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Evolução do Direito da Criança e do Adolescente

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Aula Extra
Direito da Criança e do Adolescente p/
OAB 1ª Fase XXXII Exame - Com
Videoaulas
Autor:
Ricardo Torques
Aula Extra
25 de Fevereiro de 2020
03652242009 - Emmanuel Silva Pinto
 
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Sumário 
Considerações Iniciais ......................................................................................................................................... 2 
Resumo ................................................................................................................................................................ 2 
Evolução Histórica do Direito da Criança e do Adolescente........................................................................... 2 
Estatuto da Criança e do Adolescente ............................................................................................................ 7 
Considerações Finais ......................................................................................................................................... 42 
 
 
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COMPILADO DE RESUMOS 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Na aula de hoje traremos um compilado de resumos de todas as aulas. 
Bons estudos. 
RESUMO 
Evolução Histórica do Direito da Criança e do Adolescente 
Paradigmas legislativos: evolução histórica do Direito da Criança e do 
Adolescente 
 ASPECTOS HISTÓRICOS REMOTOS 
 Antiguidade: as formações familiares foram estruturadas em torno da religião. 
• Sem tratamento diferenciado conferido às crianças e aos adolescentes. 
• Crianças e adolescentes vistos como objeto de direito e como patrimônio, a serviço de da 
religião e de autoridades familiares e do Estado. 
 Idade Média: nítido reconhecimento da dignidade das crianças e adolescentes. 
• Crianças havidas fora do casamento religioso, encontravam-se em situação de dupla 
vulnerabilidade: discriminação por serem crianças e por não serem reconhecidas pela Igreja. 
 EVOLUÇÃO INTERNACIONAL 
 Convenção para a Repressão do Tráfico de Mulheres e Crianças aprovada em 1921. 
 Declaração de Genebra, de 1924. 
 Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), aprovada em 1948. 
 Criação da UNICEF, em 1946. 
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 Declaração Universal dos Direitos da Criança em 1959. 
 Convenção Americana sobre os Direitos Humanos denominada de 1969. 
 Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças. 
 EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO ORDENAMENTO BRASILEIRO 
 fase da ABSOLUTA INDIFERENÇA 
• Sem normas tutelares dos direitos de crianças ou adolescentes. 
• até o início do séc. XVI 
 fase da MERA IMPUTAÇÃO PENAL 
• Objetiva-se a punição de conduta praticadas por crianças e adolescentes. 
• do séc. XVI e, especialmente com a edição do Código Mello Matos em 1927, até o Código de 
Menores de 1979. 
 fase TUTELAR 
• Objetiva-se promover a proteção de crianças e adolescentes em situação irregular, com 
assistencialismo e práticas segregatória. 
• da edição do Código de Menores de 1979 até a Constituição de 1988 
 fase da PROTEÇÃO INTEGRAL 
• As crianças e adolescentes são considerados sujeitos de direito, que devem ser assegurados 
em conjunto pelo Estado, sociedade e famílias, com absoluta prioridade e em consideração 
da situação peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
• a partir da CF de 1988 
A doutrina da situação irregular e a doutrina da proteção integral 
 MUDANÇA NA BASE PRINCIPIOLÓGICA: da doutrina da situação irregular para a doutrina da proteção 
integral. 
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 CÓDIGO DE MENORES 
 limitação de aplicação, destinando-se: 
• ao menor privado de condições essenciais à sua subsistência, saúde e instrução obrigatória, 
em razão da falta, ação ou omissão dos pais ou responsável; 
• às vítimas de maus-tratos; 
• aos sujeitos a perigo moral por se encontrarem em ambientes ou atividades contrárias aos 
bons costumes; 
• ao autor de infração penal; e 
• aos menores que apresentassem “desvio de conduta, em virtude de grave inadaptação 
familiar ou comunitária”. 
 “binômio carência-delinquência”, agindo na consequência e não nas causas que levam à carência 
ou à delinquência. 
 concentração das atividades centralizadas na figura do “Juiz de Menores”. 
 prática segregatória. 
 não havia também preocupação com a manutenção de vínculos familiares. 
 CF + ECA 
 rompimento de paradigma. 
 a CF trata de enunciar um rol de direitos e garantias fundamentais, posteriormente explicitados 
no ECA. 
Esses direitos devem ser assegurados: a) com absoluta prioridade; e b) em consideração do fato de 
que as crianças são pessoas em desenvolvimento. 
 o ECA fixa uma série de políticas públicas a serem desenvolvidas por todos os entes federativos, 
mas principalmente pelo município, que está mais próximo da realidade de cada comunidade, em 
respeito ao princípio da municipalização que impera no ECA. 
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 COMPARAÇÃO ENTRE CÓDIGO DE MENORES E O ECA 
ASPECTO CÓDIGO DE MENORES ECA 
Doutrinário 
Caráter 
Fundamento 
Centralidade Local 
Competência Executória 
Decisório 
Institucional 
Organização 
Gestão 
Situação Irregular 
Filantrópico 
Assistencialista 
Judiciário 
União/Estados 
Centralizador 
Estatal 
Piramidal Hierárquica 
Monocrática 
Proteção Integral 
Política Pública 
Direito Subjetivo 
Município 
Município 
Participativo 
Cogestão Sociedade Civil 
Rede 
Democrática 
Normas Constitucionais 
O Estado... 
