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Desenvolvimento Infantil e Família

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- -1
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
A INFÂNCIA, O INÍCIO DA ADOLESCÊNCIA 
E A RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
Beatriz Marcondes de Azevedo
- -2
Olá!
Você está na unidade . Compreenda aqui aA infância, o início da adolescência e a relação com a família 
mediação dos pais no desenvolvimento infantil em suas dimensões físicas, emocionais e cognitivas. Perceba a
relação do apego na construção da autoestima da criança em desenvolvimento. Reflita sobre a importância da
família em suas diferentes configurações no desenvolvimento da criança. Estude o processo de socialização
primária tendo como base a preparação das condições básicas à vida em sociedade. Conheça a clínica infantil na
contemporaneidade e as diferentes demandas relacionadas à procura pela psicoterapia infantil. Identifique os
principais aspectos que culminam com o amadurecimento da infância e possibilitam a entrada da criança na fase
da adolescência.
Bons estudos!
- -3
1 A criança em desenvolvimento e os pais
Segundo as principais , o indivíduo, desde o seu nascimento até o fim deteorias do desenvolvimento humano
sua vida passa por uma série de mudanças de natureza cognitiva, social, física e emocional. Em cada uma dessas
dimensões, a manifestação de determinadas características é esperada para que o processo de desenvolvimento
seja considerado “típico”, nos principais marcos da vida humana (infância, adolescência, adultez e velhice).
Assista aí
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/482d04f547238106fc964e5bc806a15b
A , via de regra, inicia-se antes mesmo de seu nascimento. Existe uma infinidaderelação da criança com os pais
de fatores que pode influenciar a construção de um relacionamento saudável ou “tóxico” entre as duas partes.
Você já parou para pensar nas diversas situações que antecedem o nascimento de um bebê? Será que a gravidez
foi planejada? A mãe ou o pai queria um menino, mas o ser que está sendo gerado é uma menina? Quem são as
pessoas que assumirão os papeis parentais? A mãe teve acompanhamento pré-natal? O recém-nascido é o
primogênito da família? Quais são as condições socioeconômicas e cognitivas dos pais? Enfim, são tantas
situações possíveis que, certamente, influenciarão positiva ou negativamente na construção dos primeiros
vínculos afetivos do bebê.
Para a Psicologia do Desenvolvimento, a relação entre pais e filhos também é conhecida como práticas parentais
. Schmid (2016) explicam que as práticas parentais podem ser identificadas ao longo do processo deet al.
Fique de olho
O desenvolvimento típico diz respeito ao padrão geral de desenvolvimento infantil, conforme
parâmetros expectados segundo a faixa etária de cada criança, no que se refere ao
comportamento e à aprendizagem escolar, definidos pela Organização Pan-Americana de
Saúde (2005). Para conhecer o padrão típico do desenvolvimento infantil (com foco nas
crianças de 2 meses a 5 anos), pesquise o e leia o capítulo 5 doManual AIDPI Criança
documento.
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cuidado e socialização dos filhos por parte dos pais e das mães, podendo assumir um caráter negativo ou
positivo.Práticas parentais negativas são marcadas por comportamentos negligentes e violentos. Por outro lado,
nas práticas parentais positivas estão presentes comportamentos afetuosos e zelosos.
Os são fundamentais em todas as fases da vida do ser humano, entretanto, na fase da infância,vínculos afetivos
eles assumem uma significativa importância no que diz respeito ao crescimento físico, cognitivo e psíquico, uma
vez que ajuda a construir uma base sólida para o desenvolvimento das potencialidades e idiossincrasias de cada
indivíduo.Além disso, podem contribuir para o desenvolvimento das competências socioemocionais da criança.
Abuchaim . (2016, p. 4) corroboram o entendimento na questão da vinculação da criança com os pais e/ouet al
cuidadores afirmando que “para que os vínculos se estabeleçam, os adultos devem ser fontes de segurança e
acolhimento para as crianças, de modo que elas construam uma base segura. Boas experiências afetivas iniciais
têm influência positiva no desenrolar da vida do indivíduo”.
Mas, por que será? Por que a infância pode ser vista como uma etapa crucial no desenvolvimento humano? Por
que os adultos são tão importantes para sua sobrevivência e seu crescimento?
