Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 1 SUMÁRIO Lei 5.970, de 11.12.1973 ....................................................................................................................................... 5 Exclui da aplicação do disposto nos arts. 6º, inc. I, 64 e 169, do Código de Processo Penal, os casos de acidente de trânsito, e dá outras providências. Lei 6.174, de 09.12.1974 ....................................................................................................................................... 5 Dispõe sobre a aplicação do disposto nos arts. 12, alínea “a” e 339 do Código de Processo Penal Militar, nos casos de acidente de trânsito, e dá outras providências. Lei 7.408, de 25.11.1985 ....................................................................................................................................... 6 Permite a tolerância de 5% na pesagem de carga em veículos de transporte. Lei 8.176, de 08.02.1991 ....................................................................................................................................... 6 Define crimes contra a ordem econômica e cria o Sistema de Estoques de Combustíveis. Lei 9.873, de 23.11.1999 ....................................................................................................................................... 7 Estabelece o prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e indireta e dá outras providências. Lei 11.988, de 27.07.2009 ..................................................................................................................................... 8 Cria a Semana de Educação para a Vida, nas escolas públicas de ensino fundamental e médio de todo o país e dá outras providências. Lei 12.009, de 29.07.2009 ..................................................................................................................................... 8 Regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, altera a Lei 9.503, de 23.09.1997, para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-frete –, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências. Lei 12.302, de 02.08.2010 ................................................................................................................................... 10 Regulamenta o exercício da profissão de Instrutor de Trânsito. Ordeli Savedra Gomes 2 Lei 12.468, de 26.08.2011 .................................................................................................................................. 11 Regulamenta a atividade de taxista. Lei 12.977, de 20.05.2014 .................................................................................................................................. 11 Regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos automotores terrestres; altera o art. 126 da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro – CTB; e dá outras providências. Lei 13.614, de 11.01.2018 .................................................................................................................................. 14 Cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e acrescenta dispositivo à Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre regime de metas de redução de índice de mortos no trânsito por grupos de habitantes e de índice de mortos no trânsito por grupos de veículos. Lei 13.804, de 10.01.2019 .................................................................................................................................. 16 Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao contrabando, ao descaminho, ao furto, ao roubo e à receptação; altera as Leis 9.503, de 23.09.1997 (CTB) e 6.437, de 20.08.1977. Decreto 96.044, de 18.05.1988 .......................................................................................................................... 17 Aprova o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos, e dá outras providências. Decreto 1.787, de 12.01.1996 ............................................................................................................................ 24 Dispõe sobre a utilização de gás natural para fins automotivos, e dá outras providências. Decreto 2.613, de 03.06.1998 ............................................................................................................................ 25 Regulamenta o art. 4º da Lei 9.602, de 21.01.1998, que trata do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito – FUNSET, e dá outras providências. Decreto 2.867, de 08.12.1998 ............................................................................................................................ 26 Dispõe sobre a repartição de recursos provenientes do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT. Convenção sobre Trânsito Viário de Viena .......................................................................................................... 27 Acordo sobre a Regulamentação Básica Unificada de Trânsito .......................................................................... 58 Permissão Internacional para Dirigir .................................................................................................................... 66 Definições de Tipos de Acidentes de Trânsito ..................................................................................................... 67 Índice das Resoluções anteriores ao CTB ........................................................................................................... 69 Índice das Resoluções do CTB ............................................................................................................................ 77 Resolução 24, de 15.09.2009, do CETRAN/RS .................................................................................................. 629 Dispõe sobre a integração dos municípios ao Sistema Nacional de Trânsito, seus pré-requisitos e a forma de comprovação. Resolução 27, de 20.10.2009, do CETRAN/RS .................................................................................................. 630 Dispõe sobre a Certificação de Conformidade dos municípios para fins de integração junto ao Sistema Nacional de Trânsito. Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 3 Resolução 36, de 22.03.2011, do CETRAN/RS .................................................................................................. 631 Dispõe sobre a uniformização da aplicação da prescrição das infrações de trânsito e da suspensão e da cassação do direito de dirigir. Resolução 37, de 29.03.2011, do CETRAN/RS .................................................................................................. 632 Dispõe sobre a emissão de Documento de Circulação Provisório de Porte Obrigatório – DCPPO, na circunscrição do Estado do Rio Grande do Sul. Resolução 50, de 13.12.2011, do CETRAN/RS .................................................................................................. 633 Habilitação de Estrangeiros. Resolução 53, de 31.01.2012, do CETRAN/RS .................................................................................................. 634 Enquadramento da infração de trânsito – CRLV e CNH plastificada. Resolução 75, de 26.02.2013, do CETRAN/RS .................................................................................................. 635 Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalizaçãodo consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei 9.503, de 23.09.1997 – CTB, em complementação à Resolução 432/2013 do CONTRAN e dá outras providências. Resolução 93, de 30.09.2014, do CETRAN/RS .................................................................................................. 641 Define procedimentos acerca do recebimento de informações pelo Detran/RS sobre condutores de veículos automotores em benefício de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, concedido por órgãos previdenciários ou pelos municípios com regime próprio de previdência, sobre a fiscalização de trânsito nas situações referidas e dá outras providências. Resolução 98, de 28.04.2015, do CETRAN/RS .................................................................................................. 642 Revoga a Resolução CETRAN/RS 95/2014, passando a disciplinar os procedimentos para a realização de Inspeção Técnica realizada pelo CETRAN junto aos órgãos de Trânsito, e dá outras providências. Resolução 115, de 25.07.2017, do CETRAN/RS ................................................................................................ 644 Dispõe sobre o estacionamento rotativo pago nas vias municipais do RS. Resolução 124, de 04.12.2018, do CETRAN/RS ................................................................................................ 645 Regulamenta o uso do Selo Gás Natural Veicular – GNV em veículos automotores com sistemas de Gás Natural Veicular e dá outras providências. Índice das Portarias ........................................................................................................................................... 