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1. A historiografia da industrialização brasileira - Alexandre Macchione Saes 
Este texto fala sobre a formação da indústria brasileira, sobre os elementos que permitiram a constituição da nascente indústria, sobre as reformas econômicas e sociais ocorridas na transição do Império para República como fim oficial da escravidão, o trabalho assalariado e consequente expansão do mercado consumidor nas zonas urbanas.
O texto mostra que a formação do capitalismo, e a expansão industrial e urbana, foram insuficientes para o Brasil avançar e se tornar independente política e economicamente, mas não impediu a formação dos grupos econômicos nacionais, derivados do grande capital agrário mercantil, tal como a composição do grande capital urbano, capazes de formar modificações na sociedade. 
Salvador se tornou um dos primeiros centros industriais, mas não conseguiu romper com a estrutura mercantil. 
Rio de Janeiro, foi no início, o polo industrial, mas deu o lugar para São Paulo, mas nenhuma das capitais rompeu com o capital comercial durante a Primeira República. 
A atividade econômica nacional, que antes era voltada para atender as demandas internacionais, agora, pela primeira vez está voltada para seu mercado interno, seguindo a lógica do conceito de substituição de importações. 
A expansão do crédito realizada pelo presidente Vargas, através da compra do excesso de café, possibilitou a manutenção do nível da demanda agregada que, junto com a desvalorização da moeda e a redução das importações, proporcionou condições ideais para a recuperação da produção da indústria nacional em 1933.
2. Estado e economia no brasil: 1930-1964. fundamentos da construção de um capitalismo urbano-industrial periférico 
Neste artigo, observamos como as transformações do estado no Brasil, nas décadas de 1930 à 1960, foram conduzidas no intuito de dar ao estado um caráter proativo no processo de reconstrução do capitalismo nacional na fase de ascensão urbano industrial.
Vemos como os acontecimentos históricos instituíram políticas de intervenção que geraram mudanças no aparelho produtivo.
O autor, nos mostra a revolução de 1930, a ascensão de ideologias desenvolvimentista e racionalista instrumental, a crise da economia cafeeira, a grande depressão de 1929, mesmo acontecendo em 1930, é um fator que influenciou os anos subsequentes.
Com a economia, o autor mostra o acúmulo de capital começando em 1930, junto com a revolução burguesa. 
Temos, o protecionismo do café e a insuficiência do estado na regulação, incapacidade de desenvolvimento de uma economia de base primário-exportador e restrições a adaptações das regras do mercado internacional vigente.
O autor conclui com uma análise rasa e parcial dos acontecimentos que se seguiram na década de 60.
3. Brasil (1955-2005): 25 anos de catching up, 25 anos de falling behind 
Este texto fala do desenvolvimento industrial brasileiro no período de 1955 à 2005, mostrando que o Brasil passou primeiramente por 25 anos de catching up (recuperação) e, em seguida, por 25 anos de falling behind (atraso). 
O rompimento com o nacional-desenvolvimentismo do segundo governo Vargas, foi o modelo usado como estratégia desde a segunda metade da década de 1950.
Com o recurso de capital internacional, de 1955 à 1980, temos o catching up da revolução tecnológica, nesse período, foram determinados os principais elementos debilitantes do ingresso do país ao novo paradigma tecno econômico da quinta revolução tecnológica, que surgia já em meados da década de 1970. 
Utilizando da estratégia de internacionalizar a economia, dando às empresas multinacionais os setores-chave da dinâmica econômica nacional durante o período de catching up, o principal objeto de dependência da trajetória que permite desempenho presente, que é responsável pela dependência tecnológica e mantenedor da economia brasileira sob baixo dinamismo. 
Vemos também, a tese do capitalismo tardio, onde temos o argumento de que, desde a segunda metade da década de 1950, a economia brasileira estaria sujeita a ciclos endógenos e que a tendência à estagnação de longo prazo estava afastada. 
Conclui-se, que os últimos 50 anos de desenvolvimento industrial, que o progresso técnico não foi internalizado no país nem mesmo durante o período de catching up, e que sofremos vulnerabilidade externa. 