Segundo o dicionário Priberam (2020), a é definida como uma etapa de crescimento do ser humano,infância
delimitada pelo período entre o nascimento e a puberdade. Etimologicamente, a palavra infância vem do latim 
, que significa incapacidade de falar. infantia Pascoal e Marta (2012) acrescentam que, conforme a tradição
filosófica ocidental, a incapacidade de falar, ou seja, a ausência da linguagem significa não ter pensamento, não
ter conhecimento, não ter racionalidade. Portanto, a criança pode ser entendida como um “ser menor, alguém a
ser adestrado, a ser moralizado, a ser educado” (PASCOAL; MARTA, 2010, p. 224).
O adestramento (no sentido de tornar-se apto, capaz), a moralidade e a educação são condições necessárias para
que a criança possa ser socializada e, futuramente, consiga transitar com desenvoltura na sociedade na qual está
inserida.
As experiências e oportunidades de bons relacionamentos, nos primeiros anos de vida, auxiliam na
criação de um forte alicerce, gerando valores, habilidades cognitivas e sociabilidade. Essa etapa é
crucial para o desenvolvimento humano, pois nela acontecem importantes maturações físicas e
neurológicas, aprendizados sociais e afetivos. Já é consenso entre especialistas de diversas áreas que
boas condições de vida, nos primeiros anos, podem ter impactos positivos futuros na formação
humana. (SANTOS , 2016, p. 4)et al.
É importante destacar que o conceito de infância e as peculiaridades dessa importante etapa da vida humana
estão diretamente relacionados ao de uma determinada época e de umacontexto social, cultural e econômico 
determinada sociedade. Ariès (1981) confirma essa assertiva ao defender a tese de que não existia infância antes
- -5
da modernidade, uma vez que as crianças eram vistas como “adultos em miniatura”.Ao longo da Idade Moderna,
observou-se o fenômeno da escolarização, propiciou um alongamento dessa fase e um retardamento da entrada
das crianças no mundo adulto.
Segundo Postman (2005), por exemplo, na sociedade contemporânea, a cultura infantil é marcada por
características próprias no que diz respeito ao vestuário, à alimentação, à linguagem, às brincadeiras, aos
programas televisivos etc. Assim, podemos dizer que o e a foram, de certa forma,consumismo mídia 
responsáveis por propiciar maior visibilidade e escuta ao universo infantil.
Para Tomaz (2015), são muitas as designações e os entendimentos do que é a experiência da infância, uma vez
que essa fase do ciclo de vida humano é influenciada por uma gama de variáveis, tais como: etnia, religião, classe
e gênero, evidenciando, portanto, as inúmeras possibilidades de compreendê-la e vivenciá-la.
Na literatura especializada, existe um certo consenso de que a criança em desenvolvimento passa por uma série
de significativas mudanças ao longo da infância, período esse marcado por três etapas que, segundo Papalia et al.
(2013) são:
Primeira infância
Período do desenvolvimento da criança desde o seu nascimento até dois anos.
Segunda infância
Período do desenvolvimento da criança compreendido dos dois aos sete anos.
Terceira infância
Período do desenvolvimento da criança compreendido dos sete anos até o início da adolescência.
Uma outra divisão é apresentada por Piaget (1982), tendo a primeira infância marcada pelo período do
nascimento até os seis anos; e a segunda infância, entre os sete e 11 anos.
Independentemente da divisão adotada, ou seja, se a infânciaé constituída por três fases ou duas, especialistas
em desenvolvimento infantil afirmam que existe um desconhecimento total ou parcial por parte da maioria dos
adultos (pais, cuidadores, familiares e demais atores que fazem parte do universo da criança) sobre a
importância dos primeiros anos de vida e suas consequências para os anos subsequentes da criança. Alguns
aspectos centrais referentes à tal desconhecimento são resumidos no quadro 1.
- -6
Quadro 1 - Principais mensagens de especialistas em desenvolvimento infantil
Fonte: Baran et al., 2014, p. 10 (Adaptado).
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro de uma coluna e quatro linhas, apresentando as principais
mensagens não traduzidas sobre desenvolvimento na primeira infância no Brasil, enfatizando o que é
desenvolvimento na primeira infância; o que dificulta o desenvolvimento na primeira infância e o que pode ser
feito para melhorar o desenvolvimento na primeira infância.
