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Slides Familia e Sucessão

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DIREITO DE FAMILIA
Profª Raquel Valesi
Titãs - Família
Primeiramente: O que é FAMILIA??
“Conceito” de Família(s)
1. Do latim, família é familiaris, refere-se a todos que vivem na mesma casa relação de intimidade.
2-A liberdade para formar família não se padroniza a luz dos olhos do Poder mas se impõe ao Estado de resguardar os anseios de um projeto de vida privada.
Família = Promoção da educação e comportamento de todos que dela compõe .
Família = Nela desenvolve relações de harmonia, de afeto, de confiança, segurança e que proporciona bem-estar e unidade para as pessoas conviverem com os outros seres humanos.
Família = Valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança e adolescente.
Não é mais a família entendida como núcleo reprodutivo e econômico, mas comprometida a sociafetividade e, por isso, faz-se necessário reconhecer novos “arranjos familiares” numa visão pluralista com vista em proteger as realizações existenciais e afetivas das pessoas.
Família	eudemonista:	refere-se	a	família	que	busca	a realização plena de seus membros, caracterizando-se pela comunhão de afeto recíproco, a consideração e o respeito mútuos entre os membros que a compõe, independente do vínculo biológico.
Família núcleo de afeto em que é enaltecido a pessoa humana, é ordem espiritual, centro de conservação da vida, esforço, proteção, coesão, paciência, atributos naturais em quem quer viver em comunhão. VOCÊ SIMPLESMENTE QUER ESTAR NELA !!
□	FAMÍLIA SIMPLESMENTE É !!!
 SOU MELHOR AINDA SE TENHO FAMÍLIA QUE ME ENXERGA COMO SOU!	
EU SOUEU SINTO
EU POSSO TUDO. MELHOR COM APOIO.
EU ME ALIMENTO DE VIDA
EU EXISTO
Matrimonial
Família: União Estável
Família monoparental
Família mosaico ou reconstituída
Família anaparental
FAMÍLIA POLIAFETIVA
FAMÍLIA HOMOAFETIVA
FAMÍLIA PARALELA OU SIMULTÂNEAS
CASO
ENCERRADO
?:
STF
Não
permite
reconhecimento de uniões simultâneas
“A preexistência de casamento ou de união estável de um dos conviventes, ressalvada a exceção do artigo
1.723, parágrafo 1º, do Código Civil, impede o reconhecimento de novo vínculo referente ao mesmo período, inclusive para fins previdenciários, emOs ministros analisaram um
caso do estado de Sergipe em que um homem em união estável pediu o reconhecimento de uma segunda união estável - dessa vez
concomitante,
homoafetiva
com
-
a
consequente divisão dos valores
decorrentes	da	pensão	por
Caso Julgado:
morte.
virtude da consagração do dever de fidelidade e da monogamia pelo ordenamento jurídico-constitucional brasileiro".
Essa foi a tese de repercussão geral aprovada por seis votos a cinco, o entendimento do relator, ministro Alexandre de Moraes. Dez/2020. RE 1.045.273
FAMÍLIAS POLIAFETIVAS
CNJ – DECISÃO DE 26/06/2018
Pedido de Providências (PP 0001459-08.2016.2.00.0000
PARENTESCO
PARENTESCO
Relação entre pessoas que descendem umas das outras (consanguinidade), do mesmo tronco ancestral, bem como aquela relação entre pessoas que surge em decorrência do casamento ou da união estável com os parentes de cada consorte ou convivente (parentesco por afinidade), além da adoção e socioafetiva.
□	Relação	Consanguínea	se	dá	em	linha	reta	ou colateral.
OBS: Juridicamente a Parentalidade socioafetiva e adotiva se igualam a consanguínea !
Parentes em linha reta: pessoas estão ligadas por vínculo de descendência e ascendência (art. 1.591 CC).
Nesse sentido segue na linha reta ascendente: o pai, o avô, o bisavô, trisavô, tetravô, numa linha infinita; e na descendência: o filho, o neto, bisneto....
· Já os parentes em linha colateral obedecem a um limite fixado por lei.
São pessoas da mesma família, ligadas pelo mesmo
CONTAGEM DE GRAUS
Parentesco em linha reta ou colateral conta-se por graus.
· Cada GRAU = distância de gerações que uma pessoa tem da outra.
Assim: verifica-se a distância que um filho tem do seu pai é de 01 geração, portanto, a relação de parentesco é de primeiro grau.
· Já a distância do neto para seu avô será de 02 gerações, pois primeiro vem seu pai para depois chegar a dele, assim, parentesco entre avô e neto é de segundo grau e assim por diante.
Parentesco por afinidade
Estabelece por determinação da lei (art. 1.595 do CC).
· Para a lei o parentesco afim com um dos cônjuges, em linha reta ascendente, serão sogro(a), padrasto/madrasta e os demais desta linha; e em linha reta descendente serão genro/nora, enteado/enteada e os demais desta linha e, em linha colateral, não vai além do irmão ou irmã (cunhados).
· 	Há impedimento matrimonial entre as pessoas com parentesco por afinidade em linha reta, assim, não podem casar: * genro e sogra, sogro e nora; *padrasto e enteada mesmo que haja dissolução do casamento ou da união estável não podem casar (art. 1.521, II do CC). Os ex-cunhados podem casar entre si (linha colateral).
· OBS: Os afins entre si não terão impedimento para casar !
Parentesco: Linhas Reta Desc/Ascend. e Linha ColateralParentesco por Afinidade: Decorre Casamento ou U.E.
· Da Filiação. Reconhecimento dos filhos.
· Arts. 1.596 a 1.606, CC.
· Art. 227, § 6º, CF.
· ECA (Lei nº 8.069/90).
17
FILIAÇÃO
· Filiação: é o vínculo que liga pais e filhos.
· É relação de parentesco entre parentes consanguíneos ou civis (adoção ou socioafetividade) em linha reta de 1º grau.
· 	Direitos iguais, proibição de discriminação:art. 1596 CC e art. 227,§ 6º,CF.
· Os filhos são titulares do estado de filiação, os pais, do estado
de paternidade e maternidade.
· A experiência de maternidade ou paternidade não pressupõe a necessidade de herança genética dos pais.
18
· Presunção de filiação no casamento: art. 1.597, CC
· Presunção juris tantum (relativa). “Pater is est”
· As presunções se aplicam a união estável ?? (Informativo 508 STJ)
· a) Incisos I e II têm como base prazos pré-fixados.
· Conflito entre o inciso I e II resolve-se com o art. 1.598, CC.