647 Índice das Infrações Referentes ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos ............................................ 683 Ordeli Savedra Gomes 4 Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 5 LEIS LEI 5.970, DE 11.12.1973 Exclui da aplicação do disposto nos arts. 6º, inc. I, 64 e 169, do Código de Processo Penal, os casos de aciden- te de trânsito, e dá outras providências. O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independen- temente de exame do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego. Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade. Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 11 de dezembro de 1973. Emílio G. Médici LEI 6.174, DE 09.12.1974 Dispõe sobre a aplicação do disposto nos arts. 12, alí- nea “a” e 339 do Código de Processo Penal Militar, nos casos de acidente de trânsito, e dá outras provi- dências. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. O disposto nos arts. 12, alínea “a”, e 339, do Código de Processo Penal Militar, nos casos de acidente de trânsito, não impede que a autoridade ou agente policial possa outorgar, independente de exame local a imediata remoção das vítimas, como dos veículos envolvidos nele, se estiverem no leito da via pública e com prejuízo de trânsito. Parágrafo único. A autoridade ou agente po- licial que autorizar a remoção facultada neste artigo lavrará boletim, no qual registrará a ocorrência com todas as circunstâncias necessárias à apuração de responsabilidades, e arrolará as testemunhas que a presenciarem, se as houver. Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrá- rio. Brasília, 09 de dezembro de 1974. Ernesto Geisel Ordeli Savedra Gomes 6 LEI 7.408, DE 25.11.1985 Permite a tolerância de 5% na pesagem de carga em veículos de transporte. O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Fica permitida, na pesagem de veícu- los de transporte de carga e de passageiros, a tole- rância máxima de: (Redação dada pela Lei 13.103, de 02.03.2015) I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de peso bruto total; II - 10% (dez por cento) sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfí- cie das vias públicas. Parágrafo único. Os limites de peso bruto não se aplicam aos locais não abrangidos pelo dispos- to no art. 2º da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro, incluindo-se as vias particulares sem acesso à circulação pública. Art. 2º. Somente poderá haver autuação, por ocasião da pesagem do veículo nas balanças rodoviá- rias, quando o veículo ultrapassar os limites fixados nesta Lei. Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º. Revogam-se as disposições em con- trário. Brasília, 25 de novembro de 1985. José Sarney LEI 8.176, DE 08.02.1991 Define crimes contra a ordem econômica e cria o Sis- tema de Estoques de Combustíveis. O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Constitui crime contra a ordem eco- nômica: I – adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, gás natural e suas frações recuperáveis, álcool etílico, hidratado carburante e demais combus- tíveis líquidos carburantes, em desacordo com as normas estabelecidas na forma da lei; II – usar gás liquefeito de petróleo em motores de qualquer espécie, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas, ou para fins automotivos, em desacordo com as normas estabelecidas na forma da lei. Pena: detenção de um a cinco anos. Art. 2º. Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpacão, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obriga- ções impostas pelo título autorizativo. Pena: detenção, de um a cinco anos e multa. § 1º Incorre na mesma pena aquele que, sem autorização legal, adquirir, transportar, industrializar, tiver consigo, consumir ou comercializar produtos ou matéria-prima, obtidos na forma prevista no caput deste artigo. § 2º No crime definido neste artigo, a pena de multa será fixada entre dez e trezentos e sessenta dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para a reprovação e a prevenção do crime. § 3º O dia-multa será fixado pelo juiz em valor não inferior a quatorze nem superior a duzentos Bônus do Tesouro Nacional (BTN). Art. 3º. (Vetado). Art. 4º. Fica instituído o Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis. § 1º O Poder Executivo encaminhará ao Con- gresso Nacional, dentro de cada exercício financeiro, o Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustí- veis para o exercício seguinte, do qual constarão as fontes de recursos financeiros necessários a sua manutenção. § 2º O Poder Executivo estabelecerá, no prazo de sessenta dias as normas que regulamentarão o Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis. Art. 5º. Esta lei entra em vigor cinco dias após a sua publicação. Art. 6º. Revogam-se as disposições em con- trário, em especial o art. 18 da Lei 8.137, de 27.12.1990, restaurando-se a numeração dos artigos do Dec.-lei 2.848, de 07.12.1940 Código Penal Brasileiro, alterado por aquele dispositivo. Brasília, 8 de fevereiro de 1991. Fernando Collor https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8176-1991.pdfhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art18 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art18 Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 7 LEI 9.873, DE 23.11.1999 Estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e in- direta, e dá outras providências. Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória 1.859-17, de 1999, que o Con- gresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º. Prescreve em cinco anos a ação puni- tiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração per- manente ou continuada, do dia em que tiver cessado. § 1º Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimen- to da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da parali- sação, se for o caso. § 2º Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. Art. 1º-A. Constituído definitivamente o crédi- to não tributário, após o término regular do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ação de execução da administração pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em vigor. (Incluído pela Lei 11.941, de 27.05.2009) Art. 2º. Interrompe-se a prescrição da ação punitiva: (Caput com redação alterada pela Lei 11.941, de 27.05.2009) I – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital; (Inciso alterado pela Lei 11.941, de 27.05.2009) II – por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato; III – pela decisão condenatória recorrível; IV – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. (Inciso alterado pela Lei 11.941, de 27.05.2009) Art. 2º-A. Interrompe-se o prazo prescricional da ação executória: (Artigo incluído pela Lei 11.941, de 27.05.2009) I – pelo despacho do juiz que ordenar a cita- ção em execução fiscal; II – pelo protesto judicial; III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor; V – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. Art. 3º. Suspende-se a prescrição durante a vigência: I – dos compromissos de cessação ou de de- sempenho, respectivamente, previstos nos arts. 53 e 58 da Lei 8.884, de 11.06.1994. II – do termo de compromisso de que trata o § 5º do art. 11 da Lei 6.385, de 07.12.1976, com a redação dada pela Lei 9.457, de 05.05.1997. Art. 4º. Ressalvadas as hipóteses de inter- rupção previstas no art. 2º, para as infrações ocorri- das há mais de três anos, contados do dia 1º de julho de 1998, a prescrição operará em dois anos, a partir dessa data. Art. 5º. O disposto nesta Lei não se aplica às infrações de natureza funcional e aos processos e procedimentos de natureza tributária. Art. 6º. Ficam convalidados os atos pratica- dos com base na Medida Provisória 1.859-16, de 24.09.1999. Art. 7º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º. Ficam revogados o art. 33 da Lei 6.385, de 1976, com a redação dada pela Lei 9.457, de 1997, o art. 28 da Lei 8.884, de 1994, e demais disposições em contrário, ainda que constantes de lei especial. Congresso Nacional, em 23.11.1999. Senador Antonio Carlos Magalhães Ordeli Savedra Gomes 8 LEI 11.988, DE 27.07.2009 Cria a Semana de Educação para a Vida, nas escolas públicas de ensino fundamental e médio de todo o País, e dá outras providências. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Todas as escolas de ensino funda- mental e médio da rede pública no País realizarão, em período a ser determinado pelas Secretarias Estadu- ais de Educação, a atividade denominada Semana de Educação para a Vida. Art. 2º. A atividade escolar aludida no art. 1º desta Lei terá duração de 1 (uma) semana e objetiva- rá ministrar conhecimentos relativos a matérias não constantes do currículo obrigatório, tais como: ecologia e meio ambiente, educação para o trânsito, sexualidade, prevenção contra doenças transmissí- veis, direito do consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, etc. Art. 3º. A Semana de Educação para a Vida fará parte, anualmente, do Calendário Escolar e deve- rá ser aberta para a participação dos pais de alunos e da comunidade em geral. Art. 4º. As matérias, durante a Semana de Educação para a Vida, poderão ser ministradas sob a forma de seminários, palestras, exposições-visita, projeções de slides, filmes ou qualquer outra forma não convencional. Parágrafo único. Os convidados pelas Secre- tarias Estaduais de Educação para ministrar as matérias da Semana de Educação para a Vida deve- rão possuir comprovado nível de conhecimento sobre os assuntos a serem abordados. Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 27 julho de 2009. Luiz Inácio Lula da Silva LEI 12.009, DE 29.07.2009 Regulamenta o exercício das atividades dos profissio- nais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, altera a Lei 9.503, de 23.09.1997, para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-fre- te –, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Esta Lei regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transportes de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercado- rias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, dispõe sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – moto- frete –, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências. Art. 2º. Para o exercício das atividades pre- vistas no art. 1º, é necessário: I – ter completado 21 (vinte e um) anos; II – possuir habilitação, por pelo menos 2 (dois) anos, na categoria; III – ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN; IV – estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos da regulamentação do CONTRAN. Parágrafo único. Do profissional de serviço comunitário de rua serão exigidos ainda os seguintes documentos: I – carteira de identidade; II – título de eleitor; III – cédula de identificação do contribuinte – CIC; IV – atestado de residência; V – certidões negativas das varas criminais; VI – identificação da motocicleta utilizada em serviço. Art. 3º. São atividades específicas dos profis- sionais de que trata o art. 1º: Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 9 I – transporte de mercadorias de volume compatível com a capacidade do veículo; II – transporte de passageiros. Parágrafo único. (VETADO) Art. 4º. A Lei 9.503, de 23.09.1997, passa a vigorar acrescida do seguinte CapítuloXIII-A: “CAPÍTULO XIII-A DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE “Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: I – registro como veículo da categoria de aluguel; II – instalação de protetor de motor mata- cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN; III – instalação de aparador de linha antena cor- ta-pipas, nos termos de regulamentação do CONTRAN; IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança. § 1º A instalação ou incorporação de disposi- tivos para transporte de cargas deve estar de acordo com a regulamentação do CONTRAN. § 2º É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos termos de regulamentação do CONTRAN. Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a competência municipal ou estadual de aplicar as exigências previstas em seus regulamen- tos para as atividades de moto-frete no âmbito de suas circunscrições.” Art. 5º. O art. 244 da Lei 9.503, de 23.09.1997, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 244. (...) (...) VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do art. 139-A desta Lei; IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas: Infração – grave; Penalidade – multa; Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização. § 1º (...) (...)” (NR) Art. 6º. A pessoa natural ou jurídica que em- pregar ou firmar contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete é responsável solidária por danos cíveis advindos do descumprimento das normas relativas ao exercício da atividade, previs- tas no art. 139-A da Lei 9.503, de 23.09.1997, e ao exercício da profissão, previstas no art. 2º desta Lei. Art. 7º. Constitui infração a esta Lei: I – empregar ou manter contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete inabilitado legalmente; II – fornecer ou admitir o uso de motocicleta ou motoneta para o transporte remunerado de mer- cadorias, que esteja em desconformidade com as exigências legais. Parágrafo único. Responde pelas infrações previstas neste artigo o empregador ou aquele que contrata serviço continuado de moto-frete, sujeitan- do-se à sanção relativa à segurança do trabalho prevista no art. 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1 o de maio de 1943. Art. 8º. Os condutores que atuam na presta- ção do serviço de moto-frete, assim como os veícu- los empregados nessa atividade, deverão estar adequados às exigências previstas nesta Lei no prazo de até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, contado da regulamentação pelo CONTRAN dos dispositivos previstos no art. 139-A da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, e no art. 2º desta Lei. Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de julho de 2009. Luiz Inácio Lula da Silva http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm#capituloxiiia http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm#art244viii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm#art139a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm#art201 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm#art201 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm Ordeli Savedra Gomes 10 LEI 12.302, DE 02.08.2010 Regulamenta o exercício da profissão de Instrutor de Trânsito. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Instrutor de Trânsito. Art. 2º. Considera-se instrutor de trânsito o pro- fissional responsável pela formação de condutores de veículos automotores e elétricos com registro no órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. Art. 3º. Compete ao instrutor de trânsito: I – instruir os alunos acerca dos conhecimen- tos teóricos e das habilidades necessárias à obten- ção, alteração, renovação da permissão para dirigir e da autorização para conduzir ciclomotores; II – ministrar cursos de especialização e simi- lares definidos em resoluções do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN; III – respeitar os horários preestabelecidos pa- ra as aulas e exames; IV – frequentar os cursos de aperfeiçoamento ou de reciclagem promovidos pelos órgãos executi- vos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal; V – orientar o aluno com segurança na apren- dizagem de direção veicular. Parágrafo único. O instrutor de trânsito so- mente poderá instruir candidato à habilitação para categoria igual ou inferior àquela em que esteja habilitado. (Redação dada pela Lei 13.863, de 02.08.2019) Art. 4º. São requisitos para o exercício da ati- vidade de instrutor de trânsito: I – ter, no mínimo, 21 (vinte e um) anos de ida- de; II – ter, pelo menos, 2 (dois) anos de efetiva habilitação legal para a condução de veículo; (Reda- ção dada pela Lei 13.863, de 02.08.2019) III – não ter cometido nenhuma infração de trânsito de natureza gravíssima nos últimos 60 (sessenta) dias; IV – ter concluído o ensino médio; V – possuir certificado de curso específico re- alizado pelo órgão executivo de trânsito; VI – não ter sofrido penalidade de cassação da Carteira Nacional de Habilitação - CNH; VII – ter participado de curso de direção de- fensiva e primeiros socorros. Parágrafo único. É assegurado o direito ao exercício da profissão aos instrutores de trânsito que já estejam credenciados nos órgãos executivos de trânsito estaduais e do Distrito Federal na data de entrada em vigor desta Lei. Art. 5º. São deveres do instrutor de trânsito: I – desempenhar com zelo e presteza as ativi- dades de seu cargo; II – portar, sempre, o crachá ou carteira de identificação profissional. Parágrafo único. O crachá de que trata o in- ciso II do caput deste artigo será fornecido pelo órgão executivo de trânsito estadual ou do Distrito Federal. Art. 6º. É vedado ao instrutor de trânsito: I – realizar propaganda contrária à ética pro- fissional; II – obstar ou dificultar a fiscalização do órgão executivo de trânsito estadual ou do Distrito Fede- ral. Art. 7º. São direitos do instrutor de trânsito: I – exercer com liberdade suas prerrogati- vas; II – não ser punido sem prévia sindicância, sendo-lhe assegurado amplo direito de defesa; III – denunciar às autoridades competentes, na forma cabível à espécie, o exercício ilegal da atividade; IV – representar, perante as autoridades supe- riores, contra servidores públicos que, no desempe- nho dos cargos ou funções, praticarem atos que excedam seus deveres decorrentes da inobservância de dispositivos desta Lei; V – apresentar às autoridades responsáveis pela instituição de normas e atos legais relativos a serviços e atribuições dos instrutores de trânsito sugestões, parece- res, opiniões e críticas que visem à simplificação e ao aperfeiçoamento do sistema de trânsito. Art. 8º. As penalidades aplicadas aos instrutores de trânsito obedecerão aos ditamesprevistos na Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro. Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 02 de agosto de 2010. Luiz Inácio Lula da Silva Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 11 LEI 12.468, DE 26.08.2011 Regulamenta a profissão de taxista; altera a Lei 6.094, de 30.08.1974; e dá outras providências. A Presidenta da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Fica reconhecida, em todo o território nacional, a profissão de taxista, observados os pre- ceitos desta Lei. Art. 2º. É atividade privativa dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros. Art. 3º. A atividade profissional de que trata o art. 1º somente será exercida por profissional que atenda integralmente aos requisitos e às condições abaixo estabelecidos: I – habilitação para conduzir veículo automo- tor, em uma das categorias B, C, D ou E, assim definidas no art. 143 da Lei 9.503, de 23.09.1997; II – curso de relações humanas, direção de- fensiva, primeiros socorros, mecânica e elétrica bá- sica de veículos, promovido por entidade reconhecida pelo respectivo órgão autorizatário; III – veículo com as características exigidas pela autoridade de trânsito; IV – certificação específica para exercer a profissão, emitida pelo órgão competente da locali- dade da prestação do serviço; V – inscrição como segurado do Instituto Na- cional de Seguridade Social – INSS, ainda que exerça a profissão na condição de taxista autônomo, taxista auxiliar de condutor autônomo ou taxista locatário; e VI – Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, para o profissional taxista empregado. Art. 4º. (VETADO). Art. 5º. São deveres dos profissionais taxistas: I – atender ao cliente com presteza e polidez; II – trajar-se adequadamente para a função; III – manter o veículo em boas condições de funcionamento e higiene; IV – manter em dia a documentação do veícu- lo exigida pelas autoridades competentes; V – obedecer à Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro, bem como à legislação da localidade da prestação do serviço. Art. 6º. São direitos do profissional taxista empregado: I – piso remuneratório ajustado entre os sin- dicatos da categoria; II – aplicação, no que couber, da legislação que regula o direito trabalhista e da do regime geral da previdência social. Art. 7º. (VETADO). Art. 8º. Em Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes é obrigatório o uso de taxímetro, anualmente auferido pelo órgão metrológi- co competente, conforme legislação em vigor. Art. 9º. Os profissionais taxistas poderão constituir entidades nacionais, estaduais ou munici- pais que os representem, as quais poderão cobrar taxa de contribuição de seus associados. Parágrafo único. (VETADO). Art. 10. (VETADO). Art. 11. (VETADO). Art. 12. (VETADO). Art. 13. (VETADO). Art. 14. (VETADO). Art. 15. (VETADO). Brasília, 26 de agosto de 2011. Dilma Rousseff LEI 12.977, DE 20.05.2014 Regula e disciplina a atividade de desmontagem de veí- culos automotores terrestres; altera o art. 126 da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro – CTB; e dá outras providências. A Presidenta da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Esta Lei regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos automotores terrestres sujeitos a registro nos termos da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro. Ordeli Savedra Gomes 12 Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, entende-se por: I – desmontagem: a atividade de desmonte ou destruição de veículo, seguida da destinação das peças ou conjunto de peças usadas para reposição, sucata ou outra destinação final; e II – empresa de desmontagem: o empresário individual ou sociedade empresária que realize as atividades previstas nesta Lei. Art. 3º. A atividade de desmontagem somen- te poderá ser realizada por empresa de desmontagem registrada perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal em que atuar. Art. 4º. O funcionamento e o registro de que trata o art. 3º estão condicionados à comprovação pela empresa de desmontagem dos seguintes requi- sitos: I – dedicar-se exclusivamente às atividades reguladas por esta Lei; II – possuir unidade de desmontagem dos ve- ículos isolada, fisicamente, de qualquer outra ativida- de; III – estar regular perante o Registro Público de Empresas, inclusive quanto à nomeação dos adminis- tradores; IV – ter inscrição nos órgãos fazendários; e V – possuir alvará de funcionamento expedido pela autoridade local. § 1º O órgão de trânsito competente, no prazo de 15 (quinze) dias do protocolo do pedido, analisará o pleito e concederá ou negará o registro, especifi- cando, neste caso, os dispositivos desta Lei e das normas do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN pendentes de atendimento. § 2º Toda alteração de endereço ou abertura de nova unidade de desmontagem exige complemen- tação do registro perante o órgão de trânsito. § 3º A alteração dos administradores deverá ser comunicada, no prazo de 10 (dez) dias úteis, ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. § 4º Após a concessão do registro, o órgão executivo de trânsito expedirá documento, padroni- zado e numerado conforme as normas do CONTRAN, comprobatório do registro da unidade de desmonta- gem, que deverá ficar exposto no estabelecimento em local visível para o público. § 5º O registro terá a validade de: I – 1 (um) ano, na 1ª (primeira) vez; e II – 5 (cinco) anos, a partir da 1ª (primeira) renovação. § 6º É obrigatória a fiscalização in loco pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal antes da concessão, da complementação ou da renovação do registro, assim como a realização de fiscalizações periódicas, independentemente de co- municação prévia. § 7º Na fiscalização in loco, o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal deverá aferir, entre outros elementos, a conformidade da estrutura e das atividades de cada oficina de des- montagem com as normas do CONTRAN. Art. 5º. A atividade de desmontagem será exercida em regime de livre concorrência. Parágrafo único. É vedado aos entes públi- cos: I – fixar preços de atividades relacionadas com a desmontagem; II – limitar o número de empresas ou o núme- ro de locais em que a atividade referida no caput pode ser exercida; e III – estabelecer regra de exclusividade terri- torial. Art. 6º. A empresa de desmontagem deverá emitir a nota fiscal de entrada do veículo no ato de ingresso nas dependências da empresa. Art. 7º. O veículo somente poderá ser des- montado depois de expedida a certidão de baixa do registro, nos termos do art. 126 da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro. Parágrafo único. A certidão de baixa do re- gistro do veículo deverá ser requerida no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis do ato de ingresso nas dependências da empresa de desmontagem. Art. 8º. O veículo deverá ser totalmente des- montado ou receber modificações que o deixem to- talmente sem condições de voltar a circular no prazo de 10 (dez) dias úteis após o ingresso nas dependên- cias da unidade de desmontagem ou, conforme o caso, após a baixa do registro. § 1º A empresa de desmontagem comunicará ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no prazo de até 3 (três) dias úteis, a desmontagem ou a inutilização do veículo. § 2º A unidade de desmontagem ou, no caso de encerramento das atividadesda unidade específi- ca, a empresa de desmontagem deverá manter em arquivo, pelo prazo de 10 (dez) anos, as certidões de baixa dos veículos ali desmontados. Art. 9º. Realizada a desmontagem do veículo, a empresa de desmontagem deverá, em até 5 (cinco) dias úteis, registrar no banco de dados de que trata o art. 11 as peças ou conjuntos de peças usadas que serão destinados à reutilização, inserindo no banco de dados todas as informações cadastrais exigidas pelo CONTRAN. Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 13 Art. 10. Somente poderão ser destinadas à reposição as peças ou conjunto de peças usadas que atendam as exigências técnicas necessárias para sua reutilização, nos termos das normas do CONTRAN. § 1º As normas do CONTRAN deverão prever, entre outros elementos: I – os requisitos de segurança; II – o rol de peças ou conjunto de peças que não poderão ser destinados à reposição; III – os parâmetros e os critérios para a verifi- cação das condições da peça ou conjunto de peças usadas para fins de reutilização; e IV – a forma de rastreabilidade. § 2º As peças ou conjunto de peças que não atenderem o disposto neste artigo serão destinados a sucata ou terão outra destinação final definida no prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis da desmonta- gem do veículo do qual procedam, observadas, no que couber, as disposições do art. 17 desta Lei. § 3º É permitida a realização de reparos ou de pintura para a adequação das peças às condições de reutilização. § 4º É vedada a comercialização de qualquer tipo de peça ou conjunto de peças novas pela empre- sa de desmontagem. Art. 11. Fica criado o banco de dados nacio- nal de informações de veículos desmontados e das atividades exercidas pelos empresários individuais ou sociedades empresárias, na forma desta Lei, no qual serão registrados as peças ou conjuntos de peças usadas destinados a reposição e as partes destina- das a sucata ou outra destinação final. § 1º A implementação e a gestão do banco de dados de que trata o caput são da competência do órgão executivo de trânsito da União. § 2º Os órgãos executivos de trânsito dos Es- tados e do Distrito Federal terão participação no fornecimento de informações para o banco de dados. § 3º O acesso dos órgãos de segurança pú- blica às informações constantes do banco de dados de que trata este artigo independe de ordem judicial. § 4º O CONTRAN normatizará a implementa- ção, a gestão, a alimentação e os níveis de acesso ao banco de dados de que trata este artigo. § 5º As informações cadastrais das empresas de desmontagem e das respectivas unidades de des- montagem serão divulgadas na internet pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe- deral em que se situem oficinas de desmontagem. Art. 12. A oferta e a apresentação de peças, conjuntos de peças ou serviços que incluam, total ou parcialmente, peças oriundas de desmontagem de- vem assegurar ao adquirente informações claras e suficientes acerca da procedência e das condições do produto. Art. 13. Aquele que exercer suas atividades em desacordo com o disposto nesta Lei, no caso de condenação em processo administrativo sanciona- dor, estará sujeito à sanção administrativa de multa, na forma abaixo: I – R$ 2.000,00 (dois mil reais) para as infra- ções leves; II – R$ 4.000,00 (quatro mil reais) para infra- ções médias; e III – R$ 8.000,00 (oito mil reais) para infrações graves. § 1º Aplica-se em dobro o valor da multa em caso de reincidência na mesma infração, no prazo de 1 (um) ano. § 2º As multas aplicadas contra empresários individuais, microempresas e empresas de pequeno porte terão desconto de 50% (cinquenta por cento), não considerado para os fins do § 3º deste artigo. § 3º O acúmulo, no prazo de 1 (um) ano da primeira infração, em multas que totalizem mais de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) acarretará a suspensão da possibilidade de recebimento de novos veículos, ou de parte de veículos, para desmonte pelo prazo de 3 (três) meses na unidade de desmontagem onde praticada a infração. § 4º Qualquer nova infração durante o perío- do de suspensão do recebimento de novos veículos acarretará interdição e cassação do registro de fun- cionamento da empresa de desmontagem perante o órgão executivo de trânsito, permitido o requerimento de novo registro somente após o prazo de 2 (dois) anos. § 5º Será aplicada apenas uma multa por conduta infracional verificada na fiscalização, inde- pendentemente da quantidade de peças, conjunto de peças ou veículos envolvidos. § 6º O direito de ampla defesa e do contradi- tório contra a aplicação das sanções administrativas será exercido nos termos das normas do ente da federação respectivo. Art. 14. São infrações leves: I – a falta de comunicação ao órgão respon- sável, no prazo previsto nesta Lei, da realização de desmontagem de veículo automotor terrestre; II – a não observância do prazo para a des- montagem ou de inutilização de qualquer veículo que dê entrada na empresa de desmontagem; III – a não observância do prazo para o cadas- tro de peças e de conjunto de peças de reposição usadas e de partes destinadas a sucata no banco de dados de que trata o art. 11; Ordeli Savedra Gomes 14 IV – o cadastro deficiente, incompleto, incor- reto ou irregular de peça ou de conjunto de peças de reposição ou de partes destinadas a sucata no banco de dados previsto no art. 11; V – a falta de destinação final das partes não destinadas à reutilização do veículo no prazo estabe- lecido no § 2º do art. 10; VI – o não cumprimento, no prazo previsto nesta Lei, do disposto no § 3º do art. 4º; e VII – o descumprimento de norma desta Lei ou do CONTRAN para a qual não seja prevista sanção mais severa. Art. 15. São infrações médias: I – a não emissão imediata da nota fiscal de entrada de veículo automotor terrestre; II – a falta de certidão de baixa de veículo desmontado na unidade de desmontagem arquivada na forma do § 2º do art. 8º; e III – o exercício de outras atividades na área da oficina de desmontagem, ressalvado o disposto no inc. VI do art. 16. Art. 16. São infrações graves: I – o cadastramento, no sistema de que trata o art. 11, como destinadas à reposição, de peças ou conjunto de peças usadas que não ofereçam condições de segurança ou que não possam ser reutilizadas; II – a alienação como destinada à reposição de peça ou conjunto de peças usadas sem o cadas- tramento de que trata o art. 9º; III – a não indicação clara na alienação de que se trata de peça usada; IV – a desmontagem de veículo automotor terrestre sem a emissão da nota fiscal de entrada ou antes da expedição da certidão de baixa do registro do veículo; V – a comercialização de peça ou conjunto de peças de reposição em desacordo com o disposto no § 1º do art. 10; VI – a realização de atividades de conserto de veículos, comercialização de peças novas ou de venda de veículos usados, no tocante a veículos sujeitos a registro nos termos da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro, na área da oficina de desmontagem; VII – a violação da proibição de recebimento de novos veículos ou de partes de veículos; e VIII – a realização de desmontagem de veículo em local não registrado perante o órgão executivo de trânsito competente. Parágrafo único. Na hipótese dos incs. VII e VIII, serão também realizadas a interdição do estabe- lecimento e a apreensão do material encontrado para futura aplicação da pena de perdimento. Art. 17. O atendimento do disposto nesta Lei pelo empresário individual ou sociedade empresária não afasta a necessidade de cumprimento das nor- mas de natureza diversa aplicáveis e a sujeição às sanções decorrentes, inclusive no tocante a trata- mento de resíduos e rejeitos dos veículos desmonta-dos ou destruídos. Art. 18. O art. 126 da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar com a seguinte alteração: “Art. 126. O proprietário de veículo irrecupe- rável, ou destinado à desmontagem, deverá requerer a baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos pelo CONTRAN, vedada a remontagem do veículo so- bre o mesmo chassi de forma a manter o registro an- terior. [...]”. (NR) Art. 19. As unidades de desmontagem de ve- ículos já existentes antes da entrada em vigor desta Lei deverão adequar-se às suas disposições no prazo máximo de 3 (três) meses. Art. 20. Esta Lei entra em vigor após decorri- do 1 (um) ano da data de sua publicação oficial. Brasília, 20 de maio de 2014; 193º da Independência e 126º da República. Dilma Rousseff LEI 13.614, DE 11.01.2018 Cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e acrescenta dispositivo à Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre regime de metas de redução de índice de mortos no trânsito por grupos de habitantes e de ín- dice de mortos no trânsito por grupos de veículos. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Esta Lei cria o Plano Nacional de Re- dução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e acrescenta dispositivo à Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre re- Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 15 gime de metas de redução de índice de mortos no trânsito por grupos de habitantes e de índice de mor- tos no trânsito por grupos de veículos. Art. 2º. Fica criado o Plano Nacional de Re- dução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) a ser elaborado em conjunto pelos órgãos de saúde, de trânsito, de transporte e de justiça. Art. 3º. O Pnatrans deverá conter: I – os mecanismos de participação da socie- dade em geral na consecução das metas estabeleci- das; II – a garantia da ampla divulgação das ações e procedimentos de fiscalização, das metas e dos prazos definidos, em balanços anuais, permitindo con- sultas públicas por meio da rede mundial de compu- tadores; III – a previsão da realização de campanhas permanentes e públicas de informação, esclarecimen- to, educação e conscientização visando a atingir os objetivos do Pnatrans. Art. 4º. A partir da implantação do Pnatrans, serão reconhecidos e distinguidos os gestores pú- blicos e privados na redução das mortes e lesões no trânsito. Art. 5º. A Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro), passa a vigorar acrescida do se- guinte art. 326-A: “Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito, no que se refere à política de segurança no trânsito, deverá voltar-se prioritariamente para o cumprimento de metas anuais de redução de índice de mortos por grupo de veículos e de índice de mortos por grupo de habitantes, am- bos apurados por Estado e por ano, detalhando-se os dados levantados e as ações realizadas