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FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
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● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a 
antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA 
resposta válida e de acordo com o gabarito. 
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão-
resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER 
GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o 
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muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): 
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado 
com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada 
questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta 
errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no 
estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de 
respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso 
responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas 
em branco.
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com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você 
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com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
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POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas 
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova.
• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os 
dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.
� Baseado no formato de prova
� aplicado pela banca Cebraspe
DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino/Rafael de Oliveira
O MPDFT ajuizou uma ação de improbidade administrativa contra 
um Ministro de Estado por ato de improbidade administrativa e 
outra ação como crime de responsabilidade. A ação de improbi-
dade foi ajuizada na Justiça Federal de 1ª instância, que condenou 
o Ministro à perda do cargo e à suspensão de seus direitos políti-
cos. Segundo a defesa do réu, o Ministro é um agente político e 
os agentes políticos já respondem por crimes de responsabilidade 
previstos na Lei n. 1.079/1950. Portanto, caso o agente respon-
desse também por improbidade administrativa, haveria bis in idem. 
De acordo com o texto narrado, responda aos itens que se seguem
1 No caso narrado, o argumento da defesa merece prosperar, 
já que não se aplicará a Lei de Improbidade Administrativa, 
pois a Constituição não admite a concorrência entre dois re-
gimes de responsabilidade político-administrativa para os 
agentes políticos.
2 No caso narrado anteriormente, caberia acordo de não per-
secução cível na ação de improbidade, caso o autor da ação 
tivesse proposto o acordo.
3 Uma fundação criada pelo Estado com personalidade jurídica 
de direito público terá natureza jurídica de autarquia, sendo 
apenas autorizada sua criação por meio de lei ordinária.
4 O capital das sociedades de economia mista podem ser deri-
vados de verbas privadas ou públicas, inclusive de entes da 
Administração indireta.
5 Por decorrência do princípio da legalidade, todos os atos ad-
ministrativos nascem com presunção de legitimidade, produ-
zindo efeitos imediatos.
6 A licença é um ato administrativo vinculado e definitivo, por 
meio do qual o Poder Público, verificando que o interessado 
atendeu a todas as exigências legais, possibilita o desempe-
nho de determinada atividade.
7 Os atos de exercício do poder de polícia devem ser sempre 
gerais, mediante fiscalização e punição, pois decorrem do po-
der extroverso do estado.
De acordo com o tema Serviços Públicos e as disposições da Lei 
n. 8.987/1995, julgue os itens a seguir.
8 Em sede de contrato de concessão de serviços públicos é ad-
mitida a subconcessão, desde que expressamente autorizada 
pelo poder concedente e mediante licitação na modalidade 
tomada de preços.
9 Na permissão de serviços públicos ocorre a delegação, a tí-
tulo precário, mediante licitação, da prestação de serviços 
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou ju-
rídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por 
sua conta e risco.
Tendo como base a Lei n. 8.666/1993 acerca de licitações e contra-
tos da administração, responda as alternativas a seguir.
10 É possível que empresa em processo de recuperação judicial 
participe de licitação, desde que demonstre, na fase de habili-
tação, a sua viabilidade econômica.
11 Quando a União tiver que intervir no domínio econômico 
para regular preços ou normalizar o abastecimento, é caso em 
que a licitação será dispensável.
Sobre as normas relativas aos servidores públicos, julgue o 
seguinte item:
12 Segundo entendimento do STF, a Administração Pública deve 
proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do 
exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em 
virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, 
permitida a compensação em caso de acordo.
13 De acordo com a Lei de Improbidade (Lei n. 8.429/1992), 
reputa-se agente público, todo aquele que exerce, de forma 
permanente e com remuneração, emprego ou função em enti-
dades públicas ou privadas.
14 Conforme a Lei n. 8.429/1992, quando o ato de improbidade 
causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimen-
to ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo 
inquérito representar ao Ministério Público para a indisponi-
bilidade dos bens do indiciado. 
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
15 De acordo com a Lei n. 9.784/1999, nos processos adminis-
trativos serão observados, entre outros, os critérios de aten-
dimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total 
ou parcial de poderes ou competências, ainda que autoriza-
do por lei.
16 Carlos, servidor da PF, delegou um ato oficial a seu subor-
dinado. De acordo com a Lei n. 9.784/1999, a qual regula o 
processo administrativo no âmbito federal, o ato de delega-
ção realizado por Eduardo deverá especificar as matérias e 
poderes transferidos, os limites da atuação de quem foi de-
legada a função, a duração e os objetivos da delegação e o 
recurso cabível.
A respeito da Lei n. 8.666/1993, julgue o item a seguir:
17 De acordo a legislação pertinente, é vedada, pela autoridade 
competente, ainda que prevista no instrumento convocató-
rio, a exigência de prestação de garantia nas contratações de 
obras, serviços e compras.
18 Conforme a Lei n. 10.520/2002, é vedada a realização do 
pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da 
informação, nos termos de regulamentação específica.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Luciano Dutra
19 “De nada servirá o que se escrever numa folha de papel, se 
não se justificapelos fatos reais e efetivos do poder”. O texto 
citado é de autoria de Carl Schmitt, doutrinador clássico do 
Direito Constitucional, que analisa o conceito de constituição 
sob o aspecto jurídico.
20 Conforme a doutrina clássica do Direito Constitucional, 
constituições classificadas como semânticas são aquelas que 
se estruturam a partir da generalização congruente de expec-
tativas de comportamento.
21 A distinção entre poder constituinte e poder constituído, sen-
do aquele exercido pela nação, por meio de representantes 
para tanto investidos, é devida a Emmanuel-Joseph Sieyès, 
na obra “O que é o Terceiro Estado?”.
22 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a per-
da superveniente de titularidade do mandato legislativo tem 
efeito desqualificador da legitimidade ativa do congressis-
ta que, apoiado nessa específica condição político-jurídica, 
ajuizou ação de mandado de segurança com o objetivo de 
questionar a validade jurídica de determinado procedimento 
que ambas as Casas do Congresso Nacional têm adotado em 
matéria de apreciação de medidas provisórias.
23 Segundo o entendimento do STF, os conselhos de fiscali-
zação profissional têm como função precípua o controle e 
a fiscalização do exercício das profissões regulamentadas, 
exercendo, portanto, poder de polícia, atividade típica de Es-
tado, razão pela qual detêm personalidade jurídica de direito 
público, na forma de autarquias. Sendo assim, tais conselhos 
não se ajustam à noção de entidade de classe, expressão que 
designa tão somente aquelas entidades vocacionadas à defesa 
dos interesses dos membros da respectiva categoria ou classe 
de profissionais.
24 De acordo com o Supremo Tribunal Federal, não viola a cláu-
sula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de 
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitu-
cionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta 
sua incidência, no todo ou em parte.
25 Conforme entendimento sumulado do Supremo Tribunal Fe-
deral, só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e 
de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justifica-
da a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabili-
dade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem 
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
26 Para o Supremo Tribunal Federal, a oficialização da Bíblia 
como livro-base de fonte doutrinária para fundamentar prin-
cípios, usos e costumes de comunidades, igrejas e grupos em 
um Estado da federação não implica inconstitucional discri-
minação entre crenças.
27 O Supremo Tribunal Federal afirma que não é legítimo sus-
pender a habilitação de qualquer motorista que tenha sido 
condenado por homicídio culposo na direção de veículo.
28 Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefei-
tos devem renunciar aos respectivos mandatos até oito meses 
antes do pleito.
29 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a 
imunidade parlamentar formal não obsta, observado o devido 
processo legal, a execução de pena privativa de liberdade de-
corrente de decisão judicial transitada em julgado.
30 No sistema de separação de poderes adotado pelo Brasil, a re-
gra é a indelegabilidade das atribuições de cada poder. Toda-
via, há casos em que a Constituição federal atenua essa regra. 
Assim, o Presidente da República pode delegar a atribuição 
de dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções ou 
cargos públicos, quando vagos.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
31 Dentre as competências do Conselho Nacional de Justiça – 
CNJ, encontra-se receber e conhecer das reclamações contra 
membros de órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus 
serviços auxiliares.
32 Ao Supremo Tribunal Federal compete julgar, originaria-
mente, o mandado de segurança contra atos do presidente da 
República, dos ministros de Estado e do procurador-geral da 
República.
33 Conforme entendimento sumulado do Supremo Tribunal Fe-
deral, não viola a Constituição o estabelecimento de remune-
ração inferior ao salário-mínimo para as praças prestadoras 
de serviço militar inicial.
34 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, o Mi-
nistério Público dispõe de competência para promover, por 
autoridade própria e por prazo razoável, investigações de 
natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias 
que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob 
investigação do Estado.