Temos portanto, dois problemas estruturais, de longo prazo, que não foram solucionados com o processo de internacionalização da economia brasileira.
4. Planejamento Econômico no Brasil
Este texto, nos mostra como o Brasil juntou, sobretudo entre os anos de 1940 a 1970, uma experiência no campo do planejamento governamental. 
Desde os primeiros exercícios, no imediato pós segunda guerra mundial, por meio de outros, do plano salte (saúde, alimentação, transportes, energia), e mais a frente, do plano de metas do Juscelino Kubitschek, até os mais recentes planos plurianuais, determinados constitucionalmente.
O país ficou mais maduro do ponto de vista industrial e avançou no plano tecnológico ao longo desses planos, mas, não obstante progressos setoriais, a sociedade permaneceu inaceitavelmente desigual, ou continuou a padecer de diversas situações, em especial nos terrenos da educação, da saúde e das demais condições de vida para os setores mais desfavorecidos da população.
O autor mostrou que o conceito de planejamento sempre sofreu de uma grande imprecisão terminológica, tendo sido utilizado tanto para o microplanejamento como para o planejamento macroeconômico mais integrado.
Um plano de desenvolvimento avançaria ainda mais pela especificação de um cronograma de implementação, pela designação do agente econômico (público e privado) e pela alocação de recursos financeiros e materiais.
5. Getúlio Vargas: o estadista, a nação e a democracia
Getulio Vargas foi o grande estadista do Brasil do século vinte. Ele veio de uma família de senhores de terra. 
Getulio Vargas coordenou a transição do Brasil de uma economia agrária para uma economia industrial. Um nacionalista, ele foi capaz de chamar os empresários industriais, a burocracia pública e os trabalhadores urbanos para um pacto político e uma estratégia nacional desenvolvimentista. Com um governo autoritário entre 1930 e 1945, ele quebrou a hegemonia das oligarquias agrária e mercantilista que dominavam o Brasil até então. Um populista, ele foi o primeiro político a estabelecer uma relação com o povo ao invés de apenas com suas elites. 
Em seu segundo governo, entre 1951 e 1954, ele completou seu projeto nacional. 
Depois dele e do governo Kubitschek, a revolução industrial e a capitalista do Brasil iniciada em 1940 podia ser considerada completa, o que abriu espaço para uma democracia mais consolidada no país. 
Vargas é visto como um estadista, pois se antecipou aos fatos e liderou as forças políticas em direção a novos rumos, embora ele próprio fosse autoritário, não era elitista. Foi a primeira vez na história política do Brasil que um grande líder político foi buscar as bases de sua legitimidade no povo. 
Mesmo pertencendo a elite agrária, era um político mais de esquerda do que de direita, na medida em que fundou o primeiro partido de massas do país, o Partido Trabalhista Brasileiro. 
Getúlio Vargas é frequentemente chamado de 'ditador' devido ao Estado Novo (1937-1945), o que, tecnicamente, é correto. 
O Estado Novo foi uma forma de completar a revolução econômica, política e social, iniciada em 1930. Entretanto, mesmo esse rótulo deve ser relativizado, pois, segundo Bresser-Pereira, se "Vargas errou ao decidir embarcar no Estado Novo, não teria sido o estadista que foi se houvesse então realizado eleições e transferido o governo para um novo presidente eleito". 
6. Celso furtado e o pensamento econômico brasileiro
O artigo pretende reconstituir a trajetória de Celso Furtado, que desembocou no 1º modelo analítico da economia brasileira e examinar o conteúdo da obra que serviu de paradigma ou de contraponto para praticamente todos os pensadores brasileirosdessa área do conhecimento, Formação Econômica do Brasil. 