A Família... 
A Sociedade... 
devem propiciar o... direito à vida 
direito à saúde, 
direito à alimentação 
direito à educação 
direito ao lazer 
direito à profissionalização 
direito à cultura 
direito à dignidade 
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direito ao respeito 
direito à liberdade 
direito à convivência familiar e comunitária 
devem resguardá-los de... toda forma de negligência 
toda forma de discriminação 
toda forma de exploração 
toda forma de violência, crueldade e opressão 
PRECEITOS: 
1º PRECEITO: destinação de um percentual mínimo de recursos. 
2º PRECEITO: criação de programas de atendimento e de prevenção para crianças e adolescentes com 
deficiência. 
REGRAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES: 
 idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho na condição de aprendiz e do trabalho 
regular somente após completar 16 anos (7º, XXXIII). 
 garantia de direitos previdenciários, trabalhistas e acesso à escola ao adolescente que trabalhar. 
 garantia de ampla defesa, inclusive técnica, quando praticar atos infracionais. 
 execução da medida socioeducativa com observância dos princípios de brevidade, 
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
 estímulo do Poder Público, por intermédio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, ao 
acolhimento sob a forma de guarda de crianças ou adolescentes órfãos ou abandonados. 
 criação de programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente 
dependente de entorpecentes. 
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Estatuto da Criança e do Adolescente 
Disposições Preliminares do ECA 
CÓDIGO DE MENORES X ECA 
 Código de Menores: doutrina da situação irregular 
 ECA: doutrina da proteção integral 
DISTINÇÃO ENTRE CRIANÇA/ADOLESCENTE 
 criança: de 0 a 12 anos incompletos 
 adolescente: de 12 a 18 anos incompletos 
* excepcionalmente e apenas aos atos de natureza infracional, aplica-se o ECA aos maiores de 21 
anos de idade. 
PRINCÍPIOS BASILARES DO ECA 
 princípio da prioridade absoluta 
 princípio da dignidade 
 não discriminação 
PARÂMETROS INTERPRETATIVOS DO ECA 
 os fins sociais a que ela se dirige; 
 as exigências do bem comum; 
 os direitos e deveres individuais e coletivos; 
 a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. 
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Direito à vida e à saúde 
PRIMEIRA INFÂNCIA: período que abrange os primeiros 6 anos de vida (ou 72 meses). 
A mãe terá direito de escolher, nos últimos 3 MESES da gestação, o local onde será realizado o parto. 
É assegurado à gestante e à parturiente o direito a um acompanhante durante o período que estiver em 
estabelecimento hospitalar. 
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade 
LIBERDADE 
 ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários 
 opinião e expressão 
 crença e culto religioso 
 brincar, praticar esportes e divertir-se 
 participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação 
 participar da vida política 
 buscar refúgio, auxílio e orientação 
LEI DA PALMADA 
 conceitos: 
• CASTIGO FÍSICO: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física 
sobre a criança ou o adolescente que resulte em sofrimento físico ou lesão; e 
• TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à 
criança ou ao adolescente que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize. 
 encaminhamentos: 
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• encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família 
• encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico 
• encaminhamento a cursos ou programas de orientação 
• obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado 
• advertência 
Direito à Convivência Familiar e Comunitária 
propicia o desenvolvimento integral da criança (a família é a base da sociedade) 
lugar da criança é na família: 
 acolhimento institucional é excepcional; 
 colocação em família substituta é também excepcional; 
 mãe privada de liberdade tem direito a visitas periódicas para exercício da convivência. 
ENTREGA PARA ADOÇÃO (art. 19-A, do ECA, pela Lei 13.509/2017) 
 encaminhamento à Justiça da Infância e Juventude; 
 oitiva por equipe multiprofissional; 
 atendimento especializado à genitora (estado gestacional/puerperal); 
 busca pela família extensa (máximo de 90 dias); 
 após o nascimento, confirma-se em audiência a pretensão de entregar a criança para a adoção; 
 detentores da guarda têm 15 dias para propor ação de adoção a contar do término do estágio de 
convivência; 
 acompanhamento por 180 dias. 
APADRINHAMENTO (art. 19-B, do ECA, pela Lei 13.509/2017) 
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 vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária de 
crianças/adolescentes acolhidos institucionalmente; 
 colaboração com desenvolvimento: social, moral, físico, cognitivo e financeiro; 
 por pessoas naturais e jurídicas; 
 organização do programa: órgão público ou sociedade civil organizada. 
DEVERES DOS PAÍS NA CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
 não distinção entre filhos (havidos fora do casamento em razão de adoção); 
 exercício do poder familiar em igualdade de condições (educação, sustento e guarda); 
 falta de recursos, por si só, não é motivo para perda/suspensão do poder familiar; 
 condenação criminal não representa destituição do poder familiar, exceto condenação por crime 
doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho/filha. 
TIPOS DE FAMÍLIA 
 família natural: pais e filhos. 
 família extensa (ou ampliada): se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do 
casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém 
vínculos de afinidade e afetividade. 
 família substituta (em razão de guarda, tutela e adoção) pode se dar perante a família extensa ou 
qualquer outra família legalmente habilitada. 
