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enfermagem na saúde da mulher

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Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem e a Saúde da Mulher" do 
EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a 
reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia 
expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
180 horas Enfermagem e a Saúde da 
Mulher 
Samara Calixto Gomes 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante do curso online “Enfermagem e a Saúde da Mulher” do 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Enfermagem e a Saúde da 
Mulher 
Samara Calixto Gomes 
180 horas 
Com certificado 
online 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 6 
SAÚDE DA MULHER ........................................................................................................ 7 
QUADRO DE CONCEITOS .............................................................................................. 9 
PUBERDADE .................................................................................................................... 10 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ........................................................................ 12 
5.1 HORMÔNIOS FEMININOS .................................................................................... 12 
5.2 HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS .................................................................. 12 
5.2.1 Funções do Estrogênio ....................................................................................... 13 
5.2.2 Funções da Progesterona .................................................................................... 13 
CICLO MENSTRUAL ..................................................................................................... 14 
6.1 CICLO MENSTRUAL NORMAL: .......................................................................... 15 
6.2 COMPONENTES FUNCIONAIS DO CICLO MENSTRUAL ............................... 15 
6.3 FASES DO CICLO OVARIANO ............................................................................. 15 
6.3.1 Fase Folicular ..................................................................................................... 15 
6.3.2 Ovulação ............................................................................................................. 16 
6.3.3 Fase Lútea ........................................................................................................... 16 
6.4 FASES DO CICLO UTERINO ................................................................................. 16 
AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL ......................................................................... 18 
PLANEJAMENTO FAMILIAR ...................................................................................... 20 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS ............................................................................ 21 
9.1 VOCÊ SABE DIFERENCIAR O PLANEJAMENTO FAMILIAR DO CONTROLE 
DE NATALIDADE? ....................................................................................................... 22 
9.1.1 Planejamento Familiar ........................................................................................ 22 
9.1.2 Controle de Natalidade ....................................................................................... 22 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS .................................................................................. 23 
10.1 MÉTODOS NATURAIS OU COMPORTAMENTAIS ......................................... 24 
10.1 1 Temperatura Basal ............................................................................................ 24 
10.1.2 Tabela de Ogino-Knauss (Tabelinha) ............................................................... 24 
10.1.3 Método de Billings ou do Muco Cervical ........................................................ 25 
10.1.4 Lactação-Amenorreia ....................................................................................... 25 
10.2 MÉTODOS DE BARREIRA .................................................................................. 26 
10.2.1 Preservativo ...................................................................................................... 26 
10.2.1 Diafragma ......................................................................................................... 26 
10.2.2 Espermicidas ..................................................................................................... 26 
10.3 Métodos Hormonais ................................................................................................ 27 
10.3.1 Pílula ................................................................................................................. 27 
10.3.2 Pílula do Dia Seguinte ...................................................................................... 27 
10.4 MÉTODOS MECÂNICOS ..................................................................................... 28 
10.4.1 DIU - Dispositivo Intra Uterino........................................................................ 28 
 
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ ................................................................................... 30 
PRE-NATAL ...................................................................................................................... 32 
PREVENÇÃO DO CÂNCER GENITAL E DE MAMA ............................................... 33 
ASSISTÊNCIA A MULHER NO CLIMATÉRIO ......................................................... 35 
14.1 SAÚDE BUCAL NO CLIMATÉRIO ..................................................................... 37 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ............................................................................. 39 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 42 
A MAMA ............................................................................................................................ 44 
O CÂNCER ........................................................................................................................ 46 
3.1 ESTADIAMENTO .................................................................................................... 47 
3.1.1 Tamanho do Tumor (T) ...................................................................................... 48 
3.1.2 Linfonodos Regionais (N) .................................................................................. 49 
3.1.3 Metástases (M) ................................................................................................... 49 
SINTOMAS DO CÂNCER DE MAMA .......................................................................... 50 
PREVENÇÃO .................................................................................................................... 51 
DIAGNÓSTICO ................................................................................................................ 52 
TRATAMENTO ................................................................................................................ 53 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A MULHER COM CÂNCER DE 
MAMA ................................................................................................................................ 54 
8.1 TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DO AUTOEXAME DAS MAMAS ................. 55 
8.1 1 Inspeção Estática em frente ao Espelho ............................................................. 55 
8.1.2 Durante o Banho ................................................................................................. 56 
8.1.3 Deitada ................................................................................................................ 56 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................59 
O ÚTERO ........................................................................................................................... 61 
2.1 COLO DO ÚTERO ................................................................................................... 63 
PAPILOMA VIRUS HUMANO ...................................................................................... 64 
TIPOS DE HPV ................................................................................................................. 65 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA ........................................................................... 66 
MODOS DE TRANSMISSÃO ......................................................................................... 68 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DA INFECÇÃO ...................................................... 69 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................... 71 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO .......................................................................................... 73 
PREVENÇÃO .................................................................................................................... 75 
10.1 EXAME CITOPATOLÓGICO ............................................................................... 75 
10.2 VACINA .................................................................................................................. 76 
DIAGNÓSTICO ................................................................................................................ 78 
TRATAMENTO ................................................................................................................ 80 
O HPV E O CÂNCER DE COLO UTERINO ................................................................ 81 
HPV E SITUÇÕES ESPECIAIS ...................................................................................... 83 
14.1 GESTANTES .......................................................................................................... 83 
14.2PÓS-MENOPAUSA ................................................................................................. 83 
14.3HISTERECTOMIZADAS........................................................................................ 84 
14.4 MULHERES SEM HISTÓRIA DE ATIVIDADE SEXUAL ................................. 84 
14.5IMUNOSSUPRIMIDAS .......................................................................................... 85 
PROMOÇÃO DA SAÚDE ................................................................................................ 86 
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 87 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 92 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem e a Saúde da Mulher" do EAD 
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação 
comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Saúde da 
Mulher 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
6 
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expressa do autor (Artigo 29). 
01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
A manutenção da boa saúde da mulher exige uma série de cuidados e atitudes preventivas. 
Cada mulher tem uma história e um corpo diferente das outras mulheres e que devem 
ser analisadas cuidadosamente com a supervisão de um médico, para garantir uma vida 
saudável e sem surpresas. 
Neste curso, faremos uma revisão sobre os principais pontos que prejudicam a saúde 
da mulher. Ao realizar o curso, o enfermeiro será capaz de prestar assistência sistematizada 
e integral à mulher nas diversas fases do ciclo vital. 
 
Unidade 2 – Saúde da Mulher 
 
7 
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expressa do autor (Artigo 29). 
02 
SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres compõem a maioria da população 
brasileira e são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Além de buscarem os serviços de saúde para o seu próprio atendimento, acompanham 
crianças e outros familiares, como pessoas idosas, com deficiência, vizinhos e amigos. 
Também são também cuidadoras, não só das crianças ou outros membros da família, mas 
também de pessoas da vizinhança e da comunidade. 
A situação de saúde de um indivíduo envolve diversos aspectos da vida, como a re-
lação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e 
renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas relações 
de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico. 
Mulheres vivem mais do que os homens. Entretanto, adoecem com mais frequência. 
E essa vulnerabilidade está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade 
do que com fatores biológicos. 
Existem vários conceitos sobre saúde da mulher. Conceitos mais restritos abordam 
apenas aspectos da biologia e anatomia do corpo feminino e outros mais amplos que 
interagem com dimensões dos direitos humanos e questões relacionadas à cidadania. 
No primeiro, o corpo da mulher é visto apenas na sua função reprodutiva e a 
maternidade torna-se seu principal atributo, limitando a saúde da mulher à saúde materna ou 
à ausência de enfermidade associada ao processo de reprodução biológica. Nesse caso estão 
excluídos os direitos sexuais e as questões de gênero. 
Com o novo conceito de saúde, essa realidade começa a mudar. Além do aspecto 
reprodutivo, as desigualdades sociais se revelam no processo de adoecer e morrer das 
populações. 
O relatório sobre a situação da População Mundial (2014) demonstra que o número 
de mulheres que vivem em situação de pobreza é superior ao de homens, que as mulheres 
trabalham durante mais horas do que os homens e que, pelo menos, metade do seu tempo é 
Unidade 2 – Saúde da Mulher 
 
