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DOENÇA DE BASEOW-GRAVES

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EXOFTALMIA
A exoftalmia, também chamada de exoftalmo, proptose ou exorbitismo, é uma condição médica em que o paciente apresenta uma protrusão de um ou dos dois olhos para fora da órbita, ou seja, exibe uma proporção maior do que a normal da parte branca dos olhos, fazendo os olhos parecerem “arregalados”.
A condição pode ser uni ou bilateral, sendo que cada uma têm implicações clínicas diferentes. É bilateral, por exemplo, casos de doença de Graves e unilateral em casos como tumor orbital. 
São associados tipicamente com um problema médico subjacente.
A exoftalmia é a saliência, ou projecção do globo ocular para fora. A circunstância elevara em resposta a um acúmulo da gordura, do músculo ou do tecido atrás do olho, reduzindo a quantidade de espaço no soquete de olho. Isto força o globo ocular para a frente.
A causa mais comum da exoftalmia é a Doença de Graves, uma doença autoimune que leva a hiperatividade de tireoide (hipertireoidismo)
Se o doutor suspeita a doença de tiróide, pode pedir uma análise de sangue para examinar a função da glândula de tiróide. Os testes do olho podem detectar a capacidade do paciente para mover os olhos. Também, o doutor medirá o grau de saliência do globo ocular usando um exophthalmometer.
O tratamento da exoftalmia depende de sua causa. Se é causado por um problema do tiróide, o tratamento centrar-se-á sobre o retorno dos níveis de hormona do tiróide ao normal. Algumas medicamentações podem corrigir o nível de hormonas de tiróide no sangue. Embora este tratamento não melhorará o problema do olho, pode ajudar a impedir a progressão da condição.
O sintoma principal da exoftalmia é inflar anormal do olho. Há outros sinais e sintomas, incluindo a seca córnea, a dor, o incómodo, a dificuldade que movem os olhos, scarring, e a dificuldade que fecha inteiramente os olhos ao dormir ou ao piscar.
CAQUÉTICA – CAQUEXIA
Caquexia é caracterizada pela perda de peso e de massa muscular acentuada, fraqueza e deficiências nutricionais que normalmente não conseguem ser corrigidas mesmo com dieta balanceada e recomendada por um nutricionista.
Essa situação é normalmente consequência de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e câncer, por exemplo.
Mudanças no emocional podem causar sudorese.
TAQUICARDIA
Taquicardia é um aumento da frequência cardíaca, mais de 100 batidas por minuto, que pode tanto começar nas câmaras inferiores do coração (ventrículos) quanto nas câmaras superiores (átrios). Com estes ritmos elevados, o coração não consegue bombear eficientemente o sangue rico em oxigênio para o resto do seu corpo. 
TAQUIPNÉIA
Taquipneia é um termo médico usado para descrever a respiração acelerada, que é um sintoma que pode ser causado por uma grande diversidade de condições de saúde, em que o organismo tenta compensar a falta de oxigênio com uma respiração mais rápida.
Em alguns casos, a taquipneia pode fazer-se acompanhar por outros sintomas, como sensação de falta de ar e cor azulada nos dedos e nos lábios, que são sintomas que podem estar relacionados com a falta de oxigênio.
Em média, pessoas adultas completam cerca de 12 a 20 ciclos respiratórios por minuto, ou seja, inspiram e expiram de 12 a 20 vezes por minuto. Frequências respiratórias acima deste padrão podem ser consideradas quadros de taquipneia – a depender muito dos motivos que estejam provocando esse sintoma.
MIXEDEMA PRE TIBIAL
O mixedema pré-tibial é uma manifestação da doença de Graves caracterizada pelo acúmulo de glicosaminoglicanos na derme reticular. A dermopatia é autolimitada, mas em alguns casos pode levar a prejuízos cosméticos e funcionais. O tratamento convencional é o uso de corticoide tópico sob curativo oclusivo; entretanto, a aplicação intralesional tem demonstrado bons resultados. É apresentado um caso de tratamento de mixedema pré-tibial com corticoide intralesional.
O mixedema pretibial é uma das manifestações clínicas da Doença de Basedow-Graves, doença auto-imune que pode cursar com o hipertireoidismo. 
Esse sinal clínico, tem a presença de edemas não depressível, espessamentos e eritema (inflamação) violácea (arroxeada) na região pretibial e no dorso do pé, então, aparece como nódulos ou placas. Tem o aspecto de “casca de laranja”, pode ser unilateral ou bilateral.
