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NOÇÕES 
DE 
CAPELANIA	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Disciplina de conteúdo básico, que propõe reflexões acerca da preparação e 
capacitação para visitadores evangélicos. Aborda procedimentos específicos de 
cada área e a boa conduta do visitador ao ministrar o amor de Deus a pessoas 
necessitadas, encarceradas, enlutadas, em leitos hospitalares, em instituições 
públicas e privadas. Amparado por lei federal, a prestação do serviço de 
Capelania vem crescendo a cada ano, visto a sua importância se ligado a um 
conselho de classe, que credencia o Capelão, para o exercício eclesiástico. 	
  
Profª.	
  Cpl.	
  
Raquel	
  Costa	
  
1 
 
APOIO: 
Capelania Evangélica Nova Jerusalém 
EMAIL: contato@capelaniacenj.com.br 
SITE: www.capelaniacenj.com.br 
 
1. CAPELANIA 
 
No âmbito geral, é um serviço voluntário, que presta assistência espiritual 
sem conotação de proselitismo, de forma interdenominacional. É levar ao outro 
a pensar na sua espiritualidade e ajuda-lo a construir em cima disso, 
independentemente da fé que ele professe. A capelania caracteriza-se pela 
capacidade e predisposição de se amparar o outro através da escuta, trazendo-o a 
pensar no Deus de amor. O trabalho do capelão é falar de espiritualidade, da 
vida após esta vida. 
 É levar a fé, a esperança e o amor (I Co 13:13); é aperfeiçoar a fé com as 
obras (Tg 2:22); é ser ovelha de Jesus (Mt 25:35-36); é uma visão bíblica. 
Capelania, portanto, é uma estratégia de levar pessoas a terem experiências com 
Deus e entregarem a Ele o controle de suas vidas; nem sempre pregando a Cristo 
diretamente, mas sempre evidenciando e compartilhando o amor de Cristo. 
 
1.1 COMO SURGIU 
 
Capelania não é um termo moderno. É o nome dado aos serviços religiosos 
prestados por oficiais treinados, tendo origem nas Forças Armadas do Exército 
em 1776. Conta-se que, na França, o oficial Sgt. Martinho ao encontrar um 
homem abandonado na rua debaixo de chuva e frio cortou sua capa e o cobriu 
num ato de solidariedade, humanismo, caridade, ajuda e amor ao próximo. Ao 
morrer, esta capa foi levada como uma relíquia para a Igreja passando a ser 
venerada. Esta igreja recebeu o nome de “Igreja da Capa”. Daí as derivações: 
Capela, Capelão e Capelania. 
 
1.2 CAPELÃO 
 
É um ministro religioso autorizado a prestar assistência religiosa e a realizar 
cultos em comunidades religiosas, conventos, colégios, universidades, hospitais, 
presídios, corporações militares e outras organizações. 
 Na sociedade, deve portar-se com descrição, absoluto respeito e dignidade 
cristã; devem ter boa conduta, irrepreensíveis perante todos. Devem amar a sua 
Pátria e se esforçarem para que todos quanto os cerquem façam o mesmo e 
observem as suas leis. Devem zelar pelo bom nome de seus colegas, não 
permitindo que, em qualquer situação, haja comentários desabonadores a 
respeito dos mesmos. Igualmente, devem fazer tudo quanto estiver ao seu 
alcance para evitar que, quem quer que seja, use propaganda negativa contra 
capelães cristãos através da imprensa escrita, falada e televisionada, procurando 
o benefício dos seus subalternos. 
O capelão tem que ter vocação, boa saúde, vida espiritual verdadeira e ser 
estudioso. Mas, são os dons espirituais a principal ferramenta que diferenciará o 
2 
 
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EMAIL: contato@capelaniacenj.com.br 
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capelão evangélico dos demais. Portanto, é necessário estar com a vida espiritual 
em dia e revestir-se da armadura de Deus (Efésios 6). 
 
2. CAPELANIA NO BRASIL 
 
No Brasil o ofício de capelania começou na área militar em 1858, com o 
nome de Repartição Eclesiástica, evidentemente com a igreja Católica. 
Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, em 1944, o serviço foi 
estabelecido com o nome de Assistência Religiosa das Forças Armadas. 
Na mesma época foi criada também a Capelania Evangélica para assegurar 
a presença de Capelães Evangélicos na FEB. 
O grande nome que se destacou na Segunda Guerra Mundial, foi do Pastor 
João Filson Soren. Ele foi o primeiro capelão militar evangélico do Exército 
Brasileiro. Tendo servido na Força Expedicionária Brasileira (FEB) entre 1944 e 
1954, na época com 36 anos. 
A comunidade evangélica do Rio de Janeiro comemora no dia 21 de junho o 
“Dia do Capelão Evangélico”, instituído pela Lei Municipal n.°3983/2005, em 
memória ao nascimento do ilustre combatente de Cristo, o Pastor João Filson 
Soren, o primeiro capelão evangélico do Brasil. 
 
2.1 LEIS QUE ASSEGURAM O SERVIÇO DE CAPELANIA 
 
- LEI MUNICIPAL – RJ 775 de 12/1985 
Autoriza o ingresso de ministros religiosos solicitados para prestarem assistência 
religiosa aos enfermos. 
 
- LEI FEDERAL – RJ 6.923 art. 5º, inciso VII – Constituição de 1988 
É assegurada nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades 
civis e militares de internação coletiva. 
 
- LEI 4.154 – 11/03/2003 
Altera a lei 2.994 de 30/06/1998 
Art. 1º - Fica autorizado o ingresso de capelães nos hospitais e demais casas de 
saúde da rede estadual e privada de todos os credos. 
 
- LEI ESTADUAL – 4.622, de 18/10/2005 
Art 1º Fica o poder executivo autorizado a criar nos hospitais públicos do Estado 
do Rio de Janeiro, o serviço voluntário de capelania hospitalar, com vistas ao 
atendimento espiritual dos pacientes internados e seus familiares. 
 
LEI MUNICIPAL – RJ 3983/2005, de autoria da Deputada Federal Liliam Sá 
3 
 
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Institui no calendário oficial do Município, o dia do Capelão Evangélico Civil e 
Militar, e dá outras providências. 
 
3. FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA DE CAPELANIA 
 
Em João 5:39-40 temos uma fundamentação bíblica para capelania nas 
palavras de Jesus, levar a vida. 
Em I Reis 22, os profetas acompanharam o exército de Israel para fazerem 
consultas a Deus a respeito das batalhas. 
Em Mateus 25:34-36 fala da assistência a certos grupos especiais: famintos e 
sedentos, estrangeiros, mendigos, enfermos, encarcerados. Isso tudo dá idéia de 
capelania. 
Em Lucas 10:25-36, a parábola do Bom Samaritano, refere-se a um cuidado 
total: físico, emocional, psicológico e espiritual. 
 
4. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CAPELANIA 
 
- Capelania Militar 
- Capelania Hospitalar 
- Capelania Cemiterial 
- Capelania Prisional 
- Capelania Social 
- Capelania Pós-desastre 
- Capelania Comunitária 
- Capelania Infantil 
- Capelania Empresarial 
- Capelania Universitária 
- Capelania Educacional 
- Capelania Esportiva 
 
Enfim, onde houver pessoas reunidas haverá sempre demandas para a 
atuação do capelão, que levará o amparo, o consolo, a esperança, o amor, o 
companheirismo, o otimismo e a fé que produz. 
 
5. IMPOTANTES REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA 
CAPELANIA 
 
• 1 – Saber diferenciar os serviços CAPELANIA e EVANGELISMO. 
• 2 - Vida consagrada (Oração, jejum) e vigilância quanto a possíveis 
brechas que darão legalidade ao inimigo para nos retaliar. Vida espiritual 
e pessoal equilibrada. Só podemos oferecer aquilo que temos. 
• 3 - Buscar capacitação na área em que deseja atuar. 
4 
 
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• 4 - Trazer a Palavra de Deus (Bíblia) para dentro de si, meditando 
diariamente nas promessas e procurando memorizá-las, pois haverá 
ocasião em que a Bíblia não estará ao nosso alcance. 
• 5 – É preciso saber explicar o plano de salvação e como conduzir alguém 
a Cristo, caso haja possibilidade de fazê-lo. 
• 6 - Buscar em Deus descobrir a sua real motivação para o trabalho. Tendo 
compreendido a sua motivação, estar atento às oportunidades. 
• 7 - O serviço cristão nos aproxima de Deus porque passamos a depender 
dele para tudo que fazemos. Isso aumenta em nós o desejo de passar cada 
vez mais tempo em sua companhia, de buscar diariamente a sua presença 
(Espírito Santo). 
 
 
6.CAPELANIA MILITAR 
 
Também chamada de capelania castrense. O capelão militar é um ministro 
religioso encarregado de prestar assistência religiosa a alguma corporação 
militar (Exército, Marinha, Aeronáutica, PM e Corpo de Bombeiros Militares). 
Nas instituições militares existem as capelanias evangélica e católica, as quais 
desenvolvem essas atividades buscando assistir aos integrantes das forças 
armadas, bem como os seus familiares, nas diversas situações da vida. 
 
 
6.1 SUA MISÃO 
 
Atuar nas diversas instituições através de oficiais (militares) ou voluntários 
capacitados em hospitais, quartéis, navios, presídios, delegacias, hospitais, 
sanatórios, asilos, orfanatos, casas de menores, escolas, cemitérios, sindicatos, 
fábricas, empresas, clubes, creches, condomínios, instituições públicas (Câmara, 
Prefeitura, repartições, etc.). Estes agentes levam amor, conforto e esperança aos 
soldados, pacientes, alunos, funcionários e familiares, vivendo a fé cristã através 
do atendimento espiritual, emocional, social, recreativo e educacional. Sem 
distinção de credo, raça, sexo e classe social, na busca contínua da excelência no 
ensino e no ministério de consolo e esperança eternos. 
 
 
5 
 
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6.2 BREVE HITÓRICO 
 
1. JOÃO FILSON SOREN, O PRIMEIRO CAPELÃO MILITAR 
EVANGÉLICO DO BRASIL. 
 
 Dentre as muitas instituições beneficiadas pela valiosa obra pública realizada 
pelos capelães evangélicos, podem citar-se: a Região Militar do Leste (sic) e 1º 
Região Militar, Academia Militar das Agulhas Negras (Resende, RJ), Escola de 
Sargentos das Armas (Três Corações, MG), Escola de Aprendizes de Marinheiro 
(sic) e 14º Batalhão de Caçadores [...]. 
 
 João Filson Soren, brasileiro, pastor Batista, exerceu a presidência da 
Convenção Batista Brasileira por dez mandatos consecutivos. Presidiu a Aliança 
Batista Mundial (ABM) de 1960-1965. Nos 50 anos de existência da ABM, foi o 
primeiro Latino Americano a receber esta investidura. Pastoreou a Primeira 
Igreja Batista do Rio de Janeiro, por 50 anos. Recebeu o trabalho pastoral da 
igreja de seu pai, o rev. Francisco Fulgêncio Soren. João Filson Soren e seu pai 
trabalharam nesta igreja por quase todo século vinte, de 1902 a 1985. 
 O pastor João Filson Soren faleceu no dia 2 de janeiro de 2002, um dia 
depois de comemorar o seu 67º aniversário de ordenação ao sagrado ministério, 
e um dia antes de comemorar o início de seu pastorado. O carioca João Filson 
Soren morreu no Rio de Janeiro, com 93 anos de idade. Durante seu pastorado, o 
rev. Soren batizou 3.345 novos membros, cerca de 67 pessoas por ano. 
 
2. ORIGEM DA CAPELANIA MILITAR EVANGÉLICA 
(PROTESTANTE) NO BRASIL 
 
Sob o patrocínio da Confederação Evangélica do Brasil e por instrumento do 
seu Conselho de Relações Intereclesiástica e dos capelães evangélicos, é 
ministrada assistência religiosa no Exército [...]. Nomeados oficialmente pela 
Confederação Evangélica do Brasil, os capelães são reconhecidos pelas 
autoridades e exercem o seu ministério sem distinção de credo ou denominação. 
Na maioria dos casos este trabalho era feito voluntariamente, inicialmente 
apenas o capelão da 1º Região Militar (1º RM) recebia seus vencimentos do 
governo federal. De caráter rigorosamente interdenominacional, representa essa 
assistência uma das mais expressivas realizações da obra de cooperação e de 
unidade espiritual do Evangelho brasileiro. 
 
 
7. CAPELANIA HOSPITALAR 
 
Breve histórico da CENJ (Capelania Evangélica Nova Jerusalém) 
6 
 
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NO HUPE: 
 
 A CENJ iniciou suas atividades no Hospital Universitário Pedro Ernesto , em 
8 de janeiro de 2009, sob a coordenação geral da Pastora Kátia Maria Brito 
Monteiro. O Diretor geral do hospital, Dr. Rodolpho Acatauassú Nunes, sensível 
à necessidade de assistência espiritual aos pacientes, autorizou a implantação 
deste serviço, com a supervisão da Coordenadoria de Comunicação Social, 
Eventos e Humanização do hospital. 
 Atualmente, com uma equipe de cerca de 50 visitadores está presente nesta 
instituição às quintas-feiras e aos sábados das 13 às 15h, em espaço previamente 
agendado e disponibilizado pelo hospital. 
 
NO HUGG: 
 
Em abril de 2012, uma nova porta se abriu para a CENJ, o Hospital 
Universitário Gaffrée e Guinle. Um projeto de Capelania Evangélica foi 
apresentado à Assistente Social, que encaminhou ao Diretor Geral, e este 
marcou reunião com a capelã Pra. Kátia para a implantação da referida 
Capelania. 
No dia 3 de abril de 2012 iniciaram-se as atividades da CENJ neste hospital, 
às terças-feiras das 13 às 15h, com uma equipe de 10 capelães cadastrados pelo 
setor de Serviço Social. 
 