Para Gulliford (2015), a infância, em especial os primeiros anos de vida, é uma etapa crucial doet al.
desenvolvimento humano, por isso cabe aos pais e/ou cuidadores conduzi-la da forma mais salutar possível. Em
outras palavras, o período compreendido desde o nascimento até, aproximadamente, os seis anos de idade, é
primordial para o desenvolvimento de diferentes habilidades , , e .cognitivas motoras linguísticas sociais
Assista aí
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/7bce249566ee368a0d8e4ca182d0f0b0
Costa (2016, p. 4) complementam destacando que, nesse momento o infante apresenta maior et al. plasticidade
, ou seja, seu cérebro se transforma de uma maneira impressionante, em função dos estímuloscerebral
disponíveis no ambiente e das experiências vivenciadas. Essas habilidades são imprescindíveis para o
desenvolvimento futuro de habilidades mais complexas. “Desperdiçar as possibilidades da primeira infância
significa limitar o potencial individual, uma vez que nem sempre é possível recuperá-lo plenamente com
investimentos posteriores”.
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O Núcleo Ciência pela Infância (2018) complementa o entendimento de Costa (2016) trazendo o conceitoet al.
de , que significa a oportunidade de potencializar a aprendizagem de habilidades e“Janela de Oportunidade”
desenvolvimento de competências em função dos estímulos psicossociais recebidos pela criança. Assim, por sua
plasticidade, o cérebro se desenvolve de maneira célere e sensível aos diversos estímulos.
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1.1 O apego e a construção da autoestima da criança em desenvolvimento
O está relacionado ao que se estabelece entre o bebê e seus pais e/ou cuidador. Ele éapego vínculo afetivo
construído a partir dos primeiros relacionamentos. Como dito anteriormente, muitas vezes, antes do
nascimento, na relação estabelecida entre o feto e a criança projetada pelos pais.
Assim que nasce, o bebê depende integralmente de alguém para sobreviver, precisando de cuidados e
provimento de suas necessidades fisiológicas, de segurança e psicossocial (alimentação, higiene, sono, proteção,
amor, zelo). Com o passar do tempo, por meio do vínculo afetivo, a criança deve aprender a respeitar a si mesma
e aos outros, bem como consolidar sua autoestima.
Para tanto, a construção de vínculos seguros requer dos pais e/ou cuidadores um ,comportamento responsivo
confortante e acolhedor, estando atentos a quaisquer sinais de desconforto, desagrado, dor ou necessidade de
atenção por parte da criança (ABUCHAIM , 2016).et al.
O comportamento responsivo, confortante e acolhedor dos pais e/ou cuidadores está intrinsecamente
relacionado com a capacidade de ser continente dos sentimentos e emoções do infante.
Por continência entende-se a qualidade intrínseca potencial do vínculo afetivo de um modo geral, a
ser desenvolvida como espaço na relação para o acolhimento dos estados emocionais pertinentes à
determinada situação. Particularmente, na relação afetiva mãe/bebê, a continência é uma condição
da função materna de estar presente afetivamente e dando acolhimento ao filho em suas demandas
emocionais. (CYPEL , 2013, p. 15)et al.
Nesse sentido, qualquer ação por parte do bebê que incite uma resposta do adulto pode ser entendida como um
comportamento de construção do apego. Segundo Morris e Maisto (2004, p. 310), o apego é construído ao longo
de muitas horas de interação e é evidenciado, por exemplo, na hora em que “o bebê reage com sorrisos e ruídos
quando vê a pessoa que cuida dele, e com choro e olhares tristes quando essa pessoa vai embora”. Conforme o
vínculo afetivo vai sendo construído e fortalecido, o bebê começa a desenvolver a .confiança básica
Ao adquirirem a confiança básica, os bebês começam a explorar o ambiente em busca de novos estímulos e a
desenvolver seu espírito epistemofílico, que, por meio do desenvolvimento da confiança e do senso de
independência, aguçam seus interesses por novas descobertas. Para Morris e Maisto (2004, p. 311), “autonomia
e apego podem parecer conceitos opostos, mas na verdade estão intimamente relacionados”.
