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Módulo 05 - América: aspectos físicos Geografia - 3º Bimestre - 8º Ano - Ensino Fundamental 1. Regionalizando o continente americano A Geografia, como sabemos, procura entender nossa sociedade, nosso mundo, a partir do estudo do espaço geográfico (produto das relações entre os homens e dos homens com a natureza) o qual é a materialização das marcas que a sociedade vai deixando ao longo do tempo. Entender esse espaço significa, assim, entender o processo de desenvolvimento dessa construção, colocando em evidência o trabalho humano e permitindo que cada um de nós possa contribuir de forma consciente, nessa elaboração. Vimos, também, que a Cartografia nos ajuda a entender essa espacialidade que vai mudando, historicamente, com o desenvolvimento de relações diversas em cada época, com a intervenção das diferentes tecnologias e nos permite refletir sobre as múltiplas ideias e visões do mundo. Para, além disso, discutimos que essa espacialização nos permite criar uma regionalização – uma construção conceitual muito utilizada para representar as várias ideias sobre um mundo de relações em que os países são desiguais quanto à economia, à sociedade, à cultura e até quanto à influência que exercem uns sobre os outros num mundo globalizado. Nessas discussões, destacamos que as divisões dos países em blocos mais ou menos semelhantes representam apenas uma generalização e que, seja qual for o critério adotado, todas elas têm limites, embora possam ser utilizadas como uma abordagem inicial. Deve-se levar em conta que elas não apontam a especificidade e as particularidades nos diversos cantos do mundo; com essas divisões perde-se a perspectiva de que as manifestações e a organização das diferentes sociedades são múltiplas e que, em cada lugar, apesar da visão global, há adaptações segundo suas características culturais, físicas ou históricas – isso vale de um país para outro, assim como para áreas de um mesmo país. É por isso que, ao pensarmos uma regionalização do mundo em blocos de países, cabe-nos a cada momento, fazer uma reflexão crítica sobre os conceitos nela expressos e, indo além, observar, a partir da própria realidade, as possibilidades e a interação dos diversos aspectos que a compõem, para produzir um conhecimento geográfico que abarque um mundo global e que permita, ao mesmo tempo, pensar o mundo real e a sociedade como manifestações do diferente. Dessa forma, iniciamos o nosso estudo do espaço mundial com o continente americano – para nele descobrir como combinar e refletir sobre a importância das divisões sistemáticas e assim conhece-lo mais profundamente. Suas experiências Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados A partir do que você já aprendeu e levando em conta as considerações anteriores sobre as regionalizações, estabeleça uma divisão regional para o continente americano. Utilize seus conhecimentos da Cartografia, criando uma legenda e um título para o seu mapa. Responda, agora, observando o mapa que você construiu: a) Por que você escolheu essa divisão? Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados b) Qual o critério utilizado para construí-la? c) Aponte as limitações que ela apresenta, utilizando um exemplo. Exploração e descoberta 1.1. Divisão geográfica e natural Observando o mapa que você construiu na seção anterior, é possível perceber alguns indicativos que nos permitem identificar e analisar o posicionamento geográfico da América. Agora, responda: a) Quais as linhas imaginárias que atravessam o continente? b) A partir delas, em que hemisférios se encontra a América? c) Que outras deduções você pode apontar utilizando-se dessas linhas? A primeira coisa que chama nossa atenção é a amplitude latitudinal do continente americano, ou seja, ele se alonga no sentido norte/sul e permite, assim, uma primeira divisão: América do Norte, América Central e América do Sul. América do Norte – Divisão Política Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados América Central – Divisão Política Observe que aparecem duas porções diferentes nessa parte da América: o conjunto de ilhas, chamado de parte insular; e a parte que dá Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados continuidade ao continente, chamada de parte ístmica. América do Sul – Divisão Política Guianas Países Andinos Países Platinos A região das Guianas se caracteriza por aspectos ligados à Amazônia. Os Países Andinos sofrem a influência da Cordilheira dos Andes. Os Países Platinos estão interligados pela Bacia Platina. A localização geográfica nos ajuda a identificar a variação das zonas térmicas e, consequentemente, das paisagens climatobotânicas tão diversificadas no continente americano. Ainda com relação à localização geográfica, os elementos do relevo e da hidrografia também nos permitem entender um pouco melhor a diversidade entre os países. Por que conhecer essas condições naturais é importante para entendermos o continente e a diversidade dos países? Lembre que o espaço geográfico depende das várias formas de interação do homem com a natureza, de que é nela que ele exerce seu trabalho, com mais ou menos tecnologia, construindo as paisagens sociais. Terrenos mais ou menos planos, proximidade ou não de rios, climas mais quentes ou mais frios, vegetação mais ou menos abundante, são dados que interferem na forma de ocupação e apropriação do espaço geográfico. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados 1.2. Divisão histórico-linguística O continente americano, como sabemos, tem sua história profundamente ligada à primeira fase do capitalismo – o mercantilismo – iniciada com as Grandes Navegações, que buscavam novos mercados e produtos. Na Europa dos séculos XVI e XVII, a descoberta de novas terras pelos portugueses e espanhóis desencadeou uma corrida para garantir as novas riquezas, e vários outros países, como a Holanda, a França e a Inglaterra tentaram resguardar esse direito, quer fazendo invasões às terras ibéricas quer fazendo acordos comerciais, que desviavam desses países a maior partedos seus proventos vindos de suas colônias. Nas áreas pertencentes aos portugueses e espanhóis, a maioria de clima tropical, com produtos exóticos e muito lucrativos que não existiam na Europa, a colonização ocorreu como exploração: todas as riquezas obtidas das colônias (matérias-primas agrícolas e minerais) eram monopólio de suas metrópoles, que lhes forneciam manufaturados para atender as demandas de suas populações, além de equipamentos e investimentos para a produção. Isso gerou o que chamamos de acumulação primitiva de capital, que se concentrava na metrópole e que permitiu, posteriormente, o desenvolvimento industrial dos países europeus. Na Holanda, França e Inglaterra, num primeiro momento, acontecia a Reforma Protestante, gerando perseguições e migrações para as novas terras da América. Esses migrantes dirigiram-se, sobretudo, ao norte do continente, com condições naturais e produtos semelhantes aos da Europa e naquele lugar criaram colônias que atendiam, prioritariamente, o seu mercado interno. Sua ligação com a metrópole se fazia através do pagamento de impostos, mas parte da riqueza permanecia ali – é o que chamamos colonização de povoamento. Tanto num caso como no outro, os colonizadores ocuparam territórios de populações nativas, os indígenas, impondo sua vontade de forma violenta, com o massacre, a escravidão, mas, sobretudo, com a perda de sua identidade cultural, substituída pela do colonizador – a adoção da religião, o novo modo de vida, a mudança de costumes e de alimentação, e, claro, a adoção da língua. Assim, mais uma divisão pode ser observada: – os lugares ocupados pelos ingleses, chamado de América Anglo-Saxônica; – os lugares ocupados por povos de língua latina (portugueses, espanhóis, franceses), denominado como América Latina. a) No mapa a seguir, faça uma divisão entre a América Anglo-Saxônica e América Latina. Não se esqueça de colocar sua legenda. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Legenda América Anglo – Saxônica América Latina b) A partir dessa regionalização identifique as línguas oficiais e o tipo de colonização. 1.3. Divisão econômica Fazer a divisão econômica dos países do continente americano nos leva a considerar os seguintes parâmetros: I. Divisão Internacional do Trabalho (DIT), que nos indica o papel de cada país no contexto da economia mundial, ou seja, se ele é: Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Desenvolvido Subdesenvolvido emergente Subdesenvolvido não industrializado – concentra capitais; – é altamente industrializado; – é produtor de tecnologia e investidor de capitais através da implantação de multinacionais pelo mundo. – depende de capitais estrangeiros; – é produtor de matérias-primas (commodities) e de produtos industrializados de multinacionais que constituem a maior parte de seu parque industrial, dependente de investimentos e tecnologias externos. – produtor de matérias-primas agrícolas e/ou minerais; – dependente dos mercados externos. I I . Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede o nível de qualidade de vida oferecida à população, com base na renda, saúde e educação. Essa medição é feita anualmente pela ONU e apresenta quatro faixas de desempenho: Muito alto, alto, médio e baixo. A pontuação é dada num intervalo de 0 a 1, em que os países com melhor qualidade de vida estão mais próximos do 1, enquanto aqueles que apresentam dados insuficientes aparecem mais próximos do 0. III. Espacialização centro/periferia, que se baseia na influência exercida pelos países sobre os outros, controlando ou não sua economia, modo de vida e até a política. Nesta divisão estão presentes: – os países centrais: são os países mais influentes, expandiram suas multinacionais para várias partes do mundo. – periferia da área central: são países ricos, porém que sofrem influência de outro país, seja através de parcerias, seja pelos interesses comuns. – subcentros de periferia: são países que recebem os investimentos e tecnologia dos países centrais e que Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados passam a ter uma influência regional, difundindo os interesses dos países centrais. – periferia: são países que dependem da exploração de seus recursos naturais e que não se industrializaram. – área marginal: devido a questões locais, como conflitos, guerras civis, baixo nível de qualificação da mão de obra e baixo poder aquisitivo, não desenvolveram atividades de exportação de interesse para o mercado mundial, nem são interessantes para o investimento externo. Oficina cartográfica Para fazer este exercício, utilize a sua Coleção de Mapas. a) No mapa em branco da América, reproduza, usando seus conhecimentos cartográficos, uma das divisões econômicas possíveis segundo os parâmetros econômicos apresentados. b) Considerando o que você aprendeu sobre regionalização, qual o motivo da sua escolha? Justifique a sua resposta. c) Refletindo sobre as relações econômicas no mundo atual, quais as contribuições críticas que você pode apresentar? Justifique. Tarefa Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 17 “A regionalização da América". 