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL 
 provisório e breve 
 medida protetiva 
 avaliado a cada três meses, por intermédio de relatórios interdisciplinares 
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 decide-se pela reintegração, manutenção do acolhimento (institucional ou em família acolhedora) 
ou colocação em família substituta 
 não superior a 18 meses (Lei 13.509/2017) 
ORDEM DE EXCEPCIONALIDADE DE FAMÍLIAS 
1º. Família natural 
2º. Família extensa 
3º. Família substituta composta por parentes 
4º. Família substituta composta por não parentes 
• Adoção nacional; 
• Adoção internacional por brasileiros; 
• Adoção internacional por estrangeiros. 
A colocação em família substituta pode se dar pela guarda/tutela/adoção 
GUARDA 
 prestação material, moral e educacional, de modo que a criança/adolescente passa ser 
considerado dependente para todos os fins (inclusive previdenciários) 
 não depende de destituição dos pais biológicos 
 provisória 
 direito de se opor a terceiros, inclusive em relação aos pais biológicos 
 tem por finalidade regularizar uma situação de fato 
 é concedida como regra no contexto de uma tutela ou adoção, mas excepcionalmente poderá ser 
concedida a pessoas que não tutores e pretendentes à adoção (por exemplo, responsáveis pelas casas 
de acolhimento institucional ou responsável pela criança em programa de acolhimento familiar). 
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TUTELA 
 medida protetiva para auxiliar nos cuidados da criança/adolescente, bem como do seu patrimônio; 
 visa suprir carência de representação legal em razão da ausência dos pais; 
 pressupõe a extinção ou perda do poder familiar. 
Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer 
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. 
direito de ser respeitado por seus educadores. 
direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores. 
direito de organização e participação em entidades estudantis. 
acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
deveres do Estado 
 ensino fundamental, obrigatório e gratuito 
 progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio 
 atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede 
regular de ensino; 
 atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; 
 oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador 
DEVERES DO PAIS: obrigação de matricular 
DEVERES DA ESCOLA: informar ao Conselho Tutelar maus-tratos, faltas injustificadas, evasão, repetência 
elevada. 
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Direito à Profissionalização e Proteção no Mercado de Trabalho 
QUANDO O TRABALHO É LEGALMENTE ADMISSÍVEL? 
 menor de 14 anos: não se admite o trabalho de forma alguma. 
 a partir dos 14 anos: admite-se o trabalho na condição de aprendiz 
 a partir dos 16 anos: admite-se o trabalho, exceto precário. 
 a partir dos 18 anos: não há restrição ao trabalho legal, ainda que noturno, perigoso ou insalubre. 
CONSIDERA-SE PRECÁRIO O TRABALHO: 
 noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte 
 perigoso, insalubre ou penoso 
 realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e 
social 
 realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola 
APRENDIZAGEM: formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de 
educação em vigor. 
TRABALHO EDUCATIVO: política de desenvolvimento pessoal e social por intermédio do trabalho 
Prevenção 
Prevenção Geral 
AÇÕES PARA COIBIR A VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 promoção de campanhas educativas. 
 integração com os órgãos e entidades (Poder Judiciário, MP, Defensoria, Conselhos Tutelares, 
Conselhos e ONGs). 
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 formação continuada e a capacitação dos profissionais. 
 apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de conflitos. 
 a inclusão de ações que visem garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a atenção 
pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsáveis. 
 a articulação de ações e a elaboração de planos de atuação conjunta focados nas famílias em 
situação de violência. 
ATENDIMENTO PRIORITÁRIO NA PREVENÇÃO: 
 direito à informação; 
 direito à cultura; 
 direito ao lazer; 
 direito aos esportes; 
 direito à diversão; 
 direito de participar de espetáculos; 
 direito a produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
Prevenção Especial 
Poder Público regulará as diversões e espetáculos públicos (definindo natureza, faixas etárias, locais e 
horários inadequados de apresentação). 
Crianças menores de 10 anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou 
exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável. 
proibida a venda à criança ou ao adolescente 
 armas, munições e explosivos. 
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 bebidas alcoólicas. 
 produto que possa dependência física ou psíquica 
 fogos de estampido e de artifício (exceto, reduzido potencial) 
 revistas e publicações inadequadas. 
 bilhetes lotéricos e equivalentes. 
Hospedagem em hotel/motel/pensões de crianças e adolescentes desacompanhados dos pais: 
 regra: proibido; 
 exceção: quando autorizados pelos pais/responsáveis. 
 autorização para viajar (território nacional) (p/ criança) 
 regra: 
• Pais e responsáveis. 
• Autorização judicial (válida por dois anos) 
 exceção: 
• translado de comarca contígua à da residência da criança, na mesma unidade da Federação, ou 
incluída na mesma região metropolitana. 
• acompanhada de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado 
documentalmente o parentesco. 