A e o também estão associados à , uma vez que a autoestima está associada àautonomia apego autoestima
confiança que a criança passa a ter em si mesma e nas próprias ideias, percebendo-se com uma conotação
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positiva. A confiança vai sendo construída a partir da segurança, que, por sua vez, é engendrada no vínculo
afetivo com seus pais e/ou cuidadores. Finalmente, a autonomia permite que a criança seja capaz de fazer
escolhas pautadas na .racionalidade
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2 Importância da família no desenvolvimento da criança
A sobrevivência da criança e seu estão intrinsecamente relacionados com adesenvolvimento psicossocial
interação da criança com os membros de sua família (nuclear e extensa) e/ou com sua rede de apoio social. “Na
sua relação com os adultos, ela assimila habilidades que foram construídas pela história social ao longo do
tempo, tais como as habilidades de sentar, andar, falar, controlar os esfíncteres etc.” (BRASIL, 2012, p. 121).
Para Correa (2018, p. 53), a encontrada nas relações estabelecidas no contexto familiar exerceet al. qualidade 
uma significativa e incisiva influência no desenvolvimento infantil. Nesse sentido, a instituição familiar é a
precursora das redes de interação e do processo de socialização da criança nos estágios iniciais de sua vida. No
decorrer dos anos, “esse sistema imediato é que irá integrá-la ao mundo, em particular pelos pais e/ou
cuidadores que se responsabilizam pelas funções parentais dessa criança”.
Podemos perceber então que a ocupa um significativo papel no que diz respeito à modelagem dafamília 
maneira de ser, agir e decidir de seus membros. No seio familiar, as crianças aprendem as diretrizes essenciais
para convivência com outras pessoas e grupos e desenvolvem competências e habilidades indispensáveis ao
desvelamento de seu potencial e à aquisição de recursos para enfrentar desafios e dificuldades impostos pela
realidade e pelas diferentes instâncias da vida em sociedade.
Benczik (2011, p. 71) corrobora esse entendimento afirmando que se a criança cresce no meio de “pais afetivos
dos quais pôde contar com apoio incondicional, conforto e proteção, consegue desenvolver estruturas psíquicas
suficientemente fortes e seguras para enfrentar as dificuldades da vida cotidiana”.
Em outras palavras, a instituição familiar tem um papel fundamental na vida de seus filhos, seja no que diz
respeito ao provimento das necessidades básicas de sobrevivência e crescimento, seja na construção de alicerces
psicossociais que o ajudem, por meio da segurança afetiva e econômica, a enfrentar os desafios e problemas
futuros da melhor forma possível.
As pessoas nascem com um potencial genético que, para ser desenvolvido,necessita de interações
sociais adequadas e saudáveis. Um ambiente favorável ao desenvolvimento das funções executivas
na primeira infância é fundamental para que o potencial genético possa ser alcançado
posteriormente, na fase adulta. (COSTA , 2016, p. 8)et al.
- -11
Quando nos referimos à família, temos que ter em mente que existem outros modelos além daquele tradicional.
Atualmente, segundo Oliveira e Marinho-Araújo (2010) e Prado (2011), existem diversas configurações
familiares em função de sua diversidade cultural, social e em função da orientação sexual e da composição de
seus membros.
Dentre as , podemos mencionar: as famíliasdiversas possibilidades de estruturação e composição familiar
homoafetivas, famílias adotivas, famílias monoparentais, famílias reconstruídas e famílias binucleares.
Independentemente da configuração assumida, a instituição familiar é considerada a principal responsável pelo
processo de socialização primária.
Morgado (2013, p. 130) entendem que as mudanças verificadas na estrutura familiar contemporâneaet al.
poderão ter influência no desenvolvimento do processo de socialização de crianças e adolescentes. Portanto, é
preciso levar em consideração a qualidade das relações “pais-filhos” enquanto “agentes mediadores do eventual
impacto dessas mudanças estruturais no desenvolvimento dos filhos”.
Segundo Berger e Luckman (1976), o é aquele que permite inserir a criançaprocesso de socialização primária
na sociedade. Esse processo ocorre no âmbito familiar por meio da transmissão de valores e conceitos essenciais
à vida social. Trata-se de uma rede de relações e interações mediadas por emoções e afetos que interfere
diretamente na construção da identidade do indivíduo.
