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REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 1 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P CONSIDERAÇÕES GERAIS • Ancilostomíase (amarelão) é classificada com uma parasitose intestinal causada por parasitas nematoides. • É uma infecção transmitida pelo contato com o solo contaminado, causada por parasitos nematoides (vermes) das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale. • É uma das formas de infecção crônica mais comum em humanos com estimativa de 740 milhões de casos especialmente em áreas rurais pobres. • O maior número de casos de ancilostomíase ocorre na África subsaariana, Ásia e Américas. • Necator americanus é a espécie mais comumente distribuída no mundo, incluindo as regiões do sul e sudoeste da China, sul da Índia, sudeste asiático, África subsaariana e Américas Central e do Sul. • O A. duodenale, considerado como o ancilostoma do Velho Mundo, é predominante em regiões temperadas, embora ocorra também em regiões tropicais, onde o clima é mais temperado • Não é doença de notificação compulsória, no entanto os surtos devem ser notificados aos órgãos de saúde. • No Brasil, mais de 80% das infecções ocorrem pelo N. americanus → há uma prevalência maior na centro-oeste. • A nível mundial a morte por infecções por ancilóstomos não é a consequência principal, o impacto maior é para com a morbidade, especialmente devido à anemia que ele causa. CONDIÇÕES PARA A MANIFESTAÇÃO • Contaminação fecal humana do solo. • Condições favoráveis do solo para a sobrevivência das larvas (umidade, calor e sombra). • Contato da pele com o solo contaminado. • Indivíduos que andam com calçados abertos ou descalços no solo contaminado por fezes estão sob risco de infecção. • Grupos de risco: moradores nativos de áreas endêmicas, turistas e tropas de infantaria. CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGLA • A família Ancylostomidae (do gr. ankylos = curvo + gr. tomma = boca) é dividida em várias subfamílias, das quais apenas duas serão aqui referidas: → Ancylostominae: espécies que apresentam dentes na margem da boca (ex.: A. duodenale e A. ceylanicum); → Bunostominae: espécies que possuem lâminas cortantes circundando a margem da boca (ex.: N. americanus) Ancylostoma duodenale ✓ Adultos machos e fêmeas cilindriformes, com a extremidade anterior curvada dorsalmente; ✓ Cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca, e um par de lancetas ou dentes triagulares subventrais no fundo da cápsula bucal; ✓ Em ambos os sexos, a cor é róseo-avermelhada, (a fresco) e esbranquiçada (após mortos por soluções fixadoras). ✓ Dimorfismo sexual bem acentuado, tanto pelas maiores dimensões das fêmeas, como, principalmente, pela morfologia da extremidade posterior. ✓ Machos medindo 8 a 11 mm de comprimento por 400 mm de largura; extremidade posterior Existe outro tipo, o ancilostomídeo de cães e gatos, Ancylostoma ceylanicum, raro, porém tem sido reconhecido como uma causa prevalente de infecções zoonóticas em humanos na Índia, no Sudeste Asiático e na Austrália tropical. REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 2 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P com bolsa copuladora bem desenvolvida, gubernáculo bem evidente; ✓ Fêmeas com 10 a 18 mm de comprimento por 600 mm de largura; abertura genital (vulva) no terço posterior do corpo; extremidade posterior afilada, com um pequeno processo espiniforme terminal; ânus antes do final da cauda. ✓ Ovos, recém-eliminados, de forma oval, sem segmentação ou clivagem, com 60 µm por 40 µm de diâmetro maior e menor, respectivamente. Necator americanos (Necator = assassino) ✓ Adultos de forma cilíndrica, com a extremidade cefálica bem recurvada dorsalmente; ✓ Cápsula bucal profunda, com duas lâminas cortantes, seminulares, na margem interna da boca, de situação subventral, e duas outras lâminas cortantes na margem interna, subdorsal; ✓ Fundo da cápsula bucal com um dente longo, ou cone dorsal, sustentado por uma placa subdorsal e duas lancetas (dentículos), triangulares, subventrais. ✓ Espécimes de coloração róseo-avermelhada (a fresco) e esbranquiçados (após fixação). ✓ Macho menor do que a fêmea, medindo 5 a 9 mm de comprimento por 300 mm de largura; bolsa copuladora bem desenvolvida, com lobo dorsal simétrico aos dois laterais; gubernáculo ausente. ✓ Fêmeas medem 