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ESTUDAR DIDATICA
Aula 1 – A inter-relação da Educação com a Pedagogia e a Didática
A educação é um processo social (vista como a interferência que a sociedade exerce nos indivíduos, com objetivo de se manter e reproduzir, por meio de estruturas, influências, processos e ações) e individual (desenvolvimento das características da pessoa, suas potencialidades e participação na sociedade). Ocorre dentro de uma sociedade em diferentes espaços e tempos, de maneira formal e informal, sistemática e assistemática. Para entender o processo de ensino, a didática deve articular-se com a Psicologia, Sociologia, Filosofia entre outras.
Aula2 – A didática e a formação dos educadores em diferentes abordagens pedagógicas
Tradicional – baseada na transmissão cultural, o aluno é passivo no processo, os conteúdos são dogmáticos e o professor é a figura principal do processo, sendo privilegiada a Exposição Oral dos conceitos. A avaliação é quantitativa e classificatória.
Renovada Progressista – fundamentada na psicologia, o aluno é a parte principal do processo, tendo participação ativa. Os conteúdos visam o desenvolvimento de habilidades e atitudes, nos anos 60 atingiu seu auge.
Não-diretiva – mais identificada com a psicologia do que com a educação em si, é responsáveis por mudanças radicais na prática docente, aonde alguns educadores chegaram a desconsiderar o pedagógico em função do psicológico do aluno.
Tecnicista – após a II Guerra, o desenvolvimento tecnológico passou a influenciar a educação de maneira que o foco do processo de ensino se volta para as tecnologias e para os sofisticados métodos e recursos instrucionais, os planejamentos e o ensino são institucionalizados, os objetivos e avaliações extremamente técnicos, os conteúdos possuem caráter científico, atendendo às demandas de uma sociedade industrial e tecnológica, que prioriza a eficiência e eficácia.
Com a abertura política do país, os profissionais da educação passam a enxergar os limites, determinantes e possibilidades por meio das contradições da prática, provocando atuações mais dialéticas em sala de aula.
 A partir de então, os fatos que acometem o nosso país criam uma demanda em relação à capacidade crítica e reflexiva dos cidadãos, sendo a educação obrigada a revisar seus processos didáticos que, até então desconsideravam a influência da realidade social, política, econômica e cultural no ensino, com isso, surgem as teorias críticas:
Libertadora – práticas de ensino centradas na realidade social e emancipação do sujeito, se dá por meio do diálogo afetivo;
Social de conteúdos – preconiza a valorização dos conteúdos universais de um ponto de vista crítico, para que o aluno possa articulá-los com suas experiências e assim participem de forma ativa da sociedade na qual vivem.
Atualmente a didática está mais centrada na corrente interacionista de Piaget e Vygotsky, que propicia a construção do conhecimento pela interação, trocas e comparações com o mundo que cerca o aluno, que é o centro do processo e trabalha de forma ativa, operando mentalmente.
Aula 3 – Caminhos para uma didática crítica e plural
O novo século e suas evoluções obrigaram a educação e a didática a se atualizar para ajudar os educadores a enfrentar novos desafios. O saber docente teve de ser reformulado, estimulando o saber individual do professor, desenvolvendo sua responsabilidade, consciência e autonomia profissional, contribuindo assim para a organização e formação coletiva, por meio da participação em ações coletivas dentro e fora da escola, as quais visam tomadas de decisões e surgimento de lideranças que serão efetivas em reuniões de planejamento, centros de estudos e trocas de ideias em prol da finalidade escolar e seu projeto educativo.
A questão cultural também é um fator estimulante da evolução docente e discente, pois com a multiculturalidade presente em todos os espaços, é primordial o uso de práticas educativas plurais que articulem igualdades e diferenças, tornando a didática e os contextos significativos para todos.
A linguagem digital também renovou o ser humano e redimensionou os tempos e espaços, demandando um trabalho didático igualmente renovado, de caráter multidisciplinar, baseado em trocas constantes de conhecimento que favorecem o desenvolvimento da inteligência coletiva. Assim, cabe ao professor adotar uma reavaliar sua postura e práticas, atuar como mediador das informações, para que estas circulem de maneira otimizada.