A partir dos dois anos, a criança começa a desenvolver o senso de identidade, percebendo-a como uma pessoa e
fornecendo atributos a si própria. Há também uma busca por maior autonomia, requerendo dos pais a 
 para que haja maior equilíbrio entre autonomia e independência. Segundo Morris eimposição de limites
Maisto (2004, p. 311), a disciplina que os pais começam a fornecer à criança é o “primeiro e essencial passo para
a socialização”.
A imposição de , além de estabelecer limites, deve contribuir para o estímulo e o reconhecimento dasdisciplina
realizações conquistadas pela criança, possibilitando, por meio do vínculo de afeto, o desenvolvimento da
capacidade de empatia. Mcclelland e Tominey (2014) acrescentam que cabe ao adulto transmitir segurança à
criança, deixando claro os motivos de determinadas ações ou proibições. Ao escutar e compreender as razões
que a leva fazer ou não determinadas coisas, viabiliza a internalização de modelos comportamentais adequados,
bem como ajuda o desenvolvimento do pensamento crítico da criança.
Assista aí
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/664e6ae87b315463349adf0872dc7444
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No período pré-escolar, a qualidade das relações familiares e os estilos parentais têm efeitos sobre uma gama
de variáveis presentes (autoestima, moral, sociabilidade, autocontrole, segurança, confiança, curiosidade,
desenvoltura) no desenvolvimento social e da personalidade da criança. 
Aprender a interagir com outras pessoas é um dos aspectos importantes do desenvolvimento na
infância. Desde cedo, as relações mais importantes para as crianças são as que elas estabelecem com
os pais e outras pessoas que cuidam delas. Mas já aos três anos de idade, seu âmbito de
relacionamentos importantes se expande para incluir irmãos, colegas com quem brincam, outras
crianças e adultos que não fazem parte da família. Seu mundo social se expande ainda mais quando
vão para a escola. (MORRIS; MAISTO, 2004, p. 310)
Podemos, portanto, entender a com um processo de aprendizagem em que a criança internalizasocialização 
crenças e valores, desenvolve a linguagem, incorpora as regras indispensáveis para vida em sociedade e modelos
de comportamentos esperados e parametrizados pelos grupos a que pertence. Uma vez internalizado esse
modelo comportamental, dá-se sequência ao processo de socialização secundária com a inserção do indivíduo
em outras instituições ou grupos sociais (escola, amigos, igreja, clube, trabalho).
Sendo assim, outra instituição que influencia sobremaneira o processo de socialização da criança é a , umaescola
vez que ela “se encarrega, principalmente, da transmissão do saber organizado, que é o produto do
desenvolvimento cultural” (BRASIL, 2012, p. 121).
Oliveira e Marinho (2010) assinalam que a escola e a família são os contextos precípuos para o 
, uma vez que ao possibilitar constantes interações e trocas sociais, acabamdesenvolvimento infantil
favorecendo ou inibindo a produtividade escolar e, mais tarde, o desempenho acadêmico e profissional da
criança em desenvolvimento.
Nunes (2012) complementa afirmando que o início da vida escolar é um marco importante no desenvolvimento
infantil, requerendo da família atenção e apoio constantes. Trata-se de um processo de adaptação e ajustamento
a uma ambiência completamente nova, com rotinas, regras e padrões de relacionamentos diferentes daqueles
vivenciados em casa.
- -13
3 Clínica infantil na contemporaneidade
O , sancionado pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
estabelece que toda criança tem direito aos atendimentos necessários para que seu desenvolvimento físico e
mental possa se desenrolar da maneira mais saudável possível. Diante dessa premissa, a atuação do psicólogo
junto à criança é de significativa importância. Ao auxiliar no diagnóstico precoce das dificuldades psicossociais
da criança em desenvolvimento, torna-se possível iniciar um tratamento que contribua para o enfrentamento de
seus conflitos internos e/ou externos e, consequentemente, a prepare para lidar com situações adversas que irá
se deparar ao longo de sua vida (BRASIL, 1990).
As demandas relacionadas às podem ser de diferentes naturezas edificuldades psicossociais da criança
manifestas, muitas vezes, por meio de sinais e sintomas, que interferem negativamente nas esferas familiar,
escolar, social. Tais sinais e sintomas são percebidos em noites mal dormidas, problemas alimentares, enurese
noturna, encoprese, fobias, compulsões, de atenção, isolamento, atraso no desenvolvimento da fala,deficits
irritabilidade, baixa autoestima etc.