2. América: quadro natural Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Exploração e descoberta 2.1. Relevo e hidrografia O continente americano apresenta uma grande diversidade de formas de relevo que se estendem de norte a sul do território. Estas formas de relevo são resultantes dos processos endógenos e exógenos, que formam e modelam a superfície terrestre. Os processos endógenos são resultantes das forças naturais provenientes do interior da Terra, como as atividades tectônicas e as transformações físicas nas rochas. Os processos exógenos são resultantes das forças naturais externas e estão relacionados à dinâmica climática, como os ventos e a chuva e também aos fenômenos biológicos. Monte Santa Helena, EUA. Gêiseres del Tatio, Chile. Vamos observar o mapa a seguir, com a disposição do relevo americano. América – Físico Sistema Integrado Copyright1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Altitudes (Maria Elena Simielli. Geoatlas. 34. ed. São Paulo: Ática, p. 50, 2013.) a) Quais estruturas gerais do relevo podem ser observadas no mapa? b) Qual dessas estruturas é predominante? Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/Aula_15047/14_G.png c) Que relações podemos estabelecer entre essas estruturas na América do Sul e na América do Norte? A análise do mapa permite observar que a estrutura do relevo no continente americano não é muito diferente na porção norte e sul. A oeste aparece o conjunto de cadeias montanhosas, Montanhas Rochosas e Cordilheira dos Andes, sujeitas a atividades vulcânicas e terremotos, lembre-se de que aqui a estrutura geomorfológica é recente; na porção central, aparecem as grandes planícies e a leste, os planaltos mais antigos e desgastados pelos ventos, pelas chuvas, pelos rios. (Wilson Teixeira et. al.. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, p. 184, 2009.) Detalhe do encontro da Placa de Nazca (subducção) com a Placa Sul Americana. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados (Wilson Teixeira et. al.. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, p. 101, 2009.) Vamos observar o perfil topográfico da América do Norte e o perfil topográfico da América do Sul. América do Norte – Perfil Leste-Oeste do relevo América do Sul – Perfil Leste-Oeste do relevo A comparação entre a disposição do relevo da América do Norte e da América do Sul permite perceber que as Montanhas Rochosas e a Cordilheira dos Andes concentram os pontos mais altos do continente, como o Monte Mckinley, na América do Norte com 6.187 metros e o Aconcágua, na América do Sul com 6.960 metros. Isso se deve ao fato de essas montanhas serem resultantes dos dobramentos recentes da crosta terrestre, formados na Era Cenozoica e provocados por movimentos orogênicos, que ocorrem nos limites das placas tectônicas. A leste do continente predominam as formações geológicas mais antigas, datadas do pré-cambriano, como o Planalto do Labrador, no Canadá, os Montes Apalaches, nos Estados Unidos e o Planalto Brasileiro, no Brasil. Essas estruturas, por serem mais antigas sofreram importantes processos erosivos, são mais desgastadas, com altitudes menores e com topos mais planos ou arredondados. As extensas planícies centrais interligam os planaltos às grandes cadeias de montanhas. Destacam-se no continente a Planície Amazônica, na América do Sul, a Planície do Mississipi-Missouri, nos Estados Unidos e Planície Platina, na América do Sul. Montes Apalaches, próximo a Blue Ridge Parkway, Carolina do Norte, Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/Aula_15047/19_G.png https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/Aula_15047/20_G.png Estados Unidos. Formação doperíodo devoniano, com mais de 400 milhões de anos. Rio Paraguai, na altura de Assunção. Faz parte da Bacia Platina, datada do Período Quaternário, na Era Cenozoica. Atividade em grupo Leia com atenção os infográficos a seguir. Texto 1: 50 anos de terremotos na América Dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) dos últimos 50 anos registram 572 tremores de magnitude 6 ou superior na América. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Período entre 1964 e 2004 últimos 10 anos Magnitude até 6,5 até 7,5 até 8,0 maior que 8,0 Números de terremotos na região, ano a ano Apenas terremotos com magnitude 6 ou superior Magnitude: 6 a 6,4 6,5 a 7,4 7,5 a 7,9 8 ou mais Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados (Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/veja-os- principais-terremotos-na-america-latina-nos-ultimos- anos.html>. Acesso em: 25 abr. 2017.) Texto 2: A Falha de San Andreas A falha geológica de San Andreas, que corta de norte a sul o Estado americano da Califórnia, é uma das mais estudadas do planeta e também a mais temida dos Estados Unidos. O que muitas pessoas não sabem é que, pouco mais ao norte, em frente à costa noroeste do país, existe outra falha geológica que, segundo os cientistas, em um futuro próximo, poderá provocar um terremoto maior do que o que teve origem na falha de San Andreas em 1906 e devastou a cidade de São Francisco. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados É a falha submarina de Cascadia que, com mais de 1,1 mil quilômetros, vai desde a Província canadense da Colúmbia Britânica até o norte da Califórnia. A Cascadia está na zona de subducção da placa de Juan de Fuca e a placa da América do Norte e, até o meio da década de 1980, os cientistas não tinham total consciência do perigo que ela representa. Esta falha submarina é capaz de provocar tremores de uma magnitude acima dos nove graus, acompanhados de tsunamis parecidos com o que arrasou a costa norte do Japão em 2011. O desconhecimento sobre o perigo que representa a falha de Cascadia foi demonstrado há poucos dias, depois da publicação de um artigo sobre ela na revista The New Yorker. Neste artigo vários pesquisadores informavam que, nas próximas décadas, esperam que a ruptura da falha de Cascadia provoque nos Estados de Washington e Oregon o que poderá ser a maior catástrofe natural da história dos Estados Unidos. (Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150727_falha_geologica_eua_fn>. Acesso em: 25 abr. 2017.) a) Localize no mapa a seguir cada um dos países citados nos textos 1 e 2. Planisfério Político 1 - Kosovo 2 - Dinamarca 3 - Holanda 4 - Bélgica 5 - Luxemburgo 6 - Suíça 7 - Rep. Checa 8 - Eslováquia Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/Aula_15047/37_G.png 9 - Áustria 10 - Hungria 11 - Eslovênia 12 - Croácia 13 - Bósnia-Hezergóvina 14 - Sérvia 15 - Macedônia 16 - Albânia 17 - Chipre 18 - Líbano 19 - Israel 20 - Kuwait 21 - Bahrein 22 - Catar 23 - Emirados Árabes Unidos 24 - Montenegro b) Que relações podemos estabelecer entre o mapa com a localização dos terremotos e os textos 1 e 2? c) Por que esses fenômenos geológicos ocorrem com tanta frequência na costa oeste da América? Tarefa Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 18 “A América física: Relevo". A dinâmica do relevo, suas formas e localização estão também diretamente relacionadas com a dinâmica atmosférica e com a dinâmica das águas, que lentamente vão esculpindo e dando forma ao nosso planeta. Os rios correm sobre as estruturas do relevo e estas,por sua vez, determinam a direção e a velocidade de suas águas. As montanhas e os planaltos, locais onde estes rios nascem, são chamados de centros dispersores de águas, e os locais para onde as águas correm são chamados de vertentes. No continente americano, estas águas seguem em diferentes direções, desaguando no Oceano Pacífico, no Oceano Atlântico, no Golfo do México e no Oceano Glacial Ártico. Vamos observar com atenção o mapa com o relevo e a hidrografia do continente americano, na sua coleção de mapas, para discutirmos e refletirmos sobre essa estreita relação. América – Hidrografica Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados América – Hidrografica Legenda Vertente do Ártico Vertente do Pacifico Vertente do Atlântico Vertente do Golfo 1. Com base nas informações contidas no mapa de relevo e hidrografia e nas questões desenvolvidas nas nossas aulas, complete o quadro a seguir. Vertente Onde nascem os rios Características dos rios Principais rios Ártico Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/Aula_15047/38_G.png Pacífico Atlântico Golfo 2. Agora, usando quatro cores diferentes, uma para cada vertente, agrupe no mapa da página anterior, os rios que você apontou para cada vertente. Ampliação dos saberes Entre os Estados Unidos e o Canadá A cidade de Duluth, localizada no estado de Minesota (EUA), situa-se às margens do Lago Superior, a mais de 3.700 km do Oceano Atlântico. Um produto que saia dessa cidade pode chegar ao Brasil usando exclusivamente o navio como meio de transporte. Isso só é possível por causa da existência de um complexo sistema flúvio- lacustre formado pelos Grandes Lagos e o Rio São Lourenço. Esse conjunto, espécie de litoral que penetra profundamente em território norte-americano e canadense, corresponde à parcela considerável da fronteira entre Estados Unidos e Canadá. Ele só passou a funcionar de forma efetiva em 1959, depois de serem construídas inúmeras comportas e eclusas que pudessem vencer os desníveis do terreno. No entanto, os indígenas da região já usavam o São Lourenço antes da chegada do colonizador europeu. O primeiro deles a percorrer suas águas foi o francês Jacques Cartier, que teve de deter suas embarcações nas proximidades da atual cidade canadense de Montreal, devido às perigosas corredeiras do rio. A via de ligação entre os Grandes Lagos e o Atlântico, através do São Lourenço, foi sendo construída de forma gradativa desde o século XIX, e, num primeiro momento, os Estados Unidos e o Canadá desenvolveram projetos paralelos de integração dessa via fluvial ao contexto de seus respectivos territórios. Só ao longo do século XX se concretizou o projeto binacional de utilização conjunta desse importante eixo fluvial. Por essa via escoam atualmente matérias-primas existentes na região, como ferro e carvão, produtos agrícolas das pradarias centrais norte-americanas e Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados canadenses e produtos manufaturados produzidos pelos dois países. Por estar próxima das principais áreas urbano-industriais