização brasileira. São Paulo: Edusp, 2008a.
______. Espaço e método. São Paulo: Edusp, 2008b.
______. O papel ativo da Geografia: um manifesto. São Paulo, Depto de Geografia, Lapoblan, 
USP, Impresso, 2001. 
SOUZA, Marcelo Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. 
In: CASTRO, Iná Elias de et alli (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand 
do Brasil, 2006, p. 77-116.
20
Unidade: Espaço e Território: Algumas Concepções
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

Continue navegando