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Versão Condensada LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO Código de Trânsito Brasileiro 2 A L F A C O N Sumário Código de Trânsito Brasileiro ����������������������������������������������������������������������������������������3 1� Classificação das vias ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3 2� Usuários da via �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4 3� Responsabilidade civil dos órgãos de trânsito������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4 Código de Trânsito Brasileiro 3 A L F A C O N Código de Trânsito Brasileiro 1. Classificação das vias Além da clássica definição de via abordada pelo CTB, agora é importante classificá-las. As vias podem ser entendidas, em prisma mais generalizado (e de acordo com o art. 2º), de duas formas: • VIAS URBANAS: são constituídas pelas ruas, avenidas, caminhos (via pública descoberta normalmente alocada sobre logradouros), passagens (via pública coberta e fechada) e logradouros. Além dessa classificação, mais adiante veremos que o CTB classifica as vias rurais também de acordo com a destinação e velocidade permitida (art. 60 e 61). ATENÇÃO! LOGRADOURO PÚBLICO: espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, como calçada, parques, áreas de lazer, calçadões. • VIAS RURAIS: são as estradas (isto é, vias rurais não pavimentadas) e as rodovias (vias rurais pavimentadas). Art� 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. O parágrafo único do art. 2º do CTB apresenta o que a doutrina chama de vias privadas publicizadas (VPP), que abran- gem vias de particulares, mas de acesso público. É o que acontece com as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e estacionamento privado de uso coletivo. Parágrafo único� Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as PRAIAS ABERTAS À CIRCU- LAÇÃO PÚBLICA, as VIAS INTERNAS PERTENCENTES AOS CONDOMÍNIOS CONSTITUÍDOS POR UNIDADES AUTÔNOMAS e as vias e áreas de ESTACIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS PRIVADOS DE USO COLETIVO� Além das vias citadas no parágrafo único do art. 2º do CTB, o art. 7º-A foi uma novidade trazida pela Lei nº 12.058/09, que inseriu a área física dos portos como via de acesso aberto, mediante convênio com os órgãos de trânsito. Art. 7º-A. A AUTORIDADE PORTUÁRIA ou a entidade concessionária de porto organizado poderá celebrar CONVÊ- NIOS com os órgãos previstos no artigo 7º, com a interveniência dos Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o fim específico de FACILITAR a autuação por descumprimento da legislação de trânsito. § 1º O convênio valerá para TODA A ÁREA FÍSICA DO PORTO ORGANIZADO, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de trânsito internas. Código de Trânsito Brasileiro 4 A L F A C O N 2. Usuários da via Além do exposto, é importante ressaltar a segunda parte do § 1º do art. 1º CTB, o qual referencia quem pode ser usuários da via. A lei cita que veículos, pessoas e animais, quando estiverem utilizando as vias com a finalidade de circulação, parada, estacionamento e operações de carga e descarga serão considerados em trânsito. Vejamos mais algumas definições do Anexo I: ANEXO I TRÂNSITO – movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres. PARADA – imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros. ESTACIONAMENTO – imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros. OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA – imobilização do veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carrega- mento ou descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com circunscrição sobre a via. Assim se depreende o que se caracteriza como trânsito no Brasil. Vale dizer também que o exercício de trânsito em condições seguras é DIREITO de todos e DEVER dos órgãos que integram do Sistema Nacional de Trânsito, dando-se PRIORIDADE em suas ações à defesa da vida (nela incluída a preservação da saúde e do meio ambiente), nos termos dos § 2º e § 5º do CTB: Art� 1º (...) § 2º O trânsito, em condições seguras, é um DIREITO DE TODOS e DEVER DOS ÓRGÃOS e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. (...) § 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão PRIORIDADE em suas ações à defesa da VIDA, nela incluída a PRESERVAÇÃO DA SAÚDE e do MEIO-AMBIENTE. 3. Responsabilidade civil dos órgãos de trânsito O tema de responsabilidade civil, em se tratando de trânsito, sempre assusta os estudantes. No entanto, invoca-se aqui o tema normalmente tratado dentro de Direito Administrativo – vale dizer, no Brasil vige, em regra, o sistema do Risco Administrativo. Nesse sistema, os agentes e os órgãos de trânsito respondem objetivamente (independentemente de dolo ou culpa) por danos causados em virtude de ação, omissão ou erro por parte dos entes e agentes de trânsito. Isso significa que, caso se comprove a omissão do município em asfaltar as ruas, o usuário da via poderá entrar com a ação civil caso tenha um estrago em seu veículo em decorrência de um buraco. § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, OBJETIVAMENTE, por danos causados aos cidadãos em virtude de AÇÃO, OMISSÃO OU ERRO na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro. Para a caracterização da responsabilidade civil do estado, obviamente há que se fazer a análise do fato ilícito civilmente, constatando-se três elementos: Código de Trânsito Brasileiro 5 A L F A C O N • ação, omissão ou erro por parte do estado; • nexo causal entre a ação, omissão ou erro e o resultado danoso; • dano material ou moral. Provado em sede de processo, perante o contraditório e a ampla defesa, os elementos citados, será gerado para o Estado o dever de indenizar. Vale lembrar que o dever de provar esses elementos é da alegação, isto é, no agente vítima da ação danosa. Código de Trânsito Brasileiro 1. Classificação das vias 2. Usuários da via 3. Responsabilidade civil dos órgãos de trânsito
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