O advento desse novo século e suas implicações fi zeram com que na educação, a Didática, entre outras áreas, buscasse novas formas de atualização para ajudar os professores no enfrentamento dos desafi os. No contexto educacional, foi preciso rever conceitos sobre o saber docente, compreender os embates que estes profi ssionais enfrentam no cotidiano escolar. Dessa forma, entendemos que uma dessas possibilidades é estimular o saber individual do professor, o desenvolvimento de sua responsabilidade, consciência e autonomia profi ssional, de forma que estes possam colaborar na organização e formação do sujeito coletivo capaz de organizar e participar de ações coletivas dentro e fora da escola. Acreditamos que, a partir disto, os professores deverão valorizar mais as ações coletivas no local de trabalho, visando à tomada de decisões e ao desenvolvimento das lideranças na escola, como em reuniões de planejamento, centros de estudo, de troca de idéias. O diálogo entre os componentes do grupo proporcionará a construção das fi nalidades da ação da escola, rumo ao seu projeto educativo. Outro desafi o que a Didática vem estudando é a questão da ‘cultura’ relacionada ao ensino e à prática escolar. Esta vem sendo considerada valiosa fonte de enriquecimento para professores e alunos, visto que revigora as práticas educativas nos espaços escolares. As práticas de ensinar precisam ser cada vez mais plurais, articulando a igualdade e a diferença num trabalho escolar que leve em consideração a cultura escolar, a da escola e o contexto do aluno. Este tipo de atuação didática, provavelmente, alcançará mais êxito. Na atualidade, o ensino conta com outro desafi o que é a linguagem digital; esta vem revolucionando a maneira de ver, de sentir e de compreender dos seres humanos, assim como redimensiona o tempo e o espaço escolar. Com isso, a metodologia de ensinar precisa ser revisada, relacionando diferentes áreas de conhecimento, caminhando para um trabalho didático em redes, de trocas de conhecimento, de negociações, permanentes, capazes de desenvolver a inteligência coletiva. O professor, nesse caso, deve atuar como mediador do conhecimento, admitindo as possibilidades de ensino além do presencial e escolar e em outros espaços. O que circula é a informação. Os caminhos aqui apontados para uma nova Didática crítica e plural buscam sensibilizar os docentes, de forma que estes reavaliem suas posturas e práticas profi ssionais, individuais e coletivas na escola.
Aula 5 – Formação docente: breve histórico
Do Império até a Primeira República (1930), o ensino era humanista e voltado para o domínio de conceitos. Até a década de 60 a formação de professores preconizava as técnicas de ensino, baseadas em Montessori, Decroly, entre outro. Os professores deveriam priorizar o fazer pedagógico sem abordar as questões sociais. A partir de 64, com a industrialização, e avanço tecnológico, a educação sente reflexos, voltando o foco para a tecnologia.
Em 80, com a revolução progressista, a formação docente é embasada nos princípios sociológicos, deixando o didático-pedagógico em segundo plano, supervalorizando as críticas sociais.
Em 90 a formação passa por muitos questionamentos, e com a nova legislação, surge a exigência do nível superior, que contribui para criação dos cursos normais superiores, os quais enfatizam mais a prática que a teoria e propiciam flexibilidade e adequação às exigências. Alguns educadores temem com isso a regressão dos profissionais à técnicos de ensino, contudo, a consciência crítica adquirida em 80 ainda permanece.
Aula 6 – Memória a serviçoda construção da identidade docente
Inclui-se a Memória Docente na área da Didática com o propósito de utilizar as vivências e experiências passadas no presente e no futuro, de forma que haja um resgate do significado do profissional da educação, contribuindo para reflexão e construção da identidade profissional, propiciando ações transformadoras. Tem como objeto de estudo, autobiografias, memoriais, relatos, dentre outros matérias invocados pela memória.
Na escola temos a memória social informal (músicas, linguagens, rituais, festividades), memória educativa (exclusiva da escola, atrelada ao conteúdo curricular, técnicas, hábitos, atitudes, habilidades e ritos pedagógicos legitimados pela sociedade) e memória da sociedade digital (propõe a mudança da escola para um espaço aberto, cooperativo, de troca de informações e conhecimentos com pessoas e instituições em todo mundo). Como agente de memória, o professor utiliza as ferramentas de cada tipo de memória na construção das mesmas.