Em termos mais pontuais, Gastaud (2011), em seus estudos, procuraram identificar os motivos que levamet al.
ao encaminhamento para a . Listados em ordem crescente de prevalência estão ospsicoterapia infantil
problemas de pensamento, comportamento desafiador, retraimento e depressão, queixas somáticas, problemas
de relacionamento, problemas de aprendizagem, problemas de atenção, ansiedade e depressão e
comportamento agressivo. Além disso, identificaram que as principais fontes de encaminhamento eram: as
escolas, os familiares, os médicos e outros profissionais da saúde, conselho tutelar, pedagogo etc.
A atuação do na psicoterapia pode ser orientada por diferentes modelos teóricos-metodológicos epsicólogo 
paradigmáticos. Na psicoterapia infantil, não é diferente. São várias as abordagens e instrumentais utilizados
para intervir clinicamente junto ao público infantil.
- -14
Figura 1 - Psicoterapia infantil
Fonte: Photographee.eu, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem mostra uma situação da clínica infantil, na qual uma criança, por meio de figuras,
sinaliza seu sentimento para a psicóloga.
Historicamente, a foi a primeira abordagem utilizada, tendo Sigmund Freudpsicoterapia psicanalítica infantil
como seu precursor e, na sequência, outros nomes mundialmente conhecidos, como Anna Freud, Melanie Klein,
Françoise Dolto, DonaldWinnicott, Maud Mannoni e Jacques Lacan.
Segundo Camarotti (2010), Freud assegurava que a psicanálise infantil poderia ter resultados consistentes e
duradouros, por isso incentivava a aplicação da análise infantil com fins de . Entretanto, fazia-seprofilaxia
necessário um ajustamento na técnica utilizada com adultos. Por pressupor que a criança não possuía superego
formado, a utilização da associação livre não tinha sentido.
Além da psicanálise, as abordagens , e são outras possibilidadesexistencialista não diretiva Gestalt-terapias
de intervir junto às crianças. Segundo Mattar (2010, p. 76), elas “possuem aproximações no que se referem às
atitudes do psicoterapeuta e à opção pelo método fenomenológico, o qual visa apreender o sentido do brincar e
de outras expressões da criança”.
Entretanto, independente da abordagem que se queira utilizar, podemos observar que as peculiaridades da 
 estão marcadas pelas características estruturantes e funcionais da sociedadeclínica infantil contemporânea
moderna que engendram problemas e dificuldades de diferentes ordens que, muitas vezes, são endereçados aos
psicólogos como um pedido de ajuda e de ressignificação das questões relacionais e/ou existenciais.
Verificamos que na contemporaneidade o excesso de consumismo, a “síndrome da pressa”, as preocupações com
o consumo, a busca pelo novo, a utilização frequente dos recursos tecnológicos e a sobrecarga no trabalho são
alguns dos exemplos de questões cotidianas e, muitas vezes, valorizadas que estão presentes na vida de muitas
famílias, as quais produzem efeitos, muitas vezes, danosos para as crianças em desenvolvimento.
- -15
É comum vermos as crianças crescendo cada vez mais com e se constituindoaparatos tecnológicos
psiquicamente por meio das relações virtuais. Os desenhos infantis e os jogos eletrônicos, em muitas situações,
atuam como uma “espécie de calmante”, uma vez que as crianças ficam entretidas e ocupadas, trazendo assim
um certo conforto aos pais que, via de regra, estão sobrecarregados com as demandas da vida adulta e não têm
tempo ou paciência para interagir com seus filhos, seja jogando, cantando músicas ou contando histórias.
Para piorar, Jerusalinsky (2014), em seu artigo intitulado “A era da palmatória química: responsabilidade social
e medicalização da infância”, alerta que tem sido muito comum o aumento significativo de diagnósticos de 
 em crianças, que culminam com prescriçõestranstorno de de atenção e hiperatividade (TDAH)deficit 
indiscriminadas de medicamentos controlados conhecidos como “a droga da obediência”. A autora termina seu
texto com uma reflexão: Será que os crescentes diagnósticos de TDHA correspondem de fato a um problema
cerebral das crianças contemporâneas ou a dificuldade em lidar com as necessidades do cuidado e da educação
tem levado os adultos a buscar solução na “palmatória química”?