DIREITO CIVIL
Daniel Carnacchioni
A União editou a Lei n. X publicada em 22/01/2019, modificando 
o art. 108 do CC e exigindo, a partir de então, que a escritura 
pública seria necessária somente nos negócios jurídicos que visem 
à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos 
reais sobre imóveis de valor superior a 50 salários-mínimos. 
A lei em questão foi omissa quanto ao início de sua vigência. 
Com relação à situação hipotética apresentada anteriormente, 
julgue o item subsequente, tendo como base a Lei de Introdução 
ao Código Civil, o direito das coisas e as competências legislativas 
dos entes federados.
35 Tal norma terá vigência imediata, segundo o dispos-
to na LINDB.
36 Se a União, após alguns meses de vigência da Lei X, editasse 
a Lei Y, revogando expressamente a Lei X, sem dispor de 
qualquer previsão acerca da necessidade de escritura públi-
ca em negócios jurídicos relativos à direitos reais sobre bens 
imóveis, nesse caso não será possível a aplicação da redação 
originária do art. 108 (existente antes da edição da Lei X), 
isso porque a LINDB dispõe regra proibindo o fenômeno da 
repristinação das leis.
37 Tendo sido realizado um negócio jurídico em 28/01/2019, 
qual seja, compra e venda de imóvel no valor de 40 salários-
-mínimos por instrumento particular. Tal negócio jurídico será 
inválido, pois na ocasião a Lei X ainda não estava vigente. 
38 Tal lei influenciará no reconhecimento da usucapião de bem 
imóvel, quanto à validade do registro da sentença que reco-
nhece tal modo de aquisição da propriedade. 
De acordo com o Código Civil e a jurisprudência do STJ, julgue 
o item a seguir: 
39 A decretação da prescrição da pretensão punitiva do Estado 
na ação penal fulmina o interesse processual no exercício da 
pretensão indenizatória a ser deduzida no juízo cível pelo 
mesmo fato.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Lídia Marangon
40 O habeas data pode ser concedido para assegurar o conhe-
cimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou 
de terceiro que constem de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público.
41 Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
42 A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança 
quando presentes, exigindo-se, apenas, a existência de vín-
culo hierárquico entre a autoridade que prestou informações 
e a que ordenou a prática do ato impugnado e a ausência 
de modificação de competência estabelecida na Constitui-
ção Federal.
43 O dispute board é um método alternativo de solução de con-
flitos, mais comumente utilizado em contratos de execução 
imediata, que consiste na formação de comitê de especialistas 
no assunto sobre o qual determinado contrato versa, com a 
finalidade de prevenir ou solucionar eventuais disputas ad-
vindas do contrato.
44 Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de 
qualquer outra, conhecer de ações relativas a imóveis situa-
dos no Brasil.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
DIREITO EMPRESARIAL
Edilson Enedino
45 O administrador judicial é o mais importante órgão da falên-
cia e da recuperação judicial. A Lei n. 11.101/2005 atribui-lhe 
dezenas de funções. Dentre as atribuições do administrador 
judicial na falência constam receber e abrir a correspondência 
dirigida ao devedor, mesmo sem o seu consentimento, entre-
gando a ele o que não for assunto de interesse da massa; e, 
apresentar,no prazo de 40 dias, contado da assinatura do ter-
mo de compromisso, prorrogável por igual período, relatório 
sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação 
de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal 
dos envolvidos.
46 Há direitos conferidos aos acionistas da Sociedade Anônima 
que não poderão ser retirados nem pelo estatuto nem pela as-
sembleia geral. A Doutrina nominou esses direitos como es-
senciais. Nos termos da lei, são direitos essenciais do acionis-
ta: participar dos lucros sociais e do acervo da companhia, em 
caso de liquidação; fiscalizar, na forma prevista na lei, a ges-
tão dos negócios sociais; ter preferência para a subscrição de 
ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures 
conversíveis em ações e bônus de subscrição, votar nas as-
sembleias e retirar-se da sociedade nos casos previstos na lei.
47 A recuperação judicial sujeita todos os credores existentes na 
data do pedido. A própria lei exclui, contudo, o credor titular 
da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imó-
veis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente 
vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham 
cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive 
em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contra-
to de venda com reserva de domínio. O Superior Tribunal de 
Justiça tem entendido que os créditos sub judice, na data do 
pedido de recuperação judicial, sujeitam-se a ela. Apesar da 
existência do crédito só se efetivar com o trânsito em julgado 
da sentença, entende o STJ que o fato gerador da obrigação, 
sendo anterior ao pedido de recuperação, submete o crédito 
ao que restar definido no plano de recuperação judicial.
48 O estabelecimento é formado por todo complexo de bens or-
ganizado, para exercício da empresa, por empresário ou por 
sociedade empresária. Referida universalidade de fato pode 
ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, trans-
lativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua na-
tureza. Por isso, nosso ordenamento jurídico admite e regula 
o trespasse, que consiste na transferência de todo o estabele-
cimento de um para outro empresário. No caso de trespasse, a 
lei impõe a denominada “cláusula de não restabelecimento”, 
que consiste na proibição do alienante fazer concorrência ao 
adquirente do estabelecimento. Assim, caso o contrato nada 
regule quanto à possibilidade do alienante poder se restabele-
cer no mesmo ramo de atividade econômica, ficará proibido 
de fazê-lo por um prazo de 5 anos.
49 No processo de reorganização societária, a fusão e a incorpo-
ração são as operações que mais se assemelham. Em ambas 
ocorre a junção das empresas, eliminando-se os empresários, 
seus titulares, com a extinção de todos eles ou com a manu-
tenção de apenas um deles. Há a possibilidade do exercício 
do direito de retirada, bem como responsabilidade solidária 
pelas dívidas anteriores. Em caso de falência, todos os credo-
res receberão do patrimônio formado pela soma dos estabe-
lecimentos das sociedades, não havendo distinção decorrente 
da titularidade anterior do crédito.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Alice Rocha
50 No Brasil, tratados sobre direitos humanos podem ser incor-
porados como emenda constitucional caso sejam aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros.
51 Segundo a Lei n. 13.445/2017 (Lei da Migração), visitante é a 
pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou re-
side e se estabelece temporária ou definitivamente no Brasil.
52 Em situações excepcionais e de crimes graves como terroris-
mo e genocídio, os interrogatórios podem ser feitos com uso 
de tortura, desde que leve e sem comprometer a dignidade do 
investigado.
53 O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos é consi-
derado um marco evolutivo dos Direitos Humanos, e mesmo 
não possuindo natureza de tratado, foi aprovado pela Assem-
bleia Geral da ONU, em 1948.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
54 De acordo com as normas pertinentes ao ingresso e perma-
nência de estrangeiro no Brasil, uma vez concedido o visto, 
o estrangeiro poderá entrar no Brasil e permanecer por um 
prazo máximo de 180 dias.
55 A Convenção das Nações Unidas contra o crime organizado 
transnacional (Convenção de Palermo) constitui importante 
instrumento de cooperação internacional e foi devidamente 
promulgada pelo Brasil em 2004, com reserva à possibilidade 
de investigação in loco.
56 A soberania do Estado costeiro possibilita a exploração e ges-
tão de seu mar territorial que poderá se estender até no má-
ximo 200 milhas náuticas contadas a partir da linha de base.
DIREITO PENAL
Pedro Coelho/Péricles Mendonça/Leandro Ernesto
57 No tocante à relação de causalidade, o Código Penal adotou 
a teoria da equivalência dos antecedentes causais, a qual se 
baseia em regularidade estatística acerca do relacionamento 
entre causa e consequência. Em outras palavras, só é causa 
aquilo que é adequado e idôneo para a produção de determi-
nado resultado.
58 Os crimes de calúnia e difamação, diferente do crime de injú-
ria, admitem exceção da verdade, embora na difamação seja 
uma exceção, sendo admitida apenas quando o crime é prati-
cado contra funcionário público no exercício de suas funções.
59 O reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e femi-
nicídio não caracteriza bis in idem, pois a torpeza é de ordem 
subjetiva, enquanto o feminicídio é de ordem objetiva.
60 Nos crimes de falsidade documental, considera-se documen-
to particular todo aquele não compreendido como público, 
ou a este equiparado, e que, em razão de sua natureza ou re-
levância, seja objeto da tutela penal. O cartão de crédito é um 
exemplo de documento equiparado a particular.
61 João, penalmente imputável, praticou, sob absoluta e irresis-
tível coação física, crime de extrema gravidade e hediondez. 
Nessa situação, João não é passível de punição, porquanto 
a coação física, desde que absoluta, é causa excludente da 
culpabilidade.
62 De acordo com o STJ, não se aplica o princípio da insignifi-
cância ao furto de bem de inexpressivo valor pecuniário de 
associação sem fins lucrativos com o induzimento de filho 
menor a participar do ato.