Aula 7 – O conhecimento dos professores: saber docente, saber reflexivo
Como resultado de pesquisas no capo da subjetividade docente realizadas nas últimas décadas, junto às preocupações por parte dos próprios docentes com uma formação sólida e uma reformulação curricular, evidenciou-se a necessidade de revisar a questão da prática, a qual deveria ser entendida a partir de então como prática reflexiva, isto é, o saber docente deve ser mobilizado e produzido no antes, durante e depois da ação cotidiana, além de mais valorizado nos cursos de formação.
Na formação contínua, tem-se como prioridade o domínio das competências: Organizar e coordenar as situações de aprendizagem; gerir a progressão das aprendizagens; conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação; envolver os alunos em sua aprendizagem e seu trabalho; trabalhar em equipe; participar da gestão da escola; informar e envolver os pais; servir-se de novas tecnologias; enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão; e gerir sua própria formação contínua.
Aula 9 – Formação continuada: a perspectiva clássica e a perspectiva atual
Na clássica, as iniciativas partem de ações governamentais, propondo de maneira formal a atualização docente, oferecendo cursos, seminários em universidades ou instituições, ou mesmo pela Secretaria de Educação; ocorre também informalmente por meio de trocas com colegas, observações e imitações, tendo como vantagem a convivência com diferentes grupos com experiências diversas, visões e linhas de pesquisa distintas, inclusive com especialistas em diversas áreas de conhecimento.
A desvantagem está no fato de um determinado grupo, desvinculado dos interesses e da realidade dos professores, ser o responsável pelas atualizações.
Na perspectiva atual, a atualização se dá formal ou informalmente, dentro da escola.
Aula 10 – Reaprendendo a aprender: casos bem-sucedidos de educação continuada
Exemplos no livro.
Aula 11 – As relações na dinâmica da sala de aula
A afetividade entre aluno e professor e entre os próprios alunos é a chave mestra do ensino, e o diálogo é o caminho para isso. A forma como os alunos são tratados é refletida no sentimento demonstrado pelo professor. Se as aulas são significativas para eles, estarão sempre motivados a participar e praticar a autodisciplina.
É importante diferenciar o papel de autoridade do professor do autoritarismo, pois ele é peça essencial no processo de ação conjunta entre comunidade escolar e extra-escolar em prol do fluxo normal das atividades escolares, mesmo sofrendo os reflexos da violência atual e as desvantagens da vida moderna, onde os filhos perdem o referencial familiar muito cedo em função das atividades profissionais e até mesmo desapego por parte dos pais e familiares.
O professor deve trabalhar com competência tanto no domínio dos conteúdos quanto dos procedimentos didáticos, respeitando e assim, fazendo-se respeitar, não confundindo a democratização com espontaneísmo, garantindo assim sua autoridade.
Aula 12 – Cultura e diversidade desafiando a formação e a prática docente
As questões culturais vêm desde o fim do século passado demandando reformulações no sistema de ensino, organização curricular e formação docente, porém, a problemática central está nas práticas didático-pedagógicas cotidianas. Faz-se necessário um aprofundamento neste tema, combatendo de vez as posturas homogeneizadoras de formação e trabalho, buscando acentuar a visão crítica do educador em relação aos malefícios da globalização para com as minorias menos abastadas e oprimidas, marginalizadas em suas identidades. Dessa forma, espera-se formar profissionais conscientes da necessidade de uma educação multicultural, que dê conta da diversidade que encontrarão nas salas de aula.
Aula 14 – Objetivos educacionais no contexto atual da prática escolar
Os objetivos de ensino são as ações esperadas por parte dos alunos pelo educador ao final de uma atividade de aprendizagem, tendo como foco o comportamento do aluno. Eles podem ser gerais (longo prazo) ou específicos (curto prazo), além de enfatizar aspectos afetivos, psicomotores ou cognitivos.
Esta classificação se dá em função do referencial adotado, ou seja, ela é variável de acordo com a situação, sendo os específicos, normalmente, necessários ao alcance do geral. Hoje em dia, com a adoção de uma educação voltada para a formação cidadã, social e democrática, o foco nos objetivos gerais deve ser sempre mantido, utilizando os específicos como facilitadores da seleção de conteúdos, procedimentos de ensino e atividades de avaliação.
