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anotaçoes psicanalise

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ANOTAÇÕES PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA
O que é a psicopatologia psicanalítica = a psicanálise entende a psicopatologia a partir dos conflitos que se estabelecem entre o inconsciente e o consciente do sujeito, fruto de seu imperativo original. 
	Mecanismos psíquicos de constituição da subjetividade 
	Indicam formas diferentes de estar no mundo e de lidar com a pulsão, com os objetos e com a sexualidade (lidar com a falta, com a castração).
	Recalque (Neurose)
	Rejeição / Foraclusão (Psicose)
	Denegação / desmentindo (Perversão)
	· Retirar do consciente o sofrimento e enviar o consciente ao inconsciente. O sintoma surge após o recalque.
	· Não recalca;
· Não tem preocupação com o outro;
· Tem dificuldade de simbolizar;
· Alucinação, delírios (Maneira de defesa);
	· Sabe da castração mas mesmo assim…
· Registra a falta, mas não recalca;
· Objeto de fetiche;
Adoecimento: Vem do desequilíbrio entre atender as necessidades e considerar o outro no atendimento dessas necessidades.
Alucinação: alucinação se apresenta na teoria freudiana como via possível de realização do desejo. Ao analisarmos a produção alucinatória do sonho, constataremos aí a possibilidade de tal realização, ainda que parcial ou transitória.
Análise: Não tem o objetivo de retirar sintomas. Entender a repetição dos sintomas e lidar melhor com os sintomas. Objetivo principal é entender Posição do sujeito em relação ao desejo, entender o modo de funcionamento de repetição e que dentro da repetição ela possa fazer, dentro do que a personalidade dela permite, outras escolhas. A análise nos permite fazer algo com o que nos causa sofrimento.
Anamnese em psicanálise: (Pensando, interpretando, lembrando das coisas sem a necessidade de pergunta). A anamnese em psicanálise tem o objetivo de levar mais conhecimento do indivíduo ao psicanalista. Para conhecer a origem das perturbações da mente, é preciso conhecer a história do paciente. Ao evocar as histórias do passado, por meio dos questionamentos da anamnese, pode-se traçar um caminho efetivo para a cura da psique. Trata-se do entendimento que leva o psicanalista a resolver a situação. 
Angustia: Em um de seus principais trabalhos sobre o assunto, Freud afirmou que a angústia é um sinal de perigo frente a uma situação de perda muito temida. Essa situação varia ao longo do desenvolvimento psíquico do sujeito: para a criança muito pequena, trata-se do perigo do desamparo, pois ela é completamente dependente da pessoa que assume a função materna. a angústia não é um simples sinal de perigo diante de uma perda de objeto. Ou seja, ela não constitui sinal de uma falta, mas sim o sinal da “falta da falta”. O que seria isso? Vamos dar um exemplo: para a criança pequena, em última análise, não é a falta da mãe que provoca a sua angústia, mas quando essa mãe nunca falta, nunca se ausenta, está sempre presente e buscando suprir suas demandas. Diz Lacan: “O que provoca a angústia é tudo aquilo que nos anuncia, que nos permite entrever que voltaremos ao colo” (2005, p. 64). Ou seja, não é angustiante a alternância da mãe entre presença e ausência, pois a criança aprende a simbolizar ativamente essa situação. Em outras palavras, o que tranquiliza a criança acerca da presença da mãe é a possibilidade de sua ausência. 
Anulação está presente nos atos em que o sujeito faz e desfaz uma ação para anular sua significação (Ex: caso do homem dos ratos que tira e retira a pedra do caminho temeroso que a carruagem de sua amada pudesse bater na pedra e virar causando sua morte); A anulação visa neutralizar os impulsos agressivos.
Associação Livre: A “associação livre de ideias” é um instrumento da técnica psicanalítica desenvolvida por Freud e, no artigo “A dinâmica da transferência” (Freud 1912), a expressão “regra fundamental” é utilizada oferecendo, assim, um lugar de extrema importância para o “associar livremente”. Podemos dizer que a associação livre de ideias baseia-se no livre fluxo do pensamento, quando o paciente deve dizer tudo que lhe venha à mente, com ou sem um sentido aparente; comunicando ao seu analista tudo o que lhe ocorrer, sem censura ou seleção prévia.
Ato falho: Ato pelo qual o sujeito, a despeito de si mesmo, substitui um projeto ao qual visa deliberadamente por uma ação ou uma conduta ambas imprevistas. Ato falho é um equívoco na fala, na memória, em uma atuação física, provocada hipoteticamente pelo inconsciente, isto é, através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. Isto explica o fato de que nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os atos falhos são diferentes do erro comum, pois este é resultado da ignorância ou conveniência. Freud evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido. Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como falta de atenção, cansaço, eventualidade. 
Complexo de CASTRAÇÃO: Complexo centrado na fantasia de castração, que proporciona uma resposta ao enigma que a diferença anatômica dos sexos (presença ou ausência de pênis) coloca para a criança. Essa diferença é atribuída à amputação do pênis na menina. A estrutura e os efeitos do com plexo de castração são diferentes no menino e na menina. O menino tem e a castração como realização de uma ameaça paterna em resposta às suas atividades sexuais, surgindo daí uma intensa angústia de castração. Na menina, a ausência do pênis é sentida com o um dano sofrido que ela procura negar, compensar ou reparar. O com plexo de castração está em estreita relação com o complexo de Édipo e, m ais especialmente, com a função interditória e normativa. Qualquer falta/falha na estrutura.