8 
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expressa do autor (Artigo 29). 
gasto em atividades não remuneradas, o que diminui o seu acesso aos bens sociais, inclusive 
aos serviços de saúde, o que implica num forte impacto em suas condições. 
Unidade 2 – Saúde da Mulher 
 
9 
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03 
QUADRO DE CONCEITOS 
 
 
 
 
Antes de nos aprofundarmos nos estudos de saúde da mulher, vamos conhecer alguns termos 
sobre o tema: 
Amenorreia: Ausência de menstruação. 
Climatério:é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou 
fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos 
ovários. 
Menacme: Período reprodutivo da mulher. Inicia-se após a puberdade. 
Menarca: Primeira menstruação. 
Menopausa: é a última menstruação da mulher. É o evento marcante do climatério. 
Geralmente ocorre dos 45 aos 55 anos e só pode ser diagnosticada após 12 meses de 
amenorreia. 
Menstruação: Sangramento genital de origem intrauterina, periódico e temporário 
na mulher eque manifesta-se aproximadamente em cada mês. Inicia-se com a menarca e 
termina com a menopausa. 
Perimenopausa: É o período no qual surgem as irregularidades menstruais, os 
distúrbios neurovegetativos e alterações psicoemocionais. Ela inicia-se em torno de 5 anos 
antes da menopausa e acaba 12 meses após. 
Telarca: Desenvolvimento do tecido e botão mamário. 
 
Unidade 4 – Puberdade 
 
10 
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04 
PUBERDADE 
 
 
 
 
Na infância nosso corpo ainda não está totalmente formado. Na adolescência, acontece a 
transição da infância para a fase adulta, que chamamos de Puberdade. 
A Puberdade é um momento de transformações físicas e biológicas e de oscilações 
emocionais ocasionadas pelas alterações hormonais que o corpo sofre. 
O corpo está voltado nessa fase para a produção dos hormônios sexuais que são 
diferentes para meninos e meninas. Os meninos produzem a testosterona e as meninas o 
estrógeno. 
Nessa fase o crescimento se acelera, os órgãos sexuais ganham forma e a fertilidade 
se inicia. É um processo difícil tanto para o adolescente, que vai viver essas transformações, 
como para os que o rodeiam que terão de se adaptar às alterações de humor e às crises 
existenciais vividas por ele. 
Apesar de tudo isso essas transformações são necessárias para a manutenção da 
espécie humana, pois todo esse processo tem como objetivo de adaptar tanto a mulher quanto 
o homem para a capacidade de reprodução. 
No corpo masculino a puberdade ocorre geralmente entre a faixa etária dos 12 aos 14 
anos de idade, e para o biótipo feminino esse marco caracteriza-se a partir da primeira 
menstruação, também denominada de menarca, conferindo maturidade por volta dos 10 aos 
13 anos de idade. 
Além da menarca, outros acontecimentos caracterizam essa fase. São eles: 
 
 O desenvolvimento da genitália; 
 Crescimento dos seios (telarca); 
 Aparecimento de pelos pubianos na genitália e nas axilas; 
Unidade 4 – Puberdade 
 
11 
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 Definição das formas do corpo acarretada pelo acúmulo de tecido adiposo em 
determinadas partes (quadris, coxas); 
 Surgimento de erupções na pele (acne). 
 Diminuição no crescimento ósseo; 
 Expansão óssea da cintura pélvica (bacia); 
 Aumento do desejo sexual. 
 
Unidade 5 – Sistema Reprodutor Feminino 
 
12 
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expressa do autor (Artigo 29). 
05 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
 
 
 
A Pituitária, também conhecia como Hipófise anterior, não secreta praticamente nenhum 
hormônio gonadotrópico até a idade de 10 a 14 anos. 
A partir da Puberdade, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. 
Inicialmente, secreta principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a 
vida sexual na menina em crescimento. Em seguida, secreta o hormônio luteinizante (LH), 
que auxilia no controle do ciclo menstrual. 
 
 
5.1 HORMÔNIOS FEMININOS 
Hormônio Folículo-Estimulante: Causa a proliferação das células foliculares ovarianas e 
estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e 
crescerem. 
Hormônio Luteinizante: Aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, 
estimulando a ovulação. 
 
 
5.2 HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS 
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo 
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os 
hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são compostos esteroides, 
formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. 
Unidade 5 – Sistema Reprodutor Feminino 
 
13 
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Os estrogênios são vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, 
mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, 
são considerados juntos, como um único hormônio. 
 
5.2.1 Funções do Estrogênio 
O estrogênio induz as células de vários locais do organismo, a proliferarem-se, ou seja, 
aumentar em número. A musculatura lisa do útero, por exemplo, aumenta tanto que o órgão, 
após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho. 
Todas as características que distinguem a mulher do homem, que foram citadas 
anteriormente, são devido ao estrogênio e a razão básica do desenvolvimento dessas 
características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do 
corpo. 
O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a 
puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que 
crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento estaciona. 
Nessa fase, a mulher cresce mais rapidamente que o homem até os primeiros anos da 
puberdade. O estrogênio tem, outrossim, efeitos muito importantes no revestimento interno 
do útero, o endométrio, no ciclo menstrual. 
 
5.2.2 Funções da Progesterona 
A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos. 
Está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à 
preparação das mamas para a secreção láctea. 
Esse hormônio também aumenta o grau da atividade secretória das glândulas 
mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento 
do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sanguíneos. 
Determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio. E 
durante a gestação, uma de suas mais importantes funções é a de inibir as contrações do útero 
e impedir a expulsão do embrião implantado ou do feto em desenvolvimento. 
 
Unidade 6 – Ciclo Menstrual 
 
14 
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expressa do autor (Artigo 29). 
06 
CICLO MENSTRUAL 
 
 
 
 
O Ciclo Menstrual representa mudanças fisiológicas recorrentes relacionadas ao sistema 
reprodutivo, que ocorrem em mulheres em idade reprodutiva. Esse ciclo fica sob o controle 
do sistema hormonal e é necessário para a reprodução. 
Em outras palavras, é o conjunto de eventos endócrinos interdependentes do eixo 
hipotálamo - hipófise - ovário e as modificações fisiológicas no organismo que são 
consequentes a estes eventos, e visam à preparação para a ovulação e para uma futura 
gravidez. 
Esse ciclo pode ser dividido em várias fases, e a duração de cada fase difere de mulher 
para mulher e de ciclo para ciclo. A menstruação inicia-se na metade da puberdade, 
geralmente entre os 11 e 12 anos, ainda que possa acontecer dentro do intervalo dos 10 até 
os 18 anos. 
Apartir da menarca, a mulher continua menstruando até os 49 ou 50 anos, podendo 
estender-se até os 55 anos, até menopausa, que será discutida mais adiante. 
Umciclo menstrual normal varia de 20 a 36 dias, sendo que a maioria das mulheres 
tem um ciclo de 28 dias. Normalmente dura de 4 a 6 dias, podendo em algumas mulheres 
variar de 2 a 8 dias. 
Cada mulher reage de forma distinta quando está menstruada, podendo ocorrer 
alguns destes sintomas: 
 
 Aumento do desejo sexual; 
 Dores no abdome (cólicas); 
 Dores nas pernas; 
 Dores de cabeça (enxaqueca); 
Unidade 6 – Ciclo Menstrual 
 
15 
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expressa do autor (Artigo 29). 
 Mau humor/ irritação/depressão; 
 Dores nos seios. 
 