63 De acordo com o STJ, o pagamento de débito oriundo de 
furto de energia elétrica antes do oferecimento da denúncia 
configura causa extintiva da punibilidade.
64 O depositário judicial que vende os bens sob sua guarda co-
mete o crime de peculato.
65 Para tipificar o crime descrito no art. 291 do CP, basta que o 
agente detenha a posse de petrechos com o propósito de con-
trafação da moeda, sendo prescindível que o maquinário seja 
de uso exclusivo para tal fim.
66 A conduta de não recolher ICMS em operações próprias ou 
em substituição tributária enquadra-se formalmente no tipo 
previsto no art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990 (apropriação indé-
bita tributária), desde que comprovado o dolo.
67 Chamar pessoa de “ladrão” é crime de calúnia. Dizer que pes-
soa X roubou banco X tal dia e hora, quando sabe que não 
aconteceu, é injúria. Dizer que pessoa X estava na esquina 
“rodando bolsinha” é difamação.
68 O homicídio cometido contra integrantes dos órgãos de segu-
rança pública (ou contra seus familiares) é considerado homi-
cídio qualificado, ainda que o delito não tenha relação com a 
função exercida.
69 Nos crimes contra a fé pública, o bem jurídico protegido é a 
fé pública, tendo como titular a coletividade, crime vago. A 
fé pública é a crença na legitimidade, veracidade e lealdade 
para com os documentos que materializam a vida de cada 
ser humano.
A respeito da Lei n. 11.343/2006, julgue os três itens a seguir.
70 A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão 
em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 
(trinta) dias contados da data da conclusão do inquérito, guar-
dando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.
71 Situaçãohipotética: Alef, traficante de drogas, não perce-
beu a presença de policiais disfarçados nas proximidades de 
seu “ponto”. Sendo assim, foi até eles e vendeu uma porção 
de maconha. Assertiva: nessa situação, mesmo que presen-
te os elementos probatórios razoáveis da conduta criminal 
preexistente, Alef não poderá ser preso, pois o flagrante foi 
preparado.
72 Conforme o entendimento do STJ, é imprescindível a con-
fecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade 
da infração disciplinar e a natureza da substância encontrada 
com o apenado no interior de estabelecimento prisional.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
De acordo com a Lei n. 12.850/2013, julgue os itens subsequentes.
73 O acordo de colaboração premiada, além de meio de obten-
ção de prova, constitui-se em um negócio jurídico processual 
personalíssimo, cuja conveniência e oportunidade estão sub-
metidos à discricionariedade regrada do Ministério Público 
e não se submetem ao escrutínio do Estado-juiz. Em outras 
palavras, trata-se de ato voluntário, insuscetível de imposi-
ção judicial.
74 Situação hipotética: um agente de polícia atuava infiltrado 
para investigar determinada organização criminosa, porém 
percebeu que havia um risco iminente para a sua segurança. 
Assertiva: nesse caso, o Delegado de Polícia poderá requisi-
tar a sustação da infiltração.
Conforme a Lei n. 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), julgue 
o item a seguir.
75 O crime de favorecimento da prostituição de adolescente é 
insuscetível de fiança.
No item que se segue, é apresentada uma situação hipotética seguida 
de uma assertiva a ser julgada com relação a crime hediondo.
76 João, proprietário de uma loja de artigos esportivos e de pes-
ca, comercializa, ilegalmente, armas de fogo. Nessa situação, 
o crime praticado por João é hediondo e, por isso, insuscetí-
vel de anistia, graça, indulto e liberdade provisória.
Acerca de crime de discriminação e preconceito (Lei n. 
7.716/1989), julgue o próximo item.
77 Constitui crime de preconceito racial, injuriar alguém em de-
corrência de sua orientação sexual.
No item a seguir, é apresentada uma situação hipotética seguida de 
uma assertiva a ser julgada.
78 José é diretor de escola privada presbiteriana. Todavia, quan-
do Paulo levou seu filho de 14 anos para se matricular na 
escola, José se recusou a matricular o adolescente pelo fato 
dele ser negro. Para não ofender Paulo e seu filho, José lhes 
disse que o motivo da sua recusa era o fato de o garoto não ser 
católico. Nessa situação, José cometeu o crime de racismo.
Acerca de crimes de abuso de autoridade (Lei n. 13.869/2019), 
julgue o item que se segue.
79 Delegado da PF não poderá instaurar, de ofício, IP para apu-
rar crime de abuso de autoridade supostamente praticado por 
policial rodoviário federal que, no exercício de sua função, 
identifica-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura.
Com referência ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 
Federal n. 8.069/1990), julgue o seguinte item:
80 Segundo entendimento do STJ, a prescrição penal é inaplicá-
vel nas medidas socioeducativas.
Conforme a Lei n. 7.210/1984, julgue os itens seguintes:
81 É possível a concessão de prisão domiciliar, ainda que se trate 
de execução provisória da pena, para condenada gestante ou 
que seja mãe ou responsável por crianças ou pessoas com 
deficiência.
82 Conforme entendimento do STJ, a utilização de tornozeleira 
eletrônica sem bateria suficiente configura falta disciplinar 
de natureza grave, nos termos da LEP.
DIREITO PENAL ESPECIAL
Pedro Coelho
A respeito dos crimes contra o Patrimônio, julgue o item a seguir.
83 De acordo com o STJ, não é devida a aplicação da insigni-
ficância nos crimes patrimoniais quando o agente ostentar 
histórico de reiteração do comportamento ilícito nesse tipo 
de infração penal.
84 Para a configuração da causa de aumento de pena do repou-
so noturno no crime de furto, o fato de as vítimas não esta-
rem dormindo no momento da empreitada criminosa não é 
relevante.
A respeito dos crimes contra a Administração Pública, julgue os 
itens a seguir.
85 A conduta de inserir conteúdo falso no currículo Lattes do 
agente é tipificado como falsidade ideológica.
86 De acordo com o entendimento majoritário dos Tribunais Su-
periores, é legítimo o recrudescimento da pena nos crimes de 
corrupção passiva e concussão em razão do reconhecimento 
do intuito de lucro fácil e cobiça por parte do agente.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Wallace França
A seguir será dada uma situação hipotética e uma assertiva a ser 
julgada à luz da obtenção de provas no processo penal.
87 Situação hipotética: Carlos, contribuinte da previdência so-
cial, em determinado dia, após preencher todos os requisitos 
para requerimento de sua aposentadoria, vai ao INSS fazê-
-lo. Alberto, servidor do INSS, solicita a Carlos a quantia de 
R$ 20.000,00 para a concessão do benefício. Carlos pega seu 
celular, aciona o gravador de áudio do aparelho e pede a Al-
berto que repita sua proposta, o que Alberto faz. Assertiva: a 
gravação feita por Carlos é considerada ilícita pela jurispru-
dência do STJ após a vigência da Lei n. 13.964/2019.
A seguir será dada uma situação hipotética e uma assertiva a ser 
julgada à luz da jurisprudência dos tribunais superiores quanto ao 
arquivamento de investigações.
88 Situação hipotética: Francisco, Procurador-Geral de Justiça 
do estado do Rio de Janeiro, instaura procedimento de in-
vestigação criminal (PIC) contra investigado que tem foro 
de prerrogativa no Tribunal de Justiça do respectivo estado. 
Após diligências, Francisco nada encontra, decidindo então 
arquivar o procedimento investigativo de ofício por ausên-
cias de provas e sem participação do Poder Judiciário. 
Assertiva: o procedimento de arquivamento proposto por 
Francisco encontra guarida na jurisprudência pátria, não se 
aplicando a decisão de arquivamento ao Poder Judiciário.
Julgue o item a seguir à luz do entendimento doutrinário sobre o 
sistema de processo penal brasileiro.
89 Há predominância no processo penal brasileiro do sistema 
acusatório no qual o juiz, parte acusatória e defesa do réu são 
equidistantes. Todavia aponta a doutrina que existem traços 
do sistema inquisitório no qual a figura do juiz confunde-se, 
às vezes, com a parte acusatória. Diante disso, conceitua a 
doutrina que nosso sistema processual, apesar de ser conside-
rado acusatório, não poder ser entendido como puro, mas sim 
como misto ou híbrido.
A seguir será dada uma situação hipotética e uma assertiva a ser 
julgada à luz da jurisprudência dos tribunais superiores quanto às 
investigações policiais.
90 Situação hipotética: Gabriel, investigado em sede de inqué-
rito policial, tem seu depoimento marcado, porém seu defen-
sor, devidamente constituído, não foi comunicado do ato que 
será realizado. Gabriel é ouvido pela autoridade policial.
Assertiva: há vício no depoimento obtido, por ausência do 
advogado da parte, tendo em vista ir de encontro aos princí-
pios da ampla defesa e contraditório.
