Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Palmas - TO| Março 2021 Sistema de Tratamento de Lodos Ativados LODOS ATIVADOS Lodo ativado é o floco produzido num esgoto bruto ou decantado pelo crescimento de bactérias na presença de oxigênio dissolvido, e é acumulado em concentração suficiente graças ao retorno de outros flocos previamente formados. SISTEMA DE LODOS ATIVADOS Processo biológico que envolve massa ativada de microrganismo em suspensão capazes de estabilizar o esgoto em ambiente aeróbio. UNIDADES BÁSICAS DO SISTEMA Tanque de aeração (reator) Tanque de decantação (decantador secundário) Sistema de recirculação UNIDADES BÁSICAS DO SISTEMA Tanque de aeração (reator) ➔ Proporciona oxigênio aos microrganismos (biomassa); ➔ Evita a deposição de flocos; ➔Mistura o efluente ao lodo biológico. Aeração mecânica Ar comprimido Introdução de oxigênio puro Tanque de aeração UNIDADES BÁSICAS DO SISTEMA Tanque de decantação (decantador secundário) ➢ Separa o efluente tratado do lodo; ➢ Parte do lodo sedimentado é recirculado ao tanque de aeração; ➢ Sobrenadante do decantador é descartado para o receptor. Decantador secundário Efluente tratado ETE Barueri ESQUEMA DAS UNIDADES DO PROCESSO SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS E SUAS VARIANTES Classificação do sistema quanto a idade do lodo SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS E SUAS VARIANTES Essa classificação se aplica tanto para fluxo intermitente quanto fluxo contínuo SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS E SUAS VARIANTES ➔ decantador primário + tanque de aeração + decantador secundário; ➔ Idade do lodo: de 4 a 10 dias; ➔ tempo de detenção hidráulica: 6 a 8 horas. Lodos ativados convencional SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS E SUAS VARIANTES Lodos ativados de aeração prolongada (fluxo contínuo) ➔ tanque de aeração + decantador; ➔ tempo de detenção celular: 18 a 30 dias; ➔ tempo de detenção hidráulica: 16 a 24 horas; ➔ necessidade de tanque de aeração maior. SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS E SUAS VARIANTES ➔ Todas as etapas (decantação primária, oxidação biológica e decantação secundária) ocorrem em um único tanque, de forma sequencial. ➔ Ciclos de operação: enchimento, reação (aeração), sedimentação, esvaziamento e repouso. Lodos ativados de fluxo intermitente (batelada) CONFIGURAÇÕES DE SISTEMAS PARA REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NUTRIENTES (N E P) Principais configurações clássicas para remoção de nitrogênio ➔ Zona anóxica e aeróbia; ➔ Zona aeróbia: nitrificação, formação de nitratos; Zona anóxica: desnitrificação; Sistema de pré-desnitrificação ➔ Sistema de recirculação interna; ➔ O nitrato é levados à zona anóxica através da recirculação e convertidos a N2. CONFIGURAÇÕES DE SISTEMAS PARA REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NUTRIENTES (N E P) Principais configurações clássicas para remoção de nitrogênio ➔ Zona aeróbia e zona anóxica; ➔ Zona aeróbia: nitrificação e formação de nitratos; ➔ Zona anóxica: desnitrificação; Sistema de pós-desnitrificação ➔ O nitrato é levado à zona anóxica onde é reduzido a N2; ➔ Não há necessidade de recirculações internas. CONFIGURAÇÕES DE SISTEMAS PARA REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NUTRIENTES (N E P) Principais processos para remoção conjunta de N e P ➔ Processo A2O (Phoredox de 3 estágios); ➔ Processo de Bardenpho de 5 estágios (Phoredox); ➔ Processo UCT; ➔ Processo UCT modificado; ➔ Reatores de operação intermitente (batelada). CONFIGURAÇÕES DE SISTEMAS PARA REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NUTRIENTES (N E P) Sistema UCT para remoção de N e P ➔ Na zona anaeróbia ocorrerá a assimilação do P por bactérias chamadas Organismos Acumuladores de Fósforo (OAP); ➔ Na zona aeróbia é produzida energia, aumentando o armazenamento de P; ➔ Com a retirada de lodo excedente há remoção