Após as orientações da coordenação, usando jaleco e crachá para circulação 
nas dependências do hospital, a equipe é distribuída para visitação leito a leito 
nas enfermarias. 
Além da visitação semanal, a CENJ também realiza cantatas em datas 
especiais como Páscoa e Natal nas portarias e distribuição de kits higiênicos nas 
enfermarias dos referidos hospitais. 
 
Com o apoio da Igreja Batista em Renovação Espiritual Nova Jerusalém, a 
CENJ realiza anualmente os cursos de Formação em Capelania e Visitador 
Hospitalar. Nos anos de 2010 e 2011 realizou dois Fóruns de Capelanias. 
 
7.1 MINISTRANDO A ENFERMOS E HOSPITALIZADOS 
 
Capelania Hospitalar é um projeto voluntário sem fins lucrativos, de caráter 
religioso, beneficente, sem qualquer vínculo partidário ou empregatício, 
garantido pela Lei nº 4.522, de 18/10/2005, em hospitais públicos e privados. 
A finalidade é assistir espiritualmente aos pacientes hospitalizados, que assim 
desejarem, por meio de visitas leito a leito, apoio pré e pós cirúrgico, terapias de 
urgência (UTI/CTI), assistência a pacientes terminais, assistência a familiares 
7 
 
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e/ou acompanhantes e também aos profissionais e estudantes de saúde. Além de 
desenvolver atividades de artesanato e música dentro do hospital. Enfim é um 
lindo ministério! 
 
 
 
7.2 O CAPELÃO HOSPITALAR 
 
 O Capelão Hospitalar é o religioso devidamente qualificado, que cuida da 
assistência religiosa e espiritual dentro do hospital, quer seja dos doentes ali 
internados, seus familiares e/ou acompanhantes, dos profissionais da saúde e 
outros funcionários das diversas áreas administrativas. 
 O hospital é uma instituição que busca uma cura física. É preciso respeitar o 
ambiente, a estrutura hospitalar e o trabalho dentro das normas estabelecidas. A 
Constituição Brasileira dá ao capelão o direito de atender os doentes, porém não 
é um direito absoluto. Deve-se estar atento às normas de cada instituição 
desenvolvendo o trabalho numa forma que não atinja os direitos dos outros. 
 
Importante: 
• A identificação na portaria 
• A apresentação no Posto de Enfermagem 
• A permissão da família/acompanhante 
 
O serviço de capelania hospitalar é composto de: 
a) Capelão 
b) Capelães auxiliares 
c) Visitadores 
 
É um serviço que deve ser feito com todo coração e competência. Da mesma 
forma que um missionário se prepara em várias áreas quando planeja atuar num 
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outro país, o trabalho que é realizado nos hospitais considera tal preparo. Os 
hospitais são campos missionários onde se fala outra linguagem, têm cultura e 
características que lhe são próprias. 
Os visitadores e os capelães vão aos hospitais desprovidos de todo tipo de 
preconceito e com a certeza de que são meros instrumentos nas mãos de Deus. É 
importante neste trabalho que se tenha vocação (chamado de Deus), paciência e 
intimidadecom Deus. E necessário ter flexibilidade para atender as exigências 
de cada instituição. É fundamental que a equipe de capelania siga as regras, 
além de ter boa saúde, autocontrole e “amar” ir ao hospital. 
 
7.3 PERFIL DO CAPELÃO 
 
a) Ser ativo em sua igreja local há mais de dois anos 
b) Vida cristã autêntica 
c) Conhecimento bíblico 
d) Equilíbrio emocional e doutrinário 
 
 Com estes requisitos, aquele que deseja fazer parte da equipe de serviço de 
capelania hospitalar precisa considerar um período de treinamento teórico e 
prático através dos cursos de: Visitador Hospitalar e Capelão. 
 
 O trabalho de visitação hospitalar é um ministério específico e sublime, 
porém percebemos o descaso de alguns crentes e líderes em nossos dias. 
Ouvimos alguns falarem: não tenho chamada para a visitação hospitalar, não 
suporto hospital e a maior desculpa é: não tenho tempo, ando muito ocupado 
ultimamente... 
 Em Mt. 25:35-40, no sermão profético, o Senhor dirá aos justos: “...estive nu 
e vestiste-me; adoeci e visitaste-me, estive na prisão e fostes ver-me”. Então os 
justos lhe perguntarão, dizendo: “... Senhor, quando te vimos nu e te vestimos? 
E quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E respondendo o Rei 
lhes dirá: em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus 
pequeninos irmãos, a mim o fizestes. 
 Encontramos inúmeros relatos da manifestação do Senhor em favor dos 
enfermos. Jesus sempre esteve à volta com grandes multidões, e grande parte era 
de enfermos buscando o alívio para sua dor. Em Seu ministério terreno, Ele 
viveu entre os enfermos, atendeu-os no leito e chegou ao ponto de sentir íntima 
compaixão, isto é, colocando-se no lugar do outro. 
 Muitos que estão no hospital querem ser ouvidos, e nós “emprestamos nossos 
ouvidos”. Diferente do evangelismo que conhecemos, nós ouvimos mais e 
falamos menos. Dando, assim, importância à pessoa e sua história de vida. E 
com carinho e o amor de Cristo, semeamos a Palavra de Deus. 
9 
 
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Não podemos abandonar uma prática ensinada e deixada pelo nosso Mestre. 
A visitação aos enfermos foi o método de Jesus, devemos seguir o Seu exemplo 
a fim de agradar Àquele que nos alistou para esta peleja... Árdua tarefa, mas 
gloriosa! 
 
7.4 OBJETIVOS DO MINISTÉRIO DE VISITAÇÃO HOSPITALAR 
 
• Levar conforto em hora de aflição e transmitir ensinos bíblicos, a fim de 
que cada pessoa que passe pelo hospital tenha um encontro pessoal com 
Jesus Cristo. 
• Compartilhar o amor de Deus através de palavras ou gestos. Às vezes, 
basta ficar ao lado de um enfermo com bastante dor apenas segurando-lhe 
a mão. Para tanto, é preciso estar sensível às oportunidades que surgem. 
• Enquanto as igrejas abrem suas portas duas a três vezes por semana, os 
hospitais permanecem com suas portas abertas todos os dias sem 
interrupção. 
• As pessoas reconhecem durante a enfermidade, de um modo especial, a 
necessidade de Deus. Estatísticas informam que 85% das pessoas doentes 
lembram-se mais de Deus. 
• A internação é um momento de crise, constituindo-se uma grande 
oportunidade para o encorajamento e conforto. 
• Outros motivos: a grandeza da obra; a situação dos homens sem Deus; a 
ação do inimigo ceifando o corpo e a alma. 
 