9 a 11 mm de comprimento por 350 mm de largura, com abertura genital próxima ao terço anterior do corpo; extremidade posterior afilada, sem processo espiniforme terminal; ânus antes do final da cauda. Ancylostoma ceylanicum ✓ Adultos com morfologia geral semelhante à de A. duodenale, mas com detalhes que facilmente permitem distingui-lo: apresenta cápsula bucal com dois pares de dentes ventrais, sendo um de dentes grandes e outro de dentes minúsculos, quase imperceptíveis. ✓ Macho com 8mm de comprimento por 360 µm de largura. ✓ Fêmea com 10 mm de comprimento por 440 µm de largura. REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 3 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P CICLO BIOLÓGICO • Direto (sem hospedeiro intermediário). • Duas fases bem definidas: a primeira, que se desenvolve no meio exterior, é de vida livre, e a segunda, que se desenvolve no hospedeiro definitivo (parasitária). • Geotropismo negativo. • Hidrotropismo positivo e termotropismo positivo. FORMA LIVRE 1. Ovos são eliminados pelas fezes. 2. No meio exterior, os ovos necessitam de um ambiente propício (boa oxigenação, alta umidade (> 90%) e temperatura elevada) → embrionia → formação da larva de primeiro estádio (L1), do tipo rabditoide → eclosão. 3. No ambiente, a L1 recém-eclodida, apresenta movimentos serpentiformes e se alimenta de matéria orgânica e microrganismos (por via oral), devendo, em seguida, perder a cutícula externa, após ganhar uma nova, transformando-se em larva de segundo estádio (L2), que é também do tipo rabditóide. 4. A L2, que também tem movimentos serpentiformes e se alimenta de matéria orgânica e microrganismos, começa a produzir uma nova cutícula, internamente, que passa a ser coberta pela cutícula velha (agora cutícula externa) passando então a se transformar em larva de terceiro estádio (L3), do tipo filarióide → ÚNICA FORMA INFECTANTE. A L3, por apresentar uma cutícula externa que extingue a cavidade bucal, não se alimenta, mas tem movimentos serpentiformes que facilitam a sua locomoção. ✓ A L1 forma-se no ovo e ocorre a eclosão em 12 a 24 horas; ✓ A L1 se transforma em L2, em três a quatro dias; ✓ A L2, muda para L3, após cinco dias. REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 4 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P FORMA PARASITÁRIA A infecção pelos ancilostomídeos para o homem só ocorre quando as L3 (larva filarióide ou infectante) penetram ativamente, através da pele, conjuntiva e mucosas, ou passivamente, por via oral. Infecção ativa 5. As L3, ao contatarem o hospedeiro, são estimuladas por efeitos térmicos e químicos, iniciam o processo de penetração, escapando da cutícula externa, e, simultaneamente, ajudadas pelos seus movimentos serpentiformes, de extensão e contração, começam a produzir enzimas, semelhantes a colagenase, que facilitam o seu acesso através dos tecidos do hospedeiro. A penetração dura cerca de 30 minutos. 6. Da pele, as larvas alcançam a circulação sanguínea e/ou linfática, e chegam ao coração, indo pelas artérias pulmonares, para os pulmões. 7. Atingindo os alvéolos, as larvas migram para os bronquíolos, com auxílio de seus movimentos, secreções e cílios da árvore brônquica. 8. Dos brônquios atingem a traqueia, faringe e laringe quando, então, são ingeridas, alcançando o intestino delgado, seu hábitat final.9. Durante a migração pelos pulmões, que dura de 2 a 7 dias, a larva perde a cutícula e adquire uma nova, transformando-se em larva do quarto estádio (L4). 10. Ao chegar no intestino delgado, após oito dias da infecção, a larva começa a exercer o parasitismo hematófago, fixando a cápsula bucal na mucosa do duodeno. 11. A transformação da L4 em larva de quinto estádio (L5) ocorre aproximadamente 15 dias após a infecção, e a diferenciação de L5 em adultos ocorre após 30 dias da infecção. 12. Os espécimes adultos, exercendo o hematofagismo, iniciam a cópula → ovos. O período de pré-patência, isto é, desde o momento da penetração das Larvas, até a eliminação dos ovos dos ancilostomídeos pelas fezes, varia entre 35 e 60 dias para A. duodenale, de 42 a 60 dias para N. americanus e de 21 a 35 dias para A. ceylanicum. Infecção por via oral (água e alimentos) 5. As L3 perdem a cutícula externa no estômago (por ação de suco gástrico e pH) depois de 2 a 3 dias da infecção, e migram para o intestino delgado. 