por vias fe- derais, estaduais e municipais. § 1º O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional de mortos por grupo de habitantes, relativamente aos índices apu- rados no ano da entrada em vigor da lei que cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). § 2º As metas expressam a diferença a me- nor, em base percentual, entre os índices mais recentes, oficialmente apurados, e os índices que se pretende alcançar. § 3º A decisão que fixar as metas anuais es- tabelecerá as respectivas margens de tolerância. § 4º As metas serão fixadas pelo CONTRAN para cada um dos Estados da Federação e para o Distrito Federal, mediante propostas fundamentadas dos CETRAN, do CONTRANDIFE e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das respec- tivas circunscrições. § 5º Antes de submeterem as propostas ao CONTRAN, os CETRAN, o CONTRANDIFE e o Depar- tamento de Polícia Rodoviária Federal realizarão con- sulta ou audiência pública para manifestação da so- ciedade sobre as metas a serem propostas. § 6º As propostas dos CETRAN, do CON- TRANDIFE e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão encaminhadas ao CONTRAN até o dia 1º de agosto de cada ano, acompanhadas de relatório analítico a respeito do cumprimento das metas fi- xadas para o ano anterior e de exposição de ações, projetos ou programas, com os respectivos orçamen- tos, por meio dos quais se pretende cumprir as metas propostas para o ano seguinte. § 7º As metas fixadas serão divulgadas em setembro, durante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o desempenho, absoluto e relativo, de cada Estado e do Distrito Federal no cumprimento das metas vigentes no ano anterior, detalhados os dados levantados e as ações realizadas por vias federais, estaduais e municipais, devendo tais infor- mações permanecer à disposição do público na rede mundial de computadores, em sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União. § 8º O CONTRAN, ouvidos o Departamento de Polícia Rodoviária Federal e demais órgãos do Siste- ma Nacional de Trânsito, definirá as fórmulas para apuração dos índices de que trata este artigo, assim como a metodologia para a coleta e o tratamento dos dados estatísticos necessários para a composição dos termos das fórmulas. § 9º Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no Distrito Federal serão tratados e consoli- dados pelo respectivo órgão ou entidade executivos de trânsito, que os repassará ao órgão máximo exe- cutivo de trânsito da União até o dia 1º de março, por meio do sistema de registro nacional de acidentes e estatísticas de trânsito. § 10 Os dados estatísticos sujeitos à consoli- dação pelo órgão ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal compreendem os coletados naquela circunscrição: I – pela Polícia Rodoviária Federal e pelo ór- gão executivo rodoviário da União? II – pela Polícia Militar e pelo órgão ou entida- de executivos rodoviários do Estado ou do Distrito Federal; III – pelos órgãos ou entidades executivos ro- doviários e pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios. § 11 O cálculo dos índices, para cada Estado e para o Distrito Federal, será feito pelo órgão máxi- Ordeli Savedra Gomes 16 mo executivo de trânsito da União, ouvidos o Depar- tamento de Polícia Rodoviária Federal e demais ór- gãos do Sistema Nacional de Trânsito. § 12 Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 31 de março de cada ano. § 13 Com base em índices parciais, apurados no decorrer do ano, o CONTRAN, os CETRAN e o CONTRANDIFE poderão recomendar aos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas ações, projetos e programas em desenvolvimento ou previs- tos, com o fim de atingir as metas fixadas para cada um dos Estados e para o Distrito Federal. § 14 A partir da análise de desempenho a que se refere o § 7º deste artigo, o CONTRAN elaborará e divulgará, também durante a Semana Nacional de Trânsito: I – duas classificações ordenadas dos Esta- dos e do Distrito Federal, uma referente ao ano ana- lisado e outra que considere a evolução do desempe- nho dos Estados e do Distrito Federal desde o início das análises? II – relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do estabelecimento de metas previsto no § 1º deste artigo.” Art. 6º. Esta Lei entra em vigor após decorri- dos sessenta dias de sua publicação oficial. Brasília, 11 de janeiro de 2018; 197º da Independência e 130º da República. Michel Temer LEI 13.804, DE 10.01.2019 Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao contrabando, ao descaminho, ao furto, ao rouboe à re- ceptação; altera as Leis 9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e 6.437, de 20.08.1977. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao contrabando, ao descami- nho, ao furto, ao roubo e à receptação. Art. 2º. A Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 278-A: “Art. 278-A. O condutor que se utilize de veí- culo para a prática do crime de receptação, descami- nho, contrabando, previstos nos arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei 2.848, de 07.12.1940 (Código Penal), condenado por um desses crimes em decisão judicial transitada em julgado, terá cassado seu documento de habilitação ou será proibido de obter a habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5 (cinco) anos. § 1º O condutor condenado poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na forma deste Código. § 2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos crimes de que trata o caput deste artigo, poderá o juiz, em qualquer fase da investiga- ção ou da ação penal, se houver necessidade para a garantia da ordem pública, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da per- missão ou da habilitação para dirigir veículo automo- tor, ou a proibição de sua obtenção.” Art. 3º. (VETADO). Art. 4º. (VETADO). Art. 5º. (VETADO). Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, exceto os arts. 3º e 4º, que entram em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação oficial. Brasília, 10 de janeiro de 2019; 198º da Independência e 131º da República. Jair Messias Bolsonaro Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 17 DECRETOS DECRETO 96.044, DE 18.05.1988 Aprova o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos, e dá outras providências CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. O transporte, por via pública, de produto que seja perigoso ou represente risco para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, fica submetido às regras e procedimentos estabelecidos neste Regulamento, sem prejuízo do disposto, em Legislação e discipli- na peculiar a cada produto. § 1º Para os efeitos deste Regulamento é produto perigoso e relacionado em portaria do Minis- tro dos Transportes. § 2º No transporte de produto explosivo e de substância radioativa serão observadas, também, as normas específicas do Ministério do Exército e da Comissão Nacional de Energia Nuclear, respectivamente. CAPÍTULO II DAS CONDIÇÕES DO TRANSPORTE SEÇÃO I Dos Veículos e dos Equipamentos Art. 2º. Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descon- taminação os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as NBR 7500 e NBR-8286. Parágrafo único. Após as operações de lim- peza e completa descontaminação dos veículos e equipamentos, os rótulos de risco e painéis de segurança serão retirados. Art. 3º. Os veículos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar o conjunto de equipamentos para situações de emergência indicado por Norma Brasileira ou, na inexistência desta, o recomendado pelo fabricante do produto. Art. 4º. Os veículos e equipamentos (como tanques e “conteineres”) destinados ao transporte de produto perigoso a granel deverão ser fabricados de acordo com as Normas Brasileiras ou, na inexistência destas, com norma intencionalmente aceita. § 1º O Instituto Nacional de Metrologia, Normali- zação e Qualidade Industrial – INMETRO, ou entidade por ele credenciada, atestará a adequação dos veículos e equipamentos ao transporte de produto perigoso, nos termos dos seus regulamentos técnicos. § 2º Sem prejuízo das vistorias periódicas pre- vistas na legislação de trânsito, os veículos e equipa- mentos de que trata este artigo serão vistoriados, em periodicidade não superior a 3 (três) anos, pelo INME- TRO ou entidade por ele credenciada, de acordo com instruções e cronologia estabelecidos pelo próprio INMETRO, observados os prazos e rotinas recomenda- das pelas normas de fabricação ou inspeção, fazendo- se as devidas anotações no “Certificado de Capacita- ção para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel” de que trata o item I do art. 22. § 3º Os veículos e equipamentos referidos no parágrafo anterior, quando acidentados ou avariados, deverão ser vistoriados e testados pelo INMETRO ou entidade pelo mesmo credenciada, antes de retorna- rem à atividade. Art. 5º. Para o transporte de produto perigoso a granel os veículos deverão estar equipados com tacógrafo, ficando os discos utilizados à disposição do