Esses sintomas são chamados de “síndrome pré-menstrual”. 
 
 
6.1 CICLO MENSTRUAL NORMAL: 
 Duração do Ciclo Menstrual Normal: 21 a 35 dias; 
 Duração do Fluxo Menstrual: 2 a 6 dias; 
 Perda Sanguínea: 20 a 60 ml; 
 Fases do Ciclo Ovariano: Folicular e Lútea; 
 Fases do Ciclo Uterino: Proliferativa, Secretora e Menstrual. 
 
 
6.2 COMPONENTES FUNCIONAIS DO CICLO MENSTRUAL 
Como já foi dito, o ciclo menstrual é uma interação entre o hipotálamo, a hipófise e os 
ovários, onde os principais hormônios, responsáveis pela ação desse ciclo, é o Hormônio 
liberador de gonadotrofina (GnRH), um dos hormônios-hipotalâmicos. 
 
 
6.3 FASES DO CICLO OVARIANO 
 
6.3.1 Fase Folicular 
Período em que o folículo dominante é selecionado e desenvolvido até se tornar um folículo 
maduro. Durante essa fase, o revestimento do útero fica mais espesso, estimulado ao 
aumentar gradualmente as quantidades de estrogênio. Ao longo desse processo, o FSH e o 
estrogênio aumentam a quantidade de receptores para FSH. 
Unidade 6 – Ciclo Menstrual 
 
16 
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Os folículos no ovário começam a desenvolver-se sob a influência de hormônios e 
depois de vários dias um folículo (ou ocasionalmente dois) fica dominante. Os folículos não 
dominantes atrofiam e morrem. Então, o folículo dominante libera um ovo em um evento 
chamado ovulação. 
 
6.3.2 Ovulação 
A ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36 horas após o início da elevação dos níveis de 
estradiol. Se o ovo não for fertilizado por espermatozoide em até 1 dia após a ovulação ele 
morrerá e será absorvido pelo corpo da mulher. 
 
6.3.3 Fase Lútea 
Compreende o período da ovulação até o aparecimento da menstruação. 
Depois da ovulação, durante a fase luteal, os restos do folículo dominante no ovário 
transformam-se em corpo lúteo, o qual tem como função principal produzir grandes 
quantidades de Progesterona. Sob a influência da progesterona, o endométrio (revestimento 
do útero) muda para se preparar a uma possível implantação do embrião. 
Se a implantação do embrião não ocorrer dentro de aproximadamente duas semanas, 
o corpo lúteo morrerá causando queda brusca nos níveis de progesterona e estrogênio. Essa 
queda nos níveis hormonais faz com que o útero elimine seu revestimento em um processo 
chamado menstruação. 
 
 
6.4 FASES DO CICLO UTERINO 
O útero é um órgão musculado revestido internamente por uma mucosa muito vascularizada, 
o Endométrio. Esta mucosa uterina sofre transformações ao longo do ciclo, com a função de 
criar condições adequadas para que o óvulo fecundado se aloje no endométrio, e aí se 
desenvolva o embrião e, posteriormente, o feto ao longo dos 9 meses. As transformações 
que ocorrem no endométrio podem ser agrupadas em três fases: 
Fase Menstrual: Ocorre do 1º ao 5º dia. Caracteriza-se por uma ruptura irregular do 
endométrio. Isso acontece quando não há fecundação, sendo essa parede uterina, destruída 
cerca de 4/5 mm da sua espessura. Esses fragmentos de tecido e sangue proveniente dos 
vasos que irrigam a parede do útero são libertados constituindo a menstruação. 
A menstruação é uma hemorragia e marca o início de todo o ciclo sexual feminino. 
Lembrando que, o 1º dia de sangramento é o 1º dia do Ciclo Menstrual. 
Unidade 6 – Ciclo Menstrual 
 
17 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Fase Proliferativa: Ocorre do 6º ao 14º dia. Logo após a menstruação a mucosa 
uterina é reconstituída, em que os vasos sanguíneos e tecidos são reconstituídos, passando 
de 1 a 5 mm de espessura. 
Fase Secretora: Ocorre do 15º ao 28º dia. Caracteriza-se pela atuação da 
progesterona produzida pelo corpo lúteo em contraposição à ação estrogênica. O endométrio 
enriquece-se de glândulas e vasos sanguíneos. 
As glândulas produzem um muco que é particularmente abundante na ovulação. 
Deste modo, o útero está pronto para receber e alojar nesta camada um embrião. Caso não 
tenha ocorrido uma fecundação esta camada degenera, iniciando-se assim um novo ciclo 
com a fase menstrual. 
Unidade 7 – Avaliação Pré-Concepcional 
 
18 
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expressa do autor (Artigo 29). 
07 
AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL 
 
 
 
 
Consideramos Avaliação pre-concepcional, a consulta que o casal realiza antes de uma 
gravidez, com o objetivo de identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a 
evolução normal de uma futura gestação. 
É um instrumento importante para a redução dos índices de morbidade e mortalidade 
materna e infantil. 
Sabemos que a maioria das gestações não é inicialmente planejada, embora possam 
ser desejadas. Esse não planejamento deve-se à falta de orientação ou de oportunidade para 
a aquisição de um método Anticoncepcional, e isso ocorre comumente com adolescentes. 
As atividades a serem desenvolvidas na avaliação pre-concepcional devem incluir 
anamnese e exame físico, com exame ginecológico completo, além de alguns exames 
laboratoriais. 
É recomendada a realização do Exame Clínico das Mamas (ECM) em qualquer idade 
e do exame preventivo do câncer do colo do útero uma vez ao ano e, após dois exames 
normais, a cada três anos, principalmente na faixa etária de risco (25 a 59 anos). Podem ser 
instituídas ações específicas quanto aos hábitos e estilo de vida, tais como: 
 
 Alimentação adequada; 
 Riscos do tabagismo e do uso rotineiro de bebidas alcoólicas e outras drogas; 
 Orientações quanto ao uso de medicamentos e, quando necessário, realizar 
substituição para drogas com menores efeitos sobre o feto; 
 Avaliação das condições de trabalho, com orientação sobre os riscos nos casos de 
exposição a tóxicos ambientais; 
Unidade 7 – Avaliação Pré-Concepcional 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
 Administração preventiva de ácido fólico para a prevenção de defeitos congênitos do 
tubo neural; 
 Orientação para registro sistemático do ciclo menstrual; 
 Estímulo para que o intervalo entre as gestações seja de, no mínimo, 2 anos. 
 
