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Língua Portuguesa – Profª Fabiana CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO “Enquanto o homem e a mulher não se reconhecerem como semelhantes, enquanto não se respeitarem como pessoas em que, do ponto de vista social, política e econômico, não há a menor diferença, os seres humanos estarão condenados a não verem o que têm de melhor: a sua liberdade.” Simone de Beauvoir CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO Desde a Antiguidade até o final do século XVII, a mulher era considerada imperfeita por natureza. O "modelo do sexo único", descrito minuciosamente por Thomas Laqueur e dominante até a Revolução Francesa, situava a mulher num degrau abaixo do homem na hierarquia social. A luta inicial das mulheres pela igualdade de direitos nasce pela afirmação das diferenças dando início a uma ambivalência (igualdade versus diferença) que acompanha toda a trajetória do(s) feminismo(s) e fundamenta a ideia de identidade do sujeito feminino. O direito de votar foi uma das primeiras reivindicações das feministas denominadas sufragistas que, embora excluídas da esfera pública sob domínio masculino, buscavam participar desta por meio do voto. Não podemos deixar de citar a importância do(s) movimento(s) feminista(s) na conquista dos direitos da mulher. CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO As transformações sociais ocorridas nas últimas décadas, desencadearam também profundas mudanças e redefinição do papel da mulher na sociedade moderna. CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO Na sociedade moderna, a mulher está cada vez mais conquistando seu espaço no ambiente profissional e participando das mudanças ocorridas na contemporaneidade. Aos poucos as habilidades e características femininas começam a ser valorizadas pela sociedade, deixando a mulher, aos poucos de ser uma mera coadjuvante em determinados segmentos sociais e profissionais, possibilitando cada vez mais o seu acesso às posições estratégicas em suas profissões. CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO Em relação ao trabalho, tais mudanças são ainda mais visíveis. Isto porque com o processo de reestruturação produtiva e com o crescente número de mulheres no mercado de trabalho, a mão-de-obra feminina tem sido cada vez mais aceita e solicitada. Contudo, este contingente feminino ainda tem sido sujeito a algumas limitações, ou tem sofrido dificuldades quanto ao seu acesso a cargos que exigem maior qualificação ou que oferecem maiores possibilidades de ascensão na carreira, especialmente no que se refere a dinâmica de conciliação das demandas familiar e profissional. CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO Outro ponto importante a salientar é que as mulheres ainda ocupam menos cargos de poder e prestígio e continuam a ser vistas como as principais responsáveis pela casa e pela família. CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO O QUE É EMPODERAMENTO? CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO O conceito de empoderamento surgiu com os movimentos de direitos civis nos Estados Unidos nos anos setenta. feministas vinculadas à discussão sobre Mulher Em âmbito internacional o conceito foi incorporado por e Desenvolvimento (Women in Development - WID) No documento da terceira conferência sobre a mulher na ONU, realizada em Nairobi, em 1985, o conceito de empoderamento aparece como uma estratégia conquistada por mulheres do Terceiro Mundo para mudar as próprias vidas, ao mesmo tempo em que isso gera um processo de transformação social. CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO O Documento “Empoderamento das Mulheres - Avaliação das Disparidades Globais de Gênero” (FEM, 2005) definiu cinco dimensões importantes para o empoderamento das mulheres 1. Participação econômica 2. Oportunidade econômica 3. Empoderamento político 4. Avanço educacional 5. Saúde e bem-estar CIDADANIA FEMININA E EMPODERAMENTO O movimento de mulheres tem constatado a enorme distância entre os direitos formais e o exercício efetivo destes direitos, ou seja, a implementação dos mesmos A luta por direitos não se limita à conquistas legais, mas inclui fortemente a invenção e criação de novos direitos que emergem das lutas específicas. Ao lutarmos por direitos exercemos nossa cidadania, passamos a ser sujeitos políticos “...aprendi a exigir os meus direitos na sociedade (...) aprendi a ter direito ao conhecimento e ir atrás do que é meu; nós mesmas é que devemos lutar por nossos direitos!” (MMTR)
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