• acompanhada de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 
autorização para viajar (exterior) (criança + adolescente) 
 regra: 
• autorização judicial 
• acompanhado de ambos os cônjuges ou responsáveis legais 
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 exceção: 
• acompanhado de um deles, autorizado expressamente pelo outro (com firma reconhecida) 
• e se o outro não autorizar? ação de suprimento judicial para viagem internacional 
Política de Atendimento 
conceito: conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios 
diretrizes/linhas de ação 
 linhas de ação: são orientações gerais de atuação do Poder Público; 
 diretrizes: envolvem a integração e a mobilização dos diversos setores do Estado e da sociedade 
em prol dos direitos das crianças e dos adolescentes 
princípio da municipalização 
espécies: 
 em regime de proteção 
• orientação e apoio sócio-familiar 
• colocação familiar 
• acolhimento institucional 
 em cumprimento de medida socioeducativa 
• apoio socioeducativo em meio aberto 
• prestação de serviços à comunidade 
• liberdade assistida 
• semiliberdade 
• internação 
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Medidas Socioeducativas 
CRIANÇA E ADOLESCENTE NÃO PRATICAM CRIME: entre os elementos da culpabilidade temos a 
imputabilidade. 
CONCEITO DE ATO INFRACIONAL: conduta prevista como crime ou contravenção penal quando praticada por 
criança ou adolescente. 
TEMPO DO ATO INFRACIONAL – Teoria da Atividade 
LIBERAÇÃO COMPULSÓRIA – art. 121, §5º, do ECA (a liberação será compulsória aos vinte e um anos de 
idade). 
TRATAMENTO INFRACIONAL: criança X adolescente 
 CRIANÇAS 
• Praticam atos infracionais. 
• São aplicadas apenas medidas de proteção. 
 ADOLESCENTES 
• Praticam atos infracionais 
• São aplicadas medidas socioeducativas e medidas de proteção. 
PRIVAÇÃO PROVISÓRIA DE LIBERDADE 
 excepcionalidade em razão de flagrante ou ordem judiciária; 
 identificação e informação sobre direitos (analogia ao art. 5º, LXIII e LXIV, da CF) 
 não liberado, há comunicação imediata de familiar ou pessoa indicada; 
 decisão judicial fundamentada; 
 indícios de autoria e materialidade; 
 por até 45 dias improrrogáveis. 
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 pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação; 
 igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir 
todas as provas necessárias à sua defesa; 
 defesa técnica por advogado; 
 assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei; 
 direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente; 
 direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do procedimento. 
 impossibilidade de ser conduzido em compartimento fechado de veículo policial (art. 178, do ECA); 
e 
 vedação de cumprimento da internação em estabelecimento prisional (art. 185, do ECA). 
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
 Conceito: manifestação do Estado em face do ato infracional praticado. 
 Natureza: 
• Impositiva (aplica-se independentemente da vontade do adolescente) 
• Sancionatória (quebra da regra de convivência) 
• Retributiva (resposta à prática do ato infracional) 
 Objetivo: 
• Inibir a reincidência (responsabilização) 
• Finalidade pedagógica-educativa (ressocialização) 
ESPÉCIES DE MEDIDAS 
 MEDIDAS DE MEIO ABERTO 
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• Advertência 
• Obrigação de reparar o dano 
• Prestação de serviços à comunidade 
• Liberdade assistida MEDIDAS RESTRITIVAS DE LIBERDADE 
• Semiliberdade 
• Internação 
Fatores a serem considerados pelo juiz da vara da infância e juventude na aplicação de medidas 
socioeducativas 
 capacidade de cumpri-la; 
 circunstâncias; e 
 gravidade da infração. 
Súmula STJ 265: “É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida sócio-
educativa”. 
PROVA DA AUTORIA E MATERIALIDADE DA INFRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA 
 Súmula STJ 342: “No procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a desistência 
de outras provas em face da confissão do adolescente”. 
 regra: necessário comprovar pelo procedimento em contraditório. 
 exceções: 
• Remissão (perdão da conduta) 
• Advertência (“indícios suficientes de autoria” – art. 114, § único, do ECA) 
 Idade máxima para cumprimento: 21 anos (art. 121, §5º, do ECA) 
ESPÉCIES DE MEDIDAS: 
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 ADVERTÊNCIA: 
❑ Mais branda; 
❑ Aplicada com base em prova da materialidade e de indícios de autoria; 
❑ Admoestação verbal; 
❑ Deve ser aplicada com respeito ao adolescente. 
 OBRIGAÇÃO DE REPARAR DANO: 
❑ cabe ao adolescente ressarcir o prejuízo causado à vítima; e 
❑ rara aplicabilidade pois pressupõe que o adolescente trabalhe ou possua renda própria. 
 PSC 
❑ Execução de tarefas gratuitas de interesse geral. 
❑ Prazo máximo de 6 meses, para uma carga horária máxima de 8 horas por semana. 
❑ Poderá ser cumprida em dias úteis, sábados e, inclusive, em domingos e feriados. 
❑ Não poderá afetar a frequências às aulas e a jornada de trabalho, se houver. 
❑ Pretende-se o desenvolvimento de senso cívico. 
 LA 
❑ Última alternativa antes da aplicação das medidas restritivas de liberdade; 
❑ Consiste no acompanhamento, orientação e apoio ao adolescente por meio de um educador; 
❑ Terá duração mínima de 6 meses e caracteriza-se pelo acompanhamento mais próximo do 
socioeducando; 
❑ Haverá a nomeação de um orientador a quem incumbe, em síntese, promover socialmente o 
adolescente, supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar, diligenciar no sentido da 
profissionalização e de inserção no mercado de trabalho e apresentar relatório sobre o 
cumprimento da medida socioeducativa. 