· b) Incisos III, IV e V tem como pressuposto técnicas de reprodução medicamente assistida
· Enunciado 105 (CJF) – art. 1.597: as expressões “fecundação artificial”, “concepção artificial” e “inseminação artificial” constantes, respectivamente, dos incs. III, IV e V do art. 1.597 deverão ser interpretadas como “técnica de reprodução assistida.	19
Filhos de Reprodução Homóloga (art. 1597, III e IV do CC): Trata-se de técnica de reprodução assistida em que há o uso de material genético de ambos os pais (homem e mulher).
· Se finda a sociedade conjugal, na forma do art. 1597, IV CC, somente será presumida a filiação se houver autorização prévia, por escrito, dos ex-cônjuges para utilização dos embriões excedentários. Não se pode revogar o procedimento de implantação desses embriões, a presunção de paternidade é absoluta (Enunciado 107 das Jornadas de Dir. Civil).
· Para que a esposa viúva utilize material genético (post mortem) do marido que faleceu, deverá ter autorização escrita do ex-marido para que utilize desse material. Neste caso, haverá presunção de paternidade. Atenção: Há divergência doutrinária se haverá direito sucessório de filho nascido post mortem do pai porque feriria a CF (art 227 CF) na igualdade dos filhos! Enunciados 106 e 267 da Jornada de Civil.Direitos Nascituro post mortem
●
· Incisos III e IV se baseiam na concepção homóloga.
· 	Enunciado 106 (CJF) – art. 1.597, inc. III: para que seja presumida a paternidade do marido falecido, será obrigatório que a mulher, ao se submeter a uma das técnicas de reprodução assistida com o material genético do falecido, esteja na condição de viúva, sendo obrigatória, ainda, a autorização escrita do marido para que se utilize seu material genético após sua morte.
· 	Enunciado 107 (CJF) – art. 1.597, IV: finda a sociedade conjugal, na forma do art. 1.571, a regra do inc. Iv somente poderá ser aplicada se houver autorização prévia, por escrito, dos ex-cônjuges para a utilização dos embriões excedentários, só podendo ser revogada até o início do procedimento de implantação desses embriões.
Ler ainda Enunciados 257, 258e 570 da Jornada de Direito Civil.
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c) Filhos de Reprodução Heteróloga (art. 1597, V CC) – Estado de Perfilhação (declaram pais a vontade de ter filhos) - Material Genético de Terceiros
· Esta presunção visa instaurar a vontade de procriar do marido ou da mulher e que não possuem material genético. Privilegia-se a relação socioafetiva, pois a filiação pode se dar pela afetividade, fundada no afeto, sem depender da existência de laços consanguíneos.
· Neste caso, haverá técnica de reprodução assistida usando material genético de terceiro.
· Privilegia-se Sigilo do doador, porém reconhece-se a possibilidade da pessoa utilizar da ação de “investigação genética”, mas que não reconhece paternidade.
· Uso dessa técnica > deve haver autorização escrita do marido ou convivente > imediata presunção de paternidade.
· Se for utilizada cessão temporária de útero (provimentos 52/16 e 63/17 CNJ) > presunção de maternidade. Impede-se impugnação de paternidade pelo marido/companheiro.
· Inciso V se baseia na concepção heteróloga
Enunciado 104 (CJF) – art. 1.597: no âmbito das técnicas de reprodução assistida envolvendo o emprego de material fecundante de terceiros...
· A maternidade será presumida em favor daquela que forneceu o material genético, ou utilizou da técnica de reprodução assistida (heteróloga).
· Análise do Provimento 52/2016 do CNJ.
· Ler Enunciados 128 e 129 da Jornada de Civil.
· União estável e concepção heteróloga:
· Enunciado 570 (CJF) – O reconhecimento de filho havido em união estável fruto de técnica de reprodução assistida heteróloga "a patre" consentida expressamente pelo companheiro representa a formalização do vínculo jurídico de paternidade-filiação, cuja constituição se deu no momento do início da gravidez da companheira.
23
REPRODUÇÃO ASSISTIDA HETERÓLOGA/ CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
· Possibilidade de utilização dessa técnica e não será registrada o nome da mulher que concedeu o útero e nem discriminação se filiação materna ou paterna.
· Atenção: Há, ainda, possibilidade de transplante de útero de doadora morta !!
· Assento de nascimento por técnicas de reprodução assistida será feita no livro A independente de autorização judicial, com os documentos previstos no Art.17 do provimento 63/2017 CNJ.
· Resolução 2168/17 do Conselho Federal de Medicina: Clínicas podem utilizar para reprodução assistida ou serviços de reprodução a gestação substituta (cessão temporária do útero).
· Resolução CFM nº 2.168/2017: * Permissão de concessão do útero: Possibilidade de cessão temporária do útero para familiares em grau de parentesco consanguíneo descendente. Até então, de primeiro a quarto graus, somente mãe, avó, irmã, tia e prima poderiam participar do processo de gestação de
substituição.
· A filha e a sobrinha também podem ceder temporariamente seus úteros.
· Pessoas solteiras também passam a ter direito a recorrer a cessão temporária de útero. Demais casos estão sujeitos à autorização do Conselho Regional de Medicina. A cessão temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo.
· Gestação compartilhada, opção já anteriormente contemplada para casos de união homoafetiva feminina.
· Prazo para descarte de embriões ocorreu para manter o texto em sintonia com a Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/2005), que permite a utilização para pesquisa de embriões congelados há três anos ou mais.
· Idade máxima para participação como doador = 35 anos para mulheres e de 50 anos para homens. No caso da transferência do embrião para o útero de paciente, não podem se submeter a este tratamento mulheres com mais de 50 anos. Exceções devem ser justificadas pelo médico.
· Proibidos e podem ser penalizados os médicos que comercializam embriões ou, praticam seleção de embriões por conta de características biológicas.
Prova da Filiação / Condição de Filho
· A) Pela certidão de nascimento (art. 1603 CC e 590 LRP)
Atenção: Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta desse registro, é presunção de filiação, SALVO e unicamente se provar que houve ERRO ou FALSIDADE (art. 1604 CC).
*Trata-se dos casos em que alguém (namorado, por ex.) registra criança da namorada como se filha fosse. Neste caso , NÃO poderá aquele que registrou requerer negatória de paternidade biológica, pois NÃO adveio de ERRO ou Falsidade.
*Se há caso de erro ou falsidade qualquer pessoa contestar o REGISTRO (irmãos do "falso irmão") mediante ação de anulatória de registro !
