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Farmacodinâmica

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MayaraKelly

 Como que o fármaco age no corpo
 Ações do fármaco sobre um organismo
 Pode ser definida como o estudo dos
efeitos bioquímicos e fisiológicos dos
fármacos e de seus mecanismos de ação
 Altera processos já existentes do
corpo
 Fármaco = ligante
Ligação fármaco-receptor
 Os fármacos irão formar o complexo
fármaco-receptor, ligando-se a um
receptor (sítio de ação)
 Receptor = proteína
 Proteínas de membrana
 Enzimas
 Proteínas intracelulares
 Ácidos nucleicos também são receptores
 O fármaco precisa chegar ao sítio de ação
com uma concentração mínima necessária
para fazer efeito
 Tipos de ligações
 Ligações iônicas
 Forte
 Ligações covalentes
 Forte
 Irreversíveis
 Ligações de hidrogênio
 Menor força
 Interações hidrofóbicas
 Menor força
 Quando já existir um número suficiente de
receptores ligados sobre uma célula ou em
seu interior = o efeito será aparente na
célula
 Quando todos os receptores estiverem
ocupados = reposta máxima
 Quando a resposta é desencadeada em
muitas células = o efeito pode ser
observado em nível do órgão ou até
mesmo no paciente
Mecanismo de ação
 São processos moleculares que permitem
a atuação do fármaco
 Ação específica (seletiva)
 Fármaco específico
 O fármaco vai ser direcionado a um
receptor específico
 Alto grau de seletividade
 Atua em um tipo de órgão ou
estrutura sem atingir os outros
 Apresentam uma relação definida entre
sua estrutura e a atividade exercida
 Alvos: receptores, enzimas, moléculas
transportadoras e ácidos nucleicos
 Ação inespecífica (não seletiva)
 Não há ligação com nenhum receptor
 Ácidos e bases
 Atuam instintivamente sobre qualquer
órgão
Receptores fisiológicos
MayaraKelly
 Qualquer molécula biológica em que um
fármaco se liga e produz uma resposta
biológica
 Ligantes hidrofílicos: interagem com
receptores situados na superfície da célula
 Ligantes hidrofóbicos: entram nas células
através da bicamada lipídica para interagir
com receptores situados dentro das células
Canais iônicôs transmembrana
 A porção extracelular contém o local de
ligação
 Receptores ionotrópicos
 São fechados
 Se abrem quando um ligante
(neurotransmissores, fármacos) se liga à
proteína ou quando ocorre uma mudança
de voltagem
 Entrada de íons
Receptôres acôpladôs a prôteina G
 Receptor transmembrana
 Metabotrópico
 Proteína G
 Há vários tipos
 Não é transmembrana
 Composta por três subunidades de
proteínas
 α: ligada ao trifosfato de guanosina
(GTP)
 β e γ: ancoram a proteína G na
membrana celular
1. A ligação de um ligante ao receptor
aumenta a ligação de GTP na
subunidade α
2. Ocorre a dissociação do complexo α-
GTP do complexo βγ
3. Esses dois complexos podem interagir
com outros efetores celulares
 Enzimas, proteínas ou canais iônicos
4. Os efetores ativados produzem
segundos mensageiros que ativam
outros efetores adicionais na célula
 Efeito cascata
 Segundos mensageiros: são substâncias
intracelulares que irão modular muitas
funções dentro da célula
Receptôres ligadôs a enzimas
 Receptores ligados a enzimas
 Consiste em enzimas que quando ativadas
sofrem alterações conformacionais
 Aumento da atividade enzimática no citosol
1. O receptor ativado fosforila resíduos de
tirosina nele próprio e outras proteinas
especificas
2. Ativam uma sequência de outros sinais
celulares importantes
MayaraKelly
3. Efeito cascata semelhante aos receptores
acoplados à proteína G
Receptôres intracelulares
 Fármaco muito lipofílico
 Atravessa a membrana
 Seu receptor está no meio intracelular
 Enzima ou regulador de transcrição de
genes
 Alteração na produção de RNAm e de
proteínas
Interações fármaco-receptor
 Muitos receptores de fármacos podem ser
categorizados dentro de dois estados de
