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Primeira semana do desenvolvimento . Gametogênese A gametogênese é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas em gametas sexuais. Esse processo prepara essas células para a fecundação. Durante a gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada. . Meiose Divisão celular que envolve duas divisões meióticas;as células germinativas diploides dão origem aos gametas haploides (espermatozoides e oócitos). A meiose passa por duas divisões meióticas, a primeira é uma divisão (REDUCIONAL) que diminui o número de cromossomos, formando o espermatócito secundário e o ovócito secundário. Na segunda divisão (EQUACIONAL) não ocorre intérfase, ou seja, não há duplicação do DNA. Nessa fase o número de cromossomos se mantém. IMPORTÂNCIA DA MEIOSE · Constância do número de cromossomos das espécies · Permite o arranjo aleatório dos cromossomos paternos e maternosPor:Maria Eduarda Moura · Reposiciona os segmentos dos cromossomos paternos e maternos por meio de cruzamento de -Segmentos cromossômicos, para recombinação genética. . Espermatogênese A espermatogênese é a sequência de eventos pelos quais as espermatogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em espermatozoides maduros; esse processo começa na puberdade. Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e sofrem modificações. As células de Sertoli revestem os túbulos seminíferos, sustentam e participam da nutrição das células germinativas e estão envolvidas na regulação da espermatogênese. Os espermatozoides são transportados para o epidídimo (ducto longo e espiralado), onde são armazenados e tornam-se funcionalmente maduros durante a puberdade. O espermatozóide maduro é móvel e nada livremente sendo formados por cabeça e cauda unidos pelo colo. Os dois terços anteriores da cabeça são cobertos pelo acrossomo que contém enzimas que facilitam a fecundação. . Oogênese A oogênese é a sequência de eventos pelos quais as oogônias são transformadas em ovócitos maduros. Inicia na vida fetal e se completam na puberdade. Todas as oogônias se desenvolvem em ovócitos primários antes do nascimento. A oogenese continua até a menopausa (interrupção do ciclo menstrual). MATURAÇÃO PRÉ NATAL DO OOCITO *Durante a vida fetal as oogonias(diploides)se proliferam por mitose, essas oogonias crescem e se tornam ovócito primário(diploide) antes do nascimento, ou seja, não existe ovogonia na mulher após o nascimento. *As células do tecido conjuntivo (células foliculares) circundam o ovócito primario no período fetal, formando o folículo primordial. Na puberdade essas células foliculares tornam se cubicas e depois cilíndricas, e juntamente com o ovócito primário formam o folículo primário. *O Ovócito primário é envolvido por uma glicoproteína a zona pelúcida, e inicia a primeira meiose antes do nascimento, mas fica estacionada na prófase1 (DICTIÓTENO). MATURAÇÃO PÓS NATAL DOS OVÓCITOS * Etapa que se inicia na puberdade, o folículo ovariano amadurece e ocorre a ovulação, que é a liberação do ovócito do folículo ovariano a cada mês. Quando um folículo se matura, o ovócito primário aumenta de tamanho, e imediatamente antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica, dando origem a um ovócito secundário (recebe a maior parte do citoplasma) e a um corpo polar (que se degenera.) * O núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica na ovulação, mas estaciona na metáfase 2, e só completada se houver fecundação. Com a penetração do espermatozoide no ovócito secundário acontece a segunda divisão meiótica e formação de um ovulo (ovócito fecundado) e do segundo corpo polar que também degenera. Por:Maria Eduarda Moura - TERMOS IMPORTANTES – * Cariogamia: fusão dos núcleos das células sexuais; * Zona pelúcida: material glicoproteico acelular e amorfo que circunda o ovócito, degradada pela enzima acrosina presente no acrossomo do espermatozoide (lembrar que Acrosina é necessária para passar pela Zona pelúcida, ou seja, primeira letra do alfabeto com a última A e Z); * Corona radiata: camada de células foliculares que envolvem o ovócito e é degradada pela enzima hialuronidase também presente no acrossomo do espermatozoide (lembrar de C e H, é a Chave para entrar no ovócito); . Ciclo Reprodutivo Feminino Após o início da puberdade, a mulher começa sofrer ações hormonais, secretados por glândulas da hipófise, hipotálamo, mamárias entre outros. O GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) é sintetizado pelo hipotálamo e secretado pela hipófise, estimulando a liberação de mais dois hormônios: 1. FSH (Folículo-estimulante): que estimulam o desenvolvimento das células foliculares e a produção de estrógeno por elas, atuando indiretamente para a formação do ovócito I. 2. LH (Luteinizante): age a favor da ovulação e estimula células foliculares a produzirem progesterona. Ambos induzem o crescimento dos folículos e endométrio, para preparar o útero