de P acumulado. REATOR UASB - LODOS ATIVADOS ETE Betim Central, BH, COPASA. Fonte: COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) 1 2 3 ANÁLISE COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS 1 2 3 SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS SISTEMA VANTAGENS DESVANTAGENS LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL ● Elevada eficiência na remoção de DBO; ● Nitrificação usualmente obtida; ● Possibilidade de remoção biológica de N e P; ● Baixos requisitos de área; ● Processo confiável, desde que supervisionado; ● Flexibilidade operacional. ● Baixa eficiência na remoção de coliformes; ● Elevados custos de implantação e operação; ● Elevado índice de mecanização; ● Necessidade de tratamento completo de lodo (quando não há retorno para reator UASB) e da sua disposição final; ● Possíveis problemas ambientais com ruídos; ● Alto gasto energético. Fonte: VON SPERLING (2005). ANÁLISE COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS 1 2 3 SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS SISTEMA VANTAGENS DESVANTAGENS AERAÇÃO PROLONGADA ● Sistema com maior eficiência na remoção de DBO; ● Nitrificação consistente; ● Operação mais simples que o anterior; ● Menor geração de lodo que lodos ativados convencional; ● Estabilização do lodo no próprio reator; ● Elevada resistência a variações de carga e a cargas tóxicas. ● Baixa eficiência na remoção de coliformes; ● Elevados custos de implantação e operação; ● Elevado índice de mecanização (embora menor que a anterior); ● Necessidade de remoção da unidade do lodo e da sua disposição final. Fonte: VON SPERLING (2005). ANÁLISE COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS 1 2 3 SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS SISTEMA VANTAGENS DESVANTAGENS SISTEMA DE FLUXO INTERMITENTE ● Elevada eficiência na remoção de DBO; ● Satisfatória remoção de N e possivelmente de F; ● Baixos requisitos de área; ● Mais simples conceitualmente que os demais sistemas de lodos ativados; ● Menos equipamentos que os outros sistemas; ● Flexibilidade operacional (através da variação dos ciclos). ● Baixa eficiência na remoção de coliformes; ● Elevados custos de implantação e operação; ● Maior potência instalada que os demais sistemas de lodos ativados; ● Necessidade do tratamento e da disposição do lodo. Fonte: VON SPERLING (2005). ANÁLISE COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS 1 2 3 SISTEMAS DE LODOS ATIVADOS SISTEMA VANTAGENS DESVANTAGENS LODOS ATIVADOS COM REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NUTRIENTES ● Elevada eficiência na remoção de nutrientes; ● Idem lodos ativados convencional. ● Idem lodos ativados convencional; ● Necessidade de recirculações internas; ● Aumento da complexidade operacional. Fonte: VON SPERLING (2005). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 2 3 VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgoto. - 3 a ed. - Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 2005. VON SPERLING, M. Lodos ativados. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. 1. ed. v. 4. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - DESA; Universidade Federal de Minas Gerais, 1997. VON SPERLING, M., 1996, Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos, “Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias”, 2ª Ed., v. 1. ZANELA, LUCIANO. Tratamento de efluentes: processos biológicos - aeróbios. Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. N° 176467; Belém, 2019. PESSÔA, C. A. e JORDÃO, E. P. Tratamento de esgotos domésticos. v.1: Concepções clássicas de tratamento de esgotos, 2 ed., Rio de Janeiro: ABES / BNH, 1982, cap. 13, 14 e 16. SOUZA, MARIA, S. Remoção biológica de matéria orgânica e nitrogênio de um efluente industrial em sistema de leito móvel com biofilme de dois estágios. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Química, COPP. Rio de Janeiro,2014.
Compartilhar