Mãe biológica com Registro do filho Anterior ao namoro
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· B) Por testamento , Escritura Pública e Por termo nos autos.
· c) por qualquer modo admitido em Direito: investigação de paternidade,
testamento, escrituras públicas ou documentos particulares, nos autos de qualquer processo, até carta familiares, declarações, diários (da família, hospitalar) que registram o casamento, outros ( art.1605 CC);
· d) Posse de estado de filho (arts.1593 e 1605, II CC): Filiação pode ser por
“outras origens” e resulta de fatos certos, presentes : nomen: traz nome paterno, tractatus: tratado como filho e fama: constantemente reconhecido externamente como presumidamente pais e filho.
· *Comumente tratada como Adoção à Brasileira = i)Paternidade ou maternidade socioafetiva = independente de registro civil ou ainda,
· ii) pode haver Paternidade Socioafetiva quando realiza o registro civil SEM ERRO OU FALSIDADE e por fim,
· iii) Paternidade Socioafetiva pode ser requerida por investigação judicial de pai/mãe socioafetiva ou extrajudicialmente pode ser Reconhecida pelo pai,
em Cartório, o filho socioafetivo (Provimento 63/17 e 83/19 CNJ).
· Enunciado 519 (CJF) - Art. 1.593. O reconhecimento judicial
do vínculo de parentesco em virtude de socioafetividade deve ocorrer a partir da relação entre pai(s) e filho(s), com base na posse do estado de filho, para que produza efeitos pessoais e patrimoniais.
*FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA: vínculo se externa na vida social à semelhança de outras relações fundadas no afeto . A paternidade socioafetiva é uma espécie de paternidade em que não existe um vínculo de sangue ou adoção, mas um vínculo de pai e filho, que surge do afeto, carinho, reciprocidade no tratamento como pai e filho. *Pode ser reconhecida Multiparentalidade: vínculo biológico e socioafetivo !
*O reconhecimento concomitante é válido desde que prestigie os interesses da criança. “O melhor interesse da criança deve sempre ser a prioridade da família, do Estado e de toda a sociedade, devendo ser superada a regra de que a paternidade socioafetiva prevalece sobre a biológica, e vice-versa”.
ARTIGOS RELACIONADOS AO TEMA:
Multiparentalidade: interesse da criança	Artigo IBDFAM: Filiação
Multiparentalidade: não retira deveres pai biológico
Dupla paternidade = oitiva da criança
DESTAQUE: “A verdadeira paternidade pode também não se explicar apenas na autoria genética da descendência. Pai também é aquele que se revela no comportamento cotidiano, de forma sólida e duradoura, capaz de estreitar os laços de paternidade numa relação psico-afetiva, aquela, enfim, que além de poder lhe emprestar seu nome de família, o trata verdadeiramente como seu filho perante o ambiente social”.Ministra Nancy Andrighi.
Parecer Ministra Nancy Andrighi em 2012: “A filiação socioafetiva pode estar acompanhada de outros tipos de filiação. O filho pode ser ao mesmo tempo biológico, registral e socioafetivo. A filiação também pode ser registral e socioafetiva, mas não biológica. É o caso da filiação que se estabelece por adoção, pela chamada adoção à brasileira, bem como pela paternidade assistida heteróloga. O pai aparece no registro e mantém uma relação de afetividade filial com a criança, mas não é o genitor biológico. Outra situação é o da paternidade biológica e socioafetiva, mas não registral. É o caso, por exemplo, do filho que está registrado apenas no nome da mãe e convive com o pai, mas não consta no registro de nascimento o nome do genitor. Ainda é possível apenas a filiação socioafetiva, que neste caso não coincide nem com a filiação biológica, nem com a filiação registral, mas é meramente socioafetiva,como é o caso dos denominados filhos de criação”.
30
https://www.conjur.com.br/2019-set-09/provimento-alterou-regras-reconhecime nto-filiacao-socioafetiva
https://ibdfam.org.br/noticias/na-midia/16555/Padrasto+consegue+na+Justi%C 3%A7a+reconhecimento+de+paternidade+socioafetiva	= PADRASTO
STF
Tese repercussão geral emitida pelo em 2016 no REx 898.060-SC “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios”.
31
Ações de Prova de Filiação
a) compete SÓ ao filho contra pai/mãe a ação de investigação de ma/paternidade biológica ou socioafetiva enquanto viver, passando para seus herdeiros a continuidade da referida ação (art. 1.606 CC). Com a procedência desta ação o filho PODE (ou não) pedir o cancelamento do registro anterior (incluirá o do pai biológico).
b) investigação de parentalidade avoenga (avós, irmãos) status familiae. Busca-se o estado familiar junto aos avós, imprescritível. Pretende o reconhecimento familiar (biológico ou afetivo) e, consequentemente efeitos pessoais (estado de neto, irmão) e patrimoniais (direito sucessório).
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· Ações de Prova de Filiação
Enunciado 521 (CJF) - Art. 1.606. Qualquer descendente possui legitimidade, por direito próprio, para propor o reconhecimento do vínculo de parentesco em face dos avós ou de qualquer ascendente de grau superior, ainda que o pai não tenha iniciado a ação de prova da filiação em vida.
c) investigação genética fundamenta-se nos direitos da personalidade, ou seja, neste caso a pessoa já possui estado de filiação paterno/materno, porém pretende buscar sua origem ancestral de ascendência (origem biológica da adoção ou do doador de gametas). Não surtirá nenhum efeito pessoal e de filiação ou patrimonial para o investigado.
33
· Ações de Prova de Filiação:
· Ação de Negatória de Paternidade (art 1599 a 1602 CC) contra o filho.
Só cabível aos pais que tenham feito o registro de pessoa como filho, ela é imprescritível, de ordem pessoal e pelas circunstâncias possíveis de :
· * Erro ou Falsidade
· * Adultério (prova por DNA)= filho fruto do adultério
· * Não havia possibilidade de inseminação, pois não doou gametas.
· * Esterilidade e vasectomia.
34
Ações de Prova de Filiação:
Ação de Negatória de Paternidade (art 1599 a 1602 CC) contra o filho.
Só cabível aos pais que tenham feito o registro de pessoa como filho, ela é imprescritível, de ordem pessoal e também é possível alegar:
· doença grave que impede de ter relações sexuais (impot. coeundi)
· impotência coeundi (prática ato sexual) ou generandi (gerar filhos)
· reprodução heteróloga SEM autorização.
Importante: *Se o pai/mãe morreram e, já propuseram ação de negatória de ma/paternidade os herdeiros podem continuar na ação (1601 §1º CC).