 
7.5 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA VISITAÇÃO LEITO A LEITO 
 
a) Para que ir ao hospital? Para transmitir o amor de Deus. 
 
b) Como ir ao hospital? Com roupas adequadas (evitar transparências, 
cores vibrantes, de preferência usar jaleco), não usar acessórios. 
 
c) O que levar ao hospital? Revistas evangélicas, meditações, porções 
dos evangelhos ou o Novo Testamento. 
 
d) O que fazer no hospital? 
 
1) Dirigir-se ao balcão de enfermagem apresentando-se e informando o motivo 
da visita e solicitando informações sobre os pacientes do setor (pacientes com 
restrição ou impossibilitados de receber visitas etc.). 
2) Ao entrar nas enfermarias avaliar se é o momento de entrar. 
10 
 
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3) Apresentar-se ao paciente/acompanhante, explicando o motivo da visita 
(certificando-se de que ele a aceite). 
4) Priorizar os pacientes interessados. 
5) Centralizar o doente e não a doença. 
6) Demonstrar interesse pelo paciente. 
7) Falar em tom normal, jamais cochichar ou gritar. 
8) Conversar sobre atualidades. 
9) Ceder a vez para médicos e enfermeiras. 
10) Respeitar as idéias religiosas diferentes. 
11) Manter boas relações com outras capelanias do hospital. 
12) Falar do amor de Deus, nunca da igreja. 
13) Oferecer-se para orar pelo paciente, e fazê-lo se ele permitir. 
 
e) O que “NÃO” fazer no hospital? 
 
1) Acordar o paciente. 
2) Conversar com dois pacientes ao mesmo tempo. 
3) Chorar na frente do paciente. 
4) Tocar no paciente. 
5) Regular soro, dar remédio ou água. 
6) Sentar na cama do paciente. 
7) Mexer nos objetos pessoais do paciente. 
8) Cansar o paciente. 
9) Levantar as mãos para orar (imposição de mãos). 
10) Prometer cura. 
11) Ungir com óleo. 
12) Banalizar o sofrimento do paciente. 
 
7.6 PASSAGENS BÍBLICAS APROPRIADAS 
 
Consolo e Esperança 
Sl. 23 – “O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará...” 
Sl. 34:7a – “Descansa no Senhor e espera Nele...” 
Sl. 51 – “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade..” 
Is. 40 – “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus” 
Is. 53:4 - “Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades...” 
Mt. 5:1-12 – “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.” 
Rm. 5:1-5 – “Sendo, pois justificados pela fé, temos paz com Deus...” 
Rm. 8:28 – “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” 
Fp. 4:6 – “Não estejais ansiosos por coisa alguma...” 
 
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Grandes Promessas 
Mt. 6:33 – “Buscai primeiro o reino de Deus...e todas as demais coisas serão 
acrescentadas.” 
Mt. 11:28 – “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e Eu vos 
aliviarei.” 
Mt. 28:20 – “...e eis que Eu estou convosco todos os dias...” 
Rm. 8:32 – “Aquele que nem mesmo o Seu próprio Filho poupou, como não nos 
dará também com Ele todas as coisas.” 
Hb. 7:25 – “...Ele pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a 
Deus.” 
Fp. 4:6-7 – “Não estejais inquietos por coisa alguma... e a paz de Deus que 
excede todo o entendimento guardará os vossos corações... em Cristo.” 
 
O caminho da salvação: 
Todos pecaram: Rm. 3:23; I Jo. 1:8; Ec. 7:20 
O pecador está perdido: Rm. 6:23; Ez. 18:4; Jo. 8:24; Jo. 3:18 
O pecador não pode salvar-se a si mesmo: Rm. 3:10-12; Ef. 2:8-9; I Pe. 1:18-19 
Cristo morreu pelos nossos pecados: Rm. 5:8; Is. 53:-5-6; Jo. 1:29 
Somos salvos pela fé em Jesus: Ef. 2:8-9; At. 16:31; Jo. 5:24; Jo. 3:16 
 
7.7 O INÍCIO DA CONVERSAÇÃO COM O PACIENTE 
 
Por mais que tentemos imaginar como será o contato com o paciente, só o 
saberemos de fato quando tivermos que fazê-lo. Parece algo simples, mas na 
prática, para se iniciar uma conversação com alguém que não o conhece e não o 
convidou não é tão fácil. E, no hospital, constantemente, vamos ter contato com 
quem não nos conhece. 
Para o paciente não é muito fácil entender o motivo de nossa visita e do 
nosso interesse por ele. Por isso, é muito importante que no primeiro contato 
venhamos a aproveitar bem os minutos iniciais para explicarmos qual é o nosso 
trabalho e nossa responsabilidade junto ao hospital. 
Procuramos atentar para o nome do paciente junto ao leito, chamando-o pelo 
nome. Apresentamo-nos fazendo um breve relato sobre o nosso trabalho e 
perguntamos ao paciente se ele aceita a nossa visita. Se a resposta for positiva 
daremos então início à conversação, procurando fazer perguntas abertas 
favorecendo, assim, o diálogo e a exposição de suasnecessidades. 
Se percebermos que a nossa presença não é bem-vinda, não insistimos. 
Perguntamos ao paciente se ele concorda que anotemos o seu nome para oração 
e, se ele permitir, oramos em sua presença também. Lembrando que é 
importante deixarmos a porta sempre aberta para o próximo capelão (ou 
evangelista). Geralmente, para que uma pessoa seja alcançada pelo amor de 
Deus muitos lhe são enviados. Você lembra quantos foram até você? 
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Atentemos para o fato de que o visitador corre o risco de ser inoportuno, se o 
paciente não entender o que é o trabalho da capelania e o que faz ali, pois deverá 
desejar a sua permanência. Não basta para isso aquela apresentação formal do 
tipo: “Prezado senhor, eu sou a capelã Fulana e trabalho neste hospital”. Será 
que o paciente entendeu alguma coisa? Será que ele sabe o que faz um capelão, 
por exemplo? 
Muito mais do que uma simples apresentação, estes primeiros instantes 
servem para que o capelão explique ao enfermo o que é o serviço de capelania 
do hospital, como ele funciona e qual a sua própria função. Faça um breve relato 
do seu trabalho. Isto deverá motivar o paciente a desejar receber o 
acompanhamento do capelão. O foco central da conversa deve ser sempre o 
paciente, mas algum tipo de estruturação pode ser necessária para começarmos o 
trabalho. Algum objeto percebido em sua cabeceira, por exemplo, pode nos dar 
subsídio para iniciar a conversação com pessoas muito fechadas. 
Não daria certo deixarmos por conta do paciente o desenvolvimento de uma 
conversa com quem ele não conhece e a quem ele não convidou. Por certo, ele 
seria totalmente evasivo e superficial. A verdade é que se o paciente não sabe 
exatamente qual o nosso objetivo, não saberá como se comportar diante de nós. 
Quando um médico pergunta “como vão as coisas”, ele sabe exatamente como 
responder por que sabe a que o médico está se referindo. Mas, se um capelão, a 
quem ele não conhece e nem compreende, lhe faz a mesma pergunta, o paciente 
não saberá o que responder, porque não sabe o que esta pergunta significa. 
Podemos perguntar como anda a sua vida espiritual, de que maneira ele tem 
se comunicado com Deus. 
O tipo de instrução que sugerimos não implica em sermos formais ao 
extremo e nem em transferirmos o foco da atenção do paciente para nós 
mesmos. Apenas estamos convencidos de que uma apresentação simples, 
calorosa, mas direta, deixará o paciente muito mais à vontade em nossa presença 
e isto abrirá portas para uma conversação genuína. 
 