Outra questão que tem gerado preocupação na qualidade das relações parentais é a verificação cada vez mais
frequente de problemas conjugais que terminam em separação, e a guarda compartilhada surge como uma
estratégia possível de manutenção do vínculo com a criança. Entretanto, o fenômeno da temalienação parental
chamado atenção de estudiosos e profissionais da área da saúde, justamente pelo seu potencial de gerar efeitos
nefastos e duradouras nas esferas psíquicas e comportamental.
Presenciamos novas subjetividades emergindo com características semelhantes, como fenômeno da
pós-modernidade: crianças que brincam menos com o corpo e mais com a máquina; crianças
expostas a mais informações do que podem lidar; crianças em múltiplas e inusitadas configurações
familiares; crianças empoderadas precocemente, e seus pais sem referências claras e buscando em
manuais o segredo do sucesso na educação dos filhos. (SOARES, 2011, p. 72)
Mattar (2010, p. 77) acrescenta que muitas demandas da modernidade estão associadas “aos ideais de
desempenho, sucesso, perfeição, produção e rapidez, o que faz com que, muitas vezes, tais questões levem a
família a procurar psicoterapia para os filhos, caso estes não correspondam ao modelo que ‘deveriam seguir’”.
Nessa direção, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a necessidade de consumir cada vez mais, a
busca pela novidade e o excesso de trabalho dos pais contribuem para que ebrinquedos tecnológicos
modernos façam parte da vida de muitas crianças. Diante desse fato, Freitas (2016) assinala que o psicólogo
infantil, para ir ao encontro da criança, precisa planejar estratégias inovadoras que o ajudem acessar o mundo
infantil.
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No que diz respeito às estratégias inovadoras, Quaresma da Silva (2015) mencionam que a utilização dos et al.
, na clínica contemporânea, é um dos recursos que contribuem para uma melhor compreensãocontos infantis
do psiquismo infantil e de sua dinâmica funcional.
Entretanto, independente das estratégias e dos procedimentos utilizados no tratamento de crianças, há um claro
entendimento de que o envolvimento dos pais é uma variável de significativa influência nos resultados a serem
obtidos. Sendo assim, o psicólogo, ao demonstrar acessibilidade e disponibilidade, deve contribuir para o
desenvolvimento saudável, implicando os pais no processo psicoterapêutico. Os pais “devem auxiliar como
coparticipantes do processo, estabelecendo uma aliança com o terapeuta, permitindo o bom andamento e
resultados favoráveis da psicoterapia” (FREITAS, 2016, p. 128).
A é significativamente importante para a adesão aoimplicação dos pais no processo psicoterapêutico
tratamento, uma vez que há uma considerável chance de abandono da terapia quando os pais demonstram
motivação ambivalentes ou expectativas ilusórias ou impossíveis quanto aos resultados (GASTAUD , 2011).et al.
- -17
4 Amadurecimento da infância: início da adolescência
O período é aquele compreendido entre os seis/sete anos até os 11/12 anos. Podemos destacarfinal da infância
duas fases importantes nessa etapa do ciclo de vida do ser humano, entendidas por perspectivas teóricas-
metodológicas diferentes.
Segundo Bee (2011), sob o ponto de vista da psicanálise, essa etapa é conhecida como o que Freud denominou 
, no qual a sexualidade, ou melhor, as pulsões sexuais ficam adormecidas e canalizadas paraperíodo de latência
outras esferas da vida da criança como social, cultural e aprendizagem.
A autora continua assegurando que na perspectiva do construtivismo, Piaget (1982) denominou essa etapa de 
, no qual são verificadas mudanças progressivas no pensamento da criança,período das operações concretas
por exemplo, há uma maior complexidade na habilidade de classificação, uma vez que a criança passa a
compreender a classificação múltipla. Nesse momento, ela passa a perceber que um objeto pode pertencer a
mais de uma categoria simultaneamente, bem como seu raciocínio indutivo se aprimora. Essas habilidades são
estimuladas e melhores desenvolvidas no ambiente escolar, uma vez que a escola passa a ocupar um espaço
importante na vida da criança.