para uma suposta gravidez. Ambos produzem mudanças, em conjunto, para proporcionar o desenvolvimento dos folículos, a ovulação e a formação do corpo lúteo. Geralmente, somente um folículo, dos vários formados por atuação do FSH, chega a maturar e expelir o ovócito. . Ciclo ovariano A cada ciclo o FSH estimula o desenvolvimento de 5 a 12 folículos primário, mas somente um chega ao estágio de folículo maduro, e se rompe liberando o ovócito. . Desenvolvimento Folicular • Crescimento e diferenciação de um oócito primário. • Proliferação das células foliculares. • Formação da zona pelúcida. • Desenvolvimento das tecas foliculares. O folículo primário, cresce e fica encapsulado por um tecido conjuntivo (teca folicular), que posteriormente se diferencia em teca interna e teca externa. Subsequentemente, em torno das células foliculares surgem espaços preenchidos por líquidos que coalescem formando o Antro. Após essa formação o folículo é denominado folículo secundário. O desenvolvimento inicial dos folículos é estimulado pelo FSH, mas os estágios finais necessitam de LH. . OvulaçãoPor:Maria Eduarda Moura Acontece por volta da metade do ciclo ovariano, o folículo sob influência do FSH E LH sofre um repentino surto de crescimento. A ovulação é disparada por uma onda LH, induzida por uma alta concentração de estrôgenio no sangue. - CORPO LÚTEO: influenciado pelo LH, as paredes do folículo formam, logo após a ovulação o corpo, secretando progesterona que dará origem, futuramente, ao corpo lúteo da gravidez. Se ocorrer fecundação, o HCG (gonadotropina coriônica humana) evita degeneração. Caso não ocorra ele se degenera 10 a 12 dias após a ovulação, gerando o corpo lúteo da menstruação, denominado corpo albicans (cicatriz branca no tecido). . Ciclo Menstrual Período em que o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. • Duração: geralmente 28 dias. • 1o dia do ciclo: início do fluxo menstrual. • Fases: ✓ Fase menstrual: 4 a 5 dias ✓ Fase proliferativa (fase estrogênica): 9 dias Estrogênio: aumenta a espessura do endométrio. ✓Fase lútea/secretora (fase progesterônica):13 dias Progesterona: responsável pelas anastomoses do endométrio e aumento das glândulas ✓ Fase isquêmica (se não ocorrer fecundação): o corpo lúteo regride e para de produzir hormônios. ✓ Fase da gravidez (se ocorrer fecundação) ATENÇÃO: Dispermia: ocorre quando 2 espermatozoides penetram o ovócito e o fecundam. Esse evento resulta em um zigoto com um conjunto extra de cromossomos (triploidia). . Fecundação - Local: ampola da tuba uterina. - O processo de fecundação leva aproximadamente 24 horas. - Quimiotaxia dos espermatozoides para o ovócito. - Fases: passagem do espermatozoide através da corona radiata (hialuronidase) → penetração na zona pelúcida (acrosina) e reação zonal (mudança que ocorre na zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides) → fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide (somente a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasmado ovócito) → término da meiose 2 do ovócito e formação do pronúcleo feminino → formação do pronúcleo masculino → oótide (ovócito contendo os 2 pronúcleos haploides) → fusão dos pronúcleos → zigoto. - Importância da fecundação: ✓ Término da 2a divisão meiótica do ovócito; ✓ Restaura o número diploide de cromossomos no zigoto; ✓ Possibilita a mistura de cromossomos maternos e paternos; ✓ Determina o sexo cromossômico do embrião; ✓ Ativa metabolicamente a oótide e inicia a clivagem do zigoto. . Clivagem do zigoto São divisões mitóticas repetidas do zigoto, que resultam em um rápido aumento do número de células (blastômeros). - A clivagem se inicia aproximadamente 30 horas após a fecundação e ocorre na tuba uterina, quando o zigoto está se direcionando para o útero. - 9 blastômeros → fase de compactação → 3 dias após a fecundação → 12 a 32 blastômeros → MÓRULA (zigoto alcança o útero) → interior da mórula:Por:Maria Eduarda Moura cavidade blastocística → separação dos blastômeros em 2 partes: trofoblasto (placenta) e embrioblasto (embrião) → 6 a 10 dias após a fecundação (final da primeira semana e início da segunda) → BLÁSTULA → implantação/nidação do blastocisto na parede posterior da parte superior do útero → trofoblasto prolifera e se diferencia em 2 camadas: citotrofoblasto (interna) e sinciciotrofoblasto (externa). - O fator de gestação inicial é secretado pelas células trofoblásticas e surge no soro materno cerca de 24 a 48 horas após a fecundação. Ele é a base inicial do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento. ATENÇÃO: Gestações ectópicas: são aquelas em que o blastocisto pode se implantar fora do útero. 95% a 98% delas ocorre na tuba uterina. ATENÇÃO: Mosaicismo: é um fenômeno em que forma-se um embrião com 2 linhagens celulares com número cromossômico diferente devido à não disjunção das cromátides durante as divisões iniciais da clivagem.
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