7.8 ESCUTAR – UMA ARTE 
 
• Nas definições do dicionário, Ouvir é: perceber, entender (sons, ruídos) 
pelo sentido da audição; e Escutar é: tornar-se atento para ouvir; dar 
ouvidos a; prestar atenção para ouvir alguma coisa. 
 
O capelão acolhe, e para tal precisa desenvolver a arte de escutar, para fazê-
lo com qualidade e com respeito, mesmo que não tenha como resolver o 
problema do outro. Deve estar pronto para, a partir da escuta bem feita, lançar 
uma palavra de conforto e esperança, que sempre cai bem. 
Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. E, alguns princípios, se postos 
em prática, nos ajudarão a crescer na arte de escutar e, consequentemente, na 
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habilidade de ajudar as pessoas. Precisamos nos empenhar em aperfeiçoar 
nossas atitudes a cada encontro. 
Se praticarmos 6 princípios básicos para estruturar este relacionamento, 
certamente seremos bem sucedidos em nossos objetivos: 
 
1) ANALISAR NOSSA PRÓPRIA ATITUDE 
• Avalie e reflita as emoções (sua e do paciente) e procure manter o 
controle quanto à agressividade, a timidez, a passividade e a impaciência. 
• Qual é a sua atitude em relação à pessoa com quem está conversando? 
Você tem preconceito dela? Tem medo dela? 
• A situação de saúde causa repugnância dentro de você? 
• Existe qualquer hostilidade entre vocês? Você realmente se importa com 
esta pessoa? 
• Ao ver alguém sofrendo, lembre-se que as suas reações emocionais 
negativas podem ser detectadas pelo doente ou seus familiares. Busque 
discernimento e sensibilidade na conversação. Seja paciente para escutar 
enfermos e familiares (acompanhantes). 
• Tudo isto vai afetar o significado do que você ouvirá dela. As palavras 
perdem seu sentido, quando nossas atitudes não permitem que escutemos 
com objetividade. 
• Precisamos desenvolver uma atitude de aceitação da pessoa e do que ela 
diz, sem julgá-la ou condená-la. Não devemos defender qualquer posição 
nossa, mas tentar ouvir o que o outro quer revelar. 
 
2) FOCALIZAR NOSSA ATENÇÃO PRINCIPALMENTE NA VOZ E 
NOS OLHOS DO OUTRO 
• Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de você. 
• Escute com os olhos, de forma discreta, para sentir a pessoa e o ambiente 
e modere os seus gestos. 
• Repare a voz do paciente, que estado emocional ele revela? Uma voz 
baixa ou uma voz monótona pode indicar nervosismo. Um falar depressa 
e em voz alta pode indicar um espírito agressivo, e pode ser que ele não 
queira deixar você falar muito. Você poderá dizer: “pela sua voz, tenho a 
impressão de que está muito...” 
• Podemos utilizar de técnicas da comunicação não verbal através de gestos 
corporais e expressões faciais, muito úteis para lidar com pessoas 
fechadas. 
• Livros indicados: “O Corpo Fala” (Pierre Weil e Roland Tompakow) / A 
Comunicação não Verbal (Flora Davis). 
 
3) DESENVOLVER A CAPACIDADE DE AVALIAR OS SENTIMENTOS 
DO PACIENTE 
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• Preste atenção à conversa do paciente para verificar suas preocupações. 
• Saiba que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o 
comportamento ou a receptividade do paciente de uma hora pra outra. 
• No geral, há palavras que expressam sentimentos diversos: convicção, 
perturbação, irritação, alegria, felicidade. Mas, é o tom de voz que dá aos 
sentimentos proferidos um significado maior que as definições de um 
dicionário. Cabe a nós avaliar o conteúdo emocional da comunicação. 
Se o paciente chora enquanto fala, permita-lhe este privilégio. Você como 
ouvinte, não deve fugir das lágrimas, mas prestar atenção para descobrir 
as razões pelas quais a pessoa está chorando. “O que significa as suas 
lágrimas”. 
• Enquanto o outro estiver explicando seus problemas evite o perigo de se 
distrair pensando nos seus próprios problemas. 
• O que a palavra espiritual significa para você? E cura? Não devemos 
avaliar o outro segundo os nossos conceitos. 
• Devemos nos empenhar em entender o significado da dor causada pelo 
sofrimento, só sente sua alma aquele que experimenta a dor do 
sofrimento. A dor se suprime com analgésico, o sofrimento não. Se 
colocar na posição do outro para entender o seu ponto de vista sempre 
funciona. 
 
4) APRENDER A INTERPRETAR E VERBALIZAR AS EMOÇÕES QUE 
VOCÊ ESTÁ RECEBENDO 
• É preciso fornecer ao paciente um feedback das emoções que ele está 
transmitindo. Ele ficará satisfeito se você revelar que entendeu o 
problema dele. Isso não significa apenas repetir literalmente o que a 
pessoa já disse, mas interpretar o sentido das palavras usadas e os seus 
sentimentos e depois verbalizá-las com suas próprias palavras. 
• Não queira forçar o doente a se sentir alegre nem o desanime. Aja sempre 
com naturalidade. 
• Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o 
doente. 
• O capelão precisa ajudar o paciente a reconhecer a importância do 
hospital e das pessoas imbuídas na sua recuperação. Precisa demonstrar 
interesse na recuperação do paciente e na sua necessidade de ser ouvido. 
Aquele que se sente esquecido e desprovido de sorte será “socorrido” pelo 
capelão. 
 
5) EVITAR AGRESSIVIDADE 
• Não domine a conversa. Lembremos que anossa missão é ouvi-lo e 
confortá-lo. Quando falamos muito, a pessoa se confunde. 
• Não discuta, nem revele hostilidade ou ressentimento. 
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• Não tente manipular as pessoas, nem enganá-las. 
• Jamais julgue ou debata com o paciente algo pessoal de sua vida. Busque 
exercer a misericórdia sendo firme para apoiá-lo no que necessita. 
Respeite a sua crença e o seu ponto de vista. Devemos trazer o paciente a 
pensar no Deus de amor. 
• O paciente está sensibilizado pelo estado em que se encontra e não pode, 
de forma alguma, ser confrontado. Mas, consolado, amparado em seus 
medos e incertezas quanto às circunstâncias. 
 
