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RELAÇÕES BANCÁRIAS Unidade 3 O Sistema Financeiro Nacional e Sua Regulamentação Prof. W. Glayco da Fonseca O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN Sistema Financeiro Nacional (SFN): conjunto de instituições, instrumentos e mercados agrupados de forma harmônica; Finalidade: canalizar a poupança das unidades superavitárias até o investimento demandado pelas deficitárias. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN Sistema Financeiro Nacional (SFN), pode ser visto como: • Uma rede de mercados e instituições com a função de transferir fundos disponíveis entre poupadores e investidores. Daqueles com renda maior que seus gastos para aqueles com mais oportunidades de gastos que sua renda; • Conjunto de unidades operacionais e dos responsáveis pelas políticas monetária, creditícia, cambial e fiscal que regulam seu funcionamento; • Organização de cunho regulatório: agentes financeiros, sem limitações doutrinárias ou normativas emanadas das autoridades competentes, resultariam em entidades mal definidas e indisciplinadas. Sistema Financeiro Nacional (SFN) quando funciona mal, gera perturbações nos fluxos monetários. Se excessivos, são de demorada correção e podem acarretar: 1. Luta desenfreada pelos recursos financeiros, encarecendo-os; 2. Transferência de atividades econômicas próprias da iniciativa privada para o setor público; 3. Instabilidade do nível de preços e inutilização das previsões econômicas; O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN Sistema Financeiro Nacional (SFN) quando funciona mal, gera perturbações nos fluxos monetários. Se excessivos, são de demorada correção e podem acarretar: 4. Desvirtuamento das funções das IF elevando o custo do dinheiro e descrédito com o público; 5. Insuficiência de dinamização do mercado financeiro; 6. Desestímulo à poupança espontânea dos indivíduos e das empresas, que passa a ser substituída pela poupança de caráter forçado, nem sempre transformada em investimento, mas em despesa de custeio do Estado. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN SFN - Diferenças pelo mundo - O sistema financeiro das nações difere em pelo menos cinco aspectos (ROSSETTI,1997): 1. os padrões com que as instituições normativas interferem nas regras de intermediação; 2. a diversidade das instituições de intermediação e de suas carteiras operacionais; 3. os tipos de instrumentos de captação de recursos e de operações ativas; 4. a estrutura dos ativos financeiros, monetários e não monetários, quanto a taxas de participação de cada um deles no estoque do sistema como um todo; e 5. os graus de abertura em relação ao sistema financeiro internacional. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN SFN - Diferenças pelo mundo - O sistema financeiro das nações difere em pelo menos cinco aspectos (ROSSETTI,1997): Grau de Interferência Diversidade de Instituições e Carteiras Instrumentos de Captação e Operações Participação de cada ativo na estrutura Grau de abertura ao SF Internacional O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN SFN - Principais funções: 1. Promover a poupança; 2. Arrecadar e concentrar a poupança em grandes volumes; 3. Transformar a poupança em créditos especiais; 4. Encaminhar os créditos às atividades produtivas; 5. Gerenciar as aplicações realizadas e manter um mercado para elas. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN SFN - Vantagens de um Mercado Organizado: 1. Maximização do tempo, 2. Transparência, 3. Operatividade, 4. Custo menor, um vez que o custo que as partes terão que suportar está na comissão que os intermediários cobram pela gestão. SISTEMA FINANCEIRO UNIDADES SUPERAVITÁRIAS Governo Empresas Famílias UNIDADES DEFICITÁRIAS Governo Empresas Famílias INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS Bancos e Caixas Econômicas; Bancos de Investimento e Financeiras Fundos de Investimento, Outros MERCADOS FINANCEIROS Capitais Derivativos Crédito Divisas, Outros ATIVOS FINANCEIROS Ações Títulos privados Divisas Derivativos Títulos públicos, Outros Agente Superavitário Intermediaçã o Financeira Agente Deficitário CVM O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA REGULAÇÃO Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN CMN Moedas, Crédito, Capitais e Câmbio Seguros Privados Previdência Fechada SF N Principal ramo do SFN lida diretamente com quatro tipos de mercado: Mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda escritural, aquela depositada em conta corrente; Mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo das pessoas em geral e para o funcionamento das empresas; Mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral captar recursos de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos; Mercado de câmbio: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira. Ramo do SFN para quem busca seguros privados, contratos de capitalização e previdência