Ao elaborar os objetivos, o professor deve redigi-los de forma clara e precisa, de forma a provocar nos alunos múltiplas soluções ao problema, propiciando condições reais de realização.
Aula 15 – Os conteúdos necessários ao ato de ensinar
O conteúdo diz respeito ao que se deve ensinar e o que se deve aprender. Vai além de um conjunto de informações e conhecimentos (conteúdos conceituais), englobando habilidades (conteúdos procedimentais), valores e atitudes (conteúdos atitudinais).
Os conteúdos podem ser encontrados nos PCNs, livros didáticos, planos dos professores, na LDB etc. Sua seleção deverá ser feita com base no Projeto Político Pedagógico, articulando objetivos e concepções da escola com os interesses, necessidades e condições dos alunos, por meio de materiais atualizados e coerentes.
Após selecionados, os conteúdos poderão ser organizados verticalmente (seguindo uma sequência, por exemplo: nos anos seguintes permanecerão presentes, havendo um aprofundamento nos anos mais adiantados) ou horizontalmente (por meio da interdisciplinaridade, feita com um currículo baseado em temas ou projetos, temas transversais propostos pelos PCN, métodos de ensino e tecnologias educacionais).
Aula 16 – Organizando o ensino: entre o método e técnica ou procedimentos?
Diante das atuais evoluções e inovações no âmbito da construção dos conhecimentos em nossa sociedade, o ensino, como tarefa própria dos educadores, passa a se estender para fora da escola e para fora do tempo escolar, principalmente pelo meio virtual. Sendo assim, demanda-se atenção especial aos métodos (plano geral de ações individuais, socializadas ou mistas) e técnicas (são a operacionalização do método) de ensino na formação de professores, que devem aprender a usá-los adequadamente aos objetivos de ensino, características da turma/professor, momento da aula etc.
O termo procedimentos de ensino é utilizado para designar, descrever as ações didáticas de forma generalizada, sejam estas métodos ou técnicas.
Aula 17 – Principais métodos de ensino: revendo conceitos e atualidade
Dentre os métodos didáticos mais adequados ao Ens. Fund. temos: Método de Projetos – leva o aluno a projetar e executar algo frente a um problema concreto, criado por Kilpatrick e Dewey; Centro de Interesses – concentra atividades e conteúdos em torno de um tema integrador que atenda aos interesses dos alunos, criado por Ovídio Decroly; Unidades de experiência – baseado no Gestalismo, Experimentalismo e Funcionalismo,conduz o aluno à experiências e experimentações, participando ativamente do processo de aprendizagem, partindo da visão do todo para as partes da unidade de um programa de ensino (derivação das Unidades didáticas de Morrison).
Cabe ressaltar que todo procedimento pode e deve sofre adaptações, principalmente pela influência das novas tecnologias, que acaba por criar novas relações, inclusive entre áreas de conhecimento que num primeiro momento parecem não se relacionarem.
Aula 18 – A linguagem oral influenciando os modos de se conduzir o ensino
A exposição oral é o procedimento de ensino mais usado desde o momento que o homem passou a usar a linguagem oral para se comunicar. Hoje em dia, este procedimento é mais bem aceito na forma de diálogo entre as partes do processo de ensino-aprendizagem, mas também pode ser aplicado nos trabalhos em grupo, onde devem ser valorizados o aluno ativo, a opinião individual, a apresentação de idéias de forma ordenada e clara, o saber ouvir, o não omitir-se etc.
Existem algumas atividades que favorecem a introdução do alunado nos trabalhos em grupo (tempestade de idéias, GV GO, discussão circular, Phillips 66), outras já são destinadas a facilitar determinada fase do processo de ensino (estudo de caso, experimentação, ataque defesa, júri simulado, mesa redonda), cabendo ao professor saber o momento certo de utilizar cada tipo.
Aula 19 – A escrita influenciando os procedimentos de ensinar do professor
A escrita nasceu da necessidade de se prever o tempo da plantação e da colheita e, através do alfabeto greco-romano, influencia o pensamento linear, da esquerda para direita, assim como as relações de tempo e espaço e a legitimação do conhecimento erudito.