Complexo de ÉDIPO: Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais. Sob a sua forma dita positiva, o com plexo apresenta-se com o na história de Édipo Rei: desejo da morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Sob a sua forma negativa, apresenta-se de m odo inverso: amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento ao progenitor do sexo oposto. Na realidade, essas duas formas encontram-se em graus diversos na cham ada forma completa do com plexo de Édipo. Segundo Freud, o apogeu do com plexo de Édipo é vivido entre os três e os cinco anos, durante a fase fálica; o seu declínio m arca a entrada no período de latência. É revivido na puberdade e é superado com maior ou menor êxito num tipo especial de escolha de objeto. O com plexo de Édipo desem penha papel fundamental na estruturação da personalidade e na orientação do desejo hum ano. Para os psicanalistas, ele é o principal eixo de referência da psicopatologia; para cada tipo patológico eles procuram determinar as formas particulares da sua posição e da sua solução.
Compulsão: compulsões comuns incluem: Lavar ou limpar algo para evitar contaminação, Verificar algo para eliminar dúvidas (por exemplo, verificar muitas vezes que uma porta está trancada), Contar (por exemplo, repetir uma ação um determinado número de vezes), Ordenar (por exemplo, arrumar talheres ou objetos da mesa de trabalho em um padrão específico). A maioria dos rituais, como lavar as mãos com muita frequência ou verificar repetidamente se a porta está trancada, pode ser observada. Outros rituais não podem ser observados, como o cálculo repetitivo ou afirmações em voz baixa com a intenção de diminuir algum perigo. Os rituais podem ser realizados de forma precisa de acordo com regras rígidas. Os rituais podem ou não estar logicamente conectados com a obsessão. Quando as compulsões estão logicamente conectadas à obsessão (por exemplo, tomar banho para evitar ficar sujo ou verificar o fogão para evitar incêndios), elas são claramente excessivas. Por exemplo, é possível que a pessoa tome banho durante muitas horas todo dia ou verifique o fogão trinta vezes antes de sair de casa. Todos os rituais
e obsessões exigem tempo. É possível que a pessoa gaste horas todos os dias dedicada a eles. Eles podem causar tanta angústia ou interferir tanto com a capacidade funcional da pessoa que algumas chegam a ficar incapacitadas.
Condensação: condensação é um elemento de transformação do sonho, ou seja, respeita o mesmo mecanismo em que uma representação inconsciente tenta passar, atravessar a barreira da censura e é interceptada pelo recalque que faz com que essa representação seja condensada com outras, ou outra, representação. Neste sentido, a condensação é um elemento de formação dos sonhos visando à realização do desejo inconsciente, ainda que condensado e/ou deslocado em seus elementos. A condensação, nesse sentido, atua como uma substituição, pois em lugar de uma representação inconsciente aparece um conteúdo representativo, havendo, portanto, a substituição de um elemento por outro. Por exemplo, quando se sonha com uma pessoa, mas ela parece ter o aspecto de outra e ainda estar vestida tal como uma terceira pessoa, isso pode apontar para uma condensação de várias imagens em uma única, promovendo ao mesmo tempo uma substituição dessas imagens em uma única. 
Consciência: Termo empregado em psicologia e filosofia para designar, por um lado, o pensamento em si e a intuição que a mente tem de seus atos e seus estados, e, por outro, o conhecimento que o sujeito* tem de seu estado e de sua relação com o mundo e consigo mesmo. Por extensão, a consciência é também a propriedade que tem o espírito humano de emitir juízos espontâneos.
Consciente: Termo utilizado por Sigmund Freud*, quer como adjetivo, para qualificar um estado psíquico, quer como substantivo, para indicar a localização de certos processos constitutivos do funcionamento do aparelho psíquico. Nessa condição, o consciente é, junto com o pré-consciente* e o inconsciente*, uma das três instâncias da primeira tópica* freudiana. 
Conteúdo manifesto dos sonhos é a configuração que aparece na forma de sonho; é, portanto, o sonho sonhado. Para Freud (1900), os conteúdos manifestos nada mais são do que distorções/transformações dos pensamentos oníricos latentes, ou seja, uma vez que esses pensamentos estão recalcados e impedidos de advir à consciência, eles sofrem processos de transformação de modo a serem suportados pela consciência.
Cura: Entendida como cuidado, tratamento, elaboração do sintoma e não como eliminação. Supressão dos sintomas. Segundo Lacan, “a cura é uma demanda que faz parte da voz do sofredor, de alguém que sofre pelo seu próprio corpo ou por seu pensamento”. 
Delírio: A palavra delírio se referia, assim, aos mais diversos erros de razão, sejam os do comportamento, do juízo ou da percepção. Nos primeiros textos freudianos podemos ver o termo delírio aparecer em inúmeras situações, independente de ser um caso de neurose ou psicose. Entretanto, ao longo de sua obra, o delírio aparece cada vez mais atrelado à estrutura da psicose. Na psicanálise o delírio é visto como uma tentativa de cura e é portador de uma verdade. O delírio pode mudar mas o núcleo do delírio não (o sintoma pode mudar, mas o sujeito não deixa de delirar).