A seguir será dada uma situação hipotética e uma assertiva a ser 
julgada à luz da jurisprudência do STF quanto à reabertura de 
inquérito policial.
91 Situação hipotética: Alfredo foi investigado em sede de in-
quérito policial pelo crime de homicídio, todavia no decorrer 
das investigações conclui o Ministério Público pelo reconhe-
cimento de excludente de ilicitude no homicídio cometido 
por Alfredo. O parquet opina pelo arquivamento do inquéri-
to, o que realiza o Poder Judiciário.
Assertiva: em casos de descobrimento de novas provas que 
possam contestar a excludente de ilicitude – motivo do arqui-
vamento do inquérito – poderá ser reaberta a investigação.
A seguir serão dadas situações hipotéticas e assertivas a serem jul-
gadas à luz da jurisprudência dos tribunais superiores quanto às 
investigações policiais.
92 Situação hipotética: Bento, Delegado de Polícia Civil, ins-
taura inquérito policial contra Belarmino, que é seu inimigo.Após realizados todos os procedimentos do inquérito policial, 
o membro do parquet oferece a denúncia contra Belarmino.
Assertiva: tendo conhecimento de que a autoridade policial e 
o investigado são inimigos, poderá o advogado de Belarmino 
requerer a nulidade do processo por suspeição do Delegado 
de Polícia tendo por base a jurisprudência do Supremo Tri-
bunal Federal.
93 Situação hipotética: João, Delegado de Polícia, em determi-
nada noite de seu plantão, recebe denúncia anônima que noti-
ciava tráfico de drogas na residência de Abelardo. Assertiva: 
a decretação de medida de busca e apreensão não poderá ter 
por base apenas a notitia criminis inqualificada.
94 Situação hipotética: Alcides, Delegado de Polícia Federal, 
presidiu inquérito policial de competência da Justiça Esta-
dual, porém supervisionado por Juiz Estadual competente. 
Assertiva: deverá ser reconhecida a nulidade do processo 
que tiver por base o inquérito policial realizado pelo Delgado 
Federal, pois a investigação deveria ter sido realizada pela 
respectiva Polícia Civil.
95 Situação hipotética: Brandão, Delegado de Polícia, assistin-
do ao jornal local em sua TV, teve notícia de crime cometido 
em local de investigação de sua competência. Assertiva: não 
poderá o delegado dar início a inquérito policial com base em 
notícias jornalísticas.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
96 Situação hipotética: Cláudio, Delegado de Polícia, em di-
ligência de rotina feita pela rua na viatura da Polícia Civil, 
avista casa com atividade suspeita de ponto de venda de dro-
gas (biqueira). Baseado nessa forte intuição, Cláudio adentra 
no imóvel sem a permissão dos moradores. Assertiva: há, no 
ato de Cláudio, sustentação plausível para a afronta ao direito 
do asilo inviolável.
A seguir será dada uma situação hipotética e uma assertiva a ser 
julgada à luz da jurisprudência dos tribunais superiores quanto às 
prisões e ao sistema processual penal brasileiro.
97 Situação hipotética: Maurício, preso em flagrante, teve na 
audiência de custódia sua prisão em flagrante convertida em 
preventiva de ofício pelo magistrado. Assertiva: a prisão não 
encontra guarida na jurisprudência dominante, tendo em vis-
ta com advento do pacote anticrime terem sido exaltadas as 
características do sistema processual francês no direito pro-
cessual penal brasileiro.
A seguir serão dadas situações hipotéticas e assertivas a serem 
julgadas à luz da jurisprudência dos tribunais superiores quanto 
às prisões.
98 Situação hipotética: Alberto, guarda municipal do municí-
pio X, presencia Fernando cometendo delito contra a vida 
de Paula. Alberto, de imediato, efetua a prisão em flagrante 
de Fernando. Assertiva: a prisão efetuada por Alberto é de 
natureza obrigatória.
99 Situação hipotética: Carlos, preso em flagrante, teve sua pri-
são convertida em preventiva após requerimento de membro 
do Ministério Público. Passou-se 90 dias da prisão preventiva 
e não foi analisada a necessidade de sua manutenção pelo 
juízo competente. Assertiva: deverá o advogado de Carlos 
impetrar habeas corpus o qual deverá ser conhecido, pois 
após 90 dias de prisão preventiva sem nova análise a prisão 
torna-se, necessariamente, ilegal.
A seguir serão dadas situações hipotéticas e assertivas a serem jul-
gadas à luz da jurisprudência do STF quanto às prisões.
100 Situação hipotética: Adalberto cometeu crime de furto pri-
vilegiado, foi preso em flagrante e em audiência de custó-
dia houve conversão da prisão em flagrante em preventiva. 
Assertiva: o advogado de Adalberto deverá impetrar habeas 
corpus, no qual deverá ser acolhido o fundamento de que não 
cabe prisão preventiva em razão de que após o trânsito em 
julgado da ação, não será possível prisão para o delito come-
tido por Adalberto. Sendo assim, a medida preventiva seria 
mais gravosa do que a pena final do processo.
101 Situação hipotética: Maria, mãe de Gabriel de 10 anos, co-
mete crime e é presa em flagrante. O Delegado de Polícia, 
por meio de representação, pede a conversão da prisão em 
flagrante em preventiva, a qual é decretada pelo juiz. Asser-
tiva: Maria deverá ter sua prisão preventiva convertida em 
domiciliar, necessariamente, por ter filho menor de 12 anos.
CRIMINOLOGIA
Rafael Catunda
A Criminologia passou por um processo evolutivo ao longo dos 
anos, afetando sobremaneira seu conceito. Com base nos métodos, 
objetos e funções da criminologia, julgue os itens a seguir.
102 A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar que 
se ocupa do estudo do crime, do criminoso, da vítima e do 
controle social.
103 O estudo do criminoso ganhou destaque na era positivista, 
quando, por meio do método empírico, os criminosos eram 
associados a fatores genéticos. Contudo, com o surgimento 
das Teorias Sociais, abandonou-se o método empírico para 
associar a criminalidade mais a fatores da macrossociologia 
do que da microssociologia.
Um dos objetivos da Criminologia é entender os elementos justi-
ficadores de um delito. Para isso, partindo de uma análise macros-
sociológica, a “estrutura” da sociedade passa a ser estudada como 
fator preponderante na produção criminológica. Com base nas teo-
rias sociológicas, julgue os itens a seguir.
104 Segundo a Teoria da Associação Diferencial, desenvolvida 
por Edwin Sutherland, uma pessoa se converte em delinquen-
te quando existem definições favoráveis, isto é, quando por 
seus contatos diferenciais aprendeu mais modelos criminais 
que modelos respeitosos ao direito, bastando, para isso, o 
convívio em um meio criminógeno.
105 Para o interacionismo simbólico, o ponto central da crimina-
lidade não é uma característica do comportamento humano, 
mas sim a consequência de um processo de estigmatização 
do indivíduo como criminoso. Logo, o delinquente só se dife-
rencia do homem comum pela “etiqueta” que lhe é atribuída.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
Cabe à criminologia o estudo dos dados criminológicos que visem 
não só a explicar o delito, mas também a preveni-lo. O crime é 
algo inerente a toda e qualquer sociedade, sendo, inclusive, citado 
por alguns (Émile Durkheim) como um aspecto funcional para a 
sociedade. Com base nos modelos de prevenção e reação ao crime, 
julgue os itens a seguir.
106 O modelo integrador de reação criminal tem foco nos meios 
de composição, visa não só a reeducação do infrator, mas 
também a assistência à vítima e busca um retorno às condi-
ções anteriores ao crime.
107 Pode-se considerar um exemplo de prevenção primária a im-
plementação de projeto social que visa oferecer oportunidade 
de emprego a ex-presidiários.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Fernando Maciel
108 Em matéria de financiamento da Seguridade Social, na hipó-
tese de existir déficit financeiro a ser equacionado, a Reforma 
da Previdência, consubstanciada na EC n. 103/2019, passa a 
prever que a contribuição ordinária dos aposentados e pensio-
nistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposenta-
doria e de pensões que supere o salário-mínimo.
109 De acordo com a disciplina constitucional acerca da Seguri-
dade Social, a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, 
porém é vedada a participação direta ou indireta de empresas 
ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo 
nos casos previstos em lei.
110 Presume-se a dependência econômica das pessoas indicadas 
no inciso I do art. 16 da Lei n. 8.213/1991, dentre eles filhos e 
enteados não emancipados, menores de 21 anos, ou inválidos 
ou que tenham deficiência intelectual ou mental ou defici-
ência grave.
