Estudos Dirigidos_ Metodologia de Pesquisa Prof Carla

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
ESTUDO DIRIGIDO: METODOLOGIA DE PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL
Prof. Carla Marcelino
Este roteiro de estudos dirigido, apresenta as principais ideias trabalhadas nas aulas, mas isto não significa que este deve seu ser o único material a ser estudado para as provas, também é preciso assistir às vídeo-aulas e ler o material para impressão. 
Vamos lá!
· De acordo com a Aula 1, a ciência produz não verdades absolutas. O conhecimento científico precisa ser analisado a partir do contexto, local e tempo em que foi produzido, pois nem sempre será generalizável; as mudanças sociais podem ao longo do tempo torná-lo obsoleto, as hipóteses podem alterar-se quando elementos que faziam parte daquele contexto também são alterados. O que é verdade em um contexto pode não ser em outro. O conhecimento científico também está sujeito a erros e manipulações. 
· Na Aula 2, vimos sobre a importância da pesquisa bibliográfica, tanto como única metodologia de desenvolvimento de um trabalho, quanto como suporte para outras metodologias. Levantar trabalhos já desenvolvidos na área; aprender mais sobre o tema que se quer pesquisar; conhecer as diferentes abordagens acerca do tema; ter subsídios teóricos para analisar os resultados da pesquisa, confirmando ou refutando a hipótese.
· Os três tipos de documentos que podem servir como fonte de pesquisa em pesquisas documentais, são: documentos institucionais, tais como prontuários, planos, projetos, dentre outros; documentos pessoais, tais como cartas e diários; fotos, vídeos, filmes, quadros e obras de arte, boletins, panfletos, jornais, santinhos de candidatos, dados estatísticos de sistemas públicos. 
· Na Aula 2, viu-se que é importante mapear todo material já publicado sobre o tema e o objeto que se pretende pesquisar, visando a saber o que já foi produzido na área e quais as lacunas existentes. Neste quesito, citou-se que uma eficaz forma de selecionar materiais sem ter que ler a obra inteira é ler a introdução.
· Na introdução de qualquer material teremos o extrato do projeto de pesquisa, incluindo-se tema, recorte e objeto, objetivos, métodos utilizados e prévia dos resultados, além de estar ali relatada a forma como o material se organiza, o que contém em cada seção, propiciando assim ao pesquisador aferir se de fato aquele material interessa a sua pesquisa ou não. 
· As fichas são compostas, minimamente, por cabeçalho, referências bibliográficas e texto. 
· No resumo são apresentadas apenas as ideias principais do texto, atendo-se exclusivamente ao conteúdo deste, mediante fidelidade as ideias originais do autor. Já a resenha, além do resumo texto, o pesquisador poderá emitir sua opinião crítica acerca do texto, indicando ou não este para leitura e para qual público interessa.
· A formatação é a vitrine do trabalho, é a forma como ele se apresenta ao leitor, sendo que um trabalho mau apresentado acaba prejudicando a credibilidade do trabalho, ainda que seu conteúdo esteja adequado. As normas permitem também padronizar textos, assegurando a existência de todos os elementos necessários. 
· A citação indireta é aquela em que o pesquisador faz uso das ideias originais de um autor, mas a reescreve com suas próprias palavras. Já a citação direta é quando o pesquisador utiliza as palavras escritas pelo autor do texto original, copiando uma pequena parte deste texto para justificar uma ideia. 
· O objeto de estudo das ciências sociais são as RELAÇÕES SOCIAIS, incluindo-se as relações homens x homens, homens x coisas, homens x mundo. Por se tratar de relações de comportamentos humanos, muitos objetos não podem ser quantificados, o que gera questionamentos pela comunidade científica, especialmente pelos positivistas das ciências naturais. 
· Pesquisas ativas - visam desvendar um objeto, que normalmente se constitui em um problema e propõe intervenções sobre eles; ambas contam com a participação dos sujeitos pesquisados no desenvolvimento da pesquisa. 
· No modelo clássico, as pesquisas já possuem um objeto definido, enquanto nas ativas este objeto é construído coletivamente e esta construção faz parte do processo de pesquisa; na clássica as etapas metodológicas são rígidas e claras, nas ativas as etapas se mesclam e podem até não ocorrer; nas clássicas não há envolvimento entre pesquisador e pesquisados, enquanto nas ativas os pesquisados são os protagonistas do processo; na clássica as amostras devem aferir probabilidades, na ativa ela é intencional e não há preocupação com a quantidade; as clássicas buscam conhecimento objetivo, enquanto as subjetividades são bem aceitas nas ativas; nas ativas a pesquisa deve ser útil para a resolução de um problema, nas clássicas o objetivo normalmente é apenas desvendar um fenômeno, normalmente não havendo intervenções. 