Deslocamento: O deslocamento como mecanismo de defesa é o deslocamento de ações de um alvo desejado para um alvo substituto quando há alguma razão em que o primeiro alvo não seja permitido ou não disponível. O deslocamento pode envolver manter a ação e simplesmente mudar o alvo dessa ação. Onde isso não for viável, a própria ação também pode mudar. Sempre que possível o segundo alvo será semelhante a meta original de alguma forma. O deslocamento ocorre quando o Id quer fazer algo que o Superego não permite. O Ego encontra assim alguma outra maneira de liberar a energia psíquica do Id. Assim, há uma transferência de energia a partir de uma catexia reprimida de objeto para um objeto mais aceitável. Ações tendem a ser deslocadas para áreas ou assuntos relacionados. Se eu quero gritar com uma pessoa, mas sinto que eu não posso, então vou gritar com alguém que eu sei que não vai me jogar um piano, embora isso ainda possa acontecer se não há outra maneira de libertar minha raiva. Os deslocamentos são frequentemente mecanismos bastante satisfatórios e viáveis para liberar a energia de forma mais segura. Os sonhos podem ser interpretados como o deslocamento de tensões armazenadas em outras formas (os sonhos são muitas vezes altamente metafóricos).
Diagnóstico clínico: habitualmente, contempla o órgão, ou região anatômica, afetada, as funções comprometidas e as causas dessas alterações. As probabilidades de manifestação de determinadas doenças, de acordo com a faixa etária, estilo de vida (nível de renda, escolaridade e trabalho) e localização geográfica do paciente, também são levadas em conta. O bom diagnóstico clínico tem como base a orientação profissional e a postura ética. Nesse sentido, faz-se mister reconhecer que, anterior ao diagnóstico, existe alguém que sofre, que está com algum problema. Há algo que incomoda o sujeito, e esse deve ser indagado para a identificação da verdadeira causa de seu mal estar (ARZENO, 1995) 
Diagnóstico em Psicanalise: Diferente da clínica médica, a clínica psicanalítica apresenta uma acepção muito peculiar do diagnóstico. Esse não é realizado de maneira objetiva e direta, ou seja, de acordo com o conjunto de sintomas definindo imediatamente a doença ou distúrbio. Como perspectiva clínica, a atuação profissional do psicanalista, não se vale de roteiros previamente definidos a serem seguidos. Os roteiros fenomenológicos que orientarão a investigação devem ser estabelecidos dentro do espaço analítico, a partir da condição de transferência, para determinar a direção do tratamento. A precipitação em estabelecer o diagnóstico, sob o risco de rotular o paciente em uma patologia, pode empobrecer, em muito, a escuta, ao torná-la hipersensível a certas falas do sujeito e ou surda a outras (COUTINHO, 2007). A realização de um diagnóstico é importante para a organização e orientação de uma proposta de tratamento. A partir daquele define-se as ações prioritárias deste. Não obstante, é frequente se observar casos, em que a melhora do quadro clínico não se evidencia. Nestes é comum se verificar que o tratamento realizado encontra-se inadequado em função de um diagnóstico equivocado (ARZENO, 1995; CUNHA, 2003; DUARTE, 2013). Figueiredo e Machado (2000) orientam que para situar o diagnóstico em psicanálise, o profissional é levado a interrogar o estatuto do inconsciente em relação à realidade. A psicanálise indica que toda relação do sujeito com o mundo é mediada pela realidade psíquica. Essa tem no inconsciente sua fonte primária de reconhecimento da realidade psíquica (entendida como a internalização mental da realidade factual). Para a promoção do diagnóstico o analista passa a ser incluído no funcionamento psíquico do sujeito por meio da transferência. O sujeito endereça ao analista sua fala, ou seja, sua produção discursiva. A partir da escuta do discurso dos aspectos considerados importantes pelo sujeito o diagnóstico começa a ser construído (QUINET, 2005). O diagnostico diferencial é importante pois se dá ao analista, indicações de como trabalhar ao longo do processo analítico.
Ego: surge a partir da interação do ser humano com a sua realidade, adequando seus instintos primitivos (o Id) com o ambiente em que vive. É também chamado de “princípio da realidade”. É o mecanismo responsável pelo equilíbrio da psique. Ele procura regular os impulsos do Id, ao mesmo tempo que tenta satisfazê-los de modo menos imediatista e mais realista. 
Esquecimento: falha no funcionamento da memória; Nomes esquecidos ou incorretamente lembrados (deslocamento): Não queria esquecer o nome em si, mas outra coisa. 
Estruturas de Personalidade (LACAN): conjunto de elementos que mantém relação entre si. Cada sujeito tem sua estrutura. A mudança acontece dentro do que o sujeito permite, não pulando de uma estrutura para outra. A posição do elemento não significa que ele é mais importante que outro, mas a posição
que cada elemento ocupa em relação aos outros que determinará o seu valor. Isso não significa, porém, que se possa colocar qualquer elemento em qualquer lugar, uma vez que toda estrutura possui as suas regras. Teoricamente, cada sujeito tem uma estrutura clínica definida, possível de ser identificada: neurose, psicose ou perversão. Existe uma lógica a ser respeitada.
Etiologia sexual das neuroses: Na histeria, encontramos a passividade sexual, uma experiência tolerada com indiferença, com temor. Na neurose obsessiva, ocorre o oposto: trata-se de uma experiência que causou prazer. 
Fantasia pode ser considerada como experiências que deixaram marcas no inconsciente do sujeito, mas que não ocorreram de verdade. Podem ser consideradas produtos de busca pelo prazer, que combinam verdade e adulteração, algo que se constrói em um furo do pensamento, cuja atividade se constitui pela cena primária, na qual o corpo se encontra fixado em expressões gestuais, ou seja, na realidade.
Falo: Diversas palavras são empregadas para designar o órgão masculino. Se a palavra pênis fica reservada ao membro real, a palavra falo, derivada do latim, designa esse órgão mais no sentido simbólico, ao passo que denominamos de itifálico (do grego ithus, reto) o culto do falo como símbolo do órgão masculino em ereção. O termo falo, portanto, só muito raramente foi empregado por Sigmund Freud*, a propósito do fetichismo* ou da renegação*, e muitas vezes como sinônimo de pênis. Qualquer objeto de desejo que remete a completude.