Unidade 8 – Planejamento Familiar 
 
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08 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
 
 
 
A regulamentação do planejamento familiar no Brasil, por meio da Lei n.º 9.263/96, foi 
conquista importante para mulheres e homens no que diz respeito à afirmação dos direitos 
reprodutivos. 
Conforme consta na referida Lei, o planejamento familiar é entendido “como o 
conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, 
limitação, ou aumento da prole pela mulher, pelo homem, ou pelo casal” (art. 2º). 
A atenção em planejamento familiar contribui para a redução da morbimortalidade 
materna e infantil, pois: 
 
 Diminui o número de gestações não desejadas e de abortamentos provocados; 
 Diminui o número de cesáreas realizadas para fazer a ligadura tubária; 
 Diminui o número de ligaduras tubárias por falta de opção e de acesso a outros 
métodos anticoncepcionais; 
 Aumenta o intervalo entre as gestações, contribuindo para diminuir a frequência de 
bebês de baixo peso e para que os bebês sejam adequadamente amamentados; 
 Possibilita a prevenção e/ou postergação de gravidez em mulheres adolescentes ou 
com patologias crônicas, tais como diabetes, cardiopatias, hipertensão, portadoras do 
HIV, entre outras. 
Unidade 9 – Métodos Anticoncepcionais 
 
21 
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09 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 
 
 
 
 
O planejamento de uma gestação é fundamental, principalmente para adolescentes e adultos 
jovens sexualmente ativos, que devem ser orientados precocemente, uma vez que a idade 
para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais, enquanto estão aumentando 
o número de adolescentes grávidas. 
No Brasil, evitar filhos é uma tarefa assumida, quase exclusivamente, pelas mulheres. 
Os homens geralmente associam a diminuição de sua potência sexual ao uso de algum 
método para evitar filhos. 
Como o governo não tinha um programa que garantisse meios para a mulher e/ou o 
homem evitar filhos, algumas organizações não governamentais iniciaram esta atividade em 
nosso país, inicialmente distribuindo pílulas e em seguida oferecendo a laqueadura das 
trompas, que é irreversível. 
Em 1984 o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde 
da Mulher (PAISM), que recomenda aos serviços de saúde a implantação da atividade de 
Planejamento Familiar oferecendo todos os meios de evitar ou de ter filhos garantindo que 
o casal possa fazer uma opção livre e consciente, escolhendo o método que melhor responde 
às suas necessidades. 
Portanto, Planejamento Familiar (PF) é a atividade que visa ofertar informações e 
meios, para que as pessoas possam decidir livre, consciente e responsavelmente a respeito 
do número e da época de terem seus filhos. Sua maior importância é o controle de Natalidade 
de um país. 
Fator importante na origem de problemas sociais. É um direito humano básico, 
inserido na Constituição Federal. Atividade de saúde regulamentada pela Lei do 
Planejamento Familiar, a Lei 9.263de 12 de janeiro de 1996, que diz: 
Artigo 1º - O planejamento familiar é direito de todo cidadão. 
Unidade 9 – Métodos Anticoncepcionais 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Artigo 2º - Entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação 
da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole. 
Artigo 4º: O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e 
pela garantia de acesso igualitário a informação, meios, métodos e técnicas disponíveis para 
a regulação da fecundidade. 
Artigo 9º: Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão oferecidos 
todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não 
coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção. 
Artigo 12º: É vedada a indução ou instigação, individual ou coletiva à prática de 
esterilização cirúrgica. 
Artigo 13º: É vedada a exigência de atestado de esterilização ou teste de gravidez 
para quaisquer fins. 
Em alguns países, onde não é o caso do Brasil, existe o Controle de Natalidade. 
 
 
9.1 VOCÊ SABE DIFERENCIAR O PLANEJAMENTO FAMILIAR DO 
CONTROLE DE NATALIDADE? 
 
9.1.1 Planejamento Familiar 
É o direito à informação, à assistência especializada e acesso aos recursos que permitam 
optar livre e conscientemente por ter ou não filhos, o número, o espaçamento entre eles e a 
escolha do método anticoncepcional mais adequado, sem coação. 
 
9.1.2 Controle de Natalidade 
É uma ação governamental com a preocupação de estipular metas para crescimento “ideal” 
da população, quer dizer, onde o governo determina quantos filhos o casal deve ter. 
 
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos 
 
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10 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
 
 
 
 
Entende-se por Métodos Contraceptivos são as formas utilizadas por mulheres, homens e 
casais para evitar ou promover uma gravidez. Alguns métodos servem somente para evitar 
filhos, outros sevem para ajudar a mulher a engravidar. 
Os métodos contraceptivos podem ser divididos didaticamente em: 
 
 Naturais ou Comportamentais; 
 Lactação-amenorreia 
 De Barreira; 
 Mecânicos; 
 Métodos Hormonais 
 Cirúrgicos. 
 
A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em 
conta fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo 
de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de 
determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que 
saibamos quais são elas, para que eventualmente possamos optar por um dos métodos. 
Todavia, na orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser destacada a 
necessidade da dupla proteção que seria a contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS, 
mostrando a importância dos métodos de barreira, como os preservativos masculinos ou 
femininos. 
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos 
 
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10.1 MÉTODOS NATURAIS OU COMPORTAMENTAIS 
São aqueles em que o casal ou a pessoa pode utilizar para evitar ou obter uma gravidez, 
identificando o período fértil da mulher. Os métodos naturais mais utilizados: 
 
10.1 1 Temperatura Basal 
Esse método é baseado na alteração térmica que o corpo apresenta quando ocorre a ovulação. 
A temperatura se eleva devido ao aumento hormonal (progesterona). Por ocasião da 
ovulação acontece uma ligeira queda na temperatura corpórea e após há uma elevação de 
aproximadamente 0,5 °C em relação às medidas basais (as da primeira fase do ciclo). 
Esta permanecerá elevada até a próxima menstruação. O 4º dia após a elevação da 
temperatura é considerado o provável fim do período fértil. Observe que nos 14 dias após a 
ovulação a temperatura é superior. 
 
10.1.2Tabela de Ogino-Knauss (Tabelinha) 
A tabelinha é um método que ajuda a mulher a descobrir a época do mês em que ela pode 
ficar grávida. Esta época chama-se período fértil. É importante ter um calendário para marcar 
a cada mês o início do ciclo menstrual. Consiste em suspender as relações sexuais no período 
fértil da mulher. Esse método é baseado na premissa de que os ciclos menstruais são 
relativamente constantes e por isso o período fértil do mês subsequente pode ser estimado 
pelo ciclo anterior. 
Para Ciclos Regulares: o Período Fértil acontece 14 dias antes da próxima 
menstruação. 
Para Ciclos Irregulares: a mulher deve anotar pelo menos os 6 últimos ciclos e a 
partir daí estimar o início de período fértil subtraindo 18 dias do comprimento do ciclo mais 
curto, e estimar o fim do período fértil subtraindo 11 dias do ciclo mais longo. 
Exemplo:Uma mulher que anotou seus ciclos menstruais durante 6 meses, e teve um 
ciclo que chegou até 33 dias, e outro, mais curto de 26 dias, deverá: 
 
 Subtrair 18 dias do ciclo mais curto de 26 dias (26 - 18 = 8); 
 Subtrair 11 dias do ciclo mais longo de 33 dias (33 - 11 = 22), então, esta mulher 
deverá fazer abstinência a partir do 8º dia até o 22º dia do ciclo. 
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
 
O índice de falha deste método é muito grande, aproximadamente 40 por 100 
mulheres/ano. 
 
10.1.3 Método de Billings ou do Muco Cervical 
Assim como no método da tabelinha, este também é um método de abstinência. Para detectar 
o seu período fértil, neste método, a mulher precisa observar e reconhecer o tipo de secreção 
presente no colo do útero. A mulher deve ser orientada a respeito das mudanças que o 
estrogênio provoca no muco cervical na metade do ciclo. O muco cervical aumenta em 
quantidade, fica filante e transparente no período ovulatório, lembrando o aspecto de clara 
de ovo. O papel do muco cervical é proteger os espermatozoides do meio ácido vaginal e 
também capacitar os espermatozoides para poder haver fertilização. 
O método é limitado, pois sua eficácia como contraceptivo é pequena. Para sua 
utilização é necessário treinamento e disciplina, além do que várias doenças (tais como os 
corrimentos) interferem na qualidade do muco. A mulher deve examinar o muco 
diariamente, colocando o dedo na vagina e, em seguida, observando que tipo de secreção 
está presente. 
O aspecto do muco é mais importante do que a quantidade. O que interessa é se ele 
é pastoso, líquido, elástico, ou se não aparece.No início, é bom se examinar 2 ou 3 vezes ao 
dia. Depois, com a prática, uma vez só por dia é suficiente. Recomenda-se que o exame seja 
feito sempre na mesma hora. Anotar as diferenças do muco durante todo o mês. Isto ajudará 
a memorizar quais são os dias férteis. 
 