111 De acordo com a legislação previdenciária, constitui con-
travenção penal, punível com multa, deixar o empresário de 
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
112 Conforme o entendimento jurisprudencial do STJ, aplica-se o 
princípio da insignificância ao crime de estelionato previden-
ciário previsto no art. 171, § 3º, do Código Penal.
DIREITO FINANCEIRO E 
TRIBUTÁRIO
Valcir Spanholo/Felipe Pelegrini
A respeito do Direito Financeiro, julgue os itens a seguir.113 Como regra, a Constituição Federal veda, expressamente, a 
transferência voluntária de recursos da União para municí-
pios e Estados-membros quando constatado que eles descum-
prem as regras gerais de organização e funcionamento dos 
seus respectivos regimes próprios de previdência social.
114 Por força do art. 163, I, da CF (“Lei complementar disporá 
sobre ... finanças públicas”), é possível afirmar que a edição 
do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentá-
rias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) está sujeita à 
reserva de lei complementar.
115 Nos termos da Lei n. 4.320/1964, a receita pública classifi-
car-se-á nas categorias econômicas de Receitas Correntes e 
de Receitas de Capital, incluindo-se dentre estas últimas as 
receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuá-
ria, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes 
de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direi-
to público ou privado, quando destinadas a atender despesas 
classificáveis em Despesas Correntes.
116 Segundo entendimento recente do STF, após a edição da 
Emenda Constitucional n. 62/2009 (que deu nova redação ao 
art. 100 da CF/1988), passou a ser expressamente assegurada 
a incidência de juros de mora sobre os débitos da Fazenda 
Pública, sempre a contar da respectiva expedição dos preca-
tórios e até que ocorram os efetivos depósitos dos valores por 
ela devidos. 
No que concerne ao Sistema Tributário Nacional, julgue o item 
subsecutivo.
117 A seletividade em razão da essencialidade do bem é obrigató-
ria para o IPI e facultativa para o ICMS. 
No que se refere a legislação tributária, obrigação tributária e cré-
dito tributário, julgue o item que se segue.
118 Assim como no direito civilista, a obrigação acessória, no 
âmbito tributário, decorre da obrigação principal, sendo certo 
que se esta for extinta, aquela também será, por força do nexo 
causal existente entre elas.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
A respeito da competência tributária e do conceito e da classifica-
ção dos tributos, julgue os itens a seguir.
119 O empréstimo compulsório de investimento poderá ser insti-
tuído e cobrado imediatamente pela União para fazer frente 
ao combate do novo coronavírus por meio de medida provi-
sória do Presidente da República. 
120 Os Municípios, o Distrito Federal, os Estados e a União po-
derão instituir contribuições para custeio de regime próprio 
de previdência social dos servidores ativos, dos aposentados 
e dos seus respectivos pensionistas.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
PROVA DISCURSIVA
Bruno Fontenelle
 Questão 1 – Qual o prazo prescricional do processo administrativo se a infração disciplinar praticada for, em tese, também crime?
 Aponte, de forma fundamentada, o posicionamento do STJ a respeito do tema. [Valor: 4,00 pontos]
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
PROVA DISCURSIVA
Bruno Fontenelle
 Questão 2 – A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás editou resolução revogando a prisão preventiva e as medidas caute-
lares impostas pelo Poder Judiciário contra os Deputados Estaduais Mévio e Tício. Agiu de forma adequada a Assembleia Legislativa? 
Ou seja, a Assembleia tem poderes para a prática de tal ato? Tal ato da Assembleia Legislativa é constitucional? O Poder Legislativo 
estadual tem a prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, precária e efêmera, cujo teor resulte em afastamento ou 
limitação da função parlamentar?
 Aponte de forma fundamentada o posicionamento do STF a respeito do tema. [Valor: 4,00 pontos]
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
PROVA DISCURSIVA
Bruno Fontenelle
 Questão 3 – É necessária a edição de lei em sentido formal para a tipificação do crime contra a humanidade trazida pelo Esta-
tuto de Roma, mesmo se cuidando de Tratado internalizado?
 Aponte de forma fundamentada o posicionamento do STJ a respeito do tema. [Valor: 4,00 pontos]
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
PROVA DISCURSIVA
Bruno Fontenelle
PEÇA PROFISSIONAL
 Em 13 de outubro de 2020, o ECN/Washington, incluiu a Difusão Vermelha A-31289/6-2019 contra MICHAEL WILLIANS. 
Afirma-se na referida difusão vermelha que o panamenho MICHAEL WILLIANS teve sua prisão decretada por meio do Mandado de 
Prisão sem número (Causa n. 1.075/2019), expedido em 26/09/2019, e está sendo procurado para responder processo penal pelo fato de 
integrar organização criminosa denominada “Triple X”. 
 Tal organização, gerida por MICHAEL WILLIANS entre 1998 e 2019, dedicou-se à abertura de empresas off-shore no Panamá, 
que serviam de fachada para lavagem de dinheiro e demais crimes financeiros correlatos, os quais eram praticados por meio de movi-
mentação financeira em contas do J SAFRA BANK em Delaware/USA. 
 Nessa toada, os crimes praticados pelo panamenho MICHAEL WILLIANS estão previstos nos artigos 80, 90, 142 e 210 do 
Código Penal Norte Americano.
 Informa-se que a pena máxima aplicável é de 25 anos de privação de liberdade. 
 Ao analisar o caso, o Delegado de Polícia Federal verificou que os supostos crimes praticados por MICHAEL WILLIANS 
guardam correlação direta com os seguintes delitos previstos na legislação brasileira: art. 2º da Lei n. 12.850/2013, art. 1º, VI e VII, da 
Lei n. 9.613/1998 e artigo 22, parágrafo único, da Lei n. 7.492/1986. 
 O Delegado de Polícia Federal observou que não há o crime de perjúrio no ordenamento jurídico brasileiro. Além disso, a auto-
ridade policial verificou que MICHAEL WILLIANS não se encontra naquelas hipóteses de inadmissibilidade da extradição. 
 Ademais, a informação policial n. 023478/2020 relata que o foragido se encontra domiciliado no seguinte endereço no Brasil: 
Edifício Bela Vista, apartamento n. 50175, bairro do Bueno, cidade de Goiânia/GO. Por fim, os crimes praticados por MICHAEL 
WILLIANS ocorreram nos Estados Unidos e sua prisão foi decretada pelo Juízo Nacional Criminal e Correicional Federal n. 5, da 
Cidade de Dover-Delaware/USA. 
Em face do relato anteriormente apresentado, na condição de Delegado(a) de polícia federal, represente pela medida cautelar cabí-
vel no caso em comento. [Valor: 12,00 pontos]
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA FEDERAL
DELEGADO
GABARITO
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Gabarito E C E C C C E E C C C C E C E C E E E E
Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Gabarito C C C E C E E E C C C E C C E C C E E E
Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito C E E C C E C C E C E E E E E E E C C C
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
Gabarito E C E E C C E E C E E C C C C E E C C E
Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Gabarito C C C C E E E C C E C E C E E E E E E E
Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito E C E E C C E E C E E E C E E E C E E C
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POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino/Rafael de Oliveira
O MPDFT ajuizou uma ação de improbidade administrativa 
contra um Ministro de Estado por ato de improbidade adminis-
trativa e outra ação como crime de responsabilidade. A ação de 
improbidade foi ajuizada na Justiça Federal de 1ª instância, que 
condenou o Ministro à perda do cargo e à suspensão de seus direi-
tos políticos. Segundo a defesa do réu, o Ministro é um agente 
político e os agentes políticos já respondem por crimes de respon-
sabilidade previstos na Lei n. 1.079/1950. Portanto, caso o agente 
respondesse também por improbidade administrativa, haveria 
bis in idem. 
De acordo com o texto narrado, responda aos itens que se seguem
1 No caso narrado, o argumento da defesa merece prosperar, 
já que não se aplicará a Lei de Improbidade Administrati-
va, pois a Constituição não admite a concorrência entre dois 
regimes de responsabilidade político-administrativa para os 
agentes políticos.
Errado.
De acordo com o STF, os agentes políticos estão sujeitos à du-
pla responsabilidade. Poratos de improbidade e crime de res-
ponsabilidade. (Petição 3240, STF)
2 No caso narrado anteriormente, caberia acordo de não per-
secução cível na ação de improbidade, caso o autor da ação 
tivesse proposto o acordo.
Certo.
O art. 17 da Lei de Improbidade admite o acordo de não perse-
cução cível nas ações de improbidade.
3 Uma fundação criada pelo Estado com personalidade jurídica 
de direito público terá natureza jurídica de autarquia, sendo 
apenas autorizada sua criação por meio de lei ordinária.
Errado.