Fetichismo: palavra para designar quer uma atitude da vida sexual normal, que consiste em privilegiar uma parte do corpo do parceiro, quer uma perversão* sexual (ou fetichismo patológico), caracterizada pelo fato de uma das partes do corpo (pé, boca, seio, cabelos) ou objetos relacionados com o corpo (sapatos, chapéus, tecidos etc.) serem tomados como objetos exclusivos de uma excitação ou um ato sexual. Já em 1905, Sigmund Freud* atualizou o termo, primeiro para designar uma perversão sexual, caracterizada pelo fato de uma parte do corpo ou um objeto serem escolhidos como substitutos de uma pessoa, depois para definir uma escolha perversa, em virtude da qual o objeto amoroso (partes do corpo ou objetos relacionados com o corpo) funciona para o sujeito* como substituto de um falo* atribuído à mulher, e cuja ausência é recusada por uma renegação*.
Fobia: Em psicanálise*, a fobia é um sintoma, e não uma neurose, donde a utilização da expressão histeria* de angústia em lugar da palavra fobia. Introduzida por Wilhelm Stekel* em 1908 e retomada por Sigmund Freud*, a histeria de angústia é uma neurose de tipo histérico, que converte uma angústia num terror imotivado, frente a um objeto, um ser vivo ou uma situação que não apresentam em si nenhum perigo real. 
Foraclusão: Conceito forjado por Jacques Lacan* para designar um mecanismo específico da psicose*, através do qual se produz a rejeição de um significante* fundamental para fora do universo simbólico do sujeito*. Quando essa rejeição se produz, o significante é foracluído. Não é integrado no inconsciente*, como no recalque*, e retorna sob forma alucinatória no real* do sujeito.
Formações reativas: fazer o contrário do que se pensa. Ex: uma pessoa muito preocupada com a limpeza que busca esconder algo muito sujo em sua vida. Puritanos e críticos que buscam garotas de programa.
Grande Outro: estrutura antes de nascer. Continua mesmo após a morte. Sinônimo de campo social, tudo que determina boa parte do modo de ser do ser humano, cultura que estou inserido. Conjunto de artefatos que dão modelo ao meu comportamento e pensamento. 
Hipnose: Tratava por sugestão e não o inconsciente. Tanto a hipnose quanto a psicanálise surgiram no século XIX como procedimentos médicos projetados para tratar as doenças de pacientes em contextos do mundo real. No entanto, mais tarde, ambas as disciplinas se separaram. A pesquisa da hipnose tornou-se mais como a pesquisa psicológica em geral relativamente distanciada do cenário clínico e do seu ethos do indivíduo. (O sintoma é fruto de um trauma/abreação)
Histeria: Derivada da palavra grega hystera (matriz, útero), a histeria é uma neurose* caracterizada por quadros clínicos variados. Sua originalidade reside no fato de que os conflitos psíquicos inconscientes se exprimem de maneira teatral e sob a forma de simbolizações, através de sintomas corporais paroxísticos (ataques ou convulsões de aparência epiléptica) ou duradouros (paralisias, contraturas, cegueira). As duas principais formas de histeria teorizadas por Sigmund Freud* foram a histeria de angústia, cujo sintoma central é a fobia*, e a histeria de conversão, onde se exprimem através do corpo representações sexuais recalcadas. A isso se acrescentam duas outras formas freudianas de histeria: a histeria de defesa*, que se exerce contra os afetos desprazerosos, e a histeria de retenção, onde os afetos não conseguem se exprimir pela ab-reação*.
ID: componente nato dos indivíduos, ou seja, as pessoas nascem com ele. Consiste nos desejos, vontades e pulsões primitivas, formado principalmente pelos instintos e desejos orgânicos pelo prazer. A partir do ID, desenvolvem-se as outras partes que compõem a personalidade humana: Ego e Superego. 
Ideias obsessivas a que Freud se refere são as reprovações que o paciente dirige a si próprio, pelo prazer sexual antecipado, estando tais reprovações deformadas por um trabalho psíquico inconsciente de substituição das representações intoleráveis.
Inconsciente: o termo inconsciente é utilizado como adjetivo, para designar o conjunto dos processos mentais que não são conscientemente pensados. Em psicanálise*, o inconsciente é um lugar desconhecido pela consciência: uma “outra cena”. Na primeira tópica* elaborada por Sigmund Freud*, trata-se de uma instância ou um sistema (Ics) constituído por conteúdos recalcados que escapam às outras instâncias, o pré-consciente* e o consciente* (Pcs-Cs).
Isolamento acontece ao nível da fala ou dos sentimentos. O sujeito corta todas as conexões lógicas que sustentam a palavra proibida que, assim, desprovida de sentido, pode ser dita ou então expressa um sentimento completamente contraditório com a situação.
Lapso: Termo latino utilizado na retórica para designar um erro cometido por inadvertência, quer na fala (lapsus linguae), quer na escrita (lapsus calami), e que consiste em colocar outra palavra no lugar da que se pretendia dizer. Com respeito a esse tipo de erros, repertoriados por todos os dicionários dos processos literários, Sigmund Freud* foi o primeiro a mostrar que eles têm uma significação oculta e devem ser relacionados com as motivações inconscientes de quem os comete.
Lembranças encobridouras: Imagens mnêmicas falsificadas, incompletas ou deslocadas no tempo espaço para evitar conflitos.