· Fontes primárias são materiais originais, com conhecimento normalmente inédito e publicado pela primeira vez pelo próprio autor. Fontes secundárias contêm trabalhos não originais, que analisam, citam, revisam, criticam ou revisam trabalhos originais. Fontes terciárias são aquelas que contém índices categorizados com ou sem resumos, que apresentam conteúdos das fontes primárias e secundárias. 
· Pesquisa documental - É a busca de dados por meio da pesquisa em documentos oficiais, pessoais, institucionais, usados como fonte de pesquisa, extraindo dados e informações, os quais são analisando-os à luz dos referenciais teóricos, no intuito de explorar, explicar ou descrever um determinado fenômeno. 
· Pesquisa ex post facto, a qual é bastante usada nas ciências sociais para pesquisas de grandes escalas, abrangendo universos amplos. Pesquisa realizada depois de um fato ocorrido, sobre o qual o pesquisador não teve controle ou influência, com o intuito de estudar os motivos ou, principalmente, as consequências da ocorrência deste fato sobre um grupo de pessoas, uma comunidade inteira, uma cidade, um país ou até mesmo um fenômeno global, a exemplo de efeitos de crises econômicas, golpes políticos, instalação ou saída de uma empresa de um local, dentre outros. 
· Na pesquisa experimental o pesquisador realiza o seu experimento, em laboratório, campo ou ambiente natural, observando os fatos enquanto ele ocorre, podendo inclusive manipular as variáveis para analisar as consequências de determinadas alterações no resultado final do fenômeno. Já na pesquisa ex post facto, o fenômeno pesquisado não aconteceu de forma provocada ou intencional pelo pesquisador, o qual não pode interferir nele, pois este já ocorreu de forma natural ou espontânea, cabendo pesquisar os efeitos do fato acontecido. 
· De acordo com Lakatos e Marconi (1994) as fichas são imprescindíveis aos processos de elaboração de revisão bibliográfica, visto que elas permitem: identificar as obras, conhecer seu conteúdo, fazer citações, analisar o material e elaborar críticas. De posse das diversas fichas dos materiais selecionados, o pesquisador poderá extrair delas as ideias centrais de cada obra, confrontá-las entre si, complementá-las, reforçar ideias e assim elaborar a redação do seu trabalho científico. 
· A observação permite captar as expressões não verbais, comportamentos, atitudes, opiniões, posturas, rotinas e compreender os significados deles no cotidiano dos sujeitos pesquisados, de forma espontânea. 
· O método da entrevista - É uma interação face a face entre o pesquisador e o sujeito pesquisado, no qual o primeiro estimula o segundo a responder direta ou indiretamente indagações e que permite captar, além de dados, subjetividades, significados e comportamentos, tais como o que as pessoas desejam, no que elas creem, o que elas sabem sobre determinado fato, motivos, o que fazia, fazem ou irão fazer diante de determinada situação
· Nas entrevistas haverá sempre a interação social entre pesquisador e pesquisado, sendo que o pesquisador, mesmo quando tratar-se de uma entrevista estruturada, irá fazer as perguntas ao entrevistar. Já os questionários e surveys são respondidos por
escrito diretamente pelo pesquisado, seja em papel ou meios eletrônicos, não havendo a interação com o entrevistador. 
· O levantamento é composto das seguintes fases: definição de objetivos, operacionalização dos conceitos e variáveis, elaboração de instrumento, pré-teste, amostra, coleta e verificação de dados, análise e interpretação de dados, apresentação de resultados. 
· A análise de conteúdo é uma técnica predominantemente quantitativa que visa a analisar as frequências do uso de termos e palavras em textos escritos ou filmes, buscando analisar, qualitativamente, o significado do uso destes termos nos textos escritos. Já a análise de discurso, diferentemente da análise de conteúdo, visa a captar valores, funções, sentidos e práticas sociais a partir da escrita ou da fala registrada de um sujeito ou um grupo deles, caracterizando-se uma análise puramente qualitativa dos significados dos discursos. 
· Na Aula 5 foram apresentadas dicas e orientações quanto à linguagem a ser utilizada na redação de trabalhos acadêmicos e científicos, quando se citou que os textos devem ter clareza, concisão e impessoalidade. CLAREZA: objetividade, sem rodeios, sem palavras difíceis, se rebuscados. CONCISÃO: assertivo, sem repetições, sem dubiedade, sem ambiguidade. IMPESSOALIDADE: sem juízos de valor, sem opiniões pessoais pautadas no senso comum; devem conter opiniões fundamentadas e quando o autor der sua opinião, deve dizer que o está fazendo. 