6) EVITE A PASSIVIDADE E A TIMIDEZ EXAGERADA 
• Não precisamos concordar com tudo que o paciente diz. É mais 
importante entender o que ela diz, do que criar uma impressão favorável. 
• Não é necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada. As 
soluções dos problemas vêm por meio das tensões. 
• Não seja passivo como uma esponja. Demonstre interesse e participação 
no diálogo e esteja preparado para responder. 
• Não se prenda aos detalhes da conversa. Identifique as informações 
básicas para compreender o interlocutor. 
• Todas as nossas iniciativas, a maneira como conduziremos a conversa 
com o paciente irá depender da habilidade que tivermos na escuta. Por 
isso, a importância de desenvolvermos esta habilidade. 
 
7.9 NORMAS PARA UMA ESCUTA EFICAZ 
 
• Escutar é um processo. Você precisa identificar-se com a pessoa que fala. 
• Se a pessoa tenta diminuir o problema isso pode revelar falta de confiança 
em sua ajuda ou ausência de auto-estima. 
• Alguns problemas podem não nos parece sérios, mas devemos reconhecer 
que ele é sério para a pessoa que está sofrendo com ele. 
• Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções pessoais 
sejam diferentes. 
• Se o paciente lhe apresentar um problema que lhe parece insolúvel, aceite 
seu estado de confusão e ajude-o observar os diferentes aspectos do 
problema: sua origem, quem esta envolvida nele, possível soluções, etc. 
• Ajude-o a assumir a responsabilidade por suas decisões. 
• Demonstre amizade e interesse. O problema é grande? Leve a carga com a 
pessoa até que ela possa levá-la sozinha. 
• Procure dividir o problema em várias partes para atacá-las separadamente. 
• Dê oportunidade para a pessoa esclarecer sua posição. Isto facilitará a 
compreensão dos problemas e como solucioná-los. 
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• Se descobrir contradições na conversa revele-as à pessoa, com muita 
sabedoria evitando colocá-la como mentirosa. Isto a ajudará a se sentir 
menos confusa e ansiosa. 
• Pergunte se ela já enfrentou um problema semelhante no passado. Ela 
poderá recordar que tem habilidade para superar a situação, como já 
aconteceu. 
• Apresente várias alternativas para resolver o problema. Mas, evite 
conselhos estereotipados. E anime a pessoa a restabelecer relações com 
pessoas de importância em sua vida (parentes, amigos, pastor) 
• Evite perguntas com respostas premeditadas fazendo perguntas “abertas”. 
• Enfatize o tempo presente e o objetivo da entrevista. Veja se tem 
possibilidade de ajudar esta pessoa nestas circunstâncias, senão 
encaminhe-a a outra pessoa. 
• Não se deve alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: “Não se 
preocupe, está tudo bem”. 
• Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser feito. 
Deixe a pessoa tomar a decisão adequada e assumir a responsabilidade. 
• Reconheça suas capacidades e limitações, você é humano e finito. Confie 
na atuação de Deus através de sua insuficiência e deixe-O agir onde você 
é insuficiente. 
 
“Se ao paciente é suficiente uma palavra não ofereça discursos; Se lhe for 
necessário apenas um gesto, esqueça as palavras; Se ele só lhe pedir um olhar, 
omita o gesto. E se lhe basta o silêncio ore com ele e por ele”. 
O evangelho é pregado em meio a tudo isso. 
Tradução livre de um poema do Pe. Martin Puerto, Argentina 
 
 
8. CAPELANIA PRISIONAL 
 
O Senhor Jesus em Hebreus 13:3 nos diz: "lembrai-vos dos encarcerados, 
como se presos com eles; dos que sofrem mal tratos, como se, com efeito, vós 
mesmos em pessoa fôsseis os mal tratados". 
Com estes ensinamentos o ministério da capelania prisional, entende que o 
Senhor quer alcançar não somente as pessoas enfermas e em tratamentos nas 
internações hospitalares, mas também, as pessoas que se encontram internadas 
em regime prisional. 
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8.1 OBJETIVO 
 
Inicialmente, dar suporte ao trabalho cristão evangelístico de apoio aos 
internos do sistema penintenciário no tocante ao serviço de capelania prisional, 
compromisso com a não violência, respeito à vida, solidariedade, 
relacionamento com os profissionais da segurança (policiais civis e militares), 
teologia do sofrimento, consolo, noções de aconselhamento cristão e 
comportamento ético no ambiente prisional, dentre outros. 
 
O presídio é um lugar onde ninguém gostaria de estar, muito menos de saber 
que existem pessoas que estão lá por motivos variados, todos tipificados no 
Código Penal Brasileiro, e de acordo com a sentença recebida pelos seus atos, 
podem cumprir a pena em regime fechado, semiaberto e aberto. Sem dúvida 
alguma, é um lugar onde as lágrimas rolam todos os dias, pessoas têm 
sentimentos variados, é um local onde o inferno implanta o seu reino de terror 
com todo tipo de opressão, depressão, espíritos malignos que rondam as mentes, 
muitas vezes levando ao suicídio, mortes, fugas e tudo o que tem de ruim por 
conta da atuação do mal. É um lugar triste de dor e sofrimento onde o ser 
humano está privado do maior bem que tem – a liberdade. Quando esta lhe é 
retirada, retira-se também o tempo de vida e este não volta, não há como reverter 
o tempo perdido, o que se passou em sua vida estará para sempre marcado em 
seu coração. Restando tão somente que a atuação do Senhor em sua vida possa 
consolá-lo em Deus. 
O posicionamento quanto à atuação da capelania prisional como um grupo 
interdenominacional de evangélicos desenvolvendo este trabalho, e o de estar 
constantemente na presença do Senhor, literalmente no óleo do Espírito Santo, 
preparados para enfrentar todas as retaliações, entendendo que elas poderão vir. 
Por isso, o capelão prisional precisa ser enviado, comissionado pela Igreja local 
e trabalhar em unidade com este conjunto maior e com seus pastores, não 
podendo estar sem cobertura espiritual. Sendo vigilante em oração e jejum, e 
fechando possíveis brechas que darão legalidade ao diabo para investir contra a 
Igreja impedindo-a de cumprir o seu chamado. 
 