expedidor, do contratante, do destinatário e das autoridades com jurisdição sobre as vias, durante 3 Ordeli Savedra Gomes 18 (três) meses, salvo no caso de acidente, hipótese em que serão conservados por 1 (um) ano. SEÇÃO II Da Carga e seu Acondicionamento Art. 6º. O produto perigoso fracionado deverá ser acondicionado de forma a suportar os riscos de carre- gamento, transporte, descarregamento e transbordo, sendo o expedidor responsável pela adequação do acondicionamento segundo especificações do fabricante. § 1º No caso de produto importado, o impor- tador será o responsável pela observância ao que preceitua este artigo, cabendo lhe adotar as provi- dências necessárias junto ao fornecedor estrangeiro. § 2º No transporte de produto perigoso fraci- onado, também as embalagens externas deverão estar rotuladas, etiquetadas e marcadas de acordo com a correspondente classificação e o tipo de risco. Art. 7º. É proibido o transporte, no mesmo ve- ículo ou contêiner, de produto perigoso com outro tipo de mercadoria, ou com outro produto perigoso, salvo se houver compatibilidade entre os diferentes produtos transportados. (Artigo alterado pelo Decreto 4.097/02) § 1º Consideram-se incompatíveis, para fins de transporte conjunto, produtos que, postos em contato entre si, apresentem alterações das caracte- rísticas físicas ou químicas originais de qualquer deles, gerando risco de provocar explosão, despren- dimento de chama ou calor, formação de compostos, misturas, vapores ou gases perigosos. § 2º É proibido o transporte de produtos peri- gosos, com risco de contaminação, juntamente com alimentos, medicamentos ou objetos destinados a uso humano ou animal ou, ainda, com embalagens de mercadorias destinadas ao mesmo fim. § 3º É proibido o transporte de animais jun- tamente com qualquer produto perigoso. § 4º Para aplicação das proibições de carrega- mento comum, previstas neste artigo, não serão consi- derados os produtos colocados em pequenos cofres de carga distintos, desde que estes assegurem a impossi- bilidade de danos a pessoas, mercadorias ou ao meio ambiente. Art. 8º. É vedado transportar produtos para uso humano ou animal em tanques de carga destina- dos ao transporte de produtos perigosos a granel. SEÇÃO III Do Itinerário Art. 9º. O veículo que transportar produto pe- rigoso deverá evitar o uso de vias em áreas densa- mente povoadas ou de proteção de mananciais, reservatórios de água ou reservas florestais e ecoló- gicas, ou que delas sejam próximas. Art. 10. O expedidor informará anualmente ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER os fluxos de transporte de produtos perigosos que embarcar com regularidade, especificando: I – classe do produto e quantidades transpor- tadas; II – pontos de origeme destino. § 1º As informações ficarão à disposição dos órgãos e entidades do meio ambiente, da defesa civil e das autoridades com jurisdição sobre as vias. § 2º Com base nas informações de que trata este artigo, o Ministério dos Transportes, com a colaboração do DNER e de órgãos e entidades públi- cas e privadas, determinará os critérios técnicos de seleção dos produtos para os quais solicitará infor- mações adicionais, como frequência de embarques, formas de acondicionamento e itinerário, incluindo as principais vias percorridas. Art. 11. As autoridades com jurisdição sobre as vias poderão determinar restrições ao seu uso, ao longo de toda a sua extensão ou parte dela, sinali- zando os trechos restritos e assegurando percurso alternativo, assim como estabelecer locais e períodos com restrição para estacionamento, parada, carga e descarga. Art. 12. Caso a origem ou o destino de produ- to perigoso exigir o uso de via restrita, tal fato deverá ser comprovado pelo transportador perante a autori- dade com jurisdição sobre a mesma, sempre que solicitado. Art. 13. O itinerário deverá ser programado de forma a evitar a presença de veículo transportando produto perigoso em vias de grande fluxo de trânsito, nos horários de maior intensidade de tráfego. SEÇÃO IV Do Estacionamento Art. 14. O veículo transportando produto peri- goso só poderá estacionar para descanso ou pernoite em áreas previamente determinadas pelas autorida- des competentes e, na inexistência de tais áreas, deverá evitar o estacionamento em zonas residenci- ais, logradouros públicos ou locais de fácil acesso ao público, áreas densamente povoadas ou de grande concentração de pessoas ou veículos. § 1º Quando, por motivo de emergência, pa- rada técnica, falha mecânica ou acidente o veículo parar em local não autorizado, deverá permanecer sinalizado e sob a vigilância de seu condutor ou de autoridade local, salvo se a sua ausência for impres- Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 19 cindível para a comunicação do fato, pedido de so- corro ou atendimento médico. § 2º Somente em caso de emergência o veí- culo poderá estacionar ou parar nos acostamentos das rodovias. SEÇÃO V Do Pessoal Envolvido na Operação do Transporte Art. 15. O condutor de veículo utilizado no transporte de produto perigoso, além das qualifica- ções e habilitações previstas na legislação de trânsi- to, deverá receber treinamento específico, segundo programa a ser aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, por proposta do Ministério dos Transportes. Art. 16. O transportador, antes de mobilizar o veículo, deverá inspecioná-lo, assegurando-se de suas perfeitas condições para o transporte para o qual é destinado e com especial atenção para o tanque, carroçaria e demais dispositivo que possam afetar a segurança da carga transportada. Art. 17. O condutor, durante a viagem, é o responsável pela guarda, conservação e bom uso dos equipamentos e acessórios do veículo, inclusive os exigidos em função da natureza específica dos produtos transportados. Parágrafo único. O condutor deverá exami- nar, regularmente e em local adequado, as condições gerais do veículo, verificando, inclusive, a existência de vazamento, o grau de aquecimento e as demais condições dos pneus do conjunto transportador. Art. 18. O condutor interromperá a viagem e entrará em contato com a transportadora, autorida- des ou a entidade cujo telefone esteja listado no Envelope para o Transporte, quando ocorrerem alterações nas condições de partida, capazes de colocar em risco a segurança de vidas, de bens ou do meio ambiente. Art. 19. O condutor não participará das ope- rações de carregamento, descarregamento e trans- bordo da carga, salvo se devidamente orientado e autorizado pelo expedidor ou pelo destinatário, e com a anuência do transportador. Art. 20. Todo o pessoal envolvido nas opera- ções de carregamento, descarregamento e transbor- do de produto perigoso usará traje e equipamento de proteção individual, conforme normas e instruções baixadas pelo Ministério do Trabalho. Parágrafo único. Durante o transporte o con- dutor do veículo usará o traje mínimo obrigatório, ficando desobrigado do uso de equipamentos de proteção individual. Art. 21. Todo o pessoal envolvido na opera- ção de transbordo de produto perigoso a granel re- ceberá treinamento específico. SEÇÃO VI Da Documentação Art. 22. Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de trânsito e relativa ao produto transportado, os veículos que estejam transportando produto perigoso ou os equipamentos relacionados com essa finalidade, só poderão circular pelas vias públicas portando os seguintes documentos: I – Certificado de Capacitação para o Trans- porte de Produtos Perigosos a Granel do veículo e dos equipamentos, expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada; II – Documento Fiscal do produto transporta- do, contendo as seguintes informações: a) número e nome apropriado para embarque; b) classe e, quando for o caso, subclasse à qual o produto pertence; c) declaração assinada pelo expedidor de que o produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de carregamento, descar- regamento e transporte, conforme a regulamentação em vigor. III – Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com as NBR-7503, NBR-7504 e NBR-8285, preenchidos conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do produto transportado, contendo: a) orientação do fabricante do produto quanto ao que deve ser feito e como fazer em caso de emergência, acidente ou avaria; e b) telefone de emergência da corporação de bombeiros e dos órgãos de policiamento do trânsito, da defesa civil e do meio ambiente ao longo do itinerário. § 1º É admitido o Certificado Internacional de Capacitação dos Equipamentos para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel. § 2º O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel perderá a validade quando o veículo ou o equipamento: a) tiver suas características alteradas; b) não obtiver aprovação em vistoria ou inspeção; c) não for submetido à vistoria ou inspeção nas épocas estipuladas; e d) acidentado, não for submetido a nova vis- toria após sua recuperação. Ordeli Savedra Gomes 20 § 3º As vistorias e inspeções serão objeto de laudo