*Se há caso de erro ou falsidade qualquer pessoa contestar o registro civil	mediante ação de ANULAÇÃO DE REGISTRO (art 1604 CC) !
Artigos sobre o tema	clicar aqui:Impugnação de Paternidade e Anulação de Registro X impugnação de Paternidade	35
IMPORTANTE: O êxito na ação de negatória de paternidade depende de demonstração, a um só tempo, da inexistência da origem biológica e também de que não tenha sido constituído o estado de filiação socioafetivo edificado na convivência familiar, afetividade. A tese de que o pai não é biológico não é suficiente, pois se pode acolher a prova da socioafetividade no caso concreto, reciprocidade de pai e filho.
Caso ocorra a hipótese acima, incidirá a chamada Multiparentalidade: possibilidade de duplicidade de registro civil no nascimento e essa foi a tese repercussão geral emitida pelo STF em 2016 no REx 898.060-SC:“A paternidade socioafetiva, declarada ou não
em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios”.
Acesso aqui Migalhas : Multiparentalidade - 2021	36
· Ação negatória de paternidade no casamento: art. 1.601, CC
· Enunciado 258 (CJF) - arts. 1.597 e 1.601: não cabe a ação prevista no art. 1.601 do código civil se a filiação tiver origem em procriação assistida heteróloga, autorizada pelo marido nos termos do inc. V do art. 1.597, cuja paternidade configura presunção absoluta.
· Enunciado 519 (CJF) - Art. 1.593. O reconhecimento judicial do vínculo de parentesco em virtude de socioafetividade deve ocorrer a partir da relação entre pai(s) e filho(s), com base na posse do estado de filho, para que produza efeitos pessoais e patrimoniais.
· Enunciado 520 (CJF) - art. 1.601. O conhecimento da ausência de vínculo biológico e a posse de estado de filho obstam a contestação da paternidade presumida.	37
DESTAQUE* A MÃE só pode contestar sua maternidade se provar a falsidade desse termo de nascimento (art 1608 CC) posto não ter ocorrido o parto ou por ter havido equívoco na qualificação da verdadeira mãe.
Ex: pai declara que é da esposa e não é, ou casos de troca na maternidade.
*Clicar aqui: Troca de bebês = adoção
38
DECLARAÇÃO DE FILHO (Certidão Nascimento)	Reconhecimento Voluntário ou Involuntário de Filho
	Comment by Luis: Aula 5ª – 11.03.2020
Filho pode ser declarado como tal porque:
a) Pai Biológico = registra-o = certidão de nascimento
b) Nome só do pai registral = adoção à brasileira = Pai socioafetivo (não há erro falso/falsidade)
· Ler arts 1609 § único e 1614 CC.
Atenção: O filho pode pedir investigação de paternidade biológica e/ou socioafetiva a qualquer tempo e, no seu registro, poderá constar dois pais e até duas mães
=Multiparentalidade . Prov 63/17 CNJ
Filho pode não ter na certidão de nascimento o nome do pai e, então poderá ser reconhecido:
a) Pai biológico ou socioafetivo vai ao CRC e reconhece como filho o adolescente maior de 12 anos. O maior de 12 anos deve anuir (Prov. 83/19 CNJ).
b) Pai socioafetivo pede reconhecimento de filho socioafetivo (sem pai biológico no registro) = só pela via judicial.
c) Pai biológico pede reconhecimento de filho biológico - menor de 12 anos - mesmo que tenha pai socioafetivo no registro= deverá ser feito só pela via judicial.
d) Pai socioafetivo pede reconhecimento de socioafetividade de uma criança já registrada com pai biológico na certidão. Haverá necessidade de haver processo judicial e pai biológico é citado..
DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS - 1.607, CC.
· 1) Reconhecimento Voluntário ou Perfilhação: - Ato personalíssimo = natureza de ato jurídico strictu sensu = irrevogável
· “Art. 27 ECA: O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.”
· Invalidade desse ato só por reconhecimento judicial de nulidade ou anulação
· 	Herdeiro não pode contestar reconhecimento de paternidade que pai fez, porém cabível ação impugnação de paternidade em caso de erro ou falsidade = prova que o pai não sabia que foi enganado.
· Pai ou mãe biológico pode pleitear o reconhecimento direto em cartório de registro civil:
- Caso haja registro anterior não conseguirá via extrajudicial
· Procedência do pedido de reconhecimento poderá ser feito cancelamento do registro anterior e averbação no registro civil da criança
· Caso o pai registral já tenha estabelecido com a criança a afetividade poderá haver a
duplicidade de registro: um pai socioafetivo e outro biológico (Provimento 63/2017 CNJ)	40
PROCEDIMENTO RECONHECIMENTO PATERNIDADE SOCIOAFETIVA: CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL
· > NÃO é mais permitido o pai compareça em Cartório junto com a mãe do filho menor e firme declaração especial de reconhecimento de filho menor.
· 	Pelo Provimento 83/19 CNJ: “Somente as pessoas (filhos) acima de 12 anos poderão se valer do registro da filiação socioafetiva pela via extrajudicial, restando aos menores desta idade apenas a via judicial. A principal razão para essa mudança diz respeito à preocupação com a possibilidade de burla à adoção”.
· > Se só a mãe comparece para registro do filho encaminha-separa o juiz corregedor e MP para investigação do suposto pai.
· > Se o filho que tiver 12 anos em diante depende de autorização dele para reconhecimento de paternidade voluntário ou judicial (art 1614 CC e art. 4ºda Lei Investigação de Paternidade).
· > Se o filho for menor de 12 anos SÓ pode haver reconhecimento pela via judicial.
· > LER Provimento CNJ 63/17 e 83/19
· Atenção:	Reconhecimento	de	filho	morto	só	é	possível	se	este	deixar descendentes/herdeiros (art. 1.609, parágrafo único CC), isso para evitar fraude a direito sucessório.										41
Reconhecimento Voluntário de Filho Socioafetivo
*Provimento 63/17 do CNJ = Permissão aos Cartórios de Registro Civil efetivarem o registro de pais socioafetivos independente de processo judicial.
*O provimento unifica no território nacional a autorização do reconhecimento voluntário da parentalidade socioafetiva perante os oficiais de registro civil das pessoas naturais, ou seja, extrajudicialmente, tornando desnecessária a provocação das varas de família e da infância e juventude.
*Para o CNJ, quaisquer pessoas maiores de 18 anos, independentemente do estado civil, poderão reconhecer a paternidade e a maternidade socioafetiva, salvo irmãos e ascendentes e desde que sejam 16 anos mais velhas do que o filho a ser reconhecido.