Masoquismo: Termo criado por Richard von Krafft-Ebing em 1886, e cunhado a partir do nome do escritor austríaco Leopold von Sacher-Masoch (1835-1895), para designar uma perversão* sexual — fustigação, flagelação, humilhação física e moral em que a satisfação provém do sofrimento vivido e expresso pelo sujeito* em estado de humilhação.
Melancolia: Termo derivado do grego melas (negro) e kholé (bile), utilizado em filosofia, literatura, medicina, psiquiatria e psicanálise* para designar, desde a Antiguidade, uma forma de loucura* caracterizada pelo humor sombrio, isto é, por uma tristeza profunda, um estado depressivo capaz de conduzir ao suicídio*, e por manifestações de medo e desânimo que adquirem ou não o aspecto de um delírio.
Mecanismos de defesa: Ao lidar com o sofrimento criamos mecanismos de defesa. A forma de lidar com o sofrimento através desse mecanismo de defesa é que determinará nossa estrutura. Mecanismo de defesa é uma denominação dada por Freud para as manifestações do Ego diante das exigências das outras instâncias psíquicas (Id e Superego). Os mecanismos de defesa são determinados pela forma como se dá a organização do ego: quando bem organizado, tende a ter reações mais conscientes
e racionais. Todavia, as diversas situações vivenciadas podem desencadear sentimentos inconscientes, provocando reações menos racionais e objetivas e ativando então os diferentes mecanismos de defesa, com a finalidade de proteger o Ego de um possível desprazer psíquico, anunciado por esses sentimentos de ansiedade, medo, culpa, entre outros. Resumindo, os mecanismos de defesa são ações psicológicas que buscam reduzir as manifestações iminentemente perigosas ao Ego. Existem, pelo menos, quinze tipos de mecanismos de defesa conhecidos e explicados pelas teorias da psicologia.  Entre eles, podemos citar: compensação, expiação, fantasia, formação reativa, identificação, isolamento, negação, projeção e regressão. Cada mecanismo de defesa tem uma forma específica de funcionamento.
Método catártico: Reviver  os acontecimentos traumáticos, e fazer ligações entre eles, provoca purificações e limpeza na nossa vida psíquica. Essa exteriorização pode acontecer na forma verbal, emocional, e por meio de ações, o que para Aristóteles seria uma catarse.  O procedimento do método catártico é de denominação da psicanálise. Ele não tem o objetivo de curar os sintomas, mas saber o que eles têm a dizer. Na psicanálise, esse método ganha força quando Freud recusa o método hipnótico que Breuer usava e retoma esse procedimento com uma nova técnica. Com associação livre,  o método catártico é criado. O método continua a ser orientado para quem procura por psicanálise, que é a cura pela fala para Freud. E, portanto, tem o objetivo de parir o que se esconde no inconsciente humano, com o intuito de expurgar. Ou seja, por para fora e até anular os efeitos patogênicos, os quais são emoções recalcadas, que foram impedidas de serem manifestadas. 
Narcisismo: Termo empregado pela primeira vez em 1887, pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911), para descrever uma forma de fetichismo* que consiste em se tomar a própria pessoa como objeto sexual. O termo foi depois utilizado por Havelock Ellis*, em 1898, para designar um comportamento perverso relacionado com o mito de Narciso. Na tradição grega, o termo narcisismo designa o amor de um indivíduo por si mesmo.
Neurose: o termo é empregado para designar uma doença nervosa cujos sintomas simbolizam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil. Com o desenvolvimento da psicanálise*, o conceito evoluiu, até finalmente encontrar lugar no interior de uma estrutura tripartite, ao lado da psicose* e da perversão*. Em consequência disso, do ponto de vista freudiano, classificam-se no registro da neurose a histeria* e a neurose obsessiva*, às quais é preciso acrescentar a neurose atual, que abrange a neurose de angústia e a neurastenia*, e a psiconeurose, que abarca a neurose de transferência* e a neurose narcísica. Na terminologia janetiana, que marcaria todos os clínicos franceses do entre guerras, a neurose tornou-se uma doença da personalidade, caracterizada por conflitos psíquicos que perturbavam as condutas sociais.
Neurose obsessiva: é um distúrbio que produz sofrimento psíquico e que aponta para os impasses do sujeito com seu desejo inconsciente. A neurose obsessiva foi um dos primeiros quadros clínicos descritos por Freud, logo após a histeria e, a partir da observação dos sintomas obsessivos pode estudar vários aspectos do funcionamento psíquico. A neurose obsessiva é definida a partir da presença de determinados sintomas: distúrbios do pensamento, com ideias obsessivas, repetitivas, sentidas como corpos estranhos, que provocam sofrimento; e atos compulsivos (rituais como lavar as mãos repetidamente), sobre os quais a pessoa não tem controle e que procuram combater as ideias obsessivas. Estas ideias corresponderiam a desejos/sentimentos inconscientes, não admitidos pela consciência mas que conseguem vencer a barreira da censura. Estes sintomas são resultados de determinados mecanismos de defesa que o ego do indivíduo utiliza para fazer frente as ansiedades despertadas pelo conflito entre os desejos e o que a realidade impõe de restrições à sua satisfação. Os principais mecanismos defensivos utilizados são: isolamento (manter o afeto separado da ideia correspondente), racionalização (outra forma de manter os afetos afastados, procurando explicações intelectualizadas para tudo), anulação (crença mágica de que um determinado pensamento ou ato pode desfazer outro pensamento: p. ex. se lavo as mãos, “limpo pensamentos sujos”), formação reativa (transformar um sentimento no seu oposto, de forma exagerada: p. ex. pedir desculpas a todo momento). Para Freud, corresponderiam a uma fixação na etapa anal do desenvolvimento da sexualidade infantil, onde as questões em torno do controle esfincteriano (como limpeza, autonomia, controle) estão num plano de destaque. Em se tratando de neurose obsessiva, sabe-se que tal nomenclatura foi abolida dos manuais diagnósticos estatísticos e substituída pelo TOC – transtorno obsessivo-compulsivo – que na verdade é uma compilação dos sintomas que Freud já havia mencionado como compondo a neurose obsessiva. A neurose obsessiva é uma doença da culpa: não só se teme a culpa, mas cria os pretextos e motivos para viver em estado de culpa. O obsessivo tem medo do desejo porque uma das faces do desejo é o risco; Daí outro ponto característico do obsessivo que é a dúvida. Outros mecanismos utilizados pelo obsessivo são a anulação e o isolamento. Em sua fantasia, o sujeito obsessivo está preso ao tema da morte. É a morte, a grande figura da castração que ele tenta ludibriar empregando várias estratégias.