6. A altura do duodeno, as larvas penetram na mucosa, atingindo as células de Lieberkühn, onde mudam para L4, após cerca de 5 dias da infecção. 7. Em seguida, as larvas voltam a luz do intestino, se fixam a mucosa e iniciam o repasto sanguíneo, devendo depois mudar para L5 no transcurso de 15 dias da infecção. 8. Com a diferenciação de L5 em adultos, a cópula tem início e os ovos logo em seguida começam a ser postos, sendo eliminados através das fezes. Quando a infecção é oral, os períodos de pré-patência para A. duodenale e N. americanus são similares aos da infecção transcutânea e para A. ceylanicum é menor: de 14 a 17 dias. VIAS DE TRANSMISSÃO OU INFECÇÃO • Contato da pele com fezes humanas contendo ovos larvados de ancilostomídeos (o homem é o único hospedeiro). • A infecção por A. duodenale se estabelece, em proporções semelhantes, quando as L3 penetram tanto por via oral como transcutânea, apesar de alguns autores admitirem que a via oral é mais efetiva. • O N. americanus assegura maior infectividade, quando as larvas penetram por via transcutânea. A possibilidade de L3 ingeridas penetrarem na mucosa da boca, ou no epitélio da faringe e caírem na corrente sanguínea completando o ciclo, via pulmonar, é devidamente comprovada em N. americanus. • A infecção por A. ceylanicum em indivíduos humanos (e inclusive em animais) é bem mais efetiva quando as larvas penetram por via oral. • Não há transmissão vertical nem através do leite materno. REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 5 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P PATOGENIA E PATOLOGIA • Logo após penetrarem na pele do hospedeiro, as larvas podem provocar, no local de penetração, lesões traumáticas, seguidas por fenômenos vasculares. • Transcorridos alguns minutos, aparecem os primeiros sinais e sintomas: uma sensação de "picada", hiperemia, prurido e edema resultante do processo inflamatório ou dermatite urticariforme. • Metabólitos produzidos pelas larvas também participam do processo inflamatório. • A intensidade das lesões está ligada ao número de larvas invasoras e da sensibilidade do hospedeiro. • As lesões são mais exacerbadas nas reinfecções, tanto por reações de hipersensibilidade imediata, como retardada. • A presença de pápula eritematosa até cerca de dez dias da primo-infecção pode ser observada, mas a formação de severas pápulas, vesículas, edema, com adenopatia regional, pode ocorrer nas reinfecções. • Alterações pulmonares, resultantes da passagem das larvas, são pouco usuais, embora possa ocorrer tosse de longa ou curta duração e febrícula. • A patogenia da enfermidade é diretamente proporcional ao número de parasitos presentes no intestino delgado. • A anemia causada pelo intenso hematofagismo exercido pelos vermes adultos, é o principal sinal de ancilostomose. → O A. duodenale se destaca por exercer maior hematofagismo, podendo cada parasito adulto sugar 0,05 a 0,3mL/sangue/dia; → O N. americanus suga 0,01 a 0,04ml/sangue/dia. SINAIS E SINTOMAS Dois aspectos distintos devem ser considerados: • Uma fase aguda, determinada pela migração das larvas no tecido cutâneo e pulmonar e pela instalação dos vermes adultos no intestino delgado (duodeno). • Uma fase crônica, determinada pela presença do verme adulto que, associado à expoliação sanguínea e à deficiência nutricional irão caracterizar a fase de anemia. Esta, por sua vez, apresenta sinais e sintomas de dois tipos: → Primários: associados diretamente à atividade dos parasitos; os sinais cessam com o tratamento (vermífugo) do paciente. → Secundários: decorrentes da anemia e hipoproteinemia. Esses sinais e sintomas crônicos secundários são os mais frequentemente vistos na ancilostomose. Desaparecem após reversão da anemia (melhoria da dieta), sem necessariamente remover os vermes. • Sinais e sintomas abdominais podem ser evidentes após a chegada dos parasitos ao intestino: → Dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, cólica; → Indisposição, náuseas, vômitos, flatulências; → Às vezes, pode ocorrer diarreia sanguinolenta ou não e, menos frequente, constipação. → Pode ocorrer também a diminuição do apetite e a geofagia. IMUNOLOGIA • Na fase aguda, a eosinofilia é o mais marcante registro imunológico na ancilostomose, seguida por pequeno aumento de anticorpos IgE e IgG. • A ancilostomose crônica, além de induzir a eosinofilia, provoca elevação de IgE total e de anticorpos