Sua utilização como opção metodológica de ensino cria procedimentos diversos, em sua maioria individuais, os quais são muito utilizados nas escolas tradicionais depois da exposição oral. Por exemplo: Estudo de Texto e Estudo Dirigido, sendo o primeiro a preparação para o segundo, onde anotações, resumos-esquema (roteiro, quadro-sinóptico, desenho esquema e gráficos) e resumos propriamente ditos são confeccionados.
Aula 20 – O avanço do conhecimento e desenvolvimento tecnológico
O avanço tecnológico e do conhecimento fez renascer o “aprender a aprender” da Escola Nova, porém, diferenciado pelo neotecnicismo e o neoliberalismo atual, que leva os países de Terceiro Mundo a se tornarem meros consumidores da tecnologia, resultando numa educação voltada para o aprender a fazer e não para o aprender a pensar.
Diante disso, para que possamos modificar a situação atual, deve-se levar ao aluno o desafio de buscar novas aprendizagens, desenvolver suas habilidades de pensamento, através de situações que provoquem a participação ativa, que tenham caráter lúdico, que contemplem um trabalho pedagógico que propicie a interação entre o sujeito e o meio, que tenham as novas tecnologias como mais um recurso didático, o qual leva à construção do conhecimento de forma descontínua, não-linear, em tempos e espaços diversos.
Entretanto, o mais importante neste processo, é o posicionamento do docente, que de forma alguma deve ser visto como dono do saber, deve ser um mediador/facilitador desse novo processo de ensino, onde as formas de trabalho podem e devem ser as mais diversificadas, cabendo ressaltar que para isso acontecer de forma satisfatória, os alunos também devem desenvolver habilidades de estudo independente, o que favorece o sistema de tutorias.
Aula 23 – Currículo: Algumas considerações
O termo é usado para designar o programa de uma disciplina/curso, bem como as várias atividades educativas por meio das quais o conteúdo é desenvolvido. A concepção de um currículo se dá no cotidiano escolar, por meio das atividades, do planejamento, seleção de conteúdos e temáticas, bem como nas práticas dos professores, na interdisciplinaridade e na interação social.
Um bom currículo deve contemplar os anseios da sociedade, propiciando a formação de cidadãos críticos e capazes de tomar decisões e assumir responsabilidades.
Aula 24 – Planejamento e Projeto Político-Pedagógico (PPP): desafios para a construção do conhecimento na escola
A idéia de planejar as ações é adotada em diversos campos, setores e organizações humanas no intuito de prever e melhor enfrentar os desafios futuros, de forma a evitar a improvisação.
Esta mesma ideologia se aplica à educação, podendo resultar ou não na criação de instrumentos formais/ações combinadas expressas na forma de projetos e planos, que são importantes ferramentas teórico-metodológicas para o trabalho docente. Entretanto, não são garantia de sucesso. Sendo assim, devem ser usados como meios de mediação e organização de suas ações e intenções.
A LDB destaca a participação do docente na elaboração e cumprimento dos planos de trabalho segundo o PPP, destacando a responsabilidade da escola pela execução da proposta pedagógica, atendendo assim às demandas de descentralização e autonomia por parte das escolas em relação ao sistema de ensino, culminando na responsabilidade coletiva das ações e intenções, exercitando assim a participação  individual, coletiva e de poder.
Aula 25 – Planejamento entre determinações e participações na educação escolar
Inicialmente, a responsabilidade sobre os projetos e planos educacionais cabia ao Estado, o qual tomava como base os modelos tecnocráticos, sistêmicos, impositivos e dominantes. Havia a ideologia de que apenas os especialistas no assunto possuíam tal capacidade, e aos outros, como os professores das bases, cabia apenas a execução. Entretanto, as novas formas de organização social influenciaram a mudança deste cenário. Por meio da insurreição dos educadores, criou-se o planejamento participativo com a proposta de mais igualdade e participação nas decisões na escola.
Esse novo planejamento não possui neutralidade, é comprometido politicamente com o homem, a sociedade e o mundo, reconhecido além da dimensão política e técnica, embasados em documentos formais ou ações combinadas, e se executa por meio de projetos e planos.