Normalidade x Doença mental: (excesso ou falta que retira o sujeito de seu equilíbrio).
O outro: Ser humano semelhante a nós. 
Obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que ocorrem frequentemente, mesmo que ela não queira. Essas obsessões surgem mesmo quando a pessoa está pensando e fazendo outras coisas. Além disso, as obsessões normalmente causam grande angústia e ansiedade. As obsessões normalmente envolvem pensamentos de dano, risco ou perigo. As obsessões comuns incluem: Preocupação com contaminação (por exemplo, supor que tocar em maçanetas provocará alguma doença), Dúvidas (por exemplo, supor que a porta da frente não foi trancada), Preocupação com objetos que não estão perfeitamente alinhados ou uniformes. Uma vez que as obsessões não causam prazer à pessoa, frequentemente ela tenta ignorá-las e/ou controlá-las. Assim como na histeria, as ideias obsessivas também são uma formação de compromisso. Nas obsessões, há uma substituição da ideia original relacionada às impressões penosas da vida sexual do sujeito por outra ideia que vai associar-se ao estado afetivo, devendo-se, a isto, o caráter obsessivo (rituais, atos compulsivos).Outra característica que Freud notou é que a pessoa obsessiva parece criar um sistema de religião particular. Ela tem um sistema de crenças que é só dela e que se ela viola será punida. Então ela precisa fazer certas coisas pra que essa punição não aconteça. Precisa ritualizar, regrar sua vida, o que torna a vida um inferno obsessivo.
Paranoia: Termo derivado do grego (para = contra, noos=espírito), que designa a loucura* no sentido da exaltação e do delírio. a paranoia tornou-se, ao lado da esquizofrenia* e da psicose maníaco-depressiva*, um dos três componentes modernos da psicose* em geral. Caracteriza-se por um delírio sistematizado, pela predominância da interpretação* e pela inexistência de deterioração intelectual. Nela se incluem o delírio de perseguição, a erotomania, o delírio de grandeza e o delírio de ciúme.
Pensamentos oníricos latentes são inconscientes, encontram-se recalcados no inconsciente e, dessa forma, impossibilitados de vir à consciência
Perversão: Termo derivado do latim pervertere (perverter), empregado em psiquiatria e pelos fundadores da sexologia* para designar, ora de maneira pejorativa, ora valorizando-as, as práticas sexuais consideradas como desvios em relação a uma norma social e sexual. sexual. A partir de meados do século XIX, o saber psiquiátrico incluiu entre as perversões práticas
sexuais tão diversificadas quanto o incesto*, a homossexualidade*, a zoofilia, a pedofilia, a pederastia, o fetichismo*, o sadomasoquismo*, a perversão travestismo, o narcisismo*, o autoerotismo*, a coprofilia, a necrofilia, o exibicionismo, o voyeurismo e as mutilações sexuais. Em 1987, a palavra perversão foi substituída, na terminologia psiquiátrica mundial, por parafilia, que abrange práticas sexuais nas quais o parceiro ora é um sujeito* reduzido a um fetiche (pedofilia, sadomasoquismo), ora o próprio corpo de quem se entrega à parafilia (travestismo, exibicionismo), ora um animal ou um objeto (zoofilia, fetichismo). Retomado por Sigmund Freud* a partir de 1896, O termo perversão foi definitivamente adotado como conceito pela psicanálise, que assim conservou a ideia de desvio sexual em relação a uma norma. Não obstante, nessa nova acepção, o conceito é desprovido de qualquer conotação pejorativa ou valorizadora e se inscreve, junto a psicose* e a neurose*, numa estrutura tripartite. A perversão consiste em uma modalidade de laço entre o sujeito e o Outro, na qual o primeiro se oferece como instrumento de gozo do Outro. 
Prazer: o que é prazeroso para o inconsciente pode não ser para o consciente.
Pré-consciente: O pré-consciente é muitas vezes chamado de “subconsciente”, mas é importante destacar que Freud não utilizava esse termo. O pré-consciente se refere àqueles conteúdos que podem facilmente chegar ao consciente, mas que lá não permanecem. São, principalmente, informações sobre as quais não pensamos constantemente, mas que são necessárias para que o consciente realize suas funções. Nosso endereço, o segundo nome, nome dos amigos, telefones, algumas coisas das quais gostamos – como a nossa comida preferida –, acontecimentos recentes e assim por diante. É importante lembrar ainda que, apesar de se chamar Pré-consciente, esse nível mental pertence ao inconsciente. Podemos pensar no pré-consciente como uma peneira que fica entre o inconsciente e o consciente, filtrando as informações que passarão de um nível ao outro.