técnico e registradas no Certificado de Capaci- tação previsto no item I deste artigo. § 4º O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel não exime o transportador da responsabilidade por danos causados pelo veículo, equipamento ou produto perigoso, assim como a declaração de que trata a alínea “c”, do item II, deste artigo, não isenta o expedidor da responsabilidade pelos danos causados exclusivamente pelo produto perigoso, quando agirem com imprudência, imperícia ou negligência. SEÇÃO VII Do Serviço de Acompanhamento Técnico Especializado Art. 23. O transporte rodoviário de produto perigoso que, em função das características do caso, seja considerado como oferecendo risco por demais elevado, será tratado como caso especial, devendo seu itinerário e sua execução serem planejados e programados previamente, com participação do expedidor, do contratante do transporte, do transpor- tador, do destinatário, do fabricante ou importador do produto, das autoridades com jurisdição sobre as vias a serem utilizadas e do competente órgão do meio ambiente, podendo ser exigido acompanhamen- to técnico especializado (art. 50, I). § 1º O acompanhamento técnico especializa- do disporá de viaturas próprias, tripuladas por ele- mentos devidamente treinados e equipados para ações de controle de emergência e serápromovido, preferencialmente, pelo fabricante ou o importador do produto, o qual, em qualquer hipótese, fornecerá orientação e consultoria técnica para o serviço. § 2º As viaturas de que trata o parágrafo pre- cedente deverão portar, durante o acompanhamento, os documentos mencionados no item III do art. 22 e os equipamentos para situações de emergência a que se refere o art. 3º. CAPÍTULO III DOS PROCEDIMENTOS EM CA- SO DE EMERGÊNCIA, ACIDENTE OU AVARIA Art. 24. Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização de veículo transpor- tando produto perigoso, o condutor adotará as medidas indicadas na Ficha de Emergência e no Envelope para o Transporte correspondentes a cada produto transportado, dando ciência à autoridade de trânsito mais próxima, pelo meio disponível mais rápido, detalhando a ocorrência, o local, as classes e quantidades dos materiais transportados. Art. 25. Em razão da natureza, extensão e ca- racterísticas da emergência, a autoridade que aten- der ao caso determinará ao expedidor ou ao fabrican- te do produto a presença de técnicos ou pessoal especializado. Art. 26. O contrato de transporte deverá de- signar quem suportará as despesas decorrentes da assistência de que trata o artigo anterior. Parágrafo único. No silêncio do contrato o ônus será suportado pelo transportador. Art. 27. Em caso de emergência, acidente ou avaria o fabricante, o transportador, o expedidor e o destinatário do produto perigoso darão o apoio e prestarão os esclarecimentos que lhes forem solici- tados pelas autoridades públicas. Art. 28. As operações de transbordo em con- dições de emergência deverão ser executadas em conformidade com a orientação do expedidor ou fabricante do produto e, se possível, com a presença de autoridade pública. § 1º Quando o transbordo for executado em via pública deverão ser adotadas as medidas de resguardo ao trânsito. § 2º Quem atuar nessas operações deverá utilizar os equipamentos de manuseio e de proteção individual recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto. § 3º No caso de transbordo de produtos a granel o responsável pela operação deverá ter rece- bido treinamento específico. CAPÍTULO IV DOS DEVERES, OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES SEÇÃO I Do Fabricante e do Importador Art. 29. O fabricante de equipamento desti- nado ao transporte de produto perigoso responde penal e civilmente por sua qualidade e adequação ao fim a que se destina. Parágrafo único. Para os fins do disposto no art. 22, item I, cumpre ao fabricante fornecer ao INME- TRO as informações relativas ao início da fabricação e destinação específica dos equipamentos. Art. 30. O fabricante de produto perigoso for- necerá ao expedidor: I – informações relativas aos cuidados a se- rem tomados no transporte e manuseio do produto, Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 21 assim como as necessárias ao preenchimento da Ficha de Emergência; e II – especificações para o acondicionamento do produto e, quando for o caso, a relação do conjun- to de equipamentos a que se refere o art. 3º. Art. 31. No caso de importação, o importador do produto perigoso assume, em território brasileiro, os deveres, obrigações e responsabilidades do fabricante. SEÇÃO II Do Contratante, do Expedidor e do Destinatário Art. 32. O contratante do transporte deverá exigir do transportador o uso de veículo e equipamen- to em boas condições operacionais e adequados para a carga a ser transportada, cabendo ao expedidor, antes de cada viagem, avaliar as condições de segurança. Art. 33. Quando o transportador não os pos- suir, deverá o contratante fornecer os equipamentos necessários às situações de emergência, acidente ou avaria, com as devidas instruções do expedidor para sua utilização. Art. 34. O expedidor é responsável pelo acondicionamento do produto a ser transportado, de acordo com as especificações do fabricante. Art. 35. No carregamento de produtos perigo- sos o expedidor adotará todas as precauções relati- vas à preservação dos mesmos, especialmente quanto à compatibilidade entre si (art. 7º). Art. 36. O expedidor exigirá do transportador o emprego dos rótulos de risco e painéis de seguran- ça correspondentes aos produtos a serem transpor- tados, conforme disposto no art. 2º. Parágrafo único. O expedidor entregará ao transportador os produtos perigosos fracionados devidamente rotulados, etiquetados e marcados, bem assim os rótulos de risco e os painéis de segurança para uso nos veículo, informando ao condutor as características dos produtos a serem transportados. Art. 37. São de responsabilidade: I – do expedidor, as operações de carga; II – do destinatário, as operações de descarga. § 1º Ao expedidor e ao destinatário cumpre orientar e treinar o pessoal empregado nas atividades referidas neste artigo. § 2º Nas operações de carga e descarga, cui- dados especiais serão adotados, especialmente quanto à amarração da carga, a fim de evitar danos, avarias ou acidentes. SEÇÃO III Do Transportador Art. 38. Constituem deveres e obrigações do transportador: I – dar adequada manutenção e utilização aos veículos e equipamentos; II – fazer vistoriar as condições de funciona- mento e segurança do veículo e equipamento, de acordo com a natureza da carga a ser transportada, na periodicidade regulamentar; III – fazer acompanhar, para ressalva das res- ponsabilidades pelo transporte, as operações execu- tadas pelo expedidor ou destinatário de carga, des- carga e transbordo, adotando as cautelas necessárias para prevenir riscos à saúde e integridade física de seus prepostos e ao meio ambiente; IV – transportar produtos a granel de acordo com o especificado no “Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel” (art. 22, I); V – requerer o Certificado de Capacitação pa- ra o Transporte de Produtos Perigosos a Granel, quando for o caso, e exigir do expedidor os documen- tos de que tratam os itens II e III do art. 22; VI – providenciar para que o veículo porte o conjunto de equipamentos necessários às situações de emergência, acidente ou avaria (art. 3º), assegu- rando-se do seu bom funcionamento; VII – instruir o pessoal envolvido na operação de transporte quanto à correta utilização dos equipa- mentos necessários às situações de emergência, acidente ou avaria, conforme as instruções do expedi- dor; VIII – zelar pela adequada qualificação profis- sional do pessoal envolvido na operação de trans- porte, proporcionando-lhe treinamento específico, exames de saúde periódicos e condições de traba- lho conforme preceitos de higiene, medicina e segurança do trabalho; IX – fornecer a seus prepostos os trajes e equipamentos de segurança no trabalho, de acordo com as normas expedidas pelo Ministério do Traba- lho, zelando para que sejam utilizados nas operações de transporte, carga, descarga e transbordo; X – providenciar a correta utilização, nos veí- culos e equipamentos, dos rótulos de risco e painéis de segurança adequados aos produtos transportados; XI – realizar as operações de transbordo ob- servando os procedimentos e utilizando os equipa- mentos recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto; XII – assegurar-se de que o serviço de acom- panhamento técnico especializado preenche os re- Ordeli Savedra Gomes 22 quisitos deste Regulamento e das instruções especí- ficas existentes (art. 23); XIII – dar orientação quanto à correta estiva- gem da carga no veículo, sempre que, por acordo com o expedidor, seja corresponsável pelas opera- ções de carregamento e descarregamento. Parágrafo único. Se o transportador receber a carga lacrada ou for impedido, pelo expedidor ou destinatário, de acompanhar carga e descarga, ficará desonerado da
Compartilhar