*Os interessados devem ir a qualquer cartório de registro de pessoas naturais — ainda que diverso daquele em que lavrada a certidão de nascimento —, na posse dos documentos pessoais, sendo ainda necessária a anuência dos genitores registrais e o consentimento do filho (maior de 12 anos de idade).
· Se houver registro anterior e o pai registral não consentir o duplo registro deve-se recorrer ao Judiciário.
· Estabelecimento da multiparentalidade, ou seja, a possibilidade de se ter mais de dois genitores
42
no assento de nascimento.
Principais requisitos para o procedimento extrajudicial de reconhecimento de filiação socioafetiva com o advento do Provimento 83/19 CNJ:	Comment by Luis: Apresentar prova de socio afetiva
· Exclusivamente para filhos acima de 12 anos, que deverão consentir;
· Reconhecimento exclusivamente unilateral (somente um pai ou uma mãe socioafetiva);
· Necessidade de apresentação de prova do vínculo afetivo;
· Consentimento do pai/mãe biológicos;
· Atestado do registrador sobre a existência da afetividade;
· Parecer favorável do Ministério Público, que equivalerá ao deferimento
O ônus da prova da afetividade cabe àquele que requer o registro extrajudicial, admitindo-se todos os meios em Direito admitidos, especialmente por documentos, tais como elencados em rol meramente exemplificativo ou numerus apertus:a) apontamento escolar como responsável ou representante do aluno em qualquer nível de ensino;	Comment by Luis: Provas 
b) inscrição do pretenso filho em plano de saúde ou em órgão de previdência privada;
c) registro oficial de que residem na mesma unidade domiciliar;
d) vínculo de conjugalidade, por casamento ou união estável, com o ascendente biológico da pessoa que está sendo reconhecida;
e) inscrição como dependente do requerente em entidades associativas, caso de clubes recreativos ou de futebol; f) fotografias em celebrações relevantes; e g) declaração de testemunhas com firma reconhecida (art. 10-A, § 2º, do Provimento n. 83 do CNJ).	Comment by Luis: Serve para reunir provas para declarar união estável.
Impugnação de reconhecimento de paternidade (biológica ou socioafetiva):	Comment by Luis: Liberdade da pessoa
· Filho reconhecido enquanto menor pela mãe e o pai poderá impugnar este reconhecimento de paternidade em até 04 anos após atingir a maioridade cancelando os dados do pai no registro civil (art. 1614 CC).	Comment by Luis: O filho reconhecido sendo menor 
· Esta impugnação é um exercício de direito de ter ou não como pai/mãe quem reconheceu o titular como filho havido fora do casamento ou da união estável posterior ao seu registro. A impugnação é ato de liberalidade que não necessita de existência de origem genética ou qualquer outra situação que contraria a paternidade biológica ou socioafetiva.
· Não se trata esta ação de perquirir o dado da biologia para impor um pai a quem o rejeita !
· Lembre-se que se o filho for maior, não há reconhecimento de	Comment by Luis: Ou de 12 anos 
paternidade sem seu consentimento !	45
COMPLEXIDADE DAS QUESTÕES DE FILIAÇÃO :filho	X	suposto	pai	biológico	(investigatória)	-
viabilidadesuposto	pai	biológico	X	filho
(investigatória/declaratória) - viabilidade de filho) - viabilidadefilho X pai socioafetivo post mortem (declaratória, idem
filho X pai socioafetivo (declaratória, posse de estado
supra) - viabilidade genética) - viabilidadefilho	X	suposto	pai	biológico	post	mortem
filho X suposto pai biológico (declaratória,	de origem
(investigatória) - viabilidade
pai registral X filho (negatória, vício ou erro, s/ socioafetividade) - viabilidade
pai	registral	X	filho	menor	(negatória fundada em mera dúvida) - inviabilidade
pai registral X filho (negatória - adoção à brasileira) - inviabilidade
pai	registral	E	filho	menor	(negatória consensual) - inviabilidade
pai	registral	E	filho	maior	(negatória consensual) - viabilidade
pai	registral	X	pai	afetivo	e	filho (multiparentalidade) - viabilidade
herdeiros	do	pai	falecido	X	filho (negatória) - inviabilidade
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
João, atualmente com onze anos de idade, é filho biológico de Rosana e Marcos, devidamente reconhecida a paternidade e constante em seu registro de nascimento. O genitor exerce direito de visitas e paga pensão alimentícia ao filho. Desde que João tinha um ano de idade, Rosana vive em união estável com Anderson, que trata a criança como seu próprio filho, havendo reciprocidade no tratamento. Anderson comparece à Defensoria Pública dizendo que gostaria de ser reconhecido como pai da criança, mas não gostaria de excluir a paternidade biológica, com o que concordam Rosana e João. Neste caso, o Defensor Público deverá
a) apenas orientar juridicamente as partes, explicando a inviabilidade da pretensão de Anderson tanto em via administrativa como judicial, por esbarrar em norma expressa no Código Civil que veda tal possibilidade.
b) encaminhar os interessados diretamente ao Cartório de Registro de Pessoas Naturais, a fim de reconhecer administrativamente a paternidade socioafetiva e, assim, acrescer o nome de Anderson como pai socioafetivo de João, sem excluir a paternidade biológica.
c) ajuizar ação de adoção unilateral proposta por Anderson, cumulada com destituição do poder familiar em relação ao genitor biológico, cumulando na inclusão do nome de Anderson como pai de João, sem a necessidade de excluir a paternidade biológica.
d) ajuizar ação declaratória da paternidade socioafetiva de Anderson em relação a João, postulando o reconhecimento da multiparentalidade, com a preservação da paternidade biológica já reconhecida
e) encaminhar as partes ao Cartório de Registro de Pessoas Naturais, a fim de solicitar o registro.
Poder familiar
Trata de conjunto de direitos e obrigações quanto à pessoa e bens dos filhos menores, não emancipado, e é exercido por ambos os pais com interesse na proteção do filho. É “munus” público ( poder-dever) irrenunciável, indisponível e indivisível, com algumas exceções e ainda, é incompatível com a tutela.