A representação destes novos planejamentos na escola é tida por meio do PPP, o qual exige uma ação conjunta entre o individual e o coletivo, contribuindo para a autonomia pedagógica, curricular e profissional dos educadores em relação ao Estado. Além deste, muitos outros projetos (interdisciplinares, de aprendizagem, planos dos setores) e planejamentos (de ensino, plano de Aula e de Curso) são promovidos nas escolas a cargo dos educadores, permitindo assim, um grande exercício profissional e a defesa dos ideais em que acreditam.
Aula 26 – Plano de Curso: revendo conceitos e práticas no planejamento de ensino
Este plano busca uma previsão global das atividades de uma disciplina/série durante determinado período. É elaborado com base no conhecimento do mundo/realidade dos alunos, tendo como elementos constitutivos: Objetivos Gerais e Específicos; Conteúdos; Procedimentos (estratégias e técnicas metodológicas), Recursos Didáticos; e Avaliação. Além destes, para formalizar o plano, são necessários: cabeçalho, justificativa, número de aulas e bibliografia.
Normalmente, no segundo segmento do E.F. e E.M., estes planos são elaborados coletivamente pelos professores de determinada disciplina/série. Já no primeiro segmento do E.F., são elaborados também por unidades temáticas/didáticas.
Aula 27 – Plano de aula: revendo conceitos e práticas no planejamento de ensino
Este é um detalhamento do plano de curso, onde é descrita uma situação didática concreta de aula. Em sua elaboração deve se levar em conta: Preparação e apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas; Desenvolvimento da matéria nova; Consolidação (exercícios de fixação, recapitulação, sistematização); Aplicação; e Avaliação. Assim como o plano de curso, devem possuir cabeçalho e bibliografia, além de indicar se tratará de uma noção nova ou não.
Estes são importantes instrumentos para o docente em sua prática, devem ser passíveis de reformulações, isto é, devem possuir flexibilidade, mas nem porisso devem ser feitos por fazer. Exigem seriedade, preparo, criatividade, responsabilidade e crença no seu poder.
Aula 28 – Revendo concepções e práticas da avaliação educacional: entre “idas e vindas”
No âmbito escolar, as questões referentes à avaliação giram em torno da repetência e qualidade do ensino e vêm mobilizando todos os envolvidos neste ambiente no intuito de compreender as práticas avaliativas, as quais podem ser seletivas e excludentes (defendidas pelos conservadores e liberais, com práticas quantitativas, objetivas e de mensuração, que caminham para o individual – provas, testes, testes de aptidão) ou includentes, mediadoras, emancipatórias (defendidas por aqueles que acreditam na mudança da sociedade, com práticas qualitativas e subjetivas, que visam o social, incluindo o aluno como parte do processo de ensino – diagnóstica, formativa, somativa).
Atualmente, a realidade exige da avaliação uma concepção que a torne uma ferramenta do ato de conhecer os indivíduos e não de excluí-los, onde o vínculo indivíduo-sociedade representa adequadamente este momento, levando alunos e professores a assumirem sua cota de responsabilidade e compromisso com o processo de ensino em função da realidade que se encontram, bem como suas práticas sociais futuras.
Enfim, é preciso lembrar que avaliar só tem sentido quando visa à qualidade de aprendizagem do aluno.
Aula 29 – A avaliação da aprendizagem no cotidiano escolar
A avaliação deve ser contínua e constante, com critérios estabelecidos a partir de determinados pressupostos ou pontos de referência. Os resultados podem ser expressos por meio de notas ou conceitos embasados nos critérios. São procedimentos avaliativos: observação (usa-se a ficha de observação e o diário de classe); auto-avaliação (ficha de avaliação); e aplicação de provas (testagem, provas escritas, orais e/ou práticas).
A prova Operatória (Ronca e Terzi) visa às questões objetivas e discursivas, as relações coloquiais, com o mundo, com o ler e o escrever.
As provas devem trabalhar o raciocínio, e não apenas a memorização, atendendo sempre os critérios de precisão, fidelidade e aplicabilidade do conteúdo, servindo como um meio através do qual o docente definirá sua técnica de ensinar o que não foi (bem) aprendido, tendo nos Conselhos de Classe uma boa oportunidade para compartilhar essas experiências.

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