❑ Duração máxima: 3 anos (STJ) 
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 SEMILIBERDADE 
❑ acompanhamento mais próximo 
❑ DIA: executará atividades normais na comunidade, como o estudo e trabalho 
❑ NOITE: deve se recolher à unidade de internação. 
❑ ATIVIDADES EXTERNAS: 
▪ Pressuposto da medida. 
▪ Independe de autorização judicial. 
❑ PRAZO: máximo 3 anos 
❑ REAVALIAÇÃO: a cada seis meses 
 INTERNAÇÃO: 
❑ Consonância com normas internacionais (regras de Beijing e Regras Mínimas da ONU para Jovens 
Privados de Liberdade) – em razão: 
▪ Última instância 
▪ Caráter excepcional 
▪ Mínima duração possível 
❑ Restrição total de liberdade 
❑ ATIVIDADES EXTERNAS: 
▪ É possível, a critério dos educadores 
▪ Admite-se restrição (juiz) 
❑ PRAZO: 
▪ prazo in/determinado 
▪ máximo 3 anos 
❑ REAVALIAÇÃO: a cada seis meses (pautado no livre consentimento motivado, embora esteja na 
posse ) 
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❑ Consonância com normas internacionais (regras de Beijing e Regras Mínimas da ONU para Jovens 
Privados de Liberdade) – em razão: 
▪ Última instância 
▪ Caráter excepcional 
▪ Mínima duração possível 
❑ Restrição total de liberdade 
❑ ATIVIDADES EXTERNAS: 
▪ É possível, a critério dos educadores 
▪ Admite-se restrição (juiz) 
❑ PRAZO: 
▪ prazo in/determinado 
▪ máximo 3 anos 
❑ REAVALIAÇÃO: a cada seis meses (pautado no livre consentimento motivado, embora esteja na 
posse ) 
❑ PRINCÍPIOS: 
o princípio da brevidade 
▪ Imposta e cumprida pelo adolescente durante período curto 
▪ Período de reflexão e ressocialização 
o princípio da excepcionalidade 
▪ Possibilidade de aplicação de outra MSE mesmo que, em tese, se adeque nas hipóteses 
do art. 122, do ECA. 
o princípio da condição peculiar da pessoa em desenvolvimento 
▪ relacionado ao princípio da proteção integral 
▪ aspectos sociológicos: 
✓ menor fase da vida, passagem da fase infantil para a adulta. 
✓ 6 anos, por isso, a privação será, pelo máximo de 3 anos. 
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✓ fase de erupção 
❑ HIPÓTESES QUE JUSTIFICAM A INTERNAÇÃO 
• pelo máximo de 3 anos 
• ato infracional praticado com grave ameaça ou violência à pessoa (roubo, latrocínio, 
homicídio) 
• reiteração no cometimento de infrações graves ( 
• pelo máximo de 3 meses (internação-sanção) 
• descumprimento reiterado e injustificável de medida anteriormente aplicada. 
DIREITOS DOS ADOLESCENTES PRIVADOS DE LIBERDADE: 
 ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal; 
 habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade; 
 receber escolarização e profissionalização; 
 realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: 
 ter acesso aos meios de comunicação social; 
 receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje; 
 manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo 
comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade; 
 receber, quando da liberação, os documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade. 
SUSPENSÃO DO DIREITO DE VISITAS: 
 temporária 
 depende de decisão judicial 
 ocorrerá quando houver indícios sérios de que tais visitas são prejudiciais ao adolescente 
custodiado. 
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Medidas de Proteção 
APLICAM-SE AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO QUANDO OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES FOREM 
VIOLADOS 
 por ação ou omissão da sociedade ou do Estado 
 por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável 
 em razão da própria conduta da criança ou adolescente 
PREMISSAS DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
 crianças e adolescentes são considerados sujeitos de direitos 
 proteção integral e prioritária 
 responsabilidade primária e solidária do poder público 
 interesse superior da criança e do adolescente 
 privacidade 
 intervenção precoce 
 intervenção mínima 
 proporcionalidade e atualidade 
 responsabilidade parental 
 prevalência da família 
 obrigatoriedade da informação 
 oitiva obrigatória e participação 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
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 encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade. 
 orientação, apoio e acompanhamento temporários. 
 matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental. 
 inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da 
família, da criança e do adolescente. 
 requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou 
ambulatorial. 
 inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e 
toxicômanos. 
 acolhimento institucional. inclusão em programa de acolhimento familiar. 
 colocação em família substituta. 
Medidas Pertinentes aos Pais e Responsáveis 
* medidas aplicáveis aos pais quando da violação o de direitos ou exposição da crianças e adolescentes a 
riscos 
encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; 
inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e 
toxicômanos; 
encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar; 
obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; 
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advertência; 
perda da guarda; 
destituição da tutela; 
suspensão ou destituição do poder familiar. 