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8.2 TEOLOGIA DO SOFRIMENTO 
 
Neste estudo de teologia do sofrimento, o que mais impressiona é o fato deste 
sofrimento estar ligado diretamente na contra-mão do versículo que entendo 
denotar todo o amor que livra do sofrimento eterno: João 3:16 – “...para que 
todo aquele que nele crê, não pereça...”. 
Dentro de um presídio, este sofrimento toma uma forma extremamente cruel, 
atingindo a alma do preso, a culpa, o arrependimento ou não, o “filme” que fica 
passando na mente, a dor que corrói internamente, pois nenhum detento está ali 
em férias da vida ou da família. E esta condição de perecer eternamente é a 
maior preocupação do capelão no resgate do amor, pois o inferno é eterno. O 
objetivo, então, é transformar a maldição em benção, a tristeza em alegria, o 
desespero em calmaria na alma, o sofrimento em consciência do Céu e do 
inferno, por toda a eternidade. “E irão estes para o tormento eterno, mas os 
justos para a vida eterna”.(Mateus 25:46) 
 
8.3 CONSOLO E ACONSELHAMENTO CRISTÃO 
 
No livro de Mateus 25:31-46, todas as maneiras de consolo e aconselhamento 
cristão estão descritas de forma única e eficaz, e neste condão de entendimentos 
não há como escapar do julgamento do Senhor acerca do que podíamos fazer e 
não o fizemos por pura displicência. No presídio, estas situações são muito 
claras e destacam-se também na ótica de Deus, pois todo o lugar em que 
colocarmos os nossos pés, ali será terra santa, consagrada ao Senhor. E, dentro 
de um presídio se tem uma terra muito fértil para consolar e aconselhar numa 
realidade nunca vista pela sociedade. 
Não se tem muito tempo dentro de um presídio para dedicar a essa prática, 
por isso o capelão precisa estar afiado na Palavra de Deus, para de imediato 
aplicá-la. Os aconselhamentos são feitos pelas grades, sem contato pessoal com 
o detento, por esta razão deve-se fazer o melhor que puder, pois aquela 
oportunidade pode ser a única e última para ele. 
A distribuição de Bíblias é de vital importância a todos os internos que assim 
deseja-la, mas o alvo deve ir além da fronteira do poder fazer superando os 
limites de pregar, consolar e aconselhar. 
Na Palavra do Senhor está escrito com todas as letras de forma muito clara. 
“não julgueis segundo a aparência, mas julgais segundo a reta justiça” (João 7 
:24). A falta de perdão traz tormenta 24h por dia dentro de um presídio. Mas, 
como ministrar perdão se não o vivenciarmos? Devemos exercer o perdão 
incondicionalmente. Presídio é lugar de perdão. 
 
8.4 ÉTICA PRISIONAL 
 
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Encarar os fatos acerca de uma postura de condenação ou absolvição cabe tão 
somente às circunstâncias judiciais, se ele ou ela está condenado (a) é porque 
houve um julgamento e uma sentença judicial que o (a) condenou a cumprir a 
sua pena. A postura do capelão deve ser a de que ele (a) foi condenado (a) e 
deverá cumprir a sua pena de forma que a sua dívida com a sociedade seja paga. 
Porém, como homem/mulher transformado (a) pelo poder de Deus. Essa é a 
diferença do preso comum para os que se convertem ao Senhor Jesus, eles são 
homens e mulheres transformados e essa diferença sobressai dos (as) demais 
detentos (as). 
 
 
9. CAPELANIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Há uma importância imensa para Deus, no relativo a dar assistência aos que estão 
com fome, sede, nus, conforme escrito em Mateus 25:35-36. É ordem do Senhor Jesus. 
Aprenderemos que a fé e as obras devem caminhar juntas. Deus, em sua Palavra, deu 
ênfase especial ao amor. Desde o Velho Testamento Ele deixou leis e mandamentos 
sobre a prática do amor destacando alguns segmentos marginalizados como: pobre, 
necessitado, viúva, órfão e o estrangeiro. Na Bíblia encontramos inúmeras referências 
às boas obras e a prática do bem. Vejamos alguns versículos bíblicos: 
 
Êxodo 22:22 – “A nenhuma viúva nem órfão afligireis”; 23:6 – “Não perverterás o 
direito do teu pobre na sua demanda.” 
Levítico 19:15 – “Não farás injustiça no juízo; não farás acepção da pessoa do pobre, 
nem honrarás o poderoso; mas com justiça julgarás o teu próximo”; 23:22 – “Quando 
fizeres a sega da tua terra, não segarás totalmente os cantos do teu campo, nem 
colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixará. 
Eu sou o Senhor vosso Deus.” 
 Mateus 5:16 – "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as 
vossas boas obras e glorifiquem ao Vosso Pai, que esta nos céus". 
 Esta é a visão e o objetivo da capelania social. A ação social deve estar associada 
à apresentação do Evangelho como meio para mostrar às pessoas o cuidado e o amor de 
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Deus, ao conhecer e suprir-lhe as necessidades materiais através do seu povo. 
 A responsabilidade social é um conjunto de conceitos e ações que contribui para 
fazer um mundo melhor com a participação de todos. E, a capelania social é a solicitude 
de toda igreja para com as questões sociais. Trata-se de uma sensibilidade que deve 
estar presente em cada igreja e em cada dimensão, setor e pastoral. Enfim, deve estar 
presente nas comunidades eclesiais de base e nos movimentos. Em outras palavras, 
deve ser preocupação inerente a toda ação evangélica. 
 Dentro da dimensão sócio transformadora, é função da capelania social procurar 
responder a esse tipo de situação. Isto significa que as respostas não estão prontas, não 
há receita acabada. Em cada momento e em cada local, é preciso iniciar um processo 
em que o maior número de pessoas se envolva na busca de soluções concretas. 
 A partir da conscientização, da organização e da mobilização, abrem-se caminhos 
alternativos. O importante é chamar a atenção da igreja e da sociedade para esse quadro 
de injustiça cada vez mais grave. É importante também, como veremos adiante, 
envolver o maior número de parceiros na luta pela transformação social. 
 A capelania social tem como finalidade concretizar, em ações sociais e específicas, a 
atitude da igreja diante de situações reais de marginalização 
 A capelania social é voltada para a condição socioeconômica da população. Hoje, 
como ontem, ela se preocupa com as questões relacionadas à saúde, à habilidade ao 
trabalho, à educação, e, enfim, às condições reais da existência e qualidade de vida. 
 
 “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham com abundância.” (João 
10:10) 
 
 
10. CAPELANIA CEMITERIAL 
 
 Ao nos depararmos com uma situação de falecimento, percebemos o quanto estamos 
despreparados para tal momento, principalmente se for alguém muito querido. 
 A assistência à família é imprescindível e dever ser oferecidas por pessoas 
capacitadas para tal, para que ajudem e não aumentem o sofrimento já existente. 
 
 
 
 Esse acontecimento mesmo indesejado e doloroso nos traz uma grande oportunidade 
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de fazer uma melhor reflexão sobre: 
 
1) Como está nossa vida para com o Senhor nosso Deus? 
2) Qual é a nossa real condição espiritual para enfrentar a eternidade? 
3) Em se tratando de um momento delicado, sofrido e muitas vezes até desesperador, o 
capelão tem por objetivo levar aos familiares e amigos da família uma palavra de 
consolo e conforto espiritual, mostrando aos presentes através da palavra de Deus, que 
nem sempre a morte é o fim. E que o nosso Deus, em Cristo Jesus, tem um propósito 
em tudo, conforme a sua Palavra; (João 14:2,3). 
 