complementar aberta. Mercado de seguros privados: é o mercado que oferece serviços de proteção contra riscos; Previdência complementar aberta: é um tipo de plano para aposentadoria, poupança ou pensão. Funciona à parte do regime geral de previdência e aceita a participação do público em geral. Contratos de capitalização: são os acordos em que o contratante deposita valores podendo recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios. Voltado para funcionários de empresas e organizações. O ramo dos fundos de pensão trata de planos de aposentadoria, poupança ou pensão para funcionários de empresas, servidores públicos e integrantes de associações ou entidades de classe. ht tp s: //w w w .b cb .g ov .b r/ es ta bi lid ad ef in a nc e ira /s fn fo nt e: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn Ó rg ã o s N o rm a ti v o s S u p e rv is o re s O p e ra d o re s Moedas, Crédito, Capitais e Câmbio Seguros Privados Previdência Fechada CMN Conselho Monetário Nacional BC Banco Central do Brasil (Bacen) CVM Comissão de Valores Mobiliários CNSP Conselho Nacional de Seguros Privados CNPC Conselho Nacional de Previdência Complementa Susep Superintendência de Seguros Privados Previc Superintendência Nacional de Previdência Complementar Bancos e Caixas Econômicas Bolsa de Valores Bolsa de Mercadorias e Futuro Corretoras e Distribuidoras Administradoras de Consórcios Cooperativas de Crédito Instituições de Pagamento Demais Instituições Não Bancárias Seguradoras e Resseguradoras Entidades Abertas de Previdência Sociedades de Capitalização Entidades Fechadas de Previdência Complementar SF N Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn Operadores Bancos Banco de Investimento Realiza empréstimos de capital fixo ou de giro; Capta recursos por meio de depósitos a prazo e interfinanceiros, não opera com depósitos à vista Estrutura SFN Instituição financeira especializada em intermediar o dinheiro entre poupadores e aqueles que precisam de empréstimos, além de custodiar (guardar) esse dinheiro. Disponibiliza serviços financeiros para os clientes (saques, empréstimos, investimentos, entre outros). Banco de Câmbio Realiza compra e venda de moeda estrangeira Banco Comercial Capta recursos por meio de depósitos à vista e a prazo; Intermedia a circulação de recursos entre investidores e tomadores de empréstimos Bancode Desenvolvimento Proporciona financiamento, a médio e longo prazos, de projetos para desenvolvimento econômico e social; Capta recursos por meio de depósitos a prazo, repasse e fundos de investimento Banco Múltiplo Além de banco comercial, acumula funções de outras carteiras, como a de investimento ou câmbio. Tipos de Bancos: Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn Operadores Bancos Banco de Investimento Estrutura SFN Instituição financeira especializada em intermediar o dinheiro entre poupadores e aqueles que precisam de empréstimos, além de custodiar (guardar) esse dinheiro. Disponibiliza serviços financeiros para os clientes (saques, empréstimos, investimentos, entre outros). Banco de Câmbio Bancos Comerciais e Bancos MúltiplosBanco de Desenvolvimento Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn Operadores Estrutura SFN Caixas Econômicas Caixas econômicas são empresas públicas que exercem atividades típicas de banco comercial, com prioridade institucional para concessão de empréstimos e financiamentos de programas e projetos de natureza social. Única instituição desse segmento em atividade é a Caixa Econômica Federal (CEF), vinculada ao Ministério da Fazenda. A CEF integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), é gestora dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de outros fundos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Também é responsável pelo Programa de Integração Social (PIS) e pelo Seguro-Desemprego e detém o monopólio de venda da loteria federal. A CEF prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos de programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho e esporte. Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn Operadores Estrutura SFN BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Empresa pública Federal que provê financiamentos de longo prazo e apoia investimentos em todos os segmentos da economia Fundado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus planos de modernização, de expansão e na concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o potencial de geração de empregos, renda e de inclusão social para o Brasil. Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn https://youtu.be/teMf3B05g78 https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn https://youtu.be/teMf3B05g78 Estrutura SFN https://youtu.be/3qwEurKl8wM https://youtu.be/6e2TnUb4oc4 https://youtu.be/m20eWbqlE9s Série SFN Série de vídeos produzidos pelo Departamento de Comunicação do Banco Central do Brasil. Fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn https://youtu.be/3qwEurKl8wM https://youtu.be/6e2TnUb4oc4 https://youtu.be/m20eWbqlE9s https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn Operadores Estrutura SFN COOPERATIVAS DE CRÉDITO Instituição financeira formada pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços. Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos bancos, como conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Os associados têm poder igual de voto independentemente da sua cota de participação no capital social da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são iguais e a adesão é livre e voluntária. O resultado positivo da cooperativa é conhecido como sobra e é repartido entre os cooperados em proporção com as operações que cada associado realiza com a cooperativa. Assim, os ganhos voltam para a comunidade dos cooperados. Assim como partilha das sobras, o cooperado está sujeito a participar do rateio de eventuais perdas, em ambos os casos na proporção dos serviços usufruídos. https://youtu.be/mKvKdSp80z4 https://youtu.be/mKvKdSp80z4 Operadores Estrutura SFN As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. As corretoras e distribuidoras, na atividade de intermediação, oferecem serviços como plataformas de investimento pela internet (home broker), consultoria financeira, clubes de investimentos, financiamento para compra de ações (conta margem) e administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes. Na remuneração pelos serviços, essas instituições podem cobrar comissões e taxas. As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. São supervisionadas tanto pelo Banco Central quanto pela Comissão de Valores Mobiliários. Com a Decisão Conjunta 17/2009, que autorizou as distribuidoras a operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores, eliminou-se a principal diferença entre as corretoras e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários, que hoje podem realizar praticamente as mesmas operações. Corretoras e Distribuidoras Operadores Estrutura SFN Principais atividades das corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários: • comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; • operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros; • intermediar a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; • operar em bolsas de valores; • administrar carteiras e custodiar de títulos e valores mobiliários; • subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado; • exercer funções de agente fiduciário; • instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; • intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras operações no mercado de câmbio; • praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros; • realizar operações compromissadas; • praticar operações de conta margem. • prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais. Corretoras e Distribuidoras Operadores Estrutura SFN são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor. No Brasil, existem várias categorias de fintechs: de crédito, de pagamento, gestão financeira, empréstimo, investimento, financiamento, seguro, negociação de dívidas, câmbio, e multisserviços. Dois tipos de fintechs de crédito são autorizadas a funcionar no país, para intermediação entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: Sociedade de Crédito Direto (SDC) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), suas operações constarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR). Fintechs OperadoresEstrutura SFN Benefícios das fintechs: - Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito; - Rapidez e celeridade nas transações; - Diminuição da burocraciano acesso ao crédito; - Criação de condições para redução do custo do crédito; - Inovação; - Acesso ao Sistema Financeiro Nacional. fonte: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/fintechs Mai-19 Será possível fazer mais de um empréstimo ao mesmo tempo, limitado a R$ 15 mil por operação. https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/fintechs https://bityli.com/8tGje Operadores Estrutura SFN Fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor. No Brasil, há várias categorias de fintechs: de crédito, de pagamento, gestão financeira, empréstimo, investimento, financiamento, seguro, negociação de dívidas, câmbio, e multisserviços. Podem ser autorizadas a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade de Crédito Direto (SDC) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações constarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR). Fintechs 377 pagamentos e remessas tecnologias empresariais para instituições financeiras pontuação, identidade e fraude seguro financiamento coletivo gestão da riqueza comparação negociação e mercados Banco digital gestão financeira de empresas empréstimos comerciais Pagamento: crypto gestão financeira pessoal 377
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