· Na introdução o autor deve relatar do que se trata o trabalho (tema e recorte de tema), informar qual é o problema que se pretende responder, a justificativa e os objetivos do trabalho. Ademais, a introdução também deve apresentar ao leitor cada parte do texto, para que ele saiba do que será tratado em cada seção. Ao finalizar a leitura da introdução, o leitor deve estar totalmente informado sobre do que se trata o trabalho e qual o caminho percorrido para tratar do assunto.
· Na sociologia compreensiva o indivíduo tem lugar central, é considerado um AGENTE SOCIAL e a sociedade é o produto destas ações sociais. Antagonicamente, no materialismo, não há preocupação no estudo do indivíduo, pois este é determinado pela sociedade exterior a ele e esta sociedade é que determina o seu comportamento. “Não a consciência que determina o ser social, mas inversamente, é o ser social que determina a consciência”. No materialismo, o único agente reconhecido é coletivo: a classe social. 
· As pesquisas funcionam em espiral porque a cada ação executada há uma avaliação e divulgação dos resultados, podendo voltar ao seu início caso perceba-se que os problemas ou dificuldades não foram superados, ou que novos problemas surgiram e precisam ser enfrentados. 
· Uma resenha é composta das seguintes partes: dados bibliográficos breve biografia do autor do texto criticado, que permita situar o leitor sobre quem é o autor dentro da comunidade científica, resumo da obra apontando as ideais centrais, não esquecendo de apontar a metodologia usada e a que conclusões o autor chega ao final da obra. Ao final integram os comentários do autor da resenha, nos quais este pode emitir sua opinião sobre a obra, indicando o público-alvo dela e sua relevância no cenário acadêmico. 
· Existem alguns tipos diferentes de artigos, mas todos eles possuem mais ou menos as mesmas características: não podem ser muito extensos, comumente possuem entre quinze e 25 (vinte e cinco) páginas; no que se referem a estrutura, esta varia de acordo com o objetivo, mas todos apresentam minimamente o esquema: título e subtítulo, autor, credenciais do autor e suas atividades (estas em rodapé); resumo e palavras-chave; corpo do artigo composto de introdução, desenvolvimento e considerações finais, sendo que o desenvolvimento comumente se estrutura em material, método, resultados e análises dos resultados; bibliografias consultadas e apêndices, quando for o caso. 
· A observação consiste somente em olhar atentamente, sem roteiros, anotações ou fichas de registro. Sistemática: o pesquisador possui um roteiro a cumprir, devendo observar fatos específicos e suas frequências. 
· No Tema 4 da Aula 4 vimos sobre a questão da amostragem nas pesquisas delineadas como levantamento Universo ou população: é o conjunto total dos elementos que possuem características comuns e que se quer pesquisar. A exemplo: todos os alunos de uma escola, todas as famílias atendidas num determinado CRAS – Centro de Referência de Assistência Social. Amostra: é o subconjunto destes elementos de um universo, selecionado mediante critérios, que estimam as características do todo. Pesquisando a amostra, pressupõe-se ser possível aferir a posição do todo.
· A partir das memórias pessoais dos sujeitos entrevistados e dos significados que estes dão a estas memórias. As histórias são contadas a partir da forma como o sujeito vivenciou ou testemunhou ela, em como ele viveu esta experiência, não descolando-a do contexto em que ela ocorreu, cabendo ao pesquisador interpretar o conteúdo de tais vivências relatadas. 
· Um estudo de caso visa a explorar uma situação singular, contextualizando-a ao seu tempo e lugar, levantando o maior número de informações possíveis que possam ajudar a explicar e interpretar tal situação, buscando aprofundar conhecimento sobre o fato, vendo nele o que é generalizável e influenciado pelo externo e o que é particular daquela situação.
· Alguns autores defendem que a conclusão deva ser chamada de CONSIDERAÇÕES FINAIS, visto que um trabalho nunca é conclusivo, ele sempre pode ser superado, melhorado, ou ainda, outros pesquisadores podem chegar a outras conclusões a partir do mesmo conhecimento construído. O termo considerações finais reconhece esta limitação do trabalho e que este não produziu uma verdade absoluta e acabada. 
· Debate entre os principais autores que discutem o tema, apresentando as diferentes posições acerca dele, oferecendo ao leitor um panorama de conceitos e opiniões sobre o assunto. Apesar de ser importante o autor apresentar as diversas opiniões, é fundamental que se posicione sobre qual das linhas ou correntes irá seguir. 
· Apresentação e interpretação dos dados: parte na qual o autor apresenta seus dados já sistematizados, demonstrando os principais resultados, fazendo a interpretação deste à luz das teorias usadas na revisão bibliográfica. Nunca deverá ser apenas apresentação de dados, visto que a análise destes precisa estar fundamentada e buscar confirmar ou refutar a hipótese de pesquisa. É o momento em que os dados ganham significados. 
Bons Estudos e Boa prova. 
Att, 
Tutoria Central.