Principio do Prazer e Principio da realidade: Principio do prazer é um direcionamento de energia ou uma descarga pulsional que tem por objetivo atingir a satisfação desejada. Tendo em vista que essa satisfação não atingirá completamente as expectativas do sujeito, seja por conta de frustrações eminentemente internas, seja por conta de questões socioculturais, é nesse momento que o princípio da realidade se manifesta: uma censura interna impede que o sujeito desobedeça a questões éticas e morais para atingir a satisfação de seus desejos internos. A partir da leitura de Zimerman (1999), compreende-se que o princípio do prazer descrito por Freud ([1920] 1969) direciona toda a ação psíquica e orgânica, com a intenção de atingir um prazer idealizado, ignorando ou mesmo evitando as frustrações. O princípio da realidade se manifesta a partir da adaptação sociocultural e da formação dos conceitos morais e éticos, ou seja, o indivíduo passa a entender o funcionamento da descarga pulsional e, com isso, a respeitar os limites impostos, controlando a maneira como se comporta. O princípio do prazer é um princípio econômico, já que se trata do princípio responsável pelo controle da quantidade de excitação entre a relação do prazer e desprazer para a manutenção da homeostase psíquica. O princípio do prazer é regido pelo funcionamento do ID, já que sua principal característica é justamente reduzir os níveis de tensão existentes no aparelho psíquico (HALL; LINDZEY, 1984). Com relação ao princípio da realidade, Laplanche e Pontalis (1988) consideram-no como um princípio regulador, já que ele modifica o princípio do prazer no que diz respeito aos caminhos percorridos para se atingir a satisfação. De acordo com Fadiman e Frager (1986), esse funcionamento se dá porque o EGO é o responsável por operar esse princípio, já que essa estrutura está ligada diretamente à realidade externa, controlando as pulsões do id, o princípio do prazer e proporcionando assim uma satisfação real para o sujeito. Os princípios do prazer e da realidade regem a vida do ser humano e é através deles que o sujeito é capaz de lidar consigo mesmo, e com seus conflitos e com outros indivíduos. 
Processos Oníricos:
Psicose Termo introduzido em 1845 pelo psiquiatra austríaco Ernst von Feuchtersleben (1806-1849) para substituir o vocábulo loucura* e definir os doentes da alma numa perspectiva psiquiátrica. As psicoses opuseram-se, portanto, às neuroses*, consideradas como doenças mentais da alçada da medicina, da neurologia e, mais tarde, da psicoterapia*. Por extensão, o termo psicose designou inicialmente o conjunto das chamadas doenças mentais, fossem elas orgânicas (como a paralisia geral) ou mais especificamente mentais, restringindo-se depois às três grandes formas modernas da loucura: esquizofrenia*, paranoia* e psicose maníaco-depressiva*. A palavra surgiu na França* em 1869. Retomado por Sigmund Freud* como um conceito a partir de 1894, o termo foi primeiramente empregado para designar a reconstrução inconsciente, por parte do sujeito*, de uma realidade delirante ou alucinatória. Em seguida, inscreveu-se no interior de uma estrutura tripartite, na qual se diferencia da neurose, por um lado, e da perversão*, por outro.
Pulsão: definido como a carga energética que se encontra na origem da atividade motora do organismo e do funcionamento psíquico inconsciente do homem. Pode tanto assumir a forma de um “instinto” quanto de um “querer”, enquanto base não-volitiva e categórica. Situa-se, pois, anteriormente a ambos. É algo genérico e impessoal, maior que o sujeito isolado, algo atemporal. A pulsão simplesmente existe; tal qual o “impulso de respirar”, ele é a “base do próprio querer”, a base a partir da qual se gera a necessidade, a ânsia, a vontade, o querer e o desejo. Não é de imediato percebido como torturante ou desagradável, torna-se torturante se não o realizarmos – por exemplo, não respirar, não comer. À pulsão é um processo dinâmico, que impulsiona o organismo em direção a uma meta, o equilíbrio do estado de tensão na fonte pulsional. 
Realidade Psíquica: a realidade psíquica corresponde a uma realidade interna ao sujeito que é mediada por uma realidade externa, o que proporciona uma assimilação entre as representações do mundo exterior e interior.
Recalque: Para Sigmund Freud*, o recalque designa o processo que visa a manter no inconsciente* todas as ideias e representações ligadas às pulsões* e cuja realização, produtora de prazer, afetaria o equilíbrio do funcionamento psicológico do indivíduo, transformando-se em fonte de desprazer. Freud, que modificou diversas vezes sua definição e seu campo de ação, considera que o recalque é constitutivo do núcleo original do inconsciente. 
Relações ambivalentes: um amor em que o sujeito se sente mínimo diante da grandiosidade de seu parceiro. Esse amor superestimado frequentemente se converte em ódio, levando a alternações no amor, cortes, perdidos... (‘não consigo viver sem você, mas não consigo me separar de você’).
Sadismo: designa uma perversão* sexual — pancadas, flagelações, humilhações físicas e morais — baseada num modo de satisfação ligado ao sofrimento infligido ao outro.
Sadomasoquismo: Termo forjado por Sigmund Freud*, a partir de sadismo* e masoquismo*, para designar uma perversão* sexual baseada num modo de satisfação ligado ao sofrimento infligido ao outro e ao que provém do sujeito* humilhado. Por extensão, esse par de termos complementares caracteriza um aspecto fundamental da vida pulsional, baseado na simetria e na reciprocidade entre um sofrimento passivamente vivido e um sofrimento ativamente infligido.