10.1.4 Lactação-Amenorreia 
A secreção irregular de GnRH interfere na liberação do hormônio folículo estimulante (FSH) 
e do hormônio luteinizante (LH) 
Principais requisitos: 
 
 Aleitamento exclusivo 
 Seis primeiros meses pós-parto 
 Ausência de menstruação 
 Intervalo entre as mamadas não superior a 5 horas 
 Risco de gravidez: 2% 
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos 
 
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 Permite o espaçamento das gestações 
 
 
10.2 MÉTODOS DE BARREIRA 
São aqueles que evitam a gravidez através do impedimento da ascensão dos espermatozoides 
ao útero. São métodos que colocam obstáculos mecânicos ou químicos à penetração dos 
espermatozoides no canal cervical. Atualmente, com a crescente incidência das DSTs, houve 
uma revalorização do uso dos métodos de barreira (preservativos). 
 
10.2.1 Preservativo 
Também chamado de camisinha, camisa de vênus, condom. Existe na versão masculina e 
Feminina. 
Masculino: é o método de barreira mais difundido no mundo. Consiste em um 
envoltório de látex ou membrana que recobre o pênis durante o ato sexual e retém o esperma 
por ocasião da ejaculação. Oferece proteção contra DST. 
Feminino: é um contraceptivo de barreira vaginal de poliuretano. Adequadamente 
posicionado recobre a cérvice uterina, paredes vaginais e parte da vulva. Devido à grande 
área genital tanto feminina quanto masculina recoberta, oferece proteção efetiva contra a 
transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. É mais resistente e durável que o 
preservativo masculino, com a vantagem de poder ser inserido fora do intercurso sexual, 
ficando seu uso sob controle feminino. 
 
10.2.1 Diafragma 
O diafragma é um método vaginal de anticoncepção, que consiste em um capuz macio de 
borracha côncavo com borda flexível, que cobre o colo uterino. É colocado na vagina antes 
da relação sexual. Deve ser utilizado com geleia ou creme espermicida. 
 
10.2.2 Espermicidas 
Eles matam os espermatozoides. Espermaticidas são produtos para serem colocados na 
vagina antes da relação sexual. Os espermaticidas podem ser usados sozinhos, porém são 
mais seguros quando usados junto com outros métodos (camisinha, diafragma, tabela). 
Existem vários tipos: cremes, geleia, tabletes ou óvulos. 
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos 
 
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10.3 Métodos Hormonais 
Os anticoncepcionais hormonais são esteroides utilizados isoladamente ou em associação 
com progesterona com a finalidade básica de impedir a concepção. A anticoncepção 
hormonal é um dos métodos mais empregados em todo o mundo desde 1960, tendo sofrido 
uma extraordinária evolução em termos de quantidade e qualidade dos hormônios utilizados. 
São classificados de acordo com a via de utilização em: oral, injetável, subcutâneo e vaginal. 
 
10.3.1 Pílula 
Também chamados de anticoncepcionais orais hormonais combinados (AOCS). As pílulas 
anticoncepcionais são comprimidos, feitos com substâncias químicas semelhantes aos 
hormônios encontrados no corpo da mulher. Elas impedem a ovulação, evitando, assim, a 
gravidez. Existem diferentes tipos de pílulas, as mais usadas vêm em cartelas com 21 
comprimidos. A pílula só faz efeito se tomada corretamente. 
Uso correto: 
Para começar a usar a pílula a mulher deve tomar o primeiro comprimido no 1º dia 
da menstruação. Continuar tomando 1 comprimido por dia, de preferência na mesma hora 
até terminar os 21 comprimidos da cartela.Começar nova cartela 7 dias após a tomada do 
último comprimido, independente do dia da menstruação. 
Se a mulher esquecer de tomar 1 comprimido, deve tomá-lo assim que se lembrar, 
além de tomar o comprimido do dia na hora de sempre. E continuar a cartela. 
Se a mulher esquecer de tomar 2 ou mais comprimidos seguidos: Parar de tomar 
esta cartela; Só iniciar outra cartela no primeiro dia da menstruação; Se não menstruar, 
procurar o serviço médico. 
Em qualquer caso de esquecimento, o casal deve usar outro método para garantir 
maior segurança neste mês. Em caso de diarreia ou vômito por mais de 2 dias, interromper 
o uso da pílula. 
 
10.3.2 Pílula do Dia Seguinte 
A anticoncepção de emergência é um uso alternativo de contracepção hormonal oral (tomado 
antes de 72 horas após o coito) evitando-se a gestação após uma relação sexual desprotegida. 
Este método só deve ser usado nos casosde emergência, ou seja, nos casos em que 
os outros métodos anticoncepcionais não tenham sido adotados ou tenham falhado de 
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
alguma forma, como esquecimento, ruptura da caminsinha, desalojamento do diafragma, 
falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da tomada da pílula por dois ou 
mais dias em um ciclo ou em caso de estupro. 
Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que é um tipo de progesterona. O 
levonorgestrel previne a gravidez inibindo a ovulação, fertilização e implantação do 
blastocisto. Um tablete original contém dois comprimidos. 
O primeiro comprimido deve ser tomado no máximo 72 horas após a ocorrência de 
uma relação sexual desprotegida (nunca após esse prazo). O segundo deve ser tomado 12 
horas após o primeiro. Se ocorrer vômito, a dose deve ser repetida. Nem sempre surte 
resultados e pode ter efeitos colaterais intensos. Os sintomas mais comuns são náusea, dores 
abdominais, fadiga, dor de cabeça, distúrbio no ciclo menstrual, tontura, fragilidade dos 
seios, e, em casos menos comuns, diarreia, vômito e acnes. 
Índice de falha: 
 
 Se usada até 24 horas da relação - 5 %. 
 Entre 25 e 48 horas - 15 %. 
 Entre 49 e 72 horas - 42 %. 
 
Efeitos Colaterais: vômito e diarreia. Alteração no ciclo menstrual, dor de cabeça, 
náuseas e sensibilidade nos seios. 
 
 
10.4 MÉTODOS MECÂNICOS 
 
10.4.1 DIU - Dispositivo Intra Uterino 
Os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios, 
que são inseridos na cavidade uterina exercendo sua função contraceptiva. Atuam impedindo 
a fecundação, tornando difícil a passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo 
feminino. 
Os problemas mais frequentes durante o uso do DIU são a expulsão do dispositivo, 
dor pélvica, dismenorreia (sangramentos irregulares nos meses iniciais) e aumento do risco 
de infecção (infecções agudas sem melhora ou infecções persistentes implicam na remoção 
do DIU). Deve ser colocado pelo médico e é necessário um controle semestral e sempre que 
aparecerem leucorréias. 
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos 
 
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Unidade 11 – Diagnóstico da Gravidez 
 
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11 
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 
 
 
 
 
O diagnóstico de gravidez é realizado através da anamnese, exame físico e testes 
laboratoriais. 
Na presença da amenorreia ou atraso menstrual, deve-se, antes de tudo, suspeitar da 
possibilidade de uma gestação. 
Mulheres com atraso menstrual que não ultrapassa 16 semanas, a confirmação do 
diagnóstico da gravidez pode ser feita pelo profissional de saúde da unidade básica, por meio 
de um teste imunológico para gravidez (TIG), de acordo com os procedimentos 
especificados no fluxograma a seguir. Para as mulheres com atraso menstrual maior que 16 
semanas ou que já saibam da gravidez, o teste laboratorial é dispensável. 
 