conformação: estado ativo e inativo
Farmacôs agônistas
 Simula o efeito de um receptor natural do
corpo (endógenos)
 Estabiliza a forma ativa do receptor
 Classificação:
 Agonistas integrais: apresentam
respostas máximas
 Mesma resposta que o ligante
natural
 Agonistas parciais: não apresenta
resposta máxima
 Agonistas inversos: quando o receptor
é naturalmente ativado, mas o fármaco
ao ser ligado é inativado
 Induz uma resposta oposta
MayaraKelly
Farmacôs antagônistas
 Bloqueia a ligação do ligante natural no sítio
 Não ocorrerá alterações na célula
 Receptor se torna inativado
 Impede a ativação pelo agonista
 Estabiliza a forma inativa do receptor
 Antagonista de receptor: liga-se ao sitio
ativo ou a um sitio alostérico de um
receptor
 Sitio ativo: impede a ligação de um
agonista
 Sítio alostérico: altera a Kd ou impede a
mudança de conformação necessária
para a ativação do receptor
 Kd = concentração de ligante em que
50% dos receptores disponíveis estão
ocupados
 Antagonistas reversíveis e irreversíveis
 Antagonista competitivo: liga-se
reversivelmente ao sítio de um
receptor
 Não estabiliza a conformação
necessária para a ativação do
receptor
 Bloqueia a ligação do agonista a seu
receptor, competindo assim pelo
local
 A presença de altas concentrações
do agonista pode superar o
antagonismo competitivo
 Antagonista não competitivo: ligam-se
de modo covalente ou com afinidade
muito alta ao sítio agonista
 Irreversível
 Mesmo concentrações elevadas do
agonista são incapazes de ativar o
receptor
 Antagonista sem receptores
 Antagonistas químicos: "sequestram" o
agonista e, por conseguinte, impedem
a interação do agonista com o
receptor
 Antagonistas fisiológicos: induzem uma
resposta fisiológica oposta àquela do
agonista, porém através de um
mecanismo molecular que não envolve
o receptor do agonista
MayaraKelly
Locais de ação
 O fármaco age onde ele tem um receptor
 Receptor em apenas um tecido = ação
apenas nesse tecido específico
 Receptores por todo o organismo = ação
por todo o organismo
 Fármacos que não necessitam de
receptores
 A atividade terapêutica do fármaco
resulta de sua interação com pequenas
moléculas ou íons presentes no
organismo
 Ação do fármaco está relacionada com
suas propriedades físico-químicas
Interações entre os fármacos
 Adição
 Quando o efeito induzido por dois ou
mais compostos é igual à soma dos
efeitos de cada fármaco isolados
 Sinergismo
 Ampliação muito grande da resposta
fisiológica
 Potenciação
 Quando um agente que primeiramente
é desprovido de ação aumenta a ação
de um fármaco
 Antagonismo
 O efeito de um fármaco é diminuído,
eliminado ou inativado quando
combinado com outro fármaco
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed.
Porto Alegre: Artmed, 2016
Golan, David E. Principios De Farmacologia.
A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia
2ª ed. Guanabara Koogan, 2010
Conceitos finais
 Potência: dose necessária para produzir um
efeito
 Quanto menor a dose necessária = maior a
potência
 Quanto maior a dose necessária = menor a
potência
 Eficácia: está relacionado ao efeito máximo do
fármaco
 Índice terapêutico: faixa de segurança do uso do
fármaco
 Calculado pela relação de 50% da dose
total e 50% da dose efetiva
 Janela terapêutica: efeito terapêutico
desejado
 "A diferença entre o veneno e o
medicamento está na dose"
 Dessenbilização: quando o efeito do fármaco
diminui gradualmente quando é administrado de
forma continua
 Mesmo com o aumento da dose, o efeito
diminui
 Ocorre de maneira rápida: minutos
 Tolerância: quando a dessenbilização ocorre de
maneira lenta - semanas
 Resistência: perda da eficiência do fármaco
 Ocorre muito em antibióticos
 Dependência: a privação do agente resulta em
síndrome de abstinência
 Para evitar: "desmame"

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