Um exemplo marcante de especificidade teórica é a temática central do desenvolvimento/subdesenvolvimento como estruturador da história do pensamento econômico-social no Brasil. Parece óbvio, mas foram as injunções históricas do capitalismo que fizeram da HPEB uma história organizada em torno do conceito de desenvolvimento. E será o conceito elaborado por Celso Furtado que marcará o nascimento da HPEB intimamente imbricado à economia política do desenvolvimento, como constatou primeiramente Ricardo Bielschowsky, na análise dos ciclos ideológicos de desenvolvimento e, como constata Guido Mantega, que responsabiliza Furtado pelo surgimento de uma economia política engajada na descoberta do desenvolvimento econômico. Será também o conceito de desenvolvimento que organiza a HPEB, lida como espaço das controvérsias, em Maria Malta et alli (2010).
Para Furtado o conceito de desenvolvimento, como bem assinala Ricardo Bielschowsky, traduz a íntima articulação que deve existir entre os elementos: Estado e as estruturas produtiva e distributiva, ou o Estado como promotor de mudanças estruturais na produção acompanhadas de melhorias na distribuição de renda.1 Em O Mito do Desenvolvimento Econômico, publicado em 1974, Celso Furtado amplia o seu conceito de desenvolvimento, desmistificando a ideia de progresso e de desenvolvimento dos países centrais, posto que não são levadas em conta nem as questões ambientais nem as culturais. (FURTADO,1974) 
A idéia de Furtado sobre o papel do estado na construção das nações periféricas é o de fomentar a industrialização para superar a pobreza e o subdesenvolvimento. Entretanto, tanto a força da ideia do nacional, quanto da participação ativa do Estado apresentam-se aqui com naturezas distintas das economias centrais. A formação dos Estados Nacionais nas economias centrais, encarnada na figura do príncipe do Estado-Nação, traduziu-se na unidade e na conformação das sociedades europeias e na viabilização do processo de acumulação primitiva de capital. 
Se para Furtado desenvolvimento deve vir acompanhado de melhorias de distribuição de renda, para os adeptos da ordem do mercado o desenvolvimento terá sempre uma fase sem distribuição de renda, e até com concentração de renda, como aconteceu com a implantação do modelo autoritário de desenvolvimento.
 Vimos que é possível problematizar em torno da HPEB através de múltiplos aspectos. O primeiro deles trata das injunções impostas pela história do capitalismo e da influência das teorias na produção de nossos pensadores. As múltiplas influências teóricas estão expressas na pluralidade, tanto no plano autoral, como na presença de várias vertentes teóricas na HPEB. Essas influências sobre os pensadores se manifestam na riqueza das adaptações teóricas e conceituais, na criação de novos conceitos, ou ainda, de novas interpretações sobre questões importantes que definem o padrão de acumulação do capitalismo no Brasil.
E não é também por outra razão que o engajamento teórico na temática do desenvolvimento e da superação do subdesenvolvimento traduz-se na marca da nossa história econômica e política. Neste sentido, o golpe de 1964 divide a HPEB em dois momentos importantes (antes e depois do golpe), pois a conjuntura de ditadura revelou e exacerbou as diferenças de perspectivas que se abrigavam sob o mesmo rótulo de desenvolvimentista. O golpe e o período da ditadura presenciarão correntes teóricas de matrizes diferenciadas defendendo suas posições e multiplicando o campo das controvérsias. A experiência de crescimento do capitalismo com exclusão não apenas alça e legitima a teoria ortodoxa, como provoca a produção dos economistas críticos no afã de compreendê-lo e de apontar soluções alternativas. O fim dos anos 1960 e a década de 1970 testemunharam uma grande riqueza teórica forjada pela necessidade de se compreender o capitalismo brasileiro. 
Essa proliferação de ideias se manifestou no crescimento e na qualidade da produção teórica, nas inúmeras controvérsias que pautaram o período e, sobretudo, na aceleração da criação de centros de pós-graduação que se multiplicaram obedecendo a perfis teóricos distintos. A ligação dos economistas no Brasil com a prática política contribuiu para forjar a necessidade de uma formação institucionalizada que garantisse a ampliação de quadros de economistas tecnocráticos. Soma-se, então, às características de pluralidade e de interdisciplinaridade assinaladas na nossa HPEB a ideia de que o pensamento econômico no Brasil se faz e se consolida ligado à política e às instituições de forma imperativa.

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