Atraso irregular menstrual, 
náuseas e aumento do 
volume abdominal
Avaliar:
-Ciclo menstrual;
- DUM;
-Atividade sexual.
Atraso menstrual em 
mulheres maiores de 10 
anos com atividade sexual
Solicitar teste imunológico 
de gravidez
Unidade 11 – Diagnóstico da Gravidez 
 
31 
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Após a confirmação da gravidez em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início 
ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SISPRENATAL. 
Unidade 12 – Pre-Natal 
 
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12 
PRE-NATAL 
 
 
 
 
Os procedimentos e as condutas que se seguem devem ser realizados sistematicamente e 
avaliados em toda consulta de pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre 
devem ser anotados na ficha perinatal e no cartão da gestante. 
Nesse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao 
acompanhamento pré-natal – sequência de consultas, visitas domiciliares e reuniões 
educativas. Deverão ser fornecidos: 
 
 O cartão da gestante, com a identificação preenchida, o número do SISPRENATAL, 
o hospital de referência para o parto e as orientações sobre este; 
 O calendário de vacinas e suas orientações; 
 A solicitação dos exames de rotina; 
 As orientações sobre a participação nas atividades educativas – reuniões e visitas 
domiciliares. 
 
Maiores informações sobre esse tópico serão abordadas no curso Enfermagem 
Obstétrica. 
 
Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério 
 
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13 
PREVENÇÃO DO CÂNCER GENITAL E DE 
MAMA 
 
 
 
 
De acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 2009 foram estimados mais de 466 mil 
casos novos de câncer na população brasileira, sendo que 235 mil ocorreram entre as 
mulheres. 
Embora as ações de prevenção de câncer cérvicouterino e de mama tenham 
aumentado nos últimos anos, elas têm sido insuficientes para reduzir a tendência à 
mortalidade das mulheres por esses cânceres. 
Em algumas regiões do país, o diagnóstico tardio está relacionado a fatores como a 
dificuldade de acesso da população feminina aos serviços e ações de saúde e a baixa 
capacitação dos profissionais envolvidos na atenção oncológica, principalmente em 
municípios de pequeno e médio portes. 
Existe, ainda, a dificuldade dos gestores municipais e estaduais em definir um fluxo 
assistencial que permita o manejo e o encaminhamento adequado dos casos suspeitos para 
investigação em outros níveis do sistema. 
Embora as ações de prevenção de câncer cérvicouterino e de mama tenham 
aumentado nos últimos anos, elas têm sido insuficientes para reduzir a tendência à 
mortalidade das mulheres por esses cânceres. 
A prevenção do câncer não é condição que se planeje ou que se organize de maneira 
isolada, desvinculada do contexto social. Ela envolve políticas públicas, ações profissionais 
e a participação da população. Articuladas, essas ações resultarão em benefícios para as 
usuárias do sistema de saúde. 
A prevenção do câncer cérvicouterino está baseada no rastreamento da população 
feminina que apresenta probabilidade de ter lesões pre-cancerosas detectáveis pelos exames 
de detecção precoce, no diagnóstico exato do grau da lesão e no tratamento. 
Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério 
 
34 
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Desse modo, a cobertura da população feminina em relação à prevenção é um 
elemento primordial no controle dos cânceres de mama e cérvico uterino. 
Maiores informações sobre esse tópico serão abordados no curso HPV e Câncer 
de Colo de Útero. 
Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério 
 
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14 
ASSISTÊNCIA A MULHER NO 
CLIMATÉRIO 
 
 
 
 
O Climatério é o período de transição entre as fases reprodutiva e não reprodutiva da mulher. 
Iniciam-se por volta dos 40 anos, podendo estender-se até os 55 anos ou mais. Durante esses 
anos, acontece a última menstruação, definida como menopausa. 
O climatério pode causar sintomas em torno de 20 a 25% das mulheres. Quando 
presentes são consequentes à insuficiência ovariana progressiva. É importante considerar 
que hoje, diferentemente de épocas passadas, o fim da fase “reprodutiva” não coincide com 
o da fase “produtiva” da mulher que, com expectativa de vida de quase 80 anos, pode viver 
metade de sua vida após a menopausa. 
A mulher vivencia mudanças de diversas naturezas ao longo da vida: menarca, 
iniciação da vida sexual, gravidez e menopausa que exigem adaptações físicas, psicológicas 
e emocionais. Portanto, é comum ela reviver antigos conflitos nessa fase. 
Para a mulher cujos filhos estão começando a abandonar o “ninho”, o climatério pode 
representar uma chance de refazer seus planos de vida. Por outro lado, o metabolismo sofre 
algumas alterações, especialmente relacionadas às funções do sistema endócrino e 
diminuição da atividade ovariana. 
Assim, o evento menopausa pode ser vivenciado, por algumas mulheres, como a 
paralisação do próprio fluxo vital, pois os seus órgãos genitais, assim como o restante do 
organismo, mostra, gradualmente, sinais de envelhecimento. 
É frequente encontrá-las insatisfeitas, ansiosas e desmotivadas, com queixas de que 
tudo está errado, sem saberem definir bem a causa. Muitas têm a sensação de que a vida está 
um caos, de que tudo foge ao seu controle como se fosse ocorrer uma “tragédia iminente”. 
É nesse contexto socioemocional que devemos desenvolver estratégias no sentido de 
motivar essas usuárias para as mudanças no estilo de vida, em especial o desenvolvimento 
de hábitos saudáveis e a busca de novos objetivos e afetos que motivem o seu viver. 
Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
As ansiedades e inseguranças femininas podem ser acolhidas pelos profissionais de 
saúde, além da detecção precoce das principais doenças que acometem as mulheres e que 
são características dessa fase. 
Outro aspecto a ser considerado é a discriminação geracional que ocorre na nossa 
sociedade, como se fosse algo natural. Seus efeitos na mídia promovem discriminação mais 
intensa e evidente para as mulheres. Embora seja um evento fisiológico, o climatério pode 
cursar com intensas manifestações sintomáticas que acometem de maneira variada, em torno 
de 75% das mulheres. 
Os sintomas resultam da falência ovariana e são expressos por instabilidade 
vasomotora, modificações atróficas e distúrbios emocionais. 
Inicialmente, torna-se necessário fazer algumas distinções conceituais entre 
climatério, menopausa e perimenopausa, que são tratados como se fossem sinônimos. A 
promoção da saúde às mulheres nessa faixa etária ainda é um aspecto muito negligenciado 
na formação e atuação dos profissionais de saúde. 
Atividades de educação em saúde deve ajudá-las a compreender as mudanças físicas 
que estão ocorrendo e a desenvolver atitudes mais positivas em relação à saúde, tais como: 
 
 O autocuidado em geral pode influenciar na melhora da autoestima e da insegurança 
frente às mudanças que acompanham essa fase. Aquisição de hábitos saudáveis; 
 Cuidados com a limpeza e a hidratação da pele e cabelos, automassagem, técnicas de 
meditação e relaxamento e outras tantas formas que proporcionam o bem-estar físico 
e psicoemocional; 
 Atenção em relação ao uso excessivo de medicamentos como: diuréticos que podem 
provocar espoliação de minerais – magnésio, sódio e potássio; antiácidos, que 
diminuem a acidez gástrica, alterando a digestão e absorção de nutrientes; 
antibióticos, que alteram a flora bacteriana normal, propiciando má-absorção; 
laxantes, que aumentam a perda de nutrientes e podem levar à dependência; e 
sedativos e neurolépticos, que diminuem a atividade cerebral; 
 Apoio às iniciativas da mulher na melhoria da qualidade das relações, valorizando a 
experiência e o autoconhecimento adquiridos durante a vida; 
 Estímulo à prática do sexo seguro em todas as relações sexuais. O número de 
mulheres portadoras do HIV nessa faixa etária tem sido crescente; 
 Estímulo ao “reaquecimento” da relação ou a reativação da libido por diversas 
formas, segundo o desejo e os valores das mulheres. 
 