Conselho Tutelar 
CONCEITO: 
 Não jurisdicional 
 Órgão permanente e autônomo 
 Zela pelo cumprimento dos direitos de crianças e adolescentes 
CONSELHEIROS 
 Eleitos 
 Cinco membros 
 Mandato quatro anos 
 Requisitos 
• reconhecida idoneidade moral 
• idade superior a vinte e um anos 
• residir no município 
 direitos mínimos 
• Cobertura previdenciária 
• Férias anuais remuneradas, acrescidas de um terço 
• Licença-maternidade 
• Gratificação natalina 
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ATRIBUIÇÕES 
 Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses de situação irregular; 
 Atender e aconselhar os pais ou responsável; 
 Promover a execução de suas decisões; 
 Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal 
contra os direitos da criança ou adolescente; 
 Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; 
 Providenciar a medida de proteção, estabelecida pela autoridade judiciária, para o adolescente 
autor de ato infracional; 
 Expedir notificações; 
 Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; 
 Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e 
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; 
 Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos de comunicação social 
da Constituição Federal; 
 Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, 
após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. 
IMPEDIMENTOS: não podem servir no mesmo conselho: 
 marido e mulher; 
 ascendentes e descendentes; 
 sogro e genro ou nora; 
 irmãos; 
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 cunhados, durante o cunhadio; 
 tio e sobrinho; 
 padrasto ou madrasta e enteado. 
* Estende-se o impedimento do conselheiro em relação à autoridade judiciária e ao representante 
do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, 
foro regional ou distrital. 
Acesso à Justiça – regras gerais 
O ECA assegura a isenção de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. 
REPRESENTAÇÃO x ASSISTÊNCIA: 
 MENORES DE 16: representados 
 ENTRE 16 E 18 ANOS: assistidos 
RESTRIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 A regra é que atos judiciais, policiais e administrativos tramitem em caráter reservado. 
 As notícias não podem identificar crianças e adolescentes. 
 A expedição de cópia ou certidão de processo depende requerimento motivado a ser autorizado pelo Juiz. 
prioridade absoluta de tramitação 
contagem dos prazos processuais: dias corridos (≠ NCPC) 
Competência 
competência infracional: nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou 
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. 
competência cível 
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 competência territorial 
▪ do domicílio dos pais ou responsável; 
▪ do lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável; 
 competência material (em qualquer hipótese) 
• representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a 
adolescente; 
• concessão de remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo; 
• pedidos de adoção e seus incidentes; 
• ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente 
• ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis; 
• penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção à criança ou 
adolescente; 
• conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis. 
 competência material (em situação de risco) 
• pedidos de guarda e tutela. 
• ações de destituição do poder familiar, perda ou modificação da tutela ou guarda; 
• suprimento da capacidade ou o consentimento para o casamento; 
• pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao exercício do poder familiar; 
• emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais; 
• designação de curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou de outros 
procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou adolescente; 
• ações de alimentos; 
• cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de nascimento e óbito. 
PORTARIA/AUTORIZAÇÃO 
 a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em: 
• estádio, ginásio e campo desportivo; 
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• bailes ou promoções dançantes; 
• boate ou congêneres; 
• casa que explore comercialmente diversões eletrônicas; 
• estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão. 
 a participação de criança e adolescente em: 
• espetáculos públicos e seus ensaios; 
• certames de beleza. 
ADPF 
ação de destituição do poder familiar = ADPF 
requisitos da petição inicial de perda ou suspensão do poder familiar: 
 a autoridade judiciária a que for dirigida; 
 o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido, dispensada a qualificação 
em se tratando de pedido formulado por representante do Ministério Público; 
 a exposição sumária do fato e o pedido; 
 as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo, o rol de testemunhas e documentos. 
suspensão do poder familiar quando houver motivo grave: necessário ouvir previamente o Ministério Público 
 determinação de ofício para estudo social 
 citação 
• prazo: 10 dias 
• pessoal: 
• exceto se esgotados todos os meios 
** admite-se citação por hora certa 
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*** citação por edital: publicação única pelo prazo de 10 dias 
• se privado de liberdade será citado pessoalmente 
defesa técnica: 
 possibilidade de constituição 
 nomeação de dativo em hipótese de hipossuficiência 
nãocontestação: vista ao MP (5d), após, decisão judicial (5d) 
apresentada a contestação: vista ao MP (5d), após, audiência de instrução e julgamento. 
instrução e julgamento 
• oitiva das testemunhas 
• parecer técnico oral (exceto quando apresentado por escrito) 
• manifestação do requerente - 20m 
• manifestação do requerido - 20m 
• manifestação do Ministério Público (se não for parte) - 20m 
• sentença 
AAI 
AAI = apuração de ato infracional 
APREENSÃO 
 por força de ordem judicial: encaminhado à autoridade judiciária 
 em flagrante: encaminhado à autoridade policial 
no caso de flagrante por fato cometido mediante violência ou grave ameaça: 
 identificação dos responsáveis pela apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos; 
 informação à família do adolescente ou pessoa por ele indicada 
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 lavratura de auto de infração, com oitiva do adolescente e de testemunhas 
 apreensão de produtos e instrumentos, se for o caso; e 
 requisição de exames periciais para comprovação da autoria e materialidade. 
no caso de apreensão em flagrante podemos ter: 
 liberação do adolescente aos pais ou responsável mediante termo de compromisso de apresentá-lo 
perante o MP no mesmo dia ou no dia útil seguinte. 
