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Coccidiose Aviária Aula 12 Prof. Caio Fernandes Silva Coccidiose Introdução ● A coccidiose ou eimeriose aviária é uma parasitose intestinal que acomete diversas espécies de aves tendo como agente etiológico os protozoários do gênero Eimeria. ● Grande Impacto econômico: US$1,5 bilhão/ ano no mundo* ● Problemas de resistência com Anticoccideos Etiologia ● Eimeria é um protozoário pertencente a Família Eimeriidae ● Espécie-específico (spp diferentes parasitam partes exclusivas do intestino) ● Intracelular obrigatório ● Sete espécies têm sido reconhecidas infectando galinhas*: ○ E. acervulina ○ E. maxima ○ E. tenella (+patogenica) ○ E. brunetti ○ E. necatrix ○ E. mitis ○ E. praecox Ciclo e Patogenia ● A doença é causada pela destruição das células em seu processo de replicação. ● A transmissão é direta ● Possuem duas etapas de multiplicação, uma assexuada (fase mais patogênica) e outra sexuada ● O ciclo de vida é dividido em três fases: ○ Esporogonia (processo de esporulação dos oocistos, que ocorre no meio ambiente) ○ Merogonia (esquizogonia) ○ Gametogonia (que ocorre no organismo do hospedeiro) Ciclo e Patogenia 1. Os oocistos esporulados em material contaminado (cama, água, ração) são ingeridos pelos animais. 2. A parede dos oocistos é destruída na moela por força mecânica, liberando os esporocistos que serão digeridos pelas enzimas digestivas, liberando a forma que invadirá a célula hospedeira: o esporozoíto. 3. Dentro dos enterócitos, o esporozoíto sofre sucessivas divisões até a formação do meronte (esquizonte) 4. Após a maturação este meronte rompe a célula liberando os merozoítos que invadem outras células repetindo o processo por 2 a 4 gerações, dependendo da espécie Ciclo e Patogenia 5. Após esta fase, os merozoítos invadem novas células diferenciam-se em micro e macrogametócitos, os quais irão se unir e formar o zigoto que dará origem ao oocisto, que é liberado no meio ambiente junto com as fezes. 6. Este oocisto, sob condições ótimas de umidade, temperatura e oxigênio esporulam (entre 18 a 30 horas, dependendo da espécie), tornando-se infectantes. Sinais Clínicos ● Os sinais variam de diminuição da taxa de crescimento a uma alta porcentagem de aves visivelmente doentes, diarréia grave e alta mortalidade. ● Consumo alimentar e hídrico são diminuídos ● Associados a surtos, pode haver perda de peso, desenvolvimento de refugos, diminuição na produção de ovos e aumento da mortalidade ● Infecções por E. tenella são encontradas apenas nos núcleos cecais ○ Acúmulo de sangue e fezes sanguinolentas Diagnóstico ● Identificação do agente através de microscopia: ○ Coproparasitológico ○ Raspados intestinais ● Determinação da Spp.: Localização do hospedeiro, aparência da lesão e o tamanho dos oocistos. ● Necrópsia Prevenção e Controle ● Biosseguridade: controle do ambiente (limpeza e desinfecção) ● Controle diário do consumo de água, de ração, presença de roedores, de fluxos de pessoas e de biossegurança. ● Programa de integração: ○ Métodos sanitários, medicamentosos e imunológicos Prevenção e Controle ● Vacina: ○ Vacina Viva ○ Atenuada ○ Recombinantes ● O principal objetivo é reduzir os oocistos na cama durante o ciclo de infecção, reduzindo os danos ao hospedeiro e realizando a queda da virulência, sem decréscimo significativo na imunogenicidade. Tratamento ● Segundo o Departamento de Fiscalização de Insumos Agropecuários os anticoccidianos utilizados para a eliminação (coccidicida) ou inibição do protozoário (coccidiostático) autorizados no uso em rações de frangos de corte são: ○ nicarbazina, diclazuril, monensina sódica ou associada ao ácido 3-nitro, salinomicina sódica ou associada a ácido 3-nitro. ● Para o uso desses produtos deve-se respeitar o período de carência estipuladas pelo MAPA ● Problema de resistência FIM
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