específicos IgG, IgA e IgM, detectados pela imunofluorescência, fixação de complemento, ELISA e hemaglutinação. • Embora os anticorpos ocorram na fase "aguda" da enfermidade, são incapazes de conferir uma sólida imunidade às reinfecções. DIAGNÓSTICO • Diagnóstico epidemiológico (coletivo): observa-se o quadro geral da população. • Diagnóstico clínico individual: baseia-se na anamnese e na associação e sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais, seguidos ou não de anemia. REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 6 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P • Em ambos os casos o diagnóstico de certeza será alcançado pelo exame parasitológico de fezes. • Os exames de fezes, por método qualitativo que indica ou não presença de ovos de ancilostomídeos, são feitos pelos métodos de sedimentação espontânea (Hoffman, Pons e Janner), de sedimentação por centrifugação (Blagg e cols., método de MIFC), e de flutuação (Willis). • Para se avaliar o grau de infecção do paciente, usa- se o método quantitativo de Stoll, cujo resultado expressa o número de ovos dos parasitos por grama de fezes. • Os métodos utilizados para exame de fezes não permitem identificar o gênero ou espécies do agente etiológico da ancilostomose, pois os ovos dos ancilostomídeos são morfologicamente muito semelhantes. • Através de exame por método de coprocultura, utilizado para obtenção de L3, é possível se fazer, além do diagnóstico genérico, o específico para A. duodenale e N. americanus, e também quantificar o nível de infecção do paciente, ela contagem de L, por grama de fezes. O método de coprocultura mais utilizado é o de Harada & Mori. O diagnóstico quantitativo e específico também pode ser feito post-mortem. • Vários testes imunológicos, sorológicos (precipitação, hemaglutinação, difusão em gel, floculação de látex, imunofluorescência, fixação de complemento, ELISA) evidenciam reações mediadas por antígenos dos vermes, mas não têm sido utilizados na prática. • A intradermorreação, que induz uma hipersensibilidade imediata, cuja área de reação é diretamente proporcional em nível de infecção do paciente, pode ser útil numa campanha profilática, mas pode dá falsos positivos em indivíduos tratados. TRATAMENTO FÁRMACO MECANISMODE AÇÃO DOSAGEM/POSOLOGIA EFEITOS COLATERIAIS CONTRAINDICAÇÕES INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS PEDIATRIA ADULTOS MEBENDAZOL Interfere na formação da tubulina celular do intestino dos vermes → captação de glicose é interrompida → processo autolítico. 20 mg/mL Tomar 5 a 10 mL, 2x/dia durante 3 dias 100 mg Tomar 3x/dia por Pacientes com alta carga parasitária manifestam diarreia e dor abdominal. • Hipersensibilidade ao mebendazol. • Cimetidina: inibe o metabolismo do mebendazol. • Carbamazepina e Fenitoína: diminuem a eficácia de mebendazol. • Evitar o uso junto com o metronidazol. ALBENDAZOL Inibe a polimerização tubulínica, ocasionando alteração no nível de energia dos helmintos. 400 mg Dose única 400 mg Dose única Cefaleia e epigastralgia • Não deve ser administrado durante a gravidez nem a mulheres que planejam engravidar. • Lactantes (avaliar risco-benefício) • O ritonavir, a fenitoína, a carbamazepina e o fenobarbital pode m reduzir as concentrações plasmáticas do metabólito ativo do albendazol; OBS: uso de Sulfato ferroso em caso de anemia - (200 mg, v.o., 3x/dia, 3 meses) https://consultaremedios.com.br/dissulfiram/bula https://consultaremedios.com.br/ritonavir/bula https://consultaremedios.com.br/fenitoina/bula https://consultaremedios.com.br/carbamazepina/bula https://consultaremedios.com.br/fenobarbital/bula REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 7 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO OVOS DE ANCILOSTOMÍDEOS • Os ovos de ancilostomídeos são ovais, a casca é fina, transparente e hialina. • No interior, conforme a evolução do ovo, podem-se observar dois, quatro, oito ou mais blastômeros, terminando pela formação da larva. • Os ovos de Ancylostoma duodenale medem 55-65µm x 36-40µm, enquanto que os de Necator americanus medem 60-75µm x 36-40µm. REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 8 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P REFERÊNCIAS: Neves, DP. Prasitologia Humana, 11ª ed. 9 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P
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