 não liberação em caso de: 
 ato infracional grave; 
1. com repercussão social; 
2. necessário à garantia da segurança pessoal do adolescente; ou 
3. manutenção da ordem pública. 
não liberado, será encaminhado ao MP (“desde logo” – prazo de 24 horas) 
liberado, o auto de apreensão ou boletim de ocorrência são encaminhados ao MP. 
a apresentação perante o MP ocorre tanto no caso de liberação (por intermédio de termo de compromisso 
do responsável) ou em não-liberação (pela autoridade policial). 
oitiva informação perante o MP: 
 arquivar autos 
 conceder remissão 
 representar para apuração de ato infracional 
necessidade de homologação 
se o juiz concordar, o procedimento será arquivado e, no caso de remissão, determina-se o cumprimento da 
medida (remissão com exclusão do processo). 
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se o juiz não concordar encaminha ao Procurador-Geral de Justiça, que: 
1. oferecerá a representação; 
2. designará outro MP para apresentar a representação; ou 
3. insistir no arquivamento, hipótese em que o juiz está vinculado. 
REPRESENTAÇÃO 
 finalidade: aplicação da medida socioeducativa 
 deve constar da representação: 
• resumo dos fatos; 
• classificação do ato infracional; 
• rol de testemunha se for o caso (pode ser requerido oralmente na audiência de apresentação) 
 não depende de prova pré-constituída da autoria e materialidade. 
AUDIÊNCIA DE APRESENTAÇÃO: a autoridade judicial, a depender de requerimento da autoridade 
ministerial, poderá: 
 receber a representação de designar audiência de representação; 
 receber a representação, designar audiência de representação e indeferir requerimento de internação 
provisória; 
 receber a representação, designar a audiência e determinar ou manter a internação provisória do 
adolescente. 
* máximo da internação provisória: 45 dias 
AUDIÊNCIA DE APRESENTAÇÃO 
 oitiva do adolescente, pais ou responsável; 
 na hipótese de fato grave (que possa justificar aplicação de medida socioeducativa privativa de liberdade), 
é obrigatória a defesa técnica. 
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* nesse caso, não comparecendo o adolescente com advogado, os autos serão encaminhados à defensoria 
ou haverá nomeação de defensor dativo (audiência em continuação) 
 indicação de testemunha pelo advogado: 3 dias antes da audiência. 
 possibilidade de ofertar a remissão com suspensão do processo (até a sentença). 
 oitiva de testemunha 
 produção de provas técnica 
SENTENÇA 
 não será aplicada a medida socioeducativa 
• estar provada a inexistência do fato; 
• não haver prova da existência do fato; 
• não constituir o fato ato infracional; 
• não existir prova de ter o adolescente concorrido para o ato infracional.] 
 intimação da sentença no caso de aplicação de medida restritiva de liberdade: 
• ao adolescente e ao defensor; 
• não encontrado o adolescente, aos pais e ao defensor. 
• intimação da sentença na aplicação de medida de meio aberto: apenas do defensor 
Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a 
Dignidade Sexual de Criança e de Adolescente 
acrescentado ao ECA pela Lei 13.441/2017 
finalidade: investigação de crimes contra a dignidade sexual de criança e de adolescente 
instrumento de investigação: infiltração de agente de polícia 
requerimento do MP ou representação do delegado de polícia, discriminando as atividades 
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 necessidade de prévia oitiva do MP quando decorrente de representação. 
 autorização judicial (circunstanciada e fundamentada) 
prazo 90 dias sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não exceda a 720 dias e seja 
demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial. 
relatórios parciais a requerimento do MP ou do juiz 
somente será admitida se a prova não puder ser obtida por outros meios 
procedimento tramitará em sigilo (acesso pelo juiz, MP e delegado responsável pelas investigações) 
concluída a investigação as informações apuradas serão registradas, gravadas, armazenadas e encaminhadas 
ao MP por relatório. 
Habilitação de Pretendentes à Adoção 
apresentação da petição inicial com os requisitos do art. 197, do ECA 
equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e Juventude pelo estudo social (estudo psicossocial) 
– aferir a capacidade e preparo dos postulantes 
participação em programa da Justiça da Infância para preparação para a adoção (poderá incluir contato com 
crianças e adolescentes em regime familiar) 
requerimentos do MP 
decisão do juiz acerca dos requerimentos no prazo de 48 horas 
juntada do estudo social 
remessa ao MP (prazo de 5 dias) 
decisão judicial (prazo de 5 dias) 
deferida a habilitação os postulantes ficam inscritos no cadastro para adoção 
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deve ser renovada: 
• a cada três anos (trienalmente) na fila; 
• a cada três recusas injustificadas de adoção. 
prazo máximo: 120 dias 
Recursos 
Observa o NCPC subsidiariamente; 
não há preparo; 
prazos recursais: 10 dias 
* exceto embargos de declaração, cujo prazo é de 5 dias 
preferência de julgamento 
dispensa revisor 
em caso de recurso, admite-se análise fundamentada de retratação; 
em caso de não retratação, remessa dos autos no prazo de 24 horas 
da sentença de adoção cabe recurso com efeito meramente devolutivo, exceto: 
• adoção internacional 
• perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao adotando. 