DOENÇA DE BASEDOW-GRAVES
O hipertiroidismo é uma doença muito frequente na população em geral. A causa mais frequente de hipertiroidismo é a doença de Graves, uma doença auto-imune que afecta a glândula tiróide. Apresenta maior incidência no sexo feminino e caracteriza-se por uma produção de níveis anormalmente elevados de hormona tiroideia secundários à produção de auto-anticorpos contra o receptor da TSH.
A doença de Graves é uma doença auto-imune que se caracteriza por uma estimulação inadequada da glândula tiróide por auto-anticorpos para o receptor da hormona estimuladora da tiróide (rTSH). É a principal causa de hipertiroidismo, representando entre 50 a 80% destes casos (Brent 2008).
ligação e estimulação pelos anticorpos vão levar a uma hiperplasia e hipertrofia folicular e, consequentemente, provocar um aumento na síntese das hormonas tiroideias, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Este incremento na síntese hormonal vai traduzir-se num aumento dos níveis séricos de ambas as hormonas bem como numa diminuição dos níveis da hormona estimuladora da tiróide (TSH).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Os sintomas mais comuns, principalmente em doentes jovens, são nervosismo, fadiga, taquicardia ou palpitações, intolerância ao calor e perda de peso habitualmente com aumento do apetite. Nos doentes com maior idade é necessário estar alerta para possíveis manifestações atípicas. A doença poder-se-á apresentar apenas por astenia e emagrecimento, por vezes acompanhadas de alterações cardíacas como a fibrilhação auricular, o que é raro em doentes abaixo dos 50 anos.
Mais específicas da doença de Graves são as alterações oculares.
DIAGNOSTICO
O diagnóstico da doença de Graves baseia-se nas manifestações clínicas, bioquímicas e imagiológicas que caracterizam o hipertiroidismo e nas que são específicas da própria patologia. A clínica é muitas vezes sugestiva e pode ser suficiente para o diagnóstico. Os sinais e sintomas como palpitações, irritabilidade, intolerância ao calor e perda de peso com manutenção do apetite são alguns dos mais referidos pelos doentes e sugerem uma situação de hipertiroidismo. A associação a estes dados de um alargamento difuso da glândula já se torna muito sugestiva da doença de Graves. 
O diagnóstico está praticamente confirmado se se juntarem os sinais de orbitopatia- eXOFTALMIA ou dermopatia,- MIXEDEMA PRE-TIBIAL não dispensando, no entanto, o doseamento plasmático das hormonas tiroideias.
EXAMES
No sentido de confirmar o hipertiroidismo deve ser feito o doseamento dos valores séricos de TSH e de T3 e T4 livres. Uma diminuição dos valores de TSH é já um dado sugestivo na medida em que mesmo um aumento ligeiro na secreção tiroideia é suficiente para diminuir a secreção de TSH, devendo no entanto estes valores ser confirmados pelo aumento das hormonas. Se os valores das hormonas tiroideias estiverem dentro dos valores normais estamos perante um hipertiroidismo subclínico. O facto de serem habitualmente feitos os doseamentos hormonais das fracções livres de T3 e T4 em vez das totais deve-se a estas últimas não serem tão fiáveis pois podem ter valores mais elevados devido à acção de 17 Doença de Graves – Etiopatogenia, Diagnóstico e Tratamento determinados fármacos (ex: contraceptivos orais) ou por aumento de proteínas que se liguem às hormonas tiroideias.
TRATAMETO
O metimazol é tionamidas, fármacos que inibem a peroxidase tiroideia e, consequentemente, a síntese hormonal. tem uma acção de bloqueio da conversão de T4 em T3 nos tecidos extra-tiroideus. o metimazol mostrou reverter mais rapidamente o hipertiroidismo, apresenta uma adesão superior por parte dos doentes e tem menor toxicidade.
O iodo radioactivo vai provocar destruição das células da tiróideatravés da indução de uma resposta inflamatória, com necrose das células foliculares e oclusão vascular. A inflamação crónica e fibrose levam a uma diminuição do tamanho glandular e da capacidade de secreção hormonal.
Os dados de que a comunidade científica dispõe actualmente sobre a patogenia da doença de Graves são ainda insuficientes. É conhecida a acção dos anticorpos sobre o receptor da TSH na tiróide mas os mecanismos que estão envolvidos na perda de tolerância e no desencadeamento da auto-imunidade contra a glândula não são ainda totalmente compreendidos.

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