Sofrimento: a concepção de sofrimento na teoria freudiana pode ser entendida como o antagonismo de duas forças que geram conflitos, em torno dos quais se desdobra toda a obra psicanalítica e, além disso, em torno dos quais se desdobra toda a vida do homem, visto que estes conflitos não findam, apenas mudam seu foco de tensão. Dentre as fontes de
sofrimento que ameaçam o ser humano, Freud (1996a) destaca três: o poder devastador e implacável das forças da natureza, a ameaça de deterioração e decadência que vem de nosso próprio corpo, e o sofrimento advindo das relações entre os humanos. O sofrimento advindo desta última fonte talvez seja mais penoso do que qualquer outro, embora tenda a ser considerado como um acréscimo gratuito que poderia facilmente vir a ser resolvido. 
Solução de compromisso: o nome esquecido e os lembrados estabelecem uma relação de forma que a intenção (inconsciente) de esquecer algo não foi um êxito e nem um fracasso total. Entre os motivos para essa falha na memória está o de evitar lembranças que provoquem desprazer; 
Sonho: Fenômeno psíquico que se produz durante o sono, o sonho é predominantemente constituído por imagens e representações cujo aparecimento e ordenação escapam ao controle consciente do sonhador. Por extensão, em especial a partir do século XVIII, o termo designa também uma atividade consciente que consiste em imaginar situações cujo desenrolar desconhece as limitações da realidade material e social. Nesse sentido, a palavra sonho é sinônima de visão, devaneio, idealização ou fantasia*, em suas acepções mais corriqueiras. Como no estado do sono a motilidade do corpo encontra-se paralisada, o desejo inconsciente surge como a força motriz que conduz o sonho. A suspensão da motilidade é o que permite que o inconsciente passe a dominar a atividade psíquica que se materializa no sonho. O que move o sonho é o desejo que busca, por essa via, a sua realização. Uma condição fundamental para a concepção do desejo é o fato de o sonho expressar-se por meio de imagens sensoriais. Os sonhos são manifestações do id, enquanto os contos de fada manifestam questões culturais e perspectivas de certo e errado para estimular as crianças a perceber o mundo ao seu redor, tendo as leis sociais sempre muito próximas a si. Sendo assim, os sonhos seriam dominados pelo id, enquanto os contos infantis pelos conflitos do ego. No no sonho, a busca pela satisfação é movida pelo id, enquanto a dificuldade em atingi-la e o caminho correto para encontrá-la seriam controlados pelo princípio da realidade e, consequentemente, pelo ego.
Superego: se desenvolve a partir do Ego e consiste na representação dos ideais e valores morais e culturais do indivíduo. O Superego atua como um “conselheiro” para o Ego. Isto porque o alerta sobre o que é ou não moralmente aceito, segundo os princípios que foram absorvidos pela pessoa ao longo de sua vida. De acordo com Freud, o Superego começa a se desenvolver a partir do quinto ano de vida. É quando o contato com a sociedade começa a se intensificar (através da escola, por exemplo).
Teoria da sedução: De acordo com Freud (1986) a premissa para os sintomas neuróticos seria a sedução por parte de um adulto numa época remota da infância. Esta teoria, denominada teoria da sedução, pode ser considerada o primeiro modelo de explicação para etiologia das neuroses. A teoria da sedução foi a primeira etiologia sexual da histeria defendida por Freud no ano de 1896. Por essa teoria, toda histeria era causada por um trauma real na infância, e este sempre tinha um caráter sexual. Tal modelo, é explicado a partir de duas cenas. Na primeira, a criança sofreria algum tipo de investida sexual por parte do adulto, despertando na mesma algum tipo de excitação não tendo, porém, nesta idade condições de elaborar estas representações. Na segunda cena, a partir da puberdade, as lembranças evocadas da infância, começariam a ser experimentadas com desprazer, o que provocaria a ativação do recalcamento mantendo assim a lembrança da sedução o mais afastada possível da consciência.
TOC: O transtorno obsessivo-compulsivo é caracterizado por obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões são ideias, imagens ou impulsos recorrentes, persistentes, indesejados, que provocam ansiedade e são intrusivos. As compulsões (também conhecidas como rituais) são determinadas ações ou atos mentais que a pessoa se sente impelida a praticar para tentar diminuir ou evitar a ansiedade causada pelas obsessões. A maioria dos casos de comportamento obsessivo-compulsivo está relacionada a preocupações com danos ou riscos. O médico diagnostica o transtorno quando a pessoa tem obsessões, compulsões ou ambas. O tratamento pode incluir terapia de exposição (com prevenção de rituais compulsivos) e determinados antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina ou clomipramina). O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um pouco mais frequente em mulheres que em homens e afeta entre 1% e 2% da população. Em média, o TOC tem início entre os 19 e 20 anos de idade, porém, mais de 25% dos casos começam antes dos 14 anos de idade. Nesse ponto, o TOC difere dos transtornos psicóticos, nos quais a pessoa perde o contato com a realidade. O TOC também é diferente do transtorno de personalidade obsessiva-compulsiva, embora pessoas com esses transtornos possam apresentar as mesmas características, como ser metódico, confiável ou perfeccionista. 
Trabalho analítico: recordar, Repetição (repetir as mesmas coisas que ele faz fora do consultório, acompanhado de uma escuta analítica, com marcações) e elaborar.
Transtorno mental primário: Causa psíquica. A expressão transtorno mental primário é usado para indicar de forma abreviada aqueles transtornos mentais que não se devem a uma condição médica geral nem são induzidos por uma substância.

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