da sentença de destituição do poder familiar cabe recurso com efeito meramente devolutivo 
da sentença infracional cabe recurso pode ser concedido efeito meramente devolutivo (caráter pedagógico 
da medida) 
o relator deve colocar o processo em mesa para julgamento no prazo de 60 dias a contar da conclusão 
Ministério Público 
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conceder a remissão (exclusão do processo) 
promover e acompanhar os procedimentos infracionais 
promover e acompanhar as ações de alimentos e os procedimentos de suspensão e destituição do poder 
familiar, nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiães, bem como oficiar em todos os demais 
procedimentos da competência da Justiça da Infância e da Juventude; 
promover o inquérito civil e a ação civil pública 
instaurar procedimentos administrativos; 
instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e determinar a instauração de inquérito 
zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias 
impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas corpus 
representar visando à aplicação de penalidade por infrações cometidas contra as normas do ECA 
inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas; 
requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médicos, hospitalares, educacionais e de 
assistência social, públicos ou privados, para o desempenho de suas atribuições 
* as atribuições expressamente previstas não excluem outras compatíveis com a finalidade do MP. 
* intimação do MP é sempre pessoal 
Crimes do ECA 
Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de 
manter registro das atividades desenvolvidas, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por 
ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do 
desenvolvimento do neonato. 
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Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar 
corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames 
prescritos. 
Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de 
ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente. 
* inclui apreensão ilegal. 
Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata 
comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. 
Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento. 
Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou 
adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão. 
Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade. 
Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do 
Ministério Público no exercício de função prevista no ECA. 
Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, 
com o fim de colocação em lar substituto. 
Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. 
Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com 
inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro. 
Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou 
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente. 
* inclui quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança 
ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. 
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Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou 
pornográfica envolvendo criança ou adolescente. 
Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por 
meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo 
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. 
* inclui quem assegurar meios e serviços para o armazenamento de fotografias, cenas ou imagens, se após 
notificado deixar de desabilitar o acesso. 
* inclui quem assegurar o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens, se após 
notificado deixar de desabilitar o acesso. 
Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que 
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. 
Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às autoridades competentes a 
ocorrência do ilícito quando comunicado por agente público (no exercício das funções), membro de entidade 
representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede 
de computadores. 
Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de 
adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação 
visual. 
Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela 
praticar ato libidinoso. 
* inclui quem facilitar ou induzir o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou 
pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso e quem praticar a conduta com o fim de induzir 
criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita. 
Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, 
munição ou explosivo. 
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Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a 
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar 
dependência física ou psíquica. 
Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos 
de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar 
qualquer dano físico em caso de utilização indevida. 
Submeter criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual. 
* Inclui o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou 
adolescente. 
* Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do 
estabelecimento. 
Corromper ou facilitar a corrupção de menor anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a 
praticá-la. 
* Inclui quem utilizar meios eletrônicos e salas de bate-papo da internet. 
Infrações Administrativas 
Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino 
fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha 
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente. 
Impedir o responsável ou funcionário de entidade de atendimento o exercício de direitos dos adolescentes 
privados de liberdade. 
Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou 
documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se 
atribua ato infracional. 
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* inclui quem exibir total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, 
ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir 
sua identificação, direta ou indiretamente. 
Deixar de apresentar à autoridade judiciária de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de regularizar 
a guarda, adolescente trazido de outra comarca para a prestação de serviço doméstico, mesmo que 
autorizado pelos pais ou responsável. 
Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou 
guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar. 
Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita 
desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere. 
Transportar criança ou adolescente, por qualquer meio, com inobservância das regras relativas à autorização 
para viajar. 
Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada 
do local de exibição, informação destacada sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa etária 
especificada no certificado de classificação. 
Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou espetáculos, sem indicar os limites de idade 
a que não se recomendem. 
Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua 
classificação. 
Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão competente como inadequado às 
crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo. 
Vender ou locar a criança ou adolescente fita de programação em vídeo, em desacordo com a classificação 
atribuída pelo órgão competente. 
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Revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil com ilustrações, fotografias, legendas, crônicas 
ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições, ou sem respeitar os valores éticos e sociais da 
pessoa e da família. 
Vedação à entrada de crianças e adolescentes em estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, 
sinuca ou congênere ou por casas de jogos. 
Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário de observar o que dispõe o ECA sobre o acesso 
de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua participação no espetáculo. 
Deixar a autoridade competente de providenciar a instalação e operacionalização dos cadastros de crianças 
e adolescente em condições de adoção e em acolhimento institucional na comarca. 
* Inclui na infração quem deixar de efetuar o cadastramento de crianças e de adolescentes em condições de 
serem adotadas, de pessoas ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes em regime de 
acolhimento institucional ou familiar. 
Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar 
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de que tenha conhecimento de mãe ou gestante 
interessada em entregar seu filho para adoção. 
* Inclui o funcionário de programa oficial ou comunitário destinado à garantia do direito à convivência 
familiar que deixa de efetuar a comunicação. 
Vender bebida alcoólica a criança ou adolescente. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final da nossa aula e ao final do nosso curso. 
Espero que vocês tenham gostado do material. 
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum, na área do aluno. 
 
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Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno 
Um forte abraço e bons estudos a todos! 
Ricardo Torques 
 
 
 
 
 
 
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