A avaliação clínica da mulher no climatério envolve uma equipe multidisciplinar e 
deve ser voltada para o seu estado de saúde atual e pregresso. 
Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério 
 
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Além da promoção da saúde, a atenção precisa abranger prevenção de doenças e a 
assistência aos sintomas climatéricos que ocorrem concomitantes às doenças sistêmicas 
(BRASIL, 2008g). Estas se manifestam em queixas como: dores articulares ou musculares, 
ganho de peso gradativo, depressão ou sintomas de hipotireoidismo muitas vezes ainda não 
diagnosticado. 
Da mesma forma que nem todas as mulheres apresentam os sintomas climatéricos, é 
preciso estar atento às doenças que se tornam mais comuns com o avançar da idade, como 
diabetes mellitus e hipertensão arterial. Na avaliação do estado de saúde, a escuta qualificada 
é um componente fundamental do acolhimento para facilitar o diagnóstico e 
acompanhamento adequados. 
Para isso, deve-se realizar sempre a anamnese e o exame físico completos, incluindo 
o ginecológico, ressaltando-se a importância do exame das mamas e da vulva. Deverão ser 
solicitados, também, alguns exames complementares rotineiramente. São eles: 
 
 Mamografia de rastreamento, para pacientes assintomáticas entre 50 e 69 anos; 
 Dosagem de colesterol total e fracionado; 
 Dosagem de triglicérides; 
 Dosagem da glicemia de jejum; 
 Dosagem de TSH, uma vez que as disfunções tireoidianas assintomáticas são 
frequentes nessa faixa etária. 
 
 
14.1 SAÚDE BUCAL NO CLIMATÉRIO 
Um aspecto importante da educação em saúde é que as mulheres precisam estar cientes dos 
potenciais problemas de saúde sistêmicos e localizados que ocorrem com o avançar da idade 
e sobre a importância da higiene bucal diária, principalmente à medida que as condições 
debilitantes sistêmicas se agravam. 
Dificuldade relacionada à alimentação, fala e queixas de dor podem ser sinais e 
sintomas importantes de que alguma alteração bucal está ocorrendo. 
Por isso, as mulheres nessa faixa etária devem ter acesso à reabilitação bucal por 
meio de restaurações diretas e a todos os tipos de próteses que são importantes no 
restabelecimentoda função (mastigação, fonação e deglutição) e da estética dos dentes, as 
quais influenciam o bem-estar e a autoestima. 
Atenção especial deve ser dada ao uso inadequado de prótese total ou parcial, seja 
por má-adaptação, por estar quebrada ou frouxa. Deve ser verificado, ainda, se há dentes 
Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério 
 
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fraturados e restos radiculares, que devem ser diagnosticados precocemente e removidos 
para que esses fatores traumáticos não se tornem uma lesão que possa evoluir para 
malignização. 
 
Unidade 15 – Violência Contra a Mulher 
 
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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
 
 
 
Embora a Lei 11.340/2006 de 07/08/2006 venha sendo utilizada na defesa de mulheres em 
situação de violência, ela ainda é pouco conhecida pelos profissionais de saúde, 
principalmente por enfermeiros. 
Existe, ainda, uma dificuldade de compreender as raízes desse tipo de violência, pois 
elas se situam nas próprias relações entre homens e mulheres. 
A violência surge como uma característica perversa ao anular a relação entre dois 
sujeitos: um deles se vê transformado em objeto. É importante realçar que as mulheres 
também podem ser violentas com seus parceiros, outras mulheres e crianças, porém isto 
ocorre com menos frequência. 
Outro aspecto a ser considerado é a violência causada pela própria privação dos bens 
materiais e sociais que a população assistida pela equipe de Saúde da Família sofre 
cotidianamente. Na sua maioria, além de possuírem baixa renda e baixa escolaridade, se 
veem frustradas em seus direitos básicos. 
Como você já deve ter observado a violência contra a mulher é um problema bastante 
complexo e difícil de ser abordado. Seu enfrentamento requer a implementação de políticas 
públicas intersetoriais que tenham a perspectiva de gênero em seus fundamentos. 
Em 1998, a área técnica de saúde da mulher e a coordenação nacional de DST/AIDS 
do Ministério da Saúde estabeleceram um protocolo para abordagem e conduta frente aos 
agravos resultantes da violência sexual contra a mulher. Esse protocolo foi publicado nas 
normas técnicas de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual 
contra Mulheres e Adolescentes. 
A rede básica de saúde constitui-se em uma instância de enfrentamento da violência 
contra as mulheres, por seu papel fundamental na detecção de casos e na problematização 
desse problema com as mulheres. 
Este tem sido um desafio enfrentado pelos profissionais que atuam na equipe de 
Saúde da Família porque implica mudanças profundas nos paradigmas que sustentam as suas 
práticas. 
Unidade 15 – Violência Contra a Mulher 
 
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Assim, é necessária a capacitação dos serviços de saúde para o acolhimento, 
identificação, tratamento e encaminhamento adequado das vítimas, para que todas as 
unidades com serviços de ginecologia-obstetrícia prestem atendimento imediato a esses 
casos. 
O ideal é que o atendimento a essas mulheres possa ser realizado por uma equipe 
multidisciplinar sensibilizada e treinada para lidar com essa questão. Segundo recomendação 
do Ministério da Saúde, é importante dispor de recursos laboratoriais para realização dos 
seguintes exames: 
A anticoncepção de emergência deve ser proposta, em casos de estupro, até 72 horas 
após a sua ocorrência. Ela será desnecessária se a mulher estiver usando método 
anticoncepcional de alta eficácia, como anticoncepcional oral, injetável ou dispositivo 
intrauterino (DIU). 
Sabe-se que 16% das mulheres que sofrem violência sexual contraem algum tipo de 
doença sexualmente transmissível (DST) e que uma em cada 1.000 é infectada pelo HIV. 
Por isto, a prevenção de DST/AIDS também deve ser realizada: 
 
 Para sífilis: penicilina benzatina 2.400.000 U IM; 
 Outras doenças sexualmente transmissíveis: azitromicina 1g VO dose única 
associada à cefixima 400 mg VO, dose única; 
 Vacinação anti-hepatite B também é preconizada; 
 Quimioprofilaxia para o HIV. 
 
É importante acentuar que a mulher que vive sob ameaça física e de morte deve ser 
preparada para sair dessa situação com muito cuidado, pois qualquer motivo pode justificar, 
para a mente perversa do agressor, justificativa para seu extermínio. 
O apoio emocional para que a mulher recupere a sua autoestima e construa seu plano 
de fuga, caso seja esse o seu desejo, deve ser um objetivo da equipe de saúde. 
Ela deve ser orientada a evitar o confronto com o seu agressor, pois se a agressão 
física e psicológica existe é porque ela se encontra em condição realmente vulnerável. 
Muitas vezes, as mulheres que recebem o estereótipo de “poliqueixosas” vivenciaram 
situações de violência. Suas queixas geralmente são vagas e de sintomas crônicos que não 
são esclarecidos em exame clínico e laboratorial. 
Um quadro de psicossomatização pode estar refletindo dores e traumas vivenciados, 
traduzidos por meio de queixas físicas, mentais ou sociais. 
 
