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Curso de Graduação em Medicina MORFOFISIOLOGIA HUMANA II – APARELHO LOCOMOTOR DISCENTE: Maria Antônia Ângelo Cavalcanti Góes de Albuquerque (6710769501) ESTUDO DO CASO CLÍNICO A Osteodistrofia é uma patologia que prejudica a conservação e formação do tecido ósseo, provocando dores e o aumento de fraturas. Além disso, na literatura observa- se diversas manifestações clínicas, como renal, hepática, hereditária de Albright, entre outras. Já o Raquitismo, é o resultado de defeitos na mineralização que provocam dores ósseas, fraturas e anormalidades no crescimento. Geneticamente, sugere-se que a transmissão da Osteodistrofia hereditária seja autossômica dominante com modificação para o sexo, na relação de duas mulheres para um homem. Na doença, três alterações são observadas: hipocalcemia, hiperfosfatemia e aumento paratormona (PTH). Já o Raquitismo, apresenta característica geralmente hereditária dominante ligada ao X, podendo ocorrer em outros padrões familiares e também associados a tumores mesenquimais benignos, que induzem à osteomalácia. Sua fisiopatologia se dá no túbulo renal proximal, onde ocorre uma redução da reabsorção do fosfato, gerando uma hipofosfatemia. Isso se dá devido às fosfatoninas, fatores de circulação cujo princípio no raquitismo hipofosfatêmico é FGF-23. O Raquitismo também pode ocorrer devido a uma deficiência de cálcio, seja por ingestão ou pelo próprio metabolismo impróprio da vitamina D. Histologicamente, no raquitismo observa-se alterações na placa epifisária de crescimento, onde a zona de hipertrofia está alongada e com desorganização da arquitetura das colunas celulares, onde a osteomalácia justifica os defeitos na mineralização. Na Osteodistrofia, observa-se uma alta remodelação óssea. Quanto às lesões referidas na apresentação do caso clínico, observaremos no punho um possível dano aos ossos proximais do carpo – pisiforme, piramidal, semilunar, escafoide – , onde as fraturas podem se apresentar por Fratura de Colles (extensão- compressão), Fratura de Smith (flexão-compressão), Fratura de Chauffer (da apófise do processo estilóide do rádio) ou Fratura de Barton (luxação do punho volar ou dorsal). Além disso, possíveis lesões podem comprimir ou lesar as Artériais Radial e Ulnar, os Nervos Mediano e Ulnar, o Ramo Sensitivo Radial, o Extensor Longo do Polegar, o Extensor Ulnar do Carpo, o Flexor Radial do Carpo, como também uma compressão do túnel do carpo. Na luxação do cíngulo do membro superior, haverá a possibilidade de rompimento dos Ligamentos Costoclavicular, Interclavicular, Esternoclavicular, Coracoclavicular (ligamento Trapezóide + Ligamento Conoide), Coracoacromial, e Acromioclavicular. Além disso, também há possível acometimento do Nervo Axilar, Nervo Peitoral Lateral e Medial, Nervo Subclávio, Nervo Acessório. Sendo assim, os músculos afetados pela luxação seriam: M. Peitoral Maior, M. Subclávio, M. Trapézio, e M. Deltóide. Por fim, diante da situação de neurotmese do Nervo Radial e axonotmese do Nervo Mediano, serão acometidos, respectivamente, os seguintes músculos: Músculo Tríceps Braquial, Músculo Ancôneo, Músculo Braquiorradial, Músculo Extensor Radial Longo do Carpo, Músculo Extensor Radial Curto do Carpo, Músculo Extensor dos Dedos, Músculo Extensor Ulnar do Carpo, Músculo Supinador, Músculo Abdutor Longo do Polegar, Músculo Extensor Curto do Polegar, Músculo Músculo Extensor Longo do Polegar, Músculo Extensor do Indicador, Músculo Pronador Redondo, Músculo Flexor Radial do Carpo, Músculo Palmar Longo, Músculo Flexor Superficial dos Dedos, Músculo Flexor Profundo dos Dedos, Músculo Flexor Longo do Polegar, e Músculo Pronador Quadrado.