 A Capelania Cemiterial com muita habilidade poderá realizar um excelente trabalho 
de evangelização levando apoio com orações e consolo aos entes queridos, familiares, 
amigos e, em geral, a todos os presentes na cerimônia de sepultamento. Pois, o capelão 
levará uma mensagem de compaixão e conforto. Isaias 49:10; Filipenses 2:1; 
Colossences 2:2; I Tessalonicensses 4:18. 
 
O CONFORTO DE DEUS 
 
 Podemos enfrentar as adversidades da vida com mais força quando nos entregamos 
ao Senhor nosso Deus, em Cristo, e confiamos que Ele pode nos proporcionar uma 
força Divina para vencer. Fl. 4:13; Sl 30:11. 
 
 
11. ÉTICA NA CAPELANIA 
 
 A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade ou 
a reflexão filosófica sobre moralidade, isto é, sobre as regra e os códigos morais que 
norteiam a conduta humana. 
 O motivo da aplicação do estudo da ética do capelão está relacionado ao fato do 
capelão necessitar de luz sobre seu trabalho diário, pois constantemente precisa tomar 
decisões morais em situações complexas e equívocas. É especialmente indispensável 
que o capelão tenha compreensão de ética a fim de aplicar a sua própria vida, bem 
como, dar uma orientação moral sã ao aflito, hospitalizado, encarcerado,enlutado, 
tendo em vista que, nenhum julgamento adequado pode ser feito de um ato certo ou 
errado, bom ou mal sem que o motivo que está ao fundo de toda conduta seja 
conhecido. 
 
 Um bom exemplo de ética encontramos em Jesus. O apóstolo Paulo o descreve 
como aquele que foi totalmente altruísta ao se esvaziar de si mesmo para ser útil aos 
outros (Filipenses 2). A ética não leva o indivíduo a ser egoísta ou individualista, mas 
altruísta, introduzindo-se no contexto para a utilidade do todo. 
 
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 Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada na 
vida profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e 
responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que delas se beneficiam, por isso é 
necessário saber “fazer” e “agir”. 
 O fazer diz respeito à competência e eficiência que todo profissional deve possuir 
bem em exercício de seu ofício. O agir se refere à conduta do profissional, sendo ele 
capelão ou não, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de seu ofício. 
 
11.1 AS NORMAS MORAIS E JURÍDICAS 
 
 Como disciplina prática, a ética procura responder a questões do tipo: 
 
1 – O que devo fazer? 
 
2 – Como devo agir? 
 
 Quando essas questões éticas são colocadas pelo capelão e respondidas apenas por 
sua consciência (individual), surgem as normas morais. Por outro lado, se colocadas 
pela sociedade e respondidas pelo Estado, surgem as normas jurídicas. 
 
Normas morais: São regras éticas que tem como base a consciência moral das pessoas 
ou de um grupo social. Sua transgressão não acarreta sanção do Estado. 
 
Normas jurídicas: Regra social de conduta que tem como base o poder social do Estado 
sobre a população que habita seu território. 
 
11.2 CONSEQUÊNCIA MORAL 
 
 A consciência permite o desenvolvimento do saber e de toda a racionalidade que se 
empenha em distinguir o verdadeiro do falso. Mas, além dessa consciência lógica, o ser 
humano possui também a consciência moral, isto é, a faculdade de observar a própria 
conduta e formular juízos sobre os atos passados, presentes e intenções futuras. Assim, 
a consciência moral é uma característica peculiar ao homem de julgar suas ações, 
decidindo se elas são boas ou más. 
 
11.3 O VALOR HUMANO 
 
 Atribuir valor a alguma coisa é não fica indiferente a ela. Valorizar é dar valor. Os 
valores resultam da experiência vivida pelo homem ao se relacionar com o outro. O que 
significa que os valores são em parte herdados da cultura. Em tese, tais valores existem 
para que a sociedade subsista, mantenha a integridade e possa se desenvolver. O 
homem precisa de regras para sobreviver. 
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11.4 A CONDUTA DO CAPELÃO 
 
 Na ética não há individualismo ou egoismo, mas altruísmo e espírito coletivo. Em 
qualquer tipo de atividade, para atingir os seus objetivos como um todo o homem há de 
ser ético. Salmos 15:1-5; Provérbios 10:9 e 28:18. 
 
 Toda instiuição seja ela religiosa, civil ou militar tem uma imagem perante a 
sociedade, assim sendo, a postura do capelão é importante, pois, é a sua instituição 
exposta diariamente, ou seja, é um representante da capelania evangélica em meio a 
uma sociedade sofrida. E a postura adequada é aquela que demonstra confiabilidade. 
 
 A ética cristã é a base da capelania. Segundo o Dicionário Teológico, ética é o 
estudo sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e do governo, 
com o objetivo de estabelecer o que é certo e o que é errado. Tendo como fonte a 
consciência, o direito natural, a tradição e as legislações escritas. Mas, acima de toda 
sistemática da ética filosófica, existe a ética das éticas, a qual o Senhor Jesus 
estabeleceu nas Sagradas Escrituras, e que tem por objetivo definir o supremo bem, 
declarando os princípios da ação humana, ou seja, como fazer e como agir. 
 A revelação bíblica estabelece a vontade de Deus e nos dá normas e princípios de 
conduta, que são a base para a prestação de serviço de capelão, contudo, podemos 
perceber que ética filosófica (ou secular) e ética cristã tem as suas correlações. Ambas 
têm interesses comuns na base fundamental da conduta humana, na natureza do certo 
ou errado (valores, deveres, homem, sociedade). 
 No tocante a conduta do capelão quanto ao “como fazer” e “como agir” não se deve 
esquecer de que trata-se de um mensageiro habilitado a levar amor, conforto e 
esperança aos desalentados, familiares e profissionais envolvidos nesta dinâmica, 
transmitindo a fé cristã através da assistência espiritual, emocional e social, sem 
qualquer distinção de raça, credo religioso ou social. Em busca da da excelência no 
ensino e no minitério de consolo e esperança eterna, com o propósito de conquistar 
almas para o Reino. 
 A má conduta e a não observação dos procedimentos corretos podem fechar portas 
que outros anteriormente lutaram para que fossem abertas. 
 
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APOIO: 
Capelania Evangélica Nova Jerusalém 
EMAIL: contato@capelaniacenj.com.br 
SITE: www.capelaniacenj.com.br 
 
 
 
12. BIBLIOGRAFIA 
 
– Materiais utilizados no Curso de Formação em Capelania CENJ (Capelania 
Evangélica Nova Jerusalém); 
– Bíblia Sagrada; 
– Pesquisas na Web 
 
13. LITERATURA INDICADA 
 
• “A Revolução no Voluntariado” – Bill Hybels 
Editora Mundo Cristão – SP 
 
• “No leito da enfermidade”, “Mal em bem”, “Aconselhamento a pacientes terminais”, 
“O poder do amor” e “Dor na alma – Depressão – Uma dor que ninguém compreende” 
– Eleny Vassão 
Editora Cultura Cristã.

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