 
 
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Câncer de 
Mama 
Unidade 1 – Introdução 
 
 
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01 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
Culturalmente, a mama tem um papel significativo na imagem corporal da mulher, pois é um 
símbolo importante de feminilidade compondo a estética feminina e sua sexualidade, além de 
exercer a função fisiológica da amamentação e de símbolo da maternidade. 
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente de câncer no mundo, e o mais 
comum entre as mulheres. Nos homens, a incidência é pequena, não representa nem 1% dos 
casos. 
No Brasil, o câncer de mama é o mais frequente em incidência e mortalidade no sexo 
feminino, apresentando curva ascendente a partir dos 25 anos de idade e concentrando a 
maioria dos casos entre os 45 e 50 anos. Representa, aproximadamente, 20% do total de 
casos diagnosticados e 15%, em média, das mortes por câncer. É mais comum em mulheres 
de classe social elevada e entre aquelas que vivem nas grandes cidades do que naquelas que 
vivem no campo. 
A cada ano, cerca de 22% das novas ocorrências de câncer em mulheres são de mama. 
As estatísticas indicam o aumento da frequência tanto nos países desenvolvidos como em 
desenvolvimento. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-
se um aumento de 10 vezesnas taxas de incidência, ajustadas por idade, nos Registros de 
Câncer de Base Populacional de diversos países. 
Ele é seguido pelo câncer de colo de útero, o segundo que mais aparece na população 
feminina, e que constitui a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. 
Sãoresponsáveis por faz 4,8 mil vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. 
Os dois tipos de câncer, contudo, têm chances altíssimas de cura caso descobertos 
em estágios iniciais. Para a mama, a cura fica em torno de 90% se o tumor for diagnosticado 
precocemente. 
Unidade 1 – Introdução 
 
 
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Embora o prognóstico para o câncer de mama esteja mudando devido a avanços no 
diagnóstico e tratamento, as respostas das mulheres à possível doença incluem o medo da 
desfiguração, perda da atividade sexual e medo da morte. 
Frente às limitações práticas para a implementação de estratégias efetivas para a 
prevenção do câncer de mama junto à população, as intervenções, do ponto de vista da Saúde 
Pública, passam a ser direcionados a sua detecção precoce, com a garantia de recursos 
diagnósticos adequados e tratamento oportuno. 
O controle do câncer em nosso país representa, atualmente, um dos grandes desafios 
que asaúde pública enfrenta. 
Inicialmente, vamos entender como ele acontece. 
Unidade 2 – A Mama 
 
 
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02 
A MAMA 
 
 
 
 
A mama é formada por glândulas mamárias, que produzem leite após o parto e que são 
denominados lóbulos. Os lóbulos encontram-se conectados entre si por tubos e ductos mamários 
que conduzem o leite para alimentar o bebê. 
As glândulas (lóbulos) e ductos estão imersos em tecidos adiposo e conjuntivo, que 
junto com o tecido linfático formam o seio. O músculo peitoral que se encontram entre as 
costelas e a mama atuam como sustentação e finalmente a pele recobre a estrutura mamaria. 
O sistema linfático é constituído de vasos que conduzem a linfa, que é um liquido incolor 
contendo glóbulos brancos, e em sua maioria formada por linfócitos. Estas células 
reconhecem qualquer substância estranha no organismo e liberam substancias que destroem 
o agente agressor. 
As mamas femininas são estruturas glandulares pares situadas na parede anterior e 
superior do tórax, que derivam de glândulas sudoríparas modificadas, ou seja, sem cápsula 
nem bainha especial. Apresentam como principal função, a produção de leite. 
Desenvolve-se no embrião na região anterior do tórax, entre a segunda e sexta 
costela, na chamada “linha do leite”, que se estende da axila à região inguinal, onde podem 
persistir formando as chamadas mamas acessórias na idade adulta. 
É constituída por um conjunto de 15 a 20 unidades funcionais conhecidas como lobos 
mamários, representados por 20 ductos terminais que se exteriorizam pelo mamilo. 
Apresentam a forma cônica ou pendular, variando de acordo com as características 
biológicas corporais e com a idade da pessoa. 
Além do tecido glandular, é composto por tecido adiposo, tecido conjuntivo, vasos 
sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas. 
O principal suprimento sanguíneo vem das artérias mamárias internas, equivalente a 
60% e 30% da mamária externa ou torácica lateral. O restante do suprimento é derivado de 
pequenos ramos das artérias intercostais, artéria toracodorsal, subescapular e toracoacromial. 
Unidade 2 – A Mama 
 
 
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A drenagem linfática da mama ocorre preferencialmente para a axila, e o restante 
drena para a cadeia mamária interna (3%). 
Unidade 3 – O Câncer 
 
 
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03 
O CÂNCER 
 
 
 
 
O câncer caracteriza-se pelo aumento progressivo do número de células anormais,provenientes de 
um determinado tecido normal.Estas células anormais podem chegar acorrente sanguínea, invadir 
outros tecidos e disseminar-se em outros órgãos, causando ametástase. 
Esta malignidade celular altera o ácido desoxirribonucleico (DNA) e geralmenteé 
causada pela ação de agentes físicos e biológicos considerados cancerígenos. 
O câncer éuma massa anormal de células ou tecidos com crescimento exagerado 
iniciado por umestímulo e continua crescendo mesmo depois que cessa o estimulo.O 
processo de conversão de uma célula normal a um estado maligno chama-secarcinogenesis 
e o agente que promove e induz esse processo denomina-se carcinogênico. 
Os fatores que predispõe a malignidade podem ser características genéticas ou 
fatoresambientais. Algumas pessoas são mais sensíveis a fatores ambientais que outras. 
Odesenvolvimento do câncer humano prolonga-se durante muitos anos. O tecido do 
tumor eas características celulares têm um longo e progressivo período de latência. 
Após umapopulação de células novas surgirem ela passa por estágios até evoluir de 
uma célulanormal para uma célula pré-neoplásica, pré-maligna para maligna. 
O processo de carcinogênese é lento, podendo levar vários anos para que uma 
célulacancerosa se prolifere e dê origem a um tumor visível. 
O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se 
modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de 
células chamada de tumor. 
No interior da mama, uma rede de lobos, formados por pequenos lóbulos, abriga as 
glândulas produtoras de leite. Pequenos ductos as ligam aos lóbulos e lobos para levarem o 
leite ao mamilo, localizado no centro da aréola. Perto de 90% dos tumores de mama ocorrem 
nos ductos ou lobos. 
Unidade 3 – O Câncer 
 
 
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O câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, 
quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade 
os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de 
Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito 
frequentemente acomete as duas mamas. O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer 
mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, 
deixando-a vermelha, inchada e quente. 
 
O tumor de mama pode ser induzido pelo hormônio estrogênio. Esse hormônio liga-
sea um receptor que é uma estrutura proteica do citoplasma da célula dos órgãos alvo, como 
por exemplo, o cérebro, ossos, coração, útero, mama, que são sensíveis ao estrogênio e que 
permite ao hormôniopenetrar na célula. 
Quando o hormônio estrogênio chega aos receptores da mama, opotencial para o 
crescimento de células cancerosas aumenta, sendo que os estrogênios afetamas células 
epiteliais que formam os sacos alveolares e os ductos lactíferos da mama. 
Após o diagnóstico

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