tanto do Canadá como dos Estados Unidos, ela constitui elemento de grande importância para o comércio dos dois países concentrando, por exemplo, cerca de 60% do movimento de todos os demais portos marítimos norte-americanos. Talvez o principal problema dessa via aquática seja de ordem climática: entre os meses de dezembro e março a navegação fica impedida de se realizar em virtude do congelamento das águas, o que limita sua utilização em cerca de 250 dias por ano. Quebec e o Canadá Ao longo dos 570 km do vale do São Lourenço foram forjadas a história e a geografia do Canadá, onde estão situadas algumas das mais importantes cidades do país, como Montreal, Quebec, Ottawa e Toronto. O principal problema geopolítico que afeta o Canadá diz respeito às tentativas de separatismo por parte de uma de suas mais importantes regiões, a província de Quebec. Com quase 1,4 milhão de quilômetros quadrados e 7,5 milhões de habitantes, Quebec representa 15% do território e cerca de 25% da população canadense. Cerca de 10% da área da província localiza-se junto ao vale do São Lourenço, onde estão situadas suas principais cidades (Quebec e Montreal), enquanto o restante do território compreende o escudo Canadense, formação de origem pré-cambriana, um verdadeiro baú de riquezas minerais do Canadá. O que distingue Quebec das demais províncias do Canadá é que aproximadamente 80% de seus habitantes são de origem franco-canadense, isto é, falam o francês como língua principal e consideram-se descendentes dos colonos que fundaram a “Nova França" no século XVI. Na verdade, a região foi colonizada inicialmente pela França, passando posteriormente para o domínio da Inglaterra em 1763, logo após o fim da Guerra dos Sete Anos. Os habitantes da região, conhecidos como quebecois, nunca aceitaram essa situação e promoveram inúmeras revoltas contra o domínio britânico. Durante sua longa dominação foram introduzidos em todo o Canadá colonos originários das Ilhas Britânicas, tornando Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados minoritários os franco-canadenses, exceção feita à província de Quebec. A independência do Canadá em relação à Grã-Bretanha não fez desaparecer as sementes do descontentamento e as ideias de separatismo de Quebec. Na raiz desses sentimentos estava um sistema que discriminava os franco-canadenses da província, já que os de origem britânica eram considerados de certa forma “superiores". Não faz muito tempo que 75% dos melhores empregos eram exercidos pelos cidadãos de origem britânica, enquanto os franco-canadenses (50% da força de trabalho) ocupavam 80% dos empregos pior remunerados. O desemprego era também maior que o registrado em outras províncias do país. Esse contexto propiciou a formação em 1963 da Frente de Libertação de Quebec (FLQ), organização nacionalista radical que chegou a praticar atos terroristas no final dos anos 1960 e que foi desmantelada em 1970. Em 1969, o governo canadense decretou o Official Language Act, tornando o francês língua oficial, passando o Canadá a ser um país bilíngue. Apesar das iniciativas do governo para amenizar a situação, o separatismo não desapareceu totalmente. Uma eventual vitória dos separatistas colocaria inúmeras indagações, entre as quais: o novo Estado seria um integrante do Nafta? Como seriam as relações entre os Estados Unidos e o novo país? Ocorreriam outros movimentos separatistas no interior do Canadá? Qual seria o destino da minoria de origem britânica no Quebec? E das minorias franco-canadenses nas outras províncias? (Nelson Bacic Olic. Geopolítica dos Oceano, Mares e Rios. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2011.) Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Grandes Lagos. Lago Superior em Ontário, Canadá. Rio São Lourenço. Tarefa Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 19 “A América física: hidrografia". 2.2. Clima e vegetação O continente americano possui uma grande diversidade de paisagens naturais. Esta variedade está relacionada com a sua dinâmica atmosférica e biológica. A grande extensão territorial, de norte a sul, faz com que ele se encontre em diferentes zonas climáticas, recebendo ao longo do ano quantidades diferentes de radiação solar. O extremo norte, atravessado pelo Círculo Polar Ártico, é uma região muito fria, onde a incidência da radiação solar ao longo do ano é pequena. Já o norte da América do Sul, atravessado pela Linha do Equador, é uma região muito quente, onde a incidência da radiação solar é grande o ano todo. Fatores como latitude, altitude, presença intensa de vegetação, massas de ar, correntes marítimas e atuação humana, interferem para a grande variedade climática, influenciando, assim, a cobertura vegetaldo continente. Vamos analisar o esquema a seguir para visualizarmos de que forma a variação da temperatura e da umidade interferem nas paisagens do continente americano. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Vamos observar atentamente o mapa e as imagens a seguir, escrevendo abaixo de cada imagem, as suas características, estabelecendo uma relação com a sua localização no continente. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados 3. Tipos climáticos do continente americano, características e localização Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Equatorial Tropical Desértico Semiárido Subtropical Mediterrâneo Temperado Frio Frio de Montanha Polar Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Com base no mapa com os climogramas do Continente Americano, da sua coleção de mapas, complete a tabela com o número correspondente a cada clima. Número Clima Características Equatorial Região de baixa latitude (próxima do Equador) com altos índices de temperatura e de pluviosidade. Característica da Floresta Amazônica presente em diversos países da América do Sul. Tropical Entre os Trópicos de Capricórnio e Câncer, apresenta altas temperaturas e chuvas concentradas no verão. Paisagens características, Floresta Tropical e Cerrado presentes na porção central do território brasileiro. Subtropical Ocorre na porção ao sul do Trópico de Capricórnio. Apresenta as quatro estações bem demarcadas ao longo do ano. Ocorre no sul do território brasileiro, no Uruguai e no Chile. Desértico Ocorre em vários locais no continente americano. Caracterizado pela elevada amplitude térmica (variações de temperatura) ao longo do dia e por apresentar baixos índices pluviométricos. Na região da Patagônia, recebe a denominação de deserto frio. Semiárido Também apresenta baixos índices pluviométricos, porém, há chuvas que se concentram em alguns meses do ano possibilitando a existência de uma vegetação característica. Este clima é típico do sertão do nordeste brasileiro. Este clima, classificado inicialmente na região ao redor Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Mediterrâneo do Mar Mediterrâneo na Europa, apresenta características semelhantes no continente americano: os verões são quentes e secos e os invernos amenos e chuvosos. No continente americano, ocorre no litoral do Chile e litoral sudoeste dos Estados Unidos. Temperado Entre os Círculos Polares e os Trópicos, nas médias latitudes, o clima caracteriza-se pela presença das quatro estações do ano bem definidas, com variação térmica. Destaca-se nos Estados Unidos, áreas do Canadá e sul do continente. Frio de Montanha Típico das áreas de grande altitude, como a Cordilheira dos Andes e as Montanhas Rochosas, o clima é caracterizado pela pequena amplitude térmica, sempre muito frio. A presença de neve é comum. Polar Ocorre nas regiões de grande latitude, com precipitações de neve e longos períodos de variação de luminosidade. São poucos meses com temperaturas positivas; normalmente as temperaturas são abaixo de 10°C. Característico do extremo norte do continente. Temperado Frio Ocorre nas regiões localizadas ao sul do Círculo Polar Ártico (subpolares). Os invernos são longos e rigorosos, os verões são amenos e as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano. 4. As paisagens vegetais do continente americano Como vimos é estreita a relação entre clima e vegetação, pois esses dois elementos naturais se complementam e possibilitam uma grande diversidade de paisagens; portanto, a associação entre ambos é inevitável. Ao pensarmos, por exemplo, nas áreas de clima tropical ou desértico, logo vem à nossa mente a Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados paisagem desse lugar, que se reverte normalmente no tipo de cobertura vegetal e nas formas do seu relevo, refletindo também sobre a ação humana e as alterações provocadas por ela. América – Vegetação Tundra Florestas de Coníferas Vegetação de Montanhas e Altos Planaltos Vegetação Mediterrânea Vegetação das Zonas Áridas e Semiáridas Florestas Temperadas Caducifólias Estepes/Pradarias Floresta Tropical Savanas/Cerrado Floresta Equatorial Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Floresta Subtropical Tundra: vegetação composta basicamente por musgos e liquens, está associada às áreas de clima polar. Aparece no curto período de verão, criando um ambiente fundamental para o desenvolvimento das espécies animais locais. Floresta de coníferas: composta predominantemente por pinheiros, está associada às áreas de clima temperado frio, ocupando grande parte do norte do Canadá. Apresenta folhas em forma de agulha (aciculifoliadas) e a exploração de sua madeira é um importante recurso econômico. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Vegetação de montanha: vegetações esparsas de pequeno porte com solos rasos variando de acordo com o aumento da altitude e diminuição da temperatura. Em muitos locais encontram-se rochas expostas e presença de gelo e neve. Vegetação mediterrânea: é composta por arbustos de pequeno porte distantes uns dos outros com espécies herbáceas. É favorável para cultivos de frutas, como as uvas (videiras). Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Vegetação das zonas áridas e semiáridas: é formada principalmente por cactáceas denominadas de xerófitas, que são espécies adaptadas à aridez. Os solos presentes são arenosos e pedregosos. Floresta temperada (caducifólia):localizadas no sul do continente americano e na América do Norte possuem uma característica que consiste na mudança de cor das folhas até a perda destas com a chegada do outono e inverno. Algumas espécies típicas são os carvalhos, as faias e as nogueiras. Há uma grande exploração de suas árvores comprometendo as diversas espécies presentes. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Estepes e pradarias: essa formação também recebe a denominação de campos (sul do Brasil) ou pampas (Uruguai e Argentina) e é formada principalmente por gramíneas. Como as áreas em que elas se desenvolvem são relativamente planas, há utilização delas para criação extensiva de animais e cultivo do trigo. Floresta tropical: essa vegetação apresenta uma grande biodiversidade e recebe a denominação de Mata Atlântica no Brasil. São caracterizadas como higrófilas pela grande necessidade de água (chuvas), latifoliadas (folhas largas) e heterogêneas (diversificadas). Está presente ao longo da costa litorânea que, ao longo do período da colonização, foi muito impactada pela exploraçãode madeira (pau- brasil), assim como outras atividades econômicas que possibilitaram seu desmatamento provocado, Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados por exemplo, pelo crescimento das cidades. Hoje, há aproximadamente 8,5% da formação original. Savanas e cerrados: as savanas são formações que recebem a denominação de cerrados no Brasil. Estão presentes nas regiões centrais com espécies herbáceas e arbóreas como os buritis, ipês e quaresmeiras. São também denominadas de campos cerrados, porque são esparsas e geralmente seus troncos são retorcidos. Suas raízes são profundas para a captação de água dos lençóis subterrâneos. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Floresta equatorial: corresponde a um tipo de formação vegetativa localizada na faixa intertropical. Essa região é caracterizada pela presença de altas temperaturas e chuvas abundantes. Apresenta grande biodiversidade e está subdividida em estratos, como a mata de terra firme (mata de grande porte com espécies que chegam a 40 ou 50 metros, como as castanheiras), mata de igapós (pequeno porte ao longo dos rios em áreas inundadas) e mata de várzeas (localizam-se ao longo dos rios, porém, são inundadas durante um período do ano diferentemente dos igapós). Floresta subtropical: compõe-se de formações vegetativas que estão localizadas no sul do território brasileiro caracterizadas pela presença das araucárias (pinheiro-do-paraná). Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Manguezais: são formações vegetais presentes no litoral tropical e subtropical. Geralmente, estão associadas ao encontro da foz dos rios com as águas do mar. Suas espécies arbustivas possuem raízes aéreas para facilitar a sua sustentação, porque seus solos são instáveis e ricos em matéria orgânica. Essa vegetação também apresenta uma importante função ao evitar a erosão decorrente da ação das águas das marés. Tarefa Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 20 “Parques Nacionais na América “. Ampliação dos saberes Brasil, alvo de tornados Pesquisa mostra que esses fenômenos não são raros no país e propõe nova escala para medir sua potência Tornados, terremotos, furacões, tsunamis... Diz o senso comum que no Brasil esses desastres naturais não têm vez. Mas essa crença não se justifica quando se trata dos tornados. É o que mostra um estudo da Universidade Estadual de Campinas, que resgatou registros desse fenômeno natural no país desde 1990 até hoje. Segundo a pesquisa, nos últimos 20 anos, ocorreram no mínimo 205 tornados, o que coloca o Brasil entre os países que mais sofrem com o evento no mundo. No Brasil não existe um sistema de detecção articulado de tornados e os registros oficiais são poucos. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) documentou apenas 10 tornados na década de 1990. Por isso, o estudo recorreu também a registros em jornais e páginas na internet sobre meteorologia e de compartilhamento de fotos e vídeos para identificar as ocorrências. A pesquisa mostrou um aumento no número de casos de tornados nos 10 últimos anos, mas seu autor principal, o geógrafo Daniel Henrique Candido, ressalta que não é possível dizer se essa é uma tendência real ou apenas uma melhoria nos registros. “Muito provavelmente, o que temos é um aumento dos registros. Hoje, todo mundo tem um celular com câmera filmadora e fotográfica para registrar o evento e disponibilizar na internet", especula. O levantamento aponta que São Paulo é o estado mais atingido por tornados, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para Candido, a liderança de São Paulo foi uma surpresa, pois as condições atmosféricas e o relevo natural dos estados do Sul são mais propícios para a formação desses fenômenos. O pesquisador explica que os tornados se formam basicamente quando ocorre uma tempestade severa, do tipo supercélula, em áreas planas. Durante esses eventos, o contraste entre massas de ar quentes e frias com diferentes pressões gera a nuvem, Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados com forma de cone e movimentos de redemoinho, que atinge o solo e devasta o que estiver em seu caminho. Grandes Tempestades Os passos ao lado são ingredientes propícios para a formação de nuvens, como a de cúmulo-nimbo, e de tempestades que têm grande movimento e geram intenso fluxo de ar à medida que se formam e crescem. (Disponível em: <http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/noticia/2015/04/tornado- em-xanxere-entenda-por-que-santacatarina-esta-no-caminho-dos- tornados-4745072.html>. Acesso em: 25 abr. 2017.) O campeão em tornados no mundo são os Estados Unidos. A região central do país é conhecida como Alameda dos Tornados, faixa que inclui Texas, Oklahoma e Kansas, que juntos registraram 15,3 mil tornados de 1950 a 2009. No Brasil, os números são mais tímidos e a potência destrutiva dos eventos é menor. Enquanto nos Estados Unidos são comuns tornados com ventos de mais de 300 km/h, aqui a maioria deles não supera 200 km/h. Graças a um relevo menos plano, os tornados no Brasil também não avançam muito, durando apenas minutos e não horas. (Disponível em: <http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/674/n/brasil,_alvo_de_tornados>. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Acesso em: 25 abr. 2017.) Por que os tornados passam aqui (Disponível em: <http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/noticia/2015/04/tornado- em-xanxere-entenda-por-que-santa-catarina-esta-nocaminho-dos- tornados-4745072.html>. Acesso em: 25 abr. 2017.) Tornados mais severos registrados no Brasil Itu, setembro de 1991: com ventos de cerca de 300 km/h, derrubou um obelisco de 100 toneladas, arrastou carros por 700 m e provocou 15 mortes. Fortes chuvas associadas causaram blecaute de 18 horas que provocou mais de 300 acidentes de Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados associadas causaram blecaute de 18 horas que provocou mais de 300 acidentes de trânsito. São Bernardo do Campo, abril de 1991: de menor escala, com ventos de 140 km/h, esse tornado derrubou árvores e tombou 10 caminhões de 25 toneladas cada um. Indaiatuba, maio de 2005: filmado pela câmara de uma concessionária rodoviária, foi um tornado multivórtice, ou seja, além do funil central tinha outros menores. Até então esse tipo de tornado só havia sido registrado nos Estados Unidos, pais campeão em ocorrências do fenômeno. Casas foram arrancadas do chão, a energia elétrica interrompida pela queda de árvores e 15 mortes registradas. Os ventos chegaram, pelo menos, a 250 km/h. (Disponível em: <www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/674/n/brasil,_alvo_de_tornados>. Acesso em: 25 abr. 2017.) Tornados na Região Sul Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Agora, responda: a) Apesar do Brasil não apresentar grandes desastres naturais a ocorrência dos tornados é grande e causa uma série de problemas. Quais os entraves (dificuldades) que há na detecção dos tornados no Brasil? b) Explique resumidamente a formação dos tornados.c) Analisando os mapas da América do Sul e da América do Norte, podemos afirmar que há uma semelhança nas formas de relevo que favorecem o aparecimento de tornados. Explique qual é a semelhança. Sua criação Siga as instruções abaixo sobre os dois perfis topográficos presentes em seu encarte de mapas comparando as formas de relevo da América (Norte e Sul) e responda às questões. a) Recorte os dois perfis topográficos do final da apostila separando-os. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados b) Analise os perfis e o mapa que identifica a sua respectiva localização. c) Quais os nomes dos principais rios identificados em cada perfil? d) Quais as principais semelhanças em relação ao relevo dessas duas localidades? Podemos afirmar que há semelhança em relação também aos seus climas? Explique. e) Observe o mapa a seguir e construa no espaço abaixo o perfil topográfico destacado no mapa de México – Físico Altitudes (metros) Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/Aula_15047/86_G.png Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: Regionalizando o continente americano (I) Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: Regionalizando o continente americano (II) Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: América: quadro natural (I) Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: América: Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=d1ee7988-6d56-4005-9683-21a01b25a693&instituto=objetivo&referencia=200609_AlexandraFigueiredo_Geografia_I_8Ano_AD https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=1c7ee0d3-d75c-424e-83e1-992474a65177&instituto=objetivo&referencia=200609_AlexandraFigueiredo_Geografia_II_8Ano_AD https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=81f4d8fc-dcf6-4f61-8610-cb4bb30c52e6&instituto=objetivo&referencia=200609_AlexandraFigueiredo_Geografia_III_8Ano_AD https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=cbdcc707-1070-4cde-8bb8-a94f6838ea92&instituto=objetivo&referencia=200609_AlexandraFigueiredo_Geografia_IV_8Ano_AD quadro natural (II) Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: América: quadro natural (III) Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: Tipos climáticos do continente americano, características e localização Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: As paisagens vegetais do continente americano Professor: Alexandra Maria Figueiredo Aula: América: aspectos físicos – Brasil, alvo de tornados Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=c6faf1d7-b570-4db8-b12b-48fce2f7208e&instituto=objetivo&referencia=200609_AlexandraFigueiredo_Geografia_V_8Ano_AD https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=df219d98-abce-456e-a748-dbcaf90a2ded&instituto=objetivo&referencia=200609_AlexandraFigueiredo_Geografia_VI_8Ano_AD https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=19f56f0f-c8f5-49f3-944f-075be9e4f7ad&instituto=objetivo&referencia=200609_AlexandraFigueiredo_Geografia_VII_8Ano_AD https://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=d39286df-55a9-4d8d-9d23-237ce4c60aab&instituto=objetivo&referencia=200615_AlexandraFigueiredo_Geografia_I_8Ano_AD
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