Se a criança não tem pais = TUTELA = nomeação em juizo. SÓ OS PAIS TEM PODER FAMILIAR. Os avós não tem, o tutor não, tios não tem. Lei traçará alguns exercícios do poder familiar
· Por determinação da lei, compete aos pais quanto às pessoas dos filhos menores (art. 1634 CC):
a) tê-los em sua companhia e guarda: é direito de ambos os pais ter o filhos em sua companhia e podem utilizar até da ação de busca e apreensão para tê-los para si ainda que os pais estejam separados/ divorciados. Necessário estabelecer regras de visita e guarda;
b) dirigir-lhes a criação e educação (Lei 8.069/90 artigos 4º, 19, 53 e 55): pode constituir até perda do poder familiar quando falta o dever de criação;MEDIAÇÃO = SOLUÇÃO de litígio pais = educação
c)conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casar. IDADE NUBIL =16 anos = autorizaçãopais
d) nomear-lhes tutor, por testamento, se o outro pai não sobrevier, ou se sobreveio não puder exercitar o poder familiar:
e) representá-los, até os 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-los após essa idade, suprindo-lhes o consentimento
f) reclamá-los de quem ilegalmente os detenha: busca e apreensão
g) exigir que lhes preste obediência e respeito: Interessante abordar que o castigo pode ocorrer desde que o faça com moderação. Caso não seja assim, mediante denúncia, os pais podem perder o poder familiar (art. 1.638, I do CC).
Suspensão do poder familiar:
A suspensão do poder familiar trata-se de uma sanção conferida em processo judicial, em que se visa preservar os interesses do filho, privando o pai/mãe ou ambos, temporariamente, do exercício do poder familiar. Há possibilidade do retorno desse poder quando estiver desaparecida a causa que originou a suspensão.
A ação para suspensão do poder familiar pode ser proposta por qualquer parente ou até mesmo pelo Ministério Público, lembrando que esta sanção pode ser apenas a um filho específico privando o pai dos seus direitos inerentes ao poder familiar e não mais usufruindo dos bens do menor.
Ainda assim, serão devidos alimentos !
As possíveis causas que geram a suspensão do poder familiar serão (art. 1637 e § único do CC): a)abuso do poder por parte do pai ou mãe;
b)falta aos deveres paternos; c)dilapidação dos bens do filho;
d) condenação por sentença irrecorrível, em virtude de CRIME cuja pena exceda há 2 anos
e) maus tratos, crueldade, exploração ou perversidade do genitor que comprometa a saúde, segurança e moralidade do filho.
Destituição do poder familiar
Neste caso a sanção é mais grave que a suspensão. A destituição deve ser imposta por sentença, ao pai ou mãe que pratica qualquer um dos atos que a justificam sendo, em regra, permanente.
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
*Pela Lei 13.715/18 foi acrescido parágrafo único ao art. 1638 CC, que prescreve:
“Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que:
I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar:
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;
b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão; II – praticar contra filho, filha ou outro descendente:
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;
b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão.”
Extinção do poder familiar:
Ocorrerá a extinção deste poder quando houve morte dos pais ou do filho; pela emancipação do filho; pela maioridade do filho e pela adoção (art. 1635 CC).
Usufruto e Administração dos Bens do Menor
No que tange a responsabilidade dos pais aos bens do menor a lei determina que os pais, enquanto exercerem poder familiar, poderão usufruir desses bens e deverão administrá-los conservando-os (art. 1.689 do CC).
Os pais - como administradores dos bens do menor - não poderão vender ou gravar os referidos bens nem contrair obrigações que ultrapassem os limites da administração, a não ser que seja indispensável para salvaguardar a educação e necessidades do menor e, com autorização judicial, poderão vender ou onerar os bens do menor (art. 1.691 do CC).
Os bens que estão excluídos do usufruto e da administração dos pais (art. 1.693 do CC) serão:
a) os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do reconhecimento;
b) os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício de atividade profissional e os bens com tais recursos adquiridos;
c) os	bens	deixados	ou	doados	ao	filho,	sob	a	condição	de	não	serem	usufruídos,	ou administrados, pelos pais;
Proteção e Guarda dos Filhos
O legislador civil, bem como o constitucional, mostra preocupação com as pessoas dos filhos menores ou incapazes (pais curadores) quando sobrevém a separação ou divórcio dos pais detentores do poder familiar.
* A guarda dos filhos é inerente ao poder familiar, todavia, com a separação ou divórcio há necessidade de ver quem ficará com ela.
*Tema de bastantes debates nos Tribunais = contém as leis cláusulas abertas = merece sempre novas abordagens que atendam as necessidades dos menores e dos pais.
*Destina-se a guarda = prestação de assistência material, moral e educacional ao menor.
*Confere ao genitor ou pessoa que a possui o direito de usar das medidas judiciais cabíveis para opor-se a terceiros, inclusive contra os próprios pais.
*A guarda pode ser concedida durante o processo judicial ou em escritura pública (quando resolvida na via judicial(alvará) todas as questões relacionadas aos filhos menores/incapazes) de divórcio/ separação, podendo ser alterada sempre que for necessário, pois tem-se em vista buscar o bem-estar do filho (art. 1.583 do CC). NGCJ-SP - nº 87.2
Proteção e Guarda dos Filhos
· A lei civil no seu artigo 1.584 mostra relevância na proteção do menor quando os pais não decidem sobre a guarda quando há a separação.
· Para o legislador a guarda deve ser concedida com foco no melhor interesse da criança, ou seja, utiliza-se de uma expressão aberta, abrangente e que deve ser interpretada em preservação da criança. (ECA)
· 	Judiciário deve ter o cuidado de ver qual o melhor ambiente para ser vivido pelo menor que muitas vezes não está ligado a questões financeiras e sim ao bem-estar físico e espiritual (melhor desenvolvimento material e afetivo) o qual pode estar com a mãe, com o pai ou mesmo com um terceiro.
· Quando nenhum dos pais oferece condições para atender o interesse da criança (material e afetivo) o juiz pode deferir a guarda a pessoa idônea da família de qualquer dos cônjuges e que revele compatibilidade com a natureza da medida, levando em conta a "relação de afinidade e afetividade" com os filhos (art. 1584 § 5º do CC).
Pai proibido de visitar filho: participação em festas
Proteção e Guarda dos Filhos
Lei 11.698/08 e a atual Lei 13.058/14 confere que os laços de afinidade e de afetividade é que devem fixar a guarda dos menores, podendo ela ser conferida de forma unilateral ou compartilhada. Além disso, as considerações feitas até agora com relação a guarda também podem ser conferidas aos filhos maiores, mas incapazes, conforme preceitua o artigo 1.590 do Código Civil.
GUARDA UNILATERAL
· Pelo § 1º do art. 1.583 do Código Civil verifica-se que esta é "atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua". Nesta espécie de guarda um dos cônjuges (ou alguém que o substitua) terá a guarda, enquanto o outro genitor terá o direito de visitas.