O STF e a doutrina majoritária admitem que as fundações cria-
das pelo Estado possam ter personalidade jurídica de direito 
público ou de direito privado. Sendo fundação pública de direi-
to público, terá natureza de autarquia para todos os fins. Nesse 
caso, a lei deve criar a entidade. Porém, se tiver personalida-
de jurídica de direito privado, a lei autoriza a sua criação (ex.: 
Funpresp).
4 O capital das sociedades de economia mista podem ser deri-
vados de verbas privadas ou públicas, inclusive de entes da 
Administração indireta.
Certo.
O capital das sociedades de economia mista é formado por ca-
pital público e privado. Nessa composição, pode haver recursos 
de pessoas de direito público ou de outras pessoas administrati-
vas vinculadas ao Estado (Administração indireta). Entretanto, 
a maioria do capital com direito a voto (maioria das ações com 
direito a voto) deve estar sob controle do Estado ou de sua enti-
dade da Administração indireta.
5 Por decorrência do princípio da legalidade, todos os atos ad-
ministrativos nascem com presunção de legitimidade, produ-
zindo efeitos imediatos.
Certo.
De acordo com o princípio da legalidade, o agente público so-
mente pode fazer o que a lei autoriza. Assim, ele vai agir sem-
pre de acordo com a lei. Por consequência, os atos que pratica 
nascem com a presunção de que são legais/legítimos. Logo, 
esse atributo tem uma consequência para o ato administrativo, 
de forma que o ato produz efeitos de imediato (operatividade). 
Isso vale para todos os atos, não tem exceção.
6 A licença é um ato administrativo vinculado e definitivo, por 
meio do qual o Poder Público, verificando que o interessado 
atendeu a todas as exigências legais, possibilita o desempe-
nho de determinada atividade.
Certo.
Esse é o correto conceito de licença. Assim, a licença é vincu-
lada porque se o particular preencher todas as condições legais, 
terá a licença deferida; não há nenhum juízo de conveniência e 
oportunidade por parte da Administração Pública. Do mesmo 
modo, é definitiva porque não cabe revogação. Se o particular 
preencheu as condições legais, a Administração Pública não 
pode, por uma questão de conveniência, revogar a licença.
7 Os atos de exercício do poder de polícia devem ser sempre 
gerais, mediante fiscalização e punição, pois decorrem do po-
der extroverso do estado.
Errado.
O exercício do poder de polícia pode se dar mediante atos in-
dividuais ou de consentimento, que são aqueles que possuem 
destinatários determinados, incidindo sobre bens, direitos ou 
atividades de pessoa específica. Os atos individuais podem 
revestir-se de atos de consentimento estatal, sendo a atividade 
exercida pelo Estado que defere uma pretensão solicitada pelo 
particular. É o que ocorre com a autorização para o uso de arma 
e a licença para o exercício de determinada atividade.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
De acordo com o tema Serviços Públicos e as disposições da Lei 
n. 8.987/1995, julgue os itens a seguir.
8 Em sede de contrato de concessão de serviços públicos é ad-
mitida a subconcessão, desde que expressamente autorizada 
pelo poder concedente e mediante licitação na modalidade 
tomada de preços.
Errado.
Apesar de ser admitida a subconcessão, de acordo com o art. 
26, § 1º, da Lei n. 8.987/1995, esta deve ser precedida da licita-
ção na modalidade concorrência. 
Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no 
contrato de concessão, desde que expressamente autorizada 
pelo poder concedente.
§ 1º A outorga de subconcessão será sempre precedida de 
concorrência.
9 Na permissão de serviços públicos ocorre a delegação, a tí-
tulo precário, mediante licitação, da prestação de serviços 
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou ju-
rídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por 
sua conta e risco.
Certo.
Esse é o conceito correto de permissão de serviço público, se-
gundo o art. 2°, IV, da Lei n. 8.987/1995:
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: (...)
IV – permissão de serviço público: a delegação, a título pre-
cário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, 
feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que 
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta 
e risco.
Tendo como base a Lei n. 8.666/1993 acerca de licitações e contra-
tos da administração, responda as alternativas a seguir.
10 É possível que empresa em processo de recuperação judicial 
participe de licitação, desde que demonstre, na fase de habili-
tação, a sua viabilidade econômica.
Certo.
A alternativa está correta, pois esse é o entendimento do STJ: 
“Sociedade empresária em recuperação judicial pode participar 
de licitação, desde que demonstre, na fase de habilitação, a sua 
viabilidade econômica.” STJ. 1ª Turma. AREsp 309.867-ES, 
Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 26/06/2018 (Info 631).
11 Quando a União tiver que intervir no domínio econômico 
para regular preços ou normalizar o abastecimento, é caso 
em que a licitação será dispensável.
Certo.
Essa é, de fato, uma hipótese de licitação dispensável, confor-
me o art. 24, VI, da Lei n. 8.666/1993: “Art. 24. É dispensável 
a licitação: (...) VI – quando a União tiver que intervir no do-
mínio econômico para regular preços ou normalizar o abaste-
cimento; (...)”.
Sobre as normas relativas aos servidores públicos, julgue o 
seguinte item:
12 Segundo entendimento do STF, a Administração Pública deve 
proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do 
exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em 
virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, 
permitida a compensação em caso de acordo.
Certo.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Re-
curso Extraordinário (RE) n. 693456, com repercussão geral 
reconhecida, por 6 votos a 4, decidiu que a Administração Pú-
blica deve fazer o corte do ponto dos grevistas, mas admitiu a 
possibilidade de compensação dos dias parados mediante acor-
do. Também foi decidido que o desconto não poderá ser feito 
caso o movimento grevista tenha sido motivado por conduta 
ilícita do próprio Poder Público.
13 De acordo com a Lei de Improbidade (Lei n. 8.429/1992), 
reputa-se agente público, todo aquele que exerce, de forma 
permanente e com remuneração, emprego ou função em enti-
dades públicas ou privadas.
Errado.
A questão apresenta alguns erros. De acordo com o artigo 2º: 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, 
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contrata-
ção ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, man-
dato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas 
no artigo anterior.
Obs.: o artigo anterior não cita empresa privada.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
14 Conforme a Lei n. 8.429/1992, quando o ato de improbidade 
causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimen-
to ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo 
inquérito representar ao Ministério Público para a indisponi-
bilidade dos bens do indiciado. 
Certo.
A questão encontra-se correta e reproduz de maneira clara e 
objetiva o artigo 7º da mencionada legislação.
15 De acordo com a Lei n. 9.784/1999, nos processos adminis-
trativos serão observados, entre outros, os critérios de aten-
dimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total 
ou parcial de poderes ou competências, ainda que autoriza-
do por lei.
Errado.
A Lei n. 9.784/1999, a qual regula oprocesso administrativo 
no âmbito federal, estabelece em seu artigo 2º e incisos, diver-
sos critérios a serem observados nos processos administrativos. 
Entre tais critérios, vislumbramos, no inciso II, o “atendimento 
a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de 
poderes ou competências, salvo autorização em lei.” Portanto, 
a autorização legal é uma exceção, a qual não foi informada 
na questão.
16 Carlos, servidor da PF, delegou um ato oficial a seu subor-
dinado. De acordo com a Lei n. 9.784/1999, a qual regula o 
processo administrativo no âmbito federal, o ato de delega-
ção realizado por Eduardo deverá especificar as matérias e 
poderes transferidos, os limites da atuação de quem foi de-
legada a função, a duração e os objetivos da delegação e o 
recurso cabível.
Certo.
Carlos estava correto em sua atitude, pois, de acordo com o 
artigo 14, § 1º, da referida legislação, “o ato de delegação espe-
cificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação 
do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso 
cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição de-
legada.” Portanto, correta a assertiva.
A respeito da Lei n. 8.666/1993, julgue o item a seguir:
17 De acordo a legislação pertinente, é vedada, pela autoridade 
competente, ainda que prevista no instrumento convocató-
rio, a exigência de prestação de garantia nas contratações de 
obras, serviços e compras.
Errado.
De acordo com o artigo 56, “a critério da autoridade competen-
te, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convo-
catório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contra-
tações de obras, serviços e compras”, portanto, não é vedada a 
prestação, como afirmou a questão.
18 Conforme a Lei n. 10.520/2002, é vedada a realização do 
pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da 
informação, nos termos de regulamentação específica.
Errado.
Negativo. Ao contrário do informado, segundo o § 1° do artigo 
2°, “poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de 
recursos de tecnologia da informação, nos termos de regula-
mentação específica.” Portanto, não é vedado, mas permitido.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Luciano Dutra
19 “De nada servirá o que se escrever numa folha de papel, se 
não se justifica pelos fatos reais e efetivos do poder”. O texto 
citado é de autoria de Carl Schmitt, doutrinador clássico do 
Direito Constitucional, que analisa o conceito de constituição 
sob o aspecto jurídico.
Errado.