Para Pascoal e Marta (2012, p. 229), a adolescência pode ser vista como uma etapa do ciclo de vida do ser
humano que marca o fim da infância e o começo da adultez. É um momento em que ocorre uma série de
mudanças de natureza física e psicossocial, podendo desencadear o aparecimento de “comportamentos
irreverentes e desafiantes e questionamento dos modelos e padrões infantis que são necessários ao próprio
crescimento”.
A partir dos entendimentos de Bee (2011) e Papalia (2013), Gonçalves (2016) elaborou o quadro 2, comet al.
fins de se ter uma ideia sintetizada das principais características das fases da infância e adolescência, verificando
a transição entre o fim da primeira e o começo da segunda.
Quadro 2 - Síntese das fases da infância e adolescência
Fonte: Gonçalves, 2016, p. 108 (Adaptado).
- -18
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro de quatro colunas e sete linhas, apresentando uma síntese das fases
da infância e adolescência, mencionando suasrespectivas subfases, idades compreendidas e características
principais de cada uma delas.
Hoje, as crianças estão adolescendo de maneira precoce e, proporcionalmente, de maneira inversa, entrando
tardiamente na . Esse fato é reflexo de variáveis psicológicas, familiares, socioeconômicas,fase da adultez
tecnológicas e culturais. Segundo Tiba (2010), muitas dessas crianças, situadas na faixa etária dos 9 aos 12 anos,
nem chegaram à puberdade e já se encontram emancipadas para experienciar a etapa da adolescência.
Na área da Educação e da Psicologia, tem-se verificado uma tendência de classificar os indivíduos dessa faixa
etária como e não mais como crianças. Para Tomaz (2015, p. 1.270), “o processo depré-adolescentes
juvenilização da cultura permite que as mais velhas se aproximem mais de uma estética jovem do que de uma
infantil, levando-as a serem identificadas como pré-adolescentes e não mais como crianças”.
O perfil desse público é marcado por uma atitude independente e considerado precoce para a idade cronológica
que possui. É comum o consumo de produtos usados e/ou voltados para os adolescentes, bem como o uso de
recursos tecnológicos para se comunicar com os amigos. Ao buscar imitá-los, percebem seus pares com desdém,
rotulando as crianças de sua idade como chatas (TIBA, 2010).
O amadurecimento da infância é marcado pelas que, por sua vez, implicam emmudanças físicas e psicológicas
lidar com a perda do corpo infantil. O abandono dos aspectos infantis e, consequentemente, a aquisição de novas
competências e habilidades, contribuem para que o ser em crescimento possa assumir outros papeis sociais,
escolher outras pessoas que lhe sirvam de referência e de modelos de comportamentos a serem seguidos,
adquirir novas e mais complexas capacidades cognitivas. Além disso, as intensas alterações hormonais e físicas,
instabilidade emocional e apropriação de novas crenças e valores contribuem para moldar e solidificar sua
identidade e personalidade.
O fim da infância desvela novamente a necessidade do vínculo afetivo do adolescente com seus pais e/ou
cuidadores, pois é por meio do apego, da compreensão, da tolerância, da paciência e da disciplina que o
adolescente conseguirá lidar com sua imaturidade e desenvolver um modo de ser e de relacionar-se com os
outros e com as novas situações que fazem parte desse momento de seu ciclo de vida.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender a mediação dos pais no desenvolvimento infantil em suas dimensões físicas, emocionais e 
cognitivas;
• perceber a relação da teoria do apego na construção da autoestima da criança em desenvolvimento;
•
•
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• perceber a relação da teoria do apego na construção da autoestima da criança em desenvolvimento;
• refletir sobre a importância da família, em suas diferentes configurações, no desenvolvimento da criança;
• caracterizar o processo de socialização primária;
• discorrer sobre a clínica infantil na contemporaneidade e as diferentes demandas relacionadas à 
procura pela psicoterapia infantil;
• identificar os principais aspectos que culminam com o amadurecimento da infância e possibilitam a 
entrada da criança na fase da adolescência.
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	Olá!
	1 A criança em desenvolvimento e os pais
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	Assista aí
	1.1 O apego e a construção da autoestima da criança em desenvolvimento
	2 Importância da família no desenvolvimento da criança
	Assista aí
	3 Clínica infantil na contemporaneidade
	4 Amadurecimento da infância: início da adolescência
	é isso Aí!
	Referências

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