· 	O grande inconveniente é que um dos pais ficará com convivência diária muito menor, porém não o retira do poder familiar em especial de questionar acerca do comando do guardião, decidir sobre a educação e formação moral do filho, podendo até recorrer ao Judiciário se houver excessos por parte do guardião.
· Por esta razão, a Lei 11.698/08 e, atualmente, pela Lei 13.058/14 há o incentivo da guarda compartilhada por atender de forma mais satisfatória as necessidades específicas do filho.
GUARDA COMPARTILHADA
· Trata da responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
· Esta espécie de guarda não deve ser imposta pelo juiz, mas sim como uma formamais adequada de convivência do menor com seus pais e que atende aos interesses deles e dos filhos.
· Compartilhamento de responsabilidade não implica a alternância de residência. Deve ser fixada uma residência para o menor para desenvolver suas atividades diárias.
· Os filhos terão sempre uma residência fixa/principal para garantir sua estabilidade emocional e educacional (estabelecer rotina) o que não exclui o direito do ex-consorte ter o filho consigo em dias não determinados.
· Há a chamada “moradia-base”(1583, §3º CC). A finalidade essencial da guarda compartilhada está na ampla conscientização do papel dos pais e referência na formação da identidade do filho.
Guarda Compartilhada e Alienação Parental
· Pela Lei 13.058/14 mostra que a preferência do compartilhamento do menor é melhor do que a guarda individual (art. 1.584 § 2º do CC), pois acaba garantindo maior participação de ambos os pais no crescimento e desenvolvimento das crianças.
· Como a pessoa humana é repleta de atributos que podem tanto beneficiar quanto prejudicar seus semelhantes, a guarda compartilhada não foi suficiente para solucionar as desavenças entre o casal quando do término do relacionamento.
· 	Os ressentimentos que podem continuar existindo podem gerar vingança e represálias como o afastamento do outro genitor da convivência dos filhos, de manipular e denegrir a imagem do ex-cônjuge perante os filhos e ainda, inviabilizar o direito de visitas.
· Para situações como essas, a doutrina intitulou como “Síndrome da Alienação Parental” a qual vem definida pela interferência psicológica de um genitor na criança ou adolescente que denigre a imagem do outro genitor ou de outros parentes.
· Dessa forma, o Estado interveio na solução de problemas como esse e promulgou a Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010 em que visa coibir a denominada Alienação Parental dispondo no seu artigo 2º o seguinte:
Alienação Parental
“Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II – dificultar o exercício da autoridade parental;
III – dificultar contato de criança ou adolescente com o genitor;
IV – dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
V – omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço.”
Alienação Parental
· Para que seja reconhecida a alienação parental é necessário requerimento expresso da parte interessada em processo que estiver em andamento ou em ação própria para que o juiz possa tomar as medidas necessárias para proteção psicológica da criança.
· O reconhecimento de alienação parental também pode ser feito de ofício pelo juiz que mandará ouvir o Ministério Público e, após tomará as medidas de urgente que achar cabível.
Após o procedimento de apuração da alienação parental, a referida lei aponta as sanções aplicáveis ao genitor infrator, in verbis:
“Art. 6º Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso:
I – declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;
II – ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III – estipular multa ao alienador;
IV – determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
V – determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI – determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente;
VII – declarar a suspensão da autoridade parental.
Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar.”
Alienação Parental
· O art. 699 do CPC/15 recepcionou esse instituto podendo tomar depoimento do incapaz para averiguar se há alienação parental com acompanhamento de especialistas. O juiz pode deferir “ in limine” a alteração da guarda se identificada a alienação, mesmo sem equipe multidisciplinar. Perícias, e-mails, rede sociais são usados para identificação da alienação.
· As chamadas “Falsas memórias” é a identificada quando há influência do genitor sobre a criança sugestionando-a a memórias de eventos que não ocorreram e, por consequência ela verbaliza abusos que não ocorreram. Distorção deve ser analisada por profissionais habilitados.
· Diante disso, a guarda compartilhada parece conferir maiores prerrogativas aos pais, fazendo com que estejam presentes de forma mais intensa na vida dos filhos. Além disso, com a participação efetiva de ambos os pais na educação e crescimento dos filhos possivelmente diminuirá potencialmente os desgastes psicológicos da criança minorando os efeitos que a separação sempre acarreta nos filhos.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Júlio, casado com Isabela durante 23 anos, com quem teve 3 filhos, durante audiência realizada em ação de divórcio cumulada com partilha de bens proposta por Isabela, reconhece, perante o Juízo de Família, um filho havido de relacionamento extraconjugal. Posteriormente, arrependido, Júlio deseja revogar tal reconhecimento. Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) O reconhecimento de filho só é válido se for realizado por escritura pública ou testamento.
B) O reconhecimento de filho realizado por Júlio perante o Juízo de Família é ato irrevogável.
C) O reconhecimento de filho em Juízo só tem validade em ação própria com essa finalidade.
D) Júlio só poderia revogar o ato se este tivesse sido realizado por testamento.
2) Com relação a filiação, podemos afirmar que:
I- qualquer pessoa pode impugnar a paternidade que consta no registro civil, inclusive a própria mãe da criança, sem exceção.
II- compete só ao filho a ação de investigação de paternidade biológica ou socioafetiva, não podendo passar aos herdeiros a continuidade desta ação .
III- presumem-se concebidos na constância do casamento, os filhos havidos de inseminação artificial heteróloga, mesmo sem autorização prévia do marido.
IV - a impugnação de reconhecimento de paternidade pode ser feita pelo filho reconhecido em até 04 anos desde a data que tornar-se capaz, porém, terá que provar a falsidade da declaração feita pelo pai que o reconheceu
V- o reconhecimento póstumo por ascendente de filho morto só pode ocorrer se este último tiver deixado descendente
VI- na investigação de parentalidade busca-se estado de filiação e que é possível haver essa busca inclusive com relação aos avós (filiação avoenga)
Quantas afirmações estão corretas? a)Duas
b)Três c)Quatro d)Cinco e)Seis
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
3-(OAB) Augusto e Raquel casam-se bem jovens, ambos com 22 anos. Um ano depois, nascem os filhos do casal: dois meninos gêmeos. A despeito da ajuda dos avós das crianças, o casamento não resiste à dura rotina de criação dos dois recém-nascidos. Augusto e Raquel separam-se ainda com os filhos em tenra idade, indo as crianças residir com a mãe. Raquel, em pouco tempo, contrai novas núpcias. Augusto, em busca de um melhor emprego, muda-se para uma cidade próxima.