Foi Ferdinand Lassalle, em sua obra “A Essência da Consti-
tuição”, que revelou os fundamentos sociológicos das consti-
tuições: os fatores reais de poder. Segundo ele, a Constituição 
Real (ou material) seria, tão somente, o somatório dos fatores 
reais de poder que regem uma nação, quais sejam, os poderes 
econômicos, políticos, religiosos, militares etc.
20 Conforme a doutrina clássica do Direito Constitucional, 
constituições classificadas como semânticas são aquelas que 
se estruturam a partir da generalização congruente de expec-
tativas de comportamento.
Errado.
A Constituição Semântica é aquela cujas normas são instru-
mentos para a estabilização e perpetuação do controle do po-
der político pelos detentores do poder fático. É utilizada apenas 
para justificar juridicamente o exercício autoritário de um poder 
preestabelecido. Apresenta-se como um instrumento a serviço 
de um poder autoritário preexistente com a finalidade de confe-
rir legitimidade formal ao detentor do poder político.
21 A distinção entre poder constituinte e poder constituído, sen-
do aquele exercido pela nação, por meio de representantes 
para tanto investidos, é devida a Emmanuel-Joseph Sieyès, 
na obra “O que é o Terceiro Estado?”.
Certo.
Atribui-se ao abade Emmanuel-Joseph Sieyès o desenvolvi-
mento da teoria do poder constituinte, com a obra “O Que é o 
Terceiro Estado?”.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
22 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a per-
da superveniente de titularidade do mandato legislativo tem 
efeito desqualificador da legitimidade ativa do congressis-
ta que, apoiado nessa específica condição político-jurídica, 
ajuizou ação de mandado de segurança com o objetivo de 
questionar a validade jurídica de determinado procedimento 
que ambas as Casas do Congresso Nacional têm adotado em 
matéria de apreciação de medidas provisórias.
Certo.
É o que ficou consignado no MS 27.971.
23 Segundo o entendimento do STF, os conselhos de fiscali-
zação profissional têm como função precípua o controle e 
a fiscalização do exercício das profissões regulamentadas, 
exercendo, portanto, poder de polícia, atividade típica de Es-
tado, razão pela qual detêm personalidade jurídica de direito 
público, na forma de autarquias. Sendo assim, tais conselhos 
não se ajustam à noção de entidade de classe, expressão que 
designa tão somente aquelas entidades vocacionadas à defesa 
dos interesses dos membros da respectiva categoria ou classe 
de profissionais.
Certo.
É o entendimento fixado na ADPF 264.
24 De acordo com o Supremo Tribunal Federal, não viola a cláu-
sula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de 
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitu-
cionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta 
sua incidência, no todo ou em parte.
Errado.
É justamente o contrário. À luz da Súmula Vinculante n. 10:
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão 
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare ex-
pressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
25 Conforme entendimento sumulado do Supremo Tribunal Fe-
deral, só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e 
de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justifica-
da a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabili-
dade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem 
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Certo.
É o que estabelece a Súmula Vinculante n. 11.
26 Para o Supremo Tribunal Federal, a oficialização da Bíblia 
como livro-base de fonte doutrinária para fundamentar prin-
cípios, usos e costumes de comunidades, igrejas e grupos em 
um Estado da federação não implica inconstitucional discri-
minação entre crenças.
Errado.
Conforme ficou consignado na ADI 5.257:
A oficialização da Bíblia como livro-base de fonte doutri-
nária para fundamentar princípios, usos e costumes de co-
munidades, igrejas e grupos no Estado de Rondônia implica 
inconstitucional discrímen entre crenças, além de caracteri-
zar violação da neutralidade exigida do Estado pela Consti-
tuição Federal.
27 O Supremo Tribunal Federal afirma que não é legítimo sus-
pender a habilitação de qualquer motorista que tenha sido 
condenado por homicídio culposo na direção de veículo.
Errado.
Conforme restou decidido no RE 607.107: “É legítimo suspen-
der a habilitação de qualquer motorista que tenha sido condena-
do por homicídio culposo na direção de veículo.”
28 Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefei-
tos devem renunciar aos respectivos mandatos até oito meses 
antes do pleito.
Errado.
Conforme o art. 14, § 6º, da CF/1988: “Para concorrerem a 
outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.”
29 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a 
imunidade parlamentar formal não obsta, observado o devido 
processo legal, a execução de pena privativa de liberdade de-
corrente de decisão judicial transitada em julgado.
Certo.
É o entendimento consolidado do STF, como se vê, por exem-
plo, na Ação Penal n. 396.
30 No sistema de separação de poderes adotado pelo Brasil, a re-
gra é a indelegabilidade das atribuiçõesde cada poder. Toda-
via, há casos em que a Constituição federal atenua essa regra. 
Assim, o Presidente da República pode delegar a atribuição 
de dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções ou 
cargos públicos, quando vagos.
Certo.
É o que determina o art. 84, parágrafo único, da CF/1988.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
31 Dentre as competências do Conselho Nacional de Justiça – 
CNJ, encontra-se receber e conhecer das reclamações contra 
membros de órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus 
serviços auxiliares.
Certo.
É o que determina o art. 103-B, § 4º, III, da CF/1988.
32 Ao Supremo Tribunal Federal compete julgar, originaria-
mente, o mandado de segurança contra atos do presidente da 
República, dos ministros de Estado e do procurador-geral da 
República.
Errado.
Segundo o que dispõe o art. 102, I, alínea “d”, da CF/1988:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipua-
mente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente: (...)
(d) o habeas-corpus, sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e 
o habeas-data contra atos do Presidente da República, das 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do 
Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da Repú-
blica e do próprio Supremo Tribunal Federal.
Por outro lado, prevê o art. 105, inciso I, alínea “b”, da 
CF/1988 que:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente: (...)
(b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de 
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exér-
cito e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal.
33 Conforme entendimento sumulado do Supremo Tribunal Fe-
deral, não viola a Constituição o estabelecimento de remune-
ração inferior ao salário-mínimo para as praças prestadoras 
de serviço militar inicial.
Certo.
É o que prevê a Súmula Vinculante n. 6 do STF.
34 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, o Mi-
nistério Público dispõe de competência para promover, por 
autoridade própria e por prazo razoável, investigações de 
natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias 
que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob 
investigação do Estado.
Certo.
É o que restou consignado no RE 593727.
DIREITO CIVIL
Daniel Carnacchioni
A União editou a Lei n. X publicada em 22/01/2019, modificando 
o art. 108 do CC e exigindo, a partir de então, que a escritura 
pública seria necessária somente nos negócios jurídicos que visem 
à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos 
reais sobre imóveis de valor superior a 50 salários-mínimos. 
A lei em questão foi omissa quanto ao início de sua vigência. 
Com relação à situação hipotética apresentada anteriormente, 
julgue o item subsequente, tendo como base a Lei de Introdução 
ao Código Civil, o direito das coisas e as competências legislativas 
dos entes federados.
35 Tal norma terá vigência imediata, segundo o dispos-
to na LINDB.
Errado.
Conforme a LINDB: “Art. 1° Salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada.”
Se a lei for omissa quanto ao início da vigência, aplica-se a 
regra geral do art. 1º, entra em vigor 45 dias após ser publicada. 
No entanto, se a lei dispuser a data de vigência, prevalece a 
norma específica.
36 Se a União, após alguns meses de vigência da Lei X, editasse 
a Lei Y, revogando expressamente a Lei X, sem dispor de 
qualquer previsão acerca da necessidade de escritura públi-
ca em negócios jurídicos relativos à direitos reais sobre bens 
imóveis, nesse caso não será possível a aplicação da redação 
originária do art. 108 (existente antes da edição da Lei X), 
isso porque a LINDB dispõe regra proibindo o fenômeno da 
repristinação das leis.
Certo.
O § 3º do art. 2º da LINDB trata do fenômeno da repristina-
ção nos seguintes termos: “Salvo disposição em contrário, a 
lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência”.
Veja que, em regra, não se admite a repristinação no Direito 
brasileiro.
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
37 Tendo sido realizado um negócio jurídico em 28/01/2019, 
qual seja, compra e venda de imóvel no valor de 40 salários-
-mínimos por instrumento particular. Tal negócio jurídico será 
inválido, pois na ocasião a Lei X ainda não estava vigente. 
Certo.
Isso porque em 28/01/2019 a Lei ainda cumpria prazo de va-
catio legis.
O plano da validade de um negócio jurídico é regulado pela 
norma em vigor no momento de sua celebração. Se a lei estava 
cumprindo o prazo de vacatio, é sinal de que ela ainda não esta-
va em vigor. Logo, ainda vigia o comando original do art. 108, 
que exige escritura pública para validade de NJ de bens imóveis 
de valor superior a 30 SM. 
38 Tal lei influenciará no reconhecimento da usucapião de bem 
imóvel, quanto à validade do registro da sentença que reco-
nhece tal modo de aquisição da propriedade. 
Errado.
A norma do art. 108 se destina à aquisição derivada da proprie-
dade, realizada por meio de NJ. A usucapião é modo originário 
de aquisição da propriedade, e que por isso não se submete ao 
plano de validade dos NJ. 
De acordo com o Código Civil e a jurisprudência do STJ, julgue 
o item a seguir: 
39 A decretação da prescrição da pretensão punitiva do Estado 
na ação penal fulmina o interesse processual no exercício da 
pretensão indenizatória a ser deduzida no juízo cível pelo 
mesmo fato.
Errado.
“A decretação da prescrição da pretensão punitiva do Estado na 
ação penal NÃO fulmina o interesse processual no exercício da 
pretensão indenizatória a ser deduzida no juízo cível pelo mes-
mo fato.” STJ. 3ª Turma. REsp 1.802.170-SP, Rel. Min. Nancy 
Andrighi, julgado em 20/02/2020 (Info 666).
Como o ordenamento jurídico adota, como regra, o princípio da 
relativa independência das instâncias (art. 935 do CC e art. 65 
do CPP), a vítima que pretende ser ressarcida dos danos sofridos 
com a prática de um delito pode escolher uma de duas opções:
1) ajuizar a ação cível de indenização (ação civil ex delicto); ou
2) aguardar o desfecho do processo penal, para, então, liqui-
dar ou executar o título judicial eventualmente constituído pela 
sentença penal condenatória transitada em julgado.
Ademais, de acordo com o CC: “Art. 200. Quando a ação se 
originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não 
correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva”.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Lídia Marangon
40 O habeas data pode ser concedido para assegurar o conhe-
cimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou 
de terceiro que constem de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público.
Errado.
O habeas data não pode ser concedido para assegurar o conhe-
cimento de informações relativas a terceiro. Conforme a CF:
Art. 5º, LXXII – conceder-se-á habeas data:
(a) para assegurar o conhecimento de informações relativas 
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público.
41 Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
Certo.
Súmula n. 365 do STF: “Pessoa jurídica não tem legitimidade 
para propor ação popular.”
A legitimidade para a ação popular é apenas do cidadão, con-
forme disposto na Lei n. 4.717/1965:
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a 
anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patri-
mônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Muni-
cípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia 
mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de 
seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, 
de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de ins-
tituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro 
público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta 
por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas in-
corporadas ao patrimônio da União, do DistritoFederal, dos 
Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas 
ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
42 A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança 
quando presentes, exigindo-se, apenas, a existência de vín-
culo hierárquico entre a autoridade que prestou informações 
e a que ordenou a prática do ato impugnado e a ausência 
de modificação de competência estabelecida na Constitui-
ção Federal.
Errado.
Súmula n. 628 do STJ: “A teoria da encampação é aplicada no 
mandado de segurança quando presentes, cumulativamente, os 
seguintes requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre 
a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática 
do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas 
informações prestadas; e c) ausência de modificação de compe-
tência estabelecida na Constituição Federal.” 
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
43 O dispute board é um método alternativo de solução de con-
flitos, mais comumente utilizado em contratos de execução 
imediata, que consiste na formação de comitê de especialistas 
no assunto sobre o qual determinado contrato versa, com a 
finalidade de prevenir ou solucionar eventuais disputas ad-
vindas do contrato.
Errado.
Embora não haja qualquer proibição na utilização do dispute 
board nos contratos de execução imediata, ele é um método 
alternativo de solução de conflitos mais comumente utilizado 
em contratos de execução continuada.
44 Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de 
qualquer outra, conhecer de ações relativas a imóveis situa-
dos no Brasil.
Certo.
Autoridades judiciárias estrangeiras não detêm essa competên-
cia. Trata-se de competência exclusiva prevista no artigo 23, I 
do CPC: “Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, 
com exclusão de qualquer outra: I – conhecer de ações relativas 
a imóveis situados no Brasil.”
DIREITO EMPRESARIAL
Edilson Enedino
45 O administrador judicial é o mais importante órgão da falên-
cia e da recuperação judicial. A Lei n. 11.101/2005 atribui-lhe 
dezenas de funções. Dentre as atribuições do administrador 
judicial na falência constam receber e abrir a correspondência 
dirigida ao devedor, mesmo sem o seu consentimento, entre-
gando a ele o que não for assunto de interesse da massa; e, 
apresentar, no prazo de 40 dias, contado da assinatura do ter-
mo de compromisso, prorrogável por igual período, relatório 
sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação 
de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal 
dos envolvidos.
Certo.
Conforme a Lei n. 11.101/2005:
Art. 22, III (...)
(d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, en-
tregando a ele o que não for assunto de interesse da massa;
(e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da 
assinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual 
período, relatório sobre as causas e circunstâncias que con-
duziram à situação de falência, no qual apontará a responsa-
bilidade civil e penal dos envolvidos, observado o disposto 
no art. 186 desta Lei.
46 Há direitos conferidos aos acionistas da Sociedade Anônima 
que não poderão ser retirados nem pelo estatuto nem pela as-
sembleia geral. A Doutrina nominou esses direitos como es-
senciais. Nos termos da lei, são direitos essenciais do acionis-
ta: participar dos lucros sociais e do acervo da companhia, em 
caso de liquidação; fiscalizar, na forma prevista na lei, a ges-
tão dos negócios sociais; ter preferência para a subscrição de 
ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures 
conversíveis em ações e bônus de subscrição, votar nas as-
sembleias e retirar-se da sociedade nos casos previstos na lei.
Errado.
Conforme a Lei n. 6.404/1976:
Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembleia geral po-
derão privar o acionista dos direitos de:
I – participar dos lucros sociais;
II – participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
III – fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos ne-
gócios sociais;
IV – preferência para a subscrição de ações, partes benefi-
ciárias conversíveis em ações, debêntures conversíveis em 
ações e bônus de subscrição, observado o disposto nos arti-
gos 171 e 172;
V – retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei.
47 A recuperação judicial sujeita todos os credores existentes na 
data do pedido. A própria lei exclui, contudo, o credor titular 
da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imó-
veis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente 
vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham 
cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive 
em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contra-
to de venda com reserva de domínio. O Superior Tribunal de 
Justiça tem entendido que os créditos sub judice, na data do 
pedido de recuperação judicial, sujeitam-se a ela. Apesar da 
existência do crédito só se efetivar com o trânsito em julgado 
da sentença, entende o STJ que o fato gerador da obrigação, 
sendo anterior ao pedido de recuperação, submete o crédito 
ao que restar definido no plano de recuperação judicial.
Certo.
Conforme a Lei n. 11.101/2005:
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os crédi-
tos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. (...)
§ 3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário 
fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mer-
cantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel 
cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevo-
gabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações 
imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com 
reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos 
POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO
da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de proprie-
dade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a 
legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante 
o prazo de suspensão a que se refere o § 4º do art. 6º desta 
Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos 
bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.
48 O estabelecimento é formado por todo complexo de bens or-
ganizado, para exercício da empresa, por empresário ou por 
sociedade empresária. Referida universalidade de fato pode 
ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, trans-
lativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua na-
tureza. Por isso, nosso ordenamento jurídico admite e regula 
o trespasse, que consiste na transferência de todo o estabele-
cimento de um para outro empresário. No caso de trespasse, a 
lei impõe a denominada “cláusula de não restabelecimento”, 
que consiste na proibição do alienante fazer concorrência ao 
adquirente do estabelecimento. Assim, caso o contrato nada 
regule quanto à possibilidade do alienante poder se restabele-
cer no mesmo ramo de atividade econômica, ficará proibido 
de fazê-lo por um prazo de 5 anos.
Certo.
Art. 1.147, CC. Não havendo autorização expressa, o alienante 
do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, 
nos cinco anos subsequentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do es-
tabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá du-
rante o prazo do contrato.
49 No processo de reorganização societária, a fusão e a incorpo-
ração são as operações que mais se assemelham. Em ambas 
ocorre a junção das empresas, eliminando-se os empresários, 
seus titulares, com a extinção de todos eles ou com a manu-
tenção de apenas um deles. Há a possibilidade do exercício 
do direito de retirada, bem como responsabilidade solidária 
pelas dívidas anteriores. Em caso de falência, todos os credo-
res receberão do patrimônio formado pela soma dos estabe-
lecimentos das sociedades, não havendo distinção decorrente 
da titularidade anterior do crédito.
Errado.
Conforme a Lei n. 6.404/1976:
Art. 232. Até 60 (sessenta) dias depois de publicados os atos 
relativos à incorporação ou à fusão, o credor anterior por 
ela prejudicado poderá pleitear

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