A respeito da guarda dos filhos, combase na hipótese apresentada, assinale a afirmativa CORRETA A)A guarda dos filhos de tenra idade será atribuída preferencialmente, de forma unilateral, à mãe.
B) Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos será dividido de forma matemática entre o pai e a mãe.
C) O pai ou a mãe que contrair novas núpcias perderá o direito de ter consigo os filhos.
D) Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será a que melhor atender aos interesses dos filhos.
4)Fábio e Eliana foram casados e tiveram um filho chamado Enzo. Após terem se divorciado, foi determinado judicialmente que ambos teriam a guarda do menino. Alguns meses após a separação, durante uma discussão por questões financeiras, Fábio chamou Eliana de prostituta, por ela estar em um novo relacionamento, e a agrediu, causando-lhe lesão corporal de natureza grave. À luz do Código Civil, é correto afirmar que Fábio: A)poderá perder o poder familiar de Enzo por decisão judicial.
B) poderá perder o poder familiar de Enzo somente se comprovado que ele agrediu também o menino.
C) não poderá perder o poder familiar de Enzo, somente a sua guarda.
D) não poderá perder nem o poder familiar de Enzo, nem a sua guarda.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
5- (MP-PR) Perderá por ato judicial o poder familiar aquele que:
I - castigar imoderadamente o filho.
II - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção.
III - praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão.
IV - praticar contra filho, filha ou outro descendente, homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar.
A) Estão corretas apenas I e II.
B) Estão corretas apenas III e IV.
C) Estão corretas apenas I, II e IV.
D) Estão corretas apenas II, III e IV.
E) Todas estão corretas.
6- (MP-PI) Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente de acordo com o entendimento do STF.
A paternidade socioafetiva, por estar declarada em registro público, impede o reconhecimento do vínculo de filiação baseado na origem biológica.
(	) Certo	(	) Errado
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
7) Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente de acordo com o entendimento do STF.
a paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com todas as suas consequências patrimoniais e extrapatrimoniais.
Certo ( )	Errado ( )
8) Examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I - No atual contexto do ordenamento jurídico, é possível afirmar que toda paternidade/maternidade é socioafetiva.
II - A filiação, no direito brasileiro se fundamenta no seguinte tripé: a igualdade entre os filhos, a desvinculação ao estado civil dos seus pais e a proteção integral do Estado, salvo a filiação decorrente da adoção.
III - Quando nenhum dos pais oferece condições para atender o interesse da criança o juiz pode deferir a guarda a pessoa idônea da família de qualquer dos cônjuges
IV - A posse do estado de filho trata de uma construção doutrinária que é aceita pela jurisprudência, para que se caracterize a afetividade como corolário básico das relações familiares.
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I e IV.
E) III e IV .
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
OAB - A regulamentação da guarda dos filhos de pais separados no direito brasileiro vem sofrendo alterações desde Lei do Divórcio (Lei 6.515/77), procurando atender à orientação constitucional de prevalência do interesse e de ampla proteção à criança e ao adolescente. Assim, o ordenamento jurídico brasileiro prevê:
A) a guarda unilateral, atribuída a um só dos genitores, não se admitindo a sua substituição por outra pessoa, na qual a responsabilização é conjunta dos pais que não vivem sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
B) a guarda compartilhada, em que há responsabilização individual e intercalada e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. C)a guarda unilateral, atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua; e a guarda compartilhada, aquela em que há responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns
D) a guarda unilateral, atribuída a ambos os genitores, a cada um individualmente e ao seu tempo; e a guarda compartilhada, aquela cuja responsabilização é conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe, desde que vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
E) a guarda unilateral, atribuída aos dois genitores, um em substituição ao outro, desde que a prole more com ambos simultaneamente; e a guarda compartilhada, aquela em que há responsabilização simultânea e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
10- Com relação a guarda, assinale a alternativa correta:
a) A guarda dos filhos será sempre compartilhada.
b) Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma idêntica entre a mãe e com o pai.
c) Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses dos filhos.
d) A guarda compartilhada dos filhos poderá ser requerida pelos pais em consenso, mas não poderá ser decretada pelo juiz.
e) O direito de visita não pode se estender aos avós.
11- Sobre a Guarda, julgue as afirmações abaixo como falsas ou verdadeiras, e assinale a alternativa correta.
I-a guarda regida pelo ECA é deferida à criança ou adolescente que, por abandono dos pais, necessita de ser inserida em família substituta
II- Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses dos filhos.
III- Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor os genitores escolherem por acordo
IV- Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
a) FFVF
b) VFFF
c) VVVF
d) VVFV
e) VVVV
13)Sobre o Direito de Família, julgue as assertivas:
I –a paternidade socioafetiva tem prevalência sobre a biológica.
II – a realidade jurídica da filiação não é fincada apenas em laços biológicos, mas na realidade do afeto que une pais e filhos e se manifesta subjetivamente.
III – A paternidade socioafetiva mantida ao mesmo tempo com o pai biológico, pode afastar os direitos decorrentes da paternidade biológica tais como direito à sucessão e direito a alimentos.
IV – segundo a doutrina e jurisprudência dominante a multiparentalidade trata do vínculo de um filho com dois pais que pode ser tanto um biológico e outro socioafetivo em função da valorização da filiação, além de haver dois registros no livro de nascimento.
a) FVVF
b) FVFV
c) VFVV
d) VFFF
9) Sobre a Alienação Parental, julgue as afirmações abaixo como falsas ou verdadeiras, e assinale a alternativa correta.
I- Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, indispensavelmente, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial.
II- Caracterizada mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar.
III- considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores- excluindo-se os avós -, ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
a) FVF
b) VFF
c) VFV
d) VVF
e) VVV
A Sra Ana comparece na Defensoria Pública para que fosse realizada a defesa em ação promovida por seu ex-marido contra seus filhos menores gêmeos, Vitor e João com 10 anos de idade. Na petição inicial alega o autor que se casou com Ana quando ela já estava grávida. Porém, ao nascerem os filhos da esposa, resolveu registrá-los como seus. Quando as crianças completaram 08 anos o casal se divorciou. O autor pretende ver anulados os Assentos de Nascimento no que se refere à paternidade, por não ser o pai biológico das crianças, apesar de sempre ter comportamento de pai cuidando com zelo da educação, sustento e afeição. Diante desse caso, quais argumentos de defesa que você, como defensor(a) público(a), pode alegar?
Resposta:

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